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Capa LX 639 A.indd - Lux - Iol

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Isabel Stilwell também é mãe de um rapaz, Francisco, de 28 anos, mas revela que há uma cumplicidade diferente<br />

com as fi lhas. Essa relação especial feita no feminino ganhou agora outro sentido com as netas<br />

“O Francisco e a Ana representam o lado mais sonhador,<br />

descontraído, e a Madalena o lado mais racional„<br />

depois, a adolescência é menos complicada...<br />

Tenho uma enorme adoração por ele e uma<br />

grande cumplicidade. Com as raparigas há<br />

uma dinâmica muito divertida e que, neste<br />

caso, foi ainda aumentada com a chegada<br />

das minhas netas, as gémeas Madalena e<br />

Carmo.<br />

<strong>Lux</strong> – Como é ser avó?<br />

I.S. – [risos] Uma verdadeira revolução! Nunca<br />

mais se é a mesma pessoa, depois de<br />

se ser mãe. Nunca mais se dorme da mesma<br />

maneira, durante anos não se termina<br />

uma refeição, não se tem um pensamento<br />

com princípio, meio e fi m, porque estamos<br />

constantemente a ser interrompidos, e<br />

as nossas prioridades passam a ser outras.<br />

Mas os netos têm sido uma descoberta<br />

muito curiosa. Acho que, com os netos há<br />

uma disponibilidade mental e de sentimentos<br />

muito maior. Estamos totalmente<br />

com eles, pelo menos tem sido assim com<br />

as minhas netas.<br />

<strong>Lux</strong> – Porque com os netos não há uma espécie<br />

de objetivos a cumprir, mas só o prazer<br />

de estar com eles?<br />

I.S. – Completamente! Embora não concorde<br />

nada com a ideia de que os avós deseduquem.<br />

Bem pelo contrário! Uma coisa é pensarem<br />

que em casa da avó pode haver alguma<br />

exceção, outra são meninos malcriados.<br />

Ser avó tem sido muito divertido. Os netos,<br />

as crianças, rejuvenescem-nos, obrigam-nos<br />

a ver o mundo pelos olhos delas.<br />

<strong>Lux</strong> – O Francisco é windsurfi sta, a Ana prepara-se<br />

para lançar um disco e a Madalena<br />

acaba de se formar em Neurociências.<br />

Aceita com naturalidade as escolhas dos<br />

seus fi lhos?<br />

I.S. – Sempre quis que os meus fi lhos se realizassem.<br />

Seja no windsurf, a cantar e tocar,<br />

ou estilo ratinho de laboratório, o importante<br />

é que eles gostem. E, dito isto, acho que,<br />

pelo menos, tentei passar-lhes duas ideias:<br />

a primeira é que têm de ser autónomos. Ou<br />

seja, podem cantar, mas se isso não for sufi -<br />

ciente para viver vão ter de fazer mais qualquer<br />

coisa. Em segundo, nós temos uma<br />

missão na Terra, que é tornar o mundo melhor<br />

e mais justo. E, para isso, não precisamos<br />

de ir todos para as missões em África,<br />

mas, sim, fazer a diferença no nosso dia-a-<br />

-dia. Seja numa praia, em cima de um palco<br />

ou num laboratório! ■<br />

texto Evelise Moutinho (emoutinho@lux.iol.pt) fotos João Cabral

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