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• O carro Abre Alas da Beija-Flor, que representou a lenda dos índios Goyazes, tinha 60 metros de
comprimento e 2 quilômetros de néon e espelhos. Já a alegoria que retratava os elementos naturais
do cerrado brasileiro, não era menos exuberante. Os animais da fauna local, cheios de movimento,
impressionaram pelo realismo e beleza. O pessoal de Parintins (responsável pelo movimento dos
elementos alegóricos) está cada vez melhor.
• Na Unidos do Porto da Pedra o Tigrão moderninho (de piercing e boné) trouxe para a avenida o
Sapucaí Fashion Day: um grande desfile de moda com várias passarelas onde modelos desfilaram
looks compostos pelos grandes estilistas brasileiros, inclusive mostrando o backstage (os bastido-
res). Chamou muito a atenção.
• Ainda na Escola de São Gonçalo, Marília Pêra veio elegantérrima personificando ‘mademoiselle’
Chanel (como já fizera magistralmente no teatro) no carro que borrifou o famoso perfume nº5 da
grife na plateia. E a Ala ‘’I want to be Naomi’ (Quero ser Naomi), composta por rapazes travestidos
como a famosa modelo e vestindo réplicas do célebre Mondrian de Yves Saint-Laurent, estava ab-
solutamente hilária.
• O carro alegórico da Portela ‘Upload na Comunicação’ exibiu mensagens de texto enviadas pelo
público, permitindo assim uma interatividade bastante interessante.
• A Acadêmicos do Grande Rio emocionou o sambódromo com belas homenagens: Maria Helena/
Chiquinho e Wilma Nascimento/Bagdá, que dançaram divinamente, à genialidade de Joãozinho
Trinta e seu ‘Ratos e Urubus’, e aos grandes artífices do carnaval, os verdadeiros operários da folia
(costureiras, ferreiros, carpinteiros, escultores, pintores e etc). Lindo, lindo.
• Infelizmente a passarela não tremeu porque o ‘homem que podia voar’ não voou devido a um pro-
blema no equipamento. O voo acabou acontecendo apenas no desfile das campeãs.
• Na Comissão de Frente da Unidos de Vila Isabel os 14 integrantes, que representavam sambistas ne-
gros da época de Noel, conseguiam atrair seus violões até as mãos por meio de um sistema de con-
trole remoto oculto. Muito inventivo. Uma pena que em frente ao 3º módulo de julgadores um dos
instrumentos não obedeceu ao comando do sambista indo para o lado oposto. Coisas do carnaval....
• Deliciosa a alegoria que trazia um enorme ‘Frankenstein da Vila’ (Noel) segurando pelo paletó um
pequeno ‘Rapaz Folgado’ (Wilson Batista), referindo-se ao duelo musical que os dois compositores
travaram nos anos 30.
374 | PÉRSIO GOMYDE BRASIL