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Efeitos <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na taxa de comparecimento / Godinho ER, Koch HA<br />

Efeitos <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na<br />

taxa de comparecimento para rastreamento<br />

do câncer de mama<br />

Eduardo Rodrigues Godinho 1 , Hilton Augusto Koch 2<br />

Descritores:<br />

Neoplasias mamárias; Detecção; Rastreamento.<br />

Recebido para publicação em 28/7/2006. Aceito,<br />

após revisão, em 22/5/2007.<br />

Trabalho realizado no Núcleo Radiológico, Goiânia,<br />

GO, e no Departamento de Radiologia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de<br />

Janeiro, RJ.<br />

1<br />

Doutor em Radiologia, Facul<strong>da</strong>de de Medicina <strong>da</strong><br />

UFRJ.<br />

2<br />

Professor Titular de Radiologia, Coordenador <strong>da</strong><br />

linha de pesquisa “Bases para um Programa de<br />

Detecção Precoce do Câncer de Mama por Meio<br />

<strong>da</strong> Mamografia” do Curso de Pós-graduação em<br />

Radiologia <strong>da</strong> UFRJ.<br />

Correspondência: Dr. Eduardo Rodrigues Godinho.<br />

Rua 5, nº 784, Centro. Goiânia, GO, 74055-290.<br />

E-mail: eduardorgodinho@hotmail.com<br />

Artigo Original<br />

Resumo<br />

Estudos em outros países têm apontado a utilização de cartas-lembrete como instrumento eficaz<br />

na elevação <strong>da</strong>s taxas de comparecimento de rastreamento do câncer de mama. No Brasil, seu<br />

efeito é desconhecido. OBJETIVO: Verificar o efeito <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete nas mulheres<br />

em i<strong>da</strong>de de rastreamento do câncer de mama; verificar a receptivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s mulheres a este tipo<br />

de iniciativa. MATERIAL E MÉTODO: Foram envia<strong>da</strong>s 273 cartas-lembrete a mulheres considera<strong>da</strong>s<br />

elegíveis. As cartas foram envia<strong>da</strong>s um mês antes de completar um ano <strong>da</strong> realização <strong>da</strong> última<br />

mamografia. Três meses após a <strong>remessa</strong> <strong>da</strong>s cartas, era realizado contato telefônico para entrevista<br />

<strong>da</strong> paciente. RESULTADOS: Foram envia<strong>da</strong>s 273 cartas, tendo-se conseguido contato telefônico<br />

com 108 mulheres (39,6%). Das 108 mulheres entrevista<strong>da</strong>s, 76% (n = 82) afirmaram ter<br />

recebido a carta. Destas, 54,9% (n = 45) procuraram o médico. Das 26 mulheres que não receberam<br />

a carta, 46,1% (n = 12) tinham procurado o médico. As 108 entrevista<strong>da</strong>s (100%) gostariam<br />

de continuar sendo lembra<strong>da</strong>s <strong>da</strong> época de se apresentarem para o rastreamento do câncer de<br />

mama. Outros resultados são apresentados. CONCLUSÃO: As cartas-lembrete não foram capazes<br />

de produzir impacto positivo sobre a taxa de comparecimento para o rastreamento do câncer de<br />

mama. As mulheres se mostraram receptivas à iniciativa <strong>da</strong> utilização de cartas-lembrete.<br />

O rastreamento do câncer de mama (RCM) tem-se mostrado eficaz no combate<br />

à doença, proporcionando redução <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong>de [1–10] , adoção de tratamentos menos<br />

radicais e redução dos custos de tratamento produzi<strong>da</strong> pela detecção de lesões<br />

em estádios menos avançados [11] .<br />

O Brasil tem apresentado taxas de incidência e de mortali<strong>da</strong>de do câncer de<br />

mama semelhantes às de países desenvolvidos, porém não se equipara a eles na<br />

consecução <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s necessárias para prevenção, diagnóstico precoce e controle<br />

desta doença [12–14] , sendo o rastreamento realizado de maneira informal, uma<br />

vez que não existe um programa oficial. Como conseqüência, as mulheres têm chegado<br />

tardiamente para a realização <strong>da</strong> primeira mamografia de rastreamento, o intervalo<br />

entre os exames tem sido inadequado e os cânceres detectados são, em sua<br />

maioria, avançados [15–19] .<br />

Dentre os inúmeros fatores que interferem na eficiência de um programa de<br />

RCM está a taxa de comparecimento <strong>da</strong> população-alvo [20] . Taxas de comparecimento<br />

baixas comprometem o desempenho do programa, alterando, inclusive, a<br />

relação custo-eficácia. Daí a necessi<strong>da</strong>de do conhecimento <strong>da</strong>s características dos<br />

diversos elementos envolvidos no processo (mulher, médico e infra-estrutura).<br />

Em outros países, a <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete às mulheres para as quais o RCM<br />

está indicado tem sido relata<strong>da</strong> como uma forma de se elevar a taxa de comparecimento<br />

[21,22] . No Brasil, seu efeito é desconhecido. Levantamento bibliográfico na<br />

Rev Imagem 2007;29(1):1–4<br />

1


Godinho ER, Koch HA / Efeitos <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na taxa de comparecimento<br />

base de <strong>da</strong>dos do sistema LILACS não identificou trabalhos<br />

publicados em português, entre os anos de 1966–<br />

2003, nos quais constassem, no resumo, a combinação<br />

varia<strong>da</strong> <strong>da</strong>s seguintes palavras: câncer de mama, rastreamento,<br />

screening, cartas e lembrança.<br />

O Ministério <strong>da</strong> Saúde brasileiro já manifestou interesse<br />

de implantar um programa nacional de RCM [23] ,<br />

o que deman<strong>da</strong> a realização de pesquisas que ofereçam<br />

elementos para fun<strong>da</strong>mentar a implantação deste programa<br />

com base na reali<strong>da</strong>de brasileira.<br />

Os objetivos deste trabalho foram: verificar o efeito<br />

<strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na taxa de comparecimento<br />

<strong>da</strong>s mulheres em i<strong>da</strong>de de RCM; verificar a receptivi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s mulheres a este tipo de iniciativa.<br />

MATERIAL E MÉTODO<br />

Primeiramente, foram inventaria<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as mulheres<br />

que haviam se submetido à mamografia em um<br />

serviço particular de radiologia na ci<strong>da</strong>de de Goiânia,<br />

GO, entre os meses de agosto e dezembro de 2000.<br />

Destas, foram considera<strong>da</strong>s elegíveis as que possuíam os<br />

<strong>da</strong>dos completos em seus registros: 1 – nome; 2 – endereço;<br />

3 – CEP; 4 – telefone; 5 – motivo do exame.<br />

Das mulheres considera<strong>da</strong>s elegíveis, foram seleciona<strong>da</strong>s<br />

apenas as que tinham se submetido à mamografia<br />

de rastreamento, portanto, com 40 anos de i<strong>da</strong>de ou<br />

mais. A estas foram envia<strong>da</strong>s cartas-lembrete um mês<br />

antes de completar um ano <strong>da</strong> última mamografia realiza<strong>da</strong><br />

no próprio serviço. O texto <strong>da</strong> carta-lembrete era<br />

conciso, informando à paciente que no mês seguinte<br />

completaria um ano de seu último exame de prevenção<br />

de câncer de mama, e que era hora de procurar seu<br />

médico.<br />

Três meses após a <strong>remessa</strong> <strong>da</strong> carta era realiza<strong>da</strong><br />

uma ligação telefônica em que a paciente era entrevista<strong>da</strong>,<br />

baseando-se em um formulário estruturado, buscando<br />

as seguintes informações: 1 – se havia recebido a<br />

carta; 2 – caso tivesse recebido, que providência tinha<br />

tomado; 3 – se achava váli<strong>da</strong> a iniciativa de ser lembra<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> época de procurar seu médico; 4 – de que forma<br />

gostaria de ser lembra<strong>da</strong> <strong>da</strong> época de se apresentar para<br />

o RCM (carta, telefone, ambos e indiferente).<br />

Eram realiza<strong>da</strong>s pelo menos três tentativas de contato<br />

telefônico com as mulheres, em diferentes horários<br />

do dia (horário comercial). As pacientes cujo contato não<br />

foi possível após as três tentativas eram enquadra<strong>da</strong>s<br />

como “perdido contato”. Dentro deste grupo foram<br />

enquadra<strong>da</strong>s: 1 – telefone não atende; 2 – mu<strong>da</strong>nça de<br />

telefone; 3 – paciente não-disponível para atender a ligação;<br />

4 – número de telefone errado.<br />

2<br />

RESULTADOS<br />

Foram envia<strong>da</strong>s 273 cartas às mulheres considera<strong>da</strong>s<br />

elegíveis. Deste total, foi feito contato telefônico com<br />

108 (39,6%) e perdido contato com 165 (60,4%).<br />

Das 108 mulheres que responderam à entrevista<br />

por telefone, a i<strong>da</strong>de mínima foi de 40 anos e a máxima<br />

foi de 79 anos, com média de 53,9 anos (desvio-padrão<br />

de 9,6 anos).<br />

Oitenta e duas mulheres (76,0%) afirmaram ter<br />

recebido a carta e 26 (24,0%) afirmaram não a ter recebido.<br />

Das 82 mulheres que receberam a carta, 45 (54,9%)<br />

responderam ter procurado o médico, conforme sugerido,<br />

e 37 (45,1%) não tomaram nenhuma providência.<br />

Das 26 que não receberam a carta, 12 (46,1%) tinham<br />

procurado o médico e 14 (53,9%), não. As 45 mulheres<br />

que atenderam a sugestão <strong>da</strong> carta e procuraram seus<br />

médicos, foram assim conduzi<strong>da</strong>s: 1 – foram apenas<br />

submeti<strong>da</strong>s a exame físico, n = 3 (6,7%); 2 – foram submeti<strong>da</strong>s<br />

a exame físico e orienta<strong>da</strong>s a aguar<strong>da</strong>r, n = 5<br />

(11,1%); 3 – foram submeti<strong>da</strong>s a exame físico e foi solicita<strong>da</strong><br />

mamografia, n = 24 (53,3%); 4 – foram apenas<br />

orienta<strong>da</strong>s a aguar<strong>da</strong>r sem serem submeti<strong>da</strong>s a exame<br />

físico, n = 1 (2,2%); 5 – foi solicita<strong>da</strong> mamografia sem<br />

realização de exame físico, n = 8 (17,8%); 6 – outros, n<br />

= 4 (8,9%). Não foi observa<strong>da</strong> diferença estatística significante<br />

<strong>da</strong> conduta entre o grupo de mulheres que<br />

recebeu e não recebeu carta, com χ² = 0,81 (p < 0,01).<br />

O risco relativo foi de 1,17, com intervalo de confiança<br />

entre 0,74 e 1,56 (α = 0,01) (Tabela 1).<br />

Das 108 entrevista<strong>da</strong>s, 100% responderam que<br />

achavam váli<strong>da</strong> a iniciativa de se enviar cartas para lembrá-las<br />

<strong>da</strong> época do rastreamento e 100% gostariam de<br />

continuar sendo lembra<strong>da</strong>s. Setenta e seis (70,5%) <strong>da</strong>s<br />

entrevista<strong>da</strong>s declararam que a lembrança poderia ser<br />

feita tanto por carta como por telefone, 30 (27,5%) preferiam<br />

ser lembra<strong>da</strong>s por telefone e duas (2%) preferiam<br />

ser lembra<strong>da</strong>s apenas por carta.<br />

DISCUSSÃO<br />

Dentre os inúmeros fatores que influenciam a eficácia<br />

de um programa de RCM está a taxa de comparecimento<br />

[20] . Infelizmente, o acompanhamento dos<br />

<strong>efeitos</strong> produzidos pela <strong>remessa</strong> <strong>da</strong>s cartas foi impraticável<br />

em uma proporção expressiva <strong>da</strong>s pesquisa<strong>da</strong>s. Do<br />

total de 273 cartas envia<strong>da</strong>s, o acompanhamento do desfecho<br />

só foi possível em 39,6% <strong>da</strong>s mulheres (n = 108).<br />

Outros trabalhos no Brasil já encontraram dificul<strong>da</strong>de<br />

em realizar o acompanhamento <strong>da</strong>s mulheres que se<br />

submetem a exames <strong>da</strong>s mamas [18,24] .<br />

Rev Imagem 2007;29(1):1–4


TABELA 1<br />

Procuraram médico<br />

– Exame físico<br />

– Exame físico e aguar<strong>da</strong>r<br />

– Exame físico e mamografia<br />

– Aguar<strong>da</strong>r sem exame físico<br />

– Mamografia sem exame físico<br />

– Outros<br />

Não procuraram médico<br />

Total<br />

A utilização de cartas-lembrete não foi capaz de<br />

produzir alteração positiva <strong>da</strong> taxa de comparecimento.<br />

Das 82 mulheres que receberam a carta, 45% não atenderam<br />

a orientação de procurar seu médico. Das 26 que<br />

não a receberam, 54% não procuraram o médico espontaneamente<br />

(p < 0,01).<br />

O uso de cartas também não parece confiável e economicamente<br />

viável, uma vez que de ca<strong>da</strong> quatro cartas<br />

posta<strong>da</strong>s apenas uma chegou ao conhecimento de<br />

suas destinatárias.<br />

Este resultado se torna ain<strong>da</strong> mais desfavorável,<br />

considerando que <strong>da</strong>s 82 mulheres que receberam as<br />

cartas apenas 24 (29%) foram adequa<strong>da</strong>mente rastrea<strong>da</strong>s<br />

através de exame físico e mamografia. Existe a possibili<strong>da</strong>de<br />

de que a falta de recomen<strong>da</strong>ções claras sobre<br />

o rastreamento possa ser responsável por parte deste<br />

fraco desempenho [25] . No tocante ao exame físico, não<br />

existe grande controvérsia nas recomen<strong>da</strong>ções. Já com<br />

relação à mamografia, as recomen<strong>da</strong>ções são conflitantes<br />

quanto à época do início, quanto ao intervalo entre<br />

os exames e quanto à i<strong>da</strong>de em que os intervalos entre<br />

os exames devem ser alterados [21,24,25] . São encontra<strong>da</strong>s<br />

recomen<strong>da</strong>ções de mamografia anual para to<strong>da</strong>s as<br />

mulheres a partir dos 40 anos (American Cancer Society),<br />

ou mamografia bienal entre os 40–49 anos e anual<br />

a partir dos 50 anos (publicação conjunta <strong>da</strong> Federação<br />

Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e do Colégio<br />

Brasileiro de Radiologia), ou mamografia anual entre<br />

os 40–49 anos e bienal a partir dos 50 anos (Projeto Diretrizes<br />

<strong>da</strong> Associação Médica Brasileira e Conselho Federal<br />

de Medicina), entre outras [23,26–28] .<br />

A simples instalação de aparelhos e estrutura física<br />

não resultará em melhores índices de RCM caso a infra-estrutura<br />

humana não esteja adequa<strong>da</strong>mente prepara<strong>da</strong>.<br />

Este resultado reafirma estudo anterior que<br />

evidenciou pouca familiari<strong>da</strong>de dos profissionais de<br />

saúde com as recomen<strong>da</strong>ções para o RCM [23] .<br />

Efeitos <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na taxa de comparecimento / Godinho ER, Koch HA<br />

Receberam carta Não receberam carta Perdido contato Total<br />

45<br />

3 (6,7%)<br />

5 (11,1%)<br />

24 (53,3%)<br />

1 (2,2%)<br />

8 (17,8%)<br />

4 (8,9%)<br />

37<br />

χ² = 0,81 (p < 0,01); Risco relativo = 1,17 (intervalo de confiança 0,74–1,56; α = 0,01).<br />

82<br />

A utilização de ligações telefônicas não parece constituir<br />

método viável para produzir aumento <strong>da</strong>s taxas<br />

de comparecimento, já que <strong>da</strong>s 273 cartas envia<strong>da</strong>s só<br />

foi possível contato telefônico com 108 mulheres (39,5%).<br />

No entanto, seria interessante a realização de uma pesquisa<br />

delinea<strong>da</strong> especificamente com este propósito.<br />

Uma limitação apresenta<strong>da</strong> pelo estudo foi a realização<br />

<strong>da</strong>s ligações para entrevista <strong>da</strong>s pacientes apenas<br />

no horário comercial. Este procedimento pode ter dificultado<br />

o contato com as mulheres que não se encontravam<br />

em casa ou no posto de trabalho no momento<br />

<strong>da</strong> ligação, ou que se encontravam impedi<strong>da</strong>s de atender<br />

durante o expediente.<br />

CONCLUSÕES<br />

A utilização de cartas-lembrete não foi capaz de<br />

produzir impacto positivo sobre a taxa de comparecimento<br />

do RCM.<br />

As mulheres se mostraram receptivas à iniciativa <strong>da</strong><br />

utilização de cartas-lembrete.<br />

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Rev Imagem 2007;29(1):1–4 3<br />

12<br />

14<br />

26<br />

–<br />

–<br />

165<br />

57<br />

51<br />

108


Godinho ER, Koch HA / Efeitos <strong>da</strong> <strong>remessa</strong> de cartas-lembrete na taxa de comparecimento<br />

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www.inca.gov.br/cancer/epidemiologia/estimativa<br />

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(Editorial). Rev Bras Cancerol 1999;45(3).<br />

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contribuição a Bases para um Programa de Detecção Precoce do<br />

Câncer de Mama. (Tese de Doutorado). Rio de Janeiro, RJ: Universi<strong>da</strong>de<br />

Federal do Rio de Janeiro, 1999.<br />

16. Godinho ER, Koch HA. O perfil <strong>da</strong> mulher que se submete a<br />

mamografia em Goiânia – uma contribuição a “Bases para um<br />

programa de detecção precoce do câncer de mama”. Radiol Bras<br />

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de Detecção Precoce do Câncer de Mama”. Rev Imagem<br />

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mulher que se submete à mamografia em Porangatu (GO). Rev<br />

Bras Mastol 2004;14:9–14.<br />

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que freqüentam o Serviço de Radiologia <strong>da</strong> SCMRJ. Rev<br />

Bras Mastol 1999;9:56–67.<br />

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Prev Med 2000;31:315–22.<br />

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physician’s office staff improve mammogram screening rates?<br />

Fam Med 1999;31:324–6.<br />

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23. Brasil. Ministério <strong>da</strong> Saúde. Instituto Nacional de Câncer – INCA.<br />

Controle do câncer de mama. Documento de consenso. Rio de<br />

Janeiro, RJ: INCA, 2004.<br />

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do câncer de mama. (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro,<br />

RJ: Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro, 1999.<br />

25. Godinho ER, Koch HA. Rastreamento do câncer de mama: aspectos<br />

relacionados ao médico. Radiol Bras 2004;37:91–9.<br />

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2004]. Disponível em: http://www.cancer.org<br />

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Pasqualete HA, Koch HA, Soares-Pereira PM, Kemp C. Mamografia<br />

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28. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.<br />

Projeto Diretrizes. Câncer de mama – prevenção secundária.<br />

[Acessado em: 28/7/2004]. Disponível em: http://www.amb.org.br.<br />

projeto_diretrizes<br />

Abstract. Effects of reminder-letters on breast cancer screening atten<strong>da</strong>nce<br />

rates.<br />

Researches in other countries have showed that reminder-letters<br />

can be used as a useful tool in order to produce improvement on<br />

breast cancer screening rates. The effect of their use in Brazil is<br />

still unknown. OBJECTIVE: To verify the effect of sending reminder-letters<br />

to women at the age of being screened and the receptivity<br />

of women to this kind of initiative. MATERIAL AND METHOD:<br />

Two hundred and seventy-three letters were sent out to women that<br />

were eligible. The letters were dispatched one month before completing<br />

one year of the last mammography. Three months after the<br />

letter was sent, a phone call was made and the patient was interviewed.<br />

RESULTS: All letters were sent out and a telephone contact<br />

was achieved with 108 women (39.6%). From the 108 interviewed<br />

women, 76% (n = 82) received the letter. From these 82<br />

women, 54.9% (n = 45) had an appointment with their doctors.<br />

From the 26 women that hadn’t received the letter, 46.1% (n = 12)<br />

had had an appointment with their doctors. All the 108 interviewed<br />

women (100%) said they wished to remain being reminded of the<br />

breast cancer screening. Other results will be presented. CONCLU-<br />

SION: The reminder-letters were not able to produce improvement<br />

of breast cancer screening atten<strong>da</strong>nce rate. Women seemed to be<br />

receptive to the initiative of using reminder-letters.<br />

Keywords: Breast neoplasms; Detection; Screening.<br />

Rev Imagem 2007;29(1):1–4

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