DESCRIÇÃO Esta biografia do cientista James Watson, tem o ...

DESCRIÇÃO
Esta biografia do cientista James Watson, tem o
objetivo de apresentar ao aluno a estrutura em
dupla-hélice do DNA, favorecer o aprendizado do
conceito de gene e promover uma reflexão sobre
os aspectos éticos envolvidos com a manipulação
gênica. O tema está relacionado com o estudo da
origem e da evolução da vida.

Programa: James Watson e a descoberta da estrutura do DNA
BIOGRAFIAS
ROTEIRO DO PROGRAMA DE ÁUDIO “JAMEs
WATsOn E A DEscObERTA DA EsTRUTURA DO
DnA”
>
(NARRAÇÃO DO RÓTULO IDENTIFICADOR DO
PROGRAMA)
James Watson e a descoberta da estrutura do DNA.
Neste programa de Biologia falaremos sobre a vida de
James Watson e a importância de seu trabalho para a
descoberta da estrutura da molécula de DNA. O tema
está relacionado com o estudo da origem e da evolução
da vida.
(VINHETA DE ABERTURA DO PROGRAMA)
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Olá! Eu sou Raquel Melo e a partir de agora
você ouve “Biografias: o passado explica o presente”.
No programa de hoje falaremos de James Watson.
Cientista polêmico e brilhante, a carreira profissional
de Watson como geneticista foi marcada por várias
declarações de tirar o fôlego e por alguns grandes
sucessos. O maior deles foi o prêmio Nobel que ganhou,
em 1962, por ter elucidado a estrutura de uma das mais
importantes moléculas dos seres vivos: o DNA. Seu
percurso é o que veremos agora.
(SOM QUE REMETE À UM JAZZ DOS ANOS 40)
Locutora 1: James Watson nasceu em Chicago, nos
Estados Unidos, no dia 6 de abril de 1928. Lá viveu
durante toda sua infância e juventude. Menino prodígio,
aos 12 anos participou de um programa de perguntas
em uma rádio local.
Devido ao sucesso do garoto, um dos produtores do
programa conseguiu com que ele fosse aceito na
Universidade de Chicago, onde ingressou aos 15 anos
para estudar zoologia.
Locutora 1: Depois de formado, aos 19 anos, o jovem foi
convidado pela Universidade de Indiana para continuar
seus estudos e desenvolver suas pesquisas.
(SOM QUE REMETE À PASSAGEM DE TEMPO)
Locutora 1: Tempos depois, no ano em que terminou o
doutorado, Watson conseguiu uma bolsa para estagiar
na Dinamarca e de lá acabou indo para a Itália participar
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de um congresso científico. Foi, então, que acabou
conhecendo Maurice Wilkins, um físico que trabalhava
na Inglaterra, em uma instituição muito prestigiada, o
King’s College. Nesse lugar, Wilkins dividia o laboratório
com outra pesquisadora, Rosalind Franklin; e ambos
estavam começando a obter imagens do DNA usando
uma técnica chamada difração de raios-X.
Wilkins chegou a mostrar uma dessas imagens para
Watson, mas como ele não entendia essa técnica e a
qualidade da imagem também estava ruim, precisou
da explicação do colega para entender o que aquilo
significava. Ao ouvir a explicação, Watson percebeu
que a molécula de DNA ainda não tinha a sua estrutura
espacial conhecida. A partir de então ele mudou seu
material de estudo e decidiu começar a trabalhar na
elucidação da estrutura química do DNA.
(SOM QUE REMETE À PASSAGEM DE TEMPO)
Locutora 1: Conseguindo ser transferido para o
Laboratório ‘‘cavendish’’, onde havia outra unidade
de difração de raios-X, Watson conheceu Francis Crick,
um físico que estava começando a trabalhar com a
biologia molecular. Juntos, eles formaram a parceria
mais famosa da história da ciência.
Locutora 1: Do outro lado do Atlântico, nos Estados
Unidos, um outro pesquisador, chamado Linus Pauling,
também estava na corrida para descobrir a forma da
molécula de DNA.
Pauling era muito prestigiado por todos, porque havia
descrito a estrutura em alfa-hélice da proteína, que
é responsável por deixá-la com o formato espiral.
Assim como as proteínas, o DNA e o RNA, também são
moléculas grandes formadas por unidades menores
ligadas entre si.
No caso do DNA e do RNA, essas unidades são chamadas
de nucleotídeos. Esse raciocínio permitiu a Watson e
Crick imaginar a molécula de DNA com o formato espiral,
semelhante à estrutura das proteínas de Pauling. Mas
eles ainda não conseguiam imaginar como exatamente
esses nucleotídeos estariam arranjados para formar
uma molécula de DNA.
O mais incrível no trabalho que começaram a
desenvolver é que eles não realizaram nenhum
experimento para chegar à descoberta. Eles se basearam
nos experimentos que outros pesquisadores realizaram.
Watson e Crick liam artigos, iam a palestras e, usando
os resultados experimentais produzidos por outros
pesquisadores, eles tentavam construir um modelo
teórico. Quase ninguém os levava a sério.

Programa: James Watson e a descoberta da estrutura do DNA
BIOGRAFIAS
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Mas uma palestra foi definitiva para
chegarem aonde eles queriam. Como foi? Veja no
próximo bloco.
(VINHETA DE ENCERRAMENTO DO BLOCO)
>
(VINHETA DE ABERTURA DO BLOCO)
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Certo dia, Watson foi assistir a uma palestra
de Rosalind Franklin que, a esta altura, já havia feito
grandes progressos usando a difração de raios-X com o
DNA. Muito meticulosa e se baseando apenas em fatos,
os resultados dela pareciam mesmo indicar que o DNA
apresentava uma estrutura helicoidal. Mas o que ela
ainda não sabia era o número de cadeias da molécula:
2, 3 ou 4 cadeias. Ela tinha dúvidas também quanto
à posição dos seus constituintes. Depois de assistir à
palestra, Watson achou que a abordagem de Rosalind,
baseada exclusivamente em fatos, não a conduziria à
descoberta da estrutura do DNA.
Tanto ele quanto Crick acreditavam que era o
momento de trabalhar com modelos e, por isso,
resolveram investir todos os seus esforços nisso.
Quando terminaram o primeiro modelo da estrutura do
DNA, chamaram Rosalind Franklin e Wilkins para que
vissem o que haviam construído. E foi um desastre.
Rosalind encheu Watson de perguntas e percebeu
erros elementares, demonstrando que o modelo estava
totalmente equivocado. Isso gerou muitos problemas,
especialmente para Crick, que não mantinha boa relação
com o chefe. Ambos foram proibidos de trabalhar com o
DNA e tiveram que retornar ao que pesquisavam antes.
Mas, nas palavras de Crick:
[voz masculina sugerindo persistência]
Locutor 4: “Podem me proibir de trabalhar com o DNA,
mas ninguém pode me impedir de pensar sobre ele”.
Locutora 1: E assim, discretamente, continuaram
fazendo as suas pesquisas.
Locutora 1: Ambos continuaram a trabalhar no modelo
que estavam desenvolvendo de forma persistente. Crick
começou a comentar suas dúvidas com vários colegas,
o que foi fundamental para que fossem conseguindo
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encontrar algumas das respostas necessárias para
decifrarem a estrutura do DNA. Mas ainda havia
perguntas cruciais sem resposta: a molécula teria
mesmo a forma helicoidal? Quantas cadeias formariam
a molécula de DNA?
(SOM QUE REMETE À PASSAGEM DE TEMPO)
Locutora 1: Para que Watson e Crick chegassem à sua
grande descoberta, os dois passaram por um episódio
bastante nebuloso. Watson teve acesso às fotografias
mais recentes da difração de raios-X do DNA que
Rosalind Franklin havia obtido. Não se sabe se ela havia
autorizado Wilkins a se apropriar das fotos e nem se
ele tinha autorização para mostrá-las a outras pessoas.
O fato é que uma delas era muito nítida e assim que
Wilkins explicou o que aquela imagem mostrava, Watson
sentiu que a sua corrida havia chegado ao fim.
Locutora 1: A foto mostrava que a molécula de DNA
tinha um formato inconfundivelmente helicoidal e
que era constituída por duas cadeias. Finalmente, em
7 de março de 1953, eles apresentaram a estrutura
molecular do DNA em dupla-hélice. Rapidamente a
notícia se espalhou: Watson e Crick haviam descoberto
o segredo da vida!
(SOM DE APLAUSOS)
(SOM QUE REMETE A UMA PASSAGEM DE TEMPO)
Locutora 1: Ele continuou trabalhando durante as
décadas de 1990 e 2000. No final de 2007 fez uma
declaração a um jornal britânico que foi interpretada
como racista. Dias depois da declaração, Watson se
desculpou publicamente em um artigo publicado
no jornal The Independent. Mesmo assim, sua
aposentadoria foi inevitável.
No entanto, é importante lembrar que Watson também
sempre defendeu que nós devemos basear nossa visão
do mundo no conhecimento, nos fatos, e não naquilo
que gostaríamos que fosse. Para ele, a genética nos
levará a respostas de várias e difíceis questões que têm
atormentado a humanidade por centenas ou milhares
de anos.
(SOM INSTRUMENTAL)
Locutora 1: Eu sou Raquel Melo e esse foi mais um
“Biografias: o passado explica o presente”. Espero você
no próximo programa. Até lá!

Programa: James Watson e a descoberta da estrutura do DNA
BIOGRAFIAS
(SOM INSTRUMENTAL)
(VINHETA DE ENCERRAMENTO DO PROGRAMA)
(NARRAÇÃO DA FICHA TÉCNICA)
Redação: Dilermando Pesci Galves dos Santos e Helika
Amemiya Chikuchi
Revisão de Conteúdo: Marcelo Jorge de Moraes
Roteiro: Luciana Fonseca e Marina Gama
Locução: Raquel Melo e Rafael Bembibre
Assistência de Produção: Carolina Inácio
Trilha Sonora: Weber Pereira Marely e Lucas Lima
Trabalhos Técnicos: Rafael Bembibre
Supervisão Técnica: Álvaro Bufarah
Coordenação de Mídias Audiovisuais: Eduardo Paiva
Coordenação Geral: Eduardo Galembeck
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Programa: James Watson e a descoberta da estrutura do DNA
BIOGRAFIAS
FIcHA TÉcnIcA
EXEcUÇÃO Projeto EMbRIAO
coordenação geral: Eduardo Galembeck
ObJETO DE
APREnDIzAGEM
Universidade Estadual de campinas
Reitor: Fernando Ferreira Costa
Vice-Reitor: Edgar Salvadori de Decca
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Euclides de Mesquita Neto
Instituto de biologia
Diretor: Paulo Mazzafera
Vice-Diretora: Shirlei Maria Recco-Pimentel
coordenação de Mídia - Audiovisuais: Eduardo Paiva
coordenação de Mídia - software: Eduardo Galembeck e Heloisa Vieira Rocha
coordenação de Mídia - Experimentos: Helika A. Chikuchi, Marcelo J. de Moraes e Bayardo B. Torres
Apoio Logístico/Administrativo: Eduardo K. Kimura, Gabriel G. Hornink, Juliana M. G. Garaldi
James Watson e a descoberta da estrutura do DnA
Redação: Dilermando Pesci Galves dos Santos e Helika Amemiya Chikuchi
Revisão de conteúdo: Marcelo Jorge de Moraes
Roteiro: Luciana Fonseca e Marina Gama
Locução: Raquel Melo, Mauricio Mascarenhas, Bruno Barchesi, Rafael Bembibre e Álvaro Bufarah
Assistência de Produção: Carolina Inácio
Trilha sonora: Weber Pereira Marely e Lucas Lima
Trabalhos Técnicos: Rafael Bembibre
supervisão Técnica: Álvaro Bufarah
Adequação Linguística: Marina Gama, Lígia Francisco Arantes de Souza e Raquel Faustino
Arte: Paula Medeiros
Diagramação: Henrique Oliveira e Thaís Goes
A Universidade Estadual de Campinas autoriza, sob licença Creative Commons – Atribuição 2.5
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fins comerciais, assim como a criação de obras derivadas, desde que se atribua o crédito ao autor
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do autor. O não cumprimento desta Licença acarretará nas penas previstas pela Lei nº 9.610/98.
Laboratório de Tecnologia Educacional
Departamento de Bioquímica
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CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil
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