1 PAULO E ESTEVÃO FRANCISCO CÂNDIDO ... - O Consolador
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Lutas pelo Evangelho<br />
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O regresso de Paulo e Barnabé foi assinala do em Antíoquia com imenso<br />
regozijo. A comunidade fraternal admirou, profundamente comovida, o feito dos<br />
irmãos que haviam levado a regiões tão pobres, e distantes, as sementes<br />
divinas da verdade e do amor.<br />
Por muitas noites consecutivas, os recém -chegados apresentaram o<br />
relatório verbal de suas atividades, sem omitir um detalhe. A igreja antioquense<br />
vibrou de alegria e rendeu graças ao Céu.<br />
Os dois dedicados missionários haviam voltado em uma fase de grandes<br />
dificuldades para a instituição. Ambos perceber am-nas, contristados. As<br />
contendas de Jerusalém estendiam -se a toda a comunidade de Andio quia; as<br />
lutas da circuncisão estavam acesas. Os pró prios chefes mais eminentes<br />
estavam divididos pelas afirmativas dogmáticas. Tão alto grau atingiram os dis -<br />
crimes, que as vozes do Espírito Santo não mais se manifestavam. Manahen,<br />
cujos esforços na igreja eram indispensáveis, mantinha -se a distância, em vista<br />
das discussões estéreis e venenosas. Os irmãos achavam -se extremamente<br />
confusos. Uns eram partidários da cir cuncisão obrigatória, outros se batiam<br />
pela independência irrestrita do Evangelho. Eminentemente preocupado, o<br />
pregador tarsense observou as polêmicas furiosas, a respeito de alimentos<br />
puros e impuros.<br />
Tentando estabelecer a harmonia geral em torno dos e nsinamentos do<br />
Divino Mestre, Paulo tomava inutilmente a palavra, explicando que o Evangelho<br />
era livre e que a circuncisão era, tão -somente, uma característica convencional<br />
da intolerância judaica. Não obstante sua autoridade inconteste, que se<br />
aureolava de prestígio perante a comunidade inteira, em vista dos grandes<br />
valores espirituais conquistados na missão, os desentendimentoS persistiam.<br />
Alguns elementos chegados de Jerusalém complica ram ainda mais a<br />
situação. Os menos rigorosos falavam da autoridade absoluta dos Apóstolos<br />
galileus. Comentava-se, à sorrelfa, que a palavra de Paulo e Barnabé, por<br />
muito inspirada que fosse nas lições do Evangelho, não era bastantemente<br />
autorizada para falar em nome de Jesus.<br />
A igreja de Antioquia oscilava numa posição d e imensa perplexidade.<br />
Perdera o sentido de unidade que a caracterizava, dos primórdios. Cada qual<br />
doutrinava do ponto de vista pessoal. Os gentios eram tratados com zombarias;<br />
organizavam-se movimentos a favor da circuncisão.<br />
Fortemente impressionados com a situação, Paulo e Barnabé combinam<br />
um recurso extremo. Deliberam convidar Simão Pedro para uma visita pessoal<br />
à instituição de Antioquia.<br />
Conhecendo-lhe o espírito liberto de preconceitos religiosos, os dois<br />
companheiros endereçam-lhe longa missiva, explicando que os trabalhos do<br />
Evangelho precisavam dos seus bons ofícios, insis tindo pela sua atuação<br />
prestigiosa.<br />
O portador entregou a carta, cuidadosamente, e, com grande surpresa para<br />
os cristãos antioquenos, o ex -pescador de Cafarnaum chegou à cidade ,<br />
evidenciando grande alegria, em razão do período de repouso físico que se lhe<br />
deparava naquela excursão.<br />
Paulo e Barnabé não cabiam em si de contentes. Acompanhando Simão,<br />
viera João Marcos que não aban donara, de todo, as atividades evangélicas. O