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2º Centenário das Invasões Francesas

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João, a acção, as atitudes ou até o carácter de outros membros do Governo e<br />

conselheiros de Estado. É certo que D. Rodrigo acabou por fazer parte do “staff”<br />

ministerial, como seria natural, mas não no lugar que ambicionava.<br />

O novo Ministério passou a ser constituído por D. Fernando José de Portugal e<br />

Castro, futuro Conde e Marquês de Aguiar, que foi nomeado presidente do Erário<br />

Régio e ministro assistente ao despacho, que equivalia ao de primeiro ministro, com<br />

precedência sobre os colegas e conhecimento dos assuntos de to<strong>das</strong> as pastas. A<br />

indicação do Marquês de Belas ao Príncipe Regente, já referida, e o facto de ter<br />

conhecimento do Brasil, como governador da Baía e depois vice-rei entre 1801 e 1806,<br />

terão sido argumentos de peso para a sua nomeação. Formado em Leis pela<br />

Universidade de Coimbra, homem de cultura, acerca <strong>das</strong> suas faculdades se pronunciou<br />

favoravelmente Laura Junot, nada “meiga” e, muitas vezes, verrinosa nas suas<br />

apreciações, colocando-o, a par de D. Rodrigo como um dos dois homens mais capazes<br />

para o governo do País.<br />

Esta preferência de modo nenhum agradava a Sousa Coutinho, pois além de não<br />

ter conseguido a chefia do Governo, significava a subordinação a uma personalidade<br />

que, quando o próprio D. Rodrigo era ministro da Marinha e Ultramar, estivera sob a<br />

sua tutela na qualidade de Governador da Baía, situação que chegou mesmo a constar<br />

junto do Príncipe Regente.<br />

Entre outros factores, a<br />

aproximação com a Inglaterra<br />

implicava, pelo menos,<br />

temporariamente, a colocar na<br />

“prateleira”, ou num lugar de<br />

pouca visibilidade política,<br />

António de Araújo de Azevedo,<br />

que muitos acusavam de<br />

demasiado receptivo à influência<br />

francesa, conseguindo D.<br />

Rodrigo tomar para si a gerência <strong>das</strong> pastas que Araújo sobraçara, Estrangeiros e<br />

Guerra.<br />

Entrando para o Governo, D. Rodrigo, que o Príncipe Regente, pouco depois,<br />

elevava a 1º Conde de Linhares, era tido «com razão pelo principal e corifeu do<br />

partido inglês».<br />

Carlos Jaca A Corte Portuguesa no Brasil 14

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