Em cima, Carmo com a tia Madalena, que é licenciada em Neurociências, e Madalena com a mãe, Ana, que se prepara para lançar um disco em outubro. Em baixo, Isabel Stilwell, visivelmente encantada com as netas “Acho que, no dia-a-dia, as mulheres são autênticos polvos, com muitos braços, porque têm de chegar a todo o lado„
que cria uma cumplicidade diferente. <strong>Lux</strong> – E de onde é que vem essa sua paixão pelos romances históricos? I.S. – Desde miúda, sempre gostei muito de ler romances históricos e, como leitora, confesso que sou fanática. Tudo o que sabia, até estudar a sério, sobre a História de Inglaterra e de França, foi muito graças aos romances históricos. Mas nunca pensei optar por esse género, foi mesmo um acaso, numa ida à minha editora, que tudo começou. <strong>Lux</strong> – Acabou de regressar do Brasil, onde foi apresentar o seu novo romance. Como é que foi a receção? I.S. – Foi emocionante ver o livro naquelas bonitas livrarias de S. Paulo e do Rio de Janeiro, e cheias de gente. Tive a oportunidade de ler um pouco da edição adaptada para o Brasil e é curioso que aquela toada brasileira tem sempre um tom de novela. Os brasileiros têm uma enorme curiosidade por esta parte da história do Brasil. <strong>Lux</strong> – É curioso que tem escrito sempre sobre mulheres e revelado nelas o lado de supermulher, que faz mil coisas ao mesmo tempo... I.S. – Exatamente! Acho que, no dia-a-dia, as mulheres são autênticos polvos, com muitos braços, porque têm de chegar a todo o lado. Os pais precisam delas, os maridos precisam delas, os fi lhos precisam delas, o trabalho precisa delas... De facto, o multitasking é o que nós fazemos bem, mas à ‘nossa custa’. Ou seja, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o tempo que sobra para nós e é gasto em nós mesmas, não chega a 30 minutos por dia. O resto damos aos outros. Acredito que uma grande parte disso nos traz felicidade, mas nas novas gerações os maridos já dividem tarefas e as mulheres já sabem reivindicar tempo para elas. <strong>Lux</strong> – Tem três fi lhos, que tipo de mãe é que é? I.S. – Acho que sou uma mãe-galinha, no sentido em que não consigo estar bem se os meus fi lhos estiverem mal. Basta um telefonema e a voz do outro lado não estar bem, e eu fi co perturbada até perceber o que se passa. Não precisam de vir ver-me todos os dias, só preciso de saber que estão bem. <strong>Lux</strong> – Desenvolveu uma relação diferente com as raparigas do que com o rapaz? I.S. – A relação entre uma mãe e um fi lho, nomeadamente um primeiro fi lho rapaz, é sempre muito especial. Em pequeninos, os rapazes são muito meiguinhos, mais fáceis, “Com os netos há uma disponibilidade mental e de sentimentos muito maior. Estamos totalmente com eles„ A escritora e diretora do jornal Destak não esconde que ser avó tem sido uma descoberta maravilhosa e muito divertida