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Embora ambos mostrem estar em excelente forma física, José Eduardo
Moniz é mais avesso a praticar exercício. Já Manuela Moura Guedes
não dispensa alguns cuidados para manter a silhueta
“Estes últimos três anos têm sido particularmente
difíceis. Quando penso que as coisas estão
a fi car melhores, aparece mais um percalço„
as mesmas coisas, ou até a primeira coisa
que nos aparece à frente, vestimo-la e achamos
‘que giro!’. É um estado de espírito.
Com a idade é a mesma coisa, uma
pessoa vai valorizando mais umas coisas
do que outras, mas tento combater os
efeitos da idade da forma que posso.
Lux – Tem sido fácil combater esses
efeitos?
M.M.G. – Durante 10 anos passei uma fase
complicada por causa do problema que tive
na cara com os quistos. Mas agora, ajudada
obviamente, as coisas estão a voltar ao que
eram antes, com os efeitos da idade, como
é normal. Infelizmente isso aconteceu numa
altura em que estava no ar, mas... Estou a tentar
lidar com a idade da forma mais natural...
Espero não ser como a Greta Garbo, que
quando não se sentiu bem, fechou-se em
casa [risos].
Lux – O seu marido também se mantém em
forma. Incentiva-o a fazer exercício?
M.M.G. – Eu peço-lhe para fazer mais, mas
ele não faz. Começou há uns tempos a
fazer natação, mas como está sempre a
viajar, desculpa-se com isso e acabou por
desistir. Acho que no Brasil faz umas caminhadas
e assim... Mas não se dedica
muito. Tem cuidado com a alimentação e
essas coisas. Pelo menos, não é dos barrigudos
[risos].
Lux – O último ano não foi fácil, mas agora
a Manuela está a recarregar baterias
para um novo projeto...
M.M.G. – Estes últimos três anos têm sido
particularmente difíceis. Quando penso que
as coisas estão a fi car melhores, aparece mais
um percalço. Mas espero que o próximo
ano seja melhor. Vou fazer uma coisa de
que gosto muito, que é ensinar jornalismo.
Sinto-me como um peixe na água a ensinar
esta área e acho que posso contribuir com
aquilo que sei, dado que tenho alguma
experiência e gosto tanto. Estou cheia de
entusiasmo e vontade...
Lux – Já tinha saudades de um bom desafi o?
M.M.G. – Tinha. E estar a contribuir para
que o jornalismo seja um jornalismo a sério
dá-me muita vontade de começar.
Lux – O fi m do vínculo profi ssional com o
Correio da Manhã também foi um grande
choque, pela maneira como aconteceu?
M.M.G. – Foi, porque estava a correr muito
bem. Não estava à espera. O feedback
era ótimo. E acabou por ser outro choque.
Confesso que agora gostava mesmo é de
trabalhar. Tenho-me habituado a pensar
que tudo deve ter um sentido e tudo isto
também deve ter. Se não pensarmos assim,
fi camos sem um sentido para a vida e isso
eu não quero para mim. ■
texto Helena Pestana (hpestana@lux.iol.pt) com Vanessa Bento
(vcbento@lux.iol.pt) fotos Ricardo Santos