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recanto, encanto, saudade... um pouco do muito que te dei - WebEduc

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13° Sentin<strong>do</strong> na pele<br />

Em continuidade às reflexões feitas acima, foi realizada mais <strong>um</strong>a dinâmica no<br />

quios<strong>que</strong> da escola, agora com o intuito de fazer os alunos vivenciarem <strong>um</strong> <strong>pouco</strong> das<br />

dificuldades passadas pelos i<strong>do</strong>sos no dia-a-dia, devi<strong>do</strong> aos problemas causa<strong>do</strong>s por<br />

de<strong>te</strong>rminadas debilidades físicas. Dian<strong>te</strong> disso, alguns alunos se dispuseram a<br />

participar das atividades preparadas (anexo 27): alguns tiveram a visão tapada, outros<br />

tiveram mãos, braços ou pernas imobiliza<strong>do</strong>s e ainda <strong>te</strong>ve a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> se<br />

locomoveram usan<strong>do</strong> ca<strong>dei</strong>ra de rodas.<br />

O reulta<strong>do</strong> foi surpreenden<strong>te</strong> entre a classe, pois não imaginavam <strong>que</strong> tais<br />

problemas comprome<strong>te</strong>ssem e causassem tanta insegurança na vida de <strong>um</strong>a pessoa.<br />

O relato <strong>do</strong>s alunos voluntários serviu de reflexão para to<strong>do</strong>s, principalmen<strong>te</strong> em<br />

relação aos ca<strong>dei</strong>ran<strong>te</strong>s, pois <strong>muito</strong>s obstáculos foram encontra<strong>do</strong>s pelo caminho, tais<br />

como pedras, buracos, grama, areia e rampas <strong>que</strong> dificultaram a locomoção,<br />

obstáculos esses <strong>que</strong> nem eram leva<strong>do</strong>s em consideração pela maioria da classe.<br />

14° Trabalho com <strong>te</strong>xto<br />

Objetivan<strong>do</strong> resgatar o senti<strong>do</strong> amplo da palavra “família”, foi apresentada aos<br />

alunos a letra da música “Utopia” (in<strong>te</strong>rpretada por Padre Zezinho). Primeiramen<strong>te</strong>, foi<br />

feita a leitura silenciosa <strong>do</strong> <strong>te</strong>xto pela classe e depois foi solicita<strong>do</strong> <strong>que</strong> recontassem a<br />

história em versos <strong>que</strong> acabaram de ler. Surgiram histórias bem in<strong>te</strong>ressan<strong>te</strong>s,<br />

baseadas nos fatos apresenta<strong>do</strong>s no <strong>te</strong>xto e outros cria<strong>do</strong>s por eles mesmos (alguns<br />

alunos até acrescentaram i<strong>do</strong>sos no seio familiar). A seguir, foi feita a audição da<br />

música e os alunos cantaram juntamen<strong>te</strong> com o intérpre<strong>te</strong>.<br />

Pos<strong>te</strong>riormen<strong>te</strong>, foi lançada a proposta de produção de <strong>um</strong> <strong>te</strong>xto em prosa<br />

(anexo 28), a partir <strong>do</strong> <strong>que</strong> estava sen<strong>do</strong> canta<strong>do</strong> e conta<strong>do</strong> na música em <strong>que</strong>stão. O<br />

resulta<strong>do</strong> foi <strong>muito</strong> bom, pois os alunos a<strong>te</strong>nderam a proposta e elaboraram histórias<br />

de vida <strong>que</strong> anseiam viver hoje em dia, haja vista o alto índice de famílias<br />

desestruturadas <strong>que</strong> nos deparamos diariamen<strong>te</strong>.<br />

UTOPIA<br />

Das muitas coisas <strong>do</strong> meu <strong>te</strong>mpo de criança<br />

Guar<strong>do</strong> vivo na lembrança<br />

O aconchego <strong>do</strong> meu lar<br />

No fim da tarde, quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s se aquietavam,<br />

A família se ajuntava lá no alpendre a conversar<br />

Meus pais não tinham nem escola e nem dinheiro<br />

To<strong>do</strong> dia, o ano in<strong>te</strong>iro, trabalhavam sem parar<br />

Faltava tu<strong>do</strong>, mas a gen<strong>te</strong> nem ligava<br />

O importan<strong>te</strong> não faltava<br />

Seu sorriso e seu olhar<br />

Eu, tantas vezes, vi meu pai chegar cansa<strong>do</strong><br />

Mas aquilo era sagra<strong>do</strong><br />

Um por <strong>um</strong> ele afagava<br />

E perguntava <strong>que</strong>m fizera estripulia<br />

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