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JAIRO DE JESUS NASCIMENTO DA SILVA Da Mereba-ayba à ...

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Todavia, se os preceitos da ciência da higiene serviam para as autoridades<br />

da região reivindicar padrões de civilização, nem sempre eram bem recepcionados<br />

pela sociedade local. As profilaxias oficiais eram reiteradas vezes recusadas,<br />

principalmente, pelas camadas populares. Entre as profilaxias mais rejeitadas<br />

encontrava-se a vacina. A história da aversão <strong>à</strong> vacina e outras profilaxias e ou<br />

práticas terapêuticas em Belém é bem antiga, começando ainda no século XVIII, pois<br />

segundo Vianna (1975) a vacina anti-variólica, por exemplo, foi introduzida em<br />

Belém poucos anos após sua invenção pelo médico inglês Edward Jenner. Desde<br />

então se desenvolveu uma cultura aversiva a profilaxias e práticas terapêuticas<br />

oficiais que se estendeu até o século XX. Embora o objetivo maior deste trabalho<br />

seja desvendar as razões dessa aversão, elaboramos primeiro, um histórico das<br />

epidemias de varíola, entre 1884 e 1904, para mostrarmos os efeitos sobre a<br />

população de Belém, mas também porque entendemos que o momento da epidemia<br />

é revelador, tendo as pesquisas se concentrado neste período para identificar as<br />

razões do comportamento aversivo da população de Belém <strong>à</strong>s medidas oficiais no<br />

campo da saúde.<br />

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