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1 PAULO E ESTEVÃO FRANCISCO CÂNDIDO ... - O Consolador

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201<br />

recebeu a aquiescência irrestrita e, no instante das preces, a voz do Espírito<br />

Santo se fez ouvir no ambiente de simplici dade pura, inculcando fossem<br />

Barnabé e Saulo destacados para a evangelização dos gentios.<br />

Aquela recomendação superior, aquela voz que provinha dos arcanos<br />

celestes, ecoou no coração do ex -rabino como um cântico de vitória espiritual.<br />

Sentia que acabava de atravessar imenso deserto para encontrar de novo a<br />

mensagem doce e eterna do Cristo. Por conquistar a dignidade espiritual, só<br />

experimentara padecimentos, des de a cegueira dolorosa de Damasco.<br />

Ansiara por Jesus. Tivera sede abrasadora e terrível. Pedira em vão a<br />

compreensão dos amigos, debalde buscara o terno acon chego da família. Mas,<br />

agora, que a palavra mais alta o chamava ao serv iço, deixava-se empolgar por<br />

júbilos infinitos. Era o sinal de que havia sido considerado digno dos esforços<br />

confiados aos discípulos. Refletindo como as dores passadas lhe pareciam<br />

pequeninas e infantis, comparadas à alegria imensa que lhe inundava a alma ,<br />

Saulo de Tarso chorou copiosamente, - experimentando maravilhosas<br />

sensações. Nenhum dos irmãos presentes, nem mesmo Barnabé, poderia<br />

avaliar a grandiosidade dos sentimentos que aquelas lágrimas revelavam. To -<br />

mado de profunda emoção, o ex -doutor da Lei reconhecia que Jesus se<br />

dignava de aceitar suas oblatas de boa -vontade, suas lutas e sacrifícios. O<br />

Mestre chamava-o e, para responder ao apelo, iria aos confins do mundo.<br />

Numerosos companheiros colaboraram nas providên cias iniciais, em favor<br />

do empreendimento.<br />

Dentro em pouco, cheios de confiança em Deus, Saulo e Barnabé,<br />

seguidos por João Marcos, despediam -se dos irmãos, a caminho de Selêucia.<br />

A viagem para o litoral decorreu em ambiente de muita alegria. De quan do a<br />

quando, repousavam à margem do Oronte, para a merenda salutar. À sombra<br />

dos carvalhos, na paz dos bosques enfeitados de flores, os missionários<br />

comentaram as primeiras esperanças.<br />

Em Selêucia não foi demorada a espera de embar cação. A cidade estava<br />

sempre cheia de peregrinos que demandavam o Ocidente, sendo freqüentada<br />

por elevado número de navios de toda ordem. Entusiasmados com o<br />

acolhimento dos irmãos de fé, Barnabé e Saulo em barcaram para Chipre, sob<br />

a impressão de comovente e carinhosa despedida.<br />

Chegaram à ilha, com o jovem João Marcos , sem incidentes dignos de<br />

menção. Estacionados em Cítium por muitos dias, aí solucionou Barnabé<br />

vários assuntos de seu interesse familiar.<br />

Antes de se retirarem, visitaram a sinagoga, num sábado, com o propósito<br />

de iniciar o movimento. Como chefe da missã o, Barnabé tomou a palavra,<br />

procurou conjugar o texto da Lei, examinado naquele dia, às lições do<br />

Evangelho, para destacar a superioridade da missão do Cristo. Saulo notou<br />

que o companheiro explanava o assunto com respeito algo excessivo às tra -<br />

dições judaicas. Via-se claramente que desejava, antes de tudo, conquistar as<br />

simpatias do auditório; em alguns pontos, demonstrava o temor de encetar o<br />

trabalho, abrindo as lutas tão em desacordo com o seu tempera mento. Os<br />

israelitas mostraram-se surpreendidos, mas satisfeitos. Observando o quadro,<br />

Saulo não se sentiu plenamente confortado. Fazer reparos a Barnabé seria<br />

ingratidão e indisciplina; concordar com o sorriso dos compatrícios<br />

perseverantes nos erros do fingimento fari saico seria negar fidelidade ao<br />

Evangelho.<br />

Procurou resignar-se e esperou.

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