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Serviço de Dietética e Nutrição do CHLN – HSM ganha prémio no ...

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Cirurgia bariátrica: perda pon<strong>de</strong>ral ao fim <strong>de</strong> 1 a<strong>no</strong><br />

Patrícia A. Nunes 1 , Anabela Guerra 1 , Ema Nobre 2 , Fátima Carepa 3 , Henrique Bicha<br />

Castelo 3 , Inês Ferreira 1 , Isabel <strong>do</strong> Carmo 2 , João Coutinho 3 , João Vieira 2 , José Camolas 2 ,<br />

José Girão 3 , Mª João Brito 2 , Mª João Fagun<strong>de</strong>s 2 , Sílvia Neves 1 , Zulmira Jorge 2<br />

Correio electrónico: patrícia.nunes@hsm.min-sau<strong>de</strong>.pt<br />

1 <strong>–</strong> Dietistas - <strong>Serviço</strong> <strong>de</strong> <strong>Dietética</strong> e <strong>Nutrição</strong>, Hospital <strong>de</strong> Santa Maria <strong>–</strong> Centro<br />

Hospitalar Lisboa Norte, EPE<br />

2 <strong>–</strong> <strong>Serviço</strong> <strong>de</strong> En<strong>do</strong>cri<strong>no</strong>logia, Diabetes e Metabolismo, Hospital <strong>de</strong> Santa Maria <strong>–</strong> Centro<br />

Hospitalar Lisboa Norte<br />

3 - <strong>Serviço</strong> <strong>de</strong> Cirurgia II, Hospital <strong>de</strong> Santa Maria <strong>–</strong> Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE<br />

Introdução: Actualmente, são propostos para realizar cirurgia bariátrica os indivíduos<br />

que apresentem Índice <strong>de</strong> Massa Corporal (IMC) ≥ 40 kg/m 2 ou IMC ≥ 35 kg/m 2 na<br />

presença <strong>de</strong> co-morbilida<strong>de</strong>s.<br />

Material e Méto<strong>do</strong>s: Foram recolhi<strong>do</strong>s parâmetros antropométricos (peso, altura e IMC)<br />

a 85 <strong>do</strong>entes que realizaram cirurgia bariátrica entre Maio <strong>de</strong> 2005 e Agosto <strong>de</strong> 2008. Os<br />

da<strong>do</strong>s relativos ao peso foram regista<strong>do</strong>s na Consulta <strong>de</strong> <strong>Dietética</strong> e <strong>Nutrição</strong> <strong>de</strong> apoio à<br />

Consulta <strong>de</strong> En<strong>do</strong>cri<strong>no</strong>logia <strong>–</strong> Obesida<strong>de</strong> <strong>no</strong> CLHN <strong>–</strong> Hospital <strong>de</strong> Santa Maria em 3 fases:<br />

peso antes da cirurgia, 1 mês e 1 a<strong>no</strong> após a cirurgia. Obteve-se ainda, através <strong>do</strong>s<br />

registos clínicos, a prevalência <strong>de</strong> diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) nesta amostra, bem<br />

como a percentagem <strong>de</strong> <strong>do</strong>entes que tomou suplementos alimentares <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> que<br />

suce<strong>de</strong>u a cirurgia. O peso foi medi<strong>do</strong> com uma balança Tanita ® TBF-300A (graduada a<br />

0,1kg) e altura com um estadiómetro (gradua<strong>do</strong> a 0,1 cm). A análise estatística foi<br />

realizada com o SPSS (Statistical Package for Social Sciences) v15.0.<br />

Resulta<strong>do</strong>s: A amostra foi constituída por 87% indivíduos <strong>do</strong> género femini<strong>no</strong> e 13% <strong>do</strong><br />

género masculi<strong>no</strong> em que média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s foi <strong>de</strong> 45,4±11,1 a<strong>no</strong>s. A média <strong>do</strong>s pesos<br />

inicial, 1 mês e 1 a<strong>no</strong> após cirurgia foram respectivamente <strong>de</strong> 122,2±22,6kg,<br />

110,3±18,8kg e 98,6±20,1kg. Já o IMC inicial, 1 mês e a<strong>no</strong> após cirurgia foi<br />

respectivamente <strong>de</strong> 47,1±8,6kg/m 2 , 42,6±7,3kg/m 2 e 38,2±7,4 kg/m 2 . Através <strong>do</strong> teste<br />

t para amostras emparelhadas observaram-se diferenças significativas entre o peso<br />

inicial e o peso 1 a<strong>no</strong> após a cirurgia (p=0,000) bem como entre o IMC inicial e ao fim <strong>de</strong><br />

1 a<strong>no</strong> (p=0,000). A prevalência <strong>de</strong> DMT2 nesta amostra foi <strong>de</strong> 16,9%. Apenas 45% da<br />

amostra tomou qualquer tipo <strong>de</strong> suplementos após a cirurgia, sen<strong>do</strong> que <strong>de</strong>stes 63% fez<br />

reforço alimentar proteico, 29% tomou multivitamínicos e 3% da amostra tomou ambos<br />

os suplementos. Através <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong>, não se observaram diferenças entre o<br />

tipo <strong>de</strong> cirurgia realizada e a percentagem <strong>de</strong> perda pon<strong>de</strong>ral ao fim <strong>de</strong> 1 a<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

seguimento na referida consulta (p=0,608).<br />

Conclusões: Através da cirurgia bariátrica e <strong>do</strong> apoio dietético, os <strong>do</strong>entes obesos<br />

passaram <strong>de</strong> um estadio correspon<strong>de</strong>nte à obesida<strong>de</strong> mórbida (IMC ≥ 40 kg/m 2 ) para<br />

uma obesida<strong>de</strong> <strong>de</strong> grau II (IMC ≥ 35 kg/m 2 ). Contu<strong>do</strong>, a perda <strong>de</strong> peso não estava<br />

associada ao tipo <strong>de</strong> procedimento cirúrgico realiza<strong>do</strong>. Salienta-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

incentivar à suplementação vitamínica e mineral, uma vez que esta constitui uma<br />

recomendação para prevenir <strong>de</strong>ficiências em micronutrientes nesta população.

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