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• Falando em Portela, que desfile maravilhoso foi aquele? Que bom ver a Águia Guerreira tão intensa e empol-
gada. O maravilhoso samba ecoou forte por todos os setores da avenida permitindo à Escola provar que tem
um “chão” muito forte e aguerrido. Seus torcedores lavaram a alma com as bênçãos do Senhor do Bonfim.
• Quando surgiram os Orixás, tanto na Comissão de Frente portelense quanto na da Estação Primeira
de Mangueira, percebeu-se um frisson em toda a Sapucaí. Um belíssimo momento de emoção e
devoção também observado quando da passagem da ala “orixás” da Unidos de Vila Isabel, indepen-
dente de credo ou religião de cada um.
• A Imperatriz Leopoldinense trouxe um naipe de atabaques à frente da sua bateria para ninguém
botar defeito. Levantou geral.
• O Abre Alas prateado da Princesinha de Ramos era todo confeccionado de filigrana em alumínio.
Um trabalho minucioso e de rara beleza do artista Xangai. A imensa baiana (movimentada pela tur-
ma de Parintins) que preparava um saboroso acarajé também merece ser mencionada.
• Outro carro Abre Alas que fez muito sucesso foi o da Mocidade Independente de Padre Miguel. Com
22 metros de cumprimento, era formado por 400 chapas cobertas por quadradinhos de espelhos
(de meio centímetro cada) que mudavam de cor a cada 10 segundos graças a um sistema compu-
tadorizado comandado por um grande painel integrado à alegoria. Uma pena que tenha perdido o
rumo e se chocado com a grade do setor 11 atrapalhando a evolução.
• Ainda sobre a Mocidade. No carro alegórico que trazia Dom Quixote (revelando outra faceta de
Portinari, a de ilustrador) todos os matizes de cores foram trabalhados em giz de cera para refletir
um maior realismo. E o tripé “espantalho”, de 3 metros e meio de altura, era seguido por uma ala
que o reproduzia o figurino. Original e muito bem realizada, causou um grande efeito no conjunto.
• E a paradinha da bateria do lendário Mestre André comemorou 53 anos de glórias nesse carnaval.
Andrezinho, muito orgulhoso e comovido, ajudou a comandar os ritmistas.
• Mesmo com toda celeuma que envolveu o enredo do iogurte a Porto da Pedra apresentou dois
grandes momentos: as vaquinhas turbinadas e saradas (hilariantes e muito carnavalescas) que vie-
ram no carro alegórico “saúde” e o verdadeiro show dado pela Bateria “Ritmo Feroz” comandada
pelo extraordinário Mestre Thiago Diogo.
• As alegorias da Beija-Flor apresentaram beleza sem fim além de um acabamento nota dez. Os mag-
níficos detalhes em pintura, escultura e luminotécnica embeveceram a todos
DA CANDELÁRIA À APOTEOSE | 399