Márcio Vianna - Mônica Prinzac
Márcio Vianna - Mônica Prinzac
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O presente dura pouco tempo<br />
“O olhar pode ser visto como o ato físico de se ver, como o objeto que é visto,<br />
ou como o sujeito que olha. O olhar de um incêndio não é o mesmo do ponto de vista de<br />
uma testemunha e o do incendiário. Ou o de um parente de quem morreu queimado. E<br />
não há hierarquia entre esses pontos de vista.”<br />
(Trecho do diário de viagem de <strong>Márcio</strong> <strong>Vianna</strong> – 1996)<br />
Estréia: Centro Cultural Banco do Brasil (RJ) - 02 de Abril /1991<br />
Temporada: abril / maio<br />
Direção: <strong>Márcio</strong> <strong>Vianna</strong><br />
Criação coletiva: Grupo A Contrador<br />
Elenco: Claudia Mele, Giselda Mauler, Eduardo Laus, Eduardo Rieche, Nora<br />
Benayon, Evandro Melo e Marluce Fabíola.<br />
Uma peça com sete atores e um violinista para seis espectadores.<br />
Baseado numa situação fictícia de tribunal, o fato acontecido e julgado era a<br />
respeito de uma suspeita relação incestuosa entre dois irmãos - filhos de Feininger, um<br />
filosofo já falecido. A argumentação foi construída em cima do conflito ético entre a<br />
obrigação da imprensa de informar fatos relevantes sobre uma personalidade pública e o<br />
direito à privacidade dos respectivos familiares. Os personagens envolvidos eram o<br />
casal de irmãos, a mãe, a jornalista interessada em publicar o caso, o editor do jornal, o<br />
melhor amigo e a ex-mulher do irmão.<br />
Processo de ensaio<br />
<strong>Márcio</strong> apresentou o esqueleto da argumentação e o texto foi construído pelos<br />
atores em improvisos. As questões trabalhadas constantemente durante os ensaios eram,<br />
desta vez, apoiadas no discurso da palavra: Como estimular a discussão? E como<br />
colocar voz no espectador estimulando uma atitude ativa?