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1 PAULO E ESTEVÃO FRANCISCO CÂNDIDO ... - O Consolador

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do companheiro, esperou pacientemente que o assunto aflorasse espontânea e<br />

naturalmente.<br />

Em socorro dos seus cuidados, um dos amig os presentes interrogou Paulo<br />

com vivacidade.<br />

— Quando pretendem partir?<br />

— Amanhã — respondeu o Apóstolo.<br />

— Mas, não será melhor repousar alguns dias? Tendes as mãos inchadas<br />

e o rosto ferido pelos açoites.<br />

O ex-doutor sorriu e falou prazenteiro:<br />

O serviço é de Jesus e não nosso. Se cuidarmos muito de nós mesmos,<br />

nesse capítulo de sofrimentos, não daremos conta do recado; e se<br />

paralisarmos a marcha nos lances difíceis, ficaremos com os tropeços e não<br />

com o Cristo.<br />

Seus argumentos pitorescos e concludentes espalhavam uma atmosfera de<br />

bom-humor.<br />

— Voltareis a Antioquia? — perguntou Onesíforo com atenção.<br />

Barnabé aguçou os ouvidos para conhecer detalha damente a resposta,<br />

enquanto o companheiro retrucava:<br />

— Certo que não: Antioquia já recebeu a Boa Nova da r edenção. E a<br />

Licaônia?<br />

Olhando agora para o ex-levita de Chipre, como a solicitar a sua<br />

aprovação, acentuava:<br />

— Marcharemos para a frente. Não estás de acor do, Barnabé? Os povos<br />

da região precisam do Evangelho. Se estamos tão satisfeitos com as notícias<br />

do Cristo, por que negá-las aos que necessitam do batismo da ver dade e da<br />

nova fé?...<br />

O companheiro fez um sinal afirmativo e concordou, resignado:<br />

— Sem dúvida. Iremos para a frente; Jesus nos auxiliará.<br />

E os presentes passaram a comentar a posição de Lis tra, bem como os<br />

costumes interessantes da sua gente simples. Onesíforo tinha lá uma irmã<br />

viúva, por nome Lóide. Daria uma carta de recomendação aos missionários.<br />

Seriam hóspedes de sua irmã, durante o tempo que precisassem.<br />

Os dois pregoeiros do Evangelho rejubilaram-se. Principalmente Barnabé<br />

não cabia em si de contenta mento, afastando a idéia triste de ficarem<br />

completamente isolados.<br />

No dia seguinte, sob comovidos adeuses, os missio nários tomavam a<br />

estrada que os conduziria ao novo campo de lutas.<br />

Após viagem penosíssima, chegaram à pequena cida de, num crepúsculo<br />

pardacento. Estavam exaustos.<br />

A irmã de Onesíforo, no entanto, foi pródiga em gentilezas. Velha viúva de<br />

um grego abastado, Lóide morava em companhia de sua filha Eunice,<br />

igualmente viúva, e de seu neto Timóteo, cuja inteligência e genero sos<br />

sentimentos de menino constituíam o maior encanto das duas senhoras. Os<br />

mensageiros da Boa Nova foram recebidos nesse lar com inequívocas provas<br />

de simpatia. O inexcedível carinho dessa família foi um bál samo confortador<br />

para ambos. Conforme seu hábito, Paulo referiu -se na primeira oportunidade<br />

ao desejo imenso de trabalhar, durante o tempo de sua permanên cia em Listra,<br />

de modo a não se tornar passível de male dicência ou crítica, mas a dona da<br />

casa opôs-se terminantemente. Seriam seus hóspedes.<br />

Bastava a recomendação de Onesíforo para que ficassem tranqüilos. Além

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