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1 PAULO E ESTEVÃO FRANCISCO CÂNDIDO ... - O Consolador

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217<br />

ao aluguel do quarto.<br />

Edificado na exemplificação do amigo, agora era Barnabé que procurava<br />

confortá-lo:<br />

— Não importa, Jesus levará em conta a nossa boa -vontade, não nos<br />

deixará ao desamparo.<br />

No dia seguinte, quando Paulo reg ressou da oficina, teve de esperar o<br />

companheiro, com alguma ansiedade. O mensageiro de Ibraím, que levara a<br />

refeição de Barnabé, não o havia encontrado. Após alguma inquietação, o ex -<br />

rabino abriu-lhe a porta com inexcedível surpresa. O discípulo de Pedro parecia<br />

extremamente abatido, mas profunda alegria lhe transbordava do olhar.<br />

Explicou que também ele conseguira trabalho remunerador. Em pregara-se com<br />

um oleiro necessitado de operários para aproveitar o bom tempo. Abraçaram -<br />

se comovidos. Se houvessem a lcançado o domínio do mundo, com a for tuna<br />

fácil, não experimentariam tanto júbilo. Pequena fração de serviço honesto lhes<br />

bastava ao coração iluminado por Jesus-Cristo.<br />

No primeiro sábado de permanência em Antioquia, os arautos do<br />

Evangelho dirigiram-se à sinagoga local. Ibraim, satisfeitíssimo com a<br />

cooperação do novo empregado, dera-lhe duas túnicas usadas, que Paulo e<br />

Barnabé envergaram com alegria.<br />

Toda a população “temente a Deus” comprimia -se no recinto. Sentaram-se<br />

os dois no local reservado aos visitantes ou desconhecidos. Terminado o<br />

estudo e comentários da Lei e dos Profetas, o diretor dos serviços religiosos<br />

perguntou-lhes, em voz alta, se desejariam dizer algumas palavras aos<br />

presentes.<br />

De pronto, Paulo levantou-se e aceitou o convite. Dir igiu-se à modesta<br />

tribuna em atitude nobre e começou a discorrer sobre a Lei, tomado de<br />

eloqüência sublime. O auditório, não afeito a raciocínios tão altos, seguia -lhe a<br />

palavra fluente como se houvera encontrado um profeta autêntico, a espalhar<br />

maravilhas. Os israelitas não cabiam em si de contentes. Quem era aquele<br />

homem de quem se poderia orgulhar o próprio Templo de Jeru salém? Em dado<br />

momento, contudo, as palavras do orador passaram a ser quase<br />

incompreensíveis para todos.<br />

Seu verbo sublime anunciava u m Messias que já viera ao mundo. Alguns<br />

judeus aguçaram os ouvidos. Tratava -se do Cristo Jesus, por intermédio de<br />

quem as criaturas deveriam esperar a graça e a verdade da salvação. O ex -<br />

doutor observou que numerosas fisionomias mostra vam-se contrariadas, mas a<br />

maioria escutava-o com indefinível vibração de simpatia. A relação dos feitos<br />

de Jesus, sua exemplificação divina, a morte na cruz, arran cavam lágrimas do<br />

auditório. O próprio chefe da sinagoga estava profundamente surpreendido...<br />

Terminada a longa oração, o novo missionário foi abraçado por grande<br />

número de assistentes. Ibraim, que acabava de conhecê -lo sob novo aspecto,<br />

cumprimentou-o radiante.<br />

Eustáquio, o oleiro que dera trabalho a Bar nabé, aproximou-se para as<br />

saudações, altamente sensi bilizado. Os descontentes, no entanto, não<br />

faltaram. O êxito de Paulo contrariou o espírito fariseu da assembléia.<br />

No dia imediato, Antioquia de Pisídia estava em polgada pelo assunto. A<br />

tenda de Ibraim e a olaria de Eustáquio foram locais de grandes discussões e<br />

entendimentos. Paulo falou, então, das curas que se poderiam fazer em nome<br />

do Mestre. Uma velha tia do seu patrão foi curada de enfermidade pertinaz,<br />

com a simples imposição das mãos e as preces ao Cristo. Dois filhinhos do

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