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QUARTA PARTE—A ORAÇÃO CRISTÃ<br />
Primeira Seção<br />
Mas será somente no monte da<br />
transfiguração que Se mostrará sem<br />
véu Aquele cuja face eles procuravam<br />
(33): o conhecimento da glória<br />
de Deus está na face de Cristo,<br />
crucificado e ressuscitado (34).<br />
2584. É no «a sós com Deus» que<br />
os profetas vão haurir luz e força<br />
para a sua missão. A sua oração não<br />
é uma fuga do mundo infiel, mas uma<br />
escuta da Palavra de Deus, às vezes<br />
um debate ou uma queixa e sempre<br />
uma intercessão que espera e prepara<br />
a intervenção do Deus Salvador,<br />
Senhor da história (35).<br />
OS SALMOS,<br />
ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA<br />
Escreve as frases do Catecismo que mais te atingiram:<br />
2585. De David até à<br />
vinda do Messias, os<br />
livros sagrados contêm textos de<br />
oração que atestam como esta se<br />
foi tornando mais profunda, quer<br />
feita em favor de si mesmo quer<br />
pelos outros (36). Os salmos foram<br />
a pouco e pouco reunidos numa coletânea<br />
de cinco livros: os Salmos (ou<br />
«Louvores»), obra-prima da oração<br />
no Antigo Testamento.<br />
2586. Os salmos nutrem e exprimem<br />
a oração do povo de Deus<br />
enquanto assembleia, por ocasião<br />
das grandes festas em Jerusalém e<br />
em cada sábado nas sinagogas.<br />
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O que você deveria fazer para colocar em prática o que o Catecismo me<br />
fala?<br />
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Espiritualidade <strong>Belém</strong>:<br />
Da mesma forma que a Paixão de Jesus é a continuação<br />
e explicitação da Eucaristia, assim a mesma Paixão e a<br />
Crucificação são a realização do julgamento final.<br />
Na cruz, Jesus se tornou “O PEQUENINO” por<br />
excelência, Identificando-se totalmente e<br />
“sacramentalmente” com todos os últimos deste mundo.<br />
O Filho de Deus nasceu pobre em <strong>Belém</strong>, entre os<br />
queridos Pastores, e morreu miserável na cruz, entre<br />
dos ladrões, feito ladrão, feito pecado: “Ele tomou sobre<br />
si as nossas enfermidades e carregou as nossas dores”<br />
(Mt 8,17). (Estatutos n.46-47)<br />
O casal Luís e Zélia<br />
(continuação)<br />
Eles se completam harmoniosamente,<br />
tomam juntos as decisões importantes<br />
referentes ao casamento e ao trabalho.<br />
São generosos com os pobres e os<br />
infelizes.<br />
Ambos desejam ser santos e vivem<br />
com fidelidade suas obrigações de estado,<br />
exercendo seu trabalho e dando<br />
o melhor de si para a educação de seus<br />
filhos.<br />
Se se pensa em beatificá-los como<br />
casal é porque a heroicidade de suas<br />
virtudes foi reconhecida em ambos.<br />
O Papa João Paulo II já reconheceu<br />
oficialmente essa heroicidade.<br />
Esta santidade foi particularmente<br />
manifestada através das provações.<br />
O casal Martin vive o abandono à<br />
Providência, principalmente quando a<br />
conjuntura econômica não favorecia os<br />
negócios. E, embora, no geral, tenham<br />
vivido em boa situação financeira, jamais<br />
se deixaram envaidecer por isso.<br />
Zélia, em uma de suas cartas, afirma<br />
que "a prosperidade constante afasta<br />
de Deus".<br />
Eles experimentaram a provação de<br />
perderem dois filhos e duas filhas ainda<br />
criancinha. Zélia se angustiará com<br />
estes episódios, mas encontrará seu<br />
consolo na oração. Desde<br />
1864, começará a sentir<br />
os sintomas do câncer de<br />
mama que a levará em 1877.<br />
Assumirá com coragem sua<br />
enfermidade e se dedicará<br />
aos filhos e ao trabalho até<br />
o fim.<br />
Ela fala em viver simplesmente<br />
o instante presente,<br />
que é onde Deus se revela,<br />
dando-nos uma lição de<br />
confiança: "Eu me resigno<br />
a todos os acontecimentos adversos<br />
que me vêm ou que me podem vir. Eu<br />
penso: foi Deus quem quis assim! E não<br />
penso mais nisso!". Dez dias antes de<br />
morrer ela escreve a seu irmão: "Que<br />
vocês querem, se a Santa Virgem não<br />
me cura... É que meu tempo chegou e<br />
o Bom Deus quer que eu repouse em<br />
outro lugar e não sobre a terra". Zélia<br />
morre com 46 anos em 28 de agosto<br />
de 1877. Teresa tem quatro anos e<br />
meio.<br />
Após a morte de Zélia, Luís se muda<br />
para Lisieux, atendendo ao convite de<br />
seu cunhado Isidore Guérin, instalando-se<br />
com as cinco filhas na casa<br />
Buissonnets. Assiste feliz ao ingresso<br />
de todas as suas filhas na vida religiosa.<br />
Ele tem consciência de todas<br />
as graças que recebeu do Senhor. Um<br />
dia revela às filhas que costuma fazer<br />
a seguinte oração: "Senhor, é demais!<br />
Sim, sou muito feliz.<br />
Mas não é possível ir ao céu desta<br />
maneira. É preciso que eu sofra um<br />
pouco por vós". E ele se oferece.<br />
Pouco tempo depois ele experimenta a<br />
terrível humilhação da doença mental,<br />
conseqüência de uma arteriosclerose.<br />
É internado em Caen, no hospital Bom<br />
Salvador, onde se tratam os loucos.<br />
Grande provação para ele e para suas<br />
filhas.<br />
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