FREUD, Sigmund. Obras Completas (Cia. das Letras) – Vol. 14

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ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER (1920) TÍTULO ORIGINAL: JENSEITS DES LUSTPRINZIPS. PUBLICADO PRIMEIRAMENTE EM VOLUME AUTÔNOMO: LEIPZIG, VIENA E ZURIQUE: INTERNATIONALER PSYCHOANALYTISCHER VERLAG [EDITORA PSICANALÍTICA INTERNACIONAL], 1920, 60 PP. TRADUZIDO DE GESAMMELTE WERKE XIII, PP. 3-69; TAMBÉM SE ACHA EM STUDIENAUSGABE III, PP. 213-72.

I Na teoria psicanalítica, não hesitamos em supor que o curso dos processos psíquicos é regulado automaticamente pelo princípio do prazer; isto é, acreditamos que ele é sempre incitado por uma tensão desprazerosa e toma uma direção tal que o seu resultado final coincide com um abaixamento dessa tensão, ou seja, com uma evitação do desprazer ou geração do prazer. Se atentamos para esse curso, ao considerar os processos psíquicos que estudamos, introduzimos o ponto de vista econômico em nosso trabalho. Uma descrição que, junto ao fator topológico e ao dinâmico, procure levar em conta esse fator econômico, parece-nos ser a mais completa que hoje podemos imaginar, merecendo a designação de metapsicológica. Não é de nosso interesse investigar em que medida, estabelecendo o princípio do prazer, nos aproximamos ou afiliamos a um sistema filosófico particular, historicamente assentado. Chegamos a tais especulações na tentativa de descrever e dar conta dos fatos que diariamente observamos em nossa área. Prioridade e originalidade não se incluem entre as metas do trabalho psicanalítico, e as impressões em que se baseia o estabelecimento de tal princípio são tão claras que é praticamente impossível ignorá-las. Por outro lado, com prazer manifestaríamos gratidão a uma teoria filosófica ou psicológica que nos pudesse informar sobre o significado das sensações de prazer e desprazer, que tão imperativamente agem sobre nós. Mas, infelizmente, nada de útil nos é oferecido nesse ponto. É o mais obscuro e inacessível âmbito da vida psíquica e, se não podemos evitá-lo, creio que a melhor hipótese, no que a ele diz respeito, será aquela mais frouxa. Decidimos relacionar prazer e desprazer com a quantidade de excitação — não ligada de nenhuma maneira — existente na vida psíquica, de tal modo que o desprazer corresponde a um aumento, e o prazer, a uma diminuição dessa quantidade. Nisso não pensamos numa relação

ALÉM<br />

DO PRINCÍPIO<br />

DO PRAZER<br />

(1920)<br />

TÍTULO ORIGINAL: JENSEITS DES<br />

LUSTPRINZIPS. PUBLICADO<br />

PRIMEIRAMENTE EM VOLUME<br />

AUTÔNOMO: LEIPZIG, VIENA E ZURIQUE:<br />

INTERNATIONALER PSYCHOANALYTISCHER<br />

VERLAG [EDITORA PSICANALÍTICA<br />

INTERNACIONAL], 1920, 60 PP.<br />

TRADUZIDO DE GESAMMELTE WERKE XIII,<br />

PP. 3-69; TAMBÉM SE ACHA EM<br />

STUDIENAUSGABE III, PP. 213-72.

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