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Dois irmãos que se restauraram nas nossas<br />
casas partem como voluntários para o Haiti<br />
No final de junho, dois irmãos, Lucélio e Ricardo, que se restauraram nas nossas<br />
casas, partiram para o Haiti, para se doarem durante três meses e assim construir<br />
algumas novas salas para as crianças. Lucélio é pedreiro e venceu o vício do craque há<br />
mais de cinco anos. Saiu de uma vida de crime e droga e, na <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong>, encontrou<br />
Deus e sua Vida nova. Ricardo Gregório está conosco desde o 2010 e com sua humildade<br />
foi aprendendo o trabalho de construção e, hoje, ajuda Lucélio em tudo. Depois de<br />
passar os 6 meses de Restauração conosco, Lucélio reatou o vínculo com sua esposa<br />
e sua filhinha, continuando sua vida normal. Ele é um exemplo de como Deus entra e<br />
renova uma pessoa. Depois desse tempo passado conosco, nunca mais tocou em álcool<br />
ou droga e montou na sua<br />
cidade um “grupo de apoio”<br />
para as pessoas que vivem<br />
esse problema.<br />
Continuou seu trabalho de<br />
obra, na sua pequena empresa<br />
e, nesse último ano, construiu<br />
4 casas na <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong>.<br />
De acordo com sua esposa,<br />
Lucélio decidiu “doar-se” por<br />
três meses aos nossos pobres<br />
do Haiti: “Deus fez tanto por<br />
mim e o meu “obrigado” é a<br />
minha entrega; isso é tudo o<br />
que posso Lhe doar!”<br />
A Arquidiocese de São Paulo, quis que a coleta da Concentração Arquidiocesana do<br />
Corpus Christi fosse para o Haiti. O povo foi muito generoso e, com o que foi recolhido,<br />
será possível construir mais duas salas de aula para as crianças. Outras pessoas boas e<br />
sensíveis doaram sua contribuição, no Brasil e na Itália. Só faltavam os pedreiros! Deus<br />
fez nascer, no coração de Lucélio e Ricardo esse desejo e, hoje, os dois estão lá, felizes<br />
em se entregarem para os pobres. Com o suor do rosto, edificarão, se Deus quiser,<br />
quatro salas e um grande salão, capaz de acolher todas as 400 crianças do Centro.<br />
A história de Ricardo é muito dolorida: ele foi um dos primeiros “meninos de rua” da<br />
cidade de São Paulo. Com 12 anos foi embora de casa e viveu por 22 anos nas ruas,<br />
escravo das drogas e de todos os vícios. Foi acolhido na <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong>, onde se RES-<br />
TAUROU, em 2010, e se encontrou com Deus, aproximando-se dos Sacramentos.<br />
Terminada sua caminhada, nas Casas de acolhida, iniciou um trabalho em uma fábrica,<br />
mas logo não se sentiu bem. Depois de ter recebido os primeiros salários, decidiu<br />
voltar para a <strong>Missão</strong> e se entregar inteiramente aos que precisavam dele. Ouviu falar da<br />
tremenda dificuldade do Haiti e nasceu em seu coração o desejo de ir para lá. Com muita<br />
dificuldade e determinação, ajeitou os documentos até chegar ao Passaporte e aprendeu<br />
o trabalho de pedreiro para ajudar os que precisavam.<br />
Ricardo nos ensina o que significa “dar da própria pobreza”. Os dois realizam o princípio<br />
base da <strong>Missão</strong> <strong>Belém</strong>: “Naufrago salvando naufrago” e Deus abençoa e multiplica,<br />
como aconteceu com a Criança que doou seus dois pães e cinco peixinhos para que Jesus<br />
pudesse matar a fome de 5000 pessoas!<br />
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