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Os impactos da produção de cana no Cerrado e Amazônia ...

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34 | <strong>Os</strong> <strong>impactos</strong> <strong>da</strong> <strong>produção</strong> <strong>de</strong> <strong>cana</strong> <strong>no</strong> <strong>Cerrado</strong> e <strong>Amazônia</strong><br />

Além <strong>da</strong> <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> mata nativa, a indústria<br />

<strong>da</strong> <strong>cana</strong> substitui áreas <strong>de</strong> <strong>produção</strong> <strong>de</strong> alimentos<br />

e criação <strong>de</strong> gado, o que, consequentemente,<br />

pressiona a fronteira agrícola para a <strong>Amazônia</strong>.<br />

Preocupado com o avanço do mo<strong>no</strong>cultivo <strong>de</strong> <strong>cana</strong><br />

<strong>no</strong> sudoeste goia<strong>no</strong>, o prefeito <strong>de</strong> Rio Ver<strong>de</strong> criou<br />

uma lei municipal, em <strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2006, para<br />

limitar o plantio a 10% <strong>da</strong> área agrícola. Portanto,<br />

dos 500 mil hectares agrícolas, a <strong>cana</strong> po<strong>de</strong> ocupar<br />

<strong>no</strong> máximo 50 mil hectares. Dessa forma, o<br />

município preten<strong>de</strong> manter a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

lavouras e evitar que produtores locais arren<strong>de</strong>m<br />

suas terras para as usinas. A prática do<br />

arren<strong>da</strong>mento tem sido comum em outras regiões<br />

e po<strong>de</strong> comprometer a <strong>produção</strong> agrícola <strong>no</strong><br />

estado, pois os agricultores per<strong>de</strong>m o domínio<br />

sobre suas terras.<br />

Porém, o gover<strong>no</strong> estadual estimula a<br />

expansão dos <strong>cana</strong>viais através <strong>de</strong> incentivos fiscais<br />

para empresas <strong>de</strong> eta<strong>no</strong>l. Em nível fe<strong>de</strong>ral, o<br />

gover<strong>no</strong> investe em infraestrutura para facilitar a<br />

exportação do produto. Está prevista a expansão<br />

<strong>da</strong> ferrovia Norte-Sul e a construção <strong>de</strong> um<br />

alcoolduto para ligar o terminal <strong>da</strong> Petrobrás em<br />

Senador Canedo (GO) à refinaria <strong>de</strong> Paulínia (SP),<br />

que será o local <strong>de</strong> transporte para o Porto <strong>de</strong> São<br />

Sebastião. 71<br />

Empresas estrangeiras<br />

Estima-se que a Petrobrás tenha negociado 20<br />

contratos com empresas estrangeiras para a<br />

<strong>produção</strong> e exportação <strong>de</strong> eta<strong>no</strong>l. Uma <strong>de</strong>ssas<br />

empresas é a japonesa Toyota Tsusho, que firmou<br />

um acordo com a Petrobrás para instalar uma usina<br />

<strong>no</strong> município <strong>de</strong> Itumbiara, com previsão <strong>de</strong><br />

produzir 4 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>cana</strong> por a<strong>no</strong>.<br />

A Petrobrás estabeleceu socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com outra<br />

empresa japonesa, a Mistui, para a construção <strong>de</strong><br />

uma usina <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Itarumã. A Mistui atua<br />

também <strong>no</strong> setor si<strong>de</strong>rúrgico, automobilístico e <strong>de</strong><br />

celulose, e tem parcerias com a Vale do Rio Doce,<br />

a Toyota e a Mitsubishi. A associação <strong>da</strong> Petrobrás<br />

com essas empresas tem como objetivo exportar<br />

eta<strong>no</strong>l para o Japão.<br />

A British Petrolium (BP), uma <strong>da</strong>s maiores<br />

petroleiras do mundo, é outra empresa

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