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João Paulo II<br />
“O homem e a mulher, antes de se tornarem marido e esposa (disso falará<br />
seguidamente em concreto Gén. 4, 1), emergem do mistério da criação, primeiro,<br />
como irmão e irmã na mesma humanidade.<br />
A compreensão do significado esponsal do corpo, na sua masculinidade e<br />
feminilidade, revela o íntimo da sua liberdade, que é liberdade de dom. Daqui<br />
principia aquela comunhão de pessoas (Amor Recíproco Trinitário), em que ambos<br />
se encontram e se dão reciprocamente, na plenitude da sua subjectividade. Assim<br />
crescem ambos como pessoas-sujeitos, e crescem reciprocamente um para o outro<br />
também através dos corpos e através daquela «nudez» isenta de vergonha”<br />
(audiência 16 1980).<br />
Esta liberdade está precisamente na base do significado esponsal do corpo. O<br />
corpo humano, com o seu sexo, e a sua masculinidade e feminilidade, visto no<br />
mistério mesmo da criação, é não só fonte de fecundidade e de procriação, como<br />
em toda a ordem natural, mas encerra desde «o princípio» o atributo «esponsal»,<br />
isto é, a capacidade de exprimir o amor: exatamente aquele amor em que o<br />
homem-pessoa se torna dom e — mediante este dom — pratica o sentido mesmo do<br />
seu ser e existir” (audiência 20 de feveriro 1980)<br />
À noite: O que Jesus fez, de especial, para mim hoje?<br />
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Como vivi meu propósito (Preencha todas essas linha contando todas as<br />
vezes que você se lembrou da Palavra, como foi, como te ajudou)?<br />
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Senhor eu te peço perdão por... (preencha somente se você quiser, se<br />
não escreva numa folha a parte)<br />
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HISTÓRIA DE VIDA dos pais<br />
de Santa Terezinha do Menino<br />
Jesus(continuação)<br />
Coube, assim, a Luís, entre 1882 e<br />
1887, acompanhar três de suas cinco<br />
filhas às portas do Carmelo de Lisieux:<br />
Paulina, a mãe adotiva de Teresa, foi<br />
quem entrou primeiro; Maria, a primogênita,<br />
quatro anos depois; Teresa,<br />
enfim, que para o pai representou o<br />
maior sacrifício, entrou depois de um<br />
ano, tendo obtido a especial permissão<br />
de tomar o hábito das carmelitas aos<br />
15 anos.<br />
Naquela ocasião, um dos amigos de<br />
Luís lhe disse: “Abraão não tem nada<br />
a lhe ensinar; o senhor teria feito<br />
como ele, se o bom Deus lhe tivesse<br />
pedido que sacrificasse sua pequena<br />
rainha...” Ele replicou logo: “Sim, mas<br />
confesso que teria levantado minha<br />
espada lentamente, esperando o anjo<br />
e o carneiro”. No entanto, era com ele<br />
que haviam aprendido como encontrar<br />
na vida “a melhor parte, que não será<br />
tirada”.<br />
Em 1885, partia para aquela que teria<br />
sido uma de suas últimas peregrinações,<br />
com destino à Terra Santa,<br />
continuando uma tradição que lhe era<br />
cara. Frequentemente, a esposa e<br />
as filhas o haviam visto partir com o<br />
bastão na mão para Chartres, ou ir a<br />
Paris para rezar no santuário de Nossa<br />
Senhora das Vitórias. Naquela ocasião,<br />
escrevia de Constantinopla a Maria:<br />
“Enfim, minha Maria, minha grande,<br />
minha primeira, continua a conduzir teu<br />
pequeno batalhão o melhor que podes e<br />
sê mais razoável que teu velho pai, que<br />
já tem bastante de todas as belezas<br />
que o cercam e que sonha o Céu e o<br />
infinito”.<br />
Dessa forma, repercutia as palavras<br />
que Zélia enviara à cunhada quando já<br />
estava consciente da gravidade de seu<br />
mal: “Eis que passou mais um ano...<br />
Por mim, não me arrependo, espero<br />
com impaciência o fim do próximo;<br />
todavia, não tenho muitos motivos para<br />
me alegrar em ver o tempo se apressar,<br />
mas sou como as crianças que não<br />
se preocupam com o amanhã: espero<br />
sempre a felicidade”.<br />
Nos últimos anos de sua vida, depois<br />
de ter oferecido a Deus todas as filhas<br />
– Leônia e Celina também entrariam no<br />
mosteiro depois de sua morte -, Luís<br />
teve de enfrentar a provação mais<br />
difícil: uma penosa doença que o levou<br />
lentamente à perda das faculdade<br />
mentais e à internação no sanatório de<br />
Caen.<br />
Alternando momentos de lucidez com<br />
longas crises, procurava oferecer tudo<br />
ao bom Deus, aceitando por amor, ele<br />
que sempre fora muito ativo e empreendedor,<br />
essa dolorosa condição: “Eu<br />
sempre estive acostumado a comandar<br />
e me vejo reduzido a obedecer; é duro.<br />
Mas sei por que o bom Deus me deu<br />
essa prova: eu nunca tive de viver a<br />
humilhação em minha vida; era preciso<br />
passar por uma”.<br />
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