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A AVENTURA DA - Editora IBEP

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aventura da<br />

LUIZ CARLOS TRAVAGLIA<br />

SILVANA COSTA • ZÉLIA ALMEI<strong>DA</strong><br />

linguagem<br />

A <strong>AVENTURA</strong> <strong>DA</strong><br />

LINGUAGEM<br />

aventura da<br />

Língua Portuguesa<br />

4<br />

º<br />

linguagem<br />

ano<br />

Ensino<br />

Fundamental<br />

aventura da<br />

linguagem


A AVEN TURA <strong>DA</strong><br />

LINGUAGEM<br />

Língua Portuguesa<br />

LUIZ CARLOS TRAVAGLIA<br />

Mestre em Letras (Língua Portuguesa) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio<br />

de Janeiro (PUC-RJ), doutor em Ciências (Linguística) pela Universidade Estadual de<br />

Campinas (Unicamp) e pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (UFRJ). Professor de Língua Portuguesa e Linguística do Instituto<br />

de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).<br />

SILVANA COSTA<br />

Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG),<br />

com especialização em leitura e produção de texto. Professora do Ensino Fundamental<br />

e Médio em escolas das redes pública e particular de Belo Horizonte – MG.<br />

ZÉLIA ALMEI<strong>DA</strong><br />

Licenciada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais<br />

(PUC-MG) e em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora<br />

alfabetizadora e orientadora educacional do Ensino Fundamental em escolas das<br />

redes pública e particular de Belo Horizonte – MG.<br />

4<br />

º<br />

ano<br />

Ensino<br />

Fundamental<br />

MANUAL DO PROFESSOR<br />

3 a edição, São Paulo, 2011


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 25/03/11 19:51 Page 2<br />

T711a<br />

3.ed.<br />

A Aventura da Linguagem<br />

Lingua Portuguesa 4 o ano<br />

© <strong>IBEP</strong>, 2011<br />

Diretor superintendente Jorge Yunes<br />

Gerente editorial Célia de Assis<br />

<strong>Editora</strong> Nina Basílio<br />

Assistentes editoriais Pedro Cunha<br />

Fabio Tomaz Garcia<br />

Preparadores e revisores André Tadashi Odashima<br />

Berenice Baeder<br />

Fabia Machado<br />

Maria Inez de Souza<br />

Rhodner Paiva<br />

Produção editorial José Antonio Ferraz<br />

Assistente de produção editorial Eliane M. M. Ferreira<br />

Coordenadora de iconografia Maria do Céu Pires Passuello<br />

Assistente de iconografia Adriana Neves<br />

Coordenadora de arte Karina Monteiro<br />

Assistentes de arte Marilia Vilela<br />

Tomás Troppmair<br />

Ilustrador Cláudio Martins<br />

Projeto gráfico Mariangela Haddad<br />

Capa <strong>IBEP</strong><br />

Diagramação <strong>IBEP</strong><br />

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE<br />

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ<br />

Travaglia, Luiz Carlos<br />

A aventura da linguagem : língua portuguesa : 4º ano / Luiz Carlos Travaglia,<br />

Silvana Costa, Zélia Almeida. - 3.ed. - São Paulo : <strong>IBEP</strong>, 2011.<br />

il. (A aventura da linguagem)<br />

Inclui bibliografia<br />

ISBN 978-85-342-2853-4 (aluno) - 978-85-342-2852-7 (mestre)<br />

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental) - Estudo e ensino. 2. Alfabetização. 3.<br />

Leitura. I. Costa, Silvana II. Almeida, Zélia III. Título. IV. Série.<br />

11-0056. CDD: 372.6<br />

CDU: 373.3.016:811.134.3<br />

023733<br />

3ª edição – São Paulo – 2011<br />

Todos os direitos reservados<br />

Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré<br />

São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799


Menino,<br />

Convidamos você para<br />

ouvir e contar histórias,<br />

comunicar-se por meio de<br />

cartas e bilhetes, entrar<br />

no mundo das artes e<br />

conhecer fatos que<br />

viraram notícia.<br />

Com este livro,<br />

esperamos que você e<br />

seus colegas façam<br />

grandes descobertas!<br />

Os autores<br />

Menina


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 28/03/11 09:45 Page 4<br />

SUM ÁR IO<br />

Unidade 1<br />

Histórias, personagens<br />

e cenários<br />

Capítulo 1: O verde está<br />

na moda 10<br />

• Pré-Texto 10<br />

• Texto: Chapeuzinho verde –<br />

Augusta Faro Fleury (conto infantil) 10<br />

• Dialogando com o texto 14<br />

• Vamos falar: opinião e discussão 14<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Texto publicitário sobre<br />

15<br />

proteção da natureza. 15<br />

• Produção de texto: regras para<br />

orientar viajantes 16<br />

• Conhecendo mais nossa língua 17<br />

4 Agrupando ideias no texto 17<br />

4 Repetição de palavras 18<br />

4 Formando novas palavras 18<br />

4 Letras e sons 19<br />

Capítulo 2: História de avós 20<br />

• Pré-Texto 20<br />

• Texto: Um avô inesquecível –<br />

Maria do Carmo Brandão<br />

(trecho de novela) 20<br />

• Dialogando com o texto 22<br />

• Dialogando com outros textos 23<br />

4 Foto de “O Gordo e o Magro” e<br />

4 Notas biográficas<br />

23<br />

(verbete de enciclopédia) 24<br />

• Vamos falar: exposição oral 25<br />

• Produção de texto: contando<br />

fatos/casos da própria vida 26<br />

• Conhecendo mais nossa língua 27<br />

4 Exprimindo dúvida e certeza 27<br />

4 Exprimindo junção, soma,<br />

adição de ideias 27<br />

4 Exprimindo comparação 28<br />

4 Exprimindo alternância 29<br />

4 Letras e sons 29<br />

Capítulo 3: Cenários 30<br />

• Pré-Texto 30<br />

• Texto: A casa do meu avô –<br />

Maria do Carmo Brandão<br />

(trecho de novela) 30<br />

• Dialogando com o texto 32<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Quarto em Arles –<br />

33<br />

Vincent Van Gogh (tela) 33<br />

• Produção de texto: descrevendo<br />

um lugar da própria casa. 34<br />

• Conhecendo mais nossa língua<br />

4 Formando novas palavras:<br />

34<br />

sufixo e prefixo<br />

4 Exprimindo características<br />

34<br />

e concordância<br />

4 Exprimindo nossa atitude<br />

36<br />

em relação ao que dizemos<br />

4 Exprimindo circunstâncias:<br />

36<br />

tempo, frequência, modo, lugar 36<br />

Capítulo 4: O outro 37<br />

• Pré-Texto 37<br />

• Texto: O menino no espelho –<br />

Fernando Sabino<br />

(trecho de romance) 37<br />

• Dialogando com o texto 39<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Espelhos – Joana d´Arc<br />

Tôrres de Assis (poema)<br />

39<br />

• Conhecendo mais nossa língua<br />

4 Exprimindo causa e consequência /<br />

40<br />

finalidade 40<br />

4 Exprimindo tempo 40<br />

4 Vários sentidos da palavra “como” 41<br />

4 Palavras de sentido oposto: sobre e sob 41


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 28/03/11 09:45 Page 5<br />

4 Várias formas da nossa língua:<br />

formal x informal; culta x não culta<br />

e oral x escrita 41<br />

4 Palavras homônimas 43<br />

• Produção de texto: história<br />

fantástica e livro 43<br />

• Vamos falar: teatro 44<br />

• Livros & Cia: sugestões de leitura 46<br />

Unidade 2<br />

Cartas e outros escritos<br />

Capítulo 5: Bilhetes e recados 48<br />

• Pré-Texto 48<br />

• Texto: O que vou ser –<br />

Paulinho Assunção (bilhete) 48<br />

• Dialogando com o texto 49<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Capa do livro “Livro de recados”<br />

51<br />

de Paulinho Assunção<br />

4 Folha de rosto do livro “Livro<br />

51<br />

de recados” de Paulinho Assunção<br />

4 Ficha catalográfica do livro “Livro<br />

51<br />

de recados” de Paulinho Assunção 51<br />

• Vamos falar: entrevista 52<br />

• Produção de texto: bilhete 54<br />

• Conhecendo mais nossa língua<br />

4 Verbos auxiliares e o que<br />

54<br />

eles expressam 54<br />

4 Palavras sinônimas 55<br />

4 Adjetivos pátrios 56<br />

Capítulo 6: Uma ideia genial 57<br />

• Pré-Texto 57<br />

• Texto: Nossa biblioteca – Mirna Pinsky<br />

(trecho de conto infantil) 57<br />

• Dialogando com o texto 59<br />

• Dialogando com outros textos 60<br />

4 Bibliotecas com o pé<br />

na estrada (notícia) 60<br />

• Produção de texto: carta 62<br />

• Conhecendo mais nossa língua 63<br />

4 Exprimindo chamamento<br />

4 Palavras que substituem<br />

63<br />

e retomam outras. 64<br />

4 Exprimindo circunstâncias 64<br />

4 Exprimindo oposição de ideias 64<br />

4 Exprimindo intensidade<br />

4 Várias formas da nossa língua:<br />

65<br />

culta x não culta 65<br />

Capítulo 7: Ridículo de péssimo 66<br />

• Pré-Texto 66<br />

• Texto: Pedido – Lídia Chaib e<br />

Heloísa Prieto (carta) 66<br />

• Dialogando com o texto 67<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Carta resposta - Lídia Chaib<br />

68<br />

e Heloísa Prieto (carta) 68<br />

• Vamos falar: opinião e discussão 69<br />

• Produção de texto: carta 69<br />

• Conhecendo mais nossa língua<br />

4 Palavras que substituem<br />

71<br />

e remetem a outras 71<br />

4 Fazendo comparação 72<br />

4 Verbo: uso do singular e do plural 72<br />

4 Exprimindo o tempo 72<br />

Capítulo 8: História em imagens 73<br />

• Pré-Texto 73<br />

• Texto: Vida moderna – Semiramís<br />

Paterno (narrativa em imagens) 73<br />

• Dialogando com o texto 78<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Mário e Antônio, de São Paulo –<br />

78<br />

Cristina Von (conto infantil) 78<br />

• Produção de texto: redação<br />

de instruções 80<br />

• Conhecendo mais nossa língua 80<br />

4 Como se escrevem nomes próprios 80<br />

4 Sinônimos: sentido de palavras 81<br />

4 Exprimindo quantidade: ordem 81<br />

4 Enviando cartas 82


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 28/03/11 09:45 Page 6<br />

4 Palavras que substituem<br />

e retomam outras 83<br />

4 Siglas 83<br />

• Livros & Cia: sugestões de leitura 84<br />

Unidade 3<br />

No palco, na tela e<br />

na vida<br />

Capítulo 9: Quem é este? 86<br />

• Pré-Texto 86<br />

• Texto: O limpador de placas –<br />

Monika Feth (trecho de história<br />

infanto-juvenil filosófica) 86<br />

• Dialogando com o texto 89<br />

• Vamos falar: opinião e discussão 90<br />

• Dialogando com outros textos 91<br />

4 Fichas de livros de biblioteca 91<br />

• Conhecendo mais nossa língua 92<br />

4 Verbos: o que eles exprimem 92<br />

4 Verbo: exprimindo tempo 93<br />

4 Exprimindo comparação<br />

4 Palavras interrogativas<br />

94<br />

(para fazer perguntas) 94<br />

4 Exprimindo modo 94<br />

4 Verbo: concordância 95<br />

Capítulo 10: Criaturas da noite 96<br />

• Pré-Texto 96<br />

• Texto: Um vampiro na livraria –<br />

Eric Sanvoisin / Tradução de Lino<br />

Albergaria (trecho de novela) 96<br />

• Dialogando com o texto 99<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Vampiros e Vampiros provocam<br />

pesadelos – Gabriela Levorin /<br />

100<br />

Fernanda Santos (sinopse de filme). 100<br />

• Produção de texto:<br />

sinopse de filme 102<br />

• Vamos falar: exposição<br />

e narrativa oral 103<br />

• Conhecendo mais nossa língua 104<br />

4 Palavras mostram nosso julgamento 104<br />

4 Sentidos dos sufixos -INHO e -ÃO<br />

4 Pronomes substituindo e retomando<br />

outras palavras e várias formas de<br />

104<br />

nossa língua: culta x não culta.<br />

4 Exprimindo causa e consequência<br />

e várias formas da nossa língua:<br />

105<br />

oral x escrita<br />

4 Indicando o dono de<br />

106<br />

uma ideia ou opinião 106<br />

Capítulo 11: Palhaços de<br />

ontem e de hoje 107<br />

• Pré-Texto 107<br />

• Texto: Palhaço –<br />

Flávio de Souza (crônica) 108<br />

• Dialogando com o texto 109<br />

• Vamos falar: opinião e discussão 110<br />

• Dialogando com outros textos 111<br />

4 Tela – Demóstenes Vargas (pintura).<br />

4 Garfield e a roupa de<br />

111<br />

palhaço – Jim Davis (tirinha) 112<br />

• Produção de texto: perfil de<br />

uma personalidade 113<br />

• Conhecendo mais nossa língua 114<br />

4 Usando o dicionário 114<br />

4 Adjetivo e comparação 115<br />

4 Palavras homônimas<br />

4 Várias formas da nossa língua:<br />

115<br />

culta x não culta 116<br />

Capítulo 12: A lente do<br />

lambe-lambe 117<br />

• Pré-Texto 117<br />

• Texto: Lambe-lambe: a profissão<br />

que a tecnologia desbancou –<br />

Margareth Grillo (reportagem) 117<br />

• Dialogando com o texto 119<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Origem dos nomes – Margareth<br />

120<br />

Grillo – (reportagem – quadro) 120


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 28/03/11 11:47 Page 7<br />

• Produção de texto: anúncio<br />

classificado 122<br />

• Conhecendo mais nossa língua 122<br />

4 Exprimindo indefinição 122<br />

4 Fazendo comparação 123<br />

4 Exprimindo modo 124<br />

4 Singular x plural / concordância 124<br />

• Livros & Cia: sugestões de leitura 125<br />

Unidade 4<br />

Fatos e fotos<br />

Capítulo 13: A maior fonte de<br />

vida do planeta 128<br />

• Pré-Texto 128<br />

• Texto: Salvemos a água do<br />

mundo (artigo jornalístico) 128<br />

• Dialogando com o texto 129<br />

• Dialogando com outros textos 131<br />

4 Conta de água 131<br />

• Conhecendo mais nossa língua 132<br />

4 Diversos sentidos da palavra “como”<br />

4 Palavras que substituem e remetem<br />

132<br />

a outras: onde / exprimindo lugar 133<br />

• Produção de texto: lista de<br />

recomendações para economia<br />

de água. 133<br />

Capítulo 14: Perdidos e achados 135<br />

• Pré-Texto 135<br />

• Texto: Quem perdeu a dentadura<br />

no metrô? (notícia) 135<br />

• Dialogando com o texto 137<br />

• Dialogando com outros textos 138<br />

4 Charge – Son Salvador 138<br />

• Produção de texto: texto para<br />

uma seção de jornal 139<br />

• Vamos falar: teatro 139<br />

• Conhecendo mais nossa língua 141<br />

4 Sentidos do verbo haver<br />

4 Diferentes formas da nossa língua:<br />

141<br />

culto x coloquial 141<br />

4 Sentidos da palavra “até” 142<br />

4 Exprimindo causa e consequência 142<br />

Capítulo 15: Sobra ou desperdício 143<br />

• Pré-Texto 143<br />

• Texto: Salve o planeta –<br />

Tacyana Arce (crônica) 143<br />

• Dialogando com o texto 144<br />

• Vamos falar: debate deliberativo 146<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Lixo nas ruas de São Paulo junta<br />

de bidê a carro – Reportagem<br />

147<br />

local (notícia) 147<br />

• Conhecendo mais nossa língua 149<br />

4 Formando novas palavras: siglas 149<br />

4 Sentidos da palavra “entre” 150<br />

4 Sentidos da palavra “desde” 151<br />

• Produção de texto: lista de ações<br />

para ajudar o planeta / slogan de<br />

campanha. 151<br />

Capítulo 16: Linguagem dos sinais 153<br />

• Pré-Texto 153<br />

• Texto: A linguagem do pisca-<br />

-pisca – Cleide Costa (artigo de<br />

divulgação científica) 153<br />

• Dialogando com o texto 155<br />

• Dialogando com outros textos<br />

4 Passeio legal – Redação de<br />

“O Estado de Minas” (artigo<br />

156<br />

de orientação) 156<br />

• Conhecendo mais nossa língua 158<br />

4 Usando sinais de pontuação<br />

4 Palavras que substituem<br />

158<br />

e remetem a outras 158<br />

• Produção de texto: criação artística 160<br />

de efeitos visuais com palavras para<br />

uma exposição / convite.<br />

• Livros & Cia: sugestões de leitura 163<br />

• Referências bibliográficas 166


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 8


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 9<br />

HISTÓRIAS, PERSONAGENS<br />

e CENÁRIOS. HISTÓRIAS,<br />

PERSONAGENS e CENÁRIOS.<br />

HISTÓRIAS, PERSONAGENS<br />

e CENÁRIOS. HISTÓRIAS,<br />

PERSONAGENS e CENÁRIOS.<br />

HISTÓRIAS, PERSONAGENS<br />

e CENÁRIOS. HISTÓRIAS,


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 25/03/11 19:51 Page 10<br />

Professor(a), os<br />

tex tos nos quais<br />

não se men cio nam<br />

os au to res, por<br />

meio de in di ca ção<br />

bi blio grá fi ca, são<br />

de nos sa pró pria<br />

au to ria.<br />

10<br />

CAPÍTULO 1<br />

O VERDE<br />

ESTÁ NA<br />

MO<strong>DA</strong><br />

Pré-texto<br />

A personagem da história que você vai ler é muito conhecida,<br />

apesar de não morar mais no mesmo lugar e estar bastante diferente. Na<br />

história original, ela tem uma vovó que certa vez andou adoentada e...<br />

Se ainda não sabe de quem estamos falando, prepare-se para uma<br />

surpresa…<br />

Professor(a): antes da primeira leitura silenciosa,<br />

propor a leitura das imagens que acompanham o texto.<br />

CHAPEUZINHO VERDE<br />

Augusta Faro Fleury<br />

Cláudio Martins


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 11<br />

Havia alguns anos que Chapeuzinho Vermelho mudara do<br />

bosque para a cidade. Mesmo assim, fazia questão de usar chapéu,<br />

até para ir à aula de música.<br />

Morava com a avó, já velhinha, mas, ainda, muito animada,<br />

conversadeira e ótima nos quitutes da cozinha. Vovó sempre<br />

recordava o dia em que Lobo Mau a engolira inteiri nha, sem uma<br />

mordida nem um arranhão. E vieram os ca çadores, abriram a<br />

barrigona do lobo e encheram-na com pedras ásperas, aos montes!<br />

Mas Lobo Mau bebeu muita água, ficou tempos doente e acabou se<br />

recuperando. Apren deu a lição? Não sei, não.<br />

Cláudio Martins<br />

No momento, Lobo Mau, que é primo do Lobo Bom, mora<br />

numa jaula do zoológico. Vovó até visita o bicho. Sem medo<br />

nenhum, ainda leva broas de fubá, que ele saboreia, feliz da vida!<br />

Às vezes, ele convida vovó para sentar um pouco, contar novidades.<br />

Vovó, discreta, agradece, dizendo que tem pres sa, porque o céu é<br />

pura carranca de chuva. Sabe como é, né? Os sinaleiros entram em<br />

pane, as árvores desmontam, enfim, é o maior auê. Só chover!<br />

Ásperas: de superfície irregular, desiguais.<br />

Pane: interrupção no funcionamento de um mecanismo.<br />

11


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 12<br />

12<br />

Lobo Mau, que não é tão mau assim (é médio), compreende a<br />

desculpa da vovó e vai cochilar no canto quenti nho da jaula,<br />

enquanto não vem muita gente visitá-lo.<br />

E Lobo Bom? Fugiu do bosque para matas distantes. Por quê? Os<br />

homens vinham chegando, chegando, com suas mo tosserras, e<br />

arrebentando tudo. Lobo Bom, filosofando, repetia: “O homem é o<br />

mais selvagem de todos os animais, o pior deles. E ainda é estúpido,<br />

estraga sua própria moradia, que é a natureza!” Chapeuzinho fica<br />

pensativa e sempre comenta isso nas aulas com seus colegas. Havia<br />

até fundado um clube dos Protetores do Verde.<br />

O clube fazia muito sucesso e era bastante movimentado. O<br />

pessoal gostava e ajudava. Queriam, assim, acordar muita gente<br />

sobre os perigos de violentar animais, plantas, poluir rios e mares,<br />

desmatar a torto e a direito.<br />

Filosofando: pensando, raciocinando.<br />

Cláudio Martins


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 29/03/11 09:31 Page 13<br />

Cláudio Martins<br />

Chapeuzinho Vermelho, por isso, trocou a cor de seu chapéu.<br />

Agora só usa um bem transado, moderninho, hi per verde-clorofila.<br />

Chapeuzinho Verde sempre diz que, no Brasil (aliás, em todos os<br />

países tropicais), as pessoas deveriam usar chapéu, constantemente,<br />

por dois motivos principais:<br />

1°) Proteger-se dos raios solares, porque a camada de ozô nio<br />

está cada dia mais frágil e o sol tornou-se perigoso para a pele. Até<br />

cancerígeno pode ser, já pensou?<br />

2°) Chapéu é um enfeite superelegante e embeleza o rosto de<br />

moças, meninas, mulheres e velhinhas.<br />

Mas ainda é uma moda que não pegou. Mas deverá acon tecer<br />

isso nos próximos anos, fala Chapeuzinho Verde, toda sabereta!<br />

Pois é, o tempo passa, mesmo. Aliás, voa. E o bosque onde<br />

Chapeuzinho morava? Tornou-se um deserto horroroso, uma<br />

sequidão terrível! Os rios por perto secaram e os que sobraram são<br />

córregos malcheirosos. “Que tragédia! Que tristeza!”, diz<br />

vovozinha, assustada.<br />

Disponível em .<br />

Acesso em novembro de 2010.<br />

13


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 14<br />

14<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Qual é a personagem principal dessa história?<br />

Chapeuzinho Vermelho, que, ao final da história, troca a cor de seu chapéu, tornando-se<br />

Chapeuzinho Verde.<br />

2. A personagem principal dessa história está presente em uma outra<br />

história bastante conhecida. Qual? A história Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau.<br />

3. Se vovó não tem mais medo do Lobo Mau, por que ela não se<br />

demora quando vai visitá-lo?<br />

4. Para o Lobo Bom, qual é a causa das mudanças no bos que?<br />

As ações do homem, que, para ele, é o mais selvagem dos animais.<br />

5. Que iniciativa de Chapeuzinho Verde mostra que ela é muito ligada à<br />

natureza? Ela fundou um clube de protetores do verde.<br />

6. Hoje, o que deixa a vovó de Chapeuzinho triste e assustada?<br />

7. A palavra “sabereta” não é registrada no dicionário, e sim “saberete”,<br />

que significa “pessoa metida a saber tudo”. Para você, essa palavra foi<br />

bem empregada no texto? Por quê? Resposta pessoal.<br />

8. No texto, qual é o significado de acordar na seguinte passagem:<br />

“Queriam, assim, acordar muita gente.”<br />

Informar as pessoas, fazer com que ficassem<br />

conscientes (no caso do texto sobre os perigos<br />

da destruição da natureza).<br />

Você sabe outro sentido da palavra acordar? Diga qual e mostre<br />

uma frase em que acordar tem o sentido que você conhece.<br />

9. Que trecho do texto sugere que o narrador da história não acredita<br />

muito nas boas intenções do Lobo? “Aprendeu a lição? Não sei, não”<br />

Vamos falar<br />

4 Opinião e Discussão<br />

Ela não consegue esquecer o que se passou. No fundo, ela<br />

parece ter medo do Lobo Mau.<br />

O estado em que se encontra o bosque onde morava. Ele tornou-se um deserto.<br />

Resposta pessoal. Uma possibilidade: despertar, sair do sono/ Eu acordei hoje às 5 horas da manhã.<br />

Discuta com a turma, atendendo as regras combinadas com os<br />

colegas e o(a) professor(a).<br />

1. O que aconteceu com o bosque onde morava Chapeu zinho<br />

Vermelho vem acontecendo com nossas florestas? Co mente.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 29/03/11 09:31 Page 15<br />

Dionisio Dias Filho e Stock Photos.<br />

2. O que acontece no campo interfere na vida da cidade? Da mesma<br />

forma, as atividades urbanas podem al terar a vida no campo? Como?<br />

3. Você sabe como se proteger dos raios solares? Você acha que, no<br />

Brasil, as pessoas deveriam usar chapéu? Conte e ouça os colegas.<br />

Dialogando com outros textos<br />

Veja agora o sapo na publicidade:<br />

15


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 16<br />

1. Possivelmente a<br />

resposta será a ima -<br />

gem, tanto pelo espaço<br />

ocupado, como<br />

pela forma como<br />

o sapo está representado.<br />

2. A intenção é<br />

mostrar que, se o<br />

homem continuar<br />

desrespeitando os<br />

recursos naturais<br />

como vem fazendo,<br />

a natureza desaparecerá,<br />

como o<br />

sapo que está indo<br />

em bora.<br />

3. O sapo vive tanto<br />

na água, como na<br />

terra. Mas tanto uma<br />

quanto a outra estão<br />

sendo devastadas<br />

pela ação do<br />

homem. O sapo na<br />

corda sugere a ima -<br />

gem de fuga, ou que<br />

ele está na “corda<br />

bamba”, ou seja,<br />

ameaçado de extinção.<br />

5. O adeus é invisí -<br />

vel como o ar e sensível<br />

porque<br />

podemos sentir os<br />

efeitos desse adeus,<br />

tanto na paisagem<br />

quanto na saúde<br />

das pessoas.<br />

16<br />

1. Nesse conjunto de texto e imagem o que mais chama a atenção?<br />

Explique.<br />

2. Essa propaganda apresenta um slogan em letras grandes: “Não deixe<br />

a natureza ir embora”. Qual é a intenção do autor ao usar esse slogan?<br />

3. A imagem que ilustra o texto é a de um sapo subindo por uma corda.<br />

O que essa imagem sugere?<br />

4. No texto da propaganda, o autor afirma que pássaros, plantas e<br />

animais estão ficando restritos a pequenas manchas ver des. O que ele<br />

quer dizer com a expressão “pequenas manchas verdes”?<br />

A expressão “pequenas manchas verdes” sugere que as florestas e bosques, onde vivem os animais<br />

e pássaros, estão diminuindo e as plantas estão desaparecendo.<br />

5. Segundo o autor, nosso oxigênio também está indo em bora. Por que<br />

ele chama tal fato de um “adeus invisível, mas sensível”?<br />

6. Segundo o texto, como você pode ajudar a reverter o problema do<br />

desmatamento? Entrando no site indicado para que uma árvore seja plantada.<br />

7. A atitude a ser tomada é simples. O autor demonstra isso através de<br />

determinadas palavras. Quais são elas? As palavras são “facilmente” e “gratuitamente”.<br />

8. Que objetivo o autor pretende atingir com essa propaganda?<br />

Preservar o verde, através da campanha publicitária.<br />

Produção de texto<br />

Os sócios do Clube dos Protetores do Verde (CPV) programaram uma<br />

viagem até a mata onde a vovó de Chapeuzinho morava. A turma vai<br />

passar por matas, subir montanhas, acampar nas proximidades de<br />

nascentes, atravessar riachos e convi ver com a flora, a fauna e<br />

moradores dos locais visitados.<br />

Pensando no convívio harmonioso com a natureza, em gru po, crie<br />

regras para orientar os viajantes.<br />

Seguem sugestões que o grupo, se desejar, pode utilizar co mo ponto<br />

de partida:<br />

Slogan: expressão usada com frequência em publicidade. Em geral é curta e de fácil memorização.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 17<br />

Recolha o lixo produzido durante a viagem e, se possível, o que foi<br />

deixado por outras pessoas.<br />

Não faça fogueira perto da mata.<br />

Para a realização da atividade, vale entrevistar pessoas li gadas ao<br />

Ecoturismo, consultar sites e publicações. A biblio te cária de sua escola<br />

também pode indicar boas fontes de consulta.<br />

Ao final da produção, um componente do grupo verifica:<br />

O título está de acordo com o assunto?<br />

O texto está organizado em tópicos?<br />

Apresenta informações importantes para o tipo de viajante descrito?<br />

Há letra maiúscula no início de frase e pontuação no final?<br />

A letra está legível?<br />

O grupo decide como o trabalho será apresentado à turma. Depois<br />

das apresentações, vale acrescentar ao texto regras in te ressantes<br />

formuladas por outros grupos.<br />

4 Agrupando ideias no texto<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

1. Geralmente os textos podem ser divididos em partes de acordo com<br />

suas ideias principais.<br />

O texto “Chapeuzinho Verde” pode ser dividido em seis partes. Releia<br />

cada parte com atenção e escreva, no caderno, qual a sua ideia<br />

principal, isto é, que resume aquilo de que cada parte fala.<br />

1ª parte: De “Havia alguns anos” até “Aprendeu a lição? Não sei, não”.<br />

2ª parte: De “No momento, Lobo Mau” até “vem muita gente visitá-lo”.<br />

3ª parte: De “E Lobo Bom” até “que é a natureza”.<br />

17


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 18<br />

Resposta:<br />

1ª parte: A nova vida<br />

de Chapeuzinho<br />

Vermelho e sua avó.<br />

2ª parte: A vida atual<br />

do Lobo Mau.<br />

3ª parte: A fuga do<br />

Lobo Bom e sua opinião<br />

sobre os homens.<br />

4ª parte: A fundação<br />

do Clube dos<br />

Protetores do Verde<br />

por Chapeuzinho.<br />

5ª parte: O novo chapéu<br />

de Chapeuzinho<br />

e suas razões para<br />

usar o chapéu.<br />

6ª parte: Como ficou<br />

o bosque onde<br />

Chapeuzinho<br />

Vermelho morava.<br />

18<br />

4ª parte: De “Chapeuzinho fica pensativa” até “desmatar a torto e a<br />

direito”.<br />

5ª parte: De “Chapeuzinho Vermelho, por isso, trocou a cor” até “toda<br />

sabereta”.<br />

6ª parte: De “Pois é, o tempo passa” até “diz vovozinha assustada”.<br />

Em grupo, façam um resumo do texto “Chapeuzinho Verde” a<br />

partir das ideias principais que indicaram para cada parte.<br />

4 Repetição de palavras<br />

2. No trecho “Os homens vinham chegando, chegando, com suas<br />

motosserras e arrebentando tudo”, por que o autor repetiu o verbo chegar?<br />

Para indicar que os homens se aproximavam cada vez mais.<br />

3. Para que servem as repetições das palavras destacadas em cada<br />

frase? Consulte o quadro e responda no caderno.<br />

O Lobo Bom andou, andou, andou, até achar um lugar para morar.<br />

O Lobo Mau se arrependeu muito, muito mesmo de ter engolido a<br />

vovó. A repetição mostra a intensidade de um sentimento.<br />

Naquele dia o céu estava azul, azul, azul.<br />

A repetição mostra a grande intensidade de uma característica.<br />

A repetição indica que algo foi feito durante muito tempo.<br />

A repetição mostra a intensidade de um sentimento.<br />

4 Formando novas palavras<br />

4. Você sabia que a partir de uma palavra podemos formar outras<br />

acrescentando a ela pequenas partes no início (prefixos) ou no fim<br />

(sufixos) que modificam seu sentido?<br />

Exemplos:<br />

A repetição indica que algo foi feito durante muito tempo.<br />

A repetição mostra a intensidade de uma característica.<br />

Com prefixo<br />

ler – reler<br />

feliz – infeliz<br />

mercado - supermercado<br />

Com sufixo<br />

dente – dentista<br />

varrer – varredor<br />

laranja – laranjeira


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 19<br />

Cláudio Martins<br />

Como se formou a palavra destacada no trecho abaixo?<br />

“Morava com a avó, já velhinha, mas, ainda, muito animada,<br />

conversadeira e ótima nos quitutes”. Conversa + eira = conversadeira<br />

5. O sufixo –EIRA nessa palavra tem o sentido de alguém que faz muito<br />

algo. Esse é o sentido também em:<br />

Vovó é trabalhadeira.<br />

Minha irmã é muito compradeira. Compra tudo que vê.<br />

6. Qual o sentido do sufixo –EIRO(A) nos grupos de palavras abaixo?<br />

Macieira, pereira, jabuticabeira, mangueira. Árvore que dá a fruta.<br />

Marceneiro, pedreiro, costureira, lavadeira, tintureiro. Profissão<br />

4 Letras e sons<br />

7. As letras que representam os sons vocálicos (de vogais) são cinco. Mas<br />

os sons vocálicos são mais de cinco, pois a mesma letra representa mais<br />

de um som. Observe os diferentes sons da letra o nas palavras seguintes:<br />

vovó (som aberto ó) ovo (1° som fechado<br />

ô, o 2° tem som de u)<br />

pato (som de u) onça (som nasal õ)<br />

8. Responda no caderno:<br />

Em que posição da palavra está a sílaba que tem a letra “o” repre -<br />

sentando o som de u? Está no final da palavra, ou seja, na última sílaba.<br />

Essa é a sílaba de pronúncia mais forte (tônica) ou mais fraca (áto -<br />

na) da palavra? É a sílaba de pronúncia mais fraca, isto é, átona.<br />

Na palavra onça, que letra foi colocada após a vogal “o” para in -<br />

dicar que o som dessa letra deve ser nasal? A letra n.<br />

Nas palavras ombro e amplo, por que foi usado m e não n?<br />

Porque a sílaba seguinte começa por b (em ombro) e p (em amplo) e, antes dessas letras, a<br />

nasal deve ser representada por m e não n.<br />

ATENÇÃO PRO-<br />

FESSOR(A):<br />

todo conhecimento<br />

linguístico de<br />

natureza linguístico-gramatical<br />

(teoria gramatical<br />

ou linguística) colocado<br />

neste livro<br />

é apenas para informação<br />

cultural<br />

básica para o aluno<br />

e para ser usado<br />

como recurso<br />

auxiliar no ensino,<br />

facilitando a referência<br />

a elementos<br />

da língua. Por<br />

isso NÃO deve<br />

ser objeto de cobrança<br />

em avaliações.<br />

19


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 20<br />

A fi na li da de do pré-<br />

-tex to é res ga tar o<br />

co nhe ci men to pré -<br />

vio dos alu nos so -<br />

bre o tema que vai<br />

ser tra ba lha do, bem<br />

como mo ti vá-los<br />

para as ati vi da des<br />

do ca pí tu lo. O tex to<br />

que for ma a se ção<br />

não é para ser sim -<br />

ples men te lido pela<br />

tur ma, de ven do ser<br />

pre tex to para a tro -<br />

ca de ex pe riên cias<br />

e co nhe ci men tos<br />

dos alu nos com os<br />

pa res e o(a) pro fes -<br />

sor(a).<br />

Ex plo re com a tur -<br />

ma os dois sig ni fi -<br />

ca dos da pa la vra<br />

no ve la: o sen ti do li -<br />

te rá rio co mum de<br />

his tó ria di vi di da em<br />

ca pí tu los e o sen ti -<br />

do de his tó ria ou ro -<br />

man ce es cri to ou<br />

adap ta do para rá -<br />

dio e tevê.<br />

Ve ri fi que se co nhe -<br />

cem a du pla "O<br />

gor do e o ma gro",<br />

as tros de fil mes an -<br />

ti gos, cuja foto e<br />

minibiografia se<br />

encontram nas p.<br />

23 e 24. Se necessário,<br />

proponha a<br />

observa ção da foto<br />

e leitura silenciosa<br />

das minibiografias,<br />

antes de lerem o<br />

texto "Um avô ines -<br />

que cí vel".<br />

20<br />

CAPÍTULO 2<br />

HISTÓRIA<br />

DE<br />

AVÓS<br />

Pré-texto<br />

O tex to “Um avô ines que cí vel” é o iní cio da no ve la “Adeus, mis ter<br />

Hardy”, de Ma ria do Car mo Bran dão. Len do-o, você vai co nhe cer as<br />

duas per so na gens prin ci pais do tex to ori gi nal e sa ber um pou co so bre o<br />

en re do e o ce ná rio da que la nar ra ti va. Observe cuidadosamente a<br />

ilustração que representa a parte principal do texto.<br />

UM AVÔ INESQUECÍVEL<br />

Me ni nos do mun do in tei ro ga nham ape li dos. Me ni no bra si lei ro<br />

tem ape li do de Toca, Zé, Chi co, Naná, De ti nha etc. Eu não. Ga nhei<br />

um ape li do di fe ren te, in glês: de Luiz Fe li pe, nome de prín ci pe, pas -<br />

sei para Mis ter Hardy, in ven ta do por meu avô, que sem pre foi vi dra -<br />

do pela du pla “O gor do e o ma gro”.<br />

Eu era ain da mui to pe que no e vovô acha va que eu ti nha a cara<br />

e o cor po de Hardy, o gor do, só me fal tan do o bi go di nho, já que o<br />

cha péu, de fel tro e an ti go, ele sem pre co lo ca va na mi nha ca be ça,<br />

em nos sas brin ca dei ras de ci ne ma. Aliás, brin car de ci ne ma com Vô<br />

era uma coi sa tão gos to sa, eu sem pre me lem bro!<br />

Novela: pequeno romance contado em capítulos.<br />

Maria do Carmo Brandão


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 21<br />

– Hardy!<br />

Eu cor ria a seu cha ma do, es ti ves se em qual quer lu gar.<br />

O ve lhi nho já me apa re cia fan ta sia do. Uma lon ga capa pre ta,<br />

bo tas, um cin tu rão, cha péu de abas lar gas, igual aos de cow boy.<br />

– Hardy, vis ta-se.<br />

O baú ve lho, cheio de coi sas ain da mais ve lhas, fi ca va en cos ta -<br />

do a um can to do es cri tó rio enor me do Vô. Sem pre aber to, à dis po -<br />

si ção de nos sas fan ta sias.<br />

En tão eu re me xia e acha va sem pre al gu mas rou pas en gra ça das<br />

para usar, me en fei ta va com co la res de mi çan gas ou com cal ças<br />

Cláudio Martins<br />

21


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 22<br />

1. O juiz deu<br />

a partida para<br />

iniciar a peleja.<br />

O significado<br />

é dar início.<br />

22<br />

lar gas, pa le tós co lo ri dos, meu Deus, tan ta coi sa es qui si ta que ha via<br />

na que le baú má gi co!<br />

Vovô dava a par ti da. Acho que ele ti nha no ção de tea tro, sa bia<br />

de cor al guns tre chos e os de cla ma va para mim bem alto, crian do<br />

um cli ma per fei to, ele, o ar tis ta, eu, o pú bli co. Não era pre ci so fa -<br />

zer gran de es for ço. Num ins tan te a gen te dra ma ti za va qual quer coi -<br />

sa, numa at mos fe ra tão di ver ti da!<br />

Os pa ren tes – sem pre ha via um mon te por per to – fi ca vam ba -<br />

ten do na por ta, lou cos para ve rem o que se pas sa va den tro do es cri -<br />

tó rio.<br />

Mas Vô e eu não dei xá va mos, de jei to ne nhum. Aque le mun do,<br />

eu acho, era só de nós dois.<br />

Adeus, mister Hardy. Belo Horizonte: Dimensão, 1996, p. 9-10.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. O parágrafo nove começa com esta afirmação: “Vovô dava a par -<br />

tida”. Copie a frase em que a palavra partida tem esse mesmo<br />

significado e justifique a resposta:<br />

Após a partida, todos deixaram o estádio.<br />

O juiz deu a partida para iniciar a peleja.<br />

O boiadeiro só conseguiu embarcar a primeira partida de gado.<br />

2. O texto “Um avô inesquecível” é parte da novela Adeus, mister Hardy.<br />

Para contar essa história, a autora criou um narrador. Quem é esse<br />

narrador? O neto.<br />

3. Que comentário é feito pelo narrador no primeiro parágrafo?<br />

Ele comenta sobre como o apelido que o avô lhe deu é diferente dos apelidos que geralmente os meninos<br />

recebem no mundo e, especialmente, no Brasil.<br />

4. A partir desse texto, é possível identificar duas personagens impor -<br />

tantes da novela de que faz parte. Quais são essas personagens? O garoto<br />

Hardy e seu avô.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 23<br />

5. No texto, de quem são as falas que aparecem precedidas de tra -<br />

vessão? As falas são do avô do narrador.<br />

6. Para você, qual é a finalidade dessas falas? Chamar o neto para uma brinca -<br />

dei ra.<br />

7. As brincadeiras de neto e avô aconteciam no escritório, a portas fe -<br />

chadas. Por que eles agiam assim? Eles não queriam ser interrompidos, nem queriam a<br />

intromissão de outras pessoas.<br />

8. Copie a frase, completando-a com uma das seguintes expressões:<br />

“de cumplicidade”, “de discórdia”, “divertida”, “de muito afeto”.<br />

A relação entre o menino e seu avô só não era de discórdia.<br />

A relação entre o menino e seu avô só não era:<br />

9. “Meninos do mundo inteiro ganham apelidos.” Mas nem sempre a<br />

pessoa apelidada gosta de ter seu nome trocado. O que você<br />

pensa a esse respeito? Resposta pessoal.<br />

Dialogando com outros textos<br />

Disponível em .<br />

Acesso em fevereiro de 2011.<br />

biblioteca pública.net.laurelehardy<br />

23


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 24<br />

24<br />

LAU REL, STAN.<br />

H1890 ?1965<br />

Ar thur Stan ley Jef fer son, ator<br />

de ci ne ma in glês. For mou com<br />

Oli ver Hardy a po pu lar du pla cô -<br />

mi ca O Gor do e o Ma gro, no pa -<br />

pel de um ma gro tolo e dis traí do.<br />

Es ses dois co me dian tes al -<br />

can ça ram no to rie da de a par tir<br />

da so no ri za ção do ci ne ma. En -<br />

car na vam ti pos que se ca rac te ri -<br />

za vam pela pre sun ção e in com -<br />

pe tên cia.<br />

NOTAS BIOGRÁFICAS<br />

Porque se o prefeito é atual, ele está vivo.<br />

Notoriedade: fama.<br />

Presunção: vaidade, orgulho.<br />

HARDY, OLIVER.<br />

H1892 ?1957<br />

Oli ver Nor vell Hardy, ator de<br />

ci ne ma ame ri ca no. For mou com<br />

Stan Lau rel a po pu lar du pla cô -<br />

mi ca O Gor do e o Ma gro, em<br />

que in ter pre ta va um gor do res -<br />

mun gão. Prin ci pais fil mes da du -<br />

pla: En tre ga em do mi cí lio (1932),<br />

Dois cai pi ras la di nos (1937).<br />

Encyclopaedia Britannica do Brasil<br />

Publicações Ltda.<br />

1. Compare as duas formas dos nomes de cada biografado. Onde o<br />

nome está invertido? No início antes das datas.<br />

2. Nos textos, temos duas datas acompanhadas cada uma por um<br />

símbolo.<br />

O que aconteceu em cada data e qual é o símbolo que indica<br />

esse acontecimento?<br />

A primeira é a data de nascimento da pessoa, indicada pela estrela.<br />

A segunda data é a da morte da pessoa, indicada pela cruz.<br />

Você já viu esses símbolos usados em outros lugares, indicando as<br />

datas de nascimento e de morte das pessoas? Conte.<br />

Sim. Em lápides dos túmulos, em notas de falecimento publicadas em jornal.<br />

3. Se você fosse escrever a biografia do atual prefeito de sua cidade,<br />

co mo deveria escrever o nome dele, antes da única data que deveria<br />

colocar?<br />

O último nome deveria ser o primeiro, separado por vírgula dos outros nomes,<br />

na ordem correta, seguido da entrelinha com a data de nascimento dele.<br />

4. Por que você não poderia escrever a segunda data?


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 25/03/11 19:51 Page 25<br />

5. Para pesquisar:<br />

Nas fichas catalográficas (observe a deste livro), num catálogo de<br />

livros, nos fichários de bibliotecas, como são escritos os nomes dos<br />

autores?<br />

O nome do autor é escrito com a inversão do último nome, que vem em primeiro lugar.<br />

6. Observando a foto de Laurel (o magro) e Hardy (o gordo) você diria<br />

que é uma foto antiga ou moderna? O que justifica sua resposta?<br />

O que são os objetos que aparecem perto deles na foto? Que<br />

relação esses objetos têm com os dois e sua profissão?<br />

Câmeras de filmar. Eles eram atores de cinema, então trabalhavam diante das câmeras.<br />

Que sentimentos mostram as expressões fisionômicas dos dois?<br />

Gordo: alegria. Magro: satisfeito, mas parece estar criticando algo.<br />

4 Exposição oral<br />

Vamos falar<br />

Professor(a), neste “Vamos falar” o aluno vai fazer uma pequena exposição<br />

oral, descrevendo alguém. Ajude os grupos a selecionarem<br />

as características.<br />

Observe que nos textos deste capítulo os autores às vezes dizem como<br />

são as pessoas e personagens. Eles fazem uma desc rição de alguém ou<br />

algo. Veja:<br />

“ Eu era ainda muito pequeno e vovô achava que eu tinha a cara<br />

e o corpo de Hardy, o gordo, só me faltando o bigodinho, ... (”Um avô<br />

inesquecível”)<br />

“... um magro tolo e distraído...” (“Notas biográficas”)<br />

“... tipos que se caracterizavam pela presunção e incompetência.”<br />

(“Notas biográficas”)<br />

“... um gordo resmungão...” (“Notas biográficas”)<br />

Agora você. Siga os seguintes passos:<br />

No grupo vocês escolhem uma pessoa conhecida da sala toda. Pode<br />

ser um artista conhecido ou alguém da escola ou do lugar em que você<br />

mora. Escolham algumas características dessa pessoa que podem ser:<br />

• Características físicas: gordo, magro, alto, baixo, bonito, feio, cor<br />

dos cabelos, dos olhos, formato do rosto, corte do cabelo etc.<br />

• Características do modo de se vestir: como a pessoa se veste<br />

normalmente, como são suas roupas.<br />

• Características do caráter: medroso, corajoso, sabido, esperto,<br />

desligado, inteligente etc.<br />

Antiga. Por<br />

causa das<br />

roupas (chapéu<br />

coco, o tipo do<br />

colarinho etc.)<br />

e por ela ser<br />

em preto e<br />

branco. As<br />

datas de nascimento<br />

e morte<br />

nas notas biográficastambém<br />

sugerem<br />

que a foto é<br />

antiga.<br />

25


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 25/03/11 20:01 Page 26<br />

26<br />

• Características de gestos que faz e coisas que gosta de fazer:<br />

está sempre coçando a cabeça, gosta de fazer brigadeiro, jogar<br />

bola, desenhar, ler etc.<br />

• Outras características que o grupo encontrar.<br />

Quanto mais características melhor.<br />

O próximo passo é planejar como vão descrever a pessoa, que<br />

características vão apresentar primeiro e quais vão se seguir e em<br />

que ordem, e como vão falar. Não vale escrever. A única coisa que<br />

vocês podem escrever é a lista das características que o grupo vai<br />

apresentar, mas apenas para ajudar a memorizar.<br />

No dia marcado, cada grupo apresenta sua descrição falando (não<br />

vale ler, por isso não puderam escrever), e a turma tenta adivinhar<br />

quem é. Se a turma não acertar até a terceira tentativa, o grupo diz<br />

quem é e o(a) professor(a) e a turma dizem se a descrição ficou boa<br />

ou não. No caso de não ter ficado boa, a turma e o(a) professor(a)<br />

podem dar algumas sugestões para que a apresentação fique melhor.<br />

Professor(a), no manual do professor há instruções para a realização de exposições orais.<br />

Produção de texto<br />

Ter alguém especial como o avô de Hardy é um privilégio. E se essa<br />

pessoa se tornou tão querida foi porque vivemos com ela momentos<br />

mar cantes. Possivelmente, entre seus amigos e parentes, há alguém des -<br />

se tipo. Que tal relatar fatos vividos com essa pessoa especial? Ela pode<br />

pertencer ao mundo real ou imaginário. Lembre-se de que esta é uma<br />

narração em primeira pessoa, isto é, você é o narrador e também par ti -<br />

ci pa dos acontecimentos.<br />

Escreva sua história, caracterizando personagens (aspecto físico, ida -<br />

de, comportamento) e cenário. Ao final, verifique:<br />

O título está de acordo com o texto?<br />

A história tem começo, meio e fim?<br />

O texto está organizado em parágrafos?<br />

Há descrição de personagens e cenários?<br />

Há sinal de pontuação marcando o fim de cada frase?<br />

Há letra maiúscula nos nomes próprios e no início de frases?<br />

As palavras nos finais de linhas foram separadas corretamente?


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Há dois-pontos, parágrafo e travessão para indicar diálogo?<br />

A letra está legível?<br />

Depois das atividades de releitura e reescrita, que tal trocar o texto<br />

com o colega para um apreciar a história do outro?<br />

4 Exprimindo dúvida e certeza<br />

Conhecendo mais<br />

Responda, em relação ao texto “Um avô inesquecível”:<br />

nossa língua<br />

“Vovô dava a partida. Acho que ele tinha noção de teatro, ... “<br />

”Vovô dava a partida. Sei que ele tinha noção de teatro.”<br />

1. Qual dos modos de dizer sugere dúvida? O primeiro: “Acho que”.<br />

Qual deles demonstra certeza? O segundo: “Sei que”.<br />

2. Releia os dois trechos:<br />

“Aquele mundo, eu acho, era só de nós dois.”<br />

“Eu era ainda muito pequeno e vovô achava que eu tinha a cara<br />

e o corpo de Hardy, o gordo,”...<br />

Responda no caderno:<br />

Em qual dos trechos “achar” está indicando dúvida de quem fala?<br />

No primeiro trecho.<br />

O que o verbo achar significa no outro trecho?<br />

No outro trecho, signifi ca ser de opinião, considerar, julgar.<br />

4 Exprimindo junção, soma, adição de ideias<br />

3. Observe esta parte do texto “Um avô inesquecível”:<br />

“Eu era ainda muito pequeno e vovô achava que eu tinha a cara e<br />

o corpo de Hardy, o gordo, só me faltando o bigodinho, já que o<br />

chapéu, de feltro e antigo, ele sempre colocava na minha cabeça, em<br />

nossas brincadeiras de cinema.”<br />

O menino poderia ter dito: “... já que o chapéu, de feltro antigo, ...”.<br />

27


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3. a) No texto com<br />

“e”, as duas características<br />

(ser de<br />

feltro e ser antigo)<br />

referem-se ao chapéu.<br />

Sem o “e”, a<br />

característica de<br />

ser antigo refere-se<br />

ao feltro e não ao<br />

chapéu. Assim, a<br />

característica do<br />

chapéu fica sendo<br />

ser “de feltro antigo”,<br />

mas ele pode<br />

até ser um chapéu<br />

novo.<br />

28<br />

Para você, há diferença de sentido entre dizer de feltro e antigo e<br />

de feltro antigo, sem o “e”? Pense, discuta com os colegas e com<br />

o(a) professor(a) e depois escreva qual é a diferença.<br />

Escreva outros pares de exemplos com o “e” sem o “e” para<br />

mudar o sentido, usando as seguintes palavras:<br />

SER CARACTERÍSTICAS<br />

telhado de zinco, novo<br />

mesa de madeira, nova<br />

4 Exprimindo comparação<br />

4. Leia o trecho:<br />

“Uma longa capa preta, botas, um cinturão, chapéu de abas largas,<br />

igual aos de cowboy”.<br />

Nesse trecho temos uma comparação de semelhança. O que<br />

está sendo comparado? O chapéu do avô de mister Hardy com os chapéus dos cowboys.<br />

A comparação foi feita usando a expressão igual a. No lugar dela<br />

podemos usar outras palavras como semelhante, parecido com.<br />

Se reescrevermos o trecho acima, substituindo “igual a” por<br />

“semelhante” ou “parecido com”, o sentido não será o mesmo. Qual a<br />

diferença?<br />

Com “igual a” a semelhança é total, com “semelhante” e “parecido com”<br />

a semelhança não é total.<br />

5. Faça comparações de semelhança, usando como, igual e<br />

semelhante. Resposta pessoal.<br />

6. No trecho seguinte temos uma comparação de semelhança ou de<br />

diferença?<br />

“O baú velho, cheio de coisas ainda mais velhas, ficava encostado a<br />

um canto do escritório enorme do Vô.”De diferença.<br />

Agora responda:<br />

O trecho compara que elementos? Um baú velho com coisas velhas.<br />

Eles são comparados em relação a qual característica?<br />

À velhice do baú e das coisas dentro dele.<br />

Telhado de zindo e novo.<br />

Telhado de zinco novo.<br />

Mesa de madeira e nova.<br />

Mesa de madeira nova.<br />

A diferença dá vantagem, superioridade a qual elemento da<br />

comparação? Às coisas dentro do baú.


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4 Exprimindo alternância<br />

7. Leia o trecho do texto “Um avô inesquecível”.<br />

Resp.: Alternância de ideias.<br />

Professor(a), explique para os alunos a ideia de alternância: duas<br />

ou mais coisas ou fatos que ocorrem num momento um, em outro<br />

momento outro, podendo se repetir ou não. Exemplo: Hardy ora<br />

chorava, ora ria. Meu avô vai me dar um cachorrinho ou um gato.<br />

“…(eu) me enfeitava com colares de miçangas ou com calças<br />

largas, paletós coloridos…”<br />

e também a frase abaixo:<br />

- Nós vamos brincar de teatro ou vamos ver filme do gordo e do<br />

magro?<br />

As palavras em destaque indicam: soma de elementos ou ideias,<br />

alternância de elementos ou ideias ou oposição de ideias?<br />

Escreva uma frase com ou. Resposta pessoal.<br />

4 Letras e sons<br />

8. Observe a letra r nas palavras abaixo, quase todas do texto.<br />

a) Mister Hardy, gordo, corpo<br />

b) sempre, vidrado, magro, feltro<br />

c) era, cara, bandeiras, sonorização<br />

d) corria, berrava, carro, terra<br />

e) remexia, rola, rápido, rato<br />

Observe nos grupos de palavras acima que em a) o r é falado de um<br />

jeito (virando a língua um pouco para trás), em b) e c) de outro modo (a<br />

língua bate perto dos dentes de cima na parte rugosa atrás dos dentes<br />

e vibra uma vez) e em d) e e) de um terceiro modo diferente (o r vibra<br />

perto da garganta).<br />

Você vê alguma relação do modo de falar o r com a posição dele na<br />

palavra?<br />

O jeito de falar o r em a) acontece quando ele está no final da sílaba. O r de b) e c) ocorre no meio<br />

da palavra, no início das sílabas, seja com uma consoante antes (PR, DR, GR, TR) ou sozinho no início<br />

da sílaba. O r de d) e e) ocorre no início da palavra sendo representando por um r , mas pode<br />

aparecer também no meio da palavra no início das sílaba (como no r de b) e c), por isso é representado<br />

por dois rr para sabermos que é o mesmo r do início das palavras e não o r de b) e c).<br />

29


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30<br />

CAPÍTULO 3<br />

CENÁRIOS<br />

Pré-texto<br />

Você se lembra do texto que tinha como personagem e narrador o<br />

garoto Hardy? Pois é essa mesma personagem que vai contar como era<br />

a casa daquele avô de tão boas lembranças.<br />

Que relação há entre o texto e a ilustração?<br />

A CASA DO MEU AVÔ<br />

Maria do Carmo Brandão<br />

Eu pre ci so fa lar um pou co da casa de meu avô. E o que esta casa<br />

re pre sen ta va para mim.<br />

Ima gi ne uma casa imen sa, dois an da res, três sa las, tan tos quar -<br />

tos, cô mo dos cheios de sol, mil qua dros e re tra tos es pa lha dos pe las<br />

pa re des e, prin ci pal men te ... a bi blio te ca do Vô.<br />

Era mes mo a par te prin ci pal da casa. A mo bí lia, toda pre ta, cheia<br />

de tor nea dos, a mesa no meio com aque la ca dei ro na, onde ele gos -<br />

ta va de fi car as sen ta do nos mo men tos em que es cre via e pen sa va.<br />

Para ler, pre fe ria a ca dei ra de ba lan ço, que fi ca va num can to, de bai -<br />

xo de onde ha via mais luz. Em vi nhá ti co, era um pou co des toan te<br />

do res to dos mó veis, mas, se gun do con ta vam, era a ca dei ra que o<br />

avô dele ti nha dei xa do como he ran ça, peça mui to im por tan te na -<br />

que la sala. Os li vros, nem sei di zer, li vros bo ni tos, en ca der na dos, eu<br />

aju da va o Vô a lim par uma vez por se ma na, dan do es pa na das a tor -<br />

to e a di rei to. Dia de con fu são, eu qua se mor ria de can sei ra e de tan -<br />

to es pir rar. Vô nem li ga va.<br />

Vinhático: madeira de cor amarelada.


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Esta casa fi ca va numa es qui na ele gan te, de um bair ro ele gan te.<br />

Aliás, eu acho que a es qui na fi ca va ele gan te era por cau sa dela, uma<br />

ave ni da cheia de ár vo res, cheia de fí cus e um gra ma do enor me no<br />

meio, onde a me ni na da pas sa va a maior par te do tem po jo gan do<br />

bola de gude, fin ca e, na tu ral men te, as “pe la das” ines que cí veis.<br />

Isso, sem con tar o ter rei ro da casa que, de tão gran de, se di vi diu<br />

em dois. Um pe da ço fi ca va pra casa dele e o ou tro pra de meu pai,<br />

que fi ca va na con traes qui na, bem gru da da na dele. Ha via, in clu si -<br />

ve, um por tão de fer ro li gan do as duas ca sas e que cho ra min ga va o<br />

dia in tei ro, na que le abre-fe cha cons tan te.<br />

Nes se ter rei ro ha via aba ca tei ros, jam bei ros, uma lin da fi guei ra,<br />

três ou qua tro ja bu ti ca bei ras anãs, meu Deus, coi sa ma ra vi lho sa, eu<br />

chu pa va fru tas ti ra das no pé, na ho ri nha e es cor re ga va pe los tron -<br />

cos, ra lan do as cal ças na bun da e nas per nas.<br />

Adeus, mister Hardy. Belo Horizonte: Dimensão, 1996, p. 11-12.<br />

Cláudio Martins<br />

31


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32<br />

Dialogando com o texto<br />

1. No caderno, reescreva as frases, substituindo o que foi sublinhado por<br />

uma palavra ou expressão que não mude o sentido dado.<br />

“... era um pouco destoante do resto dos móveis...”<br />

“... mas, segundo contavam,...”<br />

2. Reescreva a frase, substituindo a palavra em destaque pelo<br />

significado correspondente:<br />

“... e, naturalmente, as peladas inesquecíveis.”<br />

“...e, naturalmente, as partidas de futebol inesquecíveis.”<br />

Doença do couro cabeludo.<br />

Nua, sem roupa.<br />

Partida de futebol.<br />

3. No segundo parágrafo do texto, fica claro que há um cômodo espe -<br />

cial na casa. Nesse parágrafo, uma palavra comprova essa afirmação.<br />

Qual é a palavra e qual é o cômodo?<br />

A palavra é “principalmente” e o cômodo é a “biblioteca”.<br />

4. Haveria mesmo mil quadros e retratos nas paredes daquela casa?<br />

Nesse caso, com que intenção o narrador usa esse numeral (mil) para<br />

referir-se à quantidade de quadros?<br />

“... era um pouco descombinado do resto<br />

dos móveis...”<br />

“... mas, segundo relatavam,...” “diziam”…<br />

O mais certo é que não. Ele usa o numeral “mil”,<br />

para mostrar a enorme quantidade de quadros que existia nas paredes da casa. É um exagero para<br />

reforçar a ideia.<br />

5. As casas, a do avô e a do pai do menino, eram ligadas por um por -<br />

tão de ferro. O que sugere o abre-fecha constante desse portão?<br />

Havia movimento de pessoas passando de uma casa para a outra.<br />

6. Por que o narrador diz que o portão “choramingava”? Para dizer isso,<br />

que comparação ele faz?<br />

Porque quando as pessoas passavam pelo portão ele rangia, fazia um<br />

barulho que parecia um choro. Então o narrador compara o barulho do portão com um choro comprido e fino.<br />

7. No terreiro, o que mais encantava o narrador? Por quê?<br />

As quatro jabuticabeiras anãs, porque ele podia chupar as frutas e escorregar pelos troncos ao mesmo tempo.<br />

8. Pela descrição do narrador, pode-se dizer que ele gostava da casa<br />

e de seu entorno? Explique.<br />

Sim. O quarto parágrafo é dedicado à descrição do entorno da<br />

casa e às boas lembranças da infância do narrador.<br />

9. De que a meninada costumava brincar, segundo o narrador?<br />

Bola de gude, finca e as inesquecíveis “peladas”.


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Instituto de Artes de Chicago<br />

Dialogando com outros textos<br />

1. Qual é o título da tela e o nome do pintor?<br />

O título é: Quarto em Arles e o pintor é Vincent Van Gogh.<br />

Vincent Van Gogh, Quarto em Arles (tela), 1889.<br />

2. O ambiente focalizado foi representado em que parte do dia? Co -<br />

mo você chegou a tal conclusão?<br />

Durante o dia, pois a claridade vem de fora, entrando pela janela.<br />

3. De onde vem a claridade tão ressaltada na obra? Do Sol.<br />

4. Nessa tela, as cores e as pinceladas são bem definidas. Na sua opi -<br />

nião, que sensação essas marcas sugerem?<br />

Resposta pes soal. Pos sí vel res pos ta: es sas mar cas im pri mem for ça aos ele men tos.<br />

5. Com base na tela, descreva o quarto de Van Gogh.<br />

6. Dê sua opinião: que relação há entre a tela e o texto “A casa do<br />

meu avô”?<br />

A tela re tra ta o quar to do ar tis ta e o tex to de Ma ria do Car mo Bran dão des cre ve a casa<br />

do avô do nar ra dor da his tó ria. Nos dois tex tos, são re tra ta dos am bien tes es pe ciais<br />

que mar ca ram a vida do pin tor, no caso da tela, e da per so na gem, na his tó ria.<br />

Professor(a): o tex to<br />

apre sen ta do co mo respos<br />

ta da atividade 5 é<br />

ape nas um e-xem -<br />

plo.Os ele men tos po -<br />

de rão ser des cri tos em<br />

ou tra or dem, ca da alu -<br />

no po de dar maior ou<br />

me nor im por tân cia a<br />

ele men tos di fe ren tes,<br />

apre sen tar mais ou me -<br />

nos de ta lhes, des ta car<br />

ca rac te rís ti cas que os<br />

ou tros não des ta ca ram,<br />

apre sen tar ou não lo ca -<br />

li za ções re la ti vas dos<br />

ele men tos (no quar to<br />

há cin co qua dros: um à<br />

ca be cei ra da ca ma e<br />

qua tro na pa re de so bre<br />

a la te ral da ca ma) etc.<br />

5. É um quar to sim -<br />

ples, pe que no, com<br />

uma ca ma de sol tei ro,<br />

cin co qua dros, sen do<br />

um de les um au torre -<br />

tra to, um es pe lho na<br />

pa re de, duas ca dei ras,<br />

uma me si nha com al -<br />

guns ob je tos de uso<br />

pes soal. Destaca-se,<br />

no cô mo do, a ja ne la<br />

pe la qual o sol en tra<br />

ilu mi nan do to do o am -<br />

bien te. Há uma toa lha<br />

e pe ças de rou pa no<br />

apo sen to. Estas es tão<br />

pen du ra das em um ca -<br />

bi de atrás da ca be cei -<br />

ra da ca ma; aque la em<br />

um ca bi de ao la do da<br />

por ta. As ca dei ras são<br />

em palhi nha; a ca ma<br />

tem ca be cei ra e pés<br />

em ma dei ra ma ci ça e<br />

acas ta nha da, apre sen -<br />

tan do uma cur va que<br />

se ele va ao cen tro.<br />

Professor(a): co men te<br />

que as ca rac te rís ti cas<br />

ser vem pa ra mo di fi car,<br />

dar de ta lhes, es pe ci fi -<br />

car, dar ao lei tor uma<br />

ideia daquilo que é<br />

mencionado.<br />

33


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34<br />

Produção de texto<br />

Escolha um cômodo de sua residência e descreva-o seguindo as<br />

orientações:<br />

1º parágrafo. O tamanho do local e aquilo que o limita: pa -<br />

redes, janelas, portas, teto e piso.<br />

2º parágrafo. Detalhes: cores do ambiente, móveis, lumi ná rias,<br />

cortinas, quadros e outros adornos.<br />

3º parágrafo. Termine o texto justificando sua escolha: por que<br />

esse lugar é especial para você?<br />

Indique as características do local e dos objetos que você vai<br />

des crever.<br />

Depois de ler e reler seu texto, reúna-se com seu grupo. Cada um lê<br />

sua descrição para os colegas observarem se o autor atendeu ao que foi<br />

estabelecido:<br />

O título do texto está de acordo com o que está sendo descrito?<br />

O texto está organizado em parágrafos?<br />

Cada parágrafo refere-se a um aspecto do que está sendo descrito?<br />

O autor caracterizou o ambiente e os objetos que o compõem?<br />

Organizem os textos no mural da classe, que pode ter como título:<br />

UM LUGAR ESPECIAL, ou outro escolhido pela turma.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Formando novas palavras: sufixo e prefixo<br />

1. Copie, do 6º parágrafo, quatro palavras com o sufixo -eiro/-eira. Que<br />

ideia esse sufixo acrescentou às palavras formadas: árvore ou planta,<br />

lugar ou profissão?<br />

Abacateiros, jambeiros, figueira, jabuticabeira. O sufixo -eiro/-eira acrescentou a essas palavras a<br />

ideia de árvore ou planta.<br />

2. No caderno, agrupe as palavras seguintes, de acordo com o sentido<br />

do sufixo -eiro/-eira: árvore ou planta, lugar ou profissão.<br />

laranjeira / chiqueiro / marceneiro / torneiro / pessegueiro / verdureiro /<br />

queijeira / cristaleira / mamoeiro Árvore ou planta: laranjeira, pessegueiro, mamoeiro.<br />

Lugar: queijeira, chiqueiro, cristaleira. Profissão: torneiro, marceneiro, verdureiro.


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3. Faça três frases usando palavras com -eiro/-eira. Em cada uma, esse<br />

sufixo deve ter um dos sentidos vistos. Resposta pessoal.<br />

4. “Eu mexi e remexi no baú do vovô.”<br />

Que ideia o elemento (prefixo) em destaque acrescentou à<br />

palavra mexi? A ideia de repetição da ação de mexer.<br />

Acrescente o prefixo RE- às palavras dos parênteses para indicar<br />

que a ação se repete e reescreva a frase no seu caderno<br />

substituindo ♦ pela nova palavra.<br />

• Eu ♦ na caixa de ferramentas do papai. (mexi) remexi<br />

• Os netos ♦ a brincadeira. (começaram) recomeçaram<br />

• Você ♦ a história. (leu) releu<br />

• Ele ♦ o dever de casa. (fez) refez<br />

• Mamãe ♦ a consulta. (marcou) remarcou<br />

• Meu amigo ♦ lá em casa domingo. (apareceu) reapareceu<br />

5. Observe o trecho abaixo:<br />

“.... e um gramado enorme no meio onde a meninada passava<br />

a maior parte do tempo jogando bola de gude, finca e,<br />

naturalmente, as ‘peladas’ inesquecíveis.”<br />

Veja que a palavra “meninada” foi formada juntando a palavra<br />

“menino” com o sufixo –A<strong>DA</strong>. Veja outras palavras formadas com<br />

esse sufixo:<br />

boiada, mulherada, indiada, molecada, folharada<br />

Em todas essas palavras o sufixo –A<strong>DA</strong> acrescentou a ideia de “muitos,<br />

de conjunto de alguma coisa, de coleção”.<br />

Qual o sentido que o sufixo –A<strong>DA</strong> acrescentou às palavras marcadas<br />

nas frases abaixo? Escolha entre os sentidos indicados no quadro.<br />

• Nome de comida ou alimento<br />

• Golpe, pancada<br />

• Conjunto, muitos, coleção<br />

a) Comi uma goiabada deliciosa na casa de meu avô.<br />

b) Quando menino, meu avô levou uma chifrada do touro da<br />

fazenda. Golpe, pancada.<br />

c) Os meninos começaram a dar boladas uns nos outros.<br />

d) Você gosta de macarronada? Nome de alimento.<br />

e) A rapaziada se divertia jogando bola. Cojunto, muitos.<br />

Nome de alimento.<br />

Golpe, pancada.<br />

35


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 36<br />

36<br />

4 Exprimindo características e concordância<br />

6. Copie as frases, substituindo as barras pelas palavras dos parênteses.<br />

Faça as mudanças necessárias.<br />

Os mó veis eram /, / e /. (an ti go, bo ni to, con for tá vel)<br />

Os li vros /, de pois da lim pe za, pa re ciam /. (en ca der na do, novo)<br />

Ha via ár vo res / nos ter rei ros / das duas / ca sas. (fru tí fe ro, enor me,<br />

im po nen te) Havia árvores frutíferas nos terreiros enormes das duas imponentes casas.<br />

Na / pra ça, avô e neto as sis tiam à / pe la da. (pe que no, di ver ti do)<br />

4 Exprimindo nossa atitude em relação ao que dizemos<br />

7. O que indica a palavra em destaque no trecho do quadro: desejo,<br />

obrigação, necessidade, possibilidade ou dúvida? Necessidade.<br />

Eu preciso falar um pouco da casa do meu avô.<br />

8. Faça uma frase com a palavra preciso indicando necessidade.<br />

Resposta pes soal.<br />

4 Exprimindo circunstâncias: tempo, frequência, modo, lugar<br />

9 . No caderno, copie do quadro o que indica cada palavra, expressão<br />

ou trecho em destaque nas frases seguintes:<br />

tempo, frequência, tempo e frequência, modo, lugar.<br />

“Para ler, preferia a cadeira de balanço, que ficava num canto,<br />

debaixo de onde havia mais luz.” Lugar.<br />

“Para ler, preferia a cadeira de balanço, que ficava num canto,<br />

debaixo de onde havia mais luz.” Lugar.<br />

“... eu ajudava o Vô a limpar uma vez por semana, dando<br />

espanadas a torto e a direito.” Tempo e frequência.<br />

“... eu ajudava o Vô a limpar uma vez por semana, dando<br />

espanadas a torto e a direito.” Modo.<br />

“... uma avenida cheia de árvores, cheia de fícus e um gramado<br />

enorme no meio, onde a meninada passava a maior parte do tempo ...”<br />

Lugar.<br />

Os móveis eram antigos, bonitos e confortáveis.<br />

Os li vros en ca der na dos, de pois da lim pe za, pa re ciam no vos.<br />

Na pe que na pra ça, avô e neto as sis tiam à di ver ti da pe la da.<br />

“... eu chupava frutas tiradas no pé, na horinha e escorregava<br />

pelos troncos ralando as calças na bunda e nas pernas.” Lugar.<br />

“... eu chupava frutas tiradas no pé, na horinha e escorregava<br />

pelos troncos ralando as calças na bunda e nas pernas.” Tempo.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 37<br />

Pasmo: assombro, espanto, admiração.<br />

Espalmada: mão aberta e estendida.<br />

CAPÍTULO 4<br />

O MENINO NO ESPELHO<br />

Fernando Sabino<br />

O<br />

OUTRO<br />

Pré-texto<br />

O tex to se guin te faz parte do romance O me ni no no es pe lho, de<br />

Fernando Sabino. Nes sa his tó ria, o nar ra dor con ta o que lhe acon te ceu<br />

cer to dia, ao olhar-se no es pe lho. Nes se caso, te mos um nar ra dor que é<br />

tam bém per so na gem. Acom pa nhe a fan tás ti ca ex pe riên cia des se ga ro to.<br />

Le van ta va a per na, e ele le van ta va tam bém, ao mes mo tem po.<br />

Abria os bra ços, e ele fa zia o mes mo. Co ça va a ore lha, e ele tam bém.<br />

Mas o que mais me in tri ga va era a úni ca di fe ren ça en tre nós dois.<br />

Sim, por que um dia des co bri, com pas mo, que en quan to eu le van ta -<br />

va a per na es quer da, ele le van ta va a di rei ta; en quan to eu co ça va a ore -<br />

lha di rei ta, ele co ça va a es quer da. Re pa ran do bem, des co bria ou tras<br />

di fe ren ças. O es cu do da es co la, por exem plo, que eu tra zia co la do no<br />

bol si nho es quer do do uni for me, na blu sa dele era no di rei to.<br />

Para tes tar, co lo co a mão di rei ta es pal ma da so bre o es pe lho.<br />

Como era de es pe rar, ele ao mes mo tem po vem com a sua mão es -<br />

quer da, en cos tan do-a na mi nha. Sor rio para ele e ele para mim.<br />

Mais do que nun ca me vem a sen sa ção de que é al guém idên ti co a<br />

mim que está ali den tro do es pe lho, se di ver tin do em me imi tar.<br />

Che go a ter a im pres são de sen tir o ca lor da pal ma da mão dele con -<br />

tra a mi nha. Fico sé rio, a ima gi nar o que acon te ce ria se isso fos se<br />

37


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 38<br />

38<br />

Cláudio Martins<br />

ver da de. Quan do vol to a olhá-lo no ros to, vejo as som bra do que ele<br />

con ti nua a sor rir. Como, se ago ra es tou ab so lu ta men te sé rio?<br />

Um ca la frio me cor re pela es pi nha, ar re pian do a pele: há al guém<br />

vivo den tro do es pe lho! Um ou tro eu, o meu du plo, real men te exis -<br />

te! Não é ima gi na ção, pois ele ain da está sor rin do, e sin to o con ta to<br />

de sua mão na mi nha, seus de dos aos pou cos en tre la ça rem os meus.<br />

Puxo a mão com cui da do, des lo can do-a do es pe lho. Em vez da<br />

ou tra mão se afas tar, ela vem para fora, pre sa à mi nha. Afas to-me um<br />

pas so, sem pre a pu xar a fi gu ra do es pe lho, até que ela se des ta que<br />

de todo, já den tro do meu quar to, e fi que à mi nha fren te, pal pá vel,<br />

de car ne e osso, como ou tro me ni no exa ta men te igual a mim.<br />

– Você tam bém se cha ma Fer nan do? – per gun to, mal con se guin -<br />

do acre di tar nos meus olhos.<br />

– Od nan ref – res pon de ele, e era como se eu pró prio ti ves se fa -<br />

la do: sua voz era igual à mi nha.<br />

– Od nan ref?<br />

– Sim, Od nan ref. Fer nan do de trás para dian te.<br />

O menino no espelho, 36 a ed. Rio de Janeiro: Record, 1992, p.130-132.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 39<br />

Dialogando com o texto<br />

1. De acordo com o segundo parágrafo, o menino ficava intrigado.<br />

Com o quê?<br />

2. O narrador tinha uma hipótese para a imagem no espelho. Qual?<br />

Dentro do espelho há alguém se divertindo em imitá-lo.<br />

3. Quando ele teve a certeza de que sua hipótese era verdadeira?<br />

Quando ele se olha sério no espelho e a imagem dele está sorrindo.<br />

4. Em “O menino no espelho”, há fatos que, mesmo inventados, po -<br />

deriam acontecer na realidade. Quais?<br />

As imagens no espelho são de fato invertidas e as palavras são refletidas de trás para frente.<br />

5. A partir de que momento a imagem do espelho passa a não ser um<br />

reflexo de Fernando? A partir do momento em que Fernando encosta a sua mão direita<br />

espalmada sobre o espelho.<br />

6. Na mesma história, alguns fatos só podem acontecer em um mundo<br />

de fantasia, inventado. Dê um exemplo. As imagens do espelho adquirirem autono mia.<br />

7. Na sua opinião, quem é Odnanref? Um outro menino igual a Fernando<br />

ou o lado oposto do próprio Fernando? Justifique. Resposta pessoal.<br />

Um miniespelho<br />

no fundo dos olhos<br />

nós todos temos.<br />

Sempre disposto,<br />

reflete as coisas,<br />

mostrando tudinho<br />

em formas e cores.<br />

A gente, no entanto,<br />

se toma de encanto<br />

quando se vê inteira<br />

no espelho da parede.<br />

O me ni no fi ca va in tri ga do com a úni ca di fe ren ça que exis tia en tre ele e sua ima -<br />

gem no es pe lho: en quan to o me ni no fa zia mo vi men tos com o lado es quer do do<br />

cor po, a ima gem no es pe lho fa zia com o lado di rei to.<br />

Dialogando com outros textos<br />

ESPELHOS<br />

Joana d’Arc Tôrres de Assis<br />

De presente. Belo Horizonte: Dimensão, 2004.<br />

Cláudio Martins<br />

39


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 25/03/11 20:01 Page 40<br />

3. O espelho de nosso<br />

corpo é pequeno,<br />

um miniespelho, mas<br />

reflete tudo o que se<br />

olha, independentemente<br />

do tamanho,<br />

enquanto o outro reflete<br />

imagens relativas<br />

a seu tamanho.<br />

40<br />

1. Por que o título do poema está no plural? Porque o poema faz referência a dois<br />

espelhos: o de nossa retina, que reflete as imagens do que olhamos, e o espelho objeto de vidro refletor.<br />

2. Qual é a principal diferença entre os espelhos do poema?<br />

O primeiro reflete o que se olha. O segundo reflete quem se olha.<br />

3. O espelho de nosso corpo tem uma característica oposta à do tipo<br />

de espelho que pode refletir a pessoa de corpo inteiro. Explique.<br />

4. Na segunda estrofe, a expressão “a gente” pode ser entendida co -<br />

mo “todos”? Nesse caso, você concorda com o que se afir ma? Resposta<br />

pessoal, mas relacionada com o fato de a pessoa que se olha no espelho gostar da própria imagem.<br />

5. Você encontra relação entre o texto de Fernando Sabino e o<br />

poema Espelhos? Conte. Resposta pessoal.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Exprimindo causa e consequência / finalidade<br />

1. Na frase seguinte, qual é a causa (razão, justificativa, motivo de<br />

alguma coisa) e qual é a consequência (efeito da causa)?<br />

“Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho.”<br />

Causa: Para testar. Consequência: coloco a mão direita espalmada sobre o espelho.<br />

2. Observe:<br />

No lugar de “para”, podemos usar “a fim de”:<br />

A fim de testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho.<br />

Nos dois casos, a causa, a razão, o motivo para fazer algo é<br />

apresentado como uma finalidade. Agora faça duas frases com o<br />

“para” e duas com o “a fim de” para indicar uma finalidade, que é uma<br />

razão para fazer algo. Resposta pessoal.<br />

4 Exprimindo tempo<br />

3. Nos trechos seguintes, quais palavras ou expressões indicam tempo<br />

simultâneo ou que duas coisas acontecem ao mesmo tempo?<br />

“Levantava a perna, e ele levantava também ao mesmo tempo.”<br />

Também.<br />

“Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que enquanto eu<br />

levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu<br />

coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda.” Enquanto, enquanto.


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“Como era de esperar, ele ao mesmo tempo vem com a sua mão<br />

esquerda, encostando-a na minha.”Ao mesmo tempo.<br />

“Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele<br />

continua a sorrir.” Quando.<br />

4. Construa duas frases usando a palavra “enquanto” para indicar dois<br />

fatos que acontecem ao mesmo tempo.<br />

Exemplo: Enquanto fala comigo, mamãe tempera a salada. Resposta pessoal.<br />

4 Vários sentidos da palavra “como”<br />

5. Em “Como, se agora estou absolutamente sério?”<br />

a palavra em destaque expressa modo, comparação ou causa/razão?<br />

Expressa modo.<br />

Faça outra frase com “como” com o mesmo sentido que ele tem<br />

no trecho acima, seja numa pergunta ou não. Resposta pessoal.<br />

Encontre no texto um “como” que pode ser substituído por<br />

conforme. Como era de esperar, ele ao mesmo tempo vem com a sua mão.<br />

4 Palavras de sentido oposto: “sobre” e “sob”<br />

6. “Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho.”<br />

“Sobre” significa mais ou menos “em cima”.<br />

Qual é a palavra que indica o oposto de sobre, ou seja, mais ou<br />

menos “embaixo”? A palavra é sob.<br />

Agora faça duas frases: uma com “sobre” e outra com o seu oposto.<br />

Resposta pessoal<br />

4 Várias formas da nossa língua: formal x informal;<br />

culta X não culta e oral x escrita<br />

7. Leia o lembrete que José escreveu em sua agenda, o bilhete que<br />

recebeu dos colegas e a circular que recebeu do diretor da escola.<br />

41


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42<br />

12 de março 2005<br />

LEVÁ A BOLA PRA PELA<strong>DA</strong> NO RECREIO.<br />

Zé,<br />

cem bola, num<br />

teim pelada<br />

si liga, cara!<br />

Juca, Xande e Tuca<br />

Uberlândia, 14 de março de 2005<br />

Circular EMT nº 001/2005<br />

A<br />

José Alves<br />

Aluno da Escola Municipal Tiradentes<br />

Prezado aluno,<br />

Esta circular tem a finalidade de comunicar-lhe que, a partir<br />

desta data, fica proibido trazer bolas e outros artefatos que<br />

possam provocar danos em vidraças de vizinhos da escola.<br />

Atenciosamente,<br />

Guilherme de Almeida<br />

Diretor


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 43<br />

Por que o diretor usou o nome José Alves e não Zezé ou Zé?<br />

Porque o nome do menino<br />

é José e, numa correspondência formal como uma circular do diretor da escola, usa-se o nome e não o apelido.<br />

Qual seria uma palavra mais formal, menos coloquial para pelada? Jogo.<br />

Observando a mensagem de cada um dos três textos, responda:<br />

qual dos três foi escrito antes do dia 12 de março?<br />

O bilhete de Juca, Xande e Tuca.<br />

Que prova Zezé dará aos colegas de que não foi por<br />

esquecimento que ele deixou de levar a bola? A circular do diretor.<br />

No caderno, faça a correção ortográfica do bilhete que Juca,<br />

Xande e Tuca escreveram para Zezé. Zé, sem bola não tem pelada. Se liga, cara!<br />

Na agenda, José escreveu duas palavras como são faladas por<br />

ele. Reescreva-as na forma escrita oficial. Levar, para.<br />

4 Palavras homônimas<br />

8. No caderno, copie as frases seguintes completando-as com as<br />

palavras CEM e SEM no lugar do símbolo ♦ :<br />

♦ é o número que se segue a 99.<br />

A palavra que indica falta, ausência é ♦.<br />

Professor(a), se os alunos não souberem, diga que palavras<br />

homônimas são aquelas que são parecidas (faladas igual:<br />

cesta e sexta; escritas igual: sede (sede) e sede (sede) – ou<br />

faladas e escritas igual – são (verbo) e são (sem doença, ou santo); como (verbo) e como (palavra<br />

com muitos valores já vistos) – mas que têm sentido diferente. Exemplo: cesta e sexta.<br />

9. Faça duas frases com as palavras “sem” e “cem”.<br />

Professor(a), para fazer o livro, oriente os alunos<br />

para escreverem as suas histórias todas em folha<br />

de papel do mesmo tamanho. Fure-as com o furador<br />

de papel de dois furos. Faça ou motive os alunos<br />

para produzirem uma capa, folha de rosto e<br />

demais elementos do início de um livro. Prenda tudo<br />

com um grampo próprio para folhas furadas ou<br />

amarre com um cordão ou fita. Está pronto o livro.<br />

Cem é o número que se segue a 99.<br />

A palavra que indica falta,<br />

ausência é sem.<br />

Produção de texto<br />

Imagine como seria passar um dia com seu “outro” e escreva sua<br />

história. Para dar nome à personagem, escreva seu nome de trás<br />

para diante. Depois conte:<br />

• Como, onde e quando você encontrou o seu outro.<br />

• Como ele é. Como ele se diferencia de você, ou seja, como<br />

alguém pode perceber que é o outro e não você.<br />

• Diga algo de extraordinário que aconteceu com vocês dois.<br />

Pense em algo interessante, complicado ou estranho que<br />

aconteceu. Por exemplo, alguém confunde o outro com você e<br />

pede para ele fazer algo, mas tudo dá errado, porque ele faz<br />

tudo diferente do que você faria. Por isto alguém fica com raiva<br />

de você e é muito difícil desfazer o mal-entendido.<br />

• Como tudo acabou.<br />

43


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 44<br />

44<br />

Depois de pronta sua história, peça para um colega ler e ver se<br />

está boa ou não e lhe dar sugestões.<br />

Após arrumar o que o colega sugeriu, faça cópias do seu texto e<br />

peça para seus pais, avós, amigos e outras pessoas lerem e dizerem<br />

o que acharam da história e se eles têm alguma sugestão para você<br />

melhorá-la.<br />

Se achar alguma(s) sugestão(ões) boa(s), use-a(s) para melhorar<br />

sua história.<br />

Depois disso você a escreve com bastante capricho e o(a)<br />

professor(a) vai reunir todas as histórias da classe num livrinho que<br />

ficará na biblioteca para os colegas de outra turmas lerem.<br />

Vamos falar<br />

4 Teatro<br />

As imagens dos espelhos se rebelaram. Cansaram de ficar<br />

repetindo o que as pessoas fazem. E agora?<br />

Você e seus colegas vão se reunir em grupos e imaginar tudo o<br />

que acontece então e vão escrever uma peça de teatro para<br />

representarem. Imaginem:<br />

O que as imagens começam a fazer quando se rebelam?<br />

Como os donos das imagens reagem. Por exemplo, eles<br />

acham que a situação não pode continuar e se reúnem para<br />

decidir o que fazer?<br />

O que eles decidiram fazer: convencer as imagens a voltarem<br />

a sua função de imitar? Como eles iriam convencê-las? Pensem<br />

o que pode ser feito ou dito para convencer as imagens a<br />

voltarem ao normal.<br />

Como acaba esta história?<br />

Professor(a), esta atividade configura um pequeno projeto. Assim,<br />

pode ser desenvolvido durante um certo tempo (por exemplo, 1 mês<br />

ou mais) com ações a serem desenvolvidas em sala (escrever a<br />

história a partir das ideias dos alunos) e outras em casa (pensar os<br />

acontecimentos que constituirão a história da peça, ensaiar, arrumar<br />

cenários etc.). Planeje e oriente os alunos. Não deixe de fazer<br />

a peça, pois representa uma boa oportunidade de os alunos trabalharem<br />

um uso da linguagem não escolar e bem real.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 45<br />

Depois os grupos vão apresentando suas sugestões e a turma<br />

vai decidindo que ideias vão usar na peça. A professora vai<br />

escrevendo o texto no quadro com ajuda de alguns alunos. Mas<br />

tudo tem que combinar. Todos copiam no seu caderno.<br />

Procurem escrever uma história que não dure mais do que 15<br />

minutos.<br />

Depois de escrito o texto a turma decide quem vai representar<br />

que papéis. Cada um tem que decorar o texto que vai falar.<br />

A turma ensaia a peça. Decidam se vão fazer cenários, usar<br />

roupas especiais para diferenciar as imagens dos seus donos (por<br />

exemplo: as imagens usam camisa e blusa branca e os donos outras<br />

cores), onde a peça vai ser representada etc.<br />

No dia marcado, todas as turmas de 4º ano da escola apresentam<br />

suas peças. Se quiserem podem convidar seus pais ou parentes para<br />

assistir. Vai ser na hora da aula ou em outro horário especial?<br />

Vocês podem colocar uma urna para a escola votar e escolher<br />

a peça que gostou mais.<br />

Shutterstock<br />

45


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN1_P5_. 23/03/11 14:45 Page 46<br />

46<br />

LIVROS & CIA.<br />

Eram duas avós: uma por parte do<br />

pai, outra por parte da mãe. Elas<br />

eram muito diferentes uma da outra.<br />

Mas eram iguais a todas as avós do<br />

mundo: simplesmente maravilhosas.<br />

ERA UMA VEZ DUAS AVÓS. Naumim<br />

Aizen. Rio de Janeiro: Record, 2003.<br />

Divirta-se com as descobertas e<br />

peripécias de um garoto que<br />

curtiu muito a infância, fase em<br />

que tudo é novidade e surpresa.<br />

Itabuna, interior da Bahia, é o<br />

palco de suas aventuras. RO<strong>DA</strong><br />

<strong>DA</strong> INFÂNCIA. Cyro de Mattos.<br />

Belo Horizonte: Dimensão, 2009.<br />

Conheça a vida do pintor Van<br />

Gogh e aprenda a interpretar<br />

suas princi pais obras. Você pode<br />

se revelar um ar tista depois de ler<br />

este livro: ARTIS TAS FAMO SOS:<br />

VAN GOGH. Andrew Hughes. São<br />

Paulo: Callis, 1998.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 47<br />

CARTAS e OUTROS ESCR ITOS<br />

CAR TAS e OUTROS ESCRITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCR ITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCRITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCRITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCRITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCRITOS<br />

CARTAS e OUTROS ESCRITOS


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 25/03/11 20:15 Page 48<br />

48<br />

CAPÍTULO 5<br />

BILHETES<br />

E RECADOS<br />

Pré-texto<br />

Diga:<br />

Professor(a), aproveite a pergunta 3 e discuta com seus alunos diferenças<br />

entre bilhetes e cartas. Lembre que o bilhete costuma ser mais curto e não<br />

costuma ter local e data no início, porque sempre é válido para o dia em que<br />

é escrito, embora possa ter data. Além disso, no bilhete o vocativo é quase<br />

sempre apenas o nome da pessoa, dispensando-se coisas como “prezado”,<br />

“estimado”, “senhor” antes do nome, porque o bilhete é menos formal, por<br />

ser feito para pessoas muito conhecidas e amigas.<br />

1. Você escreve bilhetes para seus amigos e suas amigas? Se você<br />

usa a internet, envia bilhetes para eles por meio do correio eletrônico<br />

(e-mail)?<br />

2. Quando escreve bilhetes em papel, costuma dar formas especiais<br />

ao papel conforme a ocasião ou apenas para ficar diferente?<br />

3. Você considera que um bilhete é curto ou longo? Olhando o texto<br />

da página seguinte, que foi escrito em um papel redondo, sem<br />

ler, você consideraria que ele é um bilhete ou uma carta? Por quê?<br />

O QUE VOU SER<br />

(Bilhete escrito numa folha de papel recortada como<br />

se fosse uma lua, ou um queijo, uma bola ou uma roda<br />

de bicicleta, e pregado com durex debaixo da mesa<br />

quebrada da cantina.)


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 49<br />

Emília:<br />

Afinal, decidi: quero ser escritora famosa.<br />

Antes eu tinha pensado em ser veterinária, porque<br />

às vezes acho os bichos mais interessantes do que as pessoas.<br />

Depois, meu pai ficou falando que o sonho dele era que eu<br />

fosse médica.<br />

Claro, Miloca, até pensei em ser médica para agradar o gracinha do papai.<br />

Bem, mas aí eu pensei: para ser médica é preciso estudar gente morta nas aulas<br />

de anatomia. E nem morta eu quero colocar as minhas mãos em gente morta.<br />

Então, então, eu vi uma entrevista com uma escritora chamada Nélida Piñon na<br />

televisão. Uns dias depois, tinha outra entrevista com uma escritora chilena<br />

chamada Isabel Allende. E hoje, no mesmo canal, tinha um documentário sobre<br />

outra escritora, chamada Clarice Lispector, que já morreu.<br />

Puxa! Puxa vida! Que interessante foi essa tal de Clarice. Minha mãe disse<br />

que vai comprar um livro dela para mim. Da Nélida também, e também<br />

da Isabel.<br />

Sabe de uma coisa? Eu nasci para ser escritora. Eu nasci para<br />

escrever livros.<br />

Eu nasci para imaginar histórias. Eu nasci para ser famosa.<br />

O que você acha?<br />

Tchau,<br />

Vanessa<br />

Livro de recados. Paulinho Assunção. Belo Horizonte: Dimensão, 2000, p.13.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Antes de pensar em ser escritora, Vanessa pensou em ser veterinária<br />

e depois médica. Qual das opções não tinha sido por influência de ou -<br />

tras pessoas? Ser veterinária.<br />

2. A menina decidiu que seria escritora depois de assistir a um pro gra -<br />

ma de TV. Qual era o assunto do programa? A vida de escritoras famosas.<br />

3. No texto, o que sugere que ela recebeu apoio em casa quando se<br />

decidiu? A mãe ia comprar obras das autoras citadas pela menina.<br />

4. Qual é o destinatário do bilhete? Emília é a destinatária.<br />

5. Que ligação há entre as meninas? Que informação sugere isso?<br />

Uma ligação de amizade, sugerida pela forma Miloca, e não Emília, com que Vanessa chama a amiga.<br />

Anatomia: ciência que trata da forma e da estrutura dos seres.<br />

49


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 15:12 Page 50<br />

50<br />

6. Qual foi a intenção de Vanessa ao usar a expressão gracinha quando<br />

se referiu ao pai? Manifestar uma forma de carinho.<br />

7. No último parágrafo do texto, Vanessa apresenta as razões ou<br />

finalidades para sua vida.<br />

Copie os trechos em que ela diz essas razões.<br />

Essas razões são diferentes ou é a mesma dita de modos<br />

diferentes?<br />

8. Observe:<br />

“E hoje, no mesmo canal, tinha um documentário sobre outra<br />

escritora, chamada Clarice Lispector, que já morreu.”<br />

Ontem = passado, o dia anterior ao dia em que falamos.<br />

Hoje = presente, o dia em que falamos.<br />

Amanhã = futuro, o dia posterior ao dia em que falamos.<br />

A) No caderno reescreva as frases abaixo substituindo o sinal por<br />

uma das palavras: “ontem”, “hoje” ou “amanhã”, conforme o sentido.<br />

a) ♦ nós assistimos uma entrevista na televisão.<br />

b) Vou escrever um bilhete para meu amigo ♦ cedo. amanhã<br />

c) ♦ mamãe está escrevendo uma carta para meus avós. Hoje<br />

d) Não, você está enganado! Meu tio não viajou hoje cedo para<br />

São Paulo. Ele viajou ♦. ontem.<br />

e) Estou feliz, porque ♦ vou conhecer pessoalmente uma escritora<br />

brasileira muito importante.<br />

B) Agora faça três frases com as palavras “ontem”, “hoje” e<br />

“amanhã”, indicadoras de tempo.<br />

C) Reescreva as frases abaixo, completando-as com o verbo indicado<br />

entre parênteses no tempo (passado, presente ou futuro) adequado.<br />

a) Hoje não posso visitá-la porque ♦ para a prova. (estar estudando).<br />

estou estudando<br />

Razões: ser escritora, imaginar histórias<br />

e ser famosa. Trechos: para ser<br />

escritora / para escrever livros / para<br />

imaginar histórias / para ser famosa.<br />

Ela apresenta apenas duas razões, pois diz de dois modos a mesma coisa: ser escritora<br />

/ escrever livros. Imaginar histórias faz parte da finalidade de escrever livros e,<br />

portanto, de ser escritora. Ser famosa é uma razão que é consequência do fato de<br />

ser escritora bem-sucedida.<br />

Resposta pessoal.<br />

Ontem / Se os alunos colocarem<br />

hoje, explicar que é no mesmo dia,<br />

mas antes da hora em que se fala.<br />

amanhã / Se os alunos colocarem hoje, explicar que é<br />

no mesmo dia, mas depois da hora em que se fala.<br />

b) Ontem ♦ uma carta para minha autora preferida. (escrever) escrevi<br />

c) Amanhã nossa turma ♦ o livro “Livro de Recados” de Paulinho<br />

Assunção. (ler)<br />

vai ler ou lerá


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 51<br />

Dialogando com outros textos<br />

1. Qual é o título do livro e o nome<br />

do autor?<br />

O título é Livro de Recados (de menina<br />

para menina) e o autor<br />

é Paulinho Assunção.<br />

2. Observe, agora, a reprodução<br />

da página de rosto e da ficha<br />

catalográfica deste livro.<br />

Livro de recados. Paulinho Assunção. Belo Horizonte: Dimensão, 2000.<br />

51


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 52<br />

5. O título, o nome<br />

do ilustrador, a<br />

cidade, o nome da<br />

editora, o ano da 1ª<br />

edição, número de<br />

páginas e nome da<br />

coleção. Abaixo<br />

vem a classificação<br />

do livro e o número<br />

de regis tro da obra,<br />

seguido do nome<br />

de quem elaborou a<br />

ficha.<br />

Professor(a), comente<br />

com a turma<br />

que muitos profissionais<br />

trabalham<br />

na produção de um<br />

livro, como editores,<br />

projetistas, revisores<br />

etc.<br />

52<br />

3. Compare a página de rosto com a capa do livro. O que há de co mum<br />

entre as duas? O título do livro, o nome do autor, o nome da editora e a indicação do ilustrador.<br />

4. No alto da ficha catalográfica vem o nome do autor. O que mudou<br />

na escrita desse nome? Em primeiro lugar aparece o último nome, seguido do primeiro.<br />

5. Além do nome do autor, que informações o leitor encontra na ficha<br />

catalográfica?<br />

6. Se você entra na livraria para comprar um livro de que sabe apenas<br />

o título, quais outras informações da capa podem ajudar o vendedor a<br />

localizá-lo? O nome da editora e o nome do(a) autor(a).<br />

Vamos falar<br />

4 Entrevista<br />

Pelo bilhete que escreveu para Emília, parece que Vanessa já<br />

decidiu o que quer ser. Ela quer ser escritora e decidiu isso assistindo a<br />

entrevistas com escritoras na TV.<br />

E você? O que quer ser?<br />

Para você decidir o que quer ser, a sua turma vai fazer “O Dia das<br />

Profissões”. Nesse dia vocês vão convidar e entrevistar pessoas de várias<br />

profissões diferentes, para obter informações que ajudem na escolha de<br />

uma para vocês.<br />

Para realizar este “Dia das Profissões”, vocês devem seguir os seguintes<br />

passos:<br />

Para a entrevista, escolham profissões bem diversificadas, no<br />

máximo 10, que exigem ou não curso superior ou curso técnico (por<br />

exemplo: marceneiro, eletricista, encanador, torneiro mecânico,<br />

costureira, professor, médico, dentista, advogado, arquiteto,<br />

engenheiro, fisioterapeuta, jornalista etc.). Veja profissões que sejam<br />

de pessoas que vivem no lugar onde fica sua escola. Escolham<br />

profissionais que vivem no lugar onde fica sua escola para facilitar<br />

o trabalho.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 53<br />

Combinem com o(a) professor(a) o dia e o horário em que serão<br />

realizadas as entrevistas.<br />

A turma prepara algumas poucas perguntas a serem feitas a cada<br />

pessoa. Como o objetivo é saber sobre as profissões, vocês devem<br />

fazer pelo menos perguntas que permitam saber:<br />

• Se a pessoa gosta de ter a profissão que tem e por quê.<br />

• O que ela faz no exercício de sua profissão.<br />

• Em que a profissão é útil para a sociedade.<br />

• Outras informações, como, por exemplo, condições de trabalho,<br />

se exige material ou aparelhos especiais, faixa de ganho etc.<br />

• Ou seja, façam as perguntas que julgarem importantes para<br />

ajudá-los a decidir o que vão ser no futuro.<br />

Ao mesmo tempo que preparam as perguntas, vocês escolhem as<br />

pessoas de cada profissão a serem entrevistadas e fazem o convite<br />

com a ajuda do(a) professor(a) e da escola, dizendo o objetivo da<br />

entrevista e podem até já adiantar as perguntas, se acharem melhor<br />

fazer assim.<br />

Decidam o tempo de cada entrevista, tendo em vista o tempo<br />

disponível da aula, das pessoas entrevistadas e em função das<br />

perguntas que decidiram fazer. Desse modo vocês podem combinar<br />

o horário com cada profissional para que ele não tenha que ficar<br />

esperando as entrevistas dos demais.<br />

No dia marcado, cada entrevistado de uma profissão é chamado<br />

e responde às perguntas. Decidam antes quem fará qual pergunta<br />

para qual profissional de modo que todos os alunos ou a maioria<br />

faça pelo menos uma pergunta.<br />

Conforme os entrevistados apresentam suas ideias, todos<br />

anotam as informações sobre cada profissão, para depois decidir o<br />

que quer ser.<br />

Antes da entrevista, apresentem o entrevistado, usando dados<br />

que devem ser coletados com antecedência. Digam sobretudo o<br />

nome, a profissão, onde trabalha e há quantos anos exerce a<br />

atividade profissional sobre a qual será entrevistado. Ao final,<br />

lembrem-se de agradecer ao entrevistado o fato de ele ter aceito<br />

estar ali e dar a entrevista, e, só então, passem às perguntas.<br />

53


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54<br />

ATENÇÃO:<br />

Lembre-se de que a finalidade da entrevista é conhecer as opiniões,<br />

ideias e pensamentos da pessoa entrevistada ou dados sobre sua<br />

atividade profissional.<br />

Produção de texto<br />

A partir das anotações que você fez durante a entrevista, você vai<br />

fazer um bilhete para seu pai, sua mãe, sua avó, seu avô, para um<br />

colega de classe ou outra pessoa de sua escolha, dizendo o que você<br />

escolheu ser e por quê. Peça a um colega para ler e ver se o bilhete está<br />

claro e explica o motivo de sua escolha. Depois você entrega seu bilhete<br />

para a pessoa destinatária e pede a ela para responder dizendo o que<br />

achou da sua escolha.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Verbos auxiliares e o que eles expressam<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

“Para ser médica preciso estudar...” Observe<br />

que o primeiro verbo ajuda o segundo a expressar uma ideia<br />

que ele não poderia expressar sozinho, por isso o primeiro<br />

verbo é uma espécie de ajudante do segundo, um auxiliar do<br />

segundo que então é chamado de verbo principal.<br />

1. Releia estes dois trechos do bilhete de Vanessa para Emília, em que o<br />

verbo “querer” acompanha outro verbo para exprimir a ideia de desejo:<br />

“Afinal, decidi: quero ser escritora famosa.”<br />

“E nem morta eu quero colocar as minhas mãos em<br />

gente morta.”


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Outros verbos podem indicar a ideia de desejo: desejar, esperar. Veja<br />

os exemplos:<br />

Meu pai deseja falar com o senhor.<br />

Meu pai espera conseguir um novo emprego.<br />

2. No caderno, copie dos parênteses a ideia que o verbo auxiliar ajuda<br />

a exprimir nas frases seguintes:<br />

(futuro / possibilidade / desejo / necessidade / repetição / decisão)<br />

Eu vou falar um pouco de nossa viagem. Futuro.<br />

Eu preciso falar um pouco de nossa viagem. Necessidade.<br />

Eu volto a falar um pouco de nossa viagem. Repetição.<br />

Eu posso falar um pouco de nossa viagem. Possibilidade.<br />

Eu quero falar um pouco de nossa viagem. Desejo.<br />

Eu resolvi falar um pouco de nossa viagem. Decisão.<br />

3. No 3º parágrafo do bilhete, encontre uma expressão que apresenta o<br />

sentido de necessidade. É preciso.<br />

Ela está introduzindo a necessidade de fazer o quê?<br />

No bilhete de Vanessa, fazer isso é necessário para qual<br />

finalidade? Para ser médica.<br />

4 Palavras sinônimas<br />

4. No trecho abaixo aparece o verbo “ter” no passado.<br />

“Uns dias depois tinha outra entrevista com uma escritora<br />

chilena chamada Isabel Allende.”<br />

A) Várias palavras poderiam ter sido usadas por Vanessa no lugar de<br />

“tinha” ao fazer seu bilhete. Qual a única palavra do quadro que não<br />

A palavra presenciei.<br />

poderia ter sido usada para substituir “tinha”?<br />

vi, assisti, presenciei, passou<br />

Estudar gente morta.<br />

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56<br />

B) Diga qual palavra do quadro abaixo pode substituir a palavra ter,<br />

em destaque em cada frase abaixo.<br />

a) Na minha casa tem uma televisão muito velha. Existe.<br />

b) No dia da entrevista, Vanessa teve gripe. Sofreu.<br />

c) Na hora da entrevista tive medo de não me sair bem. Senti.<br />

d) Meu irmão tem um pião lindo. Possui.<br />

e) Vamos ter férias em janeiro do ano que vem. Tirar.<br />

f) A mala tinha, além de roupas, alguns livros. Continha.<br />

4 Adjetivos pátrios<br />

existir sofrer sentir possuir tirar conter<br />

5. No trecho do texto, transcrito na pergunta 4, aparece uma palavra<br />

que indica de onde (país, região, cidade etc.) a pessoa ou alguma outra<br />

coisa é ou vem. Essa palavra é “chilena”.<br />

Diga a palavra que indica aquilo que você é em relação a estes<br />

lugares: seu país / seu estado / sua cidade / seu continente.<br />

brasileiro / Resposta de acordo com o estado e cidade de cada um / americano.<br />

6. Faça uma frase com a palavra que indica quem ou o que é da sua<br />

cidade. Resposta pessoal<br />

7. A) No bilhete, Vanessa citou uma escritora chilena e duas brasileiras.<br />

No caderno, indique a nacionalidade de quem nasce nos seguintes<br />

países:<br />

Portugal Holanda França Japão China<br />

português holandês francês japonês chinês<br />

Peru Cuba Austrália Itália Bolívia<br />

peruano cubano australiano italiano boliviano<br />

B) Agora, com a ajuda do(a) professor(a), você vai dizer o adjetivo<br />

pátrio que indica quem nasce ou o que é dos seguintes estados<br />

brasileiros e suas capitais de diferentes regiões do Brasil. Seria interessante<br />

a turma pesquisar também outros estados e suas capitais.<br />

Estado<br />

São Paulo<br />

Capital<br />

Paraná Pernambuco Goiás Pará<br />

São Paulo Curitiba Recife Goiânia Belém<br />

paulista paranaense pernambucano goiano paraense<br />

paulistano curitibano recifense goianiense belenense


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CAPÍTULO 6<br />

UMA IDEIA<br />

GENIAL!<br />

Pré-texto<br />

Você co nhe ce al gu ma bi blio te ca? Tem cos tu me de fre quen tá-la? Já<br />

re pa rou como são or ga ni za dos os li vros nas pra te lei ras? E como as pra te -<br />

lei ras são dis tri buí das no es pa ço ocu pa do pela bi blio te ca? O que sig ni fi -<br />

cam as le tras que são co lo ca das nas lom ba das dos li vros? Em que ou tros<br />

lu ga res da bi blio te ca es sas le tras apa re cem? Já ob ser vou a fi cha que é<br />

re ti ra da do li vro, preen chi da e pos ta num fi chá rio, até o mo men to em<br />

que você de vol ve o li vro? O tex to se guin te re la ta uma for ma bem es tra -<br />

nha de uma ci da de ga nhar uma bi blio te ca. Como será essa bi blio te ca?<br />

Que parte do texto está relacionada com a ilustração da página<br />

seguinte?<br />

NOSSA BIBLIOTECA 1<br />

Mirna Pinsky<br />

Tia Joa na não tem fi lhos, tem li vros. Como os fi lhos não vi nham,<br />

ela foi com pran do li vros, com pran do li vros e aca bou en chen do de<br />

li vros duas sa las de sua casa, com es tan tes até o teto. Al guns ela lia,<br />

ou tros co lo ca va na es tan te e es que cia. Quan do se es go ta ram os li -<br />

vros da úni ca li vra ria da nos sa ci da de, tia Joa na co me çou a pe dir ca -<br />

tá lo gos para as edi to ras de São Pau lo e Rio e en co men dar li vros. No<br />

co me ço eram só ro man ces. De pois bio gra fias de gran des ho mens. E<br />

quan do já ti nha qua se tudo, pas sou a va riar: obras so bre mú si ca,<br />

Lombada: lado do livro onde fica a costura ou a cola, oposto ao corte da frente.<br />

1 Título original: O canguru emprestado.<br />

57


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58<br />

so bre plan ta ções, so bre cu li ná ria, so bre pás sa ros, so bre bi chos. O<br />

gê ne ro mo di fi ca va con for me a ma nia. Na se ma na que tia Joa na<br />

acor da va com pen do res cu li ná rios, li vros de re cei tas. Quan do re sol -<br />

via se de di car à hor ta, li vros de agri cul tu ra.<br />

Tio Juca, ma ri do dela, não di zia nada. Ela só com pran do. Quan -<br />

do as pa re des da se gun da sala fi ca ram cheias e tia Joa na quis cons -<br />

truir mais um quar to para guar dar seus li vros, tio Juca res mun gou:<br />

– Será que não che ga?<br />

Foi jus ta men te nes tas al tu ras que tia Joa na, com sua vo ca ção se -<br />

ma nal li ga da à en fer ma gem, re ce beu um con vi te para tra ba lhar no<br />

hos pi tal. Acei tou ime dia ta men te. E na se ma na se guin te, os ca tá lo gos<br />

de li vros co me ça ram a se acu mu lar so bre a es cri va ni nha, sem que<br />

ela ti ves se ao me nos a cu rio si da de de abrir.<br />

Três se ma nas de pois, com pi lhas de um me tro de al tu ra de ca tá -<br />

lo gos es pa lha dos pela casa, tio Juca, que era mes mo mui to pa cien -<br />

te, res mun gou:<br />

Pendores: inclinações, tendências.<br />

Cláudio Martins


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– As sim não pode con ti nuar. Você tem que dar um jei to nis so.<br />

Tia Joa na teve uma ideia. Como não ti nha tem po para ve ri fi car<br />

os ca tá lo gos, nem es cre ver para as edi to ras pe din do sus pen são da<br />

re mes sa, re sol veu fa zer de sua casa uma bi blio te ca para as crian ças<br />

da ci da de. As sim, as que vies sem con sul tar os li vros te riam, como<br />

de ver, que li vrar tia Joa na dos ca tá lo gos. Cla ro que de ve ria ter uma<br />

for ma mais sim ples de re sol ver as coi sas, mas tia Joa na sem pre gos -<br />

tou das gran des so lu ções.<br />

Para nos sa ci da de que só tem um hos pi tal, uma far má cia, um ci -<br />

ne ma, a de le ga cia, as Ca sas Per nam bu ca nas, uma igre ja e um pu -<br />

nha do de ca sas, foi uma ideia ge nial.<br />

O canguru emprestado, 10 a ed. São Paulo: Atual, 2003, p.3-5.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Observe: “Tia Joana não tem filhos, tem livros”.<br />

Para você, que relação há entre filhos e livros na vida de tia Joana?<br />

Tia Joana adotou os livros no lugar dos filhos que não teve.<br />

2. Explique o que entendeu da seguinte expressão do texto:<br />

“Com sua vocação semanal”. A cada semana se interessava por um assunto.<br />

3. A vocação semanal existia desde o início da compra de livros? Justi -<br />

fique. Não. Ao escolher os livros pelos catálogos, começou com os romances. Depois passou para<br />

a biografia de grandes homens. Só depois passou a variar, de acordo com sua vocação semanal.<br />

4. Baseando-se nas pistas do texto, você afirmaria que tia Joana che -<br />

gou a construir mais um quarto para guardar os livros? Justifique.<br />

5. Quais parágrafos sugerem que o palco desta narrativa é uma cida -<br />

de pequena?<br />

6. O que indica a repetição do verbo comprar no primeiro parágrafo:<br />

“ela foi comprando livros, comprando livros...”?<br />

7. Qual foi o resultado de tia Joana comprar tantos livros ao longo do<br />

tempo? Que verbo auxiliar a autora usou para ajudar outro verbo a<br />

indicar o resultado da ação de comprar tantos livros?<br />

Resultado: encher de livros duas salas de sua casa com estantes até o teto.<br />

Auxiliar: acabar — acabou enchendo.<br />

4. Não, pois além<br />

de Tio Juca não ter<br />

apoiado a ideia,<br />

naquela semana,<br />

tia Joana, que estava<br />

interessada<br />

em enfermagem,<br />

aceitou o convite<br />

para traba lhar no<br />

hospital.<br />

5. O primeiro parágrafo,<br />

ao relatar<br />

que a cidade possuía<br />

uma só<br />

livraria, e o último<br />

parágrafo, ao relatar<br />

que a cidade<br />

possuía só um<br />

hospital, uma farmácia,<br />

um cinema<br />

e uma igreja.<br />

6. Indica que tia<br />

Joana continuou<br />

comprando muitos<br />

livros.<br />

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60<br />

8. Sabendo que gênero no trecho seguinte significa tipo: “O gênero<br />

modificava conforme a mania”, cite alguns gêneros de livros que você<br />

gosta de ler. Resposta pessoal.<br />

9. Nos livros do cantinho da leitura ou da biblioteca ou que alguém<br />

empresta, quais gêneros a turma mais lê? Resposta pessoal.<br />

Dialogando com outros textos<br />

BIBLIOTECAS COM O PÉ NA ESTRA<strong>DA</strong><br />

É mui to bom en con trar um li vro bem le gal para ler. Mas nes te<br />

Bra sil tão gran de nem todo mun do tem uma bi blio te ca ou li vra ria<br />

por per to. Por isso, pes soas que sa bem o quan to ler é im por tan te e<br />

di ver ti do ti ve ram a ideia de fa zer bi blio te cas que pu des sem via jar<br />

pelo país afo ra.<br />

Cláudio Martins


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Es sas bi blio te cas es tão cir cu lan do por vá rias re giões, cada uma<br />

de um jei to di fe ren te. Tem bi blio te ca mon ta da den tro de ôni bus que<br />

per cor re vá rios bair ros na ci da de de São Pau lo e na de Ara xá, em<br />

Mi nas Ge rais.<br />

Ou tras são le va das de bar co até as co mu ni da des mais dis tan tes<br />

da Ama zô nia e da Ilha Gran de, no Rio de Ja nei ro.<br />

Há tam bém ca mi nho ne tes que le vam li vros para as es co las da<br />

re gião ru ral, na ci da de de Con de, na Pa raí ba.<br />

No Ma ra nhão, em São Luís, exis te um car ro-bi blio te ca que vi si -<br />

ta as pra ças le van do con ta do res de his tó rias.<br />

E as sim, as bi blio te cas que an tes fi ca vam pa ra di nhas no lu gar<br />

ago ra es tão ro dan do por aí, le van do li vros para quem quer ler.<br />

Cláudio Martins<br />

Revista Sítio do Pica-pau Amarelo. São Paulo: Globo, n° 9, março de 2003, p. 18 e 19.<br />

1. Qual é a finalidade das bibliotecas “COM O PÉ NA ESTRA<strong>DA</strong>”? Levar<br />

livros aos lugares onde não há bibliotecas e livrarias.<br />

2. O au tor afir ma que o Bra sil é um país mui to gran de. Quais in for ma ções<br />

do tex to mos tram que di fe ren tes re giões exi gem so lu ções di fe ren tes?<br />

As di ver sas re giões que for mam o Bra sil apre sen tam con di ções geo grá fi cas dis tin tas: as cer ca das por<br />

água exi gem bar cos; na zona ru ral, ca mi nho ne tes; e nas pe que nas ci da des, car ro-bi blio te ca.<br />

3. Que relação há entre o título deste capítulo e os textos que o com -<br />

põem?<br />

Tan to a bi blio te ca da tia Joa na como as bi blio te cas “Com o Pé na Es tra da” são ideias ge niais.<br />

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62<br />

Produção de texto<br />

Tia Joana recebeu a seguinte carta em resposta a outra que ela<br />

enviara:<br />

Prezada senhora,<br />

São Paulo, 7 de junho de 2008<br />

Sentimos não poder atender seu pedido. O livro “Jardins<br />

Especiais” encontra-se esgotado. Recorremos ao editor que nos<br />

informou não ter ainda a data para reimpressão da obra.<br />

Entretanto temos, para pronta entrega, os seguintes títulos<br />

que talvez possam ser de seu interesse:<br />

• Hortas e jardins<br />

• Jardins para todos os gostos<br />

• Jardins para interiores<br />

• Jardins rústicos<br />

• Jardins europeus<br />

• Jardins tropicais<br />

Anexamos a esta os últimos catálogos sobre plantas<br />

orna mentais e medicinais. Esperando continuar merecendo<br />

sua con fian ça, subscrevemo-nos com estima e consideração.<br />

Atenciosamente,<br />

Livros & Livros Ltda.<br />

A par tir des sa res pos ta, es cre va a car ta en via da por tia Joa na à li vra -<br />

ria. Lem bre-se dos ele men tos que com põem esse tipo de tex to: lo cal e<br />

data, nome do des ti na tá rio, sau da ção, as sun to ou fi na li da de da cor res -<br />

pon dên cia, des pe di da e as si na tu ra. Como é uma car ta co mer cial, a lin -<br />

gua gem deve ser mais for mal. Portanto, use essa forma da nossa língua.<br />

Tro que o tex to no gru po e ve ri fi que se o que você re ce beu está de<br />

acor do com a pro pos ta. Orien te o co le ga na ati vi da de de rees cri ta.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 63<br />

4 Exprimindo chamamento<br />

1. Leia o bilhete seguinte:<br />

VAMOS<br />

RECOR<strong>DA</strong>R?<br />

Conhecendo mais<br />

Juca, fui para o hospital. Por<br />

favor, receba um pacote de livros que<br />

chega hoje à tarde.<br />

Um abraço,<br />

Joana<br />

Quem são o destinatário e o remetente do bilhete?<br />

O destinatário é tio Juca e a remetente é tia Joana.<br />

nossa língua<br />

Ao se dirigir ao destinatário, o remetente o chama pelo<br />

nome. Esse chamamento recebe o nome de vocativo,<br />

devendo sempre ser acompanhado de vírgula.<br />

2. No caderno, copie as frases seguintes e sublinhe o vocativo de cada<br />

uma:<br />

Peixinho, ó peixinho, não caia na rede! Peixinho, ó peixinho,<br />

Menino, saia da chuva, se não você se resfria! Menino<br />

Vamos lanchar, meu filho! meu filho<br />

Ouvi dizer, Maria, que você vai nos deixar? Maria<br />

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64<br />

3. Use o vocativo para fazer os seguintes pedidos às pessoas indicadas<br />

nos parênteses:<br />

Permissão para ir ao cinema. (mãe ou pai)<br />

Para participar da peça de teatro. (professora)<br />

Pedir emprestada a bola para o jogo de pelada. (colega)<br />

4 Palavras que substituem e retomam outras<br />

4. Junto com o(a) professor(a) e seus colegas releia o texto “Nossa bi -<br />

blio teca” e indique os recursos que a autora usou para se referir de novo<br />

aos seguintes nomes do texto: Tia Joana e livros.<br />

Atenção: Lembre-se de que às vezes basta eliminar o nome repetido.<br />

Professor(a): ver Anexo 1 no Manual do Professor.<br />

4 Exprimindo circunstâncias<br />

5. Leia a frase:<br />

“Assim não pode continuar”.<br />

A palavra “assim” indica tempo, lugar, dúvida ou modo? Modo.<br />

Reescreva a frase usando outra palavra ou expressão que tenha o<br />

mesmo sentido. Desse modo/ Desse jeito/ Dessa maneira/ Como está não pode continuar.<br />

4 Exprimindo oposição de ideias<br />

6. Observe o trecho da carta que tia Joana recebeu:<br />

Entretanto temos, para pronta entrega, os<br />

seguintes títulos que talvez possam ser de seu<br />

interesse:<br />

A palavra em destaque foi usada para indicar oposição entre<br />

duas ideias. Quais? (Se preciso, volte à carta.)<br />

O livro Jardins Especiais está esgotado, temos os seguintes títulos.<br />

Reescreva esse trecho, substituindo a palavra “entretanto” por<br />

outra que não altere o sentido da frase.<br />

Mas/porém/contudo temos para<br />

pronta entrega.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 65<br />

7. Faça uma frase usando uma das palavras seguintes para opor duas<br />

ideias: mas, porém, entretanto, contudo. Resposta pessoal.<br />

4 Exprimindo intensidade<br />

8. No caderno, copie as três palavras do trecho abaixo que indicam<br />

intensidade.<br />

“É muito bom encontrar um livro bem legal para ler. Mas neste Brasil<br />

tão grande nem todo mundo tem uma biblioteca ou livraria por<br />

perto.”Muito, bem, tão.<br />

Escolha uma das três palavras e faça uma frase com ela. Cada um<br />

vai ler sua frase para a turma e o(a) professor(a). Resposta pessoal.<br />

4 Várias formas da nossa língua: culta x não culta:<br />

9. Nos trechos abaixo do texto “Bibliotecas com o pé na estrada”,<br />

quais palavras foram usadas para exprimir que algo existe. Tem, há, existe.<br />

• “Tem biblioteca montada dentro de ônibus que percorre vários<br />

bairros na cidade de São Paulo e na de Araxá, em Minas Gerais.”<br />

• “Há também caminhonetes que levam livros para as escolas da<br />

região rural, na cidade de Conde, na Paraíba.”<br />

• “No Maranhão, em São Luís, existe um carro-biblioteca que visita<br />

as praças levando contadores de histórias.”<br />

Estas palavras podem ser trocadas umas pelas outras? Experimente<br />

e discuta com seus colegas e com o(a) professor(a). O sentido muda?<br />

Pode-se trocar uma pela outra sem mudar o sentido.<br />

Escreva uma frase com uma das palavras que você encontrou<br />

para significar existir. De acordo com a explicação do professor na<br />

pergunta B, diga se a forma que você usou é culta ou coloquial.<br />

Resposta pessoal.<br />

Professor(a),<br />

comente com<br />

os alunos que,<br />

neste caso, usar<br />

haver e existir é<br />

da norma culta<br />

(norma urbana<br />

de prestígio) e<br />

usar ter é considerado<br />

da forma<br />

não culta, coloquial<br />

da língua.<br />

Comente também<br />

quando se<br />

deve e/ou pode<br />

usar cada uma.<br />

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66<br />

Cláudio Martins<br />

CAPÍTULO 7<br />

RIDÍCULO<br />

DE<br />

PÉSSIMO<br />

Pré-texto<br />

Você conhece o filme A noviça rebelde? André, o remetente da<br />

carta que vamos ler, adorava esse filme. Ele se apaixonou pelo filme<br />

assim que o assistiu no cinema. E, quando soube que poderia assisti-lo de<br />

novo pela TV, na companhia dos pais, mal pôde acreditar.


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Senhor Otávio Teles<br />

São Paulo, 9 de setembro de 1992<br />

Meu nome é André. Tenho 5 anos. Ainda não sei escrever. Por isso<br />

estou ditando esta carta pra minha mãe.<br />

Ontem, já era tardão da noite e eu estava aqui em casa vendo A noviça<br />

rebelde.<br />

No comercial, fui ao banheiro. Quando o filme começou de novo, fiquei<br />

assus tado. Na televisão só tinha bandidos e muitos tiros.<br />

Cadê as crianças? O que fizeram com elas?<br />

Minha mãe disse que alguém se enganou e botou outro filme.<br />

Achei isso ridículo de péssimo, assim como ir tomar sorvete e ele cair no<br />

chão. Assim como sonhar com uma fada e ela virar bruxa. Isso deixa as<br />

pessoas muito tristes.<br />

Ontem minha mãe disse que vocês podiam passar A noviça rebelde mais<br />

cedo. Tive que pedir muito, mas muito mesmo, pro meu pai e minha mãe<br />

deixarem eu ficar acordado.<br />

Vocês podiam passar o filme outra vez... mas inteiro, não se esqueçam.<br />

Obrigado<br />

PEDIDO<br />

André<br />

Ridículo de péssimo. Lídia Chaib e Heloisa Prieto. São Paulo: Scipione, 1993, p. 12.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Quem é o destinatário da carta de André? O senhor Otávio Teles.<br />

2. André escreveu para fazer uma reclamação. Qual?<br />

O canal anunciou um filme e exibiu apenas uma parte dele.<br />

3. Ele fez também uma solicitação. Qual?<br />

Passar de novo o filme “A noviça Rebelde” sem cortes.<br />

4. De quem foi a ideia de passar o filme mais cedo? Da mãe de André.<br />

67


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68<br />

5. Leia os seguintes significados da palavra ridículo:<br />

Que provoca riso.<br />

Diz-se de pessoa, atitude ou circunstância que se torna risível.<br />

Cômico, risível.<br />

André considerou o acontecido ridículo de péssimo. Nessa expres -<br />

são, a palavra ridículo tem um dos significados acima ou outro?<br />

Explique. Não, pois André não achou a situação engraçada, e sim péssima. Ele usou a<br />

palavra ridículo para mostrar o quanto a situação foi desagradável.<br />

6. Pelo que a mãe de André disse sobre alguém ter-se enganado,<br />

provavel mente ela considerou que o pessoal da emissora de TV foi<br />

desatento, incompetente ou desrespeitoso com o telespectador?<br />

Possivelmente, o pessoal foi desatento.<br />

Dialogando com outros textos<br />

Prezado André,<br />

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1992<br />

Tomamos conhecimento do que aconteceu durante a<br />

pro je ção do filme A noviça rebelde.<br />

Desculpe a nossa falha. Os problemas de ordem técnica<br />

já foram resolvidos e esperamos que o incidente não se repita.<br />

Programamos o filme novamente para você. Irá ao ar<br />

no segundo sábado do mês de outubro, às 16 horas.<br />

Agradecemos sua atenção.<br />

Cordialmente,<br />

Otávio Teles<br />

Diretor-presidente da Rede de<br />

Televisão Brasileira<br />

Ridículo de péssimo. Lídia Chaib e Heloisa Prieto. São Paulo: Scipione, 1993, p. 15.


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1. Três semanas depois de ter enviado a carta, André recebeu a res pos -<br />

ta. A correspondência de André cumpriu a função esperada? Explique.<br />

Sim, pois a solicitação dele foi atendida.<br />

2. Que parte da resposta indica a cortesia do diretor da emissora, além<br />

do reconhecimento da falha técnica? “Desculpe a nossa falha.”<br />

3. Indique outras palavras e expressões que revelam cortesia por parte<br />

de quem fala ou escreve. No grupo, dê exemplos de situações em que<br />

es sas palavras e expressões devem ser usadas.<br />

Des cul pe, por fa vor, você/ o se nhor/ a se nho ra po de ria, obri ga do, por gen ti le za, se ria pos sí vel, se ria<br />

mui to di fí cil.<br />

4. Qual é a expectativa do remetente em relação ao problema ocor -<br />

rido no dia da projeção do filme? Ele espera que o incidente não se repita.<br />

5. Que ato do remetente corrige a falha ocorrida na primeira projeção do<br />

filme pela TV? Programar outra projeção do filme, durante o dia, em um horário próprio para crianças.<br />

4 Opinião e Discussão<br />

Vamos falar<br />

Discuta com a turma, atendendo as regras combinadas com os<br />

colegas e o(a) professor(a).<br />

1. Na sua opinião, por que André demonstrou ter pleno conhecimento<br />

de seus direitos de consumidor? Justifique.<br />

2. O comportamento do diretor da emissora, além de demonstrar res -<br />

peito aos direitos do consumidor, constitui também uma lição de cida da -<br />

nia. Por quê?<br />

3. Para você, o que deveria ser considerado pelas pessoas responsáveis<br />

pela pro gramação de TV destinada ao público infantil?<br />

Produção de texto<br />

Papai Noel:<br />

Não se esqueça de trazer a minha bicicleta. Se não for difícil, traga uma<br />

vermelha, de quatro marchas e de tamanho médio, pois tenho apenas 8 anos.<br />

Aliás, isso você já sabe. Não ligue para o que a mamãe diz: sou muito cuidadoso<br />

e só vou andar em lugares sem trânsito.<br />

Beijos,<br />

Olavo<br />

Professor(a), comente<br />

com os alunos<br />

que a linguagem<br />

ser mais cortês<br />

(educada, gentil)<br />

ou menos cortês,<br />

são formas diferentes<br />

da língua,<br />

ou seja, variedades<br />

da língua, para cujo<br />

uso devemos prestar<br />

atenção. Você<br />

pode pedir a eles<br />

que digam expressões<br />

ou modos de<br />

falar que são gentis,<br />

educados e outros<br />

que não o são<br />

e perguntar quando<br />

um pode ou não ser<br />

usado.<br />

69


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70<br />

Olavo foi atendido e ganhou a bicicleta no Natal. Sua mãe, contu -<br />

do, ficou muito aborrecida, ao verificar que pagou à vista um preço<br />

bem superior ao de outra loja. Pesquisando mais, verificou que, em<br />

todas as lojas da vizinhança, o maior preço daquela mar ca e mo -<br />

delo de bicicleta era o da casa comercial onde ela fez a compra.<br />

Na sua opinião, quais direitos do consumidor devem ser reivindi ca -<br />

dos pela compradora? Ponha-se na situação dessa consumidora<br />

e faça a carta de reclamação dirigida ao ge rente da loja.<br />

Verifique:<br />

Se seu texto apresenta:<br />

local e data;<br />

saudação e nome do destinatário.<br />

Cláudio Martins


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 71<br />

Se o corpo da carta está organizado nas partes:<br />

1º parágrafo: apresentação da remetente.<br />

2º parágrafo: finalidade da correspondência.<br />

3º parágrafo: reivindicação da remetente.<br />

Despedida.<br />

Assinatura.<br />

Conhecendo mais<br />

4 Palavras que substituem e remetem a outras<br />

1. Releia o trecho abaixo:<br />

nossa língua<br />

“Achei isso ridículo de péssimo, assim como ir tormar sorvete e<br />

ele cair no chão. Assim como sonhar com uma fada e ela virar<br />

bruxa. Isso deixa as pessoas muito tristes.”<br />

A palavra “isso” nesse trecho se refere a que no texto?<br />

O filme ser substituído por outro quando estava no meio - O filme ser interrompido no meio.<br />

A que se referem as palavras “ele” (antes de cair no chão) e “ela”<br />

(antes de virar bruxa)? Ele = sorvete; ela=fada.<br />

2. Reescreva cada frase, substituindo o nome repetido por uma das<br />

palavras: o, a, os, as, lo, la, los, las, que servem para substituir algo e<br />

retomá-lo sem repetir.<br />

Quando o filme passar de novo eu vou assisti-lo.<br />

Escrevi as cartas e coloquei-as no correio.<br />

Procurei a programação da TV, mas não a encontrei.<br />

Mamãe me deu um envelope para pôr a carta, mas eu o perdi.<br />

Quando o filme passar de novo eu vou assistir ao filme.<br />

Escrevi as cartas e coloquei as cartas no correio.<br />

Procurei a programação da TV, mas não encontrei a programação<br />

da TV.<br />

Mamãe me deu um envelope para pôr a carta, mas eu perdi o<br />

envelope.<br />

3. Observe o trecho abaixo da carta de André:<br />

Ontem já era tardão da noite e eu estava aqui em casa<br />

vendo A noviça rebelde.<br />

71


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72<br />

No comercial, ♦ fui ao banheiro. Quando o filme começou de novo<br />

♦ fiquei assustado. Na televisão só tinha bandidos e muitos tiros.<br />

Agora responda:<br />

a) Qual palavra está oculta nos lugares marcados com ♦?<br />

Eu<br />

b) A palavra filme em “Quando o filme começou...” retoma que<br />

elemento que apareceu antes no trecho do texto?<br />

A noviça rebelde.<br />

4 Fazendo comparação<br />

4. No mesmo trecho da questão 1, André fez uma comparação.<br />

Ela é de semelhança ou diferença? Semelhança.<br />

Qual palavra ou expressão ele usou para fazer a comparação?<br />

Assim como.<br />

Em relação a qual característica dos fatos ele fez a comparação?<br />

Em relação à característica de ser ridículo de péssimo.<br />

5. No mesmo trecho, André compara um fato com outros:<br />

Qual é o primeiro fato que ele compara com outros?<br />

O filme ser interrompido no meio.<br />

Quais são os fatos aos quais ele compara esse primeiro?<br />

- Ir tomar sorvete e ele cair no chão.<br />

- Sonhar com uma fada e ela virar uma bruxa.<br />

6. Faça um pequeno texto em que você compara um fato a outro ou<br />

outros, usando a mesma palavra ou expressão que André usou.<br />

Resposta pessoal.<br />

4 Verbo: uso do singular e do plural<br />

7. Quem assina a resposta à carta de André?<br />

O Sr. Otávio Teles, diretor-presidente da Rede de Televisão Brasileira.<br />

Na sua opinião, por que nessa resposta foram usados os verbos no<br />

plural: tomamos, esperamos, programamos, agradecemos, e não no<br />

singular: tomei, espero, programei, agradeço?<br />

Porque o Sr. Otávio está falando em nome de todos da TV.<br />

4 Exprimindo o tempo<br />

8. Releia a carta do Sr. Otávio Teles para André e retire dela todas as<br />

palavras, expressões e trechos que exprimem tempo.<br />

“durante a projeção do filme A noviça rebelde”; “já”, “no<br />

segundo sábado do mês de outubro”, “às 16 horas”.


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CAPÍTULO 8<br />

HISTÓRIA<br />

EM IMAGENS<br />

Pré-texto<br />

Há muitas formas de contar uma história: com palavras (es cre vendo,<br />

lendo ou contando); com gestos, através de pantomimas, ou com<br />

imagens. Aprecie a história contada por Semíramis Paterno com o título<br />

Vida moderna.<br />

VI<strong>DA</strong> MODERNA<br />

Semíramis Paterno<br />

(PÁGINA DE ROSTO)<br />

Página de rosto: página do livro que reproduz o título e os nomes do autor e da editora. Em<br />

alguns livros, esta página contém ilustração.<br />

73


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74<br />

2 3<br />

4 5<br />

6 7


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8 9<br />

10 11<br />

12 13<br />

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14 15<br />

16 17<br />

18 19


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20 21<br />

22 23<br />

24<br />

Vida moderna. Belo Ho ri zon te: Lê, 1995, p. 3-24.<br />

77


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78<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Você acabou de ler uma história construída só com imagens. O que<br />

achou desse tipo de história?<br />

2. No grupo, conte a história que você leu.<br />

3. Você percebeu mais semelhanças ou diferenças nas leituras do<br />

grupo?<br />

4. Houve algum detalhe da história que você só observou depois de<br />

ouvir o relato dos colegas?<br />

5. Agora, na roda, conversem sobre as questões que o(a) professor(a)<br />

vai propor.<br />

Professor(a): ver Anexo 2 no Manual do professor.<br />

Dialogando com outros textos<br />

MÁRIO E ANTÔNIO, DE SÃO PAULO<br />

Cristina Von<br />

São Paulo é muito grande. É a quarta maior cidade do mundo, e<br />

a maior cidade do Brasil!<br />

São Paulo tem muitos prédios... Muitos carros... E tem muita<br />

gente...<br />

Tudo parece ser feito em quantidade. Até Mário e Antônio, dois<br />

irmãos gêmeos.<br />

Mário e Antônio nasceram no mesmo dia, no mesmo ano.<br />

Sempre gostaram de ser gêmeos porque brincavam juntos.<br />

Adoravam olhar um para o outro e fingir que estavam olhando no<br />

espelho. Isso quando sobrava tempo para brincar, porque em São<br />

Paulo a vida é muito corrida.<br />

Há muitas coisas para fazer na cidade.<br />

A escola em que eles estudavam sempre organizava passeios<br />

para lugares interessantes. Foi assim que eles conheceram o


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 79<br />

zoológico, os museus da cidade, a biblioteca do bairro e o<br />

planetário, no parque Ibirapuera.<br />

Esses dias de aula fora da escola eram muito divertidos!<br />

Quando entravam no ônibus, a professora contava as crianças,<br />

mas sempre se confundia, porque quando via Mário, pensava que<br />

era Antônio, e vice-versa. Eles eram muito parecidos.<br />

Então ela colocava em cada um deles um crachá com o nome,<br />

para saber quem era quem.<br />

Um dia eles foram conhecer uma fábrica de brinquedos, e<br />

puderam ver como o plástico entra de um lado da máquina e o<br />

brinquedo sai quase pronto do outro lado. Foi muito legal!<br />

Quando estavam chegando de volta à escola, Mário gritou:<br />

– Esquecemos o Antônio!<br />

Antônio tinha ido ao<br />

banheiro, e se perdeu na<br />

volta. Quando encontrou a<br />

saída, viu que o ônibus já<br />

tinha ido embora.<br />

Mas ele foi muito<br />

esperto. Procurou um<br />

guarda e deu o telefone da<br />

escola, que estava escrito<br />

atrás do seu crachá.<br />

O guarda telefonou para<br />

a escola e eles mandaram<br />

outro ônibus buscá-lo. Que<br />

susto!<br />

Quando você mora<br />

numa cidade como São<br />

Paulo, tem de saber seu telefone ou endereço, para quando se<br />

perder.<br />

Agora eles não têm mais essa preocupação, já cresceram e<br />

trabalham juntos num restaurante, no Shopping Center.<br />

Claúdio Martins<br />

Mário e Antônio, de São Paulo. São Paulo: Callis,1998, p. 5-6.<br />

79


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 80<br />

80<br />

1. Quem são as personagens principais desta história?<br />

Qual o parentesco entre elas? Eles são irmãos.<br />

2. Onde se passa a história?<br />

3. Qual o conflito da história, isto é, o problema vivido pelas<br />

personagens?<br />

4. Na sua opinião, a história teve um final feliz? Por quê?<br />

5. De acordo com o texto, vivendo numa cidade pequena se pode<br />

brincar mais? Explique.<br />

6. Na sua opinião, por que a professora sempre contava as crianças<br />

antes de saírem do ônibus? Para saber se todos estavam presentes no retorno.<br />

7. Para você, Antônio provou ser um garoto esperto? Por quê?<br />

8. Morando em uma cidade grande, o que toda criança deve saber<br />

de cor ou levar consigo antes de sair de casa?<br />

9. Na sua opinião, o cenário da aventura de Mário e Antônio poderia<br />

ser o mesmo da história “Vida moderna”? Justifique sua resposta.<br />

Produção de texto<br />

Imagine a seguinte situação: você já havia se distanciado de sua<br />

casa, indo para a escola. O carteiro era novato. Ele precisava encontrar<br />

uma casa que, pelo endereço do envelope, era vizinha da sua. Como<br />

você explicaria o trajeto que ele deveria fazer para chegar lá? Escreva a<br />

forma como você explicaria o trajeto de forma que ele não errasse seu<br />

endereço. Depois leia sua instrução para o grupo avaliar se está clara.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Como se escrevem nomes próprios<br />

Mário e Antônio.<br />

Em São Paulo, em uma das excursões feita pela escola de<br />

Mário e Antônio.<br />

Durante a excursão, Antônio foi ao banheiro e, quando saiu, o ônibus com a turma<br />

já havia partido.<br />

Sim, porque Antônio procurou um guarda e deu a ele o telefone da escola. Outro ônibus foi buscá-lo.<br />

Sim, pois ele pediu ajuda ao guarda.<br />

Sim, porque há mais espaços disponíveis e trânsito mais tranquilo.<br />

Sim, poderia, pois naquela a personagem se cansa de viver numa cidade grande.<br />

O endereço de casa e telefone, se tiver.<br />

1. O texto apresenta nomes de uma cidade, de pessoas e de um<br />

parque. Copie, do texto, uma palavra de cada tipo: nome de cidade,<br />

de uma pessoa, de um parque.<br />

Cidade: São Paulo; pessoas: Mário e Antônio; parque: Ibirapuera.


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2. Que tipo de letra inicial você usou nessas palavras? Por quê?<br />

Com inicial maiúscula, por serem nomes próprios.<br />

3. Pesquise e dê o nome dos seguintes lugares de sua cidade: uma rua,<br />

uma avenida, uma praça, um estádio, um parque ou um lugar que você<br />

frequenta: Resposta pessoal.<br />

4 Sinônimos: sentido de palavras<br />

4. Copie cada frase, substituindo a expressão sublinhada pela<br />

correspondente dos parênteses:<br />

Eles eram muito parecidos. (demais, bastante, maior)<br />

Eles eram bastante parecidos<br />

Então ela colocava um crachá neles. (contudo, por isso,<br />

entretanto) Por isso ela colocava um crachá neles.<br />

Sempre gostaram de ser gêmeos porque podiam brincar juntos.<br />

(portanto, então, pois) Sempre gostaram de ser gêmeos, pois podiam brincar juntos.<br />

Foi assim que eles conheceram muitos lugares. (enquanto, desse<br />

modo, quando) Foi desse modo que eles conheceram muitos lugares.<br />

4 Exprimindo quantidade: ordem<br />

5. No trecho abaixo temos uma palavra que indica ordem. Que palavra<br />

é esta?<br />

“São Paulo é muito grande. É a quarta maior cidade do mundo,<br />

e a maior cidade do Brasil.”A palavra é quarta.<br />

Muitas palavras indicam ordem e correspondem aos números que<br />

indicam quantidade. Por exemplo:<br />

Quantidade Ordem<br />

9 - nove 9º – nono / 9ª - nona<br />

81


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 82<br />

6. Primeiro, segundo,<br />

terceiro,<br />

quarto, quinto,<br />

sexto, sétimo, oitavo,<br />

nono.<br />

- Décimo, décimo<br />

primeiro, décimo<br />

segundo, décimo<br />

terceiro, décimo<br />

quarto, décimo<br />

quinto, décimo<br />

sexto, décimo sétimo,<br />

décimo oitavo,<br />

décimo nono<br />

- Vigésimo, trigésimo,quadragésimo,quinquagésimo,<br />

sexagésimo,<br />

septuagésimo, oitagésimo,nonagésimo,<br />

centésimo.<br />

82<br />

6. Fale as palavras que indicam a ordem correspondente aos números<br />

abaixo. Se você não souber, pergunte a pessoas da sua família, aos<br />

colegas, procure num livro que o(a) professor(a) indicar. Em sala, vocês<br />

vão falar e escrever no quadro e no caderno:<br />

- 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º<br />

- 10º, 11º, 12º, 13º, 14º, 15º, 16º, 17º, 18º, 19º<br />

- 20º, 30º, 40º, 50º, 60º, 70º, 80º, 90º, 100º<br />

7. Agora construa uma frase usando uma palavra indicadora de ordem.<br />

Exemplo:<br />

Essa é a vigésima terceira mensagem que recebo hoje.<br />

4 Enviando cartas<br />

8. Leia o tex to se guin te:<br />

VOCÊ E O COR REIO<br />

Na his tó ria Ri dí cu lo de pés si mo, a mãe de An dré o aju dou a es -<br />

cre ver uma car ta. Mas, de pois de es cri ta, a car ta pre ci sa ser en via -<br />

da. Você sabe como man dar uma car ta? Você já es te ve num cor reio?<br />

Para que uma car ta che gue a seu des ti no, o cor reio pede que os<br />

no mes e os en de re ços do des ti na tá rio e do re me ten te es te jam cor -<br />

re tos e le gí veis. Não se es que ça de es cre ver o CEP.<br />

O CEP, que sig ni fi ca có di go de en de re ça men to pos tal, é um có -<br />

di go que o cor reio usa para lo ca li zar com mais fa ci li da de o lu gar<br />

onde a car ta deve ser en tre gue.<br />

No cor reio, um fun cio ná rio pesa a car ta. Quan do o peso é gran -<br />

de, ela cus ta mais caro e pre ci sa de mais se los. Se você man dar a<br />

car ta para um lu gar mui to dis tan te, como um país es tran gei ro, o<br />

pre ço do selo tam bém será maior.<br />

O selo é uma pas sa gem que você paga para que a car ta che gue<br />

ao seu des ti no. Deve ser co la do no lu gar in di ca do no en ve lo pe.<br />

Quan do a car ta está pron ta, isto é, en de re ça da, pe sa da e se la -<br />

da, é pre ci so co lo cá-la na cai xa cer ta. No cor reio, exis tem cai xas


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 83<br />

para a CA PI TAL, para o IN TE RIOR, para OU TROS ES TA DOS e para<br />

o EX TE RIOR.<br />

Ler & Fa zer. Brin ca dei ras do li vro Ri dí cu lo de pés si mo. Lí dia Chaib e He loi sa Prie to.<br />

São Pau lo: Sci pio ne, 1993, p.8.<br />

9. A quem as au to ras do tex to se di ri gem? Que pa la vra in di ca isso?<br />

Ao lei tor, como in di ca a pa la vra você.<br />

10. No grupo, oralmente, res pon da às per gun tas fei tas no pri mei ro pa -<br />

rá gra fo do tex to.Resposta pes soal.<br />

4 Palavras que substituem e retomam outras<br />

11. A que nome do tex to se re fe re cada pro no me des ta ca do?<br />

4 Siglas<br />

“... mãe de An dré o aju dou a es cre ver uma car ta.” An dré.<br />

“... ela cus ta mais caro e pre ci sa de mais se los.” A car ta.<br />

“... é pre ci so co lo cá-la na cai xa cer ta.” A car ta.<br />

12. No texto da questão 8 — “Você e o correio” — aparece a palavra<br />

CEP, que é uma forma diferente, mais rápida e econômica de dizer<br />

“código de endereçamento postal”. Esse tipo de palavra, semelhante a<br />

CEP, é chamado de sigla. Uma sigla geralmente é feita apenas com<br />

letras maiúsculas, tomando uma ou duas letras de cada palavra do<br />

nome que ela substitui. Veja outros exemplos de sigla:<br />

MEC – Ministério da Educação e Cultura<br />

PM – Polícia Militar<br />

DMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto<br />

CEF – Caixa Econômica Federal<br />

USP – Universidade de São Paulo<br />

Você conhece alguma sigla além dessas? Procure siglas que existem<br />

no lugar onde você mora. Procure siglas que aparecem em notícias de<br />

jornal, propagandas etc. Faça uma lista com pelo menos três siglas,<br />

escrevendo na frente o nome que elas substituem. Resposta pessoal.<br />

83


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN2_P5_. 23/03/11 14:47 Page 84<br />

84<br />

LIVROS & CIA.<br />

A troca de bilhetinhos é a matéria-prima<br />

deste livro. A cada bilhete você vai conhecer<br />

uma personagem diferente, como, por<br />

exemplo, a Úrsula, louca por uma foto de<br />

Rodrigo-lindão-demais-da-conta, ou a desconsolada<br />

Taís, que brigou com sua amiga<br />

Góia há exatos 33 dias, 2 horas, 15 minutos,<br />

10 segundos e 1 décimo.<br />

LIVRO DE RECADOS (De menina para menina).<br />

Paulinho Assunção. Belo Horizonte:<br />

Dimensão, 2000.<br />

Quan do não con se gui mos pa rar de ler<br />

uma his tó ria, cos tu ma mos di zer que de vo -<br />

ra mos o li vro, não é? Mas, para o Sr. Ra po -<br />

so, de vo rar um li vro ia mui to além de ler ra -<br />

pi da men te a his tó ria. Di vir ta-se com as en -<br />

cren cas des sa per so na gem que não re sis tia<br />

à ten ta ção de vi si tar li vra rias e bi blio te cas...<br />

O SR. RAPOSO ADORA LIVROS! Franziska<br />

Biermann. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.<br />

Raquel, "a maior inventadeira do mundo",<br />

tem três vontades: a de crescer, a de ser<br />

garoto e a de tornar-se escritora. Mas as<br />

vontades ficam bem guardadas dentro de<br />

uma bolsa amarela. Você vai se<br />

surpreender com as aventuras vividas por<br />

Raquel.<br />

A BOLSA AMARELA. Lygia Bojunga Nunes.<br />

Rio de Janeiro: Agir, 1976.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 85<br />

NO PALCO, NA TELA e NA<br />

VI<strong>DA</strong>. NO PALCO, NA TELA e<br />

NA VI<strong>DA</strong> NO PALCO, NA<br />

TELA e NA VI<strong>DA</strong> NO PALCO,<br />

NA TELA e NA VI<strong>DA</strong> NO<br />

PALCO, NA TELA e NA VI<strong>DA</strong><br />

NO PALCO, NA TELA e NA<br />

VI<strong>DA</strong> NO PALCO, NA TELA e


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86<br />

CAPÍTULO 9<br />

QUEM<br />

É ESTE?<br />

Pré-texto<br />

A per so na gem prin ci pal da his tó ria se guin te é um lim pa dor de pla -<br />

cas. Como você ima gi na a ro ti na des se pro fis sio nal? Con fi ra sua hi pó te -<br />

se du ran te a lei tu ra si len cio sa do tex to. Observe cuidadosamente a cena<br />

ilustrada e relacione-a com o título do texto.<br />

Cláudio Martins<br />

O LIMPADOR DE PLACAS<br />

Monika Feth


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 87<br />

Co nhe ci um ho mem que era lim pa dor de pla cas de rua.<br />

To das as ma nhãs, às sete ho ras, ele ia para o tra ba lho. Para che -<br />

gar à Cen tral de Lim pe za de Pla cas de Rua, na Pra ça do In cen so,<br />

ele le va va mais ou me nos meia hora. Cum pri men ta va o por tei ro, fa -<br />

zia al gum co men tá rio so bre o tem po e ia para o ves tiá rio.<br />

Lá ves tia um ma ca cão azul, bo tas azuis de bor ra cha, e de pois,<br />

sem mui ta pres sa, ia para o al mo xa ri fa do, onde lhe en tre ga vam<br />

uma es ca da azul, um bal de azul, uma es co va azul e uma fla ne la<br />

tam bém azul.<br />

En quan to ia ar ru man do as coi sas, ele con ver sa va com os co le gas,<br />

que tam bém pre pa ra vam seus ins tru men tos de tra ba lho. De pois iam<br />

to dos até o de pó si to pe gar as bi ci cle tas azuis e saíam pelo por tão.<br />

A saí da dos lim pa do res de pla cas de rua nas suas bi ci cle tas era<br />

um es pe tá cu lo mag ní fi co. Eles pa re ciam imen sos pás sa ros azuis<br />

sain do do ni nho ao mes mo tem po.<br />

Ha via anos que o lim pa dor de pla cas des ta his tó ria per cor ria o<br />

mes mo tra je to, pelo bair ro<br />

das ruas com no mes de<br />

poe tas, es cri to res e com -<br />

po si to res: Pra ça Car los Go -<br />

mes, Rua Bach, Ala me da<br />

Beetho ven, Rua Vil la-Lo -<br />

bos, Tra ves sa Mo zart, Rua<br />

Han del, Pra ça Noel Rosa,<br />

Rua Goe the, Rua Gui ma -<br />

rães Rosa, Tra ves sa Vi ní cius<br />

de Mo raes, Ave ni da Tho -<br />

mas Mann, Rua Mon tei ro<br />

Lo ba to, Tra ves sa Drum -<br />

mond, Rua Gra ci lia no Ra -<br />

mos e Ala me da Ma cha do<br />

de As sis. Fi nal men te, na<br />

Pra ça José de Alen car, ele<br />

ter mi na va seu ser vi ço.<br />

Almoxarifado: depósito de objetos e materiais.<br />

87


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88<br />

Lim par pla cas de rua é uma coi sa com pli ca da. Mal se aca ba a<br />

lim pe za e elas já fi cam su jas de novo. Acon te ce que, quan do os lim -<br />

pa do res de pla cas são bons, eles não de sa ni mam por cau sa dis so e<br />

nun ca de sis tem de com ba ter a su jei ra. O lim pa dor de pla cas da nos -<br />

sa his tó ria era um ex ce len te lim pa dor. Nas ruas de que ele cui da va,<br />

as pla cas não fi ca vam so men te lim pas: elas pa re ciam no vas.<br />

Seus co le gas re co nhe ciam, sem fi car com in ve ja, que ele era o<br />

me lhor lim pa dor de pla cas da ci da de. Por isso, o en car re ga do e o<br />

ge ren te da Cen tral de Lim pe za gos ta vam de dar ta pi nhas nas cos tas<br />

dele, di zen do:<br />

– Pa ra béns, con ti nue as sim!<br />

O lim pa dor de pla cas de rua era um ho mem fe liz. Gos ta va do<br />

que fa zia, gos ta va de suas ruas e gos ta va de suas pla cas. E quan do<br />

al guém per gun ta va o que gos ta ria de mu dar em sua vida, res pon dia<br />

sem va ci lar:<br />

– Nada, ab so lu ta men te nada!<br />

De cer to tudo te ria con ti nua do as sim se um belo dia uma mãe e<br />

seu fi lho não ti ves sem pa ra do ao pé da es ca da azul.<br />

Cláudio Martins


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 89<br />

– Olhe, ma mãe, Rua Gui ma rães Rosa! Já pas sa mos pela Rua<br />

Villa-Lo bos e pela Pra ça Noel Rosa. Você sem pre diz que aqui é o<br />

bair ro dos poe tas, dos es cri to res e dos com po si to res. Mas está pa re -<br />

cen do que é o bair ro das flo res e dos bi chos.<br />

– O quê? – A mãe olhou ad mi ra da para a pla ca. – Não! – dis se rin -<br />

do. – Gui ma rães Rosa foi um es cri tor que in ven tou mui tas his tó rias e...<br />

Nes se mo men to, um ôni bus e de pois ca mi nhões ba ru lhen tos pas -<br />

sa ram por ali e não deu mais para ou vir o que a mãe es ta va di zen do.<br />

Quan do o ba ru lho di mi nuiu, a mãe e o fi lho já ti nham ido em bo ra.<br />

O lim pa dor de pla cas de rua fi cou olhan do es pan ta do para a<br />

pla ca com o nome “Gui ma rães Rosa”. De re pen te, per ce beu que,<br />

como aque le me ni ni nho, tam bém não sa bia coi sa ne nhu ma so bre<br />

Gui ma rães Rosa ou so bre aque les no mes que lim pa va todo san to<br />

dia. “Isso não pode fi car as sim!”, pen sou.<br />

Des ceu da es ca da. En fiou a mão no bol so do ma ca cão, ti rou uma<br />

moe da e jo gou-a para cima. Se des se co roa, co me ça ria a es tu dar os<br />

com po si to res; se des se cara, os poe tas e es cri to res. A moe da caiu na<br />

cal ça da e ti lin tou; de pois ro do piou e fi nal men te pa rou. Co roa!<br />

O limpador de placas. São Paulo: Brinque-Book, 1997.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Copie as frases seguintes na ordem em que as ideias indicadas por<br />

elas aparecem no texto e indique o(s) parágrafo(s) que cada frase<br />

resume.<br />

Trajeto diário (4) parágrafo 6.<br />

Satisfação do limpador de placas (7) parágrafos 10 e 11.<br />

Descoberta espantosa (9) parágrafo 16.<br />

Trabalho de persistência (5) parágrafo 7.<br />

Apresentação da personagem (1) parágrafo 1.<br />

Saída espetacular (3) parágrafo 5.<br />

Tomada de decisão (10) parágrafo 17.<br />

Chegada ao trabalho (2) parágrafos 2, 3 e 4.<br />

Tilintou: soou como campainha, sino, moedas que se chocam etc.<br />

89


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90<br />

Acontecimento inesperado (8) parágrafos 12, 13, 14 e 15.<br />

Reconhecimento dos colegas (6) parágrafos 8 e 9.<br />

2. Por que a saída dos limpadores de placas era um espetáculo mag -<br />

nífico? Porque eles pareciam imensos pássaros azuis saindo do ninho ao mesmo tempo.<br />

3. De acor do com o tex to, o lim pa dor de pla cas da his tó ria era o me -<br />

lhor da ci da de. Que par te do tex to con fir ma que ele gos ta va da pro fis -<br />

são que exer cia?<br />

do que fa zia, gos ta va de suas ruas e gos ta va de suas pla cas”.<br />

4. Por que, e a partir de qual fato, ser apenas o melhor limpador de pla -<br />

cas não mais satisfez aquele homem? A partir da observação do garoto e da resposta<br />

da mãe, ele descobriu que nada sabia sobre os nomes gravados nas placas.<br />

5. Que decisão foi tomada pelo limpador de placas para voltar a ser<br />

feliz sem mudar de profissão? Ele de ci diu es tu dar os no mes das pla cas, para ser um<br />

lim pa dor de pla cas es cla re ci do, ins truí do, que sabia por que aqueles no mes es ta vam nas pla cas.<br />

6. Que imagem é sugerida pelo narrador, ao relatar a saída dos<br />

limpadores de placas? Que fato motivou essa imagem?<br />

Vamos falar<br />

4 Opinião e Discussão<br />

O pa rá gra fo 10: “O lim pa dor de pla cas de rua era um ho mem fe liz. Gos ta va<br />

Ele sugere que eles pareciam imensos pássaros azuis, pois suas vestes, botas e bicicletas eram<br />

azuis e eles se deslocavam rapidamente.<br />

Discuta com a turma, atendendo as regras combinadas com os<br />

colegas e o(a) professor(a).<br />

1. O que você achou da decisão tomada pelo limpador de placas?<br />

Quais seriam as consequências de tal resolução?<br />

2. Além da forma encontrada pelo limpador de placas para entrar no<br />

mundo dos artistas homenageados, que outras ele poderia ter escolhido?<br />

3. Nas cidades brasileiras não há limpadores de placas, e sim, lim pa -<br />

dores de rua. Em algumas cidades, como Belo Horizonte, há um apelido<br />

carinhoso para essas pessoas. São chamadas de formiguinhas. Como nas<br />

fábulas em que as formigas simbolizam o trabalho, que relação você<br />

encontra entre esses trabalhadores e o apelido de formiguinhas?<br />

4. Na sua opinião, que atitude poderia ser tomada por pedestres e mo -<br />

toristas para suavizar o trabalho desses importantes operários da lim pe za<br />

urbana?


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Cláudio Martins, 2004<br />

BARROSO, Ari Evangelista de Rezende (Ari Barroso)<br />

GOMES, Antônio Carlos (Carlos Gomes)<br />

GONZAGA, Francisca Edwiges (Chiquinha Gonzaga)<br />

GONZAGA, Luiz<br />

HOLAN<strong>DA</strong>, Francisco Buarque de (Chico Buarque)<br />

JOBIM, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida (Tom Jobim)<br />

MORAES, Vinícius de<br />

MOREIRA, Gilberto Passos Gil (Gilberto Gil)<br />

NASCIMENTO, Milton<br />

OLIVEIRA, Angenor de (Cartola)<br />

RODRIGUES, Lupicínio<br />

ROSA, Noel de Medeiros (Noel Rosa)<br />

VELOSO, Caetano Emanuel Viana Teles (Caetano Veloso)<br />

VIANA JÚNIOR, Alfredo da Rocha (Pixinguinha)<br />

VILLA-LOBOS, Heitor<br />

Dialogando com outros textos<br />

Para começar sua pesquisa, o limpador foi à biblioteca pública.<br />

1. No fichário da biblioteca, ele encontrou 15 cartões. Que critério foi<br />

usado para organizar os nomes dos compositores? A ordem alfabética do último<br />

nome.<br />

2. Usando o mesmo critério para ler as biografias, quantas ele já leu an -<br />

tes da de Carlos Gomes? Uma: a de Ari Barroso.<br />

3. Quantas biografias ele vai ler antes da de Milton Nascimento?<br />

Oito biografias.<br />

4. E quantas ainda vão ficar faltando, após a de Milton Nascimento,<br />

para ele terminar a pesquisa naquela biblioteca?<br />

Seis biografias.<br />

5. O que você sugere ao limpador, se ele desejar continuar a pesquisa,<br />

para não ficar limitado ao acervo da biblioteca a que recorreu?<br />

Resposta pessoal, mas ligada a outros locais onde ele pode encontrar livros para pesquisar.<br />

91


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92<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Verbos: o que eles exprimem<br />

VAMOS<br />

RECOR<strong>DA</strong>R?<br />

Os VER BOS são pa la vras que, in di can do épo ca,<br />

li gam e atri buem um es ta do ou ca rac te rís ti ca<br />

aos se res. Exem plos: ser, es tar, pa re cer etc.;<br />

ou ex pres sam:<br />

a) ação: algo que um ser faz. Exem plos: can tar,<br />

com prar, cor rer, roer, di vi dir, par tir etc.;<br />

b) acon te ci men to: algo que se pas sa com um ser.<br />

Exem plos: cair, mor rer etc.;<br />

c) fe nô me no da na tu re za. Exem plos: ven tar, ne var,<br />

es cu re cer, re lam pe jar cho ver etc.<br />

1. Responda em relação às frases do quadro:<br />

O uni for me do lim pa dor de pla ca é azul.<br />

Os mo ra do res es tão sa tis fei tos com o tra ba lho dos lim pa do res.<br />

Um lim pa dor caiu da bi ci cle ta.<br />

Eu es tu dei mui to para a pro va de hoje.<br />

On tem re lam pe jou mui to.<br />

Qual ver bo atri bui uma ca rac te rís ti ca? A qual ser? O verbo ser. O uniforme<br />

do limpador.<br />

Qual ver bo in di ca acon te ci men to? Com qual ser? Caiu. Um lim pa dor.


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Qual ver bo in di ca fe nô me no da na tu re za? Re lam pe jou.<br />

Qual ver bo in di ca ação? De qual ser? Es tu dei. Eu.<br />

Que ver bo atri bui ou liga um es ta do? A qual ser? Es tão. Os mo ra do res.<br />

4 Verbo: exprimindo tempo<br />

2. Ob ser ve, nas fra ses se guin tes, a in di ca ção da épo ca ou mo men to<br />

de ocor rência das ações e fatos expressos:<br />

An tes do mo men to em que fa la mos (pas sa do):<br />

O lim pa dor de pla cas ou viu o que o me ni no per gun tou à mãe.<br />

As pla cas en ve lhe ce ram ape sar dos cui da dos do lim pa dor.<br />

O lim pa dor de pla cas gos ta va de seu tra ba lho.<br />

Ago ra, no mo men to em que fa la mos (pre sen te):<br />

O lim pa dor de pla cas gos ta de seu tra ba lho.<br />

O lim pa dor de pla cas está sain do para tra ba lhar.<br />

As pla cas es tão en ve lhe cen do.<br />

De pois do mo men to em que fa la mos (fu tu ro):<br />

O lim pa dor de pla cas vai sair para tra ba lhar.<br />

O lim pa dor de pla cas sai rá para tra ba lhar.<br />

O lim pa dor de pla cas e eu le re mos as bio gra fias dos ar tis tas que<br />

dão no mes às ruas.<br />

3. Observe cada verbo destacado e indique a época correspondente:<br />

.<br />

Cada lim pa dor de pla cas rea li za as ta re fas pró prias de sua fun ção.<br />

Pre sen te.<br />

Cada lim pa dor de pla cas está rea li zan do as ta re fas pró prias de<br />

sua fun ção. Pre sen te.<br />

Cada lim pa dor de pla cas rea li zou as ta re fas pró prias de sua fun ção.<br />

Pas sa do.<br />

Ali cada lim pa dor de pla cas rea li za va as ta re fas pró prias de sua<br />

fun ção. Pas sa do.<br />

Ali cada lim pa dor de pla cas rea li za rá as ta re fas pró prias de sua<br />

fun ção. Fu tu ro.<br />

Ali cada lim pa dor de pla cas vai rea li zar as ta re fas pró prias de sua<br />

fun ção. Fu tu ro.<br />

93


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94<br />

4. No ca der no, escreva as duas formas do verbo gostar de acor do com<br />

a épo ca in di ca da nos pa rên te ses:<br />

Ele / do re co nhe ci men to dos co le gas. (Pas sa do1 e 2) gos tou / gostava<br />

Ele / do re co nhe ci men to dos co le gas. (Pre sen te1 e 2) gos ta / está gostando<br />

Ele / do re co nhe ci men to dos co le gas. (Fu tu ro1 e 2) gos ta rá / vai gostar.<br />

4 Exprimindo comparação<br />

5. Que pa la vra a au to ra usou para com pa rar os lim pa do res de pla -<br />

cas com pás sa ros? “Pa re cia”, ver bo pa re cer.<br />

Co pie do tex to ou tra com pa ra ção usan do a mes ma pa la vra.<br />

“... as placas não ficavam somente limpas: elas pareciam novas.”<br />

Faça duas com pa ra ções usan do essa pa la vra. Resposta pessoal.<br />

4 Palavras interrogativas (para fazer perguntas)<br />

6. Faça perguntas para as respostas seguintes, usando as palavras<br />

quem, onde, quanto, como, por que, quando, o que.<br />

O limpador de placas terminava seu serviço na Praça José de<br />

Alencar. Onde o limpador de placas terminava seu serviço?<br />

O limpador não mudaria nada em sua vida porque estava feliz.<br />

O que o limpador mudaria em sua vida? Por quê?<br />

O limpador ia para o trabalho às sete horas.<br />

Quando o limpador ia para o trabalho?<br />

O gerente da Central de Limpeza parabenizava o limpador de<br />

placas por seu serviço. Quem parabenizava o limpador?<br />

Vários caminhões fizeram barulho. Quantos caminhões fizeram barulho?<br />

O limpador de placas fazia seu serviço sem pressa.<br />

Como o limpador de placas fazia seu serviço?<br />

O limpador ia para casa depois de terminar o serviço.<br />

Quando o limpador ia para casa?<br />

4 Exprimindo modo<br />

7. No texto “O limpador de placas”, observe que a autora usou três<br />

vezes a palavra sem para construir expressões que indicam modo, ou<br />

seja, como algo é feito ou acontece:


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“Lá vestia um macacão azul, botas azuis de borracha e depois,<br />

sem muita pressa, ia para o almoxarifado.”<br />

“Seus colegas reconheciam, sem ficar com inveja, que ele era o<br />

melhor limpador de placas da cidade.”<br />

“E quando alguém perguntava o que gostaria de mudar em sua<br />

vida, respondia sem vacilar... “<br />

Agora você: faça uma frase, usando a palavra sem para construir<br />

expressões indicadoras de modo. A turma e o(a) professor(a) dizem se<br />

você acertou ou não.<br />

4 Verbo: concordância<br />

Resposta pessoal.<br />

8. Você já observou que, às vezes, quando trocamos algumas palavras<br />

nas frases elas fazem outra mudar de forma. Quando trocamos a palavra<br />

por uma equivalente, ela não faz a outra mudar. Veja como a palavra<br />

sublinhada muda por causa da palavra ou expressão em negrito, mas<br />

não muda, quando trocamos a palavra em negrito por outra equivalente:<br />

A) a) O limpador de placas / Ele / Você conversava com os colegas.<br />

b) Nós / Eu e Mário conversávamos com os colegas.<br />

c) O limpador de placas e seu irmão / Eles / Vocês conversavam<br />

com os colegas<br />

B) a) O limpador de placas / Ele / Você ficou espantado.<br />

b) Nós / Antônio e eu ficamos espantados.<br />

c) Eles / Antônio e José / Vocês ficaram espantados.<br />

Agora você vai reescrever as frases abaixo em seu caderno, trocando a<br />

palavra ou expressão em negrito pela palavra ou expressão indicada<br />

entre parênteses. Para isto você vai mudar a palavra sublinhada quando<br />

a nova palavra for uma que faz a sublinhada mudar.<br />

a) Eu conheci um homem que era limpador de placas de rua. (Eu e<br />

meu irmão). Eu e meu irmão conhecemos um homem que era limpador de placas de rua.<br />

b) Todas as manhãs, às sete horas, o limpador de placas ia para o<br />

trabalho. (Os limpadores de placas). Todas as manhãs, às sete horas, os<br />

limpadores de placas iam para o trabalho.<br />

c) Ele gosta de seu trabalho de limpar placas (você).<br />

de limpar placas.<br />

d) João gosta de seu trabalho de limpar placas (João e Antônio).<br />

e) O limpador gosta de seu trabalho de limpar placas (Nós)<br />

f) O limpador de placas gosta de seu ofício. (Eles)<br />

Você gosta de seu trabalho<br />

Eles gostam de seu ofício.<br />

d)João<br />

e Antônio<br />

gostam<br />

de seu<br />

trabalho<br />

de limpar<br />

placas.<br />

e)Nós<br />

gostamos<br />

do nosso<br />

trabalho<br />

de limpar<br />

placas.<br />

95


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96<br />

CAPÍTULO 10<br />

CRIATURAS<br />

<strong>DA</strong> NOITE<br />

Pré-texto<br />

O tex to "Um vam pi ro na li vra ria" é par te de uma no ve la tra du zi da do<br />

fran cês pelo es cri tor bra si lei ro Lino de Al ber ga ria. E por que um vam pi ro<br />

en tra ria numa li vra ria? Acre di ta-se que vam pi ros têm for ça so bre-hu ma -<br />

na, hip no ti zam suas ví ti mas, trans for man do-as em né voa, lo bos e mor ce -<br />

gos. Mas eles nun ca podem en trar numa casa sem serem con vi da dos. Ui,<br />

que alí vio! E o vam pi ro da his tó ria? Ele te ria sido con vi da do por al guém<br />

da li vra ria?<br />

UM VAMPIRO NA LIVRARIA<br />

Eric Sanvoisin / Tradução de LinoAlbergaria<br />

Pa pai tem uma li vra ria. Ele ado ra os li vros de ver da de. De vo ra to -<br />

dos. O maior glu tão. Lê o dia in tei ro e às ve zes à noi te tam bém. Toda<br />

tar de uma pi lha nova de li vros in va de nos sa casa. Tem li vro em todo<br />

can to, até nos ba nhei ros. Uma in va são. E é im pos sí vel pro tes tar.<br />

Para pa pai os in va so res têm sem pre ra zão. Con ver sa com eles<br />

como se fos sem gen te. In ven ta ape li dos e os cha ma de meus li vri -<br />

nhos. To dos os li vros são seus co le gas e ami gos.<br />

As fé rias co me ça ram e eu não te nho mui to o que fa zer. En tão<br />

aju do meu pai na li vra ria. O que é que eu faço? Nada de es pe cial.<br />

Ele me proi biu de ar ru mar ou mes mo de to car em qual quer coi -<br />

sa. Daí que fico es pio nan do os la drões. É a úni ca coi sa que me di -<br />

ver te numa li vra ria. Quan do um li vro de sa pa re ce no bol so de um


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la drão, não dou o me nor alar me e até fico fe liz. Um in va sor de me -<br />

nos! Mas isto ra ra men te acon te ce. Em ge ral, pa pai de tec ta os cri mi -<br />

no sos logo quan do en tram na loja.<br />

Na maior par te do tem po, ob ser vo os lei to res. Cada um tem sua<br />

ma nia. Al guns chei ram os li vros como se es co lhes sem um per fu me.<br />

Ou tros es co lhem ao aca so. Ado ram sur pre sas. A li vra ria, para es ses,<br />

é uma lo te ria. E tam bém exis tem os que cus tam a se de ci dir. Pe gam.<br />

Lar gam. Pe gam ou tra vez. Até que de sis tem e re co lo cam o li vro no<br />

lu gar. É nor mal que saiam com as mãos va zias, abor re ci dos por não<br />

te rem com pra do nada.<br />

Te nho meu es con de ri jo no fun do da loja. Uma ja ne li nha no meio<br />

de uma pa re de de li vros. Nin guém con se gue me ver. Sou mes mo um<br />

es pião. Fico ano tan do os me no res de ta lhes do que vejo. Um dia,<br />

quem sabe, po nho tudo num li vro! Mas isto ia me sur preen der mui -<br />

to, pois a gra má ti ca e eu não cos tu ma mos nos en ten der mui to bem.<br />

Ah, um novo fre guês! Te nho cer te za que não co nhe ço. Nun ca<br />

no tei pelo bair ro. É pos sí vel que te nha aca ba do de se mu dar. É en -<br />

gra ça do até! A pele cin zen ta, as so bran ce lhas eri ça das e um jei to<br />

meio doi dão. E ain da tem uns tru ques cu rio sos. Eu po dia ju rar que<br />

Eriçadas: arrepiadas.<br />

Cláudio Martins<br />

97


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98<br />

ele flu tua a uns dez cen tí me tros do chão. As sim como um fan tas ma.<br />

Es qui si to pra ca ram ba. Epa, epa!<br />

Vi, vi com meus pró prios olhos quan do o des co nhe ci do be beu<br />

um li vro. E eu não es ta va com fe bre para ter alu ci na ção. Por uns<br />

bons cin co mi nu tos pas seou en tre as es tan tes. Com os olhos fe cha -<br />

dos, des li za va em si lên cio, os bra ços es ten di dos à sua fren te. Como<br />

se es ti ves se es cu tan do os ruí dos dos li vros.<br />

De re pen te agar rou um li vri nho e tudo fi cou ain da mais lou co.<br />

Ele não abriu o li vro. Só se pa rou as pá gi nas do meio, fa zen do ali<br />

uma es pé cie de fen da, onde en fiou um ca nu di nho que ti rou do bol -<br />

so. Sua boca co me çou a as pi rar. Uma ex pres são de pra zer apa re ceu<br />

no seu ros to, como se o li vro es ti ves se cheio de suco de la ran ja bem<br />

ge la do. Es ta va fa zen do o maior ca lor: um tem po que não con vi da va<br />

nin guém a en trar numa li vra ria.<br />

Aca bei sol tan do um gri to de sur pre sa. Sei que de ve ria ter su fo -<br />

ca do aque le ba ru lho.<br />

Pa re ce que ele es cu tou. Pôs o li vro no lu gar, guar dou o ca nu do<br />

e foi sain do ra pi di nho.<br />

Dei xei cor ren do meu es con de ri jo para exa mi nar aque le li vro.<br />

Não foi di fí cil achá-lo. Es ta va mais fino que os ou tros e ti nha uma<br />

con sis tên cia de bor ra cha. Ao pegá-lo, sen ti uma le ve za in quie tan te.<br />

Qual quer ven to que en tras se na li vra ria, ele te ria voa do.<br />

Mas no mo men to em que o abri, só me fal tou des maiar. Es ta va<br />

va zio. Não ha via pa la vra al gu ma em ne nhu ma de suas pá gi nas.<br />

Aque le clien te es qui si to ti nha be bi do toda a tin ta do li vro!<br />

O vampiro da livraria. Paris: Nathan, 1996, p. 7-17.<br />

Cláudio Martins


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Dialogando com o texto<br />

1. A coluna com a ideia principal de cada parte do texto está fora de<br />

ordem. Copie-a no caderno, na ordem correta:<br />

Parte De ... Até ... Ideia principal<br />

1ª parte De: “Papai tem<br />

uma livraria...”<br />

Até: “...são seus<br />

colegas e amigos.”<br />

2ª parte De: “As férias<br />

começaram...”<br />

Até: “...nos<br />

entender muito<br />

bem.”<br />

3ª parte De: “Ah, um novo<br />

freguês!”<br />

Até: “Esquisito pra<br />

caramba.”<br />

4ª parte De: “Epa, epa!”<br />

Até: ”...tinha bebi -<br />

do toda a tinta do<br />

livro.”<br />

A PERSONAGEM<br />

PRINCIPAL<br />

OBSERVA O<br />

FREGUÊS<br />

DESCONHECIDO.<br />

UM ESTRANHO<br />

ACONTECIMENTO.<br />

A PERSONAGEM<br />

PRINCIPAL<br />

CONTA O QUE<br />

OS LIVROS<br />

REPRESENTAM<br />

PARA SEU PAI.<br />

ATIVI<strong>DA</strong>DES <strong>DA</strong><br />

PERSONAGEM<br />

PRINCIPAL NA<br />

LIVRARIA, NAS<br />

FÉRIAS.<br />

3ª parte<br />

4ª parte<br />

1ª parte<br />

2ª parte<br />

99


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100<br />

2. Ao referir-se aos livros que o pai traz para casa, o narrador usa a pa -<br />

lavra invasores. O que o uso dessa palavra sugere no relacionamento do<br />

narrador com os livros? Sugere aversão, animosidade.<br />

3. “Tem livro em todo canto. Até nos banheiros.” O que a palavra até<br />

está sugerindo? Que o banheiro é o lugar onde menos se espera encontrar livros.<br />

4. Quem permitiu a invasão descrita pelo narrador? O pai do narrador.<br />

5. Se o narrador fizesse o mesmo comentário, referindo-se à livraria, os<br />

livros ali não poderiam ser considerados invasores. Então, como você<br />

explica a seguinte passagem do 3o parágrafo? “Quando um livro<br />

desaparece no bolso de um ladrão, não dou o menor alarme e até fico<br />

feliz. Um invasor de menos!” Se o livro desaparece no bolso de um ladrão, será menos um<br />

a se tornar um invasor de sua casa.<br />

6. Segundo as informações do narrador, ajudar o pai na livraria é<br />

opção ou imposição? Explique. É uma opção sugerida pela palavra então, da seguinte<br />

passagem: “As férias começaram e eu não tenho muito o que fazer. Então ajudo meu pai na livraria”.<br />

7. O novo freguês 7. A julgar pela descrição do narrador, com que personagem de<br />

se parecia com um<br />

vampiro. Porém, histórias de terror o novo freguês se parecia? E em que essa personagem<br />

vampiros se alimen- de histórias de terror se distinguia do novo freguês?<br />

tam de sangue e<br />

aquela personagem<br />

bebia os escritos<br />

dos livros, isto é, a Dialogando com outros textos<br />

tinta.<br />

VAMPIROS<br />

Esses seres mitológicos ressurgem no filme “O Pequeno Vam pi -<br />

ro”, que conta a história de um menino-morcego que quer se tornar<br />

humano.<br />

Cláudio Martins


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Cláudio Martins<br />

VAMPIROS PROVOCAM PESADELOS<br />

Gabriella Levorin / Fernanda Santos • Especial para a Folhinha<br />

O filme “O Pequeno Vampiro”, que estreia nos cinemas no dia<br />

12, fala sobre uma família que precisa achar um antigo amuleto para<br />

se libertar da maldição vampiresca e, assim, tornar-se mortal.<br />

Eles contam com a ajuda de um menino, Tony Thompson (Jonathan<br />

Lipnicki), que acaba de se mudar para a Escócia com seus pais.<br />

Lá, Tony começa a ter pesadelos com vampiros. Em uma noite,<br />

ele recebe a visita de um morcego, que se transforma no garoto<br />

Rudolph (Rollo Weeks), um vampiro do bem.<br />

Os efeitos especiais deixaram as cenas bem realistas, mas a du -<br />

bla gem não é boa.<br />

Folha de S. Paulo, Folhinha. Sábado, 6/1/2011, p. 3.<br />

Gabriella Levorin, 10, e Fernanda Santos, 13,<br />

estão na 5 a e 8 a séries, respectivamente.<br />

101


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 102<br />

Professor(a), leve<br />

para a sala e<br />

também peça aos<br />

alunos, se isto for<br />

viável, que<br />

procurem e levem<br />

para a aula várias<br />

sinopses de filmes<br />

retiradas de<br />

jornais (locais,<br />

regionais ou<br />

nacionais) que<br />

circulam na sua<br />

região ou sinopses<br />

a que tenham<br />

acesso pela<br />

internet. Estas<br />

serão utilizadas<br />

para leitura em<br />

classe, passando<br />

da atividade de<br />

leitura do<br />

“Dialogando com<br />

outros textos” para<br />

a “Produção de<br />

texto” a seguir.<br />

102<br />

1. No caderno, indique as partes que formam esse texto:<br />

Título. Vampiros<br />

De acordo com o pequeno resumo da matéria que vem logo após<br />

o título “Vampiros”, qual é o assunto do filme?<br />

A história de um menino-morcego que quer se tornar humano.<br />

Esse texto foi feito fora do jornal, possivelmente sob encomenda.<br />

Em que parte dele encontramos essa informação?<br />

Dê informações sobre as autoras do texto: quem são, idade e<br />

profissão. Gabriela Levorin, 10 anos, estudante. Fernanda Santos, 13, estudante.<br />

2. Se você fosse encarregado(a) de fazer a classificação do filme pa ra<br />

a faixa etária dos espectadores, qual seria sua recomenda ção? Resposta<br />

pessoal.<br />

3. Pelo texto, podemos concluir que as autoras da matéria assistiram ao<br />

filme. Elas gostaram de tudo? Explique. Não. Elas não gostaram da dublagem.<br />

4. Na sua opinião, esse comentário sobre o filme pode influenciar o<br />

leitor? Explique. Professor(a), comente que esse tipo de texto tem a função de fazer o leitor<br />

interessar-se pelo filme comentado.<br />

Produção de texto<br />

Você vai produzir um texto, uma sinopse de filme, mas antes você e<br />

seus colegas vão ler algumas dessas sinopses, publicadas em jornais,<br />

trazidas pelo(a) professor(a) ou pesquisadas por você. Cada um passa<br />

para a turma as sinopses ou resumos que trouxe e todos leem algumas,<br />

observando bem como foram feitas.<br />

Ago ra é sua vez de co men tar um fil me a que te nha as sis ti do. Es cre -<br />

va um tex to con tan do:<br />

• Tí tu lo do fil me.<br />

• Per so na gem prin ci pal.<br />

• Ce ná rio.<br />

• Si nop se ou re su mo do en re do.<br />

• Fai xa etá ria para a qual você in di ca o fil me.<br />

• Por que vale a pena con fe rir a pro du ção in di ca da.<br />

“Especial para Folhinha.”<br />

An tes de ler seu co men tá rio para a tur ma, re leia-o si len cio sa men te<br />

para ve ri fi car:


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 103<br />

O tex to da si nop se re su miu bem o en re do do fil me?<br />

O lei tor é ca paz de ima gi nar o ce ná rio a par tir de sua des cri ção?<br />

Que ar gu men to você usou para in cen ti var o lei tor a as sis tir ao fil me?<br />

Você apre sen tou uma jus ti fi ca ti va para a in di ca ção da fai xa etá ria?<br />

De pois da ati vi da de de rees cri ta, par ti ci pe da ses são de lei tu ra e<br />

apre cia ção das si nop ses, as si ne o tex to e co lo que-o no mu ral da clas se.<br />

Este pode ter o tí tu lo "DI CAS DE FILMES", ou ou tro que a tur ma es co lher.<br />

Professor(a), se seus alunos nunca viram filmes, procure fazer com<br />

que cada grupo veja um, usando algum recurso disponível na escola<br />

ou na comunidade, para depois recontar. Ou que a classe toda<br />

assista pelo menos a um filme para que cada grupo reconte e<br />

depois a turma escolha que grupo recontou da melhor maneira.<br />

4 Exposição e narrativa oral<br />

Vamos falar<br />

Reunidos em grupo, vocês vão contar um filme a que assistiram, e o<br />

grupo escolhe o filme que achou melhor, mais bem contado, para<br />

apresentar à turma.<br />

Ao contar seu filme para a turma, observem o seguinte:<br />

Cada grupo precisa contar o filme em no máximo cinco minutos.<br />

O grupo vai só falar ou vai usar outros recursos: um cartaz, fotos ou<br />

ilustrações que produziu, um esquema feito no quadro etc.<br />

Se o grupo for fazer um cartaz ou esquema no quadro, ele pode<br />

conter:<br />

• o nome do filme;<br />

• o gênero do filme: policial, ficção científica, comédia, drama,<br />

animação etc.<br />

• os nomes dos personagens principais;<br />

• os nomes dos atores que fazem cada personagem;<br />

• um resumo bem sintético (por exemplo: história de um grupo de<br />

crianças que se tornam reis de um mundo diferente do nosso<br />

chamado Nárnia);<br />

• a duração do filme;<br />

• alguma ilustração: foto, desenho feito pelo grupo etc.<br />

No final da apresentação dos grupos, a turma vota e escolhe qual<br />

filme achou mais interessante tendo em vista a apresentação, ou seja,<br />

qual apresentação conseguiu entusiasmar a turma para ver o filme.<br />

103


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 25/03/11 20:23 Page 104<br />

104<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Palavras mostram nosso julgamento<br />

1. No 1 0 parágrafo do texto “Um vampiro na livraria”, o narrador<br />

subs titui o verbo ler por devorar. Ao empregar devora e glutão, o<br />

nar rador está mostrando a leitura como um defeito ou uma qua -<br />

lidade? Que outra observação dele, ainda nesse parágrafo, com -<br />

prova isso? Ele está mostrando a leitura como um defeito, pois considera os livros invasores.<br />

4 Sentidos dos sufixos –INHO e –ÃO<br />

2. No 2 o parágrafo, há uma forma de tratamento usada pelo pai do<br />

narrador que mostra seu carinho pelos livros.<br />

Que forma é essa? Ele os chama de livrinhos.<br />

Essa mesma palavra aparece em “De repente agarrou um livri nho<br />

e tudo ficou ainda mais louco”. Nesse trecho, a ideia é de carinho<br />

ou tamanho? Aqui a ideia é de tamanho.<br />

3. A) Nas frases seguintes, diga se o grau do substantivo (diminutivo com<br />

-INHO ou aumentativo com –ÃO) está indicando variação de tamanho<br />

ou afetividade (carinho, desprezo, valorização).<br />

Era um homenzinho danado de chato! Afetividade: desprezo.<br />

Era um belo rapaz! Um rapagão, sim senhor! Afetividade: valorização.<br />

Esqueci as chaves na mesinha de cabeceira. Tamanho.<br />

Era um casarão antigo, mas belo! Tamanho.<br />

Minha irmã tinha uma bonequinha de miniatura que era linda.<br />

— O que o meu menininho está fazendo debaixo da cama?<br />

Afetividade: carinho.<br />

— Estou me escondendo de um vampirão. Tamanho<br />

Meu pai comprou um carrão. Afetividade: valorização.<br />

Tamanho.<br />

3. B) Escreva duas frases com uma palavra no diminutivo ou no<br />

aumentativo. Numa frase o aumentativo ou diminutivo deve indicar<br />

afetividade (carinho ou valorização ou desprezo), na outra deve indicar<br />

tamanho. Resposta pessoal.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 105<br />

4 Pronomes substituindo e retomando outras palavras<br />

e várias formas da nossa língua: culta x não culta<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

Pronomes são palavras que servem, geralmente,<br />

para ficar no lugar de nomes.<br />

Exemplo:<br />

João ganhou um livro. Ele (= João) não quis me<br />

emprestar seu (= de João) livro novo.<br />

4. No antepenúltimo parágrafo do texto “Um Vampiro na Livraria”,<br />

encontra mos a frase: “Não foi difícil achá-lo”. O narrador está falando de<br />

achar o quê? O livro que o vampiro tinha agarrado.<br />

O pronome lo corresponde a ele quando está completando o<br />

sentido do verbo. Na fala, é comum a troca desse pronome por<br />

ele, como em: “Não foi difícil achar ele”. Este último modo de<br />

falar não é considerado culto. Seria culta a forma: “Não foi<br />

difícil achá-lo”.<br />

5. Reescreva as frases, substituindo os pronomes destacados pelos no -<br />

mes correspondentes do texto “Um Vampiro na Livraria”:<br />

“Ao pegá-lo…” Ao pegar o livro.<br />

“Ao abri-lo…” Ao abrir o livro.<br />

“Ele me proibiu de arrumá-los.” Ele me proibiu de arrumar os livros.<br />

6. Reescreva as frases na linguagem culta:<br />

Vovó e vovô chegaram. Vamos visitar eles?<br />

Acabei de ler o livro. Vou devolver ele ainda hoje.<br />

A professora leu as sinopses mas não devolveu elas.<br />

Minhas colegas são muito animadas. Vou convidar elas para mi nha<br />

festa de aniversário.<br />

Vovó e vovô chegaram. Vamos visitá-los?<br />

Acabei de ler o livro. Vou devolvê-lo ainda hoje.<br />

A professora leu as sinopses mas não as devolveu.<br />

Minhas colegas são muito animadas. Vou convidá-las para minha festa de aniversário.<br />

105


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 106<br />

106<br />

7. Reescreva as frases, substituindo os nomes repetidos pelos pronomes<br />

correspondentes:<br />

A menina ganhou muitos livros. A menina adora ler.<br />

A menina ganhou muitos livros. Ela adora ler.<br />

O freguês fez muitas perguntas. O freguês é muito curioso.<br />

O freguês fez muitas perguntas. Ele é muito curioso.<br />

Eu e meu pai não vimos o homem sair. Eu e meu pai estávamos<br />

distraídos. Eu e meu pai não vimos o homem sair. Nós estávamos distraídos.<br />

Li todos os livros de Monteiro Lobato. Os livros de Monteiro Lobato<br />

são ótimos. Li todos os livros de Monteiro Lobato. Eles são ótimos.<br />

4 Exprimindo causa e consequência e várias formas<br />

da nossa língua: oral x escrita<br />

8. No trecho seguinte, temos uma causa e uma consequência.<br />

“Ele me proibiu de arrumar ou mesmo de tocar em qualquer coisa.<br />

Daí que fico espionando os ladrões.”<br />

Qual é a causa? E a consequência?<br />

Causa: “Ele me proibiu de arrumar ou mesmo de tocar em qualquer coisa. Consequência:<br />

Por isso / Em consequência / Por essa razão fico espionando os ladrões.”<br />

A consequência foi iniciada por qual expressão?<br />

Pela expressão “Daí que...”<br />

Essa expressão é mais usada na fala e o autor a usou porque colocou<br />

como narrador o menino. Reescreva o trecho, trocando a expressão<br />

por outra que seja mais usada na língua escrita.<br />

Por isso fico… / Então fico…<br />

4 Indicando o dono de uma ideia ou opinião<br />

9. “Para papai os invasores têm sempre razão.”<br />

A expressão “Para papai” indica o dono de uma opinião. Faça mais<br />

duas frases, com a palavra “para” introduzindo o dono de uma<br />

opinião.<br />

Resposta pessoal


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 107<br />

CAPÍTULO 11<br />

PALHAÇOS<br />

DE ONTEM E<br />

DE HOJE<br />

Você já viu em fotos, em filmes ou ao vivo estes artistas?<br />

Pré-texto<br />

Mesmo que não tenha tido notícias deles, só pelas fotos, você já<br />

sabe que esses profissionais praticam uma das artes mais apreciadas<br />

pelas crianças: a arte de ser palhaço.<br />

Contudo, a palavra palhaço passou a ser utilizada como<br />

xingamento também. Palhaço! Elogio ou xingamento? Com a<br />

palavra, o ator e escritor Flavio de Souza.<br />

Lucy Bianco/Editorial Abril<br />

107


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 29/03/11 12:21 Page 108<br />

108<br />

PALHAÇO!<br />

Flavio de Souza<br />

Quando eu era bem pequeno, meu pai era bem nervoso.<br />

Quando a gente andava de carro, ele queria xingar vários motoristas<br />

de outros carros. Como minha mãe ficaria muito envergonhada se<br />

meu pai gritasse um só palavrão para pôr sua agressividade para<br />

fora, ele soltava um berro assim: “pa lhaço!”<br />

Como ele gritava isso pra fora do carro, eu achava que ele estava<br />

vendo um palhaço na calçada e estava contando isso pra gente. E eu<br />

passava o caminho todo do passeio olhan do para cá e para lá,<br />

tentando ver aqueles palhaços que meu pai via ali e acolá. Para mim<br />

não é xingamento ser chamado de palhaço. Na verdade, é um<br />

elogio. Só fiquei sabendo que a palavra palhaço podia ser um<br />

xingamento, mesmo não sendo um palavrão, muito tempo depois. E<br />

achei muito esquisito. Para mim, os palhaços eram as pessoas mais<br />

extraordinárias do mundo. Durante um bom tem po, depois de saber<br />

que alguém podia ficar bravo por ser chamado de palhaço,<br />

Cláudio Martins


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 109<br />

continuei achando que os palhaços eram palhaços porque palhaços<br />

já nasciam com a cara pintada e roupas largas e muito coloridas.<br />

No início do século XXI, não existe mais nenhum palha ço tão<br />

famoso quanto um jogador de futebol, um cantor de música popular<br />

ou um político corrupto. Quando eu era crian ça, vários palhaços<br />

eram ídolos, como o Piolim, o Tor res mo e o Carequinha, que gravou<br />

o primeiro disco com músicas especialmente para crianças. Passei<br />

várias horas da minha infância cantando com ele assim: “O bom<br />

menino não faz pipi na cama, / o bom menino não faz mácriação...”<br />

Mas os palhaços mais queridos eram o Arrelia e o Pi men tinha,<br />

que apareciam toda tarde de domingo na televi são. Eles foram os<br />

primeiros atores que conheci, e são mo delos pra mim até hoje.<br />

O livro do ator. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001, p.15.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. A palavra bem, na primeira frase do texto, tem um dos seguintes<br />

significados: com saúde, bonito, direitinho ou muito, bastante. Reescreva<br />

a frase trocando a palavra bem pela de significado semelhante.<br />

“Quando eu era bem pequeno, meu pai era bem nervoso.<br />

“Quando eu era muito pequeno, meu pai era bastante nervoso.<br />

2. De quem são as lembranças relatadas no texto?<br />

De Flavio de Souza, que conta fatos ocorridos na sua infância.<br />

3. Por que o menino não conseguia ver nenhum palhaço du ran te o<br />

passeio? Porque seu pai não se referia ao palhaço artista de circo, como o garoto imaginava, e sim<br />

aos motoristas que ele queria xingar.<br />

4. Por que o garoto não interpretava como um xingamento a ação do<br />

pai de chamar os outros motoristas de palhaço?<br />

5. Hoje, para o autor, quais pessoas são tão famosas quanto os palhaços<br />

de antigamente?<br />

Corrupto: capaz de se deixar subornar; desonesto.<br />

A frase deve usar<br />

a palavra bem no<br />

sentido de muito,<br />

bastante.<br />

4. Porque ele admirava<br />

os palhaços<br />

e não sabia<br />

que essa palavra<br />

também era usada<br />

como xingamento.<br />

5. Jogadores de futebol,<br />

cantores de música<br />

popular e políticos<br />

corruptos.<br />

109


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110<br />

6. Considerando que Flavio de Souza, além de escritor, é ator, explique<br />

o grande elogio feito aos palhaços Arrelia e Pimentinha, no último<br />

parágrafo.<br />

7. No caderno, complete o quadro com nomes de personalidades que<br />

você conhece dos meios de comunicação. Resposta pessoal.<br />

ÁREA DE<br />

ATUAÇÃO<br />

ONTEM HOJE<br />

Esporte Pelé, Garrincha, Airton Senna,<br />

João do Pulo<br />

Música Cartola, Cazuza, Vinícius de<br />

Moraes, Tom Jobim, Elis Regina<br />

Teatro Maria Clara Machado<br />

Televisão Paulo Gracindo<br />

Cinema Glauber Rocha<br />

Política Getúlio Vargas<br />

Juscelino Kubitschek<br />

Tancredo Neves<br />

Vamos falar<br />

O autor conta que, desde a infância, aqueles palhaços são um<br />

modelo para ele.<br />

4 Opinião e Discussão<br />

Discuta com a turma, atendendo as regras combinadas com os<br />

colegas e o(a) professor(a).<br />

1. Para o autor, no século XXI, ter fama nem sempre é sinal de talento.<br />

Qual seria, na sua opinião, a diferença entre fama e ta lento?<br />

2. Segundo o autor, nenhum palhaço hoje é tão famoso quanto um<br />

jogador de futebol, um cantor de música popular ou um político<br />

corrupto. Qual desses profissionais, apesar de famoso, não deve ser um<br />

ídolo? Por quê?<br />

3. Você tem um ídolo? Se tiver, conte o que mais admira nele.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 111<br />

Demóstenes Vargas<br />

Dialogando com outros textos<br />

Esta é a reprodução de uma tela do artista Demóstenes Var -<br />

gas para o livro Circo Universal.<br />

111


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 112<br />

112<br />

Universal Press Syndicates<br />

1. Quais artistas estão representados na tela? Como você che gou a<br />

essa conclusão?<br />

2. Quais elementos do quadro correspondem a cada um dos artistas<br />

representados?<br />

3. Que título você daria à tela de Demóstenes? Resposta pessoal.<br />

Garfield e a roupa de palhaço<br />

Jim Davis<br />

O mágico e o palha ço, pois na cena há quatro mãos sugerindo<br />

a união dos dois artistas, que são identificados também pelo<br />

traje e por elementos usados na apresentação de cada um.<br />

A cartola, a casaca, o coelho, as pombas e a bengala são do mágico;<br />

os sapatos, a calça, a gravata, o rosto pintado e a peruca, do palhaço.<br />

4. Compare a roupa de John (o dono de Garfield) com a roupa dos<br />

palhaços da foto do Pré-texto. Lembre-se de roupas de outros<br />

palhaços que você tenha visto no circo, em filmes, revistas etc. Você<br />

acha que o palhaço teve razão em dizer que John copiou sua roupa?<br />

Por quê?<br />

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno diga que sim porque a roupa de John é muito colorida<br />

(verde, rosa forte e azul) misturando xadrez com bolinhas, um tanto parecida com roupas de palhaço.<br />

5. John achou bom ou ruim o palhaço ter falado que eles estavam<br />

usando roupas iguais? Ruim.<br />

Como você descobriu que John teve essa reação?<br />

Porque ele diz que o<br />

encontro foi terrível e pela sua expressão fisionômica e seus gestos de tampar o rosto com vergonha.<br />

Por que ele teve a reação que você indicou?<br />

Porque a roupa do palhaço é muito espalhafatosa e serve apenas para a apresentação artística, não<br />

é uma roupa que as pessoas vestem na sua vida normal, nem o palhaço. Ninguém gostaria que se<br />

dissesse que sua roupa é parecida com a de um palhaço.<br />

6. Tendo em vista o pensamento de Garfield no balão do último<br />

quadrinho, copie no caderno a ou as ideias que você acha que<br />

corresponde(m) à opinião dele.<br />

Acha que o palhaço se enganou, pois a roupa de John é mais<br />

parecida com a de um mágico.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 23/03/11 14:48 Page 113<br />

Acha que seu dono se veste tão mal e de modo tão feio que o palhaço<br />

dizer que a roupa de John é cópia da sua é desprestigiar o palhaço.<br />

Acha que seu dono é bem vestido e o palhaço não tinha razão.<br />

Acha que o palhaço está diminuindo a qualidade de sua roupa ao<br />

compará-la com a de John.<br />

Resposta: A segunda e a quarta frases.<br />

Produção de texto<br />

Você vai escrever um texto sobre uma personalidade que você<br />

admira. Escolha uma pessoa famosa e bem conhecida em sua escola,<br />

em sua cidade, em sua região, no Brasil ou no mundo. Pode ser alguém<br />

de qualquer profissão.<br />

No texto diga quais as principais características dessa personalidade<br />

que a levam a ser admirada por você: suas características físicas, de<br />

onde é, seus talentos, a atividade em que se destaca (ciência, dança,<br />

canto, música, literatura, teatro, cinema, esporte, ciência, outros), qual<br />

sua profissão etc. Termine dizendo: “É por tudo isto que eu admiro<br />

XXXXXXX.”<br />

Sem dizer o nome da pessoa, leia seu texto para o grupo tentar<br />

adivinhar de quem você é fã. Se seus colegas não descobrirem, releia-o<br />

cuidadosamente, observando se:<br />

o título está de acordo com o texto;<br />

a personalidade escolhida foi bem caracterizada. Procure lembrar<br />

o que é bem particular e especial na pessoa;<br />

há informações sobre a área de atuação dessa pessoa;<br />

Troque o texto com um colega para ele ler e dizer-lhe se acha que<br />

você conseguiu dar uma boa ideia da pessoa. Mostre também o texto a<br />

outras pessoas e veja o que elas acham: se você conseguiu ou não dizer<br />

como a pessoa é a ponto de quem ler seu texto e conhecer a pessoa,<br />

saber que é dela que você está falando.<br />

113


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN3_P5_. 25/03/11 20:25 Page 114<br />

114<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Usando o dicionário<br />

1. Observe o seguinte verbete transcrito do Dicionário Aurélio Eletrônico.<br />

palhaço Palhaço 1 Palhaço 2<br />

[Do it. pagliaccio.]<br />

S. m.<br />

1. Artista que, em espetáculos circenses ou em ou tros, se<br />

veste de maneira grotesca e faz pilhérias e momices para<br />

divertir o público.<br />

2. Fantasia de palhaço.<br />

3. Fig. Pessoa que por atos ou palavras faz que os outros<br />

riam.<br />

4. Pop. Pessoa que só diz tolices ou faz papel ridículo; pessoa<br />

sem importância, títere.<br />

5. Fig. V. fantoche<br />

2. A palavra ou vocábulo que inicia a entrada do verbete apresenta<br />

destaque visual. No Dicionário Aurélio, qual é o desta que usado na<br />

palavra da entrada? Qual é o tipo de letra (maiúscula ou minúscula)<br />

usada nessa palavra?A palavra está em negrito e escrita com letra minúscula.<br />

3. Nos colchetes, informa-se a origem da palavra. Em palhaço, a<br />

abreviatura “it”. indica a língua original dessa palavra. Nesse caso, de<br />

qual idioma (língua) herdamos a palavra palhaço? Do italiano.<br />

4. No Dicionário Aurélio Eletrônico, em vermelho, informam-se a classe<br />

gramatical e o gênero da palavra. Por que o número (singular ou plural)<br />

não se encontra indicado? Observe em outros dicionários se essa<br />

informação aparece. Crie uma hipótese para explicar o fato.<br />

Resposta pessoal. Professor(a), comente que os nomes são dicionarizados no masculino singular.<br />

5. Observe as abreviaturas “fig.” e “pop.” “Fig.” é abreviatura de figu -<br />

rado e “pop”. de popular. Qual é a diferença entre os sentidos fi gu rado<br />

e popular da palavra palhaço?<br />

No sentido figurado, palhaço significa pessoa<br />

engraçada, alegre, divertida; no sentido popular,<br />

é uma crítica ou xingamento.<br />

Grotesca: ridícula, que provoca riso.<br />

Pilhérias: piadas, graças.<br />

Momices: trejeitos, caretas.<br />

Fantoche: boneco usado no teatro que é manipulado de diferentes modos por um ator .


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4 Adjetivo e comparação<br />

6. Releia:<br />

“Mas os palhaços mais queridos eram o Ar re lia e o Pimentinha,<br />

que apareciam toda tar de de do mingo na televisão.”<br />

Qual adjetivo (palavra que indica uma característica) se refere ao<br />

substantivo palhaços? Queridos.<br />

7. Agora leia o trecho seguinte, também do texto “Palhaço!”:<br />

“...não existe nenhum palhaço tão famoso quanto um jogador<br />

de futebol...”<br />

Observe que o autor está comparando a fama do palhaço com a<br />

do jogador e negando que as duas sejam iguais. Veja os exemplos:<br />

Maria é tão gentil quanto sua irmã.<br />

Arrelia é tão engraçado quanto Pimentinha.<br />

Este cantor é tão famoso quanto o meu irmão.<br />

Nesses casos, o que se faz é afirmar que os dois seres são iguais no<br />

que se refere a uma dada característica (gentil, engraçado, famoso)<br />

ou seja, eles são comparados, afirmando-se sua igualdade.<br />

8. Agora escreva duas frases fazendo comparação de igualdade entre<br />

dois seres. Cada um lê uma comparação e a turma diz se ficou benfeita.<br />

Resposta pessoal.<br />

4 Palavras homônimas<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

Muitas palavras, embora diferentes<br />

no significado, são iguais:<br />

na pronúncia, mas diferentes na escrita. Ex.: Na final do<br />

campeonato, mais de cem torcedores ficaram sem ingresso.<br />

na escrita, mas diferentes na pronúncia. Ex.: Se o jogo é<br />

importante, eu jogo concentrado.<br />

na escrita e na pronúncia. Ex.: Na era do rádio,<br />

a televisão era um sonho.<br />

115


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116<br />

9. Em grupo, crie duas frases usando cada um dos pares de pala vras<br />

abaixo. Depois, o grupo lê suas frases para a turma dizer o significado das<br />

duas palavras que são iguais na pronúncia, na escrita ou em ambas, mas<br />

diferentes no significado. Se necessário, consultem o dicionário.<br />

calda/cauda conserto/concerto descrição/discrição<br />

4 Várias formas da nossa língua: culta x não culta.<br />

10. Observe a frase abaixo em que o autor usa a expressão “a gente”<br />

para indicar quem “andava de carro”.<br />

Quando eu era bem pequeno, meu pai era bem nervoso. Quando<br />

a gente andava de carro, ele queria xingar vários motoristas de<br />

outros carros.<br />

A expressão “a gente” equivale a “nós”. Assim o autor podia ter dito:<br />

Quando eu era bem pequeno, meu pai era bem nervoso. Quando<br />

nós andávamos de carro, ele queria xingar vários motoristas de<br />

outros carros.<br />

Nas frases abaixo troque a expressão “a gente” por “nós”, fazendo as<br />

modificações necessárias na palavra sublinhada.<br />

a) Ontem a gente assistiu a um filme do palhaço Carequinha.<br />

Ontem nós assistimos a um filme do palhaço Carequinha.<br />

b) Lá em casa, a gente adora festas com palhaços.<br />

Lá em casa, nós adoramos festas com palhaços.<br />

Muitas pessoas confundem as duas formas “a gente” e “nós” e fala<br />

como abaixo, o que é considerado um modo não culto de falar, que<br />

deve ser evitado.<br />

A gente fomos à festa de aniversário de titia.<br />

A gente rimos muito no circo ontem.<br />

No seu caderno reescreva as frases acima que são não cultas nas duas<br />

formas que seriam consideradas cultas. A gente foi à festa... / Nós fomos à festa.... –<br />

A gente riu muito.... / Nós rimos muito ...


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CAPÍTULO 12<br />

A<br />

LENTE DO<br />

LAMBE-LAMBE<br />

Pré-texto<br />

Observe a fotografia de um lambe-lambe na página seguinte. Pela<br />

foto, o que faz um lambe-lambe? Você conhece a origem desse nome?<br />

Imagina desde quando essa profissão existe? Hoje, ainda há muitos<br />

desses profissionais? Você conhece algum?<br />

Muitas das respostas você vai encontrar nos textos deste capítulo.<br />

LAM BE-LAM BE: A PRO FIS SÃO QUE A<br />

TEC NO LO GIA DES BAN COU<br />

Mar ga reth Gril lo<br />

Re sis tin do ao tem po, al guns de les ain da es tão es pa lha dos pelo<br />

Bra sil. Re ci fe, que che gou a ter 60 lam be-lam bes, tem hoje, qua tro<br />

de les. Em Cam pi na Gran de, dos dez exis ten tes até a dé ca da pas sa -<br />

da, só res ta um. Em Na tal, a fi gu ra do lam be-lam be está em ex tin -<br />

ção há quin ze anos. Já nes sa épo ca, exis tia ape nas um. Até um ano<br />

atrás, ele che ga va a fa zer pon to na Ri bei ra. Hoje se apo sen tou e dei -<br />

xou para trás a arte de fo to gra far ins tan ta nea men te.<br />

Na ten ta ti va de res ga tar um pou co da his tó ria do fo tó gra fo ins -<br />

tan tâ neo, a equi pe de O Foco es te ve em João Pes soa e se de pa rou<br />

com uma in fe liz rea li da de. Dos 40 lam be-lam bes que exis ti ram nes -<br />

sa ci da de, há bem pou co tem po, res tam ape nas nove. E, des ses no -<br />

ve, ape nas um usa o pro ces so ins tan tâ neo. Os de mais usam as an ti gas<br />

117


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118<br />

câ me ras ape nas como fa cha da para cha mar a aten ção da clien te la.<br />

Esse foi um dos mo ti vos que di fi cul taram nos sa re por ta gem.<br />

A maio ria dos pro fis sio nais foge da im pren sa para evi tar que<br />

essa nova ar ti ma nha ve nha à tona. Na pra ça Aris ti des Lobo, cen tro<br />

de João Pes soa, uma fi gu ra, no en tan to, não re sis tiu em fa lar. Des de<br />

1945, quan do ain da exis tiam seis lam be-lam bes, seu Ma noel, como<br />

ele pre fe re ser cha ma do, 54 anos, tra ba lha com câ me ra fo to grá fi ca<br />

ins tan tâ nea. Ele con ta que, nos idos de 80, o nú me ro de lam belam<br />

bes che ga va a uns 40. Seu Ma noel, como os de mais, usa câ me -<br />

ra 35 mm e faz fo tos co lo ri das para en tre ga em uma hora. Re ve la o<br />

ma te rial nos mi ni la bes do cen tro da ci da de.<br />

[...] As câ me ras lam be-lam bes são usa das como ar ti fí cio para<br />

des per tar cu rio si da de, nada mais. Al gu mas não fun cio nam mais,<br />

ou tras es tão até mes mo sem len tes. En tre os nove lam be-lam bes<br />

res tan tes, e to tal men te des ca rac te ri za dos, ape nas um faz ques tão<br />

de man ter viva a tra di ção do ver da dei ro lam be-lam be ou ven ta -<br />

nia, como quei ram.<br />

Fachada: aparência de alguém ou algo.<br />

Artimanha: artifício, astúcia.<br />

O único a usar o processo tradicional é o Sr. Ednaldo.<br />

Canindé Soares


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Ed nal do San ta na, 63 anos, não abre mão do an ti go pro ces so fo -<br />

to grá fi co. Há 39 anos está nes se ramo e con ta com sa tis fa ção a his -<br />

tó ria dos tem pos áu reos. A me lhor épo ca foi de 1960 a 1979, an tes<br />

da che ga da na ci da de da foto co lo ri da e dos mi ni la bes. Hoje ele co -<br />

bra R$ 3,00 por meia dú zia de fo tos P&B, en tre ga o ma te rial em cin -<br />

co mi nu tos, mas, ape sar da re sis tên cia a clien te la está, a cada ano,<br />

mais re du zi da.<br />

Disponível em . Acesso em fevereiro de 2011.<br />

Áureos: gloriosos, de prestígio.<br />

Minilabes: pequenos laboratórios de revelação rápida.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. “Re sis tin do ao tem po, al guns de les es tão es pa lha dos pelo Bra sil.”<br />

Quem são eles? Em quais par tes do tex to a ques tão é es cla re ci da?<br />

Os lambe-lambes. Nas frases seguintes do 1º parágrafo e em outros parágrafos quando fala dos<br />

lambe-lambes.<br />

2. Os fa tos re la ta dos se pas sam em qual re gião do Bra sil?<br />

Na Re gião Nor des te.<br />

3. Que in for ma ção do tex to con tra ria a se guin te:<br />

“Os lam be-lam bes só exis tem na re gião onde vive o au tor da ma té ria”?<br />

Al guns de les es tão es pa lha dos pelo Bra sil.<br />

4. Por que a afir ma ção se guin te é fal sa?<br />

Em Na tal, a pro fis são de lam be-lam be ex tin guiu-se há quin ze anos.<br />

5. “Na ten ta ti va de res ga tar um pou co da his tó ria do fo tó gra fo ins tan -<br />

tâ neo, a equi pe de O Foco es te ve em João Pes soa e se de pa rou com<br />

uma in fe liz rea li da de.”<br />

Ex pli que a que tris te rea li da de o au tor da ma té ria se re fe re.<br />

6. O que há de es tra nho no se guin te tre cho da ma té ria?<br />

“Des de 1945, quan do ain da exis tiam seis lam belam<br />

bes, seu Ma noel, como ele pre fe re ser cha ma do, 54<br />

anos, tra ba lha com câ me ra fo to grá fi ca ins tan tâ nea.”<br />

4. É fal sa por que o<br />

úl ti mo lam be-lam be<br />

de Na tal apo sen touse<br />

nos dias em que<br />

a ma té ria era pro du -<br />

zi da pela equi pe de<br />

O Foco.<br />

5. O nú me ro de<br />

lam be-lam bes re du -<br />

ziu ra pi da men te (de<br />

40, res tam 9) e, dos<br />

pro fis sio nais que re -<br />

sis tem, ape nas um<br />

usa o an ti go pro ces -<br />

so ins tan tâ neo.<br />

6. Se a re por ta gem<br />

ti ver sido fei ta em<br />

2000, em 1945, Seu<br />

Ma noel te ria 1 ano<br />

de ida de. Se fei ta<br />

an tes dis so, ele<br />

nem te ria nas ci do<br />

ain da.<br />

119


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120<br />

7. Se você fos se ti rar uma foto ins tan tâ nea, qual dos fo tó gra fos da re -<br />

por ta gem es co lhe ria? Jus ti fi que. Res pos ta pes soal.<br />

8. Por que o título da reportagem diz que a tecnologia desbancou a<br />

profissão de lambe-lambe?<br />

Que função passaram a ter as antigas câmeras dos lambe-<br />

lambes?<br />

Porque o surgimento de novas tecnologias mais eficientes, como as<br />

câmeras digitais, fizeram com que os lambe-lambes abandonassem<br />

as antigas câmeras e passassem a usar as novas.<br />

As antigas são hoje apenas um atrativo, um modo de despertar a curiosidade dos clientes.<br />

Dialogando com outros textos<br />

ORIGEM DOS NOMES<br />

Margareth Grillo<br />

Lam be-lam be, Ven ta nia, Mão no saco, Bu fe te<br />

Po pu lar men te, es tas são de no mi na ções cu rio sas atri buí das ao<br />

fo tó gra fo ins tan tâ neo, fi gu ra hoje, dian te do avan ço das no vas tec -<br />

no lo gias, pra ti ca men te em ex tin ção. Nes se novo uni ver so, onde os<br />

pro ces sos fo to grá fi cos es tão cada vez mais avan ça dos – bas ta o<br />

exem plo da fo to gra fia di gi ta li za da – o po pu lar lam be-lam be per de<br />

es pa ço, prin ci pal men te por não ser pos sí vel tra ba lhar com a foto co -<br />

lo ri da, em fun ção da exi gên cia de um pro ces so mui to mais pre ci so<br />

e com ple xo.<br />

Lam be-lam be – Em épo cas pas sa das, era obri ga tó rio que as<br />

fo to gra fias de al guns do cu men tos fos sem da ta das. Para isso, cos tu ma -<br />

va-se fa zer uma pla qui nha de pa pel fo to grá fi co, co la do ao ne ga ti vo.<br />

Até aí tudo bem. Mas o que essa his tó ria tem a ver como o nome<br />

lam be-lam be? É que para fa zer a co la gem, o fo tó gra fo pas sa va a lín gua<br />

na pla qui nha para mo lhá-la e criar ade rên cia. Daí, a fa mo sa de no -<br />

mi na ção, Lam be-lam be.<br />

Ven ta nia – Por fun cio nar em cam po aber to e, ób vio, fi car ex pos to<br />

ao ven to.


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Mão no saco – Como a câ me ra é o pró prio la bo ra tó rio, na hora<br />

de re ve lar, o fo tó gra fo en fia a mão den tro da câ me ra para fa zer a re -<br />

ve la ção, atra vés de aber tu ras, como sa cos ou meias, que im pe dem<br />

a en tra da de luz.<br />

Bu fe te – En quan to o fo tó gra fo está re ve lan do com a mão e o bra -<br />

ço en fia do na câ me ra, atra vés do saco ou meia, o clien te fica sen ta -<br />

do em fren te à câ me ra, pa re cen do que vai le var um soco.<br />

Disponível em . Acesso em fevereiro de 2011.<br />

1. A que profissional são atribuídos os nomes curiosos citados no texto?<br />

Na sua opinião, qual desses nomes combina mais com o instrumento de<br />

trabalho que ele usa? Ao fotógrafo instantâneo. Resposta pessoal.<br />

2. Qual é a principal causa de esse profissional estar “praticamente em<br />

extinção”? O avanço das novas tecnologias.<br />

3. Na sua opinião, por que o lambe-lambe era considerado uma figura<br />

popular? Você acha que ele pode recuperar o espaço perdido? Justifique.<br />

Res pos ta pes soal.<br />

Cláudio Martins<br />

121


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122<br />

Produção de texto<br />

Es co lha uma das si tua ções se guin tes, para com por um anún cio clas si fi -<br />

ca do:<br />

Na ten ta ti va de res ga tar um pou co da his tó ria do fo tó gra fo ins tan -<br />

tâ neo, ci neas ta pro cu ra lam be-lam be para par ti ci par de um do cu -<br />

men tá rio que está pro du zin do.<br />

Fi lho de lam be-lam be apo sen ta do pro cu ra es tá gio, a fim de apren -<br />

der no vas tec no lo gias em uso pe los fo tó gra fos.<br />

Co le cio na dor de se ja com prar má qui nas fo to grá fi cas an ti gas para<br />

seu acer vo.<br />

Es tu dan te ven de má qui na fo to grá fi ca di gi tal seminova.<br />

Ve ri fi que se o anún cio apre sen ta:<br />

Tí tu lo ade qua do ao tex to.<br />

In for ma ções im por tan tes so bre o pro du to anun cia do.<br />

For ma de en trar em con ta to com o anun cian te.<br />

Em gru po, ob ser vem os clas si fi ca dos de um jor nal. A par tir des se exem -<br />

plo, criem uma se ção se me lhan te, com os anún cios que vo cês es cre ve ram.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Exprimindo indefinição<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

Em nos sa lín gua, há pa la vras de sen ti do in de fi ni do para<br />

referir pes soas ou coi sas. Veja dois exem plos:<br />

Só sa be mos que as câ me ras lam be-lam bes são usa das co mo<br />

fa cha da por que al guém nos con tou.


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A equi pe de O Foco ten tou res ga tar um pou co da his tó ria do<br />

fo tó gra fo ins tan tâ neo.<br />

Al guém: al gu ma pes soa que não sa be mos quem é ou não que -<br />

re mos di zer quem é.<br />

Pou co: uma quan ti da de pe que na, que não sa be mos exa ta men -<br />

te quan to.<br />

A pa la vra al guém se re fe re de modo in de fi ni do a uma pes soa.<br />

Há ou tras pa la vras que fa zem isso:<br />

Nin guém: ne nhu ma pes soa. Ex.: Nin guém me avi sou do es -<br />

pe tá cu lo.<br />

Quem: a pes soa que; usa do tam bém para per gun tar algo. Ex.:<br />

Não sei para quem da rei este in gres so. / Quem ti rou esta foto?<br />

1. Ago ra faça fra ses com as pa la vras in de fi ni das re fe ren tes a pes soas:<br />

quem, al guém, nin guém.<br />

2. O con trá rio de pou co é mui to. Es tas duas pa la vras in di cam quan ti da -<br />

de. Há ou tras pa la vras in de fi ni das que in di cam quan ti da de: al gum, ne -<br />

nhum, vá rios, todo, tudo, nada.<br />

Es co lha três pa la vras que in di cam quan ti da de in de fi ni da e faça fra ses<br />

com elas. Leia suas fra ses para o(a) pro fes sor(a) e a tur ma jul ga rem se as<br />

pa la vras in de fi ni das fo ram usa das ade qua da men te.<br />

4 Fazendo comparação<br />

3. Ob ser ve dois mo dos di fe ren tes de fa zer com pa ra ção:<br />

“... o clien te fica sen ta do em fren te à câ me ra, pa re cen do<br />

que vai le var um soco.”<br />

Os lam be-lam bes dei xa ram a pra ça as sim como sua clien -<br />

te la.<br />

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124<br />

4. Ago ra faça duas frases, usan do o ver bo “pa re cer” e a ex pres são “as -<br />

sim como”. Resposta pessoal.<br />

4 Exprimindo modo<br />

5. O que as ex pres sões des ta ca das nas fra ses seguintes in di cam: tem -<br />

po, mo do, lu gar, fre quên cia ou dú vi da? Modo.<br />

Aos pou cos, a pro fis são do lam be-lam be vai de sa pa re -<br />

cen do.<br />

Si len cio sa men te, os fo tó gra fos se afas ta vam da equi pe de<br />

re por ta gem.<br />

6. Com frequência, as palavras formadas com o sufixo -mente indicam<br />

modo. Elas se formam a partir de um adjetivo:<br />

popular + mente = popularmente<br />

lento + mente = lentamente<br />

Faça uma lista de palavras formadas com o sufixo -mente. Depois<br />

faça frases com duas dessas palavras indicando modo.<br />

Resposta pessoal.<br />

4 Singular x plural/concordância<br />

7. Observe a palavra infeliz, terminada em Z, nas duas frases abaixo.<br />

..... a equipe de O Foco esteve em João Pessoa e se deparou com<br />

uma infeliz realidade.<br />

Os lambe-lambes estavam infelizes porque sua profissão está<br />

desaparecendo.<br />

Veja que, quando a palavra “infeliz” passa para o plural, porque<br />

estamos falando de mais uma coisa ou pessoa, acrescentamos es no<br />

final. Agora você: reescreva as frases abaixo no seu caderno passando a<br />

palavra em destaque para o plural. Se for preciso modifique outros<br />

elementos na frase para ficar tudo de acordo.<br />

a) O cachorro de meu vizinho é muito feroz. Os cachorros de meu<br />

vizinho são muito ferozes.<br />

b) Meu primo é muito capaz. Meus primos são muito capazes.<br />

c) O lambe-lambe ficou feliz com a notícia.<br />

com a notícia.<br />

d) Todos gostaram do filme porque o herói era audaz.<br />

e) O coelho é veloz. Os coelhos são velozes.<br />

Professor(a): se for preciso, explique aos alunos o significado de algumas palavras, como<br />

capaz e audaz (= audacioso).<br />

Os lambe-lambes ficaram felizes<br />

Todos gostaram do<br />

filme porque os heróis eram audazes.


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LIVROS & CIA.<br />

Este espetáculo você não pode perder: uma breve<br />

história do circo; um glossário ilustrado com palavras<br />

que só a turma do circo conhe ce; a vida de alguns<br />

famosos palhaços bra sileiros e o encanto das chulas<br />

entoadas por pa lhaços e crianças de ontem e de<br />

sempre... Tudo isso em prosa, verso e belíssima ilustração.<br />

CIRCO UNIVERSAL. Raimundo Carvalho e Ivan Luís B.<br />

Mota. Belo Horizonte: Dimensão, 2000.<br />

Diz o povo que o palhaço é ladrão de mulher.<br />

Guto Lins, nesta surpreendente narrativa<br />

de imagem, conta a história de um palhaço.<br />

Ele viaja no tempo e, para não desmentir<br />

o povo, fisga o coração de uma<br />

moça da plateia. Final feliz? Só lendo para<br />

descobrir!<br />

E O PALHAÇO, O QUE É?<br />

Guto Lins. São Paulo: FTD, 2007.<br />

Conheça os mistérios do palco, da es colha<br />

do texto à produção do espetá culo. Neste<br />

pequeno manual, você en contrará informações<br />

e dicas valiosas para se iniciar na<br />

fascinante arte que é o teatro.<br />

A <strong>AVENTURA</strong> DO TEATRO. Maria Clara<br />

Machado. Rio de Janeiro: José Olympio,<br />

1992.<br />

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126<br />

LIVROS & CIA.<br />

Filme<br />

O CIRCO. Direção: Charles Chaplin. Elenco:<br />

Charles Chaplin, Henry Bergman, Merna Kennedy e<br />

outros. 1928. DVD (71 min). Preto e branco. Cinema<br />

mudo. Comédia, Drama, Romance.<br />

Um vagabundo (Charles Chaplin), fugindo da<br />

polícia, que o confundiu com um ladrão, entra para<br />

um circo e se torna artista, fazendo grande sucesso.<br />

O proprietário do circo (Al Ernest Garcia) o contrata<br />

e se aproveita dele. Ele se apaixona pela acrobata,<br />

que é filha do dono do circo. Você vai se divertir<br />

com as inúmeras peripécias, muito engraçadas<br />

desse personagem. Um verdadeiro palhaço.<br />

Estopa é uma schnauzer muito esperta.<br />

Teve vários endereços e, em todos,<br />

deixou muita saudade. No ritmo do<br />

cordel, você vai se divertir com<br />

AS <strong>AVENTURA</strong>S DE ESTOPA NA TERRA<br />

DE SHAKESPEARE. Cristina Agostinho.<br />

Belo Horizonte: Dimensão, 2009.<br />

Você vai conhecer um burro que detesta agir<br />

como vaquinha de presépio. O problema é<br />

que ele é um dos personagens de um auto de<br />

Natal e tem que ficar no palco, ao lado da<br />

vaca, justamente no presépio, esperando o<br />

desenrolar de uma história bonita e divertida.<br />

Será que ele consegue? A PRESEPA<strong>DA</strong>. José<br />

Carlos Aragão. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 127<br />

FATOS e FOTOS FATOS e<br />

FOTOS FATOS e FOTOS FA<br />

TOS FATOS e FOTOS FATOS<br />

e FOTOS FATOS e FOTOS FA<br />

FATOS e FOTOS FATOS e<br />

FOTOS FATOS e FOTOS FA<br />

FATOS e FOTOS FATOS e<br />

FOTOS FATOS e FOTOS FA


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128<br />

CAPÍTULO 13<br />

A MAIOR<br />

FONTE DE VI<strong>DA</strong><br />

DO PLANETA<br />

Pré-texto<br />

O que é<br />

é?<br />

O que<br />

Cai em pé e corre deitada e quando cai não se machuca?<br />

Não tem pé e corre, tem leito, mas não dorme?<br />

Se não descobriu, encontre a resposta no texto seguinte.<br />

SALVEMOS A ÁGUA DO MUNDO!<br />

Hoje, 22 de março, é o Dia Mundial da Água e, ao contrário de<br />

tempos atrás, em que esse recurso natural era abundante, vivemos<br />

uma situação complicada. O crescimento da população e a de gra -<br />

dação dos mananciais e nascentes contribuíram para sua escassez.<br />

Para nossa tristeza, mais de um bilhão de pessoas, em todo o mun -<br />

do, não tem acesso a fontes de água potável tratada. Como não conseguimos<br />

viver sem água, é melhor começarmos a nos preocupar.<br />

O Brasil, que possui nada menos do que 18% do total de água<br />

doce do planeta, não pode ficar de fora das campanhas para a pre -<br />

Degradação: desgaste, estrago.<br />

Mananciais: fontes.<br />

Escassez: falta, carência, redução.


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servação de nossas águas. As crianças podem e devem ajudar na<br />

hora de economizar, além de cuidar também dos nossos rios e lagos.<br />

Para se ter uma ideia do desperdício que muita gente pratica, uma<br />

torneira pingando, por exemplo, consome 46 litros de água por dia,<br />

o que, num mês, se transforma em 1380 litros.<br />

Algumas regiões brasileiras sofrem com a escassez da água, co mo<br />

é o caso do Nordeste, que todos os anos enfrenta o problema da seca.<br />

A palavra do momento é economizar. Afinal, cada gota eco nomizada<br />

é um ponto a mais na luta para que o planeta água não seque.<br />

Veja como você pode colaborar para<br />

a preservação desse recurso:<br />

• Não deixe o chuveiro ligado à toa. Tente tomar banhos<br />

de cinco mi nutos e, se possível, feche a torneira enquanto<br />

esti ver se ensaboando. A cada minuto, mais de 20<br />

litros de água vão embora pelo ralo.<br />

• Não fique horas lavando a calçada. Saber usar a água é<br />

uma questão de educação.<br />

• Não regue as plantas nas horas quentes do dia. A água<br />

eva pora antes mesmo de atingir as raízes.<br />

Estado de Minas, Gurilândia, 22/3/2003.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. De acordo com o texto, a água nem sempre foi motivo de preocupação.<br />

O que causou a mudança desse quadro? O aumento da população e a<br />

degradação de mananciais.<br />

2. Por que o Brasil deve ser um importante aliado na preservação desse<br />

recurso?<br />

2. Porque o Brasil<br />

possui grande<br />

quantidade de água<br />

doce, representada<br />

por 18% do total<br />

desse tipo de água<br />

do planeta.<br />

129


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130<br />

3. O texto não diz, mas podemos deduzir que uma das maiores amea -<br />

ças à água do planeta é resultado de nossas ações no dia a dia. Qual é<br />

essa ameaça? O desperdício.<br />

4. Em quais períodos do dia devemos regar as plantas? Que argumento<br />

você usaria para convencer uma pessoa disso? Pela manhã, antes das 10<br />

horas, e à tarde, após as 17 horas, para evitar a evaporação da água, nas horas de sol.<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

As plantas e os animais, incluindo o ser humano,<br />

dependem da água para sobreviver. Mais de 2/3 de<br />

nosso corpo é constituído de água. Ninguém sobrevive<br />

mais de quatro dias sem beber água.<br />

5. Sabendo o seu peso, quantos litros de água entram na composição<br />

de seu corpo?<br />

Resposta pessoal.<br />

6. No grupo, discuta a questão:<br />

Todas as pessoas podem e<br />

devem participar da campanha de<br />

preservação da água? Como? Se não, por quê?<br />

7. Dos itens a, b, c, d há três que correspondem à intenção do autor da<br />

matéria de nos conscientizar sobre a escassez da água. Qual item não<br />

corresponde a essa intenção? Justifique.<br />

a) Conscientizar-nos sobre a necessidade de preservar a água potá vel.<br />

b) Fazer-nos saber que o Brasil é importante nesta questão da água,<br />

já que tem uma das maiores reservas do mundo.<br />

c) Ensinar-nos a economizar água.<br />

d) Deixar-nos apavorados, com medo de morrer por falta d’água.<br />

O item d, pois a intenção do autor não é alarmar o leitor e sim esclarecer sobre os riscos<br />

de faltar água no futuro. Também esclarece como pequenas medidas podem ajudar a<br />

economizar a água potável.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 131<br />

Dialogando com outros textos<br />

1. Qual foi a data de vencimento dessa conta? Em que parte do formulário<br />

você tem a resposta?<br />

Ela venceu em 23/4/2011 e essa informação se encontra na parte inferior à direita do impresso.<br />

2. Comparando com essa as contas de água das diferentes moradias<br />

dos alunos de sua turma, quantos moradores a turma calcula que haja<br />

nessa casa? Resposta pessoal.<br />

Reprodução<br />

131


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 132<br />

132<br />

3. Você sabe a diferença entre imposto e taxa? Se não souber, está na<br />

hora de investigar o assunto e responder: a conta de água é um imposto<br />

ou uma taxa?<br />

É uma taxa, porque é a cobrança de um serviço prestado ao contribuinte.<br />

4. Pela lis ta do con su mo de água des sa fa mí lia, nos úl ti mos me ses, ve ri fi que<br />

se esse con su mo é re gu lar ou não. Se hou ver me ses com gas to bem maior,<br />

ou me nor, pro po nha uma hi pó te se para ex pli car o mo ti vo da va ria ção.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Diversos sentidos da palavra “como”<br />

1. Leia:<br />

“Algumas regiões brasileiras sofrem com a escassez da água,<br />

como é o caso do Nordeste, que todos os anos en fren ta o problema<br />

da seca.”<br />

Nesse trecho, a palavra como introduz uma causa? Faz uma comparação?<br />

Indica modo? Introduz um exemplo? Indica uma forma do verbo<br />

comer?Introduz um exemplo.<br />

2. De acordo com as opções da questão 1, o que a pa lavra como está<br />

indicando em cada uma destas frases?<br />

Alguns peixes, como o bacalhau, estão ameaçados de extinção.<br />

Está introdu zindo um exem plo.<br />

Como é imprescindível à vida, a água não deve ser desperdiçada.<br />

Está introduzindo uma causa.<br />

Enquanto você toma o suco, eu como a fruta.<br />

É uma forma do verbo comer.<br />

4. Hipóteses possíveis: nos meses de férias em que<br />

as pessoas podem estar fora, o consumo diminui;<br />

meses de calor intenso, o consumo aumenta.<br />

A água caía lentamente, como se o encanamento estivesse en -<br />

tupido. Está indicando comparação.<br />

Ele nadava como peixe. Está introduzindo uma comparação.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 133<br />

4 Palavras que substituem e remetem a outras:<br />

onde / exprimindo lugar<br />

3. Leia a frase:<br />

No Brasil, onde há 18% do total de água doce do planeta, as<br />

campa nhas de preservação devem ser constantes.<br />

Nessa frase, a palavra onde está substituindo um nome. Qual? Brasil.<br />

VOCÊ<br />

SABIA?<br />

A palavra onde também pode<br />

ser usada para perguntar em que lugar<br />

alguma coisa é feita ou acontece.<br />

4. Observe os exemplos seguintes:<br />

Onde você colocou a conta de água?<br />

Onde você leu sobre a água?<br />

Onde você encontrou informações sobre a água do planeta?<br />

Na conta, onde está a informação sobre o consumo de água da<br />

casa?<br />

5. Agora faça duas frases com a palavra onde.<br />

Uma em que ela subs titui um nome de lugar.<br />

Outra em que ela pergunta sobre um lugar.<br />

Produção de texto<br />

1. Acrescente à lista do autor de “Salvemos a água do mundo” outras<br />

recomendações sobre como economizar água e preservar fontes de<br />

água. Use a mesma forma do verbo que ele usou.<br />

Com seus colegas, em sala de aula, faça uma lista de todas as re co -<br />

mendações que vocês fizeram.<br />

Professor(a), oriente os alunos para que na confecção do<br />

cartaz coloquem o título e depois dele uma introdução às<br />

recomendações que pode ser algo como: “Para isto:” (na primeira lista com o verbo no imperativo);<br />

ou “Para isto você deve:” (na segunda lista com o verbo no infinitivo). Aqui o aluno está aprendendo<br />

que pode dar ordens, instruções etc usando tanto o imperativo quanto o infinitivo.<br />

133


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 134<br />

Algumas sugestões<br />

de novas<br />

recomendações:<br />

• Feche a torneira<br />

enquanto escova os<br />

dentes, faz a barba,<br />

en saboa a louça;<br />

• Não jogue lixo,<br />

poluentes ou esgoto<br />

sem tratamento nos<br />

rios e lagos;<br />

• Reutilize água<br />

sempre que possível.<br />

Ex.: Jogue nas<br />

plantas água em que<br />

lavou verduras.<br />

• Regule torneiras e<br />

revise a instalação<br />

hidráulica, evitando<br />

gotejamento e<br />

vazamento;<br />

• Procure não<br />

esquecer torneiras<br />

abertas no jardim ou<br />

em outros locais;<br />

• Lave carro<br />

utilizando balde e<br />

não mangueira.<br />

Exemplo de<br />

reescritura com outra<br />

forma: Se você quer<br />

ajudar a preservar a<br />

água do mundo para<br />

que ela não falte<br />

amanhã, você deve:<br />

fechar a torneira<br />

enquanto escova os<br />

dentes, faz a barba,<br />

ensaboa a louça; não<br />

jogar lixo, poluentes<br />

ou esgoto sem<br />

tratamento nos rios e<br />

lagos etc.<br />

134<br />

Escrevam as recomendações em um cartaz e coloquem na sala de<br />

aula para todos se lembrarem. Que tal o título do cartaz ser “SALVEMOS<br />

A ÁGUA DO MUNDO”? Se preferirem, criem outro bem interessante e<br />

cha mativo.<br />

2. Reescrevam a lista de recomendações que vocês fizeram, empregando<br />

outra forma do verbo que também pode ser usada em recomendações,<br />

normas, regulamentos, conselhos, ordens, pedidos, como:<br />

Cláudio Martins<br />

Não pise<br />

na grama.<br />

Não pisar<br />

na grama.<br />

Lembretes importantes para a confecção de cartazes:<br />

Use folhas inteiras de cartolina ou outro papel de<br />

características semelhantes às da cartolina.<br />

Escreva o texto em letras legíveis e alinhadas.<br />

Destaque o título.<br />

Utilize ilustrações relacionadas com o texto.<br />

Coloque o cartaz em local visível e explique seu conteúdo.<br />

Com essa nova for ma, es cre vam a lis ta em um se gun do car taz que<br />

será co lo ca do no cor re dor ou lu gar da es co la onde to dos pas sam, jun to<br />

com o car taz de ou tras tur mas, para que to dos pos sam vê-los. Des se<br />

modo, vo cês es ta rão fa zen do uma cam pa nha pela pre ser va ção da<br />

água. Se qui se rem, po dem re pro du zir os car ta zes e dis tri buir por lu ga res<br />

de gran de fre quên cia de sua ci da de ou bair ro: pos tos de saú de, pre fei -<br />

tu ra, ci ne mas, clu bes, ba res etc.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 135<br />

CAPÍTULO 14<br />

PERDIDOS E<br />

ACHADOS<br />

Pré-texto<br />

Algumas grandes cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro<br />

e Belo Horizonte, têm metrô, um sistema de trens, quase sempre subterrâneos.<br />

Em Belo Horizonte, por exemplo, o metrô é de superfície.<br />

O texto que você vai ler conta um fato muito comum em todos os<br />

metrôs do mundo: o esquecimento, por parte dos passageiros, de objetos<br />

nos metrôs. Esquecer coisas como guarda-chuva, livros, pacotes é<br />

comum. Mas como alguém pode esquecer algo que faz parte do<br />

próprio corpo? Leia o texto e comprove que isso pode acontecer.<br />

QUEM PERDEU A DENTADURA NO METRÔ?<br />

Há duas semanas um objeto intriga os funcionários da Com pa -<br />

nhia Metropolitana de São Paulo, responsáveis pela Seção de Acha -<br />

dos e Perdidos, sem que ninguém vá reclamar a sua proprie dade.<br />

“Como alguém poderia esquecer dentro do metrô um carri nho de<br />

mão de pedreiro?”, questionam os funcionários, sabendo que prova -<br />

velmente a pergunta ficará sem resposta.<br />

Coisas como essa são cada vez mais comuns no metrô de São<br />

Paulo, onde objetos grandes e de valor acabam sendo doados a<br />

obras de ação social, pois os donos raramente aparecem. São tele-<br />

135


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 29/03/11 12:19 Page 136<br />

136<br />

visões, fogões, carrinhos de feira e até muletas e cadeiras de rodas,<br />

que ficam guardados por três meses esperando seus proprietários.<br />

Viajam diariamente pelo metrô paulistano uma média de 2,2<br />

milhões de passageiros. Destas pessoas, pelo menos 100 esquecem<br />

alguma coisa, que é recolhida à Seção de Achados e Perdidos. Boa<br />

parte do que chega ao setor, localizado na Estação da Sé – ponto de<br />

cruzamento das duas linhas de metrô –, é de documentos, como<br />

car teiras de identidade e de trabalho, mas há uma quantidade também<br />

significativa de guarda-chuvas, chaveiros, óculos e relógios ou<br />

mesmo dinheiro.<br />

Estão na Seção de Achados e Perdidos, além do carrinho de<br />

mão, três latas grandes de picles em conserva, um quadro com de -<br />

senho de um urubu-rei, várias bolsas, casacos, guarda-chuvas, uma<br />

bengala, livros, pastas, caixas de jogos e até uma dentadura.<br />

Jornal do Brasil, 16/9/1990.<br />

Franklin Nolla / kino.com.br


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 137<br />

Dialogando com o texto<br />

1. “Há duas semanas um objeto intriga os funcionários...”<br />

Copie a frase substituindo a palavra destacada pelo significado correspondente<br />

ao que foi usado nesta frase: indispõe, preocupa, desperta a<br />

curiosidade.<br />

2. “ ... sem que ninguém vá reclamar a sua propriedade.” Qual é o significado<br />

de propriedade nessa passagem? O significado é posse.<br />

3. “Como alguém poderia esquecer dentro do metrô um carrinho de<br />

mão de pedreiro?”<br />

Qual a razão do espanto quanto ao esquecimento desse<br />

instrumento?<br />

Por que essa pergunta dos funcionários provavelmente ficará sem<br />

resposta?<br />

4. Justifique:<br />

A Companhia Metropolitana de São Paulo<br />

possui mais de uma seção.<br />

5. Na sua opinião, por que as pessoas esquecem objetos que são im -<br />

por tantes para elas no metrô e em outros lugares?<br />

Resposta pessoal.<br />

6. Quais objetos o repórter apresenta como sendo o máximo do esque -<br />

cimento? Por que seria o máximo do esquecimento deixá-los no metrô?<br />

7. Qual palavra foi usada para marcar o cúmulo do esquecimento ou<br />

para dar essa ideia de que algo é o máximo, dentro do que estamos<br />

falando? A palavra “até”.<br />

8. Discuta com seus colegas: vocês acham que as pessoas que es -<br />

que ceram esses objetos no metrô são as mesmas que os utilizam? Por<br />

quê?<br />

3. – Porque um<br />

carrinho de mão é<br />

enorme e<br />

provavelmente fará<br />

falta para o dono ou<br />

para quem o<br />

esqueceu, que tinha<br />

uma finalidade ao<br />

transportá-lo. – A<br />

pergunta ficará sem<br />

resposta porque<br />

quem o esqueceu<br />

talvez não volte para<br />

procurá-lo, e só essa<br />

pessoa poderia dar a<br />

resposta.<br />

4. Se há uma seção<br />

de Achados e<br />

Perdidos é porque a<br />

Companhia<br />

Metropolitana é<br />

organizada por<br />

seções.<br />

6. Muletas, cadeiras<br />

de roda e dentadura.<br />

Porque são objetos<br />

de uso pessoal que<br />

as pessoas precisam<br />

para se locomover e,<br />

no caso da<br />

dentadura, para<br />

comer.<br />

8. Parece que não<br />

são seus usuários,<br />

sobretudo no caso<br />

das muletas e<br />

cadeiras de rodas,<br />

porque supõe-se que<br />

eles não poderiam<br />

andar sem elas.<br />

Talvez fossem<br />

esquecidas por outras<br />

pessoas que as<br />

estavam levando para<br />

alguém. No caso da<br />

dentadura, pode ser<br />

mais provável que o<br />

usuário a<br />

esquecesse, mas<br />

seria preciso imaginar<br />

uma situação para<br />

tirar a dentadura, uma<br />

vez que ninguém faz<br />

isso em lugares<br />

públicos, a não ser<br />

que a dentadura<br />

esteja machucando.<br />

Poderia ser um<br />

protético que a<br />

esqueceu.<br />

137


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 138<br />

138<br />

Dialogando com outros textos<br />

A char ge é uma cena ilus tra da, com le gen da ou não, apre sen tan do<br />

uma si tua ção hu mo rís ti ca. O tex to se guin te é uma char ge de Son Sal va -<br />

dor, co nhe ci do de se nhis ta e co men ta ris ta es por ti vo.<br />

1. Por que esta cena é uma char ge?<br />

A cena é uma char ge por que re pre sen ta o fato ab sur do de al guém, li te ral men te, per der a ca be ça.<br />

2. Que re la ção há en tre essa char ge de Son Sal va dor e o tex to "Quem<br />

per deu a den ta du ra no me trô"?<br />

Os dois se re fe rem ao fato de as pes soas es que ce rem ou per de rem ob je tos.<br />

3. Dis cu ta, no gru po, o sig ni fi ca do da ex pres são des ta ca da em cada<br />

fra se:<br />

Na dis cus são, ele per deu a ca be ça.<br />

Você só não per deu a ca be ça por que ela está pre sa ao pes co ço.<br />

Em qual des ses sen ti dos o au tor da char ge ins pi rou-se?<br />

No sen ti do em pre ga do na se gun da fra se, in di can do dis tra ção.<br />

4. Dê um tí tu lo para a char ge, a par tir da si tua ção de hu mor re tra ta da<br />

pelo ar tis ta. Resposta pes soal.<br />

Son Salvador


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 139<br />

Professor(a), caso seus alunos não tenham<br />

manuseado um jornal, seria conveniente levar alguns<br />

jornais completos para a sala, distribuir pelo menos<br />

um para cada grupo e fazer as crianças observarem<br />

os diversos cadernos e seções de um jornal para, em<br />

seguida, partir para a produção de texto sugerida aqui.<br />

Produção de texto<br />

Escolha uma das propostas de produção e crie seu texto para uma<br />

seção de jornal. Junte-se a outros colegas que escolheram outras propostas<br />

e criem um mural, dividido em seções dos tipos sugeridos ou outras,<br />

para expor os trabalhos.<br />

SEÇÕES SUGERI<strong>DA</strong>S<br />

• Cartas à redação • Charge • Anúncios classificados<br />

• Diversões • Notícias<br />

1. Imagine que você é a pessoa que esqueceu o carrinho de mão no<br />

metrô. “Como alguém poderia esquecer dentro do metrô um carrinho de<br />

mão de pedreiro?” E aí, qual seria a sua resposta? Escreva para o jornal.<br />

2. Componha textos curiosos, engraçados, extraordinários, sobre objetos<br />

perdidos, achados ou avistados.<br />

3. Crie um anúncio procurando um objeto fora do comum que alguém<br />

tenha perdido ou um animal desaparecido que esteja fazendo muita<br />

falta a uma criança portadora de necessidades especiais.<br />

4. Elabore perguntas para fazer à pessoa responsável pela seção de PER-<br />

DIDOS E ACHADOS de um jornal de uma grande cidade. Não sendo possível<br />

obter as respostas da equipe do jornal, outro grupo deve colocar-se<br />

no lugar do entrevistado, imaginar as respostas e completar a entrevista.<br />

5. Baseando-se no texto da entrevista, construa uma notícia sobre o<br />

assunto para o Jornal da Escola.<br />

Professor(a), oriente seus alunos para a criação desse pequeno<br />

texto teatral, dando dicas de como devem organizá-lo e que deve ser<br />

composto sobretudo de diálogos; indicações de cena como Vamos falar<br />

expressões fisionômicas (por exemplo: cara fechada, sorrindo),<br />

gestos (balançando os braços, apontando o dedo, etc.) e entonações<br />

a serem feitas (com raiva, com medo, desesperado, etc.), e caracterização de personagens,<br />

4 Teatro mas que esta não é falada, mas representada. Além disso oriente sobre a questão do local<br />

onde se passa a cena e a necessidade ou não de cenário ou simplesmente o narrador<br />

situar o público, dizendo o necessário sobre a locação. Veja o Manual do Professor.<br />

Você, com seu grupo, vai imaginar uma situação bem engraçada<br />

em que alguém perdeu alguma coisa e que por causa disso aconteceu<br />

algo estranho, engraçado, problemático, mas que é bem<br />

divertido de contar.<br />

139


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 29/03/11 12:19 Page 140<br />

140<br />

Uma situação seria, por exemplo, como a da piada abaixo:<br />

Um homem vai passando na rua, à noitinha, vê um homem agachado<br />

procurando algo no chão debaixo de um poste de luz e pergunta:<br />

— O senhor está procurando o quê?<br />

— Uma moeda de um real que deixei cair.<br />

— Quer que eu ajude?<br />

— Quero sim.<br />

Os dois ficam agachados procurando por um tempo, até que o<br />

homem que ofereceu ajuda diz:<br />

— Acho que não está por aqui. Deve ter rolado para mais longe.<br />

— Na verdade, diz o dono da moeda, a moeda caiu mais ali adiante,<br />

mas estou procurando aqui porque está mais claro com a luz do<br />

poste.<br />

Escrevam a situação que imaginaram, indicando as falas dos personagens,<br />

depois ensaiem para representar para a turma como se<br />

fosse um esquete de um programa humorístico. Se você já assistiu a<br />

um programa humorístico na TV sabe o que é um esquete: é um<br />

quadro em que um ou mais personagens representam algo que<br />

aconteceu, uma situação engraçada que pode ou não fazer as pessoas<br />

rirem. É quase como se fosse uma piada representada, mas seu<br />

esquete não precisa ser uma piada. Antes de ensaiar o grupo apresenta<br />

a situação para o(a) professor(a) para que ele veja se pode ou<br />

não ser apresentada e também para ajudar o grupo a melhorar o<br />

texto a ser representado.<br />

O grupo ensaia o esquete e pensa se precisará caracterizar personagens<br />

com roupas ou alguma característica especial no seu<br />

corpo, se precisará usar algum objeto na representação e se precisará<br />

de cenário, assim como o que é preciso ter no cenário. Vejam<br />

também se tudo será representado ou haverá necessidade de um<br />

narrador que fale algumas coisas para ajudar a contar o fato que<br />

vocês imaginaram.<br />

Depois de ensaiado, no dia marcado, o grupo representa seu<br />

esquete para a turma.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 141<br />

4 Sentidos do verbo haver<br />

1. Observe o verbo “haver” nos trechos abaixo.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

- “Há duas semanas um objeto intriga os funcionários da<br />

Companhia Metropolitana de São Paulo,…”<br />

- “…mas há uma quantidade também significativa de guardachuvas,<br />

chaveiros, óculos e relógios ou mesmo dinheiro.”<br />

Em qual dos trechos o verbo haver significa “tempo decorrido” e<br />

em qual significa “existir”? 1º trecho: tempo decorrido; 2º trecho: existir<br />

Construa uma frase com verbo haver no sentido de existir.<br />

Resposta pessoal.<br />

4 Diversas formas da nossa língua: culto X coloquial<br />

2. Na fala é comum usar o verbo ter no lugar de haver, no sentido de<br />

“existir”, como em:<br />

– Tem muitos objetos estranhos na seção de achados e perdidos do<br />

metrô.<br />

– Tem um amigo meu que perdeu os óculos no metrô.<br />

Copie as frases, substituindo o verbo “ter” pelo verbo “haver”.<br />

Resposta pessoal.<br />

3. Observe este minidiálogo:<br />

– Há quanto tempo o objeto intriga os funcionários do metrô?<br />

– Faz duas semanas.<br />

O verbo fazer também pode indicar tempo decorrido.<br />

Usando o verbo fazer, no sentido de tempo decorrido, construa<br />

respostas para as perguntas abaixo com as informações dos parênteses:<br />

Há quanto tempo foi realizada a excursão? (dois anos)<br />

Há quantos meses as aulas começaram? (oito meses)<br />

Há quantos dias vocês chegaram? (quinze dias)<br />

Resposta pessoal.<br />

141


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 25/03/11 20:30 Page 142<br />

5. Que Miguel é<br />

uma pessoa de<br />

prestígio ou<br />

importante por<br />

alguma razão, pois<br />

estamos dizendo<br />

que até a pessoa<br />

mais importante do<br />

país foi ao seu<br />

aniversário. É uma<br />

ideia bem forte<br />

para levar a outra a<br />

pensar que alguém<br />

é importante.<br />

6. Expressa um<br />

limite espacial.<br />

Pode também<br />

expressar um<br />

limite no tempo ou<br />

em ações como<br />

em:<br />

Ele me deu um<br />

prazo até amanhã<br />

para entregar o<br />

livro.<br />

Ele trabalhou até<br />

cansar.<br />

a) Causa:<br />

como as<br />

pessoas não<br />

procuram o<br />

que perderam<br />

no metrô /<br />

Consequência:<br />

tudo é doado<br />

para obras de<br />

caridade /<br />

Palavra: como.<br />

c) Causa: já<br />

que a festa foi<br />

cancelada /<br />

Consequência:<br />

todos foram<br />

para casa /<br />

Expressão:<br />

já que<br />

142<br />

4 Sentidos da palavra “até”<br />

4. Observe a palavra até no seguinte trecho do texto:<br />

“ ... caixas de jogos e até uma dentadura.”<br />

5. Se alguém disser: “Até o presidente da República foi ao aniversário de<br />

Miguel”, isto passa que ideia para os ouvintes?<br />

6. Agora veja um outro uso da palavra “até”:<br />

Fomos até o Rio de Janeiro de carro e lá pegamos um avião.<br />

Não sei até onde você vai.<br />

Para você, qual o sentido de até nessas frases?<br />

4 Exprimindo causa e consequência<br />

7. A) Observe que na frase abaixo temos uma causa e uma consequência.<br />

João esqueceu o celular no metrô porque saiu muito apressado.<br />

Causa: João saiu muito apressado<br />

Consequência: João esqueceu o celular no metrô.<br />

Palavra que introduz a causa: porque.<br />

No trecho seguinte, qual é a causa, qual é a consequência?<br />

“Coisas como essa são cada vez mais comuns no metrô de São<br />

Paulo, onde objetos grandes e de valor acabam sendo doados a obras<br />

de ação social, pois os donos raramente aparecem”.<br />

Causa: os donos não aparecem para procurar os objetos.<br />

Consequência: os objetos acabam sendo doados.<br />

Qual palavra introduziu a causa? Pois.<br />

B) Leia as frases abaixo e em seu caderno indique para cada uma:<br />

qual é a causa, qual é a consequência e qual a palavra ou expressão<br />

que introduz a causa.<br />

a) Como as pessoas não procuram o que perderam no metrô, tudo<br />

é doado para obras de caridade.<br />

b) Já que a festa foi cancelada, todos foram para casa.<br />

c) Ele não procurou seus óculos no metrô, porque ia mesmo trocar as<br />

Causa: porque ia mesmo trocar as lentes /<br />

lentes. Consequência: Ele não procurou seus óculos no metrô / Palavra: porque.<br />

d) Joãozinho preferiu ajudar a mãe, pois achou que ela estava muito<br />

cansada para fazer tudo sozinha. Causa: pois achou que ela estava muito<br />

cansada para fazer tudo sozinha / Consequência: Joãozinho preferiu ajudar a mãe / Palavra: pois.<br />

C) Escreva duas frases em que aparecem uma causa e uma consequência.<br />

Em cada frase use uma palavra de introduzir causa diferente.<br />

Resposta pessoal.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 143<br />

CAPÍTULO 15<br />

SOBRA OU<br />

DESPERDÍCIO?<br />

Pré-texto<br />

Você é daqueles que sempre deixam comida no prato, nunca<br />

apagam a luz antes de sair, viram um monte de xampu no cabelo e<br />

ficam horas de baixo do chuveiro? Está na hora de saber que toda vez<br />

que você esbanja alguma coisa, qualquer coisa, quem sofre é o planeta.<br />

Então, de uma vez por todas:<br />

DIGA A NÃO N O AO O DESPERD ESPERDÍCIO! O!<br />

SALVE O PLANETA!<br />

Tacyana Arce<br />

Cada vez que a gente desperdiça alguma coisa, a Terra sofre um<br />

pouquinho! Que tal entrar na briga por um mundo mais saudável?<br />

Pense bem! Da última vez que você foi a um banheiro público,<br />

quantas toalhas de papel utilizou para secar as mãos? Quatro, oito,<br />

Cláudio Martins<br />

143


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 144<br />

3. Para salvar o<br />

planeta, é preciso<br />

combater todo tipo<br />

de desperdício. Os<br />

exemplos do texto<br />

estão relacionados<br />

à água, que está<br />

ficando escassa.<br />

(O papel depende<br />

das florestas, que<br />

dependem da<br />

água; a energia<br />

elétrica, no Brasil,<br />

depende das<br />

quedas de água.)<br />

144<br />

dez? Se você respondeu quatro, achando que é o rei ou a rainha da<br />

economia, fique sabendo que você desperdiçou papel. Para secar as<br />

mãos, bastam duas folhas.<br />

E para tomar banho? Você é daqueles que se lavam rapidinho,<br />

“em apenas quinze minutos”? Xiii! Desperdício outra vez. Já está<br />

mais do que provado que dá para tomar um banho daqueles, ficar<br />

limpinho e cheiroso, em apenas oito minutos.<br />

Agora, pense nas manhãs de domingo na sua casa. Seu pai fica<br />

lendo jornal em frente à televisão ligada, com a luz da sala acesa? E<br />

quando sua mãe resolve botar o maridão para cozinhar, ele é daqueles<br />

que dá uma mexidinha no arroz e joga a colher na pia (para daí<br />

a cinco minutos pegar outra colher, tornar a mexer a comida, e tor -<br />

nar a jogar a colher na pia)?<br />

Então o desperdício cerca mesmo a sua casa! Na verdade, a maioria<br />

das pessoas nem percebe, mas esbanja muita coisa! Os especialistas<br />

dizem que faz parte da “cultura” do brasileiro desperdiçar as coi -<br />

sas. Significa que para a gente é tão normal jogar alguns restinhos fora,<br />

que a gente nem percebe que está agindo errado.<br />

Dialogando com o texto<br />

Estado de Minas, Gurilândia, 17/6/2000, p.4.<br />

1. Além de pesar no bolso, por que deixar o chuveiro ligado durante o<br />

banho constitui um prejuízo também para o planeta? Porque se a água tornouse<br />

escassa com o aumento da população, é necessário poupá-la, para não agravar o problema.<br />

2. O que está sendo criticado no texto?<br />

Todo tipo de desperdício.<br />

3. Que relação há entre o título e o assunto da matéria?<br />

4. Segundo os especialistas, o desperdício faz parte da cultura do bra -<br />

sileiro. Você concorda com isso? Justifique.<br />

Resposta pessoal.<br />

5. De que forma você está contribuindo para a preservação do pla -<br />

neta? Resposta pessoal.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 25/03/11 20:31 Page 145<br />

6. Será que as pessoas, incluindo os diversos profissionais, realizam suas<br />

atividades economizando o material usado? Ou trabalham sem pensar<br />

nas consequências do desperdício? Veja a resposta dada por pesqui -<br />

sadores sobre o assunto:<br />

DESPERDÍCIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Do material que entra nas obras, 20% sai como entulho,<br />

ou lixo. Este poderia ser aproveitado, pois grande parte<br />

dos operários não tem casa, mora na obra, e milhares de<br />

brasileiros constroem casas com papelão.<br />

FOME NO BRASIL PODERIA SER COMBATI<strong>DA</strong><br />

Na agricultura, 30% da produção de alimentos perde-se<br />

entre a colheita, a armazenagem mal protegida, o transporte<br />

inadequado e os locais de venda. Entretanto, 32%<br />

dos brasileiros passam fome.<br />

CONSUMIDOR ENTRA PELO CANO<br />

De 25 a 40% da água tratada é perdida, no Brasil, por<br />

vazamentos ou má utilização. E muita gente não tem<br />

água durante boa parte do ano.<br />

7. Além desse, você observa outros tipos de desperdício nos lugares que<br />

frequenta? Faça um pequeno texto sobre cada tipo. Crie manchetes<br />

para introduzir os textos. No grupo, listem os tipos de desperdício identificados<br />

e proponham formas de evitá-los.<br />

145


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 146<br />

146<br />

Vamos falar<br />

4 Debate deliberativo<br />

Você e seu grupo acabaram de identificar uma série de tipos de desperdício.<br />

Agora vocês vão debater para decidir o que fazer para evitar cada<br />

tipo de desperdício.<br />

Para isto sigam os seguintes passos:<br />

Você sozinho e depois no grupo, pense o que pode ser feito para<br />

evitar cada tipo de desperdício: por exemplo, desperdício de água,<br />

de energia, de comida, de material de construção, de roupas, de<br />

material reciclável etc. Se preciso consulte pessoas, pesquise.<br />

O grupo registra as sugestões para evitar o desperdício de cada<br />

tipo e como cada providência ajudaria a evitar o desperdício, para<br />

depois defender junto à turma a adoção dessa forma de ação.<br />

No dia marcado para o debate, o(a) professor(a) que atuará<br />

como coordenador(a), indica um tipo de desperdício. Cada grupo<br />

que tiver uma sugestão de como evitá-lo apresenta a sugestão e<br />

explica como ela pode ajudar a combatê-lo. Se outro grupo não<br />

concordar a turma discute e cada grupo defende seu ponto de vista<br />

e porque a providência proposta deve ou não deve ser adotada.<br />

Terminadas as defesas, a turma vota para decidir se a medida proposta<br />

será ou não adotada pela turma. Caso todos sejam a favor da<br />

sugestão apresentada ela será aprovada automaticamente.<br />

Vá anotando no seu caderno as providências aprovadas e o<br />

porquê de sua adoção.<br />

Terminado o debate, a turma confere a lista das providências adotadas<br />

para evitar o desperdício de cada tipo de desperdício.<br />

Depois você pode falar disso com as pessoas de suas relações,<br />

usando o que foi deliberado pela turma, convencendo-as de que<br />

devem ajudar o planeta.<br />

Professor(a), veja no Manual do Professor, as instruções para realizar um debate deliberativo.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 147<br />

Dialogando com outros textos<br />

LIXO NAS RUAS DE SÃO PAULO<br />

JUNTA DE BIDÊ A CARRO<br />

da Reportagem Local<br />

Remoção chega a demorar até duas semanas, prefeitura diz não<br />

ter programa de coleta desse material.<br />

O entulho que se acumula nas ruas de São Paulo esconde surpresas<br />

que vão de bidês e cofres até cadeiras de rodas e carros.<br />

A reportagem da Folha percorreu na sexta-feira e ontem o qua -<br />

drilátero entre as avenidas São João e General Olímpio da Sil veira,<br />

Pacaembu, Rio Branco e Duque de Caxias e encontrou entu lho acumulado<br />

havia semanas.<br />

A prefeitura diz que essa região é uma das que mais produz esse<br />

tipo de material. Afonso Celso Teixeira de Moraes, diretor técnico da<br />

Adriana Elias/Folha Imagem<br />

147


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 148<br />

148<br />

Limpurb, diz que depositar entulho na rua é ilegal, e que, por isso,<br />

não há um programa de coleta desse material.<br />

Em alguns locais, como na esquina das ruas Tupi e Francisco<br />

Estácio Fortes, o entulho acumulado desde domingo anterior estava<br />

sob a placa da prefeitura proibindo o depósito de lixo.<br />

O detalhe é que o entulho começou a se acumular depois que<br />

funcionários contratados pela prefeitura para podar árvores do bairro<br />

escolheram o local para deixar os galhos podados.<br />

PREFEITURA AMEAÇA COM MULTA<br />

A prefeitura credita o acúmulo de lixo domiciliar e o entulho<br />

nas ruas de Santa Cecília e Campos Elísios a dois problemas: lixo<br />

fora do horário e aumento no número de reformas domiciliares.<br />

No caso do lixo domiciliar, Afonso Celso Teixeira de Moraes,<br />

diretor técnico da Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), diz<br />

que a coleta é diária e noturna naqueles bairros.<br />

1. Que relação há entre lixo e desperdício?<br />

Folha de S. Paulo, Cotidiano, 21/10/1996, p. 3-9.<br />

Grande parte do lixo é produzido por sobras, pelo desperdício de algo.<br />

2. Quais são as causas apontadas pela prefeitura de São Paulo para o<br />

acúmulo do lixo?<br />

Lixo posto para coleta fora de horário estipulado e aumento de reformas domiciliares.<br />

3. Sabendo que a coleta de lixo domiciliar é diária e noturna, por que<br />

é estranho que se acumule lixo, mesmo quando ele é colocado durante<br />

o dia? Se o lixo é recolhido diariamente, mesmo que este seja deixado para coleta fora do horário,<br />

seria recolhido no dia seguinte, não tendo por que se acumular.<br />

4. Por que a prefeitura de São Paulo não tem um programa de coleta<br />

de entulho? Segundo Afonso Celso, diretor técnico da Limpurb, como depositar entulho na rua é<br />

ilegal, não há um programa para essa coleta.<br />

5. O que há de curioso em relação ao fato que deu início ao acúmulo<br />

de lixo que motivou essa reportagem? O fato de terem sido funcionários da prefeitura<br />

os primeiros a deixar lixo no local indevido.<br />

6. Para você, o que é mais estranho: o tipo de lixo descrito na repor -<br />

tagem ou pessoas transformarem as ruas em lixeiras? Resposta pessoal.<br />

Credita: atribui.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 29/03/11 12:19 Page 149<br />

7. “A reportagem da Folha percorreu na sexta-feira e ontem o<br />

quadrilátero entre as avenidas São João e General Olímpio da Silveira,<br />

Pacaembu, Rio Branco e Duque de Caxias e encontrou entulho acumulado<br />

havia semanas.”<br />

Nesse trecho, a palavra “ontem” refere-se a que dia (dizer dia, mês e<br />

ano)? Conte como você chegou a essa conclusão.<br />

Sábado, dia 20 de outubro de 1996, pois a reportagem saiu domingo, dia 21, portanto, “ontem” só pode ser sábado.<br />

8. No trecho seguinte há uma causa.<br />

“Afonso Celso Teixeira de Moraes, diretor técnico da Limpurb, diz que<br />

depositar entulho na rua é ilegal, e que, por isso, não há um programa<br />

de coleta desse material.”<br />

Qual é a causa? Depositar lixo na rua é ilegal.<br />

Qual é a consequência dessa causa?<br />

Qual expressão introduz a consequência? Por isso.<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

No texto “Lixo nas ruas de São Paulo junta de bidê a carro”, aparece<br />

por duas vezes a palavra LIMPURB. Na segunda ocorrência, aparece<br />

entre parênteses uma indicação do que ela significa: Departamento de<br />

Limpeza Urbana. Essa palavra é uma sigla.<br />

4 Formando novas palavras: siglas<br />

Não há um programa de<br />

coleta desse material.<br />

VOCÊ<br />

SABIA? As siglas, geralmente, são feitas para substituir<br />

nomes longos. Elas são construídas com as primeiras letras<br />

do nome ou partes das palavras dos nomes.<br />

LIMPURB = Departamento de Limpeza Urbana.<br />

Veja outros exemplos:<br />

IPTU = Imposto Predial e Territorial Urbano<br />

INSS = Instituto Nacional do Seguro Social<br />

BB = Banco do Brasil<br />

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150<br />

1. Faça um levantamento de siglas que são muito usadas em sua ci dade.<br />

2. Responda:<br />

Sua escola tem uma sigla que a identifica? Se tem, qual é? Se não<br />

tem, você e seus colegas poderiam sugerir uma.<br />

Crie siglas para empresas e instituições de sua cidade.<br />

4 Sentidos da palavra “entre”<br />

3. Leia: “A reportagem da Folha percorreu na sexta-feira e ontem o<br />

quadrilátero entre as avenidas São João e General Olímpio da Silveira,<br />

Pacaembu, Rio Branco e Duque de Caxias e encontrou entulho acumulado<br />

havia semanas”.<br />

Nesse trecho, a palavra “entre” indica, em conjunto com os nomes,<br />

uma posição intermediária a dois ou mais pontos citados. No trecho<br />

acima, são vários pontos no espaço. Esses pontos podem ser também no<br />

tempo ou em outra ideia ou noção qualquer.<br />

Copie, do quadro, o que a palavra “entre” indica nas frases seguintes:<br />

posição intermediária no espaço;<br />

posição intermediária no tempo;<br />

posição intermediária em outra ideia ou noção.<br />

Entre 1990 e 2004, a inflação no Brasil subiu e desceu várias vezes.<br />

Posição intermediária no tempo.<br />

Nosso jardim era muito bonito. Entre a sibipiruna e o flamboyant,<br />

havia várias palmeiras. Posição intermediária no espaço.<br />

Joãozinho estava entre alegre e triste com a notícia de que a<br />

família ia se mudar. Alegre porque ia conhecer novos lugares, triste<br />

porque ia ficar sem seus amigos. Posição intermediária em outra noção.<br />

Entre surpreso e assustado ele subiu para receber o prêmio.<br />

Posição intermediária em outra noção.<br />

Todas as manhãs eu caminhava muito para ir à escola, pois entre<br />

minha casa e a escola havia dois quilômetros.<br />

Posição intermediária no espaço.<br />

Trabalhei muito entre o amanhecer e o anoitecer, mas à noite fui<br />

descansar. Posição intermediária no tempo.<br />

4. Faça três frases com “entre” indicando posição intermediária no<br />

espaço, no tempo e em outra ideia ou noção. Resposta pessoal.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 151<br />

4 Sentidos da palavra “desde”<br />

5. “Em alguns locais, como na esquina das ruas Tupi e Francisco Estácio<br />

Fortes, o entulho acumulado desde domingo anterior estava sob a placa<br />

da prefeitura proibindo o depósito de lixo.”<br />

Nesse trecho, a palavra “desde”, junto com a palavra “domingo”,<br />

es tá indicando tempo. Observe que “desde” indica um “movimento”<br />

que se inicia num ponto e se prolonga. Nos exemplos seguintes, diga se<br />

“desde” está indicando:<br />

movimento a partir de um ponto no espaço.<br />

movimento a partir de um ponto no tempo.<br />

Desde ontem mamãe não fala comigo. Tempo.<br />

Desde São Paulo até o Rio de Janeiro, a estrada está ótima. Espaço.<br />

Desde que saímos, você parece preocupado. Tempo.<br />

Pelo caminho, desde a casa até o colégio, ele foi cantando. Espaço.<br />

Ele não sabe o que é ter família, desde seu nascimento. Movimento a<br />

partir de um ponto no tempo.<br />

Cláudio Martins<br />

Produção de texto<br />

O SEGREDO DOS QUATRO R<br />

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152<br />

1° R<br />

RECOLHER<br />

• Embalagens de papel<br />

• Latas de alumínio<br />

• Objetos de metal<br />

• Restos de madeira<br />

• Jornais velhos<br />

• Garrafas plásticas<br />

3° R<br />

REDUZIR<br />

• Gastos de energia<br />

elétrica<br />

• Consumo de água<br />

Faça uma lista com o que você pode:<br />

RECOLHER / REUTILIZAR / REDUZIR / RECICLAR<br />

2° R<br />

REUTILIZAR<br />

• Embalagens de papel<br />

• Sacos de plástico<br />

• Latas e objetos de<br />

alumínio<br />

4° R<br />

RECICLAR<br />

• Papéis usados<br />

• Restos de alimentos<br />

• Plásticos<br />

• Vidros<br />

Ponha sua lista junto com as outras na mesa do(a) professor(a).<br />

Este(a) sorteará uma lista que servirá de ponto de partida para o listão<br />

dos 4 Rs da turma.<br />

No quadro, o(a) professor(a) vai escrever os itens da lista sorteada e<br />

vai acrescentar todos os itens não repetidos das outras listas. A partir do<br />

listão, proponham uma campanha de proteção ao planeta através dos<br />

4 Rs. Escolham um slogan para a campanha, planejem as ações e saiam<br />

a campo, convencendo as outras turmas da escola a participar!


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:50 Page 153<br />

A LIN GUA GEM DO PIS CA-PIS CA<br />

Espessa: densa, compacta, cerrada.<br />

CAPÍTULO 16<br />

LINGUAGEM<br />

DOS<br />

SINAIS<br />

Clei de Cos ta (Mu seu de Zoo lo gia, USP)<br />

Pré-texto<br />

A “lin gua gem do pis ca-pis ca” é uma ma té ria pu bli ca da na re vis ta<br />

Ciên cia Hoje na Es co la. A par tir des se tí tu lo e de sua fon te, isto é, de onde<br />

o tex to foi pu bli ca do, o que você es pe ra en con trar nes sa ma té ria: re gras<br />

de trân si to? O sig ni fi ca do das co res dos si nais lu mi no sos? Nes se caso,<br />

quem ou o que emi ti ria tais si nais? Para quê? Para quem? Leia o pri mei -<br />

ro pa rá gra fo. Ele con fir ma suas hi pó te ses? À me di da que for len do o tex -<br />

to, ve ri fi que se as hi pó te ses se con fir mam. Se ne ces sá rio, re fa ça-as no de -<br />

cor rer da lei tu ra.<br />

Quan do uma pes soa está di ri gin do um car ro e quer in di car que<br />

vai en trar à di rei ta, ela liga o pis ca-pis ca para a di rei ta e pron to!<br />

Quem está na rua, pe des tre ou au to mó vel, já sabe o que sig ni fi ca<br />

aque le si nal.<br />

Pou co se sabe so bre a fun ção da lan ter na do vaga-lume. Mas<br />

cer ta men te ela fun cio na, como o pis ca-pis ca do car ro, tam bém<br />

como uma “lin gua gem” en ten di da só no mun do dos vaga-lu mes e<br />

dos bi chos que os ro deiam.<br />

Um vaga-lume ma cho so bre voa a ve ge ta ção es pes sa à pro cu ra<br />

da fê mea para o aca sa la men to. En quan to voa, vai pis can do num rit -<br />

mo pró prio de sua es pé cie. Lá em bai xo, a fê mea da mes ma es pé cie<br />

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154<br />

va ga lu meia no mes mo rit mo, como que para avi sar que o ma cho<br />

pode se apro xi mar.<br />

Um lou va-a-deus vai che gan do per to do vaga-lume “apa ga do”.<br />

Vê o in se to e pre pa ra o bote, cer to de que ali está uma boa re fei ção.<br />

De re pen te, o pi ri lam po pis ca e o lou va-a-deus de sa ni ma. Por que<br />

mui tos vaga-lu mes têm to xi nas em seu cor po. São, por tan to, pre sas<br />

pou co sa bo ro sas. O si nal lu mi no so ser ve para avi sar ao pre da dor<br />

que aque la co mi da não é das me lho res.<br />

Uma fê mea de vaga-lume pro cu ra um lu gar para pôr seus ovos.<br />

En con tra, no meio da mata, um pe da ço apo dre ci do de ma dei ra.<br />

Mas se a ma dei ra “pis car”, a fê mea fica avi sa da de que deve pro cu -<br />

rar ou tro can to. Aque le já está ocu pa do.<br />

As lar vas de cer tas es pé cies de pi ri lam po gos tam de vi ver como<br />

in qui li nas dos cu pin zei ros. Elas até que se dão bem com os cu pins,<br />

e quan do pis cam, ao en tar de cer, atraem pa ra as pro xi mi da des ou -<br />

tros in se tos dos quais as lar vas se ali men tam.<br />

Predador: o que caça e come.<br />

Inquilinas: moradoras, locatárias, que pagam aluguel do lugar onde moram.<br />

Cláudio Martins


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Essa rea ção quí mi ca é “ace le ra da” por uma en zi ma cha ma da lu -<br />

ci fe ra se, na qual uma subs tân cia – de nome lu ci fe ri na – é oxi da da,<br />

isto é, quei ma da por oxi gê nio, re sul tan do em gás car bô ni co e no<br />

pro du to lu mi nes cen te.<br />

Quem pe gar na mão um vaga-lume “ace so” não vai se quei mar,<br />

por que nes sa rea ção quí mi ca não há pro du ção de ca lor. Por isso, a<br />

luz dos pi ri lam pos é cha ma da de luz fria.<br />

Ciên cia Hoje na Es co la. Rio de Ja nei ro: SBPC, Pro je to Ciên cia Hoje<br />

das Crian ças,1966, p.28-29.<br />

Dialogando com o texto<br />

1. Du ran te a lei tu ra do tex to, você teve de re fa zer suas hi pó te ses, ou<br />

elas foram con fir ma das? Con te. Resposta pes soal.<br />

2. De acor do com o pri mei ro pa rá gra fo, qual é a fun ção do pis ca-pis -<br />

ca dos au to mó veis? In di car a in ten ção do mo to ris ta aos pe des tres e de mais con du to res de au -<br />

to mó veis.<br />

3. No se gun do pa rá gra fo, o que se afir ma so bre a fun ção da lan ter na<br />

do vaga-lume? Afir ma-se que a lan ter na do vaga-lume fun cio na como lin gua gem en tre os in se tos.<br />

4. No 4° pa rá gra fo, há uma hi pó te se para a in ter pre ta ção que o lou vaa-deus<br />

faz do si nal lu mi no so do vaga-lume. Qual é a hi pó te se?<br />

4. O lou va-a-deus in ter pre ta o si nal lu mi no so como um avi so de que a pre sa não é das me lho res,<br />

pois é um vaga-lume.<br />

5. Por que o lou va-a-deus de sis te do al mo ço?<br />

Por que os vaga-lu mes têm to xi nas no cor po, não sen do, por tan to, sa bo ro sos.<br />

6. Por que a can di da ta a in qui li na do pe da ço de pau apo dre ci do de -<br />

sis te dele? Que re la ção há en tre esse fato e o fun cio na men to da lan ter -<br />

na do vaga-lume? Por que ali já se en con tra um vaga-lume, que usa a lan ter na para si na li zar<br />

a ocu pa ção do pe da ço de pau.<br />

7. A lar va dos vaga-lu mes pos sui pis ca-pis ca? Jus ti fi que.<br />

Sim, de acor do com o tex to, quan do a lar va pis ca, atrai in se tos para se ali men tar.<br />

8. De acor do com o tex to, qual é a di fe ren ça en tre o atri to com a subs -<br />

tân cia lu ci fe ri na e o atri to com os fós fo ros?<br />

O atri to com a subs tân cia lu ci fe ri na não pro duz ca lor, já o atri to com os fós fo ros pro duz.<br />

Acelerada: tornada mais rápida.<br />

Atrito: fricção entre dois corpos. Esfregadura.<br />

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156<br />

Dialogando com outros textos<br />

PAS SEIO LE GAL<br />

DI CAS PARA OS PE DES TRES<br />

Você sa bia que Belo Ho ri zon te tem a fama de pos suir os pe des -<br />

tres mais mal-edu ca dos no trân si to en tre to das as ca pi tais bra si lei -<br />

ras? Esta rea li da de pre ci sa ser mo di fi ca da, prin ci pal men te por que<br />

sa ber atra ves sar as ruas de uma ci da de gran de é si nal de de sen vol -<br />

vi men to e edu ca ção. A me ni na da pode mos trar como mu dar essa<br />

his tó ria. En si nar os adul tos a se com por ta rem de acor do com as re -<br />

gras é uma boa for ma de co me çar.<br />

Para cui dar da se gu ran ça nas ruas, é pre ci so sa ber al gu mas re -<br />

gras bá si cas:<br />

1. Só atra ves se em lo cais onde você pos sa ver o car ro e o mo to -<br />

ris ta pos sa ver você.<br />

Cláudio Martins


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2. Crian ças me no res de 10 anos de vem atra ves sar as ruas acom -<br />

pa nha das. Os me no res de 6 anos de vem es tar de mãos da das com<br />

os adul tos.<br />

3. Aju de as crian ças me no res que você, os ido sos e os por ta do -<br />

res de de fi ciên cia a atra ves sar a rua. Isto é gen ti le za ur ba na.<br />

4. Só atra ves se em li nha reta, com aten ção e cui da do.<br />

5. A fai xa de pe des tres foi fei ta para você. Uti li ze-a.<br />

6. Onde hou ver se má fo ro para pe des tres só atra ves se quan do ele<br />

es ti ver aber to para você, mas se os car ros es ti ve rem pa ra dos.<br />

7. Para atra ves sar, olhe sem pre para os dois la dos.<br />

8. Nun ca, mas nun qui nha mes mo, atra ves se na fren te de ôni bus<br />

e ca mi nhões. Gran de nú me ro de atro pe la men tos acon te ce por cau -<br />

sa dis so.<br />

Es ta do de Mi nas, Gu ri lân dia, 23/9/1995, p. 4-5.<br />

1. O que se afir ma no pri mei ro pa rá gra fo do tex to “A lin gua gem do pis -<br />

ca-pis ca” pode ser ob ser va do no trân si to de Belo Ho ri zon te? Jus ti fi que.<br />

2. Leia o ver be te transcrito do Minidicionário Luft:<br />

Le gal adj.1. Re la ti vo à lei. 2. De con for mi da de com a<br />

lei; lí ci to. 3. Es ta be le ci do por lei. 4. (gír.) Bem; bom;<br />

cor re to; ba ca na.<br />

No tí tu lo da ma té ria, qual é o sig ni fi ca do da pa la vra le gal? Com pro -<br />

ve sua res pos ta com uma pas sa gem do tex to.<br />

Significado 2. “Ensinar os adul tos a se com por ta rem de acor do com as re gras é uma boa for ma de co me çar.”<br />

Mas tam bém su ge re que, se é um pas seio em que se aten de às nor mas, ele vai ser bom, cor re to, ba ca na.<br />

3. A par tir do afir ma do no pri mei ro pa rá gra fo, pode-se di zer que todo<br />

be lo ri zon ti no seja mau pe des tre? Ex pli que.<br />

Não. São mal-edu ca dos os pedestres que não res pei tam as leis de trân si to.<br />

4. Você se con si de ra um bom pe des tre? Jus ti fi que. Resposta pes soal.<br />

1. Não. De acor do<br />

com a ma té ria, os<br />

pe des tres de Belo<br />

Ho ri zon te agem<br />

como se não co nhe -<br />

ces sem os sig ni fi ca -<br />

dos dos si nais uti li -<br />

za dos no trân si to.<br />

Professor(a),<br />

aproveite a questão<br />

2 para mostrar que<br />

num texto, às vezes<br />

na mesma palavra,<br />

o(a) autor(a) joga<br />

com mais de um<br />

sentido: é uma polissemia.<br />

157


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158<br />

Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

4 Usando os sinais de pontuação<br />

1. Você co nhe ce aque la pia da do ra paz que apren deu a ler, mas não<br />

apren deu a in ter pre tar? Con fi ra:<br />

O ra paz vi nha di ri gin do a cer ta ve lo ci da de quan do<br />

avis tou aque la pla ca:<br />

DE VA GAR QUE BRA-MO LAS<br />

Ele im pri miu maior ve lo ci da de ao car ro e... lá se foi<br />

o eixo das ro das dian tei ras. Abor re ci do com o avi so<br />

er ra do, ele es cre veu abai xo dos di ze res da pla ca:<br />

DE PRES SA TAM BÉM QUE BRA<br />

2. Como você já deve ter no ta do, os si nais de trân si to são es cri tos em<br />

le tra de for ma, com le tras pre tas so bre fun do ama re lo. Não há pon tua -<br />

ção ne les. Que pon tua ção você co lo ca ria no “DE VA GAR QUE BRA-MO -<br />

LAS” para in di car àque le mo to ris ta como ele de ve ria di ri gir para não<br />

que brar as mo las do car ro?<br />

Um dos sinais: dois-pon tos, vír gu la, pon to de ex cla ma ção e pon to fi nal, após a palavra devagar.<br />

4 Palavras que substituem e remetem a outras<br />

3. Leia o tex to se guin te:<br />

OS RE COR DIS TAS<br />

Os ani mais se des ta cam em seu gru po pelo por te. Para você, se -<br />

riam maio res as ba leias ou os ele fan tes? Se res pon deu que são as ba -<br />

leias, acer tou.<br />

Em bo ra se jam ne ces sá rios dez ele fan tes afri ca nos para cor res -<br />

pon der a uma ba leia-azul, eles re pre sen tam o maior ani mal ter res -


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 25/03/11 20:33 Page 159<br />

tre da atua li da de. Já o ma mí fe ro mais alto, cuja ca be ça che ga a fi -<br />

car até 5m do chão, é a gi ra fa, que tam bém vive na África.<br />

A maior ave, o aves truz, tam bém é afri ca na. Che ga a 2,50m de<br />

al tu ra e a 120kg de peso, mas não con se gue voar. En tre os que<br />

voam, a mais pe sa da (com cer ca de 12kg) é a abe tar da-de-kori, do<br />

les te e do sul da África.<br />

As aves me no res e mais le ves são os bei ja-flo res. E en tre eles, o<br />

re cor dis ta é o bei ja-flor-de-He le na, de Cuba, com 9mm de com pri -<br />

men to e 4g de peso.<br />

En tre os rép teis, os gi gan tes são os cro co di los, ji boias e su cu ris.<br />

O maior é o cro co di lo es tua ri no que se dis tri bui pela Índia, Ma lá sia<br />

e Aus trá lia, com cer ca de 450kg e 4m de com pri men to.<br />

Ca mi nhos do Co nhe ci men to, Um guia para a juventude. Animais e Plantas, vol.3<br />

Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicação Ltda., 1994, p.6.<br />

4. Quem são os re cor dis tas e por que eles re ce bem esse nome? Os ani -<br />

mais que se des ta cam em seu gru po pelo por te, sendo os maiores ou menores.<br />

5. “Em bo ra se jam ne ces sá rios dez ele fan tes afri ca nos para cor res pon -<br />

der a uma ba leia-azul, eles re pre sen tam...”<br />

Quem são eles? Os ele fan tes.<br />

Por que esse nome foi subs ti tuí do pelo pro no me eles?<br />

Para evi tar a re pe ti ção do nome.<br />

6. Ob ser ve:<br />

“Já o ma mí fe ro mais alto, cuja ca be ça che ga a fi car<br />

até 5m do chão, é a gi ra fa, que tam bém vive na África.”<br />

A pa la vra que está subs ti tuin do um nome. Qual? Gi ra fa.<br />

Que pro no me pes soal tam bém po de ria ser usa do em lu gar do que?<br />

Ela.<br />

7. O que da fra se se guin te tem a mes ma fun ção do que da ques tão<br />

an te rior? Ex pli que. Sim, pois está subs ti tuin do o nome que o an te ce de: co bra.<br />

A su cu ri da Amé ri ca do Sul é uma co bra que atin ge<br />

6m de com pri men to.<br />

159


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:51 Page 160<br />

160<br />

Produção de texto<br />

Ro nald Cla ver, es cri tor e poe ta, brin ca com as pa la vras em pro sa e<br />

em ver so. Nes ta car ta para vovó Elza, ele cria a per so na gem Ma ria na<br />

para con tar as no vi da des, en tre as quais há uma es pe cial. Qual será?<br />

QUE RI <strong>DA</strong> VOVÓ ELZA!<br />

Es tou car re ga di nha de no vi da des. Nem sei como co me çar. Ah, já sei. A<br />

Pe dri ta ga nhou seis fi lho tes, qua tro ma chos e duas fê meas. To dos se pa re -<br />

cem com ela. Pelo pre ti nho e pa ti nhas bran cas, uma gra ça. A nos sa Pe dri ta<br />

está toda or gu lho sa e ciu men ta. Se al guém se apro xi mar dos fi lho tes, ela vira<br />

uma fera. Até pa pai, que con ver sa com Pe dri ta igual gen te, fica com medo do<br />

ros na do dela. Quem so freu mes mo com essa his tó ria toda foi um pas sa ri nho<br />

de sa vi sa do que foi sal ti tan do be ber água na va si lha da Pe dri ta. Se ele não<br />

bate as asas e voa, adeus pas sa ri nho.<br />

Mas a no vi da de maior que eu que ro con tar vem lá da es co la. Eu nun ca<br />

ima gi nei que pa la vra fa las se. A se nho ra já? Pois é. A pro fes so ra co me çou a<br />

aula di zen do que “as pa la vras são de se nhos que fa lam, que rem ver?” “Essa não,<br />

fes so ra”, fa lou o Ge ral di nho. “E quem fa lou que a pa la vra é um de se nho?”, fa -<br />

lou com fir me za a Te re zi nha. “Ah! Vo cês es tão du vi dan do de mim, não es tão?<br />

Pois pro vo para vo cês que a pa la vra é um de se nho que voa, que can ta, anda.<br />

Que rem ver?”<br />

Aí, vovó, a pro fes so ra foi ao qua dro e es cre veu a pa la vra asa como todo<br />

mun do es cre ve. De pois ca pri chou na le tra e a pa la vra asa ad qui riu “asas”... De -<br />

pois nos con tou que um poe ta gaú cho, o Má rio Quin ta na, dis se que a pa la vra<br />

mons tro é mons truo sa por que é uma pa la vra fe cha da e quan do a gen te pro -<br />

nun cia ela sai pelo na riz. Aí a pa la vra fica pe sa da e mete medo. Se mons tro fos -<br />

se cheia de “as”, “e” como “ja ne la”, nin guém ia ter medo e os fa ze do res de de -<br />

se nhos ani ma dos iam fi car po bres.


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De pois foi a vez da pa la vra es cor re ga dor. Lem brei-me do brin que do e<br />

des co bri que esta pa la vra é mes mo es cor re ga dia. Ve ja mos:<br />

E que a pa la vra avião voa em to das as di re ções, as sim:<br />

E que a pa la vra bu ra co tem uma enor me cra te ra logo na pri mei ra sí la ba:<br />

E que a pa la vra mon ta nha é cheia de mor ros e tem um pico na par te mais<br />

alta da pa la vra:<br />

E que a pa la vra ele tri ci da de é cheia de fios e ener gias. E se não to mar -<br />

mos cui da do pode dar cho que.<br />

E ou tras pa la vras fo ram apa re cen do, até a pa la vra rio veio nos con vi dar<br />

a to mar um ba nho de ca choei ra; aliás, anda fa zen do mui to ca lor, aí nos re -<br />

fres ca mos na ca choei ra do rio:<br />

Ilustrações: Cláudio Martins<br />

161


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162<br />

Mas como tudo que é bom aca ba de pres sa, ela pe diu no Para Casa que de -<br />

se nhás se mos ou tras pa la vras. Es tou lou ca para ver a pa la vra ser pen te dar o bote<br />

e ca mi nhar en tre as fo lhas, as sim:<br />

Ou, como diz o Thia go, meu ir mão, vi rar pen te.<br />

Ago ra não pos so ver uma pa la vra que logo que ro des co brir o seu mis té rio.<br />

Oh, vó, só tem mais uma no vi da de, não é nem no vi da de, é uma coi sa que acon -<br />

te ceu com a mi nha ou tra vó, a vó Olga. Ela fi cou doen te e foi pa rar no hos pi tal. A<br />

gen te nun ca ima gi na que a vó da gen te fica doen te e um dia des ses pe guei pa pai<br />

fa lan do so zi nho: mãe e flor não de ve riam fi car doen te nun ca de nun ca.<br />

Fico por aqui, de pois te man do as pa la vras que eu in ven tei.<br />

Um bei jo da neta que te ado ra.<br />

Ma ria na.<br />

Ro nald Cla ver, Nova Escola. São Pau lo: Abril, 8/1989, p. 30-31.<br />

De pois de con tar o que achou mais in te res san te na car ta de Ma ria na, em<br />

pe que nos gru pos, pes qui sem pa la vras que pos sam se trans for mar em de se -<br />

nhos que fa lam.<br />

Em pa pel-ofí cio bran co, de se nhem as pa la vras em ta ma nho gran de para<br />

se rem li das a dis tân cia, pois cada gru po vai ex por suas pa la vras fa lan tes no<br />

mu ral, ou num car taz es pe cial. Vale usar pin cel atô mi co, ca ne tas co lo ri das, re -<br />

cor tes, lá pis cera, tin ta gua che e ou tros ma te riais que tor nem har mo nio sas as<br />

com po si ções.<br />

Criem car tões-con vi te e en viem para as ou tras tur mas vi si ta rem a ex po si -<br />

ção. Com bi nem quem vai re ce ber os vi si tan tes e a pes soa do gru po que irá<br />

ex pli car como foi fei to o tra ba lho.


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LIVROS & CIA.<br />

Conheça Pedro e Aninha. O Pedro é um<br />

garoto capaz de deixar toda sua mesada<br />

numa única loja. Ah, se ele ouvisse os<br />

conselhos da Aninha! E você, é um bom<br />

consumidor? Confira no livro PEDRO<br />

COMPRA TUDO (e Aninha dá recados).<br />

Maria de Lourdes Coelho. São Paulo:<br />

Cortez, 2004.<br />

Você conhece o jogo de não jogar? É muito<br />

interessante, pois nos faz prestar aten ção nas<br />

coisas que jogamos fora e que poderíamos<br />

aproveitar, fazendo eco nomia. Quem inventou<br />

esse jogo foi uma lixeira. Ela convenceu<br />

muita gente a lutar contra o desperdício. E vai<br />

convencer você também (se você ainda não<br />

está nessa luta, é claro!).<br />

O JOGO DE NÃO JOGAR. Julieta de Go doy<br />

Ladeira. São Paulo: Atual, 1994.<br />

Guerras são sempre um grande estorvo.<br />

Pensando bem, não valem o conteúdo<br />

de dois penicos. Foi a conclusão a que<br />

chegaram os macacos Pita e Moca.<br />

Divertida sátira sobre loucuras que os<br />

homens fazem pelo poder.<br />

COM QUANTOS TROUXAS SE FAZ UMA<br />

GUERRA. Joana d’Arc de Assis. Belo<br />

Horizonte: Dimensão, 2007.<br />

163


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164<br />

LIVROS & CIA.<br />

Site<br />

CHUÁ CHUÁGUA<br />

No capítulo 13 - A Maior Fonte de Vida do<br />

Planeta, você viu sobre a importância da<br />

água e de preservá-la. Acesse o site da TV<br />

Cultura na página Alô Escola e CHUÁ<br />

CHUÁGUA e você vai encontrar muita<br />

coisa interessante e divertida sobre a água:<br />

informações importantes, quadrinhos e jogos. Tudo envolvendo a água.<br />

Além disso, no site da TV Cultura, na página Alô Escola, você encontra<br />

uma variedade muito grande de temas (Língua Portuguesa, Literatura,<br />

Ciências, História, Artes etc) que vão ajudar muito você nos seus estudos,<br />

sobretudo nas páginas Infantis.<br />

www.tvcultura.com.br/aloescola/infantis/chuachuagua/<br />

Vídeos<br />

Você lembra do texto “Passeio Legal – Dicas para os pedestres”? Se<br />

quiser saber mais sobre coisas importantes para se proteger ou agir adequadamente<br />

no trânsito, assista vídeos sobre esse assunto no YouTube.<br />

Sugerimos alguns vídeos do DETRAN-RS no programa Via Pública, em<br />

parceria com a TV Escola. Ao assistir aos vídeos indicados, aparerecá<br />

uma lista de muitos outros sobre o mesmo assunto e que você poderá<br />

assistir, simplesmente clicando sobre nome e imagem.<br />

Farolzinho e Semáforo:<br />

www.youtube.com/watch?v=WjZIOV94-RM&feature=fvwrel<br />

Dicas de trânsito com Adamastor – VT3:<br />

www.youtube.com/watch?v=TVESgpzXTIU&feature=related<br />

Via Pública – Segurança d’e ciclistas:<br />

www.youtube.com/watch?v=2_1k_h4Pk2w&NR=1<br />

Via Pública – O cuidado no trânsito:<br />

www.youtube.com/watch?v=-Q9AQ5RSRD8&feature=related<br />

Via Pública – Transporte de crianças:<br />

www.youtube.com/watch?v=X0yAX73c39I&feature=related<br />

Via Pública – Educação no trânsito:<br />

www.youtube.com/watch?v=K2P9dYOJrLY&feature=related


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:51 Page 165<br />

Menino,<br />

Aqui nos despedimos,<br />

esperando que, além de<br />

aprender, você tenha<br />

gostado dos textos e<br />

das atividades<br />

de seu livro.<br />

Boas férias e até o<br />

próximo ano, quando<br />

nos encontraremos<br />

com muitas histórias<br />

para contar e mais<br />

descobertas para fazer.<br />

Os autores<br />

Menina


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:51 Page 166<br />

166<br />

Referências bibliográficas<br />

AIZEM, Naumim. Era uma vez duas avós. Rio de Janeiro: Record, 2003.<br />

ARCE, Tac ya na. Sal ve o pla ne ta. Es ta do de Mi nas, Gu ri lân dia, 17 de ju nho<br />

de 2000.<br />

ASSIS, Joana d’Arc Tôrres de. De presente. Belo Horizonte: Dimensão, 2004.<br />

ASSIS, Joana d’Arc Tôrres de. Com quantos trouxas se faz uma guerra. Belo<br />

Horizonte: Dimensão, 2007.<br />

AS SUN ÇÃO, Pau li nho. Li vro de re ca dos. Belo Ho ri zon te: Di men são, 2000.<br />

BE NAT TI, Vic tor. Co ru jas, uma his tó ria ur ba na. Es ta do de Mi nas, Es ta do Eco -<br />

ló gi co, 25 de no vem bro de1996.<br />

BIER MANN, Fran zis ka. O sr. ra po so ado ra li vros! São Pau lo: Co sac & Naify,<br />

2004.<br />

BRAN DÃO, Ma ria do Car mo. Adeus, mis ter Hardy. Belo Ho ri zon te: Di men -<br />

são, 1996.<br />

BRAN DÃO, Heliana. Cineminha. Estado de Minas, Gurilândia, 29 de março<br />

de 2003.<br />

CARVALHO, Raimundo; MOTA, Ivan Luís Mota. Circo Universal. Belo<br />

Horizonte: Dimensão, 2006. Organização e ilustrações: Demóstenes Vargas.<br />

CHAIB, Lí dia; PRIE TO, He loi sa. Ri dí cu lo de pés si mo. São Pau lo: Sci pio ne,<br />

1993.<br />

CLAVER, Ronald. Querida vovó Elza. Nova Escola. São Paulo: Abril, agosto<br />

de 1989.<br />

COELHO, Ma ria de Lourdes. Pedro compra tudo. São Paulo: Cortez, 2004.<br />

COSTA, Cleide. A linguagem do pisca-pisca. Ciência Hoje na Escola. Rio<br />

de Janeiro: SBPC, Projeto Ciência Hoje na Escola, 1996.<br />

Dicas para os pedestres. Estado de Minas, Gurilândia, 23 de setembro de<br />

1995.<br />

En ci clo pe dia de la fá bu la, vol. 3, Mé xi co: UTHA, 1959.<br />

FETH, Mo ni ka. O lim pa dor de pla cas. São Pau lo: Brin que-Book, 1997.<br />

FLEURY, Augusta Faro. Chapeuzinho verde. .<br />

GAR CEZ, Lu cí lia. Luiz Lua. Belo Ho ri zon te: Di men são, 1998.


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:51 Page 167<br />

Bibliografia<br />

GARCIA, Edson Gabriel. O diário de Biloca. São Paulo: Atual, 1989.<br />

GRIL LO, Mar ga reth. Lam be-lam be: a pro fis são que a tec no lo gia des -<br />

ban cou. .<br />

HUG HES, An drew. Ar tis tas fa mo sos - Van Gogh. São Pau lo: Cal lis, 2003.<br />

LA DEI RA, Ju lie ta de Go doy. O jogo de não jo gar. São Pau lo: Atual, 1994.<br />

LE VO RIN, Ga brie la; SAN TOS, Fer nan da. Vam pi ros provocam pesadelos.<br />

Fo lha de S. Pau lo, Fo lhi nha, 6 de ja nei ro de 2001.<br />

Lixo nas ruas de São Paulo junta de bidê a carro. São Paulo: Folha de<br />

S. Paulo, Cotidiano, 21 de outubro de 1996.<br />

MA CHA DO, Ma ria Cla ra. A aven tu ra do tea tro. Rio de Ja nei ro: José<br />

Olym pio, 1992.<br />

MO RAES, Vi ní cius de. A arca de Noé. São Pau lo: Com pa nhia das Le -<br />

tras, 1991.<br />

MUR RAY, Ro sea na. O cir co. Belo Ho ri zon te: Mi gui lim, 1996.<br />

Não deixe a natureza ir embora. Publicidade da Fundação S.O.S.<br />

Mata Atlântica, Instituto Ambiental Vidágua e <strong>Editora</strong> Abril.<br />

NU NES, Lygia Bo jun ga. A bol sa ama re la. Rio de Ja nei ro: Agir, 1976.<br />

Os recordistas. Um guia para a juventude: animais e plantas.<br />

Encyclopaedia Britannica do Brasil Ltda., 1994.<br />

PA TER NO, Se mí ra mis. Vida mo der na. Belo Ho ri zon te: Lê, 1995.<br />

Pa ti na ção ve lo ci da de. .<br />

PA TRIO TA, Mar ga ri da. So bre os rios que vão: me mó rias de um pin go<br />

d’água. Belo Ho ri zon te: Di men são, 1997.<br />

PINSKY, Mir na. O can gu ru em pres ta do. São Pau lo: Glo bal, 1982.<br />

PRIE TO, He loi sa. Mons tros e mun dos mis te rio sos. São Pau lo: Com pa -<br />

nhia das Le tri nhas, 1997.<br />

Quem perdeu a dentadura no metrô? Jornal do Brasil, 16 de setembro<br />

de 1990.<br />

Re vis ta Sí tio do Pica-pau Ama re lo, n o 9, São Paulo: Glo bo, mar ço de<br />

2003.<br />

167


AF•<strong>AVENTURA</strong>_L4_UN4_p5_. 23/03/11 14:51 Page 168<br />

168<br />

Referências bibliográficas<br />

SA BI NO, Fer nan do. O me ni no no es pe lho. 36 a ed. Rio de Ja nei ro: Re -<br />

cord, 1992.<br />

Sal ve mos a água do mun do. Belo Ho ri zon te. Es ta do de Mi nas, Gu ri lân -<br />

dia, 22 de mar ço de 2003.<br />

SAN VOI SIN, Eric. O vam pi ro da li vra ria. Tra du ção de Lino Al ber ga ria.<br />

Pa ris: Na than, 1996.<br />

SOUZA, Flavio. O livro do ator. São Paulo: Companhia das Letrinhas,<br />

2001.<br />

VERDOLIN FILHO, Ferruccio. Mascando trevos no jardim. Belo Ho ri zon -<br />

te: Dimensão, 2004.<br />

VON, Cristina. Mário e Antônio, de São Paulo. São Paulo: Callis, 1998.


ISBN 978-85-342-2852-7<br />

9 788534 228527<br />

BI22852


A AVEN TURA <strong>DA</strong><br />

LINGUAGEM<br />

Língua Portuguesa<br />

LUIZ CARLOS TRAVAGLIA<br />

Mestre em Letras (Língua Portuguesa) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio<br />

de Janeiro (PUC-RJ), doutor em Ciências (Linguística) pela Universidade Estadual de<br />

Campinas (Unicamp) e pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro (UFRJ). Professor de Língua Portuguesa e Linguística do Instituto<br />

de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).<br />

SILVANA COSTA<br />

Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG),<br />

com especialização em leitura e produção de texto. Professora do Ensino Fundamental<br />

e Médio em escolas das redes pública e particular de Belo Horizonte – MG.<br />

ZÉLIA ALMEI<strong>DA</strong><br />

Licenciada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais<br />

(PUC-MG) e em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora<br />

alfabetizadora e orientadora educacional do Ensino Fundamental em escolas das<br />

redes pública e particular de Belo Horizonte – MG.<br />

4<br />

º<br />

ano<br />

Ensino<br />

Fundamental<br />

MANUAL DO PROFESSOR<br />

3 a edição, São Paulo, 2011


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 2


professor,<br />

Entregamos a você esta<br />

coleção para o 4º e 5º anos<br />

do Ensino Fundamental.<br />

O que se tem ao trabalhar<br />

com a língua e outras formas<br />

de linguagem que com ela se<br />

conjugam é o grande prazer<br />

da descoberta. A escolha de<br />

recursos e formas para a<br />

construção e a compreensão<br />

de textos, vistos como<br />

instrumentos de interação<br />

comunicativa, é que<br />

proporcionará grandes<br />

conquistas a seus alunos.<br />

Os autores<br />

professora


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 4<br />

SUMÁRIO<br />

I<br />

Introdução 7<br />

II<br />

A organização<br />

dos volumes 9<br />

1-Organização geral 9<br />

2 - Estrutura dos capítulos 10<br />

2.1 - Pré-texto 10<br />

2.2 - Dialogando com o texto 10<br />

2.3 - Dialogando com outros textos 11<br />

2.4 - Vamos falar 11<br />

2.5 - Produção de texto 14<br />

2.6 - Conhecendo mais nossa língua 15<br />

III<br />

Fundamentos 19<br />

1-Ensino de vocabulário 20<br />

1.1 - Objetivos gerais 20<br />

1.2 - Príncipios básicos 21<br />

1.3 - Tipos de exercícios de vocabulário 22<br />

2 - Ensino de gramática 27<br />

3 - Ensino de produção e<br />

compreensão de textos 29<br />

3.1 - Produção de textos 33<br />

3.2 - Compreensão de texto 36<br />

4 - Ensino de ortografia<br />

e pontuação 39<br />

5 - Tipos e gêneros de textos 45<br />

5.1 - Tipos e gêneros 46<br />

5.2 - Sobre alguns gêneros literários 48<br />

5.3 - Sobre alguns gêneros não literários 50<br />

6 - O trabalho com gêneros<br />

orais públicos 51<br />

6.1 - Exposição oral 51<br />

6.2 - Debate de opinião 55<br />

6.3 - Debate deliberativo 57<br />

IV<br />

Sugestões de trabalho<br />

em sala de aula com<br />

diferentes materiais<br />

e suportes 59<br />

1 - Cantinho de Leitura 59<br />

2 - Filme 60


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 5<br />

3 - Propaganda 62<br />

4 - Charge 63<br />

5 - Internet 63<br />

6 - Jornal escolar 63<br />

7 - Sugestões de estratégias<br />

e atividades pa ra fruição<br />

de textos em prosa e<br />

em verso 65<br />

V<br />

7.1 - Contação de histórias 65<br />

7.2 - Leitura compartilhada<br />

de poemas 65<br />

7.3 - Leitura compartilhada<br />

de textos narrativos 66<br />

7.4 - Leitura compartilhada<br />

de textos dramáticos 67<br />

Avaliação 69<br />

1 - Metas, objetivos e<br />

perspectivas de trabalho 69<br />

2 - Os procedimentos de<br />

avaliação e o que avaliar 69<br />

3 - Considerações finais<br />

sobre avaliação 72<br />

VI<br />

Considerações finais 73<br />

Anexos 74<br />

Anexo 1 74<br />

Anexo 2 75<br />

Referências<br />

bibliográficas 77


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AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 7<br />

I - INTRODUÇÃO<br />

Colega professor:<br />

Atendendo ao que propõem os<br />

PCN, concebemos o livro didático<br />

como um dos materiais que você pode<br />

usar para a consecução de objetivos<br />

importantes no ensino da língua<br />

materna. Sabemos que é impossível,<br />

para qualquer livro didático, cobrir<br />

todo o conjunto de habilidades e<br />

recursos linguísticos que temos de<br />

dominar ou podemos dominar em<br />

nossa atividade de usuários da língua,<br />

produzindo e compreendendo textos<br />

orais e escritos. Também é impossível<br />

para o livro didático prever as necessidades<br />

e dificuldades específicas de<br />

cada turma em realidades diversas e<br />

distintas, num país tão grande e com<br />

tanta diversidade cultural como o<br />

nosso. Portanto, cabe sempre ao(à)<br />

professor(a) verificar o que de seu planejamento<br />

não é contemplado pelo<br />

livro e fazer outras atividades, abordando<br />

elementos que atendam mais<br />

diretamente às necessidades de seus<br />

alunos.<br />

Esta coleção se destina a crianças<br />

que estão cursando o 4 o e 5 o anos do<br />

Ensino Fundamental de nove anos. É<br />

importante levar em conta que, ao<br />

ingressar na escola, aos seis anos, o<br />

aluno já domina a língua falada de seu<br />

meio: dialetos regional e social e<br />

registros de grau de formalismo e cortesia<br />

usados por sua família. Portanto,<br />

a criança que ingressa na escola é um<br />

falante competente dessas variantes<br />

do português.<br />

Como boa parte da produção cultural<br />

de nossa sociedade é registrada e veiculada<br />

na variante considerada “culta e<br />

padrão”, variedade utilizada pelos grupos<br />

de maior prestígio social (político,<br />

econômico e cultural), o seu domínio é<br />

importante para acessar com mais facilidade<br />

toda essa produção. Cabe à escola<br />

ensinar a variedade chamada “português<br />

padrão e/ou culto” ou, como alguns preferem<br />

dizer, “a norma urbana de prestígio”,<br />

tendo cuidado para não impor essa<br />

variante como modelo exclusivo de uso<br />

da língua na fala e na escrita. O que se<br />

pretende prioritariamente é desenvolver<br />

a competência comunicativa do aluno,<br />

ou seja, “fazer com que ele seja capaz<br />

de usar cada vez um maior número de<br />

recursos da língua de forma a produzir<br />

os efeitos de sentido desejados de forma<br />

adequada a cada situação de interação<br />

comunicativa em que esteja inserido”<br />

(Travaglia, 2009d).<br />

7


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 8<br />

8<br />

Para chegar ao domínio das diferentes<br />

variedades linguísticas, a estratégia<br />

básica e fundamental é possibilitar o<br />

contato com essas variedades e seu uso<br />

pelo aluno. Além disso, este deve conviver<br />

com os mais diversos tipos e gêneros<br />

de textos para descobrir a função e a<br />

especificidade de cada um. Nesta coleção,<br />

trabalhamos com essa diversidade<br />

de formas da língua (suas variedades) e de<br />

tipos e gêneros de textos.<br />

Para facilitar a análise de nosso material,<br />

expomos a seguir o modo de organização<br />

dos volumes e alguns fundamentos<br />

importantes que orientaram<br />

nossa proposta e que são importantes<br />

para o desenvolvimento do seu trabalho<br />

com sua turma.<br />

Os autores


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II - A ORGANIZAÇÃO<br />

DOS VOLUMES<br />

1 - Or ga ni za ção ge ral<br />

Os livros são com pos tos por qua tro<br />

uni da des. Cada uni da de apre sen ta qua -<br />

tro ca pí tu los com um tex to prin ci pal,<br />

den tro de um de ter mi na do tipo e gê ne ro<br />

es co lhi do, e ou tros tex tos (tex tos de en -<br />

ci clo pé dias, textos jornalísticos, poe mas,<br />

re su mos, qua dros, pu bli ci da des, ins tru -<br />

ções, ori en ta ções, tirinhas, charges etc.)<br />

que dia lo gam com o prin ci pal.<br />

Nos qua tro ca pí tu los da pri mei ra uni -<br />

da de (“His tó rias, per so na gens e ce ná -<br />

rios”), os tex tos prin ci pais são nar ra ti vas<br />

in fan tis con tem po râ neas ou nar ra ti vas da<br />

li te ra tu ra clás si ca in fan til. Os tex tos prin -<br />

ci pais da se gun da uni da de (“Car tas e ou -<br />

tros es cri tos”) per ten cem ao gê ne ro epis -<br />

to lar ou cor res pon dên cia: car tas, car -<br />

tões, bi lhe tes, te le gra mas, e-mails etc. A<br />

ter cei ra uni da de (“No pal co, na tela e na<br />

vida”) prio ri za o tra ba lho com tex tos pu -<br />

bli ci tá rios, dra má ti cos, bio gra fias, fil mes<br />

e suas si nop ses, en quan to a quar ta uni -<br />

da de (“Fa tos e fo tos”) prio ri za o tra ba lho<br />

com tex tos jor na lís ti cos.<br />

Essa or ga ni za ção, além de abar car gran de<br />

par te da ti po lo gia tex tual, pos si bi li ta tra ba lhar<br />

as ha bi li da des ne ces sá rias à abor da gem de<br />

cada tipo de tex to. Deste modo, as ha bi li da des<br />

ad qui ri das para a lei tu ra e pro du ção de um gê -<br />

ne ro de dado tipo podem ser apro vei ta das ao<br />

se tra ba lhar ou tros gê ne ros. As sim, quan do se<br />

tra ba lha a nar ra ção em um con to de fa das ou<br />

em uma nar ra ti va in fan til con tem po râ nea, as<br />

ca rac te rís ti cas bá si cas da nar ra ti va são apli ca -<br />

das em ou tros tex tos, tais como fá bu la, apó lo -<br />

go, bio gra fias, fil mes, pe ças de tea tro etc., mas<br />

ao mes mo tem po são abordadas as ca rac te rís -<br />

ti cas es pe cí fi cas de cada tex to. Essa pers pec ti -<br />

va não pode ser es que ci da para que seu tra ba -<br />

lho seja mais pro du ti vo.<br />

A proposta da co le ção con cre ti za os<br />

se guin tes prin cí pios:<br />

a) Todo fa lan te pos sui uma gra má ti ca in -<br />

ter na li za da, cons truí da a par tir das pró -<br />

prias ex pe riên cias lin guís ti cas. Esse co -<br />

nhe ci men to pré vio deve ser o pon to de<br />

par ti da para o tra ba lho de sen vol vi do<br />

na es co la. Es ti mu la do(a) a se ex pres sar,<br />

o(a) alu no(a) terá opor tu ni da de de con -<br />

fron tar as di fe ren tes mo da li da des da<br />

lín gua e es co lher a mais ade qua da à si -<br />

tua ção co mu ni ca ti va.<br />

b) A es cri ta não é mera trans cri ção da<br />

fala. Nes sa pers pec ti va, cons truí mos<br />

ati vi da des que pos si bi li tem ao usuá rio<br />

per ce ber a di fe ren ça en tre os re cur sos<br />

uti li za dos em cada uma, para que ele<br />

pos sa iden ti fi cá-los nos tex tos dos ou -<br />

tros e em pre gá-los ade qua da men te no<br />

pró prio tex to.<br />

c) En quan to a fala ex pri me con teú dos,<br />

com bi nan do principalmente so no ri da -<br />

de, en toa ção, ges tua li da de e expressões<br />

fisionômicas, a es cri ta uti li za os si nais<br />

grá fi cos e a pon tua ção para or ga ni zar as<br />

9


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10<br />

tro cas en tre os in ter lo cu to res. As ati vi da -<br />

des de trans cri ção de um tex to fa la do ou<br />

a lei tu ra oral de um tex to es cri to são<br />

opor tu ni da des para os alu nos ob ser va -<br />

rem as mar cas mais es pe cí fi cas da ora li -<br />

da de e da es cri ta e sa be rem como pas -<br />

sar de uma a ou tra. Es sas ati vi da des de -<br />

vem ser ex plo ra das pelo(a) pro fes sor(a),<br />

que deve apro vei tar to das as opor tu ni -<br />

da des para aju dar o alu no a per ce ber as<br />

características da fala e as da es cri ta. As -<br />

sim, sem pre que sur gi rem nos tex tos<br />

orais ou es cri tos mo dos de di zer que são<br />

es pe cí fi cos de uma ou ou tra mo da li da de<br />

da lín gua (oral e es cri ta), cabe ao(à) pro -<br />

fes sor(a) sem pre per gun tar: como você<br />

di ria isso por es cri to? Como nós di ze -<br />

mos isso ao fa lar?<br />

d) O le van ta men to de hi pó te ses e de in -<br />

for ma ções so bre o tema/as sun to do tex -<br />

to (a ser lido ou pro du zi do) an te ce de as<br />

ati vi da des de lei tu ra e de es cri ta, para<br />

que o alu no pos sa ex pres sar suas ideias<br />

e seu co nhe ci men to pré vio.<br />

e) Do tex to par tem as ati vi da des de<br />

compreensão e interpretação, de pro -<br />

du ção e de co nhe ci men to lin guís ti co<br />

(gra má ti ca e or to gra fia) pro pos tas. Es -<br />

pe ra-se que o alu no, co nhe cen do a<br />

fun ção e a es tru tu ra de gran de va rie -<br />

da de de ti pos de tex tos, per ce ba a di -<br />

ver si da de dos usos so ciais da es cri ta e<br />

da fala e che gue a ter uma com pe tên -<br />

cia de se ja da na es co lha do tipo de re -<br />

cur so e tex to mais ade qua do a cada<br />

si tua ção de in te ra ção co mu ni ca ti va.<br />

f) O ob je to do en si no de lín gua ma ter na<br />

é a linguagem em suas múl ti plas rea -<br />

li za ções, sen do fun da men tal o tra ba -<br />

lho com os di ver sos ti pos de tex tos:<br />

dos li te rá rios aos não li te rá rios, in -<br />

cluin do os não ver bais e com diferentes<br />

variedades da língua.<br />

2 - Es tru tu ra dos ca pí tu los<br />

Os capítulos apresentam as seguintes<br />

seções e subseções:<br />

2.1 - Pré-Tex to<br />

Essa se ção visa três fi na li da des: in -<br />

ves ti gar os co nhe ci men tos pré vios do<br />

alu no so bre o tema, des per tar seu in te -<br />

res se pela lei tu ra do tex to e orien tá-lo na<br />

ela bo ra ção de hi pó te ses so bre o de sen -<br />

vol vi men to do tex to, o que é uma das<br />

con di ções para a for ma ção de um bom<br />

lei tor – a ca pa ci da de de an te ci pa ção.<br />

2.2 - Dia lo gan do com o tex to<br />

Pre fe ri mos apre sen tar, num úni co blo -<br />

co, as ques tões so bre es tru tu ra do tex to,<br />

vo ca bu lá rio e in ter pre ta ção. Ques tões so -<br />

bre a com po si ção do tex to só apa re cem<br />

quan do a es tru tu ra se cons ti tuir numa no -<br />

vi da de ou apre sen tar di fi cul da des. As<br />

ques tões de vo ca bu lá rio, sen ti do de pa la -<br />

vras ou ex pres sões só apa re ce rão se o<br />

con tex to não for su fi cien te para elu ci dar o<br />

sen ti do des sas pa la vras ou ex pres sões, ou<br />

se o item le xi cal ou o cam po se mân ti co<br />

ou o cam po le xi cal for su fi cien te men te<br />

rico para mo ti var uma ex plo ra ção maior.<br />

Quan do o sen ti do de uma pa la vra não<br />

pode ser in tuí do pelo alu no a par tir do<br />

con tex to, op ta mos pe las no tas de ro da pé.<br />

Acre di ta mos que o con ví vio com os tex tos<br />

es cri tos e/ou orais, a par tir de uma orien -<br />

ta ção que pri vi le gie a sig ni fi ca ção, é que


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re dun da rá na am plia ção e en ri que ci men -<br />

to do vo ca bu lá rio, e não o es tu do de ex -<br />

ten sas lis tas de si nô ni mos e an tô ni mos<br />

des con tex tua li za dos. De todo modo, há<br />

exercícios de vocabulário de diferentes<br />

tipos, que podem ser vistos adiante no<br />

item sobre ensino de vocabulário.<br />

O pon to alto do “Dia lo gan do com o<br />

tex to” é a in ter pre ta ção. Pro po mos ques -<br />

tões que exi gem não só uma com preen -<br />

são li te ral e um le van ta men to di re to de<br />

ele men tos do tex to, mas tam bém ques -<br />

tões que exi gem um maior pro ces sa men -<br />

to cog ni ti vo, como aque las que es ti mu -<br />

lam o alu no a fa zer in fe rên cias, a re la -<br />

cio nar ele men tos do tex to em sua sig ni -<br />

fi ca ção cotex tual e con tex tual. Acre di ta -<br />

mos que, para for mar lei to res com pe ten -<br />

tes, é pre ci so ha bi tuar o alu no a ir além<br />

do dito e des co brir os im plí ci tos das en -<br />

tre li nhas, do que é pos sí vel in fe rir a par -<br />

tir das pis tas tex tuais e de seus co nhe ci -<br />

men tos de mun do.<br />

2.3 - Dia lo gan do com<br />

ou tros tex tos<br />

Além dos objetivos do “Dialogando<br />

com o texto”, essa se ção pro põe a in ter -<br />

lo cu ção do tex to prin ci pal com ou tros<br />

tex tos, para que o alu no pos sa tra ba lhar<br />

com abor da gens dis tin tas de um mes mo<br />

tó pi co, tan to no que diz res pei to a di fe -<br />

ren tes pers pec ti vas e/ou per cep ções cir -<br />

cu lan tes na nos sa so cie da de e cul tu ra,<br />

quan to para po der ob ser var, com pa rar,<br />

ques tio nar o tra ta men to do mes mo tó pi -<br />

co por di fe ren tes gêneros de tex tos.<br />

Aqui, ain da, mui tas ve zes, ques tões in -<br />

ter pre ta ti vas res sal tam a po si ção de um e<br />

ou tro tex to.<br />

2.4 — Vamos falar<br />

Essa seção tem o objetivo fundamental<br />

de desenvolver a expressão oral em<br />

situações mais formalizadas de uso da<br />

língua oral, ou seja, quando se usam os<br />

chamados gêneros orais públicos. Para<br />

isso são utilizadas as seguintes formas de<br />

trabalho com a língua oral, que serão<br />

subseções do “Vamos falar”:<br />

a) Opinião e discussão.<br />

b) Exposição oral.<br />

c) Debate de opinião.<br />

d) Debate deliberativo.<br />

e) Entrevista.<br />

f) Teatro.<br />

g) Jornal falado.<br />

Além do que dizemos a seguir, no subitem<br />

6 (“O trabalho com gêneros orais públicos”)<br />

do item III (“Fundamentos”) adiante,<br />

há instruções de como desenvolver algumas<br />

dessas atividades de produção de texto oral.<br />

2.4.1 — Opi nião e dis cus são<br />

Na subse ção “Opi nião e Dis cus -<br />

são” encontram-se ati vi da des para o<br />

de sen vol vi men to da ha bi li da de de<br />

apresentar pontos de vista e ar gu men -<br />

tar em embate com outros pontos de<br />

vista. O alu no deve sa ber de fen der a<br />

pró pria opi nião, aco lher o ar gu men to<br />

con trá rio quan do fun da men ta do e dis -<br />

cor dar com fun da men to.<br />

Nes sa subse ção, re la cio na-se o tó pi -<br />

co, o as sun to do tex to, com ele men tos<br />

da vida co ti dia na, e tra ba lham-se, jun -<br />

ta men te com a lín gua, ques tões de éti -<br />

ca, de ci da da nia (tais como di rei tos hu -<br />

ma nos, ati tu des de pre ser va ção do<br />

meio am bien te, res pon sa bi li da de so -<br />

11


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12<br />

cial com o que é pú bli co, com por ta -<br />

men to dian te de di fe ren tes gru pos so -<br />

ciais etc.) e va lo res pes soais e so ciais<br />

(amor, so li da rie da de, res pei to ao ou tro<br />

etc.). Na ver da de, é um modo de o alu -<br />

no per ce ber que os tex tos da es co la são<br />

os tex tos do dia a dia, que se re la cio -<br />

nam com o que vi ve mos em to dos os<br />

mo men tos de nos sa vida pes soal e so -<br />

cial. Essa subseção, embora proponha<br />

uma discussão um tanto informal, já<br />

introduz alguma formalidade na discussão:<br />

emitir sua opinião, pedir a fala<br />

para concordar ou discordar, aguardar<br />

sua vez de falar etc., e prepara de certo<br />

modo para situações argumentativas<br />

mais formais, como no debate deliberativo<br />

e de opinião, em dois aspectos:<br />

a) a capacidade de levantar pontos de<br />

vista e defendê-los ou não aceitá-los,<br />

encontrando argumentos a favor ou<br />

contra; b) a capacidade de agir em<br />

situações mais formalizadas de fala em<br />

atitudes como as que acabamos de<br />

lembrar. O(A) professor(a) deve conduzir<br />

a discussão a partir das questões<br />

propostas, de forma mais ou menos<br />

livre, mas atendendo aos aspectos que<br />

acabamos de enumerar sobre o desenvolvimento<br />

da atividade.<br />

Aqui, você, pro fes sor(a), como em to -<br />

dos os de mais mo men tos das ati vi da des<br />

de tra ba lho com a lín gua (como, por<br />

exemplo, quando fala as respostas às perguntas<br />

de todas as seções), deve con du zir<br />

o alu no a ex pres sar seu pen sa men to por<br />

fra ses/tex tos orais com ple tos, ela bo ra dos,<br />

evi tan do res pos tas por mo nos sí la bos, por<br />

uma úni ca pa la vra ou ex pres são, a não<br />

ser que este seja o caso es tri to, pois, so -<br />

men te se ex pres san do oral men te, o alu no<br />

ga nha rá fluên cia em sua fala e ca pa ci da -<br />

de de emi tir ideias de for ma mais com ple -<br />

ta, in te li gí vel e ela bo ra da.<br />

2.4.2 — Exposição oral<br />

A subseção “Exposição oral” traz atividades<br />

que visam desenvolver a competência<br />

de apresentar ideias de forma<br />

organizada e que poderá ser utilizada no<br />

futuro em diversas circunstâncias da vida<br />

da pessoa em gêneros distintos, tais<br />

como aulas, conferências, seminários,<br />

reuniões de trabalho, comunicações<br />

diversas etc. O modo como trabalhar a<br />

exposição oral com os alunos está sugerido<br />

adiante, neste manual.<br />

2.4.3 — Debates deliberativo<br />

e de opinião<br />

Com as atividades das subseções<br />

“Debate de opinião” e “Debate deliberativo”<br />

busca-se desenvolver a habilidade<br />

e a competência de discutir ideias,<br />

pontos de vista, propostas de ação, de<br />

modo organizado e mais formal, com<br />

argumentação apropriada em embate<br />

com interlocutores que sustentam outras<br />

ideias, pontos de vista ou propostas de<br />

ação, com o fim de fazer prevalecer<br />

uma ideia ou ponto de vista (debate de<br />

opinião) ou decidir o que fazer em<br />

determinadas circunstâncias (debate<br />

deliberativo). As habilidades e competências<br />

desenvolvidas aqui também<br />

terão utilidade em circunstâncias diversas<br />

da vida da pessoa em gêneros distintos.<br />

Essas habilidades poderão ser utilizadas,<br />

por exemplo, em assembleias em


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geral (como as de trabalhadores, de condomínios<br />

etc.), reuniões de trabalho,<br />

defesas de trabalhos acadêmicos, entrevistas<br />

de emprego etc. O modo como<br />

organizar e trabalhar os debates com os<br />

alunos também está sugerido adiante<br />

neste manual.<br />

2.4.4 — Entrevista<br />

A entrevista é um gênero oral muito<br />

usado hoje nos meios de comunicação<br />

escritos (jornais, revistas que fazem a<br />

entrevista oralmente e depois as transcrevem<br />

e editam) e também nos não<br />

escritos (rádio, televisão). Além disso, a<br />

entrevista é usada para outros fins, como<br />

na coleta de dados em pesquisas acadêmicas<br />

ou pesquisas de opinião, por<br />

exemplo. As atividades dessa subseção<br />

trabalham a habilidade de usar este<br />

gênero tanto como entrevistador, quanto<br />

como entrevistado. Como entrevistador<br />

desenvolve-se a habilidade de ter acesso<br />

e extrair conhecimentos e opiniões do<br />

entrevistado, o que é o objetivo básico<br />

da entrevista, devendo o entrevistador<br />

abster-se de tomar a palavra dando as<br />

suas respostas às perguntas. Ele sempre<br />

interfere no sentido de conseguir a informação<br />

pretendida com a entrevista.<br />

Como entrevistado desenvolve-se a<br />

habilidade de responder à pergunta feita<br />

e não falar de outra coisa, mesmo que<br />

isto seja usado como técnica para disfarçar<br />

não conhecimento ou para não se<br />

comprometer devido às respostas dadas<br />

em função dos fatos revelados ou de opiniões<br />

emitidas.<br />

Deve-se aprender como a entrevista é<br />

constituída e se desenvolve:<br />

a) Breve apresentação do entrevistado.<br />

b) Perguntas do entrevistador buscando<br />

obter informações e opiniões do<br />

entrevistado e respostas deste atendendo<br />

ao solicitado ou, se não puder<br />

fazê-lo por alguma razão, declinando<br />

de modo cortês de fazê-lo.<br />

c) Fecho da entrevista, com agradecimentos<br />

ao entrevistado (que também<br />

podem ser feitos na abertura, mas<br />

devem se repetir aqui) e últimas palavras<br />

do entrevistado.<br />

2.4.5 — Teatro<br />

O trabalho com a linguagem oral<br />

usando o teatro permite trabalhar uma<br />

diversidade de circunstâncias próprias<br />

da teatralização. Pode-se, por exemplo,<br />

representar as mais diversas situações<br />

que permitem usar as variedades da<br />

língua: culta x não culta; formal x coloquial;<br />

de diferentes regiões e épocas, o<br />

uso feminino e masculino da linguagem<br />

e variedade de cortesia, status e<br />

técnica.<br />

Todavia o teatro é uma forma bastante<br />

interessante e lúdica de fazer com que o<br />

aluno seja capaz de falar em público,<br />

superando constrangimentos e timidez,<br />

por estar representando outra pessoa. Não<br />

só por esta razão, mas também porque,<br />

para as apresentações teatrais, deve haver<br />

sempre uma preparação do que dizer,<br />

como dizer, de caracterização do personagem,<br />

a montagem de cenários etc.<br />

O teatro pode ser usado em situações<br />

não sugeridas nos volumes, inclusive em<br />

formas variadas como o teatro de bonecos,<br />

de sombra ou de máscaras.<br />

13


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14<br />

Devido à sua flexibilidade, esta<br />

forma de atividade com a linguagem é<br />

um importante instrumento que o professor<br />

pode usar em diversos momentos.<br />

Veja também o que se diz no item IV<br />

(“Sugestões de trabalho em sala de aula<br />

com diferentes materiais e suportes”),<br />

subitem 7.4 (“Leitura compartilhada de<br />

textos dramáticos”).<br />

2.4.6 — Jornal falado<br />

O jornal falado é uma atividade que,<br />

além de motivadora, pelo interesse que<br />

os alunos têm de imitar os jornais falados,<br />

sobretudo da televisão, permite o<br />

uso da norma culta contemporânea para<br />

falar dos mais diferentes assuntos. O jornal<br />

falado deve ser precedido de uma<br />

preparação em que os alunos:<br />

a) Selecionam o que vai ser noticiado<br />

(podem ser notícias e informações atinentes<br />

à escola, à comunidade em que<br />

vivem e mesmo notícias da região, do<br />

estado em que vivem, e do Brasil, convites<br />

e divulgação de eventos, exposições,<br />

shows etc.) e outros elementos que<br />

farão parte do jornal falado;<br />

b) Escolhem a ordem em que as notícias<br />

e demais informações serão dadas;<br />

c) Decidem se as notícias serão organizadas<br />

em blocos ou não. Por exemplo:<br />

economia; política; esportes; fatos<br />

curiosos; eventos; descobertas; notas<br />

sociais (como aniversários; casamentos,<br />

entre outros); agricultura etc.<br />

Pode-se incluir ainda informações<br />

sobre o tempo; anúncios de compra e<br />

venda; livros, filmes e programas de<br />

TV recomendados pela turma; anúncio<br />

de achados e perdidos etc.;<br />

d) Determinam quem vai dizer as notícias.<br />

Para a participação de um maior<br />

número de alunos pode haver um(a)<br />

ou dois (duas) alunos(as), ou um casal,<br />

que conduz o noticiário, e alunos<br />

responsáveis por dizer as notícias de<br />

cada bloco sugerido anteriormente.<br />

Pode também haver chamada (simulada)<br />

de repórteres que estariam em<br />

algum lugar dando informações atualizadas<br />

e ao vivo.<br />

Veja também o que se diz no item IV<br />

(“Sugestões de trabalho em sala de aula<br />

com diferentes materiais e suportes”),<br />

subitem 6 (“Jornal escolar”).<br />

IMPORTANTE: A turma pode ter um<br />

jornal falado permanente, com uma edição<br />

semanal, quinzenal ou mensal, conforme<br />

as possibilidades da turma e/ou da<br />

escola.<br />

2.5 - Pro du ção de tex to<br />

As ati vi da des des sa seção pro põem<br />

si tua ções para a ela bo ra ção de um tex to<br />

escrito re la cio na do com os tex tos e as<br />

ati vi da des do ca pí tu lo.<br />

Para pro du zir um tex to es cri to, o<br />

usuá rio da lín gua (aqui o alu no) pre ci sa<br />

de al gu mas con di ções fun da men tais (cf.<br />

Ge ral di, 1993, p.160-165) – que valem<br />

também para a produção de textos orais,<br />

como os da seção “Vamos falar”:<br />

a) Ter o que di zer (o as sun to, as in for ma -<br />

ções se le cio na das para cons ti tuir o<br />

tex to).


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b) Ter uma ra zão para di zer o que vai di -<br />

zer (o mo ti vo para di zer, o ob je ti vo).<br />

c) Para quem di zer (o in ter lo cu tor).<br />

d) O pro du tor pre ci sa as su mir-se como<br />

lo cu tor, como “su jei to que diz o que<br />

diz para quem diz (o que im pli ca res -<br />

pon sa bi li zar-se, no pro ces so, por suas<br />

fa las)” (Ge ral di, 1993, p. 160). Este as -<br />

su mir-se como lo cu tor, su jei to do seu<br />

ato de di zer (fa lan do ou es cre ven do),<br />

evi ta a re pro du ção, o fa zer o tex to<br />

para a es co la, para agra dar ao(à) pro -<br />

fes sor(a), pen san do no que ele(a) gos -<br />

ta ria de ou vir ou ler no tex to que está<br />

sen do pro du zi do.<br />

e) Es co lher es tra té gias ade qua das para<br />

di zer o que se tem a di zer, para o in -<br />

ter lo cu tor de ter mi na do, pe las ra zões<br />

que fo ram es ta be le ci das e as su min do-<br />

-se como lo cu tor. Na es co lha des sas<br />

es tra té gias, o alu no será orientado e<br />

au xi lia do por vá rios ti pos de ati vi da -<br />

des pre sen tes nos li vros, tais co mo:<br />

• o es tu do da es tru tu ra tópica do<br />

tex to para o alu no perceber que<br />

todo tex to tem um pla no, uma<br />

or ga ni za ção;<br />

• os exer cí cios de vo ca bu lá rio;<br />

• as ati vi da des de “Conhecendo<br />

mais nossa língua”, em que se<br />

dis cu tem os vá rios re cur sos da<br />

lín gua para um mes mo fim e as<br />

di fe ren ças en tre eles;<br />

• as pró prias ati vi da des de lei tu ra<br />

de tex tos e de dis cus são;<br />

• a apre sen ta ção e o es tu do de<br />

di fe ren tes gê ne ros de tex tos.<br />

Ain da fa zem par te das con di ções de<br />

pro du ção do tex to e, por tan to, afe tam<br />

sua cons tru ção e cons ti tui ção os se guin -<br />

tes as pec tos:<br />

• Onde? (em que lu gar a co mu ni ca -<br />

ção se efe ti va?).<br />

• Quan do? (em que épo ca, mo men -<br />

to, a co mu ni ca ção se efe ti va?). Aqui<br />

po dem en trar tam bém si tua ções es -<br />

pe cí fi cas como: uma pa les tra, uma<br />

ex po si ção na es co la, uma reu nião em<br />

qual quer ins ti tui ção, como um ór gão<br />

pú bli co ou uma fir ma co mer cial etc.,<br />

o que às ve zes man tém for te re la ção<br />

com o onde.<br />

• Em que meio ou su por te o tex to será<br />

apre sen ta do/vei cu la do? Terá como<br />

su por te um fo lhe to, um li vro, um jor -<br />

nal, uma re vis ta, um car taz, uma pá -<br />

gi na de in ter net?<br />

2.6 — Conhecendo mais<br />

nossa língua<br />

Nes sa se ção são pro pos tas ati vi da des<br />

que bus cam orien tar o alu no no que diz<br />

res pei to aos re cur sos da lín gua nos di ver -<br />

sos pla nos (fo no ló gi co, mor fo ló gi co, sin -<br />

tá ti co, se mân ti co, prag má ti co) e ní veis<br />

(le xi cal, fra sal, tex tual) da lín gua, bus -<br />

can do cha mar sua aten ção para a exis -<br />

tên cia e o modo de fun cio na men to des -<br />

ses re cur sos (o que eles sig ni fi cam, como<br />

se dis tin guem de ou tros, quan do po dem<br />

e/ou de vem ser usa dos).<br />

Tam bém são tra ta dos fa tos de im pli -<br />

ca ção di re ta na es co lha de es tra té gia<br />

para cons tru ção dos tex tos, tan to orais<br />

quan to es cri tos:<br />

15


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16<br />

a) As pec tos da lín gua es cri ta, tais como<br />

or to gra fia e pon tua ção e sua re la ção<br />

com a lín gua oral.<br />

b) Re cur sos e ti pos de re cur sos exis ten -<br />

tes e o que e como eles sig ni fi cam,<br />

isto é, como atuam na cons ti tui ção os<br />

tex tos para sig ni fi car.<br />

c) Gran de par te dos tó pi cos de gra má ti -<br />

ca são abor da dos mais nas di men sões<br />

de sua sig ni fi ca ção e fun ção no tex to<br />

(não es ta mos fa lan do de fun ção sin tá -<br />

ti ca) e na di men são nor ma ti va, no<br />

sen ti do das re gras so ciais de uso da<br />

lín gua e da ade qua ção ou não de uso<br />

de ele men tos/re cur sos de va rie da des<br />

lin guís ti cas dis tin tas em de ter mi na das<br />

cir cuns tân cias de co mu ni ca ção.<br />

O que se abor da de teo ria gra ma ti cal<br />

ou lin guís ti ca é um mí ni mo es sen cial a<br />

uma in for ma ção cul tu ral bá si ca nes te ní -<br />

vel (4 o e 5 o anos do En si no Fun da men tal),<br />

so bre tu do para uma ins tru men ta ção mí -<br />

ni ma do alu no na re fe rên cia mais exa ta a<br />

ele men tos da lín gua. As sim, tra ba lhamse<br />

pou cos con cei tos, como o de pa la vra<br />

(de uma ma nei ra mui to in tui ti va), sí la ba,<br />

to ni ci da de e sí la ba tô ni ca e al gu mas<br />

clas ses de pa la vras fun da men tais, o pró -<br />

prio con cei to de tex to e de gê ne ros dis -<br />

tin tos, so bre os quais são da das al gu mas<br />

in for ma ções bá si cas. Por tan to, o que<br />

apa re ce de co nhe ci men to lin guís ti co é,<br />

como está pro pos to nos PCNs, um mí ni -<br />

mo es sen cial, su bor di na do ao que esse<br />

co nhe ci men to pode aju dar no uso da<br />

lín gua.<br />

Para a in ser ção de al guns co nhe ci -<br />

men tos lin guís ti cos, há quadros in ti tu la -<br />

dos “Você sa bia?”, que ge ral men te bus -<br />

cam in tro du zir não ape nas con cei tos,<br />

mas tam bém ca rac te rís ti cas de sig ni fi ca -<br />

ção e de fun cio na men to de re cur sos da<br />

lín gua. Às ve zes, essa se ção tem li ga ção<br />

com a in ter pre ta ção do tex to ou com a<br />

pro po si ção de ati vi da des de ou tras se -<br />

ções, como a de “Pro du ção de tex to”.<br />

A seção “Conhecendo mais nossa língua”<br />

aparece subdividida em subseções<br />

que indicam o tópico de conhecimento<br />

linguístico que está sendo abordado nas<br />

atividades incluídas na subseção. Como<br />

a ênfase é na questão do papel dos recursos<br />

linguísticos no texto, sobretudo em<br />

como e o que eles significam, há muitas<br />

subseções do tipo “Exprimindo...”, em<br />

que se trabalham expressão de tempo,<br />

modo, lugar, causa e consequência, adição,<br />

alternância, intensidade; certeza,<br />

dúvida, nossa atitude em relação ao que<br />

dizemos (estas três últimas relacionadas à<br />

modalidade) etc. Mas também aparecem<br />

subseções em que se aponta o recurso<br />

(“Repetição de palavra”, “Verbo: xxxx”,<br />

“Adjetivos pátrios”, “Adjetivo e comparação”,<br />

“Interjeições”) e depois se trabalha<br />

sua significação ou algum outro aspecto<br />

de seu funcionamento nos textos. Uma<br />

subseção que aparece com frequência é<br />

“Várias formas da nossa língua: xxxxx”,<br />

em que se enfoca a questão de variações<br />

linguísticas, dos dialetos e registros, da<br />

norma culta e não culta, formal e coloquial<br />

da língual oral e da língua escrita<br />

etc. A relação oral e escrito também aparece<br />

na subseção “Letras e sons”. Outra<br />

subseção que sempre aparece é “Palavras<br />

que substituem ou retomam outras” que


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trata da coesão referencial. Há muitas<br />

outras subseções cujo subtítulo deixa<br />

claro o que se está trabalhando como é o<br />

caso de “Formando novas palavras”,<br />

“Palavras antônimas”, “Palavras sinônimas”,<br />

“Sinônimos: sentidos de palavra”<br />

etc. (todas estas trabalhando a questão do<br />

léxico em exercícios de vocabulário). Em<br />

alguns casos a subseção tem um título<br />

duplo, porque dois aspectos são tratados<br />

simultaneamente em sua inter-relação,<br />

como, por exemplo, em “Exprimindo<br />

causa e consequência e Várias formas da<br />

nossa língua: oral x escrita”.<br />

O objetivo dessa forma de organização<br />

é auxiliar o professor a fazer seu planejamento.<br />

17


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III - FUN<strong>DA</strong>MENTOS<br />

Apre sen ta mos al guns fun da men tos<br />

es sen ciais que sub ja zem às ati vi da des de<br />

en si no-apren di za gem do por tu guês co -<br />

mo lín gua ma ter na, ou pri mei ra lín gua,<br />

como al guns pre fe rem di zer, e que foram<br />

levados em conta na montagem das atividades.<br />

Ge ral men te, as ati vi da des de en si no-<br />

-apren di za gem de lín gua ma ter na cos tu -<br />

mam ser di vi di das e or ga ni za das em cin -<br />

co gran des blo cos.<br />

1- Vo ca bu lá rio.<br />

2- Gra má ti ca.<br />

3- Pro du ção de tex tos.<br />

4- Com preen são de tex tos.<br />

5- En si no de con ven ções da lín -<br />

gua es cri ta, in cluin do or to gra fia<br />

e pon tua ção.<br />

Essa di vi são em blocos das ati vi da des<br />

de en si no-apren di za gem de lín gua é<br />

mais uma ques tão de fa ci li da de de or ga -<br />

ni za ção di dá ti co-pe da gó gi ca, por que,<br />

na ver da de, to dos os ele men tos da lín -<br />

gua atuam em con jun to na cons ti tui ção<br />

e fun cio na men to dos tex tos e fa zem par -<br />

te da gra má ti ca da lín gua, en ten di da<br />

como o me ca nis mo que per mi te que nos<br />

co mu ni que mos por meio des sa for ma de<br />

lin gua gem que é a lín gua. As sim, o lé xi -<br />

co (exer cí cios de vo ca bu lá rio), bem co -<br />

mo os ti pos de tex tos e suas es tru tu ras e<br />

ca rac te rís ti cas pró prias, a sig ni fi ca ção<br />

dos di ver sos ti pos de re cur sos da lín gua<br />

e de cada re cur so es pe ci fi ca men te fa zem<br />

par te da gra má ti ca da lín gua. A gra má ti -<br />

ca da lín gua in clui to dos os re cur sos que<br />

a cons ti tuem em to dos os pla nos e ní veis<br />

e to das as re gras, prin cí pios e es tra té gias<br />

que eles aten dem ao com por tex tos para<br />

fun cio nar na co mu ni ca ção, crian do efei -<br />

tos de sen ti do. Por tan to de ve-se en ten der<br />

essa di vi são ape nas como um ar ti fí cio<br />

para or ga ni zar o es tu do da lín gua e o tra -<br />

ba lho cor res pon den te em sala de aula.<br />

Mais de uma vez fa la mos em re cur sos<br />

da lín gua. São re cur sos da lín gua:<br />

a) To das as suas uni da des, no pla no fo né -<br />

ti co-fo no ló gi co (sons, fo ne mas, sí la bas);<br />

mor fo ló gi co (mor fe mas: su fi xos, pre fi -<br />

xos, fle xões – mu dan ças de for ma para<br />

in di car ca te go rias gra ma ti cais – raí zes<br />

ou ra di cais); le xi cal (pa la vras e suas diferentes<br />

classes); sin tá ti co (sin tag mas, ora -<br />

ções, fra ses, pe río dos sim ples ou com -<br />

pos tos); se mân ti co (se mas = tra ços de<br />

sig ni fi ca do de uma pa la vra, cam pos se -<br />

mân ti cos); tex tual (os tex tos e seus di fe -<br />

ren tes gê ne ros).<br />

b) To das as for mas de cons tru ção (or dem<br />

di re ta ou in ver sa, a or dem em ge ral,<br />

coor de na ção, su bor di na ção, repetição<br />

etc.).<br />

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20<br />

c) As ca te go rias gra ma ti cais: gê ne ro, nú -<br />

me ro, pes soa, tem po, mo da li da de,<br />

voz, as pec to.<br />

d) Re cur sos su prasseg men tais, tais como<br />

en to na ções, pau sas, al tu ra de voz, rit -<br />

mo, alongamente de vogais.<br />

e) Ou tros.<br />

A se guir, va mos apre sen tar para<br />

cada blo co de ati vi da des al guns fun da -<br />

men tos que o(a) pro fes sor(a) deve sem -<br />

pre ter em men te ao tra ba lhar com o en -<br />

si no-apren di za gem de lín gua.<br />

1 - En si no de vo ca bu lá rio<br />

1.1 - Objetivos gerais<br />

O do mí nio de um con jun to sig ni fi ca ti vo<br />

de pa la vras é uma das mais im por tan tes ha -<br />

bi li da des para o uso com pe ten te da lín gua.<br />

To da via é pre ci so es tar cien te de que o de -<br />

sen vol vi men to do vo ca bu lá rio de uma pes -<br />

soa nun ca ter mi na. Em bo ra não se sai ba<br />

exa ta men te o nú me ro mé dio de pa la vras<br />

que com põem o vo ca bu lá rio do mi na do<br />

por uma pes soa, sabe-se que o vo ca bu lá rio<br />

pro du ti vo, ati vo ou de uso (aque le que a<br />

pes soa usa para di zer o que quer) é me nor<br />

do que o vo ca bu lá rio re cep ti vo, passivo ou<br />

de reconhecimento (aque le que a pes soa<br />

usa para en ten der o que ouve ou lê), estando<br />

este último en tre 20 mil e 100 mil pa la -<br />

vras. Se gun do Ro cha (1996, p. 13-14), co -<br />

nhe cer uma pa la vra sig ni fi ca:<br />

a) Sa ber o grau de pro ba bi li da de de en -<br />

con trá-la e os ti pos de pa la vras mais<br />

pro vá veis de a ela se as so cia rem (fre -<br />

quên cia e co lo ca ção).<br />

b) Sa ber suas li mi ta ções de uso de acor -<br />

do com a fun ção e a si tua ção (tem po -<br />

ral, so cial, geo grá fi ca, re gis tro mais<br />

ou me nos for mal, mais ou me nos téc -<br />

ni co, mais ou me nos cor tês, res tri ção<br />

a cer tos cam pos de co nhe ci men to, a<br />

cer tos ob je tos etc.).<br />

c) Sa ber o seu “com por ta men to sin tá ti co”<br />

(pa drões de tran si ti vi da de, que ele men -<br />

tos a pa la vra exi ge que a acom pa nhem<br />

ou que po dem acom pa nhá-la, pos si bi -<br />

li da des de co lo ca ção na ca deia ou se -<br />

quên cia lin guís ti ca etc.).<br />

d) Co nhe cer suas for mas sub ja cen tes e<br />

de ri va ções.<br />

e) Co nhe cer o seu lu gar numa rede de<br />

as so cia ções com ou tras pa la vras da<br />

lín gua.<br />

f) Sa ber o seu va lor se mân ti co.<br />

g) Co nhe cer seus di fe ren tes sig ni fi ca dos<br />

(po lis se mia).<br />

Ro cha sin te ti za, di zen do que:<br />

“Co nhe cer uma pa la vra é ser ca paz de<br />

re co nhe cê-la, re lem brá-la, re la cio ná-la a<br />

um ob je to ou con cei to, usá-la cor re ta -<br />

men te, pro nun ciá-la e or to gra fá-la, co lo -<br />

cá-la apro pria da men te, usá-la em um ní -<br />

vel ade qua do de for ma li da de e ter cons -<br />

ciên cia de suas co no ta ções e as so cia -<br />

ções.” (1996, p.14)<br />

Por tan to, o ob je ti vo ge ral dos exer cí -<br />

cios de vo ca bu lá rio é não só a sim ples<br />

com preen são do sen ti do das pa la vras, mas<br />

a pe ne tra ção na ri que za dos ma ti zes de


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sen ti do, a per cep ção de di fe ren ças e se me -<br />

lhan ças e ou tras re la ções en tre as pa la vras<br />

em di ver sos as pec tos (se mân ti co, so cio lin -<br />

guís ti co, ar gu men ta ti vo, prag má ti co etc.) e<br />

o do mí nio do uso do lé xi co em seu fun cio -<br />

na men to tex tual-dis cur si vo para cons ti tui -<br />

ção do tex to e de seu sen ti do.<br />

1.2 - Princípios básicos<br />

No tra ba lho para o de sen vol vi men to<br />

do vo ca bu lá rio dos alu nos, não po de -<br />

mos es que cer al guns prin cí pios fun da -<br />

men tais a se rem ob ser va dos na ela bo ra -<br />

ção e/ou apli ca ção de exer cí cios de vo -<br />

ca bu lá rio. Lem bra mos como bá si cos e<br />

im por tan tes os se guin tes prin cí pios:<br />

1.2.1 — Nun ca tra ba lhar com as pa la vras<br />

fora de cotex to (fra se, tre cho e so bre tu do<br />

tex to) e de con tex to (uma si tua ção).<br />

Cotex to e con tex to são ne ces sá rios por que<br />

o sen ti do va ria, con for me os ou tros sig nos<br />

com os quais o sig no se com bi na (veja<br />

exem plo (1)) e, às ve zes, uma re la ção que<br />

vale num cotex to ou con tex to não vale em<br />

ou tro (veja o exem plo (2)), em que as mes -<br />

mas pa la vras são si nô ni mas no par de fra -<br />

ses a) mas não o são no par de fra ses b).<br />

(1) a) Nas ceu meu fi lho: é um me ni no.<br />

(= do sexo mas cu li no)<br />

b) Pare de fa zer isto. Você está pa re -<br />

cen do um me ni no. (Um pro fes sor uni -<br />

ver si tá rio, fa lan do para um ra paz de 25<br />

anos que está brin can do em aula.) (=<br />

crian ça, ir res pon sá vel)<br />

c) Os me ni nos ain da não che ga ram?<br />

(Pai per gun tan do à mãe pe los fi lhos já<br />

adul tos) (= fi lhos)<br />

(2) a) A lou ça está en xu ta /<br />

A lou ça está seca.<br />

b) Aque la ga ro ta é en xu ta /<br />

Aque la ga ro ta é seca.<br />

1.2.2 — Preo cu par-se com a for ma ção<br />

de con cei tos, que dão as pos si bi li da des<br />

sig ni fi ca ti vas de cada item le xi cal. O<br />

con cei to é o con jun to de tra ços de sig ni -<br />

fi ca do que dão o sig ni fi ca do fun da men -<br />

tal de uma pa la vra. Esse con cei to pode<br />

ser atin gi do por meio de re cur sos di ver -<br />

sos: apre sen ta ção de si nô ni mos, de fi ni -<br />

ções, exem pla res da qui lo a que a pa la -<br />

vra se re fe re (se res, ca rac te rís ti cas, si tua -<br />

ções), exem plos da pa la vra em uso etc.<br />

1.2.3 — Re pe tir o item le xi cal em di fe -<br />

ren tes con tex tos e si tua ções.<br />

1.2.4 — Tra ba lhar com os di fe ren tes fe -<br />

nô me nos re la ti vos ao lé xi co e seu uso:<br />

a) cam pos se mân ti cos: con jun to de<br />

pa la vras que têm pelo me nos um tra ço co -<br />

mum de sig ni fi ca do. Por exem plo: olhar,<br />

ver, en xer gar, ob ser var, es piar, con tem plar<br />

(= per ce ber pela vi são) / mu lher, me ni na,<br />

moça, ra pa ri ga, ga ro ta, gata, pan te ra (= ser<br />

hu ma no do sexo fe mi ni no);<br />

b) cam pos le xi cais: con jun to de pa -<br />

la vras usa do para fa lar de de ter mi na do<br />

as sun to. Por exem plo: Es co la = alu no,<br />

pro fes sor, li vros, bi blio te ca, sa la de<br />

aula, dis ci pli nas/ma té rias, lousa, can ti -<br />

na etc.;<br />

c) for ma ção de pa la vras;<br />

d) sen ti do es pe cí fi co e sen ti do ge -<br />

né ri co;<br />

e) de no ta ção e co no ta ção;<br />

f) po lis se mia;<br />

g) etc.<br />

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22<br />

1.2.5 — Le var em con ta que uma pa la -<br />

vra não é iso la da no lé xi co e man tém<br />

com ou tras di fe ren tes re la ções: si no ní -<br />

mia, an to ní mia, hi pe ro ní mia/hi po ní mia,<br />

pa ro ní mia, cog na tos etc.<br />

1.2.6 — Tra ba lhar pri mei ro com as pa -<br />

la vras de uso mais fre quen te, pas san do<br />

pau la ti na men te para as de uso me nos<br />

fre quen te, sem con tu do per der a opor tu -<br />

ni da de em fun ção da ocor rên cia da pa -<br />

la vra em tex tos orais e es cri tos com os<br />

quais se tra ba lha.<br />

1.2.7 — Mos trar a im por tân cia e a for ma<br />

de usar o di cio ná rio e o tipo de in for ma -<br />

ção que po de mos ob ter em um di cio ná -<br />

rio: clas se da pa la vra, gê ne ro, fle xão, pro -<br />

nú n cia, or to gra fia, sig ni fi ca dos, ho mô ni -<br />

mos, an tô ni mos etc.<br />

1.2.8 — Es tar aten to às re la ções do lé -<br />

xi co com as va rie da des lin guís ti cas (por<br />

exem plo, pa la vras usa das em uma re -<br />

gião e não em ou tras, que mos tram cor -<br />

te sia ou des cor te sia, usa das na lin gua -<br />

gem téc ni ca/cien tí fi ca ou co mum do dia<br />

a dia etc.).<br />

1.3 - Tipos de exercícios<br />

de vocabulário<br />

Para tra ba lhar o uso do vo ca bu lá rio,<br />

dis po mos de mui tos ti pos de exer cí cios<br />

específicos que fo ram uti li za dos nos li -<br />

vros da co le ção. Es ses ti pos de exer cí -<br />

cios são:<br />

1.3.1 — Diferentes sentidos<br />

da palavra<br />

Chamamos polissemias os di fe ren tes<br />

sen ti dos que uma pa la vra pode ter, con -<br />

for me o cotex to e/ou con tex to (si tua -<br />

ção) em que é usada. O exem plo (1),<br />

com a pa la vra “me ni no”, elucida o que<br />

é polissemia. Veja ain da o exem plo (3)<br />

abai xo.<br />

(3) a) “Quan do o me ni no pe gou o<br />

pas sa ri nho viu que ele es ta va vivo.”<br />

Qual é o sen ti do de vivo na fra se aci -<br />

ma re ti ra da do tex to? E nas fra ses abai xo?<br />

b) Esta flor tem uma cor viva.<br />

c) A fé viva de mi nha mãe in fluen -<br />

ciou to dos nós.<br />

d) A me ni na ti nha olhos vi vos que<br />

per ce biam tudo que se pas sa va a sua<br />

vol ta.<br />

Em qual das fra ses aci ma a pa la vra<br />

vi vo é an tô ni mo de:<br />

a) Fra co: ____________________<br />

b) Mor to: ___________________<br />

1.3.2 — Si nô ni mos<br />

• Sen ti do de pa la vras. Tra ba lha com o<br />

sen ti do que a pa la vra apre sen ta<br />

num dado tex to (oral ou es cri to),<br />

usa do em uma dada si tua ção. En tre<br />

vá rios sen ti dos pos sí veis, o alu no<br />

pre ci sa sa ber qual se apli ca ao tex -<br />

to em ques tão.<br />

• Sen ti do de ex pres sões (tais como:<br />

“sor rir ama re lo”, “per der a ca be -<br />

ça”, “dar no pé”, “dar a/uma mão”,<br />

“abrir os bra ços” etc.). O alu no vai<br />

apren der o sen ti do das ex pres sões<br />

idio má ti cas de sua pró pria lín gua,<br />

co muns tan to na lín gua oral quan -<br />

to es cri ta.


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• Di fe ren ças de sen ti do en tre si nô ni -<br />

mos. Este tipo de exer cí cio mos tra<br />

para o alu no que não exis te o cha -<br />

ma do si nô ni mo per fei to, mas que<br />

to dos os si nô ni mos apre sen tam di -<br />

fe ren ças de sen ti do entre si, a não<br />

ser que se jam pa la vras de va rie da -<br />

des lin guís ti cas di fe ren tes para in -<br />

di car o mes mo ob je to ou ser:<br />

como man dio ca e ma ca xei ra ou<br />

me xe ri ca e ber ga mo ta (ver ga mo ta<br />

ou tan ge ri na). Os exer cí cios sobre<br />

di fe ren ças de sen ti do en tre si nô ni -<br />

mos aju dam a de sen vol ver a qua -<br />

li da de de lin gua gem ou a com pe -<br />

tên cia de uso que tra di cio nal men -<br />

te se de no mi na de pre ci são vo ca -<br />

bu lar ou de lin gua gem (veja nas<br />

gra má ti cas tra di cio nais no ca pí tu -<br />

lo das qua li da des de lin gua gem).<br />

Para esse tipo de exer cí cio, o(a) pro -<br />

fes sor(a) con ta com o au xí lio do que a<br />

teo ria lin guís ti ca cha ma de “aná li se sê mi -<br />

ca”, que é a cons tru ção de uma ma triz de<br />

tra ços de sig ni fi ca do, mos tran do os tra -<br />

ços co muns ao sig ni fi ca do dos si nô ni mos<br />

e os tra ços dis tin ti vos. Um bom exem plo<br />

pode ser vis to em Tra va glia (2009d, p.<br />

164-166) com os ad je ti vos bo ni to, lin do,<br />

ma ra vi lho so, des lum bran te, di vi no, for -<br />

mo so, gra cio so, mi mo so, en can ta dor,<br />

que for mam um cam po se mân ti co em<br />

que to dos têm em co mum os tra ços de<br />

sig ni fi ca do [QUE TEM BE LE ZA] e [QUE<br />

CAU SA REA ÇÃO AGRADÁVEL]. No<br />

exem plo (4), apre sen ta mos ver bos que<br />

for mam um cam po se mân ti co (e por tan -<br />

to são si nô ni mos) por te rem em co mum o<br />

tra ço de sig ni fi ca do [PER CE BER PELA VI -<br />

SÃO]. O exemplo ilustra cla ra men te o<br />

que en tra em jogo num exer cí cio de di fe -<br />

ren ça en tre si nô ni mos.<br />

(4) a) olhar: vol tar os olhos em uma di -<br />

re ção, para per ce ber pela vi são;<br />

b) ver: per ce ber pela vi são;<br />

c) en xer gar: per ce ber pela vi são,<br />

ape sar de al gu ma di fi cul da de de algo<br />

ad ver so (es cu ri dão, ve lhi ce, ne voei ro<br />

etc.);<br />

d) di vi sar: per ce ber pela vi são a uma<br />

boa dis tân cia, mas de ma nei ra pou co<br />

pre ci sa, pou co cla ra;<br />

e) ob ser var: per ce ber pela vi são, du -<br />

ran te lon go tem po, com ob je ti vos de es -<br />

tu do e/ou aná li se;<br />

f) con tem plar: per ce ber pela vi são,<br />

du ran te lon go tem po, com pra zer e/ou<br />

ad mi ra ção;<br />

g) es piar: per ce ber pela vi são, de ma -<br />

nei ra ocul ta, sem que o vis to se dê con ta<br />

de que está sen do ob ser va do.<br />

1.3.3 — Diferentes palavras com<br />

o mesmo sentido<br />

Di fe ren tes pa la vras com o “mes mo”<br />

sen ti do. Em mui tos ca sos são pa la vras<br />

que de sig nam a mes ma coi sa em re -<br />

giões di fe ren tes, como os exem plos da -<br />

dos em Di fe ren ças de sen ti do en tre si -<br />

nô ni mos, mas tam bém po dem ser pa la -<br />

vras para de sig nar a mes ma coi sa, ob je -<br />

to ou ser, por di ver sas ra zões, como um<br />

tabu, por exem plo, que leva a cha mar o<br />

dia bo por mui tos no mes: dia bo, de mô -<br />

nio, demo, ca pe ta, o ca nho to, o pé-deca<br />

bra, ele, o sem-no me, bel ze bu, o ti -<br />

nho so etc.<br />

23


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24<br />

1.3.4 — An tô ni mos<br />

De ma nei ra bem sim ples, são as pa la -<br />

vras que têm sen ti do “con trá rio” de ou -<br />

tras. Na ver da de, te mos vá rios ti pos de<br />

antônimos, mas não é pre ci so dis tin gui-<br />

-los com os alu nos. Ob ser ve os gru pos<br />

de an tô ni mos abai xo para per ce ber que<br />

eles não têm to dos a mes ma na tu re za:<br />

a) ma cho x fê mea, ver te bra do x in ver te -<br />

bra do (a ne ga ção de um im pli ca a<br />

afir ma ção do ou tro. Se riam os an tô ni -<br />

mos com ple men ta res).<br />

b) quen te x frio, alto x bai xo, gor do x<br />

ma gro, rico x po bre (a ne ga ção de um<br />

não im pli ca a afir ma ção do ou tro,<br />

por que são ele men tos gra duá veis.<br />

Para mui tos, são os an tô ni mos pro -<br />

pria men te di tos).<br />

c) su bir x des cer, abrir x fe char, com prar<br />

x ven der, nas cer x mor rer (ge ral men te<br />

são ações com re sul ta dos opos tos.<br />

São os an tô ni mos re ver sos).<br />

Mui tas ve zes, o es tu do dos an tô ni -<br />

mos leva ao es tu do de for ma ção de pa la -<br />

vras, como os an tô ni mos for ma dos com<br />

os pre fi xos I-/IN-/IR- (imo ral, in fe liz,<br />

ines pe ra do, ir real); DES- (des leal, de so -<br />

nes to) e A- (anor mal). Além dis so, pode-<br />

-se usar a pa la vra ne ga ti va NÃO para for -<br />

mar an tô ni mos (não au to ri za do, não<br />

cos tu mei ro). É verdade que, mui tas ve -<br />

zes, te mos dois ou mais an tô ni mos for -<br />

ma dos por re cur sos di fe ren tes e que ge -<br />

ral men te não têm exa ta men te o mes mo<br />

sen ti do: trata-se de uma di fe ren ça en tre<br />

si nô ni mos (não au to ri za do e de sau to ri -<br />

za do). Como se vê, às ve zes, no mes mo<br />

exer cí cio, po de mos tra ba lhar mais de<br />

um fato li ga do ao lé xi co. Isto é mui to co -<br />

mum e não po de ser ig no ra do.<br />

1.3.5 — Pa rô ni mos<br />

São exer cí cios que cha mam a aten -<br />

ção dos alu nos para a exis tên cia de pa la -<br />

vras com for ma mui to pa re ci da (na fala e<br />

na es cri ta), mas que são pa la vras dis tin -<br />

tas e com sig ni fi ca dos com ple ta men te<br />

di fe ren tes, como: in frin gir e in fli gir; ca -<br />

va lhei ro e ca va lei ro; des cri ção e dis cri -<br />

ção; vul to so e vul tuo so etc.<br />

1.3.6 — Ho mô ni mos<br />

São pa la vras que têm a mes ma for -<br />

ma (na fala ou na es cri ta ou em am bos),<br />

mas têm sig ni fi ca dos com ple ta men te<br />

di fe ren tes:<br />

a) iguais na fala e di fe ren tes na es cri ta<br />

(ho mó fo nos): ces ta e sex ta; as sen to e<br />

acen to;<br />

b) iguais na es cri ta mas di fe ren tes na<br />

fala (ho mó gra fos): sede [sêde] (von ta -<br />

de de be ber água) e sede [séde] (lu gar<br />

onde se lo ca li za ou fun cio na uma<br />

ins ti tui ção ou casa prin ci pal de uma<br />

ins ti tui ção, em pre sa etc.); cor te [côr -<br />

te] (o con jun to da rea le za e no bre za<br />

ou a ci da de onde se lo ca li za o go ver -<br />

no de uma mo nar quia) e cor te [cór te]<br />

(ato ou efei to de cor tar e os sen ti dos<br />

daí de ri va dos);<br />

c) iguais na fala e na es cri ta: ho mô ni mos<br />

per fei tos ou ho mó gra fos e ho mó fo -<br />

nos: são (3ª pes soa do plu ral do pre -<br />

sen te do in di ca ti vo do ver bo ser) e são<br />

(ad je ti vo: sa dio); man guei ra (ár vo re<br />

que pro duz a fru ta cha ma da man ga) e<br />

man gueira (tubo ge ral men te de ma té -<br />

ria plás ti ca usa do para ir ri ga ção de<br />

plan tas e ou tras fun ções).


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1.3.7 — Hipônimos/Hiperônimos<br />

Nesses exercí cios, tra ba lha mos com<br />

a rela ção que exis te entre pala vras que<br />

indi cam uma clas se de coi sas, obje tos,<br />

seres. O indi ca dor da clas se é o hipe rô -<br />

ni mo e os per ten cen tes à clas se são os<br />

hipô ni mos. Veja exem plos no quadro 1.<br />

Entre os hipô ni mos e os hi pe rô ni mos há<br />

uma re la ção de im pli ca ção; as sim, se<br />

digo que “Ga nhei uma rosa”, isto im pli -<br />

ca que “Ga nhei uma flor”.<br />

QUADRO 1 - Exemplos de hiperônimos<br />

com hipônimos correspondentes<br />

HIPERÔNIMOS HIPÔNIMOS<br />

flor<br />

móveis<br />

veículos<br />

material de<br />

limpeza<br />

lírio, margarida,<br />

cravo, dália, rosa,<br />

zínia, papoula,<br />

crisântemo<br />

cadeira, sofá, cama,<br />

guarda-roupa,<br />

mesa, criado-mudo<br />

carro, camionete,<br />

perua, caminhão,<br />

ônibus, van<br />

sabão, detergente,<br />

desinfetante, sapóleo,<br />

bucha, cera<br />

1.3.8 — For ma ção de pa la vras<br />

São exer cí cios que mos tram para os<br />

alu nos a com po si ção das pa la vras e<br />

como o sig ni fi ca do delas re sul ta da con -<br />

jun ção de mor fe mas di fe ren tes que são<br />

os pre fi xos, raí zes ou ra di cais e su fi xos.<br />

Mos tram tam bém que há vá rias pa la vras<br />

com a mes ma base de sig ni fi ca ção: os<br />

cognatos (exem plo: lo cal, lu gar, lu ga re -<br />

jo, lo ca li zar, lo ca li da de, alo car, alo ca -<br />

ção, lo ca tá rio, lo ca dor, des lo ca do etc.).<br />

Pode-se ain da tra ba lhar com ou tros pro -<br />

ces sos de for ma ção de pa la vra, como as<br />

si glas, a de ri va ção re gres si va (ci ne ma ><br />

cine; fo to gra fia > foto); de formas ver -<br />

bais: cor te (de cortar), es pe ra (de esperar);<br />

a com po si ção (guar da-rou pa, bei jaflor,<br />

pla nal to, sem pre-viva etc.). Nos<br />

exercícios de formação de palavras<br />

pode-se trabalhar:<br />

• pre fi xos;<br />

• su fi xos;<br />

• raí zes e ra di cais;<br />

• pa la vras cog na tas;<br />

• si glas;<br />

• com po si ção/com pos tos;<br />

• de ri va ção re gres si va.<br />

1.3.9 — De no ta ção e co no ta ção<br />

Tra ba lha-se aqui com o sen ti do<br />

li te ral e o sen ti do fi gu ra do, in cluin -<br />

do o tra ba lho com a me tá fo ra e a<br />

me to ní mia.<br />

1.3.10 — Sen ti do ge ral e<br />

sen ti do es pe cí fi co<br />

Nes te tipo de exer cí cio, mos tra-se ao<br />

alu no que há pa la vras que têm sen ti do ge -<br />

né ri co, po den do ser em pre ga das para ele -<br />

men tos dis tin tos, tais como: trem (do mi -<br />

nei ro), coi sa, fato, ne gó cio etc. e ou tras<br />

têm sen ti do es pe cí fi co: re fe rin do-se a ele -<br />

men tos (se res, pro ces sos, ca rac te rís ti cas)<br />

mais es pe cí fi cos. As sim, se al guém diz<br />

“essa coi sa”, está sen do pou co es pe cí fi co<br />

e pre ci so no seu di zer; mas, se diz “essa<br />

má qui na”, “esta tra ves sa”, “este pás sa ro”<br />

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26<br />

etc., está sen do es pe cí fi co e mais pre ci so.<br />

Veja no exem plo (5) como o ver bo “ter” é<br />

usa do de ma nei ra pou co es pe cí fi ca em<br />

re la ção a ou tros ver bos co lo ca dos en tre<br />

pa rên te ses, que podem ser usados. Como<br />

já se pôde per ce ber, o uso de pa la vras de<br />

sen ti do ge né ri co ou es pe cí fi co tem que<br />

ver com a pre ci são da lin gua gem.<br />

(5) a) Seus fi lhos não têm (apre sentam)<br />

uma boa con du ta.<br />

b) Esta sa co la tem (con tém) pre sen -<br />

tes para to dos.<br />

c) O par ti do po lí ti co dele ti nha<br />

(an ga ria va / con se guia / conquista va)<br />

cada vez mais adep tos.<br />

d) Pe dro teve (so freu) uma gra ve<br />

doen ça, mas cu rou-se.<br />

e) Seu es tu do deve ter (vi sar) um ob -<br />

je ti vo cla ro.<br />

f) Este me ni no está ten do (sen tin- do)<br />

dor de ou vi do.<br />

g) Meu ami go José tem (pos sui)<br />

mui tos brin que dos in te ressan tes.<br />

h) Este ano to dos os meus fi lhos ti -<br />

ve ram (so fre ram/con traí ram) ca ta po ra.<br />

i) Etc.<br />

Além des ses ti pos de exer cí cios,<br />

diversificamos a sua na tu re za: exer cí -<br />

cios es tru tu rais de vo ca bu lá rio (veja<br />

Tra va glia, Araú jo e Al vim Pin to, 2007,<br />

cap. 6), preen chi men to de la cu na, aná -<br />

li se de sen ti do, pro du ção de fra ses e<br />

tex tos com uma pa la vra ou um con jun -<br />

to de pa la vras (in clu si ve de cam pos se -<br />

mân ti cos ou le xi cais), com pa ra ção de<br />

sen ti dos em cotex tos e con tex tos di fe -<br />

ren tes etc.<br />

Uma ati vi da de in te res san te para in -<br />

cre men to de vo ca bu lá rio que não foi<br />

usa da na co le ção, por que de pen de de<br />

uma es tru tu ra ção e pla ne ja men to em<br />

sala de aula, é aque la em que se tra ba -<br />

lha com cam pos le xi cais. Por exem plo,<br />

o(a) pro fes sor(a) pode es tru tu rar uma ati -<br />

vi da de em que os alu nos vão, por meios<br />

di ver sos (con sul ta ao di cio ná rio, li vros<br />

da área, en tre vis ta a jar di nei ros, pai sa -<br />

gis tas, bo tâ ni cos, do nos de vi vei ros de<br />

mudas, pes soas da fa mí lia etc.) fa zer o<br />

le van ta men to de todo o lé xi co uti li za do<br />

em re la ção a jar dins e sua mon ta gem e<br />

ma nu ten ção. As sim, o alu no vai pesquisar<br />

e listar o vo ca bu lá rio des sa área, ob -<br />

ser van do o se guin te:<br />

• no mes de plan tas: ár vo res, arbus -<br />

tos, flo res, fo lha gens, for ra ções (es -<br />

tes hi pe rô ni mos já fa zem par te do<br />

lé xi co a ser apren di do);<br />

• for mas de plan tio;<br />

• for mas de poda;<br />

• for mas de pro du ção de mu das;<br />

• ti pos de fo lhas, cau les, raí zes, flo res;<br />

• adu bos e es ter cos;<br />

• ir ri ga ção e rega;<br />

• etc.<br />

Além des se le van ta men to, os alu nos<br />

de ve rão usar o lé xi co em tex tos de des cri -<br />

ção de jar dins, de ins tru ção de como fa -<br />

zer e cui dar de um jar dim, em ex po si ções<br />

orais e es cri tas, em pas seios por jar dins e<br />

vi vei ros. Na oportunidade, eles vão de -<br />

mons tran do o co nhe ci men to ad qui ri do,<br />

em si mu la ções de en tre vis tas, em pai néis<br />

e car ta zes so bre jar dins e jar di na gem etc.


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Por esse exem plo, per ce be-se como<br />

esse tipo de ati vi da de amplia a pos si bi -<br />

li dade de conhecimento e utilização do<br />

léxico da língua.<br />

2- En si no de gra má ti ca<br />

No en si no de gra má ti ca, as sim como<br />

em to das as ati vi da des da co le ção, ado -<br />

ta mos uma con cep ção in te ra cio nis ta da<br />

lin gua gem, ou seja, aque la que vê o uso<br />

da lin gua gem como uma for ma de ação<br />

so cial en tre in ter lo cu to res. Essa ação é<br />

con cre ti za da por meio de tex tos e da es -<br />

co lha dos re cur sos que os com põem. Os<br />

re cur sos lin guís ti cos funcionam como<br />

pis tas e ins tru ções de sen ti do para transmitir<br />

ele men tos de sig ni fi ca ção. Estes, no<br />

todo e na re la ção com ou tros fa to res,<br />

cons ti tuem o sen ti do que o pro du tor do<br />

tex to es pe ra que seja per ce bi do pelo<br />

receptor em sua ati vi da de para com pre -<br />

en der o texto.<br />

Se os re cur sos da lín gua são pis tas e<br />

ins tru ções de sen ti do, ao tra ba lhar com<br />

o en si no de gra má ti ca ado ta mos so bre tu -<br />

do a con cep ção pe da gó gi ca de que no<br />

en si no, para o de sen vol vi men to da com -<br />

pe tên cia co mu ni ca ti va, a gra má ti ca deve<br />

ser vis ta como um es tu do das con di ções<br />

lin guís ti cas da sig ni fi ca ção.<br />

A gra má ti ca da lín gua é uma só: é o<br />

me ca nis mo lin guís ti co que per mi te ao<br />

usuá rio da lín gua fa lar, es cre ver, ou vir e<br />

ler, co mu ni can do-se por meio de tex tos<br />

lin guis ti ca men te com pos tos. Esse me ca -<br />

nis mo é im plí ci to. Ao pro cu rar co nhe cer<br />

como é esse me ca nis mo, os lin guis tas<br />

cons troem o que é cha ma do de gra má ti -<br />

ca des cri ti va, que é ex plí ci ta e con subs -<br />

tan cia da em uma me ta lin gua gem que<br />

com põe um co nhe ci men to teó ri co so bre<br />

a lín gua. Ter esse co nhe ci men to é di fe -<br />

ren te de co nhe cer a lín gua, que é sa ber<br />

usá-la, mes mo que não se sai ba di zer<br />

nada so bre ela.<br />

Ao tra tar do uso da lín gua em so cie -<br />

da de, mui tos es tu dio sos aca ba ram crian -<br />

do nor mas so ciais para esse uso. To ma -<br />

ram uma va rie da de da lín gua e atri buí -<br />

ram a ela um sta tus de su pe rior às de -<br />

mais va rie da des, cha man do-a de nor ma<br />

ou lín gua cul ta. A va rie da de que foi es -<br />

co lhi da como cul ta foi aque la uti li za da<br />

pe las clas ses de maior pres tí gio so cial,<br />

sen do esse pres tí gio de na tu re za eco nô -<br />

mi ca, po lí ti ca e cul tu ral. A par tir daí,<br />

pas sou-se a di zer que essa for ma de uso<br />

da lín gua era a “cor re ta”, en quan to as<br />

de mais for mas eram “er ra das” e não de -<br />

viam ser usa das. Essa re co men da ção de<br />

uso da lín gua pas sou a ser co nhe ci da<br />

como gra má ti ca nor ma ti va. Essa gra má ti -<br />

ca, que sem pre foi de fi ni da como um<br />

con jun to de nor mas para bem fa lar e es -<br />

cre ver, além do cri té rio de pres tí gio so -<br />

cial, usa va ou tros cri té rios para se le ção<br />

do que per ten ce ou não à nor ma cul ta: a)<br />

a tra di ção (cri té rio his tó ri co); b) a de fe sa<br />

da na cio na li da de: daí a con de na ção do<br />

uso de es tran gei ris mos tan to no lé xi co<br />

quan to nas cons tru ções (ga li cis mos, an -<br />

gli cis mos etc.); c) a es té ti ca: daí a con de -<br />

na ção de ecos, ca có fa tos etc. e a va lo ri -<br />

za ção da eu fo nia, da har mo nia, das fi gu -<br />

ras de lin gua gem; d) a ló gi ca: daí a con -<br />

de na ção de cons tru ções como “Vou na<br />

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mis sa” e de cer tos pleo nas mos di tos vi -<br />

cio sos (su bir para cima, sair para fora<br />

etc.); e) a qua li da de co mu ni ca cio nal: daí<br />

ver-se como qua li da des da lin gua gem a<br />

cla re za, a pre ci são, a con ci são etc.<br />

Hoje, a ten dên cia é ver a gra má ti ca<br />

nor ma ti va mais como um con jun to de<br />

nor mas so ciais (uma es pé cie de eti que ta)<br />

de uso das di ver sas va rie da des lin guís ti cas<br />

(dia le tos e re gis tros) tan to na lín gua oral<br />

quan to na es cri ta. Olha-se mais a ade qua -<br />

ção de uso dos ele men tos da lín gua à si -<br />

tua ção e ao ob je ti vo da in te ra ção co mu -<br />

ni ca ti va, apa gan do-se o con cei to de cer to<br />

e er ra do. O im por tan te na com pe tên cia<br />

co mu ni ca ti va é sa ber fa zer um uso ade -<br />

qua do da lín gua, le van do em con ta tan to<br />

a gra má ti ca nor ma ti va quan to a qua li da -<br />

de co mu ni ca cio nal do tex to que se cons -<br />

trói em cada si tua ção. As sim, te mos de<br />

en si nar a nor ma cul ta aos alu nos, mas ela<br />

não é vis ta como a úni ca for ma vá li da de<br />

uso da lín gua, ape nas como mais uma<br />

pos si bi li da de que deve e tem de ser usa -<br />

da em uma sé rie de si tua ções, de acor do<br />

com as nor mas so ciais de uso da lín gua.<br />

To das as ati vi da des de en si no de gra má -<br />

ti ca da co le ção ob je ti vam de sen vol ver a<br />

com pe tên cia co mu ni ca ti va do alu no e tra -<br />

ba lham com os três ti pos de gra má ti ca ci ta -<br />

dos aci ma (me ca nis mo da lín gua, gra má ti -<br />

ca des cri ti va e gra má ti ca nor ma ti va).<br />

A con cep ção de gra má ti ca tra ba lha da<br />

na co le ção não acolhe a ideia tra di cio nal<br />

que se tem de gra má ti ca na es co la, pois,<br />

como a Lin guís ti ca Apli ca da já com pro -<br />

vou exaus ti va men te, o en si no de teo ria<br />

gra ma ti cal não leva nin guém a ser um<br />

usuá rio com pe ten te da lín gua, mas ape -<br />

nas um ana lis ta da lín gua. Ser um ana lis -<br />

ta dela é algo que a maio ria das pes soas<br />

não pre ci sa ser, mas ser um usuá rio com -<br />

pe ten te da lín gua é es sen cial para to dos<br />

nós, daí a pos tu ra ado ta da na co le ção<br />

quan to ao en si no de gra má ti ca.<br />

Em al gu mas par tes do li vro, so bre tu -<br />

do na se ção “Você sabia?”, in se ri mos al -<br />

guns co nhe ci men tos lin guís ti cos de na tu -<br />

re za teó ri ca. Isso foi fei to ape nas como<br />

in for ma ção para o alu no e para que<br />

você, pro fes sor(a), pos sa re fe rir-se com<br />

mais fa ci li da de a cer tos ele men tos da lín -<br />

gua com que terá de tra ba lhar. As sim,<br />

apa re cem con cei tos de sí la ba, fra se, ver -<br />

so, re su mo, de al gu mas clas ses de pa la -<br />

vras etc. Nos sa su ges tão, in clu si ve aten -<br />

den do ao que su ge rem os PCNs, é que se<br />

vá in tro du zin do a teo ria apenas como in -<br />

for ma ção cul tu ral cien tí fi ca, usan do-a<br />

so men te como re cur so di dá ti co. Em ou -<br />

tras pa la vras: a teo ria deve ser tra ta da<br />

como um meio au xi liar para uso efi cien -<br />

te da lín gua e não como um fim do en si -<br />

no. Assim, su ge ri mos que isso nun ca seja<br />

co bra do em ques tões de ava lia ção do<br />

tipo: a) O que é ver so? b) Iden ti fi que os<br />

ar ti gos/subs tan ti vos/ver bos pre sen tes nas<br />

fra ses/tre cho/tex to abai xo. As ati vi da des<br />

com ques tões de na tu re za teó ri ca só de -<br />

vem ser usa das em sala de aula para apli -<br />

ca ção de um dado con cei to, mas ocu -<br />

pan do o mí ni mo do tem po dis po ní vel.<br />

O ensino de gramática na coleção<br />

segue os princípios propostos por<br />

Travaglia (2009d) e também Travaglia<br />

(2007a e 2009b), cuja leitura recomendamos.<br />

Alguns pontos importantes dessa<br />

proposta foram resumidos acima.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 29<br />

3 - En si no de pro du ção e<br />

com preen são de tex tos<br />

Quan to ao en si no de pro du ção e<br />

com preen são de tex tos, va mos co men -<br />

tar al guns pon tos que jul ga mos im por -<br />

tan tes.<br />

Sabe-se que as di fe ren tes ca te go rias<br />

de tex tos (ti pos, gê ne ros) ser vem a di fe -<br />

ren tes ti pos de si tua ção de in te ra ção co -<br />

mu ni ca ti va. Cada ca te go ria de tex to<br />

(principalmente os gêneros) é um re cur -<br />

so dis tin to da lín gua. Des sa for ma, é pre -<br />

ci so tra ba lhar com di fe ren tes ca te go rias<br />

de tex tos orais e es cri tos para de sen vol -<br />

ver a com pe tên cia co mu ni ca ti va dos<br />

alu nos, que de vem se tornar ap tos a<br />

atuar no maior nú me ro pos sí vel de si tua -<br />

ções co mu ni ca ti vas.<br />

Ten do em vis ta que em nos sa so cie -<br />

da de e cul tu ra há alguns tipos de texto e<br />

cen te nas de gê ne ros di fe ren tes de tex tos,<br />

o(a) pro fes sor(a) fica com o pro ble ma de<br />

de ci dir com quais tra ba lhar no pou co<br />

tem po dis po ní vel em sala de aula.<br />

Propomos dois cri té rios im por tan tes para<br />

a se le ção das ca te go rias de tex tos com<br />

que tra ba lhar:<br />

• Tra ba lhar com ti pos que se jam fun -<br />

da men tais para a com po si ção de<br />

quais quer ou tros tex tos, isto é, ti pos<br />

que en trem na cons ti tui ção, se não<br />

de to dos, da maio ria dos gêneros<br />

de tex tos.<br />

• A uti li za ção que o alu no terá de fa -<br />

zer de cada gênero em sua vida, de<br />

um modo ge ral, o que re for ça o pri -<br />

mei ro fa tor de es co lha.<br />

De vem ser tra ba lha das na es co la as<br />

se guin tes ca te go rias de tex tos como ti pos<br />

fun da men tais que en tram na com po si ção<br />

da maio ria dos gê ne ros co nhe ci dos:<br />

• Des cri ção/dis ser ta ção/in jun ção/nar -<br />

ra ção. Esses tipos são os mais importantes<br />

porque entram na composição<br />

de todos os textos existentes.<br />

• Dis cur so da trans for ma ção (tex tos<br />

ar gu men ta ti vos stri cto sen su) e dis -<br />

cur so da cum pli ci da de (tex tos não<br />

ar gu men ta ti vos stri cto sen su), que<br />

são importantes à medida que argumentar<br />

é uma das atividades básicas<br />

que se faz com a língua.<br />

• Tex tos pre di ti vos e não pre di ti vos.<br />

E ainda, basicamente, os seguintes<br />

gêneros de textos:<br />

• Tex tos de na tu re za ofi cial/ins ti tu -<br />

cio nal (gê ne ros): ata, de cla ra ção,<br />

ates ta do, re que ri men to, re la tó rio.<br />

• Tex tos de cor res pon dên cia (gê ne -<br />

ros): car ta, bilhete, recado, te le gra -<br />

ma, ofí cio, me mo ran do, avi so, co -<br />

mu ni ca do, car tão pos tal, car tão de<br />

con gra tu la ções (Na tal, ca sa men to,<br />

ani ver sá rio, for ma tu ra etc.).<br />

• Tex tos ju rí di cos (gê ne ros): con tra -<br />

tos, pro cu ra ções.<br />

• Tex tos de na tu re zas di ver sas e com<br />

alta fre quên cia de utilização na<br />

vida das pes soas em ge ral: a) de<br />

ocor rên cia mais es cri ta: re cei tas,<br />

ins tru ções, for mu lá rios, anún cios,<br />

car tazes, tex tos pu bli ci tá rios/pro -<br />

pa gan das, re por ta gens, convites;<br />

b) de ocor rên cia mais oral: ex po si -<br />

29


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 30<br />

30<br />

ção de di ver sas na tu re zas (re li gio -<br />

sa, po lí ti ca, fi lo só fi ca, mé di ca etc.),<br />

dis cur so, en tre vis ta, de ba te.<br />

• Tex tos li te rá rios de di ver sos ti pos,<br />

gê ne ros e es pé cies.<br />

No tra ba lho com os gêneros de tex to,<br />

é pre ci so não es que cer que mui tos de les<br />

ocor rem nas duas mo da li da des da lín -<br />

gua: oral e es cri ta. Nes se caso, é pre ci so<br />

tra ba lhar os textos nas duas mo da li da -<br />

des, mos tran do suas es pe ci fi ci da des em<br />

cada uma.<br />

Quan to aos tex tos li te rá rios, é pre ci -<br />

so con si de rar que, em bo ra criar li te ra tos<br />

não seja um ob je ti vo fun da men tal do<br />

nos so tra ba lho como pro fes so res(as) de<br />

lín gua ma ter na (por tu guês), sem dú vi da,<br />

po de mos de sen vol ver ati vi da des cujo<br />

ob je ti vo seja o de pos si bi li tar: a) a pro du -<br />

ção de tex tos com uma di men são es té ti -<br />

ca que ca rac te ri za o li te rá rio; b) nas ati -<br />

vi da des de com preen são de tex to, a<br />

apre cia ção da di men são es té ti ca da lín -<br />

gua que ocor re nos tex tos li te rá rios e de<br />

co mo ela se rea li za, o que é fun da men -<br />

tal na for ma ção do bom lei tor.<br />

Os Parâmetros Curriculares Nacionais<br />

(PCN) tra zem uma su ges tão de ca te go -<br />

rias de tex tos (gê ne ros) a se rem ex plo ra -<br />

das nos Anos Iniciais do En si no Fun da -<br />

men tal, 1 o e 2 o ci clos, que apre sen ta mos<br />

no qua dro 2.<br />

QUADRO 2 – Gêneros sugeridos pelos PCN para a prática de escuta e leitura e<br />

para a prática de produção de textos no 1 o (1 a e 2 a séries) e 2 o (3 a e 4 a séries) ciclos1<br />

(PCN – 2000: 111, 112, 128 e 129)<br />

1 o Ciclo (1 a e 2 a séries) 2 o Ciclo (3 a e 4 a séries)<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

• Contos (de fadas,<br />

de assombração<br />

etc.), mitos e lendas<br />

populares;<br />

• Poemas, canções,quadrinhas,<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

• Contos (de fadas,<br />

de assombração,<br />

etc.), mitos e lendas<br />

populares, folhetos<br />

de cordel, fábulas;<br />

• Parlendas, canções,<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

• Contos (de fadas,<br />

de assombração<br />

etc), mitos e lendas<br />

populares;<br />

• Poemas, canções,<br />

quadrinhas,<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

• Contos (de fadas,<br />

de assombração<br />

etc.), mitos e lendas<br />

populares, folhetos<br />

de cordel, fábulas;<br />

• Parlendas, canções,<br />

poemas,<br />

1 - Lembramos que, na época da publicação dos PCN, não havia sido ainda implantado o atual Ensino<br />

Fundamental de nove anos, que se divide em Anos Iniciais (1º ao 5º) e Anos Finais (6º ao 9º). Os PCN<br />

consideravam o então chamado Ensino Fundamental I (composto de 4 séries) dividido em dois ciclos:<br />

1º ciclo: 1ª e 2ª séries; 2º ciclo: 3ª e 4ª séries. Atualmente, os Anos Iniciais do Ensino Fundamental poderiam<br />

ser divididos, em um dos vários modos de organização possíveis ou propostos pelos sistemas de<br />

ensino, em: 1º ciclo: 1º ao 3º anos (ciclo de alfabetização); 2º ciclo: 4º e 5º anos.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 31<br />

1 o Ciclo (1 a e 2 a séries) 2 o Ciclo (3 a e 4 a séries)<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

parlendas, adivinhas,<br />

trava-línguas,<br />

piadas;<br />

• Saudações, instruções,<br />

relatos;<br />

• Entrevistas, notícias,<br />

anúncios (via<br />

rádio e televisão);<br />

• Seminários,<br />

palestras.<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

poemas, quadrinhas,<br />

adivinhas,<br />

trava-línguas, piadas;<br />

• Receitas, instruções<br />

de uso, listas;<br />

• Textos impressos<br />

em embalagens;<br />

rótulos, calendários;<br />

• Cartas, bilhetes,<br />

postais, cartões (de<br />

aniversário, de<br />

Natal etc.), convites,<br />

diários (pessoais,<br />

da classe, de<br />

viagem etc.);<br />

• Quadrinhos, textos<br />

de jornais, revistas<br />

e suplementos<br />

infantis: títulos,<br />

lides 2 , notícias,<br />

classificados etc.;<br />

• Anúncios, slogans,<br />

cartazes,<br />

folhetos;<br />

• Textos teatrais;<br />

• Relatos históricos,<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

parlendas, adivinhas,<br />

trava-línguas,<br />

piadas, provérbios;<br />

• Saudações, instruções,<br />

relatos;<br />

• Entrevistas,<br />

debates, notícias,<br />

anúncios (via rádio<br />

e televisão);<br />

• Seminários,<br />

palestras.<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

quadrinhas, adivinhas,trava-línguas,<br />

piadas;<br />

• Cartas (formais e<br />

informais), bilhetes,<br />

postais, cartões<br />

(de aniversário, de<br />

Natal etc.), convites,<br />

diários (pessoais,<br />

de classe, de<br />

viagem etc.); quadrinhos,<br />

textos de<br />

jornais, revistas e<br />

suplementos infantis:<br />

títulos, lides,<br />

notícias, resenhas,<br />

classificados etc.;<br />

• Anúncios, slogans,<br />

cartazes,<br />

folhetos;<br />

• Textos teatrais;<br />

• Relatos históricos,<br />

textos de<br />

enciclopédia, verbetes<br />

de dicionário,<br />

textos expositivos<br />

de diferentes<br />

fontes (fascículos,<br />

2 - Observa-se neste quadro dos PCN uma mistura de elementos que são partes ou categorias da organização<br />

composicional de um gênero (títulos e lides), com gêneros propriamente ditos (notícias e<br />

classificados). Às vezes se apresentam suportes misturados aos gêneros: embalagens, rótulos, textos<br />

de jornais, revistas e suplementos infantis, teatro, enciclopédias (que podem conter uma variedade de<br />

gêneros). Observamos também que os PCN dizem que não separam os gêneros próprios para a escuta<br />

e leitura e para a produção de textos, cabendo ao professor, com bom senso, perceber os que são<br />

mais próprios para serem trabalhados só na escuta e leitura, ou só na produção e os que devem ser<br />

trabalhados na escuta e leitura e também na produção.<br />

31


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 32<br />

32<br />

1 o Ciclo (1 a e 2 a séries) 2 o Ciclo (3 a e 4 a séries)<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

textos de enciclopédia,<br />

verbetes de<br />

dicionário, textos<br />

expositivos de diferentes<br />

fontes (fascículos,<br />

revistas,<br />

livros de consulta,<br />

didáticos etc.).<br />

Na co le ção, como já foi des ta ca -<br />

do, bus ca mos or ga ni zar o tra ba lho com<br />

os di fe ren tes ti pos de tex tos em qua tro<br />

blo cos que per mi tem apro vei tar ca rac te -<br />

rís ti cas co muns a vá rios gê ne ros, advindas<br />

geralmente dos tipos que os compõem,<br />

mas não só. Isso é im por tan te<br />

tan to para a com pe tên cia de com preen -<br />

são quan to para a com pe tên cia de pro -<br />

du ção de tex tos. As sim, a pri mei ra uni -<br />

da de per mi te tra ba lhar com o alu no di -<br />

ver sos gê ne ros nar ra ti vos. O que se<br />

apren de so bre um tipo de nar ra ção (por<br />

exem plo, his tó ria in fan til clás si ca) e que<br />

é co mum a to das as nar ra ti vas, se trans -<br />

fe re para ou tro tipo de nar ra ti va (fá bu las,<br />

apó lo gos, no tí cias, his tó rias in fan tis mo -<br />

der nas, con tos, crô ni cas etc.). Na se gun -<br />

da uni da de, vá rios ti pos de cor res pon -<br />

dên cia são tra ba lha dos, in clu si ve e-<br />

-mails (correio ele trô ni co). Na ter cei ra,<br />

tex tos de na tu re zas di ver sas li ga dos ao<br />

tema das ar tes (no pal co, na tela e na<br />

vida). Na quar ta, te mos tex tos jor na lís ti -<br />

cos de di fe ren tes ti pos e gê ne ros. Bus ca-<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem oral<br />

Gêneros adequados<br />

para o trabalho com<br />

a linguagem escrita<br />

revistas, livros de<br />

consulta, didáticos<br />

etc.), textos expositivos<br />

de outras<br />

áreas e textos normativos,<br />

tais como<br />

estatutos, declaração<br />

de direitos etc.<br />

-se tra ba lhar os gêneros de tex tos mais<br />

co muns na vida das pes soas em nos sa<br />

so cie da de e cul tu ra atuais.<br />

O “Dia lo gan do com ou tros tex tos”<br />

per mi te in tro du zir tex tos de na tu re zas di -<br />

ver sas. A maio ria des ses tex tos está te ma -<br />

ti ca men te re la cio na da com o tex to prin -<br />

ci pal, para evi den ciar vá rias for mas de<br />

abor da gem lin guís ti ca de um tó pi co,<br />

tema ou as sun to. O le que de ca te go rias<br />

de tex tos tra ba lha dos na co le ção é bas -<br />

tan te am plo, face ao que pe dem os PCNs.<br />

A Lin guís ti ca Tex tual nos en si na mui -<br />

to so bre os tex tos: como eles são cons ti -<br />

tuí dos e como fun cio nam na in te ra ção e<br />

na com preen são dos usuá rios da lín gua.<br />

O co nhe ci men to de al guns as pec tos co -<br />

lo ca dos pela Lin guís ti ca Tex tual são fun -<br />

da men tais para o pro ces so de pro du -<br />

ção/com preen são de tex tos e con se quen -<br />

te men te para o tra ba lho do(a) pro fes sor(a)<br />

em sala de aula (o alu no não pre ci sa des -<br />

se co nhe ci men to teó ri co). Na Lin guís ti ca<br />

Tex tual, destacamos dois conceitos que


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 33<br />

consideramos importantes: coe são e coe -<br />

rên cia. Su ge ri mos que o(a) co le ga con -<br />

sul te a bi blio gra fia para am pliar seus co -<br />

nhe ci men tos so bre o as sun to.<br />

3.1 - Produção de textos<br />

Es pe ci fi ca men te em relação à pro du -<br />

ção de tex tos, gos ta ría mos ain da de lem -<br />

brar al guns pon tos fun da men tais para o<br />

tra ba lho em sala de aula, além do que já<br />

foi dito an te rior men te.<br />

a) É pre ci so con tex tua li zar a pro du ção<br />

Nun ca se deve pe dir ao alu no para<br />

pro du zir um tex to dan do sim ples men te<br />

um tí tu lo, tema ou as sun to. É pre ci so es -<br />

ta be le cer mi ni ma men te uma si tua ção:<br />

• Para quem se pro duz o tex to?<br />

• Com que ob je ti vo?<br />

• Quan do?<br />

• Onde?<br />

• Para ser vei cu la do como, em<br />

que su por te?<br />

Esse procedimento terá con se quên -<br />

cias, in clu si ve, na ava lia ção da qua li da -<br />

de do tex to. Só po de mos ava liar sua qua -<br />

li da de se to dos es ses as pec tos es ti ve rem<br />

cla ros, pois a qua li da de não se mede<br />

ape nas pelo uso ou não da nor ma cul ta,<br />

da or to gra fia, como se con si de ra mui tas<br />

ve zes na es co la.<br />

O tex to tem que ser ade qua do à si -<br />

tua ção de in te ra ção co mu ni ca ti va em di -<br />

ver sos sen ti dos:<br />

• Tem que ser coe ren te (isto é, es tar<br />

cons truí do, com pos to de tal modo<br />

que faça sen ti do para o in ter lo cu -<br />

tor, in di ví duo ou gru po, a que se<br />

des ti na).<br />

• Tem que usar os re cur sos lin guís ti -<br />

cos mais apro pria dos em ter mos de<br />

va rie da de lin guís ti ca de se já vel<br />

para a si tua ção e em ter mos de<br />

pro prie da de para di zer o mais exa -<br />

ta men te pos sí vel o que o pro du tor<br />

quer di zer.<br />

As ati vi da des de pro du ção de tex to<br />

pro cu ram sem pre con fi gu rar mi ni ma -<br />

men te uma si tua ção de in te ra ção co mu -<br />

ni ca ti va, que o(a) pro fes sor(a) pode es cla -<br />

re cer no in ter câm bio com seus alu nos.<br />

Ape nas para exem plo, su po nha mos<br />

que um(a) pro fes sor(a) peça aos seus alu -<br />

nos para produzir um tex to (es cri to ou<br />

oral), in di can do sim ples men te o as sun to:<br />

dro gas. Em pri mei ro lu gar, te mos a ques -<br />

tão da de li mi ta ção: que tipo de dro ga? As<br />

tó xi cas e ile gais ou as tó xi cas e le gais,<br />

como ál cool, fumo, ou as usa das co mo<br />

re mé dio ou as usa das como pro du tos<br />

quí mi cos para fins di ver sos como ve ne -<br />

nos, pes ti ci das, agro tó xi cos? Su po nha -<br />

mos que seja es ta be le ci do que se deve<br />

fa lar das dro gas tó xi cas e ile gais (ma co -<br />

nha, co caí na, he roí na, crack, LSD – áci -<br />

do li sér gi co). Va mos fa lar de to das em ge -<br />

ral ou de al gu mas ou de uma em par ti cu -<br />

lar? Em se gun do lu gar, te mos a ques tão<br />

do ob je ti vo. Com que ob je ti vo va mos fa -<br />

lar des sa(s) dro ga(s):<br />

(a) Des cre ver sua com po si ção?<br />

(b) Di zer como é pro du zi da e ob ti da?<br />

33


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 34<br />

34<br />

(c) Dis cu tir as im pli ca ções eco nô mi -<br />

cas do trá fi co de dro gas?<br />

(d) Mos trar a des trui ção das pes soas<br />

pelo uso de dro gas des sa na tu re za?<br />

(e) En si nar como ela(s) age(m) no<br />

cé re bro e no or ga nis mo em ge ral?<br />

(f) Con ven cer al guém a não usar<br />

dro gas?<br />

(g) Exal tar o pra zer que dá o uso de<br />

dro gas e re co men dar seu uso?<br />

Como se pode per ce ber, con for me a<br />

de li mi ta ção que se fi zer e o ob je ti vo que<br />

se ti ver, o tex to re sul tan te será com ple ta -<br />

men te di fe ren te. Além dis so, “quem é o<br />

pro du tor”, “a quem ele se di ri ge”, “por<br />

que meio (su por te)” são quesitos que<br />

vão in fluen ciar na for ma fi nal do tex to.<br />

Sen do as sim, não se pode di zer se o<br />

tex to é ou não bom, se não se con si de rar<br />

sua in ser ção e ade qua ção a to dos es ses<br />

as pec tos. Não se pode agir como a pro -<br />

fes so ra que pe diu aos alu nos que produzissem<br />

um tex to so bre dro gas, sem di zer<br />

mais nada, e de pois que ria ava liar ne ga ti -<br />

va men te o tex to do alu no que escreveu<br />

sobre os efei tos po si ti vos da dro ga no âni -<br />

mo da pes soa, com ar gu men tos tais<br />

como: dão âni mo, te põem para cima etc.<br />

Por mais es tra nho que pa re ça a um gru po<br />

da so cie da de, é exa ta men te esse tipo de<br />

argumento que os tra fi can tes usam para<br />

ali ciar no vos con su mi do res, es tru tu ran do<br />

tex tos com o ob je ti vo citado na letra (g).<br />

É im por tan te ain da lem brar que o<br />

mes mo ob je ti vo pode ser al can ça do de<br />

mui tos mo dos, usan do tex tos de ca te go -<br />

rias dis tin tas. Por exemplo, o ob je ti vo des-<br />

tacado na letra (f) pode ser atin gi do: por<br />

uma dis ser ta ção; con tan do uma his tó ria<br />

de uma pes soa que se des truiu pelo uso<br />

de dro gas ou con tan do vá rios ca sos de<br />

pro ble mas ge ra dos pelo uso de dro gas;<br />

des cre ven do como fica o or ga nis mo, o<br />

cé re bro do usuá rio de dro gas etc.<br />

b) Todo tex to para ser pro du zi do pre ci sa<br />

ser pla ne ja do<br />

O(A) pro fes sor(a) deve aju dar o alu no<br />

a fa zer um pla no de seu tex to: o que vai<br />

ser fa la do, ou seja, que in for ma ções vão<br />

ser apre sen ta das? Em que or dem? Quais<br />

são as ideias fun da men tais e quais são as<br />

sub di vi sões de cada ideia bá si ca? Isso<br />

mos tra que o tex to tem uma or ga ni za ção<br />

hie rár qui ca. No iní cio, o pla no deve ser<br />

fei to por es cri to, co le ti va men te (a sala<br />

toda com o(a) pro fes sor(a), no qua dro, em<br />

gru pos). Com o tem po e de pois de mui to<br />

exer cí cio, os alu nos ad qui rem a ha bi li da -<br />

de de pla ne jar um tex to in di vi dual men te.<br />

Como o(a) pro fes sor(a) po de rá ob ser -<br />

var, em mui tas ati vi da des de pro du ção de<br />

tex to, o pla no está su ge ri do no li vro, às ve -<br />

zes até cal ca do no pla no do tex to en fo ca -<br />

do no ca pí tu lo. Se o(a) pro fes sor(a) qui ser,<br />

pode, nes ses ca sos, dis cu tir o pla no com<br />

os alu nos, de ta lhá-lo etc.<br />

c) Um tex to nun ca fica pron to de ime dia -<br />

to em sua pri mei ra ver são<br />

Por mais com pe ten te que seja o seu<br />

pro du tor, o tex to sem pre pode ser aper -<br />

fei çoa do. A ati vi da de de re fa zi men to/<br />

rees cri tu ra do tex to pro du zi do pelo alu no


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é co mum nas ati vi da des da co le ção.<br />

O re fa zer o tex to é sem pre pre ce di do<br />

pela ava lia ção de al guém (so bre tu do co -<br />

le gas e/ou pro fes sor). O(A) pro fes sor(a)<br />

deve orien tar os alu nos so bre como<br />

aper fei çoar seus tex tos, dando enfoque a<br />

um as pec to de cada vez:<br />

• or to gra fia;<br />

• pon tua ção;<br />

• coe são (li ga ção, de na tu re za gra -<br />

ma ti cal ou le xi cal, en tre os ele -<br />

men tos de uma fra se ou de um tex -<br />

to); se quên cia das ideias, la cu nas<br />

de in for ma ção;<br />

• coe rên cia (li ga ção ou har mo nia<br />

en tre si tua ções, acon te ci men tos ou<br />

ideias, isto é, nexo en tre as ideias);<br />

• re dun dân cia (repetir a mes ma ideia<br />

com ou tras pa la vras) que im pe de a<br />

ne ces sá ria pro gres são;<br />

• rea li za ção da su pe res tru tu ra do<br />

tipo de tex to que está sen do pro du -<br />

zi do etc;<br />

• for ma ta ção do tex to na pá gi na, o<br />

que en vol ve o aten di men to a nor -<br />

mas da es cri ta para dis tri bui ção do<br />

tex to no pa pel: mar gens, es pa ça -<br />

men to en tre tí tu lo e tex to, uso de<br />

pa rá gra fo.<br />

O(A) pro fes sor(a) pode pro mo ver mais<br />

de uma ses são de rees cri tu ra para aper fei -<br />

çoar pon tos di ver sos, sen do ne ces sá rio ler<br />

os tex tos dos alu nos para ob ser var e fa zer<br />

le van ta men to de as pec tos que de vem ser<br />

ob je to de ati vi da des em sala de aula.<br />

d) Não só o conteúdo<br />

Com fre quên cia, o(a) pro fess or(a) se<br />

preo cu pa com o con teú do do tex to a ser<br />

pro du zi do pelo alu no, uti li zan do re cur sos<br />

como leitura de textos sobre o tópico, de -<br />

ba tes, en tre vis tas, fil mes, pe ças de tea tro<br />

e ou tros meios, mas se es que ce de tra ba -<br />

lhar a ex pres são. Esta de ve ser tra ba lha da<br />

sis te ma ti ca men te, seja mos tran do os re -<br />

cur sos da lín gua que ser vem à ex pres são<br />

de cer tas no ções ou ins tru ções de sen ti do<br />

(por exem plo: com pa ra ção, modo, tem -<br />

po, lu gar, cau sa e con se quên cia, cer te za,<br />

dú vi da, ne ga ção, quan ti da de etc.); seja<br />

mos tran do as pos si bi li da des sig ni fi ca ti vas<br />

de de ter mi na dos re cur sos da lín gua (por<br />

exem plo, que a pa la vra “como” pode ex -<br />

pri mir cau sa, com pa ra ção, con for mi da -<br />

de, modo na afir ma ti va e na per gun ta, ser<br />

uma for ma do ver bo co mer, in ten si da de,<br />

espanto e admiração, além de ou tros va -<br />

lo res. (di cio ná rios Au ré lio e Houaiss).<br />

Mui tas ati vi da des da se ção “Conhecendo<br />

mais nossa língua” e exer cí cios de vo ca -<br />

bu lá rio pro cu ram exa ta men te mos trar<br />

como bus car es tra té gias para a ex pres são,<br />

como vi mos ser ne ces sá rio, ao fa lar da se -<br />

ção “Pro du ção de tex to”.<br />

e) Diversidade de textos<br />

Deve-se tra ba lhar com os alu nos a<br />

pro du ção de tex tos dos mais va ria dos<br />

gêneros, tan to na mo da li da de oral,<br />

quan to na mo da li da de es cri ta da lín gua,<br />

in clu si ve com os tex tos li te rá rios, em bo -<br />

ra não seja o ob je ti vo da es co la for mar<br />

es cri to res, mas ape nas usuá rios com pe -<br />

ten tes da lín gua.<br />

f) Regularidade da produção<br />

Fi nal men te, gos ta ría mos de lem brar<br />

que as ati vi da des de pro du ção de tex tos,<br />

35


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36<br />

para de sen vol ver a ha bi li da de de pro du -<br />

zir tex tos orais e es cri tos das mais va ria -<br />

das ca te go rias, de vem ser re gu la res e<br />

cons tan tes. O tem po todo o alu no deve<br />

pro du zir tex tos orais e es cri tos e ava liá-<br />

-los den tro dos pa râ me tros que su ge ri -<br />

mos, re fa zendo-os sem pre que ne ces sá -<br />

rio, por que só as sim po de rá de sen vol ver<br />

sua com pe tên cia.<br />

3.2 - Compreensão de texto<br />

No que diz res pei to à com preen são<br />

de tex tos, im por ta ain da re gis trar al guns<br />

as pec tos que jul ga mos im por tan tes para<br />

o tra ba lho em sala de aula.<br />

a) An tes de mais nada, o que sig ni fi ca<br />

com preen der um tex to? Quan do po de -<br />

mos di zer que al guém real men te com -<br />

preen deu um tex to que ou viu ou leu?<br />

Essa ques tão não é fá cil de res pon der<br />

e tem re ce bi do mui tas con tri bui ções.<br />

Pode-se di zer que al guém com preen deu<br />

um tex to quan do, em pri mei ro lu gar,<br />

atin giu a com preen são li te ral do tex to,<br />

ou seja, é ca paz de sa ber do que fala o<br />

tex to, pois co nhe ce todo o vo ca bu lá rio<br />

usa do, entendendo ra zoa vel men te o<br />

sen ti do de cada pa la vra no tex to. Além<br />

dis so, sabe tam bém o que são to dos os<br />

ele men tos re fe ri dos no tex to (re fe rên cias<br />

his tó ri cas, geo grá fi cas, mi to ló gi cas,<br />

cien tí fi cas, re li gio sas etc.), isto é, não<br />

tem pro ble mas com o co nhe ci men to de<br />

mun do ne ces sá rio para o es ta be le ci -<br />

men to de um sen ti do glo bal (tó pi co dis -<br />

cur si vo) para o tex to (cf. Travaglia e<br />

Koch, 1990).<br />

Pas san do para ní veis mais al tos de<br />

com preen são, diz-se que al guém com -<br />

preen deu um tex to quan do é ca paz de:<br />

• Per ce ber/atri buir o(s) ob je ti vo(s) e<br />

in ten ção(ções) pro vá vel(veis) a que<br />

o tex to ser ve (para muitos, trata-se<br />

da percepção do tema do tex to).<br />

• Fa zer in fe rên cias a par tir do que<br />

está dito no tex to, per ce ben do<br />

pres su po si ções, su ben ten ti dos, o<br />

que se diz nas en tre li nhas.<br />

• Re la cio nar o tex to com ou tros que<br />

já co nhe ce (in ter tex tua li da de e in -<br />

ter dis cur si vi da de), es ta be le cen do<br />

sen ti dos pos sí veis do tex to atual<br />

em fun ção de sua re la ção com ou -<br />

tros tex tos, ti ran do con clu sões<br />

mais ge rais e ex tra po lan do para as<br />

ques tões ge rais exis ten tes no mun -<br />

do, na so cie da de, na cul tu ra,<br />

detectando, in clu si ve, ideo lo gias<br />

pre sen tes em dis cur sos cir cu lan tes<br />

na mes ma so cie da de e cul tu ra.<br />

Des sa for ma, po de mos di zer que há<br />

mais de um ní vel de com preen são e é<br />

de se já vel que o alu no te nha com pe -<br />

tên cia em to dos eles. Não se pode fi car<br />

ape nas no ní vel da com preen são li te -<br />

ral, nem fa zer ati vi da des e per gun tas<br />

de com preen são que fi quem ape nas<br />

nes se pla no: quan tas per so na gens há<br />

no tex to?, quem dis se X?, o que o me -<br />

ni no fez na ma nhã de seu ani ver sá rio?,<br />

quan tos ami gui nhos fo ram a sua fes ta?,<br />

como se cha ma va o avô do me ni no?, e<br />

a mãe? etc.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 37<br />

b) Ao tra ba lhar com a com preen são de<br />

tex tos, al guns pas sos são fun da men tais:<br />

• O primeiro passo, na com preen -<br />

são de tex tos es cri tos, é a lei tu ra<br />

aten ta do tex to al ter nando as téc -<br />

ni cas da lei tu ra si len cio sa e oral<br />

pelo alu no, para que este se acos -<br />

tu me a trans fe rir as con ven ções da<br />

lín gua es cri ta para a lín gua oral,<br />

apren den do, em fun ção da pon -<br />

tua ção e do con teú do do tex to, a<br />

fa zer pau sas ade qua da men te e im -<br />

pri mir rit mo, al tu ra de voz e en to -<br />

na ção ade qua dos, fa ci li tan do tan -<br />

to a per cep ção da es tru tu ra ló gi ca<br />

do tex to, quan to das emo ções que<br />

ele car re ga. A lei tu ra oral pode ser<br />

fei ta pelo(a) pro fes sor(a) e/ou alu -<br />

no. Quan do o tex to per mi te, é<br />

pos sí vel fa zer uma lei tu ra oral por<br />

vá rios alu nos in di can do qual de -<br />

les, por exem plo, lê a par te do<br />

nar ra dor e quais leem a par te de<br />

cada per so na gem es pe ci fi ca men -<br />

te. Pode acon te cer lei tu ra em for -<br />

ma de jo gral, lei tu ra in di vi dual,<br />

lei tu ra co le ti va, de pe que nos gru -<br />

pos etc. O im por tan te é que o alu -<br />

no leia o tex to silenciosa e oral -<br />

men te, exer ci tan do a fluên cia de<br />

trans fe rên cia do có di go es cri to<br />

para o oral, sem he si ta ções, cor tes<br />

de pa la vras e de sin tag mas ou<br />

cons ti tuin tes sin tá ti cos, se pa ran do<br />

por pau sas in de vi das o que está de<br />

for ma in trín se ca li ga do na se quên -<br />

cia lin guís ti ca. To das es sas deficiências<br />

pre ju di cam tan to a fluên -<br />

cia da lei tu ra quan to a de vi da<br />

com preen são do tex to.<br />

A com preen são de tex tos orais<br />

co me ça, evi den te men te, com sua au -<br />

di ção. A par tir daí, tudo o mais é mui -<br />

to se me lhan te ao tra ba lho para com -<br />

preen são do tex to es cri to.<br />

Quan do o(a) pro fes sor(a) faz a lei -<br />

tu ra oral do tex to para o alu no, é con -<br />

ve nien te que o alu no ape nas a ouça<br />

sem acom pa nhá-la no li vro, pelo me -<br />

nos na pri mei ra lei tu ra. Para de sen vol -<br />

ver a aten ção ao ou vir, o(a) pro fes -<br />

sor(a) pode, após a lei tu ra, fa zer per -<br />

gun tas so bre as pec tos de com preen -<br />

são li te ral ou su per fi cial do tex to:<br />

Quem são as per so na gens? Qual é a<br />

mais im por tan te? Onde se pas sa ram<br />

os fa tos con ta dos? Como é o ob je to<br />

que o tex to des cre ve? Qual a opi nião<br />

do au tor so bre a po lui ção so no ra? etc.<br />

Quan do o alu no faz a lei tu ra si -<br />

len cio sa, o(a) pro fes sor(a) deve fi car<br />

aten to a fa lhas me câ ni cas, ob ser van -<br />

do-o para cor ri gir tais fa lhas:<br />

- Li vro mui to pró xi mo dos olhos (o<br />

alu no tem pro ble ma de vi são?);<br />

- Mo vi men to de lá bios que deve ser<br />

evi ta do, pois se não o que se tem<br />

não é lei tu ra si len cio sa, mas lei tu ra<br />

oral em tom bem bai xo.<br />

• O se gun do pas so é o alu no ser ca -<br />

paz de di zer do que tra ta o tex to,<br />

qual é o as sun to do tex to. Para isso,<br />

deve fa zer o que in di ca mos an te -<br />

rior men te, ao fa lar do pri mei ro es -<br />

tá gio da com preeen são, bus can do<br />

co nhe cer todo o lé xi co usa do no<br />

tex to, assim como o objeto a que<br />

37


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38<br />

ele se re fe re, para atin gir a com -<br />

preen são li te ral do tex to.<br />

• No ter cei ro pas so, o alu no deve ser<br />

ca paz de di vi dir o tex to em par tes<br />

ou seg men tos (tó pi cos), de acor do<br />

com as ideias fun da men tais su bor di -<br />

na das ao tema e/ou tó pi co prin ci pal,<br />

de ter mi nan do o que po de mos cha -<br />

mar de es tru tu ra se mân ti ca do tex to.<br />

No “Dialogando com o texto” há<br />

exercícios específicos para este fim.<br />

• No quar to pas so, o alu no deve descobrir<br />

a ou as in ten ções ou objetivo(s)<br />

do tex to.<br />

• No quin to pas so, o alu no vai cor re -<br />

la cio nar os ele men tos cons ti tu ti vos<br />

do tex to (pa la vras, fle xões, cons tru -<br />

ções, ca te go rias, in for ma ções etc.<br />

uti li za dos) en tre si e com o tó pi co<br />

dis cur si vo do tex to, com suas in ten -<br />

ções, com seu di re cio na men to para<br />

cer to(s) ob je ti vo(s). Essa cor re la ção<br />

deve ser fei ta por meio de ques tões<br />

que façam o alu no per ce ber e le -<br />

van tar tais re la ções. Desse modo, o<br />

aluno vai com preen der, pou co a<br />

pou co, que as es co lhas de in for ma -<br />

ções e re cur sos da lín gua, fei tas na<br />

cons tru ção/pro du ção de um tex to,<br />

não são for tui tas. Tais escolhas bus -<br />

cam a con se cu ção de ob je ti vos co -<br />

mu ni ca cio nais da for ma mais ade -<br />

qua da a cada si tua ção de in te ra ção<br />

co mu ni ca ti va. Nes se sen ti do, a pro -<br />

du ção e a com preen são de tex tos<br />

se in ter- re la cio nam e se in te ra li -<br />

men tam em ter mos do de sen vol vi -<br />

men to de ha bi li da des lin guís ti cas<br />

de ex pres são e com preen são.<br />

• No sexto passo, con for me a ca te -<br />

go ria de tex to, é im por tan te dis cu -<br />

tir com o alu no al guns as pec tos<br />

que o le vem a: a) dis tin guir: fa tos<br />

de opi niões; cau sas de con se quên -<br />

cias; afir ma ções ba sea das em va lo -<br />

res de afirmações baseadas em<br />

fatos; b) re co nhe cer ideo lo gias ou<br />

pre con cei tos, assim como vie ses e<br />

dis tor ções de les con se quen te c)<br />

per ce ber téc ni cas usa das para con -<br />

ven cer e per sua dir.<br />

• No último passo, fi nal men te, pode-<br />

-se cor re la cio nar o tex to com ou tros<br />

que tra tem do mes mo tó pi co e dis -<br />

cu tir sua re la ção com ele men tos da<br />

vida em uma dada so cie da de e cul -<br />

tu ra, considerando as ideo lo gias<br />

cor ren tes. Estas dão sus ten ta ção ao<br />

que se diz no tex to, ou mes mo nele<br />

se cho cam e são pas sí veis de dis cus -<br />

são, em vis ta de ou tras ideologias.<br />

O(A) pro fes sor(a) per ce be rá que, na<br />

co le ção, to dos es ses pas sos são tra ba -<br />

lha dos.<br />

c) Quan do o tex to uti li za mais de uma<br />

for ma de lin gua gem (pu bli ci da des, ti ras,<br />

si nop ses etc.) ou uma única for ma de<br />

lin gua gem (qua dri nhos só com de se -<br />

nhos, pin tu ras, char ges etc.), é pre ci so<br />

dis cu tir o que di zem as lin gua gens não<br />

ver bais e, quan do este for o caso, como<br />

elas se cor re la cio nam com a lin gua gem<br />

ver bal. Ele men tos da lin gua gem não ver -<br />

bal são co res, for mas de ba lões, li nhas,<br />

vo lu mes, ex pres sões fi sio nô mi cas das<br />

pes soas em de se nho ou foto, ele men tos<br />

pre sen tes, mú si ca, ges tos etc.


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4 - En si no de or to gra fia<br />

e pon tua ção<br />

O pon to mais im por tan te no tra ba lho<br />

com or to gra fia é lem brar que esta é uma<br />

con ven ção es ta be le ci da por lei (no caso<br />

do Por tu guês do Bra sil e dos países lusófonos,<br />

o Acor do Or to grá fi co de 1943,<br />

modi fi ca do pelo acordo ortográfico de<br />

1990, ratificado em 2007, que al te rou as<br />

nor mas de acen tua ção, hife nização,<br />

entre outras, e eliminou o trema ( com<br />

exceção de nomes próprios de língua<br />

estrangeira). Ou seja, não há uma ra zão<br />

ló gi ca para se es cre ver as pa la vras tal<br />

como elas são es cri tas. O que há, por tan -<br />

to, é uma gra fia ofi cial, e as dú vi das só<br />

po dem ser re sol vi das con sul tan do o di -<br />

cio ná rio or to grá fi co, ou qual quer bom<br />

di cio ná rio da lín gua. As sim o(a) pro fes -<br />

sor(a) deve se lem brar de que o ins tru -<br />

men to fun da men tal para apren der or to -<br />

gra fia é a me mó ria. Portanto, o bá si co na<br />

me to do lo gia de en si no de or to gra fia é vi -<br />

sua li zar a es cri ta da pa la vra várias ve zes<br />

e re pe tir sua gra fia mui tas ve zes até que<br />

ela fi que ar qui va da na me mó ria.<br />

A maio ria dos pro ble mas de or to gra fia<br />

vem da re la ção en tre fo ne ma e gra fe ma,<br />

ou, se se pre fe rir um ter mo me nos téc ni -<br />

co, en tre som e le tra. Ou seja, não há cor -<br />

res pon dên cia exa ta en tre as le tras e os<br />

sons da fala que elas re pre sen tam. Por<br />

exem plo, es cre ve mos “casa”, mas po de -<br />

ría mos igual men te es cre ver: “caza”,<br />

“caxa”, uma vez que o som [z] pode ser<br />

re pre sen ta do pela le tra s en tre vo gais, pela<br />

le tra z, mes mo en tre vo gais (azar, aze do<br />

etc.) e pela le tra x (exa me, exa to etc.) (veja<br />

quadro 6, adian te). Por que se es cre ve<br />

“casa”? Por que foi as sim que fi cou com bi -<br />

na do e foi es ta be le ci do em lei para que<br />

to dos es cre vam da mes ma for ma.<br />

A ques tão da cor res pon dên cia en tre<br />

os sons e as le tras pode ser bem apreen -<br />

di da nos qua dros abai xo to ma dos a Lem -<br />

le (1987), com al gu mas mo di fi ca ções.<br />

Ob ser van do os qua dros, o(a) pro fes sor(a)<br />

pode per ce ber a ori gem de mui tos dos<br />

pro ble mas de or to gra fia que en con tra na<br />

es cri ta de seus alu nos.<br />

QUADRO 3 – Correspondências<br />

biunívocas entre fonema e letras<br />

Letra Fonema<br />

p /p/<br />

b /b/<br />

t /t/<br />

d /d/<br />

f /f/<br />

v /v/<br />

a /a/<br />

lh /í/ = [lhe]<br />

nh /ñ/ = [nhê]<br />

Para os sons e le tras des se qua dro, em<br />

que para cada le tra só te mos um fo ne ma<br />

e vice-ver sa, só ocor rem er ros de or to -<br />

gra fia quan do há um pro ble ma de per -<br />

cep ção (au di ção) e iden ti fi ca ção en tre<br />

fo ne ma e le tra.<br />

Se gun do Ra mos (1997, p. 68-72), as<br />

fa lhas de or to gra fia per ten cem to das a<br />

ape nas três clas ses, onde se agru pam al gu -<br />

mas ca te go rias de fa lhas mais fre quen tes<br />

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(a au to ra apre sen ta oito ca te go rias, com base<br />

em um le van ta men to fei to em pes qui sa so -<br />

bre or to gra fia que apre sen ta mos abai xo):<br />

1) “Er ros de cor ren tes da iden ti fi ca ção en -<br />

tre fo ne ma e le tra, nos casos em que,<br />

gros so modo, se pode es ta be le cer uma<br />

re la ção um a um” en tre le tra e som/fo -<br />

ne ma (veja Ramos, 1997, qua dro 3, p.<br />

37). Aqui é mui to fre quen te a tro ca da<br />

le tra que re pre sen ta o som sur do (p, t,<br />

q, f, ch/x) pela que re pre sen ta o som<br />

so no ro (b, d, g, g/j) ou vice-ver sa. Esta<br />

clas se é a res pon sá vel pelo me nor nú -<br />

me ro de fa lhas (na pes qui sa apre sen ta -<br />

da, ape nas 0,4% das fa lhas);<br />

2) “Er ros de cor ren tes de idios sin cra sias<br />

do có di go es cri to.” Idios sin cra sia é<br />

uma ca rac te rís ti ca pró pria e sem uma<br />

ra zão plau sí vel que a explique. Ra mos<br />

(1997) in clui aqui as se guin tes ca te go -<br />

rias de fa lhas:<br />

a) Os pro ble mas de or to gra fia das<br />

si bi lan tes co ro nais (s in ter vo cá -<br />

li co, s ini cial, z in ter vo cá li co, /s/<br />

pré-vo cá li co, /z/ dian te de e, i);<br />

b) Na sa li da de (gra fia de m, n, ão,<br />

am, ã);<br />

c) Dí gra fos (nh, rr, ch, lh, gu, qu).<br />

QUADRO 4 – Uma letra representando diferentes sons, segundo a posição<br />

Letra Fone (sons) Posição Exemplos<br />

S<br />

[s]<br />

[z]<br />

Esta clas se se ria res pon sá vel por<br />

13,9% das fa lhas do tipo “go sa -<br />

ram/go za ram, vi zi ta dos/vi si ta dos, cas -<br />

sa do/ca ça do, agre si vos/agres si vos,<br />

erra/era, ser to/cer to, can ta ram/ can ta -<br />

rão, vam/vão”.<br />

3) “Er ros de cor ren tes da in ter fe rên cia do<br />

modo de pro nun ciar as pa la vras.” En -<br />

tram aqui ca sos como “car nei rim (por<br />

car nei ri nho), fa la no (por fa lan do), ra -<br />

mo (por va mos, no Nor des te), falá (por<br />

fa lar), tam beim (por tam bém)” etc.<br />

Esta clas se res pon de por 16,4% das fa -<br />

lhas. Ra mos in clui aqui as se guin tes<br />

ca te go rias de fa lhas:<br />

Início de palavra<br />

Intervocálico<br />

(entre vogais)<br />

a) Re du ção da de si nên cia do ge -<br />

rún dio: ando/endo/indo ><br />

ano/eno/ ino;<br />

b) Or to gra fia de sí la bas tra va das<br />

com r, s e l (sar/sal, mais/mas,<br />

deiz/dez, sor da do/sol da do,<br />

can tá/can tar);<br />

c) Pro ble mas na or to gra fia de di -<br />

ton gos (pexe/pei xe, fe jão/fei -<br />

jão, oro/ouro, toro/tou ro etc.);<br />

d) Al ça men to de vo gais (tro ca de<br />

e por i e tro ca de o por u).<br />

sala, sabonete<br />

casa, duas árvores


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Letra Fone (sons) Posição Exemplos<br />

S<br />

M<br />

N<br />

L<br />

E<br />

O<br />

[š] = chê<br />

[ž] = jê<br />

[m]<br />

[nasalidade<br />

da vogal<br />

precedente]<br />

[n]<br />

[nasalidade da<br />

vogal precedente]<br />

[l]<br />

[u]<br />

[ê] ou [é]<br />

[i]<br />

[ô] ou [ó]<br />

[u]<br />

Diante de consoante<br />

surda ou em final de<br />

palavra (em alguns<br />

dialetos, como o<br />

carioca)<br />

Diante de<br />

consoante sonora<br />

Antes de vogal<br />

Depois de vogal,<br />

diante de p e b<br />

Antes de vogal<br />

Depois de vogal e<br />

antes de consoantes<br />

que não sejam p e b<br />

Antes de vogal<br />

Depois de vogal<br />

No final de palavra<br />

Final átono de palavra<br />

No final de palavra<br />

Final átono de palava<br />

resto, duas casas<br />

rasgo, duas gotas<br />

mala, leme<br />

campo, sombra<br />

nada, banana<br />

ganso, tango, conto<br />

bola, lua<br />

calma, sal<br />

dedo, pedra<br />

padre, morte, dente<br />

bolo, cova<br />

bolo, amigo<br />

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42<br />

QUADRO 5 – Um som representado por diferentes letras, segundo a posição<br />

Fone (som) Letra Posição Exemplos<br />

[k] = quê<br />

[g] = guê<br />

[i]<br />

[u]<br />

[R] (r forte<br />

gutural)<br />

[ãu]<br />

[ku]<br />

[gu]<br />

c<br />

qu<br />

g<br />

gu<br />

i<br />

e<br />

u<br />

o<br />

rr<br />

r<br />

ão<br />

am<br />

qu<br />

qu<br />

cu<br />

gu<br />

gu<br />

Diante de a, o, u<br />

Diante de e, i<br />

Diante de a, o, u<br />

Diante de e, i<br />

Posição tônica<br />

Posição átona em<br />

final de palavra<br />

Posição tônica<br />

Posição átona em<br />

final de palavra<br />

Intervocálico<br />

Outras posições<br />

Posição tônica<br />

Posição átona<br />

Diante de a, o<br />

Diante de e, i<br />

Outras<br />

Diante de e, i<br />

Outras<br />

casa, come, bicudo<br />

pequeno, esquina<br />

gato, gota, agudo<br />

paguei, guitarra<br />

pino, caqui<br />

padre, morte, dente<br />

lua, tatu<br />

falo, amigo, gato<br />

carro, arrepio, jarra<br />

rua, carta, honra, mar<br />

portão, cantarão,<br />

venderão<br />

cantaram, venderam<br />

aquário, quota<br />

cinquenta, equino<br />

frescura, pirarucu, acuar<br />

aguenta, sagui,<br />

frequência<br />

água, agudo


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QUADRO 6 – Letras que representam fonemas idênticos em contextos idênticos<br />

Fone Contexto (Posição) Letras Exemplos<br />

[z] Intervocálico<br />

[s]<br />

[s]<br />

[s]<br />

[s]<br />

Intervocálico<br />

diante de a, o, u<br />

Intervocálico<br />

diante de e, i<br />

Diante de<br />

a, o, u, precedido<br />

por consoante<br />

Diante de<br />

e, i, precedido<br />

por consoante<br />

[s] Diante de consoante<br />

[s]<br />

Fim de palavra<br />

e diante de<br />

consoante ou<br />

pausa<br />

[š] = chê Diante de vogal<br />

s<br />

z<br />

x<br />

ss<br />

ç<br />

sç<br />

ss<br />

c<br />

sc<br />

s<br />

ç<br />

s<br />

c<br />

s<br />

x<br />

s<br />

z<br />

ch<br />

x<br />

mesa, casa<br />

certeza, azar<br />

exemplo, exato<br />

russo, assado, possuir<br />

ruço, açude, caça<br />

cresça<br />

posseiro, assento, Assíria<br />

roceiro, acento, acima<br />

crescer, acréscimo<br />

balsa, falso, malsucedido,<br />

lapso, alça,<br />

calçudo, percalço<br />

balseiro, persegue,<br />

ensejo, percebe,<br />

Alcides<br />

espera, testa<br />

expectativa, texto<br />

funis, mês, Taís<br />

atriz, vez, Beatriz<br />

chuva, racha, cheio,<br />

chinelo, taxa, xícara,<br />

abaixo<br />

43


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 44<br />

44<br />

Fone Contexto (Posição) Letras Exemplos<br />

[š] = chê<br />

[š] = chê<br />

[ž] = jê<br />

Diante de<br />

consoante (apenas<br />

em alguns dialetos)<br />

Fim de palavra e<br />

diante de consoante<br />

ou pausa (apenas em<br />

alguns dialetos)<br />

Início ou meio<br />

de palavra e<br />

diante de e, i<br />

[u] Fim de sílaba<br />

zero Início de palavra<br />

Deve-se ob ser var que o tra ba lho com<br />

uma ca te go ria de fa lha de uma clas se<br />

ten de a eli mi nar as fa lhas da mes ma ca -<br />

te go ria e clas se. A partir dessa clas si fi ca -<br />

ção, o trabalho com as fa lhas de or to gra -<br />

fia se tor na mais simples do que traba -<br />

lhar as fa lhas uma a uma.<br />

O(A) pro fes sor(a) vai ob ser var que<br />

não há nos li vros um gran de nú me ro de<br />

ati vi da des de en si no-apren di za gem de<br />

or to gra fia e de pon tua ção e que, mui tas<br />

ve zes, elas se re fe rem mais a prin cí pios<br />

bá si cos do que a ca sos es pe cí fi cos de fa -<br />

s<br />

x<br />

s<br />

z<br />

J<br />

g<br />

u<br />

l<br />

zero<br />

h<br />

espera, testa<br />

expectativa, texto<br />

funis, mês, Taís<br />

atriz, vez, Beatriz<br />

jeito, sujeira, joia,<br />

junto, jiló<br />

gente, bagageiro,<br />

agir, legião<br />

céu, chapéu, mau<br />

mel, papel, soldado<br />

ora, ovo<br />

hora, homem, hotel<br />

lhas ou de ca sos de or to gra fia e pon tua -<br />

ção. Esse fato é pro po si tal, con si de ran do<br />

que as di fi cul da des que cada tur ma apre -<br />

sen ta va riam em fun ção de mui tos fa to -<br />

res, in clu si ve de va ria ções re gio nais.<br />

Des se modo, cabe a você, pro fes sor(a),<br />

de tec tar os ca sos de fa lhas na or to gra fia e<br />

pon tua ção e ir mon tan do ati vi da des que<br />

bus quem saná-las, mas sem pre den tro do<br />

prin cí pio pro pos to nos li vros des ta co le -<br />

ção de atuar mais pelo uso do que por<br />

teo ri za ções não ne ces sá rias.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 45<br />

5 - Tipos e gêneros<br />

de textos 3<br />

Como se sabe, nós nos comunicamos<br />

por textos que podem ter a extensão de<br />

uma palavra até volumes inteiros. O texto<br />

é uma unidade linguística que se define<br />

por ser tomado como uma unidade de<br />

sentido por usuários da língua (falante,<br />

escritor/ouvinte, leitor) em uma situação<br />

de interação comunicativa.<br />

Todos os tex tos que cria mos, orais ou<br />

es cri tos, se ins cre vem em um gê ne ro que<br />

é uma forma social de ação pela linguagem<br />

segundo formas que foram consagradas<br />

pelo uso em uma sociedade. Daí<br />

a im por tân cia de não só usar di fe ren tes<br />

gê ne ros, no nos so tra ba lho com os alu -<br />

nos, co mo tam bém ir aos pou cos, pe lo<br />

uso, pos si bi li tan do- lhes o re co nhe ci men -<br />

to e a construção de ca da um de les.<br />

Inicialmente, até a in tui ção dos alu nos dá<br />

con ta das prin ci pais ca rac te rís ti cas dos<br />

gê ne ros mais co nhe ci dos. Comece por<br />

ex plo rar es se co nhe ci men to in tui ti vo. Por<br />

ou tro la do, não se preo cu pe com no men -<br />

cla tu ras, em ge ral so fis ti ca das e sem<br />

maior in te res se pa ra o usuá rio da lín gua.<br />

A ques tão dos gê ne ros dos tex tos é<br />

ca da vez mais dis cu ti da, sen do mui tas as<br />

pro pos tas pos sí veis pa ra a sua clas si fi ca -<br />

ção. Isso ocor re por que ob je ti vos di fe -<br />

ren tes criam cri té rios di fe ren tes de clas -<br />

si fi ca ção. Como não pre ci sa mos en trar<br />

em pro fun das ques tões teó ri cas, va mos<br />

ex pli ci tar ape nas algumas questões bási-<br />

cas sobre os gê ne ros e os tipos de textos<br />

que os constituem.<br />

Para nós é im por tan te destacar, an tes<br />

de mais na da, que os tex tos po dem ser<br />

di vi di dos em duas gran des ver ten tes: os<br />

li te rá rios e os não li te rá rios. Os li te rá rios<br />

são os tex tos de in ten ção ar tís ti ca, com<br />

uma preo cu pa ção com os re cur sos da<br />

lin gua gem, mar ca dos pe las co no ta -<br />

ções. Os mais trabalhados no Ensino<br />

Fundamental são de gêneros como os<br />

contos (infantis ou não), crônicas,<br />

pequenas novelas, romances, poemas,<br />

peças de teatro. Os não li te rá rios não<br />

têm intenção artística. São os in for ma ti -<br />

vos, os jor na lís ti cos, os pu bli ci tá rios e<br />

ou tros que têm co mo ca rac te rís ti ca o fa -<br />

to de se rem prag má ti cos (receitas, bulas,<br />

atestados, certificados, folhetos, correspondências,<br />

atas, convites etc.). Veja<br />

alguns que enumeramos no item III<br />

(“Fundamentos”), subitem 3 (“Ensino de<br />

produção e compreensão de textos”). Os<br />

textos não literários têm uma cla ra in ten -<br />

ção prá ti ca, de aten di men to de uma ne -<br />

ces si da de da vi da.<br />

Os textos também se dividem basicamente<br />

em textos em prosa e em verso.<br />

3 - Uma boa parte das ideias contidas neste item foram tomadas a Almeida e Costa (2005). No item<br />

sobre “Gêneros e tipos textuais” as autoras tiveram a cooperação da Profa. Dra. Maria Antonieta<br />

Antunes Cunha. Fizemos modificações e acréscimos para este manual com base sobretudo em<br />

Travaglia (1991), ([2003]/2007a), (2007b), (2007c) e (2009b).<br />

45


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 46<br />

46<br />

5.1 - Tipos e gêneros<br />

Segundo Travaglia (1991) e ([2003]/<br />

2007a) os tipos definem modos de interação<br />

pela linguagem de acordo com<br />

perspectivas adotadas por seus produtores.<br />

Este autor apresenta como básicos<br />

para o ensino, porque entram na composição<br />

de todos os gêneros, os seguintes<br />

tipos de texto:<br />

a) descritivo, dissertativo, injuntivo e narrativo;<br />

b) argumentativo (stricto sensu).<br />

Ou seja, os tex tos, se ja qual for o gê -<br />

ne ro, são or ga ni za dos nos seguintes ti -<br />

pos bá si cos de tra ma, ou te ci do tex -<br />

tual4 : o tex to nar ra ti vo, o des cri ti vo, o<br />

dis ser ta ti vo, o in jun ti vo, e o argumentativo.<br />

A eles se acrescenta o texto conversacional,<br />

que é representado pelo diálogo<br />

entre dois interlocutores.<br />

O ti po nar ra ti vo é aque le que con ta,<br />

re la ta fa tos ver da dei ros ou in ven ta dos<br />

(fic cio nais). Predomina em gê ne ros<br />

como: atas, notícias, peças de teatro,<br />

romances, novelas (literárias, de rádio e<br />

TV), contos, contos de fadas, fábulas,<br />

apólogos, parábolas, mitos, lendas, piadas,<br />

fofoca, caso, biografia, epopeia etc.<br />

Uma grande parte das narrativas são histórias,<br />

mas nem todas são uma história<br />

(como as atas, várias notícias etc.).<br />

As narrativas-história têm elementos<br />

básicos que são:<br />

a) O narrador, ou seja, aquele que<br />

conta os fatos, a ação. Ele pode ser<br />

um personagem, pode ser um observador<br />

que presencia os fatos e os<br />

conta, ou pode, ainda, ser um narrador<br />

onisciente, ou seja, que não apenas<br />

presencia os fatos, mas sabe de<br />

tudo, inclusive o que se passa na<br />

mente dos personagens, e o revela<br />

ao leitor.<br />

b) Os personagens, que podem ser seres<br />

reais ou imaginários. Os personagens<br />

geralmente são divididos em protagonistas<br />

(os personagens principais, em<br />

torno dos quais os fatos da narrativa<br />

giram. É basicamente sobre eles que a<br />

história conta, geralmente são “os<br />

mocinhos”), os antagonistas (os personagens<br />

que se opõem aos protagonistas,<br />

que criam os conflitos e dificuldades.<br />

Geralmente são os “bandidos”) e<br />

os personagens secundários (que participam<br />

da trama, mas não são as figuras<br />

principais da história, apenas servem<br />

de suporte na história, ajudam os protagonistas<br />

ou antagonistas em sua ação).<br />

c) O tempo, pois em toda narrativa os<br />

fatos estão inseridos no tempo (em<br />

dado momento e por certo tempo). Daí<br />

a importância da narrativa para trabalhar<br />

a expressão do tempo.<br />

d) E um lugar, pois os fatos são localizados<br />

em um lugar (real ou imaginário).<br />

E se realizam em uma estrutura que<br />

basicamente é constituída pelas seguintes<br />

partes ou categorias das quais apenas<br />

a complicação e resolução são obrigatórias:<br />

a) Um anúncio em que se diz que vai<br />

contar fatos ocorridos ou previstos.<br />

4 - Para maiores informações sobre os tipos e suas estruturas veja Travaglia (1991), cap. 2 e item 6.4.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 47<br />

b) Um resumo em que se diz de modo<br />

bem sintético o fato.<br />

c) A orientação em que se apresentam os<br />

personagens, o cenário (lugar de<br />

ocorrência dos fatos) e o tempo de<br />

ocorrência dos fatos. Essa parte pode<br />

reaparecer para episódios ou grupos<br />

de episódios diferentes.<br />

d) A complicação em que aparece o fato<br />

que cria um conflito, uma intriga que<br />

vai gerar uma transformação, levando<br />

à passagem de um estado a outro. Ou<br />

seja, para haver narrativa deve haver<br />

transformação.<br />

e) A resolução em que se tem a ocorrência<br />

de algo que resolve o conflito estabelecendo<br />

um novo estado de coisas.<br />

f) O resultado que representa o novo<br />

estado de coisas estabelecido a partir<br />

da resolução do conflito.<br />

g) A conclusão que pode aparecer sob<br />

algumas formas distintas: a moral,<br />

muito conhecida em fábulas, apólogos<br />

e parábolas; o fecho (uma conclusão<br />

convencional do tipo “e pôs-se a<br />

fábula em ata”, “e o que havia para<br />

ser contado o foi, quem quiser mais<br />

que conte outra” ou coda (geralmente<br />

em narrativas orais e em que se diz<br />

algo que nos leva a sair da situação<br />

apresentada pela narrativa e voltar<br />

para a situação de fala em que se está<br />

narrando a história).<br />

O ti po des cri ti vo se es tru tu ra atra -<br />

vés da ca rac te ri za ção de ob je tos, pes -<br />

soas ou pro ces sos. Seu objetivo é<br />

dizer como algo é. Aparece nos mais<br />

di fe ren tes gê ne ros, sem pre que o ob je -<br />

ti vo é apre sen tar as pec tos de qual quer<br />

si tua ção ou ser. A descrição se constrói,<br />

pois, pela apresentação de características<br />

(de forma, cor, textura,<br />

dimensão etc.) e componentes ou partes<br />

do objeto da descrição.<br />

O ti po dis ser ta ti vo apre sen ta uma<br />

se quên cia de ideias, opi niões, avaliações<br />

de algo. Tem co mo ca rac te rís ti ca<br />

im por tan te a sua or ga ni za ção ló gi ca e<br />

uma es tru tu ra bá si ca: in tro du ção, de -<br />

sen vol vi men to e con clu são. O objetivo<br />

é dar a co nhe cer, apre sen tan do de<br />

for ma or ga ni za da um as sun to ou te -<br />

ma, oral men te ou por es cri to, con cre -<br />

ti zan do os gê ne ros: tese, dissertação,<br />

pa les tra, ex pla na ção, editoriais de jornal,<br />

artigos de crítica em jornais,<br />

revistas e livros, manuais didáticos<br />

diversos, muitos verbetes de enciclopédia,<br />

artigos de divulgação científica,<br />

exposições orais etc.<br />

O ti po in jun ti vo vi sa a incitar o des -<br />

ti na tá rio a fazer algo, seja cum prindo<br />

uma or dem ou atendendo a um pedido,<br />

súplica, conselho, desejo, prescrição.<br />

São tex tos dos gê ne ros: ordens, pedidos,<br />

conselhos, ins tru ções, man da men tos,<br />

com bi na dos, manuais de uso e/ou montagem<br />

de aparelhos e outros, receitas de<br />

cozinha e receitas médicas, textos de<br />

orientação comportamental (ex.: como<br />

dirigir), cartões de congratulações e<br />

votos (formatura, aniversário, de Natal e<br />

Ano Novo etc.). Nestes textos o produtor<br />

diz o que é para ser feito e também, em<br />

alguns casos, como algo deve ser feito.<br />

Basicamente todo texto é argumentativo<br />

no sentido de que sempre queremos<br />

atingir um objetivo ao dizer<br />

alguma coisa. Todavia chamamos de<br />

47


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 48<br />

48<br />

texto ar gu men ta ti vo stricto sensu<br />

aquele que apre sen ta cla ra men te o<br />

ob je ti vo de de fen der um pon to de vis -<br />

ta, con ven cer e/ou persuadir o des ti -<br />

na tá rio, apre sen tan do argumentos e<br />

contra-argumentos que são representados<br />

por fa tos, ideias, ra zões ló gi cas,<br />

dados, ou seja, elementos que levem<br />

o outro a aderir a uma ideia ou a<br />

tomar determinada atitude ou a fazer<br />

algo. Esta ideia ou outro elemento a<br />

que se quer que o destinatário dê sua<br />

adesão é a te se que aparece ou na<br />

afir ma ção ini cial ou na conclusão que<br />

sintetiza toda a argumentação. Os<br />

textos argumentativos geralmente são<br />

dissertativos, mas também podem ser<br />

descritivos ou narrativos ou ter partes<br />

constituídas por esses tipos. O injuntivo<br />

aparece muito na conclusão da<br />

argumentação. São exem pla res de<br />

tex tos ar gu men ta ti vos os gê ne ros: ar ti -<br />

gos de opi nião, dis ser ta ções, te ses,<br />

editoriais de jornal, fábulas, parábolas,<br />

apólogos etc.<br />

O ti po con ver sa cio nal ou in te ra ti vo<br />

re pro duz con ver sas ou diá lo gos.<br />

Geralmente são conversacionais textos<br />

dos seguintes gêneros: en tre vis tas, de -<br />

poi men tos, conversas do dia a dia,<br />

peças de teatro etc.<br />

Esses ti pos qua se nun ca cons ti tuem<br />

to do o tex to. Na rea li da de, um mes mo<br />

tex to po de apre sen tar trechos de vários<br />

tipos combinados5 , pas san do de um ti po<br />

a ou tro. Assim, quan do di ze mos que um<br />

tex to é nar ra ti vo ou dissertativo ou<br />

injuntivo, is so quer di zer que a nar ra -<br />

cão, a dissertação ou a injunção é pre -<br />

do mi nan te, mas ra ra men te é úni ca.<br />

Os fa to res que de ter mi nam a ca rac te -<br />

ri za ção de um tex to como pertencente a<br />

es te ou a que le gê ne ro são: a) o conteúdo<br />

temático, que segundo Travaglia é<br />

dado pelo tipo de informação que a<br />

categoria de texto pode conter; b) o te ci -<br />

do do tex to (que inclui sua estrutura<br />

básica e os elementos de linguagem que<br />

geralmente usa); c) o objetivo ou a fun -<br />

ção sóciocomunicativa de ca da um; d)<br />

suas condições de produção: quem diz,<br />

para quem, em que quadro social e/ou<br />

institucional, o suporte etc.<br />

5.2 — Sobre alguns gêneros<br />

literários<br />

Os prin ci pais gê ne ros li te rá rios trabalhados<br />

no Ensino Fundamental são:<br />

a) Conto – O conto é uma narração cur -<br />

ta, oral ou es cri ta, em tor no de um<br />

con fli to real ou imaginário. Os contos<br />

literários quase sempre têm um<br />

final inesperado e apenas uma célula<br />

narrativa ou episódio central.<br />

Podemos incluir nos contos os contos<br />

infantis e os contos de fadas, mas<br />

estes têm características um pouco<br />

5 - Sobre as relações dos tipos na constituição dos gêneros veja mais em Travaglia (2007b): Das relações<br />

possíveis entre tipos na composição de gêneros.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 49<br />

distintas do gênero conto produzido<br />

pelos literatos.<br />

b) Crônica – Gênero ti pi ca men te bra si -<br />

lei ro, de pe que na ex ten são, sem pre<br />

li ga do aos acon te ci men tos do co ti -<br />

dia no, geralmente em prosa e com<br />

uma linguagem muito próxima da<br />

linguagem comum do dia a dia e que<br />

transmite a sensação de que o autor<br />

está falando conosco. Geralmente<br />

apa re cem em jor nais e re vis tas,<br />

podendo depois ser reunidas em<br />

livros. Muitas ve zes, é uma nar ra ti va<br />

cur ta, quan do se con fun de com um<br />

pequeno con to.<br />

c) Peça tea tral – O tex to tea tral exis te pa -<br />

ra ser re pre sen ta do. Isso quer di zer<br />

que a his tó ria de tal tex to tem per so -<br />

na gens, que vi vem al gum ti po de con -<br />

fli to, agem e rea gem dian te dos olhos<br />

de uma pla teia. Por is so, apre sen ta a<br />

for ma dia lo ga da e mais ra ra men te<br />

apre sen ta um nar ra dor ou apre sen ta -<br />

dor. Há peças que são monólogos, ou<br />

seja, diante de um público o personagem<br />

faz reflexões ou narra fatos relativos<br />

a sua vida.<br />

Para aju dar ato res e di re to res de tea tro<br />

na re pre sen ta ção ade qua da da pe ça,<br />

exis tem as cha ma das “ru bri cas”, que<br />

são orien ta ções apre sen ta das en tre<br />

pa rên te ses e com um ti po de le tra di -<br />

fe ren te, exa ta men te pa ra que apa re -<br />

çam só pa ra o lei tor.<br />

No ca so de vo cê e seus alu nos op ta -<br />

rem pe la cria ção de uma ce na de tea -<br />

tro, é im por tan te lem brar que o tea tro<br />

exi ge nor mal men te um ce ná rio e,<br />

mui tas ve zes, um fun do mu si cal ou<br />

ruí dos – o que se cha ma so no plas tia.<br />

É cla ro que quan to me no res fo rem os<br />

alu nos, mais sim ples são es sas ca rac -<br />

te rís ti cas da re pre sen ta ção.<br />

d) Poemas – Os poe mas são tex tos em<br />

ver sos, reunidos em estrofes que têm<br />

nomes diferentes conforme o número<br />

de versos (dísticos, tercetos, quadras,<br />

quintilha, sextilha etc); pos suem rit -<br />

mo acen tua do e com frequência versos<br />

com número de sílabas determinado<br />

(é a métrica do verso) e também<br />

rimas seguindo esquemas diversos<br />

(emparelhadas: aabb; alternadas:<br />

abab; continuadas: aaaa; intercaladas:<br />

abba etc). Os poemas podem ser<br />

de diversas espécies: sonetos, parlendas,<br />

quadrinhas, acrósticos, epitalâmio,<br />

elegia etc.) 6<br />

e) Romances – Histórias mais longas<br />

com várias células narrativas, com<br />

eventos em sequência e paralelos,<br />

constituindo uma trama mais intrincada,<br />

trechos dialogados. Como há<br />

diversas linhas narrativas, é comum<br />

aparecerem muitas orientações. Há<br />

também trechos dissertativos de avaliação<br />

ou explicação das ações dos<br />

personagens.<br />

6 - Para conhecer mais sobre os poemas, suas formas e espécies você pode ler a parte de poética de<br />

uma teoria literária (como a de Tavares) ou a parte de versificação de muitas gramáticas.<br />

49


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50<br />

5.3 — Sobre alguns gêneros<br />

não literários<br />

Os prin ci pais gêneros não li te rá rios<br />

com que se costuma trabalhar no Ensino<br />

Fundamental são:<br />

5.3.1 — Textos epis to la res<br />

São os textos de correspondência.<br />

Tais tex tos se ca rac te ri zam por apre sen -<br />

tar ou es ta be le cer re ci pro ci da de e in ter -<br />

câm bio de men sa gens en tre pes soas:<br />

car ta, bi lhe te, car tão, e- mail, te le gra ma,<br />

lem bre te, convite etc. Muitos consideram<br />

o diário como uma forma de correspondência<br />

consigo mesmo, outros<br />

não. Todos têm uma estrutura básica<br />

com variações conforme a variedade de<br />

correspondência que temos: a) a possibilidade<br />

de identificar a data e local de<br />

envio (no bilhete e no lembrete geralmente<br />

local e data de escrita não aparecem<br />

no texto escrito. Sua determinação<br />

se faz pelo dia de envio e recebimento);<br />

b) um vocativo que além de indicar o<br />

destinatário pode indicar muito da relação<br />

real ou pretendida entre quem<br />

envia a correspondência e quem é seu<br />

destinatário; c) o corpo do texto que<br />

pode ter ou não uma introdução e o<br />

desenvolvimento do assunto; d) um<br />

fecho e/ou saudação final; e) assinatura/nome<br />

de quem envia.<br />

5.3.2 — Textos jor na lís ti cos<br />

Dentre os tex tos jor na lís ti cos, os gê -<br />

ne ros mais im por tan tes são:<br />

a) Notícia. É a ba se do jor nal: in for ma<br />

so bre os acon te ci men tos do dia, ou<br />

da se ma na, no pla no lo cal, na cio -<br />

nal ou in ter na cio nal. Apresenta tí tu -<br />

lo, li de e o cor po da ma té ria. Pode<br />

apre sen tar tam bém fo tos, com le -<br />

gen das. A notícia tem como informações<br />

básicas: Quem fez o que, o<br />

que aconteceu, onde, quando, porque.<br />

O Lide é um tex to cur to que se<br />

se gue ao tí tu lo da ma té ria (geralmente<br />

chamada de manchete),<br />

apre sen tan do re su mi da men te os fa -<br />

tos ou des ta can do o fa to prin ci pal.<br />

Tem a fun ção de “fis gar” o lei tor pa -<br />

ra o tex to. Em ge ral, con tém res pos -<br />

tas pa ra as ques tões: o que, quem,<br />

quan do, on de, co mo e por quê.<br />

b) Legenda: tex to cur to que acompanha<br />

ima gem, po den do tan to acres cen -<br />

tar in for ma ções, co mo in ter pre tá-la.<br />

c) Manchete: o tí tu lo prin ci pal de uma<br />

matéria (notícia ou reportagem), em le -<br />

tras gran des, pa ra des ta car o assunto e<br />

chamar a atenção do leitor.<br />

d) Reportagem: é a no tí cia am plia da,<br />

nor mal men te com emis são de opi -<br />

niões, en tre vis tas, quadros diversos<br />

com dados relacionados ao assunto<br />

da reportagem, depoimentos etc.<br />

e) Entrevista: tex to for ma do de per gun tas<br />

(do en tre vis ta dor) e res pos tas (do en -<br />

tre vis ta do) com a fi na li da de de ob ter<br />

in for ma ções.<br />

f) Editorial: tex to que ex pres sa a opi nião<br />

do jor nal so bre te mas re le van tes, não<br />

sen do as si na do. É sempre uma fusão do<br />

tipo dissertativo com o argumentativo.<br />

g) Artigo: tex to so bre de ter mi na do fa to a<br />

par tir da in ter pre ta ção do au tor e para<br />

dar conhecimento sobre algo. É dominantemente<br />

dissertativo.


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 51<br />

h) Nota: é uma pe que na no tí cia.<br />

Geralmente aparece no jornal em<br />

colunas com nomes e objetivos diversos.<br />

É o caso, por exemplo, das notas<br />

em colunas sociais, de esporte ou de<br />

economia.<br />

5.3.3 — Textos in for ma ti vos<br />

Os tex tos in for ma ti vos são aque les<br />

em que a in for ma ção apa re ce co mo<br />

prio ri tá ria. São exemplos de textos informativos:<br />

avisos, ver be tes, ma nuais di dá -<br />

ti cos, artigos de di vul ga ção cien tí fi ca.<br />

6 — O trabalho com<br />

gêneros orais públicos<br />

Além do que já dissemos no item 2.4<br />

(Vamos falar) do item II (Organização<br />

dos volumes), cremos necessário uma<br />

apresentação mais completa de três<br />

gêneros orais públicos, muito importantes<br />

na vida de qualquer um: a exposição<br />

oral, o debate de opinião e o debate<br />

deliberativo.<br />

6.1 — Exposição oral7 Professor(a), toda atividade de exposição<br />

oral será precedida de uma preparação<br />

pelos alunos em que eles buscam<br />

conhecimento sobre o tópico sugerido<br />

como objeto da atividade de “Exposição<br />

oral” nos capítulos do livro, em que há<br />

orientações específicas sobre cada exposição<br />

oral. Nesta preparação é fundamental<br />

sua orientação de como buscar e<br />

organizar as informações.<br />

Pronta a pesquisa, a exposição deve<br />

seguir as instruções gerais de realização<br />

apresentadas a seguir.<br />

6.1.1 - Exposição Oral — Instruções<br />

gerais<br />

Exposição oral é uma prática de linguagem<br />

em que uma pessoa – o expositor<br />

– discorre sobre um assunto que<br />

conhece bem para um destinatário - o<br />

público ouvinte – interessado em saber<br />

mais sobre este assunto.<br />

Professor(a), a escuta de uma exposição<br />

é importante para que os alunos se<br />

familiarizem com este gênero, por isso<br />

você deve de vez em quando fazer uma<br />

“exposição oral” sobre um tema de aula,<br />

em que a mesma seja interessante ou até<br />

convidar alguém para expor a eles sobre<br />

algum assunto.<br />

Para que os alunos realizem as<br />

“exposições orais” propostas, é importante<br />

que você apresente aos alunos as<br />

orientações básicas de como organizar e<br />

apresentar o tópico preparado para<br />

exposição, por mais simples que ele<br />

seja. Cremos que as informações a<br />

7 - As orientações aqui apresentadas sobre como organizar e desenvolver as atividades de “exposição<br />

oral”, “debate de opinião” e “debate deliberativo” foram propostas por Travaglia; Rocha e Arruda-<br />

-Fernandes (2009a). Para este manual elas sofreram poucas e pequenas adaptações, permanecendo na<br />

quase totalidade idênticas ao proposto por estes autores.<br />

51


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 52<br />

52<br />

seguir tomadas a Travaglia, Rocha e<br />

Fernandes (2009b) lhe darão segurança<br />

para orientar seus alunos.<br />

a) Organização interna<br />

(etapas da exposição)<br />

I – Início da sessão: pelo coordenador<br />

dos trabalhos.<br />

II – Apresentação (individual ou em<br />

grupos):<br />

1) Abertura: apresentação do tema e<br />

do(s) expositor(es). (havendo apenas<br />

um expositor, a abertura poderá ser<br />

feita pelo coordenador).<br />

2) Introdução ao tema: ponto ou<br />

aspecto do tema que será apresentado<br />

pelo aluno ou grupo, sua importância<br />

e razões desta escolha.<br />

3) Desenvolvimento do assunto.<br />

4) Conclusão: Recapitulação e síntese<br />

do que foi tratado.<br />

III- Encerramento dos trabalhos: pelo<br />

coordenador.<br />

b) Funções dos participantes<br />

➤ Coordenador<br />

• Abrir e encerrar as atividades;<br />

• Controlar o tempo da apresentação<br />

dos grupos e das perguntas (se houver);<br />

• Fazer a inscrição das pessoas que<br />

desejam mais esclarecimentos.<br />

➤ Relator<br />

• Registrar as decisões do grupo ou<br />

as conclusões das discussões;<br />

• Apresentar as anotações nas sessões<br />

seguintes.<br />

➤ Membros do grupo de trabalho<br />

• Procurar informações sobre o tema<br />

ou conversar com pessoas que<br />

tenham conhecimento do assunto;<br />

• Levar para a sala de aula o material<br />

encontrado, para ser lido por todo<br />

o grupo;<br />

• Ler com atenção o material coletado<br />

pelos colegas;<br />

• Participar ativamente dos trabalhos<br />

em grupo.<br />

➤ Apresentador ou expositor<br />

• Elaborar (com ajuda do grupo) um<br />

esquema do que irá falar para:<br />

- servir como roteiro para a apresentação;<br />

- evitar a leitura de grandes trechos,<br />

o que torna a exposição<br />

pouco interessante.<br />

OBS.: Esse esquema pode ser escrito<br />

em uma ficha para ser consultado<br />

pelo orador ou em transparência ou<br />

slide para ser projetado; pode ainda<br />

ser colocado em um cartaz ou na<br />

própria lousa.<br />

➤ Postura do apresentador:<br />

• Falar claramente;<br />

• Utilizar tom de voz adequado (nem<br />

alto demais nem baixo demais) de<br />

forma que a plateia ouça bem e<br />

acompanhe o que está sendo dito;<br />

• Olhar para todos da plateia;<br />

• Utilizar a norma urbana de prestígio<br />

(culta);


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 53<br />

• Consultar anotações escritas, mas<br />

não ler o tempo todo;<br />

• Respeitar o tempo determinado<br />

para a apresentação. É uma forma<br />

de mostrar educação e respeito<br />

com a plateia.<br />

➤ Ouvinte<br />

• Prestar atenção ao que está sendo<br />

apresentado;<br />

• Anotar as informações mais importantes<br />

e interessantes;<br />

• Solicitar esclarecimentos no momento<br />

estabelecido para isto;<br />

• Não conversar ou rir;<br />

• Ajudar o colega, caso seja solicitado<br />

ou caso seja necessário.<br />

c) Função do grupo de trabalho<br />

Cabe ao grupo de trabalho planejar a<br />

exposição oral e decidir como será a<br />

apresentação:<br />

• Selecionar o material a ser apresentado;<br />

• Preparar o conteúdo da introdução,<br />

do desenvolvimento e da conclusão.<br />

Decidir:<br />

- como será a introdução para<br />

que desperte o interesse dos<br />

ouvintes;<br />

- a sequência das ideias no<br />

desenvolvimento da exposição;<br />

- como será a conclusão;<br />

- a articulação entre as partes;<br />

- o material a ser apresentado<br />

para tornar mais clara e interessante<br />

a exposição;<br />

- o que será lido e o que será<br />

apresentado sem leituras;<br />

- o que vai ser utilizado como<br />

“ajuda-memória”: esquemas,<br />

cartazes, trechos de gravações,<br />

mapas, depoimentos etc;<br />

- recursos que serão utilizados<br />

(lousa, fichas, cartazes, transparência<br />

e retroprojetor, slides,<br />

computador, datashow);<br />

• Definir a função de cada membro do<br />

grupo durante a exposição;<br />

• Escolher o apresentador: o grupo<br />

pode escolher um membro para<br />

fazer a exposição ou dividir o trabalho<br />

para que cada um apresente<br />

uma parte;<br />

• Treinar a exposição.<br />

Professor(a), lembre-se:<br />

• O coordenador dos trabalhos pode<br />

ser um aluno ou o professor de<br />

Português. Caso a turma opte por<br />

indicar um aluno para ser o coordenador,<br />

será interessante que seja<br />

indicado um para cada dia de atividade;<br />

caso a opção seja pelo professor,<br />

ele poderá acumular a função<br />

de orientador dos trabalhos;<br />

• Não é comum encontrar relatores<br />

em uma exposição oral. Entretanto,<br />

este papel está sendo sugerido<br />

para propiciar aos alunos a<br />

experiência de anotar e relatar<br />

decisões em uma assembleia.<br />

6.1.2 — Exposição oral - Realização<br />

a) Discussão prévia ou discussão inicial<br />

• Ler e comentar a problemática<br />

indicada para o debate.<br />

53


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 54<br />

54<br />

• Levantar algumas ideias iniciais ou<br />

questões sobre o assunto.<br />

b) Preparação<br />

I) 1 a fase: No grande grupo (a turma toda)<br />

• Nomear o coordenador;<br />

• Indicar um relator. Se a discussão<br />

tiver diferentes momentos, indicar<br />

mais de um relator;<br />

• Pensar onde poderão encontrar as<br />

informações para auxiliar na exposição<br />

oral: entrevista com professores,<br />

com especialistas ou com pessoas<br />

que têm vivência no assunto;<br />

debates de rádio ou televisão; jornais<br />

radiofônicos, televisivos ou<br />

escritos; revistas, livros, internet,<br />

consulta ao IBGE etc;<br />

• Dividir a classe em grupos;<br />

• Distribuir o tema entre os grupos.<br />

Por exemplo: um subtema para<br />

cada grupo, ou um material de<br />

consulta diferente para cada grupo<br />

Grupo 1<br />

de acordo com as possibilidades<br />

abertas pelo tema.<br />

Observação: Professor(a), é importante<br />

que cada grupo apresente algo diferente<br />

dos demais; isto fará com que os alunos<br />

alarguem seu conhecimento sobre o<br />

assunto e se interessem pela exposição<br />

dos colegas.<br />

• Resolver a ordem de apresentação dos<br />

grupos;<br />

• Definir o tempo que cada grupo terá<br />

para sua exposição;<br />

• Definir a data e o tempo de duração da<br />

Exposição.<br />

II) 2 a fase: Planejamento nos grupos de<br />

trabalho: de acordo com as funções<br />

apresentadas anteriormente.<br />

c) A exposição oral<br />

I) Organização da sala de uma forma<br />

que facilite os trabalhos e a participação<br />

de todos. Sugestão:<br />

Relator Coordenador Relator da<br />

da sessão sessão atual<br />

anterior<br />

Grupo 4<br />

Grupo 2<br />

Grupo 5<br />

Grupo 3


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 55<br />

II Início da sessão. O coordenador<br />

deverá:<br />

• Apresentar o tema e seus objetivos;<br />

• Solicitar ao relator que apresente as<br />

decisões da preparação na etapa I;<br />

• Consultar o grande grupo para<br />

decidir como serão feitos as perguntas<br />

de esclarecimento:<br />

- como as pessoas devem se inscrever,<br />

quantas vezes um<br />

mesmo participante pode<br />

tomar a palavra, o tempo de<br />

cada pergunta;<br />

- se a palavra para os inscritos<br />

será dada no final da apresentação<br />

de cada grupo ou no<br />

final da apresentação de todos<br />

os grupos.<br />

III) Apresentação dos grupos. O coordenador<br />

dá a palavra aos grupos.<br />

IV) Encerramento dos trabalhos.<br />

Observações:<br />

1) Professor(a), considerando a quantidade<br />

de alunos em sala ou as características<br />

de sua turma, pode ser<br />

necessário fazer algumas alterações<br />

nas orientações acima. Neste caso,<br />

aproveite a oportunidade para mais<br />

uma vez conduzir uma discussão deixando<br />

que o próprio grupo decida o<br />

que deve ser mudado e o que deve<br />

ser feito.<br />

2) Se possível, organizar a gravação ou<br />

filmagem do debate, para que, posteriormente,<br />

todos os alunos possam<br />

ouvi-lo ou revê-lo e fazer uma avaliação<br />

de seu desempenho e da atuação<br />

de seu grupo.<br />

6. 2 — Debate de opinião<br />

Professor(a), a organização, planejamento<br />

e execução de um debate são<br />

muito parecidos com os da exposição<br />

oral, embora não possamos nos esquecer<br />

do caráter argumentativo stricto<br />

sensu do debate. Por isso, você deve<br />

relembrar as orientações dadas para a<br />

exposição oral e depois apresentar as<br />

orientações complementares para o<br />

debate de opinião. Procure ajudá-los a<br />

perceber as diferenças entre os dois<br />

gêneros.<br />

O debate de opinião tem o objetivo<br />

de influenciar o modo de pensar do<br />

outro. Para isso, os debatedores apresentam<br />

suas crenças, opiniões ou pontos de<br />

vista sobre determinado tema ou assunto,<br />

procurando convencer o outro da<br />

validade de sua posição.<br />

6.2.1 - Debate de opinião —<br />

Orientações gerais<br />

a) Organização interna<br />

A organização de um debate, de um<br />

modo geral, é muito semelhante à da<br />

exposição oral (veja o item 6.1):<br />

I – Início da sessão<br />

II – Apresentação:<br />

1) Abertura: apresentação da problemática<br />

e do(s) debatedor(es).<br />

55


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56<br />

2) Introdução ao tema: posição do<br />

grupo em relação à problemática<br />

que será discutida.<br />

3) Desenvolvimento do assunto, ou<br />

seja, dos argumentos.<br />

4) Conclusão: recapitulação e síntese<br />

dos argumentos apresentados.<br />

III – Discussão<br />

IV – Conclusão<br />

V – Encerramento<br />

Você deve ter observado que, após a<br />

apresentação dos grupos debatedores,<br />

há a discussão, quando cada grupo procurará<br />

fortalecer os próprios argumentos<br />

e enfraquecer os argumentos dos grupos<br />

opositores.<br />

b) Função dos participantes<br />

Também é semelhante à da exposição<br />

oral, mas é preciso observar:<br />

a) Coordenador é também um mediador<br />

das discussões;<br />

b) Relator deve também registrar o ponto<br />

de vista defendido por cada grupo;<br />

c) Membros do grupo de trabalho devem<br />

procurar informações que sirvam de<br />

argumento para o ponto de vista assumido<br />

pelo grupo;<br />

d) Apresentador: expõe a posição do<br />

grupo e os argumentos;<br />

e ) Ouvinte: deve também anotar contra-<br />

-argumentos ou pontos que considera<br />

frágeis na argumentação do grupo<br />

apresentador para serem questionados<br />

no momento da discussão.<br />

c) Função do grupo de trabalho<br />

Ao planejar o debate e decidir<br />

como será a apresentação dos argumentos,<br />

além das instruções encontradas<br />

na exposição oral, é preciso estar<br />

atento para:<br />

• Selecionar o s argumentos para sustentar<br />

a posição do grupo e convencer<br />

os demais colegas de que<br />

esta posição é a mais adequada;<br />

• Preparar o conteúdo da introdução,<br />

do desenvolvimento e da conclusão.<br />

Escolher:<br />

- uma introdução que desperte o<br />

interesse dos ouvintes;<br />

- a sequência dos argumentos,<br />

de forma a torná-los mais convincentes;<br />

- uma conclusão adequada ao<br />

que foi desenvolvido;<br />

- a articulação entre as partes;<br />

- o que será lido e o que será<br />

apresentado sem leituras;<br />

- o que vai ser utilizado como<br />

“ajuda-memória”;<br />

- recursos que serão utilizados.<br />

6.2.2 — Debate de opinião —<br />

Realização<br />

Para a realização do debate, seguir as<br />

instruções da exposição oral, mas considerar<br />

ainda que, em um debate, há sem-


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 57<br />

pre um momento de discussão, após a<br />

apresentação dos diferentes grupos.<br />

O debate<br />

I) Organização da sala.<br />

II) Início da sessão<br />

• Definir como serão realizados os<br />

apartes; entretanto, sugere-se dar a<br />

palavra para os inscritos no final<br />

das apresentações dos grupos, no<br />

momento da discussão.<br />

III) Apresentação dos grupos.<br />

IV) Discussão<br />

• Terminada a apresentação dos gru-<br />

pos, iniciam-se as discussões –<br />

cada grupo deverá defender seu<br />

ponto de vista, a partir das perguntas<br />

ou apartes, tentando convencer<br />

os demais.<br />

V) Encerramento dos trabalhos.<br />

6.3 — Debate deliberativo<br />

Professor(a), é preciso que os alunos<br />

percebam as semelhanças e diferenças<br />

entre a exposição oral, o debate de opinião<br />

e o debate deliberativo. As informações<br />

abaixo o ajudarão nesta tarefa.<br />

A exposição oral é a apresentação<br />

de conhecimentos que alguém tem<br />

sobre um determinado assunto. Debate<br />

é uma apresentação de diferentes crenças,<br />

opiniões, pontos de vista sobre<br />

determinado assunto, seguida de uma<br />

discussão em que cada uma das partes<br />

procura convencer a outra da validade<br />

de seu ponto de vista. Há pelo menos<br />

dois tipos de debate:<br />

Debate opinativo: o objetivo é<br />

influenciar o modo de pensar do outro.<br />

Debate deliberativo: o objetivo é<br />

tomar uma decisão sobre determinada<br />

questão. Geralmente decidir o que<br />

fazer em determinados casos e circunstâncias.<br />

No debate de opinião procura-se<br />

fazer com que o outro modifique sua<br />

opinião ou pelo menos reflita sobre<br />

outras posições sobre a mesma questão<br />

ou problema. No Debate deliberativo é<br />

preciso decidir o que fazer.<br />

6.3.1 — Debate deliberativo —<br />

Orientações gerais<br />

a) Organização interna<br />

O debate deliberativo estrutura-se de<br />

forma semelhante ao debate de opinião:<br />

I – Início da sessão.<br />

II – Apresentação:<br />

1) Abertura;<br />

2) Introdução ao tema: posição do<br />

grupo em relação à decisão a ser<br />

tomada;<br />

3) Desenvolvimento do assunto, ou<br />

seja, dos argumentos;<br />

4) Conclusão.<br />

57


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58<br />

III – Discussão.<br />

IV – Deliberação: decidir o que fazer.<br />

V – Encerramento.<br />

Leia as orientações para o debate de<br />

opinião e observe as diferenças entre a<br />

organização interna dos dois tipos de<br />

debate.<br />

Você deve ter observado que, após a<br />

discussão, há a deliberação, quando o<br />

grande grupo deverá deliberar e decidir<br />

o que será feito.<br />

b) Função dos participantes:<br />

semelhante à do debate de opinião.<br />

c) Função do grupo de trabalho:<br />

veja as orientações do debate de<br />

opinião.<br />

6.3.2 — Debate deliberativo —<br />

Realização<br />

Para a realização do debate deliberativo,<br />

siga as instruções para a realização<br />

da exposição oral e do debate de opinião,<br />

mas considere ainda que, após a<br />

discussão, é preciso decidir o que fazer.<br />

Por isso, é preciso observar também os<br />

seguintes pontos:<br />

a) Discussão prévia ou discussão inicial:<br />

• Procurar definir claramente as ações<br />

possíveis de serem realizadas.<br />

b) Preparação:<br />

• Tanto na 1ª fase (grande grupo)<br />

como na 2ª fase (grupos de traba-<br />

lho), os trabalhos devem ser orientados<br />

para a deliberação.<br />

• Nos grupos de trabalho, deve-se<br />

decidir qual a ação a ser realizada,<br />

buscando argumentos que mostrem<br />

ser esta a decisão mais acertada.<br />

Mas, ao final do debate, esta<br />

decisão pode ser reformulada.<br />

c) O debate<br />

I) Organização da sala.<br />

II) Início da sessão.<br />

III) Apresentação dos grupos.<br />

IV) Discussão.<br />

V) Deliberação:<br />

1) De acordo com o assunto, pode-se<br />

fazer:<br />

• Um levantamento das decisões<br />

possíveis e dos problemas e vantagens<br />

de cada uma delas;<br />

• Indicação de possíveis medidas<br />

que poderiam resolver ou, pelo<br />

menos, diminuir os problemas<br />

levantados.<br />

2) Caso a turma não chegue a um<br />

consenso, faz-se uma votação para<br />

decidir o que será feito.<br />

VI) Encerramento dos trabalhos.


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IV – SUGESTÕES DE<br />

TRABALHO EM SALA DE<br />

AULA COM DIFERENTES<br />

MATERIAIS E SUPORTES<br />

1 — Cantinho de Leitura<br />

As ati vi da des des ta co le ção vi sam ao<br />

de sen vol vi men to das ha bi li da des de uso<br />

com pe ten te da lín gua para a pro du ção e<br />

com preen são de tex tos dos mais di fe ren -<br />

tes gê ne ros, nos su por tes so ciais e cul tu -<br />

rais em que se encontram: fo lhe tos, pan -<br />

fle tos, li vros, jor nais es cri tos e fa la dos,<br />

revistas, in ter net, rá dio, te le vi são, car ta -<br />

zes, ou t doors e ou tros su por tes em seus<br />

usos co muns, isto é, na vida co ti dia na.<br />

Por isso, se ria in te res san te a criação, na<br />

sala de aula, do Cantinho de Leitura pa -<br />

ra o exer cí cio das ha bi li da des de lei tu ra<br />

nos de vi dos su por tes.<br />

O Cantinho de Leitura deve fun cio nar<br />

como uma pe que na bi blio te ca na sala<br />

de aula. O acer vo des sa mi ni bi blio te ca<br />

pode es tar à dis po si ção dos alu nos em<br />

uma es tan te, que po de rá ser fei ta com ti -<br />

jo los e tá buas, for man do al gu mas pra te -<br />

lei ras, ou em uma gran de mala de via -<br />

gem “apo sen ta da”, que não é di fí cil con -<br />

se guir com pa ren tes e ami gos.<br />

O acer vo do Cantinho de Leitura deve<br />

ser va ria do. Su ge ri mos que ele con te nha<br />

li vros de poe mas, pre fe ren te men te an to lo -<br />

gias, pela di ver si fi ca ção de au to res; nar ra -<br />

ti vas li te rá rias (con tos, crô ni cas, no ve las,<br />

ro man ces); pe ças de tea tro; re vis tas de his -<br />

tó rias em qua dri nhos; di cio ná rios; su ple -<br />

men tos in fan tis dos gran des pe rió di cos de<br />

circulação nacional, como Gu ri lân dia (Es -<br />

ta do de Mi nas), Fo lhi nha (Fo lha de S.Pau lo),<br />

Glo bi nho (O Glo bo), mas também dos jornais<br />

de cada estado, região ou cidade,<br />

conforme a disponibilidade, alguns jor -<br />

nais com ple tos; re vis tas e ou tras pu bli ca -<br />

ções que ver sem so bre as sun tos de in te res -<br />

se da ga ro ta da (ma nuais de es co tei ros, li -<br />

vro de cha ra das, de pa la vras cru za das, de<br />

qua dri nhas, en tre ou tros); ca tá lo gos (lis tas<br />

te le fô ni cas, anuá rios, ca tá lo gos de li vros,<br />

de brin que dos, de CDs, de tin tas, de pa -<br />

péis etc.); li vros de re cei tas das mais diversas<br />

naturezas: de culinária, de tin tas, de<br />

cons tru ções di ver sas, de mol des, de soro<br />

ca sei ro; bu las de me di ca men tos, en tre ou -<br />

tros ti pos e gê ne ros de tex tos.<br />

O Cantinho de Leitura tam bém pode<br />

apre sen tar al guns jo gos – em pa pe lão,<br />

ma dei ra, plás ti co etc. – pelo as pec to lú di -<br />

co de que se re ves tem e pelo exer cí cio de<br />

in ter pre ta ção de ins tru ções que pos si bi li -<br />

59


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60<br />

tam. Deve-se op tar por aque les que apre -<br />

sen tem de sa fios ao ra cio cí nio e à ló gi ca,<br />

que en se jem tro cas en tre par cei ros, e que<br />

se di ver si fi quem quan to aos con teú dos,<br />

con tem plan do as di ver sas dis ci pli nas.<br />

Su ge ri mos que seja fei to, pe los alu -<br />

nos, um li vro de re gis tro das obras e<br />

demais publicações do acer vo do<br />

Cantinho. Para cada obra (li vro ou ma te -<br />

rial) abre-se uma fi cha, com o nome do<br />

li vro, au tor, ilus tra dor (caso te nha ilus tra -<br />

ção), edi to ra, ano e lo cal de edi ção, as -<br />

sun to, n o de pá gi nas, e o re gis tro de con -<br />

sul tas, com o nome do con su len te, a data<br />

da re ti ra da e da de vo lu ção do li vro (isto<br />

já é uma prática de produção e leitura de<br />

um gênero: a ficha de publicação).<br />

O ma te rial do acer vo pode ser uti li -<br />

za do jun ta men te com o li vro di dá ti co.<br />

Por exem plo, se o tex to tra ba lha do no li -<br />

vro di dá ti co for uma no tí cia de jor nal, os<br />

alu nos po dem ana li sar esse gê ne ro em<br />

seu su por te de ori gem, o jor nal, pre sen te<br />

no Cantinho de Leitura. Se o tex to tra ba -<br />

lha do for um poe ma, os alu nos po dem<br />

co nhe cer mais esse gê ne ro, con sul tan do<br />

li vros de poe mas, e as sim por dian te.<br />

Cabe a você, pro fes sor(a), or ga ni zar esse<br />

tra ba lho da me lhor for ma pos sí vel. Só se<br />

apren de a ler e a es cre ver para uso fora<br />

da es co la. É de ver da es co la criar con di -<br />

ções para que o alu no de sen vol va uma<br />

re la ção pra ze ro sa e du ra dou ra com os<br />

tex tos li dos e es cri tos.<br />

Lembramos, ainda, que as escolas<br />

públicas recebem anualmente livros<br />

adquiridos pelo MEC, por meio do<br />

Programa Nacional Biblioteca da Escola<br />

(PNBE). Essas obras pertencem aos gêneros<br />

poesia, conto, crônica, novela, tea-<br />

tro, texto de tradição popular, romance,<br />

memória, diário, biografia, relatos de<br />

experiências, obras clássicas da literatura<br />

universal, livros de imagens e de histórias<br />

em quadrinhos e traduções de<br />

obras literárias.<br />

Além de títulos da literatura, também<br />

são distribuídos às escolas livros de referência<br />

e outros materiais relativos ao currículo<br />

nas áreas de conhecimento da educação<br />

básica, por meio do Programa<br />

Nacional do Livro Didático (PNLD) –<br />

Materiais Complementares e Dicionários.<br />

Esse acervo pode e deve enriquecer<br />

as atividades no dia a dia da escola e,<br />

consequentemente, a experiência do<br />

pequeno leitor em formação.<br />

Por isso é tão importante a atitude<br />

positiva e entusiasmada do(a) professor(a)<br />

ao apresentar aos alunos esse material de<br />

que as escolas dispõem. Para despertar e<br />

intensificar o interesse da turma pela leitura,<br />

é fundamental propor atividades<br />

interessantes e adequadas a cada gênero,<br />

com o objetivo de promover o exercício<br />

da reflexão, da criatividade e da crítica.<br />

Mais informações sobre o PNBE,<br />

PNLD Materiais Complementares e<br />

PNLD Dicionários podem ser encontradas<br />

no site do Fundo Nacional de<br />

Desenvolvimento da Educação (FNDE):<br />

http://www.fnde.gov.br.<br />

2 - Filme<br />

Os re cur sos au dio vi suais, pela fa ci li -<br />

da de de aces so e pelo in te res se que des -<br />

per tam nas crian ças, po dem ser uti li za -<br />

dos em vá rias ati vi da des.


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Pro fes sor(a), es co lha um fil me (um<br />

clás si co in fan til) dis po ní vel em sua es co -<br />

la ou nas lo ca do ras de sua ci da de. Não<br />

se es que ça de:<br />

• Avi sar pre via men te aos alu nos que<br />

o fil me será exi bi do e que de pois<br />

eles vão trans for má-lo em ou tro<br />

tipo de tex to;<br />

• No dia an te rior, ex plo rar a si nop se<br />

que acom pa nha o fil me (fita de ví -<br />

deo ou DVD). Ler e ex plo rar, com os<br />

alu nos, crí ti cas de jor nal ou re vis ta<br />

so bre o fil me. Fa zer com que eles<br />

ex pli ci tem as ex pec ta ti vas que cria -<br />

ram a par tir do que foi lido;<br />

• De pois da exi bi ção do fil me, pe dir<br />

aos alunos que façam um re su mo<br />

oral, di zen do ain da se suas ex pec ta -<br />

ti vas se con fir ma ram ou não e se eles<br />

gos ta ram ou não do fil me e por quê.<br />

Você vai pas sar o fil me para a tur ma<br />

as sis tir, co men tar e, a par tir dele, de sen -<br />

vol ver, em gru po, um dos se guin tes gê -<br />

ne ros tex tuais:<br />

• Si nop se;<br />

• His tó ria em qua dri nhos;<br />

• Con to;<br />

• Peça de tea tro.<br />

Cha me a aten ção dos alu nos para os<br />

ele men tos que for mam cada gê ne ro e<br />

orien te-os no pla ne ja men to e na rea li za -<br />

ção da ati vi da de. Eles po dem se guir o<br />

pla ne ja men to pro pos to:<br />

• Si nop se: in for mar o tí tu lo do fil me,<br />

o ce ná rio e a per so na gem prin ci pal;<br />

apre sen tar um re su mo do en re do;<br />

in di car a fai xa etá ria a que se des ti -<br />

na; es ti mu lar o lei tor a as sis tir ao fil -<br />

me, por meio de ar gu men tos re la -<br />

cio na dos a sua pro du ção: de sem pe -<br />

nho dos ato res, fo to gra fia, tri lha so -<br />

no ra, efei tos es pe ciais etc.<br />

• His tó ria em qua dri nhos: de ci dir o<br />

nú me ro de qua dros que a his tó ria<br />

vai ter e ilus trar as ce nas, for man -<br />

do uma se quên cia de acon te ci -<br />

men tos com prin cí pio, meio e fim;<br />

ca rac te ri zar ce ná rios e per so na -<br />

gens; uti li zar ba lões de di fe ren tes<br />

ti pos para in di car:<br />

LEGEN<strong>DA</strong> FRIO CHORO<br />

PENSAMENTO<br />

ONOMATOPEIA DÚVI<strong>DA</strong><br />

SURPRESA PERIGO FOGO<br />

SONO SUSTO GRITO<br />

RAIVA<br />

IDEIA AMOR<br />

XINGAMENTO COCHICHO FALA<br />

Silvia Aroeira, 2004<br />

61


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62<br />

• Con to: criar um nar ra dor, que pode<br />

ser uma das per so na gens ou<br />

alguém que simplesmente conta os<br />

fa tos, sem par ti ci par da his tó ria; ca -<br />

rac te ri zar as per so na gens e o ce ná -<br />

rio; in for mar a épo ca em que a his -<br />

tó ria se pas sa; fa zer uma nar ra ti va<br />

com co me ço, meio e fim.<br />

• Peça de tea tro. Os alunos poderão<br />

fazer uma peça observando os<br />

seguintes aspectos:<br />

- Adap ta ção do tex to: o gru po<br />

deve es cre ver o tex to da peça,<br />

ob ser van do as ca rac te rís ti cas<br />

des se tipo e gê ne ro em li vros dis -<br />

po ní veis no Cantinho de Leitura,<br />

e uti li zá-lo nos en saios e na mon -<br />

ta gem do ce ná rio.<br />

- Ce ná rio: o gru po deve es co lher<br />

o lo cal mais ade qua do para a<br />

apre sen ta ção e cons truir o am -<br />

bien te das ce nas que se rão re -<br />

pre sen ta das, de acor do com a<br />

in di ca ção do tex to.<br />

- Fi gu ri no: o gru po vai orien tar os<br />

ato res so bre o tipo de ves tes e<br />

ade re ços que de vem usar. Os<br />

alu nos po dem tra zer pe ças de<br />

ves tuá rio e ade re ços de casa ou<br />

con fec cio ná-los com os ma te -<br />

riais ade qua dos à ca rac te ri za ção.<br />

- So no plas tia: o gru po deve pes qui -<br />

sar me lo dias, sons e ruí dos que<br />

se rão exe cu ta dos du ran te a apre -<br />

sen ta ção.<br />

Dê um pra zo, orien te o tra ba lho<br />

nes se pe río do e mar que o dia em que<br />

cada gru po apre sen ta rá seu tex to.<br />

Quem es co lher a peça, de ve rá re pre -<br />

sen tá-la na ín te gra ou ape nas em par te,<br />

uma ou duas ce nas, con for me o tem po<br />

dis po ní vel. As his tó rias em qua dri nhos<br />

se rão ex pos tas e os con tos es cri tos se -<br />

rão li dos na for ma mais ade qua da ao<br />

mo men to. As si nop ses po derão fa zer<br />

par te de um mu ral ou jor nal es co lar, de -<br />

pois de li das na tur ma.<br />

3 — Propaganda<br />

Os alu nos po de rão le var para a sala<br />

de aula anún cios pu bli ca dos em re vis tas<br />

ou jor nais e se pa rá-los em dois gru pos:<br />

um com anún cios que dão ên fa se aos re -<br />

cur sos lin guís ti cos (tex to) e ou tro, aos re -<br />

cur sos vi suais (ima gens), para que se jam<br />

ana li sa dos os re cur sos ex pres si vos em<br />

des ta que. Os alunos podem ser orientados<br />

a verificar:<br />

• Qual é o pro vá vel pú bli co-alvo do<br />

anún cio;<br />

• Se o anúncio está vendendo algum<br />

produto, serviço ou querendo que<br />

o público-alvo faça algo ou adote<br />

alguma atitude;<br />

• Tendo em vista a fun ção ar gu men -<br />

ta ti va pre do mi nan te nes se tipo de<br />

tex to, cujo ob je ti vo é “se du zir” o<br />

con su mi dor; buscar identificar os<br />

argumentos usados pelo anúncio<br />

publicitário para convencer e persuadir<br />

o público-alvo a comprar<br />

algo, a fazer algo ou a utilizar<br />

determinados serviços.<br />

Após essa aná li se, os gru pos po de rão<br />

se le cio nar um pro du to co nhe ci do ou


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 63<br />

“criar” um novo pro du to e elaborar uma<br />

publicidade para o mesmo. Eles po dem<br />

uti li zar re cur sos se me lhan tes aos dos<br />

anún cios ana li sa dos para com por os<br />

anún cios dos pro du tos cria dos. Po dem<br />

tam bém fa zer dois anún cios para cada<br />

pro du to: um, com ên fa se no re cur so lin -<br />

guís ti co; ou tro, no re cur so não ver bal.<br />

Nes sa ati vi da de, a tur ma pode re fle tir<br />

e dis cu tir so bre a in fluên cia e a im por tân -<br />

cia da pu bli ci da de em nos sa so cie da de.<br />

4- Charge<br />

Uti li zan do vá rios exem plos de char -<br />

ges, os alu nos po dem ob ser var os ele -<br />

men tos que as cons ti tuem (ver bais e não<br />

ver bais), se pa ran do-as em dois gru pos:<br />

as que apre sen tam ape nas de se nho e as<br />

que apre sen tam de se nho e tex to ver bal.<br />

Ao ana li sá-las, é im por tan te que eles<br />

per ce bam os ele men tos que con fe rem<br />

hu mor e iro nia ao tex to ver bal e não ver -<br />

bal. Por exem plo, exa ge ro nos tra ços de<br />

pes soas re tra ta das (em pro ces so se me -<br />

lhan te à ca ri ca tu ra) ou in tro du ção de<br />

ele men tos inu si ta dos em de ter mi na do<br />

con tex to. Deve ser res sal ta do, tam bém,<br />

o fato que ori gi nou a char ge, pois este é<br />

im pres cin dí vel para sua com preen são,<br />

para isto charges mais recentes serão<br />

mais práticas, pois o fato tem mais chance<br />

de ser conhecido e estar na memória.<br />

De pois de pro cu rar no tí cias cur tas,<br />

em jor nais e re vis tas, cujos temas fa vo re -<br />

çam a cria ção de char ge, os alu nos po -<br />

dem criar, in di vi dual men te ou em gru po,<br />

uma que se re fi ra à no tí cia es co lhi da. As<br />

char ges po dem fa zer par te de um mu ral.<br />

5- Internet<br />

O com pu ta dor e a in ter net es tão en -<br />

tre os meios de co mu ni ca ção mais im -<br />

por tan tes atual men te. Pos si bi li tam re ce -<br />

ber e en viar tex tos, sons, ima gens, con -<br />

tri buin do as sim para a de mo cra ti za ção<br />

do co nhe ci men to, já que dis po ni bi li zam<br />

para os usuá rios in for ma ções pro du zi das<br />

nas mais di ver sas re giões do Glo bo.<br />

Sob a orien ta ção do(a) professor(a) a<br />

tur ma pode e deve usar essa tec no lo gia<br />

em pes qui sas, cor res pon dên cia com es -<br />

co las e ou tras ins ti tui ções etc., se a escola<br />

dispuser dos equipamentos. Pode tam -<br />

bém criar um site da tur ma ou da es co la<br />

com in for ma ções e ima gens so bre a ins -<br />

ti tui ção e seus pro je tos. A criação desse<br />

tipo de material possibilita a produção<br />

de textos para fins reais, assim como o<br />

jornal escolar escrito ou falado.<br />

6- Jornal escolar<br />

Do li vro 100 fi chas prá ti cas para ex plo -<br />

rar o jor nal em sala de aula, su ge ri do na<br />

bi blio gra fia, des ta ca mos al gu mas questões<br />

que po dem au xi liar você, pro fes sor(a), em<br />

seu tra ba lho com o jor nal es co lar:<br />

a) Quem par ti ci pa na ela bo ra ção de um<br />

jor nal es co lar?<br />

Crian ças e ado les cen tes de to das as<br />

tur mas, qual quer que seja seu ní vel,<br />

têm um pa pel a de sem pe nhar na con -<br />

fec ção de um jor nal es co lar. A di vi são<br />

das ta re fas por com pe tên cias e/ou por<br />

63


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64<br />

in te res se é um meio para o es tu dan te<br />

am pliar seus ho ri zon tes e para os(as)<br />

pro fes so res(as) pra ti ca rem uma pe da go -<br />

gia di fe ren cia da, rea li zan do um tra ba -<br />

lho de equi pe, ga ran tin do as sim uma<br />

con ti nui da de pe da gó gi ca.<br />

b) A quem se des ti na o jor nal es co lar?<br />

O jor nal es co lar se di ri ge mais fre -<br />

quen te men te a di ver sos lei to res das pro -<br />

xi mi da des:<br />

• Crian ças da es co la, de ou tras es co las<br />

da ci da de, cor res pon den tes, ami gos;<br />

• Adul tos co nhe ci dos das crian ças:<br />

as fa mí lias, pes soas do bair ro etc.<br />

Es ses lei to res cons ti tuem os al vos,<br />

eles são aque les para quem o jor nal é<br />

es cri to.<br />

c) De que fala um jor nal es co lar?<br />

Os as sun tos tra ta dos no jor nal es co lar<br />

cor res pon dem às três gran des ca te go rias<br />

que en con tra mos em qual quer jor nal: in -<br />

for mar, pres tar ser vi ço, dis trair.<br />

• A in for ma ção<br />

O leitor encontra certas informações<br />

em determinadas seções: ho rós co po; ci -<br />

ta ções, má xi mas ou pro vér bios; can ti nho<br />

dos li vros (pu bli ca ções); o car dá pio da<br />

can ti na; co lu na so cial das es co las; co -<br />

men tá rio so bre a co me mo ra ção de um<br />

de ter mi na do dia. Ou tras in for ma ções re -<br />

la tam acon te ci men tos in di vi duais ou co -<br />

le ti vos co mo:<br />

- acon te ci men tos da his tó ria pes -<br />

soal de al gum alu no ou pro fes -<br />

sor(a): via gem, des co ber ta, ideia,<br />

lei tu ra, en con tro in te res san te etc.;<br />

- acon te ci men tos da his tó ria co -<br />

le ti va es co lar: pu bli ca ção de<br />

um li vro, pa les tra, ex cur são,<br />

pes qui sa, ações con tra a fome<br />

no mun do etc.;<br />

- acon te ci men tos da his tó ria co le -<br />

ti va ex traes co lar: re fle xões so bre<br />

a atua li da de, pro po si ções di ver -<br />

sas, descobertas científicas, etc.<br />

• Ser vi ços<br />

Cer tas se ções têm por ob je ti vo aju dar<br />

o lei tor em sua vida prá ti ca: clas si fi ca -<br />

dos; con se lhos di ver sos so bre saú de; nú -<br />

me ros de te le fo nes úteis; lem bre te de da -<br />

tas im por tan tes; crí ti cas de tea tro, de fil -<br />

mes, de li vros.<br />

• La zer<br />

Nes sa se ção, o lei tor en con tra:<br />

- Jo gos ilus tra dos, adi vi nhas e brin -<br />

ca dei ras como: en con trar as di fe -<br />

ren ças en tre dois de se nhos apa -<br />

ren te men te idên ti cos, com ple tar<br />

um de se nho, re co nhe cer uma<br />

ima gem apre sen ta da sob um ân -<br />

gu lo in co mum, de ci frar uma fra -<br />

se enig má ti ca etc.;<br />

- Palavras cruzadas;<br />

- Con cur sos di ver sos;<br />

- Re sul ta dos de jo gos;<br />

- Ro man ces-fo lhe tim em ca pí tu los;<br />

- His tó rias em qua dri nhos;<br />

- Tes tes.


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O jornal escolar é um projeto relativamente<br />

grande que deve ser feito pensando<br />

em quantas edições se fará no<br />

ano, ou se será feita apenas uma edição.<br />

Também é preciso decidir se será um<br />

projeto de uma única turma, de várias<br />

turmas de determinado ano ou da escola<br />

toda. Dependendo das condições da<br />

escola para imprimir ou não sera decidido<br />

se haverá uma impressão e com que<br />

tiragem ou se se fará uma cópia impressa<br />

ou à mão e colocado em lugar que<br />

todos possam ler etc. De qualquer forma<br />

o Jornal Escolar ajuda muito o desenvolvimento<br />

dos alunos, pois geralmente é<br />

uma atividade envolvente e também porque<br />

os alunos vão produzir textos em<br />

uma situação real de comunicação.<br />

A versão oral do jornal escolar a que<br />

já referimos é sempre mais ágil e exige<br />

menos recursos para sua realização.<br />

7- Sugestões de estratégias<br />

e atividades para fruição<br />

de textos em prosa e em<br />

verso<br />

Pro po mos qua tro ti pos de ati vi da des<br />

a se rem rea li za das com cer ta fre quên cia,<br />

a seu cri té rio, e de acor do com o in te res -<br />

se da tur ma: contação de histórias, leitura<br />

compartilhada de poemas, de textos<br />

narrativos e de textos dramáticos (peças<br />

de teatro).<br />

7.1 — Contação de histórias<br />

Es ta be le ça com a tur ma um ho rá rio<br />

se ma nal para a “con ta ção de his tó rias”.<br />

Para essa ati vi da de, a his tó ria a ser con ta -<br />

da pre ci sa ser do tipo que pren da a aten -<br />

ção do lei tor, do prin cí pio ao fim da nar -<br />

ra ti va. Co nhe cen do sua tur ma, você sa -<br />

be rá quais his tó rias a tur ma vai apre ciar,<br />

seja do tipo clás si co in fan til, seja de con -<br />

tos po pu la res que re la tam as es tri pu lias<br />

de uma per so na gem, como as de Pe dro<br />

Ma la zar tes. Es sas his tó rias se rão apenas<br />

con ta das, não li das por você, que en saia -<br />

rá an tes, para ex pres sar ade qua da men te<br />

as pas sa gens hi lá rias, as dra má ti cas, as<br />

des cri ções de ce ná rios e per so na gens<br />

etc. Con for me os com bi na dos, a tur ma<br />

deve guar dar as per gun tas para o fi nal da<br />

con ta ção, quan do po de rá per gun tar, opi -<br />

nar e su ge rir ou tras ati vi da des para a nar -<br />

ra ti va ou vi da: re con to, dra ma ti za ção etc.<br />

Cada ses são de “con ta ção de his tó -<br />

ria” será en cer ra da pe los co men tá rios<br />

dos ou vin tes so bre o que acha ram mais<br />

in te res san te, o que gos ta ram ou não, o<br />

que es pe ra ram e não acon te ceu, o que<br />

gos ta riam de mu dar etc. Cada his tó ria<br />

pos si bi li ta mais de uma in ter pre ta ção. O<br />

que vale é dar opor tu ni da de aos ou vin tes<br />

de se ma ni fes ta rem, sem fa zer per gun tas<br />

para me dir a com preen são do tex to, e<br />

sem par tir do pres su pos to de ha ver ape -<br />

nas um modo de com preen são.<br />

De vez em quando o contador de histórias<br />

pode e deve ser um aluno ou<br />

grupo de alunos.<br />

7.2 — Leitura compartilhada<br />

de poemas<br />

Nas pri mei ras ses sões de lei tu ra de<br />

tex tos poé ti cos, apresentar tex tos ri ma -<br />

dos como tro vas, can ti gas de roda, que<br />

fa zem par te do co ti dia no da maio ria das<br />

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crian ças bra si lei ras. Es ses tex tos, em ge -<br />

ral, têm o rit mo bem mar ca do e são ri cos<br />

em ri mas, o que fa ci li ta a re ci ta ção, ati -<br />

vi da de mui to apre cia da pe las crian ças.<br />

Nas ses sões se guin tes, a es co lha po -<br />

de re cair so bre poe mas den tro da mes -<br />

ma te má ti ca (ani mais, crian ças, brin ca -<br />

dei ras etc.) ou poe mas de de ter mi na do<br />

au tor, para a tur ma fa mi lia ri zar-se com<br />

cer to tipo de com po si ção e re cur sos usa -<br />

dos pelo poe ta.<br />

Após a lei tu ra do poe ma, in cen ti var a<br />

ma ni fes ta ção da tur ma, sem pro por per -<br />

gun tas ou di re cio nar a ati vi da de. As pró -<br />

prias crian ças po dem su ge rir as ati vi da -<br />

des para no vas abor da gens do poe ma,<br />

como can ta ro lar al guns ver sos, dra ma ti -<br />

zar uma ou ou tra si tua ção ou de se nhar.<br />

Se você qui ser se pre pa rar para a de -<br />

cla ma ção do poe ma para a tur ma, uma<br />

boa es tra té gia é ler o tex to na fren te do<br />

es pe lho, para ob ser var se as ex pres sões<br />

cor po rais e, prin ci pal men te, fa ciais es tão<br />

de acor do com a pas sa gem lida; é<br />

importante também observar se a so no ri -<br />

da de das pa la vras e a mu si ca li da de do<br />

rit mo da com po si ção poé ti ca es co lhi da<br />

es tão sen do con tem pla das na lei tu ra.<br />

Para a tur ma vi ven ciar as ima gens<br />

do tex to poé ti co, pode-se criar um am -<br />

bien te pro pí cio a essa per cep ção, como<br />

uma ses são de re la xa men to, acom pa -<br />

nha da ou não de mú si ca. En tre as boas<br />

pu bli ca ções so bre o as sun to, su ge ri mos<br />

a lei tu ra dos ca pí tu los “Apren der a fa -<br />

lar”, “O cor po”, “Exer cí cio para apren -<br />

der a re la xar” e “Sen si bi li da de”, das p.<br />

12 a 22 do li vro A aven tu ra do Tea tro,<br />

de Ma ria Cla ra Ma cha do, edi ta do pela<br />

José Olym pio.<br />

7.3 — Leitura compartilhada<br />

de textos narrativos<br />

A lei tu ra oral com par ti lha da de textos<br />

narrativos pode ser pra ti ca da com uma<br />

boa frequência, até mesmo dia ria men te<br />

ou, pelo me nos, três ve zes por se ma na.<br />

Para apre cia r cer tos tex tos e cer tas<br />

pas sa gens, os alu nos pre ci sam vi ver as<br />

emo ções trans mi ti das por uma lei tu ra<br />

que tor ne pre sen tes as ima gens cons truí -<br />

das pelo au tor.<br />

Nas sé ries ini ciais do En si no Fun da -<br />

men tal, o su jei to ca paz de tal de sem pe -<br />

nho será o(a) pro fes sor(a) ou ou tra pes -<br />

soa es co lhi da por ele(a) para ler o tex to.<br />

Por isso o lei tor deve se preo cu par com<br />

o tom de voz e com o rit mo de sua lei tu -<br />

ra, que deve ser ora len ta, ora rá pi da, ora<br />

de for ma a re ve lar he si ta ção, ora ti tu -<br />

bean te, rís pi da, in ci si va, reveladora das<br />

emoções envolvidas etc.<br />

É pre ci so edu car o ou vin te para es cu -<br />

tar sem in ter rom per, a aguar dar o fi nal<br />

da lei tu ra para en ten der um ter mo des -<br />

co nhe ci do, mas que se es cla re ce pelo<br />

con tex to maior do tre cho em que se in -<br />

se re ou pelo tex to no seu todo.<br />

Tam bém é pre ci so lem brar que, as -<br />

sim como per ce bem a apro va ção do(a)<br />

pro fes sor(a) por cer tas ati tu des de les e a<br />

de sa pro va ção por ou tras, os alu nos pre -<br />

ci sam con vi ver com o en tu sias mo do(a)<br />

pro fes sor(a) pe los tex tos.<br />

An tes do iní cio do tra ba lho com um<br />

novo tex to, é pre ci so des per tar o in te res -<br />

se da tur ma, atra vés de uma cam pa nha<br />

so bre o li vro es co lhi do. Su pon do-se que<br />

a es co lha te nha re caí do so bre o li vro<br />

Co ra ção de Rato, de Sá via Du mont,<br />

publicado pela <strong>Editora</strong> Dimensão, uma<br />

boa es tra té gia é pre ce der a pri mei ra ses -


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 67<br />

são com fai xas ou car ta zes, crian do ex -<br />

pec ta ti va para o “pro du to”, com os di ze -<br />

res se guin tes ou ou tros que sua ima gi na -<br />

ção su ge rir:<br />

“Pra que tudo isso, meu Deus,<br />

perguntava-se Lucas Mandioquinha,<br />

com o coração saindo pela boca”<br />

• Isso, o quê?<br />

• Quem será Lu cas Man dio qui nha?<br />

• Na his tó ria, “o co ra ção qua se sain -<br />

do pela boca” in di ca rá can sa ço ou<br />

medo, pa vor? Por que ele es ta ria as -<br />

sim?<br />

Ora, não há como re criar o cli ma de<br />

ins ta bi li da de de mons tra do pelo rato<br />

cheio de medo e dú vi das e que pre ci sa<br />

con ven cer o cien tis ta a trocar seu co ra -<br />

ção me dro so por um bem for te e sem te -<br />

mo res, com uma lei tu ra si la ba da, va ci -<br />

lan te, inex pres si va... Só um lei tor ex pe -<br />

rien te será ca paz de re criar o tom da nar -<br />

ra ti va, e as nuan ces de voz da per so na -<br />

gem em cada si tua ção.<br />

E o lei tor ini cian te pre ci sa sen tir o va -<br />

lor da lei tu ra ex pres si va. Sem fa lar, é cla -<br />

ro, que, sem bons mo de los, ele di fi cil -<br />

men te che ga rá a isso. O bom de sem pe -<br />

nho não será atin gi do atra vés de mo nó to -<br />

nas ses sões de lei tu ra ora li za da do mes -<br />

mo tex to lido à exaus tão com a fi na li da -<br />

de de trei na men to. O lei tor pro cu ra o<br />

tex to para re sol ver uma ques tão, apre ciar<br />

uma boa his tó ria.<br />

Quando o texto for ser lido em vários<br />

dias, é bom lembrar de seccioná-lo em<br />

pontos pertinentes que não interrompam<br />

um bloco de ações e que também, se<br />

possível, mantenha certo interesse por<br />

interromper a narrativa em um ponto<br />

importante da trama (a exemplo do que<br />

fazem as novelas e seriados).<br />

7.4 — Leitura compartilhada de<br />

textos dramáticos<br />

O texto dramático apresenta caracte -<br />

rísticas especiais, daí ser necessário co -<br />

nhecer o título, o autor e aspectos de sua<br />

estrutura:<br />

• Cenas, atos e seus respectivos números.<br />

• Personagens e sua caracterização.<br />

• Marcação: instruções sobre os mo -<br />

vimentos e locais em que cada ator ou<br />

atriz vai estar em cada momento da<br />

peça e quando fizer ou disser algo.<br />

Nesse tipo de texto, há descrição dos<br />

elementos que formam o cenário de ca da<br />

ato ou parte da peça.<br />

Em letras maiúsculas, destaca-se o<br />

nome da personagem seguido da respectiva<br />

fala. Nos parênteses, são co locados<br />

os gestos, mo vi mentos e ações dos atores<br />

e emoções que devem demonstrar.<br />

Quando a per sonagem atua sem falar,<br />

logo após seu no me, são descritos seus<br />

gestos, mo vimentos e ações.<br />

Para a leitura dramática, os alunos<br />

podem usar lápis de cores diferentes pa ra<br />

marcar as falas de cada personagem.<br />

Após o estudo da peça, escolhem-se os<br />

grupos ou alunos que vão ler em voz alta<br />

as partes de cada personagem, na ordem<br />

do texto. Ao final do ensaio, cada grupo<br />

apresenta sua leitura para a turma.<br />

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V - AVALIAÇÃO<br />

Quando tra ta mos de ensi no-apren di -<br />

za gem em situa ções for mais como na<br />

esco la, não pode mos nos fur tar a uma<br />

ava lia ção para veri fi car em que medi da<br />

houve pro gres so do apren diz, face às<br />

metas e aos obje ti vos pro pos tos. Ou seja,<br />

a ava lia ção é uma ati vi da de que busca<br />

orien tar e regu lar o pro ces so de ensi no e<br />

apren di za gem, para obten ção dos<br />

melho res resul ta dos pos sí veis.<br />

No que diz res pei to ao ensi no-apren -<br />

di za gem de Língua Portuguesa, como<br />

lín gua mater na, gos ta ría mos de reme ter<br />

o(a) cole ga pro fes sor(a), ini cial men te, ao<br />

que pro põem os PCNs na parte de ava -<br />

lia ção em geral e à ava lia ção liga da ao<br />

ensi no da lín gua no pri mei ro e segun do<br />

ciclos. As reco men da ções ali con ti das<br />

não pre ci sam ser aqui repro du zi das, já<br />

que todos os pro fes so res podem ter fácil<br />

aces so aos PCNs.<br />

Nesta seção do manual vamos, toda -<br />

via, fazer algu mas reco men da ções,<br />

tendo em vista a pró pria cons tru ção da<br />

pro pos ta da cole ção.<br />

1 - Metas, obje ti vos e pers -<br />

pec ti vas de tra ba lho que<br />

con fi gu ram o tipo de ava -<br />

lia ção pro pos to<br />

A meta prio ri tá ria da ava lia ção é o<br />

desen vol vi men to da com pe tên cia comu -<br />

ni ca ti va e esta se con fi gu ra na capa ci da -<br />

de usar, de forma ade qua da, cada vez<br />

um maior núme ro de recur sos da lín gua<br />

na pro du ção e com preen são de tex tos<br />

em situa ções espe cí fi cas e con cre tas de<br />

comu ni ca ção.<br />

Concebendo a lín gua como forma de<br />

inte ra ção social, é pre ci so tra ba lhar<br />

numa dimen são tex tual-dis cur si va nas<br />

ati vi da des de sala de aula. Nessa pers -<br />

pec ti va, deve-se evi tar a cobran ça de<br />

conhe ci men tos lin guís ti co-gra ma ti cais<br />

teó ri cos, ou seja, de meta lin gua gem,<br />

sobre tu do para fins de pro mo ção entre<br />

séries e/ou ciclos esco la res. Tais conhe ci -<br />

men tos, mesmo se abor da dos no curso,<br />

devem ser vis tos ape nas como infor ma -<br />

ção cul tu ral neces sá ria à vida social e à<br />

com preen são de tex tos que cir cu lam em<br />

nossa socie da de e cul tu ra; ins tru men to<br />

de media ção no ensi no, para faci li tar a<br />

refe rên cia a ele men tos da lín gua.<br />

2 - Os pro ce di men tos de<br />

ava lia ção e o que ava liar<br />

1) A ava lia ção deve ser con tí nua, dando<br />

ênfa se:<br />

a) À capa ci da de de pro du ção e com -<br />

preen são ade qua da de diver sas cate -<br />

go rias de tex tos (tipos, gêne ros), para<br />

a con se cu ção de obje ti vos comu ni ca -<br />

cio nais em situa ções con cre tas de<br />

inte ra ção comu ni ca ti va.<br />

69


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70<br />

b) Ao conhe ci men to e habi li da de da<br />

forma de cons tru ção das dife ren tes<br />

cate go rias de texto, incluin do ele -<br />

men tos de con teú do, estru tu ra (supe -<br />

res tru tu ra) e ele men tos ade qua dos da<br />

super fí cie tex tual.<br />

c) Ao conhe ci men to das pos si bi li da des<br />

sig ni fi ca ti vas dos recur sos da lín gua,<br />

inclu si ve a dife ren ça entre aque les<br />

que repre sen tam alter na ti vas de<br />

esco lhas em dado cotex to e/ou con -<br />

tex to.<br />

d) Ao conhe ci men to das nor mas sociais<br />

para o uso dos recur sos das dife ren tes<br />

varie da des da lín gua (escri ta/oral, dia -<br />

le tos, regis tros), o que cons ti tui uma<br />

gra má ti ca nor ma ti va amplia da e não<br />

res tri ta ao uso da norma culta, con si -<br />

de ra da como única varie da de auto ri -<br />

za da de uso da lín gua.<br />

2) A par tir da con cep ção de que a ava lia -<br />

ção deve ser um pro ces so con tí nuo e<br />

orien ta dor da ação do(a) pro fes sor(a) e<br />

regu la dor da qua li da de do curso, des ta -<br />

ca mos que as ati vi da des orais e escri tas<br />

pro pos tas nesta cole ção per mi tem ao(à)<br />

pro fes sor(a) obser var e veri fi car, con ti -<br />

nua men te:<br />

a) A capa ci da de do aluno para racio cí -<br />

nios e expe dien tes prá ti cos em<br />

torno da lín gua, do obje to e obje ti -<br />

vo de comu ni ca ção por meio de<br />

tex tos de dife ren tes cate go rias (tipos<br />

e gêne ros) tanto de lin gua gem ver -<br />

bal (lín gua oral e escri ta) quan to<br />

não ver bal (dese nhos, pin tu ras,<br />

fotos, escul tu ras, ima gem e som em<br />

fil mes, músi ca, ges tos, expres sões<br />

fisio nô mi cas etc.) e com mais de<br />

uma forma de lin gua gem.<br />

b) Como o aluno per ce be o jogo sig ni fi -<br />

ca ti vo tanto ao rece ber quan to ao pro -<br />

du zir tex tos orais e escri tos.<br />

c) Como o aluno usa os recur sos e as<br />

con ven ções pró prias da lín gua oral e<br />

da escri ta.<br />

d) Como o aluno é capaz de usar recur -<br />

sos apro pria dos para dizer aqui lo que<br />

pre ten de na situa ção espe cí fi ca em<br />

que se encon tra (con si de ran do para<br />

quem fala, o que fala, por que fala,<br />

quan do fala etc.), fazen do a esco lha<br />

ade qua da entre alter na ti vas que a lín -<br />

gua ofe re ce, inclu si ve da cate go ria de<br />

texto (tipo, gêne ro) apro pria da.<br />

3) As ati vi da des de autoava lia ção e/ou<br />

de ava lia ção pelos cole gas podem se<br />

vol tar para as pró prias capa ci da des,<br />

conhe ci men tos e habi li da des do aluno<br />

ou para a forma com que ele per ce be a<br />

natu re za e fina li da de das ati vi da des do<br />

curso. Para esse tipo de ati vi da de<br />

de ava lia ção, pro po mos:<br />

a) Que, ao final de cada uni da de, você,<br />

pro fes sor(a) ava lie como o aluno está<br />

per ce ben do e rece ben do as ati vi da -<br />

des e como elas estão levan do-o ou<br />

não a uma boa apren di za gem, na<br />

pers pec ti va do pró prio aluno. A<br />

família também deveria participar<br />

dessa avaliação. Para isto você pode<br />

usar o roteiro do quadro abaixo,<br />

adaptando-o a sua realidade, se<br />

necessário (lembre-se de que ele é<br />

apenas uma sugestão).


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AVALIANDO O PERCURSO<br />

1. Que relação você encontra entre o título desta unidade e os textos<br />

que a compõem?<br />

2. Dos textos escolhidos para compor esta unidade, de qual você gostou<br />

mais? E de qual gostou menos? Por quê?<br />

3. Das atividades desta unidade, houve alguma que se destacou para<br />

você? E para o grupo?<br />

4. O que você aprendeu nesta unidade e pode usar fora da escola?<br />

5. Nas atividades de “Opinião e discussão” e de “Debate”, defendeu seu<br />

ponto de vista com argumentos convincentes, justificando quando discordou<br />

de alguma opinião?<br />

6. Nas outras atividades de “Vamos falar” você se preparou, ajudou o<br />

grupo e fez o melhor possível?<br />

7. De que forma você contribuiu para a realização das atividades em grupo?<br />

8. Que comentário você faria sobre esta unidade em casa?<br />

b) As ati vi da des de autoava lia ção e de<br />

ava lia ção pelos cole gas, pro pos tas em<br />

diver sos momen tos nas ati vi da des dos<br />

livros da cole ção, como, por exem -<br />

plo, nos momen tos de pro du ção e<br />

refazimento de tex tos, ao ava liar a<br />

pro prie da de de pro du ções diver sas<br />

dos alu nos; na seção “Vamos falar” e<br />

na seção “Conhecendo mais nossa<br />

língua”, quan do se pede jul ga men to<br />

de qua li da de e/ou ade qua ção no uso<br />

de recur sos da lín gua oral e escri ta.<br />

c) Ati vi da des de diag nós ti co para deci dir<br />

sobre a neces si da de ou não de abor -<br />

da gem de deter mi na dos tópi cos ou a<br />

forma e a exten são em que ainda pre -<br />

ci sam ser tra ba lha dos.<br />

4) A pro du ção de textos, não se<br />

deve ava liar a pri mei ra forma do texto<br />

do aluno, mas como ele foi, por meio<br />

das ati vi da des de rees cri tu ra, aper fei -<br />

çoan do seu texto nos diver sos aspec tos<br />

destacados pelo(a) pro fes so r(a) e cole -<br />

gas. Lembre-se de que um mesmo texto<br />

pode ser rees cri to várias vezes levan do o<br />

aluno a prestar atencão em diver sos<br />

aspec tos: orto gra fia, pon tua ção, dis tri -<br />

bui ção do mate rial escri to na pági na,<br />

esco lha e orga ni za ção de infor ma ções,<br />

ausên cia de ele men tos pró prios de um<br />

tipo ou gêne ro de texto; fle xões, cate go -<br />

rias, cons tru ções, léxi co ade qua do etc.<br />

Aqui cum pre lem brar que não se deve<br />

jamais cobrar dos alu nos capa ci da de<br />

lite rá ria. Não esta mos que ren do for mar<br />

lite ra tos, mas bons pro du to res de texto, o<br />

que é bem dife ren te. Isto não impe de<br />

que o(a) pro fes sor(a) faça ati vi da des<br />

como ofi ci nas lite rá rias ou bus que pre -<br />

pa rar a turma para a frui ção esté ti ca (na<br />

lei tu ra), conforme sugestões apresentadas<br />

anteriormente, o que, toda via, não<br />

impli ca cobrar dos alu nos uma com pe -<br />

tên cia de pro du ção de tex tos lite rá rios.<br />

Nesta cole ção, as pro pos tas são acom -<br />

pa nha das de orien ta ções que o aluno<br />

deve rá seguir, estan do aten to:<br />

71


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 72<br />

72<br />

a) Às con di ções em que ele deve pro du -<br />

zir o texto.<br />

b) À fun ção do texto e ao lei tor-alvo que<br />

ele deve levar em conta ao redi gir.<br />

c) À neces si da des e ins tân cias das dife -<br />

ren tes situa ções de comu ni ca ção.<br />

d) Aos cri té rios de autoava lia ção pré-<br />

-esta be le ci dos.<br />

Nem sempre todas as orientações<br />

foram colocadas devido a questão de<br />

espaço. Assim colega professor(a), quando<br />

isto ocorrer, você deve complementar<br />

dados que tornem a situação de produção<br />

do texto o mais próxima possível de<br />

uma situação de uso real da língua.<br />

5) Na com preen são de tex tos, o aluno<br />

deve rá ser capaz de:<br />

a) Per ce ber o sen ti do glo bal do texto,<br />

sua uni da de de sen ti do, o que mui tas<br />

vezes se chama de tema ou tópi co do<br />

texto ou sua macroes tru tu ra.<br />

b) Per ce ber como os ele men tos todos do<br />

texto (infor ma ções, sub tó pi cos, léxi -<br />

co, cons tru ções etc.) têm que ver com<br />

essa uni da de de sen ti do.<br />

c) Per ce ber a estru tu ra de tópi cos e sub -<br />

tó pi cos do texto, iden ti fi can do suas<br />

ideias cen trais e os tre chos em que<br />

elas apa re cem.<br />

d) Per ce ber sen ti dos implí ci tos, seja por<br />

pres su po si ção, seja por suben ten di do, e<br />

jogos de sen ti do que se fazem nos tex -<br />

tos em fun ção de cotexto e de con tex to.<br />

e) Dis tin guir fatos de opi niões, fatos reais<br />

de fic cio nais.<br />

f) Fazer pre vi sões e infe rên cias a par tir de<br />

ele men tos do texto.<br />

g) Extrair infor ma ções, con for me obje ti -<br />

vos pré-esta be le ci dos.<br />

3. Considerações finais<br />

sobre avaliação<br />

Quando o(a) cole ga pro fes sor(a) for<br />

rea li zar ati vi da des mais for ma li za das de<br />

ava lia ção (pro vas, tes tes, tra ba lhos etc.),<br />

deve se lem brar de que estas devem con -<br />

ter ati vi da des muito seme lhan tes às<br />

desen vol vi das em sala de aula no pro -<br />

ces so de ensi no-apren di za gem, pois o<br />

inte res se é ver o seu resul ta do e como o<br />

aluno pro gre diu no uso da lín gua para a<br />

sua vida social e cul tu ral. Não se deve,<br />

por tan to, criar situa ções arti fi ciais ou<br />

ten tar veri fi car o que eles não sabem,<br />

num sen ti do pouco per ti nen te.<br />

A ava lia ção não deve inci dir ape nas<br />

sobre os aspec tos espe cí fi cos da dis ci pli -<br />

na (Língua Portuguesa), mas tam bém<br />

deve con tem plar, sobre tu do a ava liaç ão<br />

con tí nua, outros aspec tos edu ca cio nais<br />

impor tan tes, tais como:<br />

a) Capa ci da de de pen sar, de racio ci nar,<br />

ou seja, obser van do ele men tos do<br />

mundo ou fatos que lhe che gam; falar<br />

e se posi cio nar sobre eles.<br />

b) Inte res se em apren der.<br />

c) Pra zer em apren der.<br />

d) Capa ci da de de rela cio na men to com<br />

os outros, inclu si ve usan do a lín gua<br />

para a solu ção de pro ble mas e con tro -<br />

vér sias.<br />

e) Socia bi li da de.<br />

Confiantes na expe riên cia dos(as)<br />

cole gas, cre mos que esses lem bre tes<br />

sobre ava lia ção são sufi cien tes para<br />

expor o que jul ga mos fun da men tal. O<br />

mais será sem pre bem-vindo, quan do<br />

con tri buir para um pro ces so edu ca cio nal<br />

refle ti do, cons cien te e bem-suce di do.


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VI - CONSIDERAÇÕES<br />

FINAIS<br />

Esta co le ção foi or ga ni za da de modo<br />

a aju dar você, pro fes sor(a), a de sen vol -<br />

ver seu pla ne ja men to.<br />

A con cep ção de lin gua gem ado ta da<br />

foi a de lin gua gem como for ma de in te -<br />

ra ção, e a meta prio ri tá ria é a de de sen -<br />

vol ver a com pe tên cia co mu ni ca ti va, o<br />

que in clui tam bém en si nar a mo da li da -<br />

de es cri ta e a nor ma cul ta da lín gua,<br />

mas não só, pois a uti li za ção ade qua da<br />

da lín gua vai mui to além de sa ber usar<br />

a nor ma cul ta e a va rie da de es cri ta da<br />

lín gua.<br />

Nes ta pro pos ta de tra ba lho, a gra má -<br />

ti ca da lín gua não é vis ta no sen ti do de<br />

gra má ti ca des cri ti va: um con jun to de<br />

teo rias, uma me ta lin gua gem para aná li se<br />

da lín gua e ex pli ca ção de seu fun cio na -<br />

men to. A gra má ti ca da lín gua é tra ta da<br />

mais como o me ca nis mo que nos per mi -<br />

te usar a lín gua com com pe tên cia co mu -<br />

ni ca ti va para pro du zir efei tos de sen ti do<br />

en tre in ter lo cu to res em si tua ções con -<br />

cre tas e es pe cí fi cas de co mu ni ca ção. As -<br />

sim, dis cu te-se como os re cur sos da lín -<br />

gua atuam em tex tos para di zer algo, por<br />

meio da pro du ção de efei tos de sen ti do.<br />

A gra má ti ca é mais a dis cus são das con -<br />

di ções lin guís ti cas da co mu ni ca ção,<br />

conforme proposto por Travaglia<br />

(2009a). Ao dis cu tir tais con di ções, apa -<br />

gam-se as fron tei ras que sem pre se es ta -<br />

be le ceu na es co la en tre o tra ba lho de<br />

en si no-apren di za gem de pro du ção e<br />

com preen são de tex tos e de vo ca bu lá rio,<br />

de um lado, e o en si no-apren di za gem de<br />

gra má ti ca, de ou tro lado. Essa se pa ra ção<br />

não exis te, por que nin guém se co mu ni -<br />

ca usan do tex tos sem usar a gra má ti ca<br />

da lín gua (seu me ca nis mo e não a des -<br />

cri ção des se me ca nis mo).<br />

Es pe ra mos que o nos so tra ba lho aju -<br />

de o seu a se tor nar me lhor, mais fá cil e<br />

mais pra ze ro so, na me di da em que se<br />

tor ne um tra ba lho de su ces so jun to a<br />

seus alu nos, que pas sa rão a ter uma me -<br />

lhor com pe tên cia co mu ni ca ti va e per ce -<br />

be rão que se está fa zen do um en si no de<br />

lín gua ma ter na para a vida e não ape nas<br />

para um su ces so es co lar.<br />

73


AF•ManualAventuras_4ano_P5_Parte comun 1 28/03/11 17:36 Page 74<br />

74<br />

ANEXOS<br />

ANE XO 1<br />

Professor(a), abaixo colocamos o texto e marcamos os recursos de coesão referencial<br />

utilizados pela autora para retomar “tia Joana” (em itálico) e “livros” (em bold).<br />

Quando a retomada é feita pela eliminação do nome repetido, recurso chamado de<br />

elipse, colocamos o símbolo #.<br />

NOSSA BIBLIOTECA<br />

Mirna Pinsky<br />

Tia Joana não tem filhos, # tem livros. Como os filhos não vinham, ela foi comprando<br />

livros, # comprando livros e # acabou enchendo de livros duas salas de sua<br />

casa, com estantes até o teto. Alguns ela lia, outros # colocava na estante e # esquecia.<br />

Quando se esgotaram os livros da única livraria da nossa cidade, tia Joa na começou a<br />

pedir catálogos para as editoras de São Paulo e Rio e # enco men dar livros. No começo<br />

eram só ro mances. Depois biografias de grandes homens. E quando já # tinha quase<br />

tudo, # passou a variar: obras sobre música, sobre plantações, sobre culinária, sobre<br />

pássaros, sobre bichos. O gênero modificava conforme a mania. Na semana que tia<br />

Joana acordava com pendores culi nários, livros de receitas. Quando # re sol via se dedicar<br />

à horta, livros de agri cul tura.<br />

Tio Juca, marido dela, não dizia na da. Ela só comprando #. Quando as pa redes da<br />

segunda sala ficaram cheias e tia Joana quis construir mais um quarto para # guardar<br />

seus livros, tio Juca res mungou:<br />

– Será que não chega?<br />

Foi justamente nestas alturas que tia Joana, com sua vocação semanal ligada à<br />

enfermagem, # recebeu um convite pa ra # trabalhar no hospital. # Aceitou ime -<br />

diatamente. E na semana seguinte, os catá logos de livros começaram a se acumular<br />

sobre a escrivaninha, sem que ela tivesse ao menos a curiosidade de abrir.<br />

Três semanas depois, com pilhas de um metro de altura de catálogos espa lhados<br />

pela casa, tio Juca, que era mes mo muito paciente, resmungou:<br />

– Assim não pode continuar. Você tem que dar um jeito nisso.<br />

Tia Joana teve uma ideia. Como # não tinha tempo para verificar os catálogos, nem #<br />

escrever para as editoras pe dindo suspensão da remessa, # resolveu fazer de sua casa uma<br />

biblioteca para as crianças da cidade. Assim, as que vies sem consultar os livros teriam, como<br />

dever, que livrar tia Joana dos catálogos. Claro que deveria ter uma forma mais simples de<br />

resolver as coisas, mas tia Joana sempre gostou das grandes solu ções.<br />

Para nossa cidade que só tem um hospital, uma farmácia, um cinema, a de legacia,<br />

as Casas Pernambucanas, uma igreja e um punhado de casas, foi uma ideia genial.<br />

Canguru emprestado. São Paulo: Global, 1982. p. 7-9.


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ANE XO 2<br />

Oralmente, responda no grupo:<br />

1. Observe a imagem da página de<br />

rosto. Em que parte de uma resi dên cia ou<br />

instituição comercial são encontrados os<br />

objetos da cena? Descreva-os. Após a<br />

leitura, conte que relação você encontrou<br />

entre o título da história e a cena da<br />

página de rosto.<br />

No escritório. Porque na ilustração<br />

temos um carimbo, papéis, envelopes<br />

clipes, lápis e selo.<br />

2. Você se sente incluído(a) na<br />

dedicatória? Por quê? Observe onde a<br />

dedicatória está escrita e quem segura o<br />

suporte. Quem será essa perso na gem?<br />

Terá um papel importante na história?<br />

Resposta pessoal, mas espera-se que os<br />

alunos digam que sim, já que são<br />

crianças. Quem segura a dedicatória é o<br />

personagem principal da história.<br />

3. O que mais se destaca na cena 4/5?<br />

Qual é o significado desses ele mentos na<br />

cena?<br />

Uma grande quantidade de papéis. Esses<br />

papéis representam a grande quantidade<br />

de trabalho a ser realizado.<br />

4. A cena 6/7 confirma os fatos<br />

contados nas páginas anteriores?<br />

Sim, porque o homem está envolvido pelos<br />

papéis sua pasta , está telefonando. Tudo isso<br />

mostra que ele está assoberbado de<br />

trabalho.<br />

5. O que reaparece na cena 8? Como<br />

está a personagem? E os ob jetos do<br />

escritório?<br />

A pasta do personagem que agora<br />

aparece como a única coisa colorida.<br />

Muito cansado. Em desordem e no ar,<br />

revelando que o homem não consegue<br />

fazer todo o seu trabalho.<br />

6. O que muda na cena 9 em relação à<br />

anterior? Observe a diferença no<br />

movimento dos papéis nas duas cenas.<br />

Em qual delas, os papéis sugerem peso,<br />

opressão? E na outra cena? Em qual delas<br />

a atitu de da personagem muda?<br />

Na cena nove os papéis começam a se assentar,<br />

porque o homem olha para a pasta<br />

colorida que, no meio de todo o cinza<br />

(monotonia, peso) da vida do homem, parece<br />

conter algo que o anima. A cena 8<br />

revela opressão, a cena 9 revela uma possibilidade<br />

de fugir a tudo isto que está na<br />

pasta e por isto contém uma mudança de<br />

atitude.<br />

7. O que aconteceu na cena 10/11?<br />

O homem pega sua pasta e escapa do<br />

ambiente e da atividade que o oprimia.<br />

8. Por que, no elevador, a única figura<br />

colorida é a da personagem do escritório?<br />

Como estão as outras pessoas?<br />

75


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76<br />

O homem é o único colorido porque ele<br />

mudou de atitude e está indo provavelmente<br />

fazer algo agradável. Repare sua<br />

expressão fisionômica de alguém que<br />

está bem. Os outros estão cinzas e com a<br />

expressão fisionômica carregada, de<br />

raiva, pois estão todos nervosos e<br />

oprimidos com o que estão fazendo.<br />

9. A cena 13 mostra um engarrafamento.<br />

De quem é o úni co carro<br />

colorido? Por que será que os outros<br />

carros são todos cinzen tos?<br />

O único carro colorido é o do homem<br />

que mudou de atitude e está indo fazer<br />

algo que parece ser agradável. Os<br />

outros carros são cinzentos porque são<br />

de pessoas oprimidas pelo excesso de<br />

trabalho, pela correria e pelo trânsito<br />

pesado e com certeza não estão indo<br />

fazer algo agradável.<br />

10. A cena 14/15 mostra o trânsito<br />

numa rua ou avenida cheia de prédios e<br />

arranha-céus. Que tipo de poluição<br />

aparece na cena? O que a produz?<br />

A poluição do ar pelo gás carbônico,<br />

provocada pelas fábricas (aparecem<br />

duas na cena) e pelos escapamentos<br />

dos carros que soltam gases poluentes<br />

(veja o desenho das fumaças saindo das<br />

chaminés e escapamentos).<br />

11. Onde está o motorista na cena 16/<br />

17? O que ele está deixando para trás?<br />

No campo. Está deixando a cidade.<br />

12. Conte o que o motorista vê na cena<br />

18/19.<br />

Pessoas que moram na zona rural, no<br />

campo, voltando do trabalho felizes<br />

(veja expressões e attitudes).<br />

13. Por que a pasta era o único elemento<br />

colorido nas cenas do escri tório?<br />

Porque continha a pipa/o papagaio que<br />

era um brinquedo da infância do<br />

homem, que lhe dava prazer e alegria e<br />

lhe permitia fugir da opressão da vida<br />

moderna que nos tira esses prazeres<br />

simples.<br />

14. Qual a relação entre as cenas 22/23<br />

e 24 e a dedicatória do livro?<br />

O homem revela o menino/a criança<br />

que existe nele e que é representado<br />

pelo papagaio/pipa guardado(a) na<br />

pasta.<br />

15. a) O que representam os tons cinza<br />

nas ilustrações?<br />

Coisas ruins, tristes na vida da pessoa,<br />

que a deixam infeliz, chateada.<br />

b) O que representam os elementos<br />

coloridos com outras cores que não tons<br />

de cinza?<br />

Coisas boas, alegres na vida da pessoa<br />

que a deixam feliz, contente, satisfeita.


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REFERÊNCIAS<br />

BIBLIOGRÁFICAS<br />

(Indicações para aprofundamento em diferentes<br />

áreas do ensino de língua.)<br />

➤ Geral (obras didáticas e obras com informações<br />

sobre todas as áreas de ensino de língua)<br />

• CHIAP PI NI, Li gia (Coord.) Co le ção Apren der<br />

e en si nar com tex tos:<br />

Vo lu me 1: GE RAL DI, Wan der ley e CI TEL LI,<br />

Bea triz (Coord). Apren der e en si nar com tex tos<br />

de alu nos. São Pau lo: Cor tez, 1997.<br />

Vo lu me 2: BRAN DÃO, He le na e MI CHE LET TI,<br />

Gua ra cia ba (Coord). Apren der e en si nar com<br />

tex tos di dá ti cos e pa ra di dá ti cos. São Pau lo:<br />

Cor tez, 1997.<br />

Vo lu me 3: CI TEL LI, Adil son (Coord.). Apren der<br />

e en si nar com tex tos não es co la res. São Pau lo:<br />

Cor tez, 1997.<br />

Vo lu me 4: MI CHE LET TI, Gua ra cia ba (Coord.)<br />

O lu gar da poe sia e da fic ção. São Pau lo: Cor -<br />

tez, 2000.<br />

Vo lu me 5: BRAN DÃO, He le na Na ga mi ne<br />

(Coord.) Gê ne ros do dis cur so na es co la. São<br />

Pau lo: Cor tez, 2000.<br />

Vo lu me 6: CI TEL LI, Adil son (Coord.). Ou tras lin -<br />

gua gens na es co la. São Pau lo: Cor tez, 2000.<br />

• DUMONT, Sávia. Coração de rato. Belo<br />

Horizonte: Dimensão, 1997.<br />

• GE RAL DI, João Wan der ley. Por tos de pas sa -<br />

gem. São Pau lo: Mar tins Fon tes, 1993.<br />

• GORSKI, Edair Maria; COELHO, Izete<br />

Lehmkuhl (Orgs.). Sociolinguística e ensino:<br />

contribuições para a formação do professor de<br />

língua. Florianópolis, SC: Edufsc, 2006.<br />

• SUAS SU NA, Lí via. En si no de lín gua por tu -<br />

gue sa – uma abor da gem prag má ti ca. Cam pi -<br />

nas, São Pau lo: Pa pi rus, 1995.<br />

• TAVARES, Hênio Último da Cunha. Teoria literária.<br />

Belo Horizonte: Itatiaia, 1974.<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos; ROCHA, Maura<br />

Alves de Freitas e ARRU<strong>DA</strong>-FERNANDES,<br />

Vania Maria Bernardes. A aventura da linguagem<br />

(Língua Portuguesa) – 6o , 7o , 8o e 9o anos: manual do<br />

professor. Belo Horizonte: Dimensão, 2009a.<br />

➤ Alfabetização<br />

• BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura.<br />

São Paulo: Cortez, 1991.<br />

• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística.<br />

São Paulo: Scipione, 1999.<br />

• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o<br />

bá-bé-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1998.<br />

• LEM LE, Mi riam. Guia teórico do al fa be ti za dor.<br />

São Pau lo: Ática, 1987.<br />

➤ Categorias de texto: tipos e gêneros textuais<br />

e sua relação com o ensino<br />

• ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar<br />

– Gerenciando razão e emoção. Cotia, SP:<br />

Ateliê Editorial, 2000.<br />

• CO RA CI NI, Ma ria José (Org.). Um fa zer per -<br />

sua si vo: o dis cur so sub je ti vo da ciên cia. São<br />

Pau lo: EDUC; Cam pi nas, São Paulo: Pon tes,<br />

1991, p. 175-187.<br />

• SCHRODER, Ves ter gaard. A lin gua gem na<br />

pro pa gan da. São Pau lo: Mar tins Fon tes, 1996.<br />

• TAVARES, Hênio Último da Cunha. Teoria literária.<br />

Belo Horizonte: Itatiaia, 1974.<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Um estudo textual-<br />

-discursivo do verbo no português. 330 + 124 p.<br />

Tese (Doutorado em Linguística) – Campinas,<br />

SP: IEL / UNICAMP, 1991. (Caps. 2 e 6).<br />

Disponível em: .<br />

• TRA VA GLIA, Luiz Car los. “Ti pos, gê ne ros e<br />

sub ti pos tex tuais e o en si no de lín gua ma ter na”<br />

in BAS TOS, Neu sa Bar bo sa (Org.). Lín gua Por tu -<br />

gue sa: uma vi são em mo sai co. São Pau lo: EDUC/<br />

INEP, 2002, p. 201-214. Disponível em:<br />

.<br />

• TRA VA GLIA, Luiz Car los. “Ti pologia tex tual,<br />

en si no de gramática e o livro didático” in HEN-<br />

RIQUES, Cláudio Cezar e SIMÕES, Darcíla<br />

(Org.). Lín gua e cidania: novas perspectivas para o<br />

ensino. Rio de Janeiro: Ed. Europa, 2004, p. 114-<br />

-138. Disponível em: .<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. “Tipelementos e a<br />

construção de uma teoria tipológica geral de<br />

textos” in FÁVERO, Leonor Lopes; BASTOS,<br />

Neusa M. de O. Barbosa e MARQUESI, Sueli<br />

Cristina (Org.). Língua Portuguesa – pesquisa e<br />

ensino – Vol. II. São Paulo: EDUC/FAPESP, [2003]<br />

2007a. Disponível em: http://www.mel.ileel.ufu.<br />

br/homepages/travaglia/artigos/artigo_sobre_<br />

possivel_existencia_subtipos_texto.pdf>.<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A caracterização<br />

de categorias de texto: tipos, gêneros e espécies.<br />

Alfa, vol. 51 n o 1, p. 39-79. São Paulo,<br />

2007b. Disponível em: .<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Das relações possíveis<br />

entre tipos na composição de gêneros.<br />

Anais [do] 4 o Simpósio Internacional de Estudos de<br />

Gêneros Textuais (4 o SIGET). Organizadores:<br />

Adair Bonini, Débora de Carvalho Figueiredo,<br />

Fábio José Rauen. Tubarão: UNISUL, 2007c. p.<br />

1297-1306. Disponível em: .<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Sobre a possível<br />

existência de subtipos. Anais do VI Congresso<br />

Internacional da ABRALIN. Organizador:<br />

Dermeval da Hora. João Pessoa: ABRALIN /<br />

UFPB, 2009b. p. 2632-2641. Disponível em:<br />

.<br />

77


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78<br />

➤ Coesão e coerência textuais<br />

• KOCH, In ge do re G. V. A coe são tex tual. São<br />

Pau lo: Con tex to, 1989.<br />

• KOCH, In ge do re G. V. A in te ração pela lin -<br />

gua gem. São Pau lo: Con tex to, 1992.<br />

• TRA VA GLIA, Luiz Car los e KOCH, In ge do re<br />

G. V. Tex to e coe rên cia. São Pau lo: Cor tez,<br />

1989.<br />

• TRA VA GLIA, Luiz Car los e KOCH, In ge do re<br />

G. V. A coe rên cia tex tual. São Pau lo: Con tex to,<br />

1990.<br />

➤ Compreensão de textos (Leitura)<br />

• KLEI MAN, Ângela. Tex to e lei tor: as pec tos<br />

cog ni ti vos da lei tu ra. Cam pi nas: Pon tes, 1989.<br />

• KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda<br />

Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto.<br />

São Paulo: Contexto, 2006.<br />

• PAU LI NO, Gra ça; COSSON, Rildo (Org.)<br />

Leitura literária: a mediação es co lar. Belo Ho ri -<br />

zon te: UFMG, 2004.<br />

• PAU LI NO, Gra ça; WALTY, Ive te e CURY, Ma -<br />

ria Zil da. In ter tex tua li da des. 4 a ed. Belo Ho ri zon -<br />

te: Lê, 1998.<br />

• SOLÉ, Isa bel. Es tra té gias de lei tu ra. 6 a ed. Por to<br />

Ale gre: Ar tes Mé di cas, 1998.<br />

➤ Ensino de gramática<br />

• TRA VA GLIA, Luiz Car los; ARAÚJO, Ma ria<br />

He le na San tos e AL VIM PIN TO, Ma ria Teo ni la.<br />

Me to do lo gia e prá ti ca de en si no da lín gua por -<br />

tu gue sa. 4 a ed. Uber lân dia: Edu fu, 2007.<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gra má ti ca: en si no<br />

plu ral. 4 a ed. São Pau lo: Cor tez, 2009c.<br />

• TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gra má ti ca e in te ra -<br />

ção: Uma pro pos ta para o en si no de gra má ti -<br />

ca. 13 a ed. São Pau lo: Cor tez, 2009d.<br />

➤ Ensino de vocabulário<br />

• ILA RI, Ro dol fo. In tro du ção ao es tu do do lé xi -<br />

co: brin can do com as pa la vras. São Pau lo:<br />

Con tex to, 2003.<br />

• KLEI MAN, Ângela B. “Apren den do pa la vras,<br />

fa zen do sen ti do: o en si no de vo ca bu lá rio nas<br />

pri mei ras sé ries” in TAS CA, Ma ria (Org.). De -<br />

sen vol ven do a lín gua fa la da e es cri ta. Por to<br />

Ale gre: Sa gra, 1990, p. 9-48.<br />

• RO CHA, Iúta Ler che Viei ra (Org). Ca der nos<br />

de sala de aula – Ca der no II: En si no do vo ca bu -<br />

lá rio: fun da men tos e ati vi da des. For ta le za: Uni -<br />

ver si da de Fe de ral do Cea rá/ De par ta men to de<br />

Le tras Ver ná cu las, 1996.<br />

➤ Ensino / trabalho com a literatura e a linguagem<br />

literária<br />

• CHIAP PI NI, Lígia (Coord.) Co le ção Apren der<br />

e En si nar com tex tos. Vo lu me 4. MI CHE LET TI,<br />

Gua ra cia ba (Coord.). O lu gar da poe sia e da<br />

fic ção. São Pau lo: Cor tez, 2000.<br />

• COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e<br />

prática. São Paulo: Contexto, 2006.<br />

• LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a<br />

leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1987.<br />

➤ Jornal na sala de aula (produção e compreensão<br />

de textos)<br />

• FA RIA, Ma ria Ali ce. O jor nal na sala de aula.<br />

São Pau lo: Con tex to, 1989.<br />

• HERR, Ni co le. 100 fi chas prá ti cas para ex plo -<br />

rar o jor nal na sala de aula. Belo Ho ri zon te: Di -<br />

men são, 2000.<br />

• HERR, Ni co le. Apren den do a ler com o jor -<br />

nal. Belo Ho ri zon te: Di men são, 2001.<br />

➤ Linguagem não verbal<br />

• BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam:<br />

a leitura da imagem e o ensino da arte.<br />

São Paulo: Educ/Fapesp/ Cortez, 2002.<br />

• EIS NER, Will. Qua dri nhos e arte se quen cial.<br />

São Pau lo: Mar tins Fon tes, 1999.<br />

• SCHRODER,Ves ter gaard. A lin gua gem na<br />

pro pa gan da. São Pau lo: Mar tins Fon tes, 1996.<br />

➤ Linguagem oral<br />

• CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A lingual falada<br />

no ensino de português. São Paulo: Contexto,<br />

2000.<br />

• FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria<br />

Lúcia C. V. O. e AQUINO, Zilda G. O. Oralidade<br />

e escrita: perspectivas para o ensino de<br />

lingua portuguesa. São Paulo: Cortez, 1999.<br />

• RA MOS, Jâ nia. O es pa ço da ora li da de na sala<br />

de aula. São Pau lo: Mar tins Fon tes,1997.<br />

➤ Ortog rafia<br />

• BECHARA, Evanildo. O que muda como o<br />

novo acordo ortográfico. Rio de Janeiro: Nova<br />

Fronteira, 2008.<br />

• BECHARA, Evanildo. A nova ortografia. Rio<br />

de Janeiro: Nova Fronteira, 2008b (Lucerna).<br />

• LUFT, Cel so Pe dro. Novo guia or to grá fi co.<br />

São Paulo: Glo bo, 1983.<br />

• SILVA, José Pereira da. A nova ortografia da<br />

língua portuguesa. Niterói: Impetus, 2009.<br />

➤ Produção de textos<br />

• ABAURRE, Maria Bernadete Marques et alii.<br />

Cenas de aquisição da escrita: o sujeito e o trabalho<br />

com o texto. Campinas: Mercado de<br />

Letras, 1997.<br />

• KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda<br />

Maria. Ler e escrever: estratégias de produção<br />

textual. São Paulo: Contexto, 2009.<br />

• LOPES-ROSSI, Maria Aparecida G. “A produção<br />

do texto escrito a partir de gêneros discursivos”.<br />

In SILVA, E. R. (org.) Texto e ensino.<br />

Taubaté: Cabral <strong>Editora</strong> e Livraria Universitária,<br />

2002, p. 133-148.<br />

• PÉ CO RA, Al cir. Pro ble mas de re da ção. São<br />

Pau lo: Mar tins Fon tes, 1983.


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ANOTAÇÕES


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