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Relatório de actividade em 2008 - LNEC

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<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

do LABORATÓRIO NACIONAL<br />

DE ENGENHARIA CIVIL, I.P.<br />

no Ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

Direcção<br />

Proc. 0102/21/5<br />

Abril 2009


<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s do<br />

Laboratório Nacional <strong>de</strong> Engenharia Civil<br />

no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

<strong>2008</strong> Annual Report of the<br />

National Laboratory for Civil Engineering<br />

Rapport d’Activité dans l’année <strong>2008</strong> du<br />

Laboratoire National du Génie Civil


( pág ) Índice<br />

( I ) O <strong>LNEC</strong>…<br />

( 01 ) Introdução<br />

( 03 ) 01 Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida<br />

( 03 ) 1.1 Aspectos gerais<br />

( 04 ) 1.2 Investigação programada<br />

( 11 ) 1.3 Estudos e pareceres por contrato<br />

( 27 ) 1.4 Promoção da qualida<strong>de</strong> na construção<br />

( 32 ) 1.5 Difusão e divulgação <strong>de</strong> conhecimentos<br />

( 35 ) 1.6 Cooperação com outras entida<strong>de</strong>s<br />

( 39 ) 02 Auto-avaliação<br />

( 39 ) 2.1 Resultados alcançados e <strong>de</strong>svios verificados <strong>de</strong> acordo com o QUAR<br />

( 41 ) 2.2 Apreciação por parte dos utilizadores da quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> dos<br />

serviços prestados<br />

( 42 ) 2.3 Avaliação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> controlo interno<br />

( 44 ) 2.4 Desenvolvimento <strong>de</strong> medidas para um reforço positivo do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />

( 45 ) 2.5 Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

( 46 ) 2.6 Afectação real e prevista dos recursos humanos e formação profissional<br />

( 52 ) 2.7 Afectação real e prevista dos recursos financeiros<br />

( 57 ) 2.8 Índices <strong>de</strong> gestão/análise custos-proveitos<br />

( 59 ) 03 Instalações e equipamentos<br />

( 61 ) 04 Balanço social<br />

( 63 ) 05 Avaliação final<br />

( 63 ) 5.1 Consi<strong>de</strong>rações<br />

( 64 ) 5.2 Apreciação dos resultados alcançados<br />

( 65 ) 5.3 Menção proposta<br />

( 65 ) 5.4 Conclusões prospectivas


Estatuto<br />

Tutela<br />

Enquadramento jurídico<br />

Missão<br />

Atribuições<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

O <strong>LNEC</strong>…<br />

O Laboratório Nacional <strong>de</strong> Engenharia Civil (<strong>LNEC</strong>), criado <strong>em</strong> Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong><br />

1946, é um instituto público com o estatuto <strong>de</strong> laboratório do Estado, sendo,<br />

por conseguinte, uma instituição que se <strong>de</strong>dica à investigação científica e ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, inserida no sector público <strong>de</strong> investigação.<br />

Encontra-se sujeito à tutela e superintendência do Ministro das Obras Públicas,<br />

Transportes e Comunicações, sendo a competência relativa à <strong>de</strong>finição das suas<br />

orientações estratégicas exercida <strong>em</strong> articulação com o Ministro da Ciência,<br />

Tecnologia e Ensino Superior.<br />

Enquanto instituto público rege-se pelo estabelecido na Lei n.º 3/2004, <strong>de</strong><br />

15 <strong>de</strong> Janeiro, e enquanto laboratório do Estado pelo disposto no Decreto-<br />

-Lei n.º 125/99, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril, que <strong>de</strong>finiu o quadro normativo aplicável às<br />

instituições que se <strong>de</strong>dicam à investigação científica e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico. Rege-se, ainda, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007, pelo que se encontra<br />

disposto na sua nova Lei Orgânica, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 304/2007, <strong>de</strong><br />

24 <strong>de</strong> Agosto, e na Portaria n.º 979/2007, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Agosto, que aprovou os seus<br />

Estatutos.<br />

T<strong>em</strong> como missão, no domínio alargado da Engenharia Civil, apoiar o po<strong>de</strong>r<br />

executivo, contribuindo para a concepção e execução <strong>de</strong> políticas públicas da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos Ministérios, nomeadamente na gestão e mitigação<br />

<strong>de</strong> riscos naturais e tecnológicos, e exercendo, nalguns casos, po<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />

autorida<strong>de</strong> do Estado. Deve, também, prosseguir o interesse público através da<br />

prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia a entida<strong>de</strong>s públicas e privadas,<br />

nacionais e estrangeiras, contribuindo para a inovação e a transferência<br />

tecnológica. Noutros termos, o <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong> por missão apoiar o po<strong>de</strong>r executivo,<br />

com isenção e com idoneida<strong>de</strong> científica e técnica, nas suas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

governo e regulação e <strong>de</strong> servir, tecnologicamente apoiando e inovando, a parte<br />

do tecido produtivo que é usual <strong>de</strong>signar-se por sector da construção.<br />

Competindo-lhe <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>r, coor<strong>de</strong>nar e promover a investigação científica e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, <strong>de</strong>ntro do princípio da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação,<br />

b<strong>em</strong> como outras activida<strong>de</strong>s científicas e técnicas necessárias ao progresso e à<br />

boa prática da Engenharia Civil, o <strong>LNEC</strong> exerce a sua acção, fundamentalmente,<br />

nos domínios das obras públicas, da habitação e urbanismo, do ambiente, da<br />

indústria dos materiais, componentes e outros produtos para a construção, e <strong>em</strong><br />

áreas afins. A activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> visa, no essencial, a qualida<strong>de</strong> e a segurança<br />

das obras, a protecção e a reabilitação do património natural e construído e,<br />

como já atrás se disse, a mo<strong>de</strong>rnização e inovação tecnológicas do sector da<br />

construção.<br />

III


Órgãos<br />

Estrutura<br />

IV<br />

Na sua estrutura orgânica, o <strong>LNEC</strong> conta com sete órgãos, dos quais se<br />

<strong>de</strong>stacam o Conselho Directivo, órgão máximo <strong>de</strong> gestão, a qu<strong>em</strong> incumbe dirigir<br />

superiormente a activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong>, e o Conselho Científico, órgão responsável<br />

pela apreciação e acompanhamento da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação científica e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico do <strong>LNEC</strong>.<br />

Organizativamente, o <strong>LNEC</strong> estrutura-se <strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais e<br />

direcções <strong>de</strong> serviços. Às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais, que tomam as <strong>de</strong>signações<br />

<strong>de</strong> Departamentos ou Centros e que se subdivi<strong>de</strong>m <strong>em</strong> Núcleos, compete a<br />

prossecução <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia, com prepon<strong>de</strong>rância para<br />

as <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento, correspon<strong>de</strong>ndo cada uma <strong>de</strong>ssas<br />

unida<strong>de</strong>s a uma gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong>. Às Direcções <strong>de</strong> Serviços,<br />

que integram Divisões, compete a realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio, inseridas<br />

<strong>em</strong> três grupos <strong>de</strong> áreas funcionais: a <strong>de</strong> gestão e administração, a <strong>de</strong> apoio à<br />

divulgação e difusão <strong>de</strong> conhecimentos científicos e técnicos e a <strong>de</strong> logística e<br />

manutenção.<br />

Constituição do Conselho Directivo <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

Carlos Matias Ramos, Presi<strong>de</strong>nte<br />

Francisco Carvalhal, Vice-Presi<strong>de</strong>nte, até 31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

Carlos Pina, Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

V


Recursos humanos<br />

Gestão financeira<br />

VI<br />

No final <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> contava com um total <strong>de</strong> 632 efectivos, assim<br />

distribuídos:<br />

Investigação Científica 181 (28,6%)<br />

Técnico Superior 66 (10,4%)<br />

Técnico e Técnico-Profissional 202 (32,0%)<br />

Administrativo 120 (19,0%)<br />

Auxiliar e Operário 63 (10,0%)<br />

Contava, ainda, com a colaboração, que se reveste <strong>de</strong> importância estratégica,<br />

<strong>de</strong> 97 bolseiros, sendo 70 bolseiros <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica, 12 bolseiros<br />

<strong>de</strong> doutoramento com bolsa concedida pela FCT e com co-financiamento do<br />

<strong>LNEC</strong> e 15 bolseiros <strong>de</strong> projectos financiados pela FCT.<br />

Em <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> geriu um orçamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, <strong>de</strong> funcionamento e <strong>de</strong><br />

investimento, essencialmente caracterizado pelos montantes (<strong>em</strong> euros), que se<br />

apresenta na página seguinte.<br />

Da análise <strong>de</strong>stes dados resulta que:<br />

• as <strong>de</strong>spesas com pessoal, incluindo as <strong>de</strong>spesas com bolseiros,<br />

representaram cerca <strong>de</strong> 76% do total das <strong>de</strong>spesas (excluindo as<br />

“Operações Extra-orçamentais”);<br />

• cerca <strong>de</strong> 43% das <strong>de</strong>spesas com pessoal, incluindo bolseiros, foram<br />

suportadas por receitas <strong>de</strong> autofinanciamento;<br />

• as receitas <strong>de</strong> autofinanciamento representaram cerca <strong>de</strong> 50% do<br />

total das <strong>de</strong>spesas (excluindo as “Operações Extra-orçamentais”),<br />

como se ilustra na figura seguinte;<br />

• o saldo <strong>de</strong> <strong>2008</strong> (incluindo os saldos transitados <strong>de</strong> 2007 e<br />

as componentes <strong>de</strong> receita e <strong>de</strong>spesa com expressão extra-<br />

-orçamental) ascen<strong>de</strong>u a 929 929 euros.<br />

Transferências do OE<br />

50%<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Funcionamento<br />

Despesas correntes € 27 538 217<br />

Despesas com pessoal (efectivos) € 21 476 801<br />

Despesas com bolseiros € 991 176<br />

Outras <strong>de</strong>spesas correntes € 5 070 240<br />

Despesas <strong>de</strong> capital € 747<br />

Subtotal <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento €27 538 964<br />

Investimento<br />

Despesas correntes € 948 758<br />

Despesas <strong>de</strong> capital € 316 354<br />

Outras <strong>de</strong>spesas correntes € 632 404<br />

Despesas <strong>de</strong> capital € 2 391 432<br />

Subtotal <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> investimento € 3 340 190<br />

Operações Extra-orçamentais<br />

IVA <strong>de</strong>dutível € 513 357<br />

Pagamento <strong>de</strong> IVA ao Estado € 1 445 357<br />

Transferências para parceiros <strong>de</strong> projectos I&DT € 315 559<br />

Subtotal <strong>de</strong> operações extra-orçamentais € 2 274 273<br />

Do lado das receitas:<br />

Total <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas € 33 153 427<br />

Provenientes do Orçamento do Estado € 15 590 100<br />

Verbas funcionamento € 13 000 000<br />

Verbas investimento (Cap. 50 OE-PIDDAC) € 2 590 100<br />

Provenientes <strong>de</strong> Autofinanciamento € 16 571 078<br />

Prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> C&T € 12 294 898<br />

Co-financiamento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> I&DT € 2 829 743<br />

Outros tipos <strong>de</strong> autofinanciamento € 1 446 437<br />

Operações Extra-orçamentais € 1 922 178<br />

IVA <strong>de</strong> receita € 1 715 086<br />

Transferências para parceiros € 207 092<br />

Total <strong>de</strong> receitas € 34 083 356<br />

VII


Publicações<br />

Campus<br />

VIII<br />

Como resultado do variado leque <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia<br />

que <strong>de</strong>senvolve, o <strong>LNEC</strong> produz, anualmente, um significativo número <strong>de</strong><br />

publicações científicas e técnicas. Em <strong>2008</strong>, esse número ascen<strong>de</strong>u a 1437<br />

publicações, as quais se revestiram <strong>de</strong> diversas formas, nomeadamente:<br />

relatórios e notas técnicas, comunicações, artigos, m<strong>em</strong>órias e informações<br />

cientificas e técnicas (das quais 59 artigos para publicação <strong>em</strong> revistas científicas<br />

com avaliação prévia), programas <strong>de</strong> investigação, teses e trabalhos afins, e,<br />

ainda, documentos normativos e outros. Registou-se, ainda, a participação na<br />

elaboração <strong>de</strong> 22 livros. O primeiro grupo <strong>de</strong> publicações — relatórios e notas<br />

técnicas — constitui, maioritariamente, a forma <strong>de</strong> a instituição apresentar os<br />

resultados, parciais ou finais, dos estudos contratados com entida<strong>de</strong>s, no âmbito<br />

da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia, razão pela qual, nos termos<br />

legais, são, nesses casos, classificadas como confi<strong>de</strong>nciais. Os restantes tipos<br />

<strong>de</strong> publicações configuram, <strong>em</strong> última instância, a contribuição do <strong>LNEC</strong> para a<br />

difusão da cultura científica e tecnológica, satisfazendo assim um dos princípios<br />

por que se <strong>de</strong>v<strong>em</strong> reger os laboratórios do Estado.<br />

O <strong>LNEC</strong> ocupa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1952, uma área <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 22 hectares, <strong>em</strong> Lisboa, muito<br />

próxima do Aeroporto da Portela e limitada a sul pela Av. do Brasil, on<strong>de</strong> se<br />

localizam as entradas <strong>de</strong> peões e <strong>de</strong> veículos. Esta área permite-lhe albergar<br />

todas as suas inúmeras valências no domínio da Engenharia Civil e áreas afins<br />

num mesmo campus, com reflexos <strong>de</strong>cisivos na sua reconhecida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

interdisciplinarida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como dispor <strong>de</strong> um valioso conjunto <strong>de</strong> instalações<br />

experimentais e <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> ensaios e testes que, <strong>em</strong> conjugação com<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os utilizar e explorar, lhe confere uma vantag<strong>em</strong> competitiva<br />

<strong>de</strong> relevo na realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> experimental, indispensável não apenas,<br />

a um nível geral, para a produção e aplicação <strong>de</strong> conhecimentos científicos,<br />

mas também, num plano mais específico, para o estudo e interpretação do<br />

comportamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras, tendo <strong>em</strong> vista a salvaguarda <strong>de</strong> pessoas e<br />

bens.<br />

Salienta-se que se trata <strong>de</strong> uma instituição que alberga todas as activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> I&D nos domínios da engenharia civil e áreas afins no mesmo campus,<br />

potenciando uma abordag<strong>em</strong> multidisciplinar.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Introdução<br />

De eficácia<br />

De eficiência<br />

De qualida<strong>de</strong><br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Os objectivos estratégicos orientadores das activida<strong>de</strong>s para <strong>2008</strong>, foram<br />

<strong>de</strong>finidos tendo por base os princípios orientadores da missão do <strong>LNEC</strong> e<br />

norteadores do <strong>de</strong>senvolvimento das suas atribuições, num contexto <strong>de</strong> reforma<br />

e mudança <strong>de</strong> paradigmas da Administração Pública.<br />

Estes objectivos estruturaram o Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s para <strong>2008</strong> e serviram <strong>de</strong><br />

base à construção dos objectivos operacionais <strong>de</strong>finidos no Quadro <strong>de</strong> Avaliação<br />

e Responsabilização – QUAR, conforme estabelecido na Lei nº 66-B/2007, <strong>de</strong> 28<br />

<strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, aprovado pela tutela <strong>em</strong> Fevereiro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, e são os seguintes:<br />

OE 1 – Promover a investigação científica e o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico;<br />

OE 2 – Qualificar os Recursos Humanos;<br />

OE 3 – Reforçar a internacionalização.<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stes objectivos estratégicos o QUAR do <strong>LNEC</strong> consi<strong>de</strong>ra<br />

3 objectivos operacionais:<br />

Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação científica e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico.<br />

Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação e qualificação dos Recursos<br />

Humanos.<br />

Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> cooperação<br />

com instituições estrangeiras.<br />

Para a elaboração do presente <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> foi efectuado um levantamento,<br />

<strong>em</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais dos dados respeitantes à activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvida e ao grau <strong>de</strong> execução dos projectos e activida<strong>de</strong>s planeados.<br />

1


2<br />

A informação obtida e sist<strong>em</strong>atizada consta do capítulo seguinte.<br />

Após a análise <strong>de</strong>ssa informação, proce<strong>de</strong>-se à avaliação da execução do QUAR<br />

(autoavaliação).<br />

Integram o presente <strong>Relatório</strong>, <strong>de</strong> forma a permitir um conhecimento<br />

aprofundado <strong>de</strong>sta Instituição:<br />

• O Balanço Social <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, contendo a informação prevista no Decreto-<br />

Lei nº 190/96, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Outubro, sua análise (qualitativa e quantitativa dos<br />

dados) e conclusões dos dados apresentados;<br />

• A Caracterização do Pessoal a 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong> – documento<br />

compl<strong>em</strong>entar ao Balanço Social, <strong>de</strong> divulgação interna, que apresenta<br />

uma análise dos recursos humanos por grupo profissional e por unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>partamentais/direcções <strong>de</strong> serviço e caracteriza o Mapa <strong>de</strong> Pessoal e a<br />

Estrutura Orgânica.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

01 • Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida<br />

1.1 Aspectos gerais<br />

Em <strong>2008</strong>, a activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong>senvolveu-se <strong>de</strong> acordo com as linhas principais do plano estabelecido e distribuiu-<br />

-se, globalmente, por investigação (I&D) programada, estudos e projectos por contrato e outras activida<strong>de</strong>s científicas e<br />

técnicas (OAC&T), nomeadamente as <strong>de</strong> apoio ao sector da construção. Na Fig. 1.1, apresenta-se a distribuição da activida<strong>de</strong><br />

<strong>em</strong> função dos correspon<strong>de</strong>ntes tipos <strong>de</strong> financiamento (autofinanciamento e transferência do Orçamento do Estado para<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento) e reportada ao total das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Figura 1.1 | Distribuição da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> C&T, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, <strong>em</strong> função dos correspon<strong>de</strong>ntes tipos <strong>de</strong> financiamento<br />

No que usualmente se <strong>de</strong>signa por “investigação programada”, a investigação <strong>de</strong> índole estratégica, inser<strong>em</strong>-se os<br />

projectos ou estudos <strong>de</strong>senvolvidos no âmbito do plano plurianual <strong>de</strong> investigação estratégica do <strong>LNEC</strong>, com ou s<strong>em</strong> co-<br />

-financiamento externo. Nos “estudos e projectos por contrato” inclu<strong>em</strong>-se trabalhos com uma importante componente<br />

<strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento (I&D) realizados para entida<strong>de</strong>s públicas ou privadas, nacionais e estrangeiras, por sua<br />

solicitação e com vista à resolução <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as específicos, <strong>de</strong>signadamente estudos <strong>de</strong> apoio ao projecto, à construção<br />

e à exploração e conservação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> engenharia civil e estudos relativos aos recursos naturais e ao ambiente.<br />

No que se <strong>de</strong>signa por “outras activida<strong>de</strong>s científicas e técnicas” (OAC&T), englobam-se activida<strong>de</strong>s diversas, como sejam<br />

a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> pareceres ou a condução <strong>de</strong> peritagens, a realização <strong>de</strong> trabalhos no âmbito da promoção da Qualida<strong>de</strong> na<br />

construção — gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s envolvendo, <strong>em</strong> última instância, um contrato com uma entida<strong>de</strong> pública<br />

ou privada, e contribuindo, assim, para o autofinanciamento da instituição —, a organização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong><br />

reuniões científicas (congressos e s<strong>em</strong>inários, por ex<strong>em</strong>plo) e as acções <strong>de</strong> cooperação com outras entida<strong>de</strong>s.<br />

Numa avaliação global da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida, consi<strong>de</strong>ra-se importante referir que os valores das transferências do<br />

Orçamento do Estado <strong>em</strong> <strong>2008</strong> ainda não permitiram reduzir para um nível mais conveniente (mormente o referido<br />

pelo Grupo Internacional <strong>de</strong> Avaliação, constituído por peritos estrangeiros, que <strong>em</strong> 1997 efectuou a avaliação do <strong>LNEC</strong><br />

no âmbito do processo <strong>de</strong> avaliação e reforma dos laboratórios do Estado) o esforço <strong>de</strong> autofinanciamento por meio<br />

<strong>de</strong> receitas próprias da instituição. Estão dificultados, assim, não só o objectivo estratégico <strong>de</strong> reforçar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

investigação programada, mas também a concretização do propósito (que se afigura como condição necessária, ainda que<br />

não suficiente) <strong>de</strong> rejuvenescimento dos recursos humanos da instituição, <strong>de</strong>signadamente dos que directamente tomam<br />

3


4<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

parte na prossecução <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia, o que passa pela concessão <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> bolsas<br />

<strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica.<br />

Os aspectos mais marcantes da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida <strong>em</strong> <strong>2008</strong> serão apresentados <strong>de</strong> acordo com a seguinte estrutura:<br />

Investigação Programada; Estudos e Pareceres por Contrato; Promoção da Qualida<strong>de</strong> na Construção; Difusão e Divulgação<br />

<strong>de</strong> Conhecimentos; e Cooperação com outras Entida<strong>de</strong>s.<br />

1.2 Investigação programada<br />

As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação programada, <strong>de</strong>senvolvidas ao abrigo <strong>de</strong> planos plurianuais, constitu<strong>em</strong> um vector<br />

fundamental da contribuição do <strong>LNEC</strong> para o progresso dos conhecimentos científicos na sua área <strong>de</strong> intervenção. O carácter<br />

estratégico <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vém, no essencial, do facto <strong>de</strong> a sua prossecução, com base numa visão prospectiva<br />

suportada pela experiência recolhida da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia, permitir ao <strong>LNEC</strong> preparar-se para<br />

as exigências do futuro a médio/longo prazo, apropriando-se dos a<strong>de</strong>quados conhecimentos científicos, tecnológicos e<br />

metodológicos, tornando, <strong>de</strong>ste modo, sustentável a sua missão <strong>de</strong> laboratório do Estado.<br />

1.2.1 Programa <strong>de</strong> Investigação Programada (PIP) 2005-<strong>2008</strong><br />

O Plano vigente para o quadriénio 2005-<strong>2008</strong> caracterizou-se, no essencial, por incluir um conjunto <strong>de</strong> 189 Estudos que<br />

se agruparam <strong>em</strong> 7 T<strong>em</strong>as Transversais, como se po<strong>de</strong> observar no Quadro 1.1.<br />

Quadro 1.1 • Distribuição dos Estudos pelos T<strong>em</strong>as Transversais<br />

T<strong>em</strong>as Transversais Número <strong>de</strong> Estudos<br />

(AS) Ambiente e sustentabilida<strong>de</strong> 47<br />

(RS) Risco e segurança 40<br />

(CR) Conservação e requalificação 22<br />

(OI) Observação e instrumentação 17<br />

(QC) Qualida<strong>de</strong> da construção 40<br />

(TISI) Tecnologias da informação e sist<strong>em</strong>as inteligentes 15<br />

(DHSE) Dimensões humanas e sócio-economia 8<br />

Total <strong>de</strong> Estudos 189<br />

Esses 189 Estudos distribu<strong>em</strong>-se pelas <strong>de</strong>z Unida<strong>de</strong>s Departamentais, como se apresenta no Quadro 1.2.<br />

Quadro 1.2 • Distribuição dos Estudos pelos T<strong>em</strong>as Transversais <strong>em</strong> cada uma das Unida<strong>de</strong>s Departamentais<br />

T<strong>em</strong>as Transversais DBB DED DE DG DHA DM DT CIC CQC CTI<br />

Ambiente e sustentabilida<strong>de</strong> 0 0 4 5 33 2 3 0 0 0<br />

Risco e segurança 8 2 7 8 7 3 5 0 0 0<br />

Conservação e requalificação 1 3 8 0 1 8 1 0 0 0<br />

Observação e instrumentação 5 0 3 2 1 1 1 4 0 0<br />

Qualida<strong>de</strong> da construção 1 15 3 3 0 10 2 0 6 0<br />

Tecnologias da informação e sist<strong>em</strong>as inteligentes 2 1 2 0 4 0 0 4 0 2<br />

Dimensões humanas e sócio-economia 0 7 1 0 0 0 0 0 0 0<br />

Total <strong>de</strong> Estudos 17 28 28 18 46 24 12 8 6 2<br />

No final <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong>u-se início à preparação <strong>de</strong> uma publicação, editada <strong>em</strong> 2009, que contém as fichas dos 127 projectos<br />

que tiveram o <strong>de</strong>senvolvimento mais relevante.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

1.2.2 Teses e programas <strong>de</strong> investigação<br />

No <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> <strong>2008</strong> tiveram lugar 17 provas públicas a que se submeteram m<strong>em</strong>bros da carreira <strong>de</strong> investigação científica<br />

<strong>em</strong> serviço no <strong>LNEC</strong>, b<strong>em</strong> como bolseiros e estagiários. Duas <strong>de</strong>ssas provas inseriram-se no âmbito da obtenção do<br />

título <strong>de</strong> “habilitado para o exercício <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação científica”; as restantes visaram a obtenção <strong>de</strong> graus<br />

académicos <strong>de</strong> pós-graduação, correspon<strong>de</strong>ndo quatro a doutoramentos e oito a mestrados.<br />

Os documentos científicos a elas submetidos pelos candidatos — programas <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong> pós-graduação, teses <strong>de</strong><br />

doutoramento e dissertações <strong>de</strong> mestrado — resultaram <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvida no <strong>LNEC</strong>, por esses<br />

candidatos, no âmbito <strong>de</strong> Estudos integrados no Plano <strong>de</strong> Investigação Programada, sob a orientação ou co-orientação,<br />

nos casos das teses <strong>de</strong> doutoramento e das dissertações <strong>de</strong> mestrado, <strong>de</strong> investigadores e <strong>de</strong> bolseiros <strong>de</strong> investigação<br />

científica da instituição. Este aspecto particular dos resultados da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> I&D enquadrada pelos PIP constitui um<br />

indicador da importância estruturante <strong>de</strong> que se revest<strong>em</strong> estes Planos.<br />

Foram as seguintes as provas e respectivos documentos científicos:<br />

Autor João Carlos Godinho Viegas<br />

(investigador principal)<br />

Prova Obtenção do título <strong>de</strong> habilitado para o exercício <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação científica<br />

Título Utilização <strong>de</strong> ventilação <strong>de</strong> impulso <strong>em</strong> parques <strong>de</strong> estacionamento cobertos<br />

Instituição <strong>LNEC</strong><br />

Autor Maria Helena Colaço Alegre<br />

(investigadora principal)<br />

Prova Obtenção do título <strong>de</strong> “habilitado para o exercício <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação científica <strong>em</strong> Engenharia<br />

Sanitária e Ambiental<br />

Título Gestão Patrimonial <strong>de</strong> Infra-Estruturas <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e <strong>de</strong> Drenag<strong>em</strong> e Tratamento <strong>de</strong> Águas<br />

Residuais<br />

Instituição <strong>LNEC</strong><br />

Autor Armando Teófilo dos Santos Pinto<br />

(assistente <strong>de</strong> investigação)<br />

Prova Doutoramento<br />

Título Aplicação da avaliação <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong> vida à análise energética e ambiental <strong>de</strong> edifícios<br />

Instituição Instituto Superior Técnico<br />

Autor Elsa Alves<br />

(assistente <strong>de</strong> investigação)<br />

Prova Doutoramento<br />

Título Sedimentação <strong>em</strong> albufeiras por correntes <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z<br />

Instituição Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Susana Bravo Cor<strong>de</strong>iro Baptista Cabral da Fonseca<br />

(assistente <strong>de</strong> investigação)<br />

Prova Doutoramento<br />

Título Durabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais compósitos <strong>de</strong> matriz polimérica reforçados com fibras usados na reabilitação <strong>de</strong><br />

estruturas <strong>de</strong> betão<br />

Instituição <strong>LNEC</strong> e Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

5


6<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Autor Manuel Gomes Vieira<br />

(assistente <strong>de</strong> investigação)<br />

Prova Doutoramento<br />

Título Betões Autocompactáveis. Reologia do betão no estado fresco<br />

Instituição <strong>LNEC</strong> e Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Álvaro Rodrigues Pires Pereira<br />

(técnico superior principal)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Governação da água <strong>em</strong> Angola: o peso das configurações institucionais e territoriais<br />

Instituição Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro<br />

Autor Ana Sofia Miranda da Silva Louro<br />

(bolseira)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Comportamento <strong>de</strong> vigas <strong>de</strong> betão armado com aço inoxidável<br />

Instituição Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Carlos Miguel Lima <strong>de</strong> Azevedo<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Estimação <strong>de</strong> volumes anuais <strong>de</strong> circulação rodoviária – Um mo<strong>de</strong>lo para Portugal<br />

Instituição <strong>LNEC</strong> e Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Hil<strong>de</strong>brando José Teixeira da Cruz<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Projecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong> condutas <strong>de</strong> evacuação <strong>de</strong> produtos da combustão <strong>de</strong> turbinas<br />

a gás utilizadas para propulsão naval<br />

Instituição Instituto Superior Técnico– Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor João Pedro <strong>de</strong> Oliveira Dias Pru<strong>de</strong>nte dos Santos<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Aplicação do método das componentes a ligações viga-pilar, metálicas e mistas, sujeitas a carregamento<br />

cíclico<br />

Instituição Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor João Pereira Cabanas Gonçalves André<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Comportamento e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prumos telescópicos <strong>de</strong> aço. Estudo analítico, numérico e experimental<br />

Instituição Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Luís Miguel Correia Guilherme<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Controlo <strong>de</strong> um gerador <strong>de</strong> ondas hidráulicas <strong>em</strong> canal com absorção activa<br />

Instituição Instituto Superior Técnico – Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Autor Marta Filipa Gomes Rodrigues<br />

(bolseira)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Mo<strong>de</strong>lação da dinâmica do zooplâncton na Ria <strong>de</strong> Aveiro<br />

Instituição Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro<br />

Autor Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Pimenta Baptista<br />

(bolseira)<br />

Prova Doutoramento<br />

Título Abordagens <strong>de</strong> riscos <strong>em</strong> obras <strong>de</strong> aterro<br />

Instituição Instituto Superior Técnico– Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Lina Maria Pereira <strong>de</strong> Matos<br />

(bolseira)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s <strong>em</strong> rochas silto-argilosas<br />

Instituição Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências <strong>de</strong> Lisboa<br />

Autor Nuno Filipe Neves Viegas da Silva Afonso<br />

(bolseiro)<br />

Prova Mestrado<br />

Título Simulador <strong>de</strong> cenários sísmicos <strong>em</strong> ambiente websig<br />

Instituição Instituto Superior Técnico– Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa<br />

1.2.3 Articulação com estudos co-financiados por outras entida<strong>de</strong>s<br />

Tratando-se, como se sublinhou, <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> estratégica promovida por sua própria iniciativa, a maior parte do<br />

financiamento da investigação programada, <strong>de</strong>signadamente para satisfação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas correntes com pessoal, provém<br />

da parcela <strong>de</strong> receita que lhe é consignada por transferência do Orçamento do Estado.<br />

Não obstante, s<strong>em</strong>pre que os objectivos <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, nacionais ou estrangeiras, se po<strong>de</strong>m alinhar<br />

com os do PIP <strong>em</strong> geral e dos seus Estudos <strong>em</strong> particular, são apresentadas candidaturas a esses Programas, as quais<br />

possibilitam a angariação <strong>de</strong> financiamento externo. Por outro lado, para além das naturais preocupações com os aspectos<br />

relativos a financiamento, importa realçar que, <strong>em</strong> especial no caso <strong>de</strong> candidaturas a programas <strong>de</strong> financiamento<br />

da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>pendência da Comissão Europeia (CE), também se procuram os benefícios da<br />

internacionalização na realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> I&D conjuntamente com instituições congéneres europeias.<br />

Em <strong>2008</strong>, o financiamento externo da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação programada – num total <strong>de</strong> € 1 156 978 –, <strong>em</strong> termos<br />

correntes e <strong>de</strong> capital, foi assegurado por diversas entida<strong>de</strong>s, como a seguir se explicita:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Comissão Europeia (CE) € 407 572 (35%)<br />

Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) € 662 996 (57%)<br />

Administração do Porto <strong>de</strong> Sines € 39 527 (3%)<br />

Outras entida<strong>de</strong>s públicas e privadas € 46.884 (5%)<br />

Nos quadros seguintes, Quadros 1.3 e 1.4, apresentam-se os 80 Projectos <strong>em</strong> curso ou iniciados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com cofinanciamento<br />

da CE (18) e da FCT (62), respectivamente, os quais, <strong>em</strong>bora possuindo, por razões administrativas,<br />

<strong>de</strong>signações próprias, intimamente se articulam, como se salientou, com Estudos inseridos no âmbito dos Planos <strong>de</strong><br />

Investigação Programada (o anterior e o que teve início <strong>em</strong> 2005).<br />

7


8<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Serviço<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

Quadro 1.3 • Projectos com co-financiamento da União Europeia<br />

Designação<br />

DM/NMM 15719 MEDACHS — Marine Environment Damage to Atlantic Coast Structures and Buildings. Methods of<br />

Assessment and Repair<br />

DM/NCMC 15532 ARTECH — Access, Research and Technology for the Conservation of the European Cultural Heritage<br />

DE/NESDE 15525 LESSLOSS — Risk Mitigation for Earthquakes and Landsli<strong>de</strong>s<br />

DE/NESDE 16833 STEP — Strategies and Tools for Early Post-Earthquake Assessment<br />

DHA/NPE 16091 HYDRALAB III — Integrated Infrastructure Initiative<br />

DHA/NPE 15894 MARNIS — Maritime Navigation and Information Services<br />

DHA/NEC 16357 IMMATIE — Improv<strong>em</strong>ent of Morphodynamic Mo<strong>de</strong>l Applied to Tidal Inlet Environments<br />

DHA/NRE 15859 IWRM.NET-CA — Towards a European Wi<strong>de</strong> Exchange Network for Integrating Research Efforts on<br />

Integrated Water Resources Manag<strong>em</strong>ent<br />

DHA/NES 15983 TECHNEAU — Technology Enabled Universal to Safe Water<br />

DHA/NES 16889 AWARE — Advanced Water Asset Rehabilitation in Portugal<br />

DHA/NAS 15489 ASEMWATERNET — Multi-Stakehol<strong>de</strong>r Platform for ASEM S&T Cooperation on Sustainable Water<br />

Use<br />

DHA/NAS 15488 ECOMANAGE — Integrated Ecological Zone Manag<strong>em</strong>ent Research Project<br />

DHA/NAS 16344 KNOWENTECH — Development of Strategic Aca<strong>de</strong>mia-Industry Partnership in Romania for<br />

Knowledge Manag<strong>em</strong>ent in Environmental Friendly Technologies<br />

DHA/NAS 15405 GABARDINE — Groundwater Artificial Recharge Based on Alternative Sources of Water: Advanced<br />

Integrated Technologies and Manag<strong>em</strong>ent<br />

DT/Chefia 16103 NETLIPSE — Network for the Diss<strong>em</strong>ination of Knowledge on the Manag<strong>em</strong>ent and Organisation<br />

of Large Infrastructure Projects in Europe<br />

DT/NPTS 15412 SAFETYNET — The European Road Safety Observatory<br />

DT/NPTS 15414 IN-SAFETY — Infrastructure and Safety<br />

DT/NPTS 15413 RIPCORD/ISEREST — Road Infrastructure Safety Protection - Core-Research and Development for<br />

Road Safety in Europe<br />

Serviço<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

Quadro 1.4 • Projectos com co-financiamento da FCT<br />

Designação<br />

Total: 18<br />

DM/NB 16613 Vida útil do projecto — Mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da durabilida<strong>de</strong> do betão<br />

DM/NMM 15802 SCORBA — Novos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> monitorização da corrosão <strong>em</strong> estruturas <strong>de</strong> betão armado<br />

e pós-esforçado<br />

DM/NMM 16587 Mitigação <strong>de</strong> reacções <strong>de</strong>letérias expansivas internas <strong>em</strong> estruturas <strong>de</strong> betão<br />

DE/NEM 15807 Influência da rigi<strong>de</strong>z das ligações no comportamento estático e dinâmico das estruturas <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira: consequências <strong>de</strong> diferentes técnicas <strong>de</strong> reforço<br />

DE/NEM 15823 Caracterização <strong>de</strong> ligações coladas e comportamento <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos estruturais compósitos<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira baseados <strong>em</strong> colag<strong>em</strong><br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Serviço<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

Designação<br />

DE/NEM 16596 Avaliação da segurança <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira por meio <strong>de</strong> métodos não <strong>de</strong>strutivos e<br />

análise estocástica<br />

DE/NEM 16617 OAKWOODS.PT — Proprieda<strong>de</strong>s da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> carvalhos portugueses para produção <strong>de</strong><br />

produtos sólidos e compostos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> valor elevado<br />

DE/NOE 15824 URBKLIM — Clima e sustentabilida<strong>de</strong> urbana. percepção do conforto e riscos climáticos<br />

DE/NESDE 15791 USUET — Análise sistémica do risco sísmico: uma visão integrada. aplicação a centros<br />

urbanos nos açores<br />

DE/NESDE 15806 Redução da vulnerabilida<strong>de</strong> sísmica <strong>de</strong> edifícios antigos <strong>em</strong> alvenaria<br />

DE/NESDE 15982 COVICOCEPAD — Comparision of vibration control in engineering using passive and active<br />

dampers<br />

DE/NESDE 16618 Soluções inovadoras para pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alvenaria não resistentes<br />

DBB/<br />

NMMF<br />

16068 Mo<strong>de</strong>lação discreta por partículas da fractura <strong>em</strong> estruturas <strong>de</strong> betão e alvenaria<br />

DBB/<br />

NMMF<br />

16581 Avaliação da segurança sísmica <strong>de</strong> barragens <strong>de</strong> betão através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los experimentais<br />

e numéricos<br />

DBB/NGA 16623 SUBSIN — Utilização do InSAR na <strong>de</strong>tecção e caracterização <strong>de</strong> subsidência e <strong>de</strong>slizamento<br />

do solo na região <strong>de</strong> Lisboa<br />

DBB/NGA 16633 Metodologias para extracção <strong>de</strong> informação GEOgráfica a gran<strong>de</strong> escala a partir <strong>de</strong> imagens<br />

<strong>de</strong> SATélite <strong>de</strong> alta resolução<br />

DBB/NFOS 15793 Risco Geotécnico <strong>em</strong> Túneis para Comboios <strong>de</strong> Alta Velocida<strong>de</strong><br />

DG/NBOA 15781 Interacção Solo — Via Férrea para Comboios <strong>de</strong> Alta Velocida<strong>de</strong><br />

DG/NGE 15784 Aplicação <strong>de</strong> resíduos <strong>em</strong> infra-estruturas <strong>de</strong> transportes e obras geotécnicas — valorização<br />

<strong>de</strong> escórias <strong>de</strong> aciaria<br />

DG/NGE 16616 Mo<strong>de</strong>lação e cartografia geológica e geotécnica tridimensional <strong>em</strong> áreas urbanas. Apl<br />

DG/NT 16637 Comportamento dinâmico dos solos. Interacção solo-estrututura. Aplicação a estruturas<br />

<strong>de</strong> contenção flexíveis ancoradas<br />

DHA/NTI 15760 SALVA-VIDAS: simulador <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências induzidas por cheias<br />

DHA/NTI 16608 Forma urbana sustentável — Desenvolvimento metodológico para Portugal<br />

DHA/NPE 15157 Mo<strong>de</strong>lação da propagação e <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> ondas marítimas <strong>em</strong> zonas portuárias. análise<br />

numérica e experimental<br />

DHA/NPE 16538 Novas aberturas <strong>de</strong> protecção para a costa portuguesa<br />

DHA/NPE 16545 Interacção entre a rebentação das ondas e o transporte <strong>de</strong> areias<br />

DHA/NPE 16546 Interface geográfica para mo<strong>de</strong>lação costeira e marinha<br />

DHA/NPE 16577 Mo<strong>de</strong>lo operacional <strong>de</strong> apoio à gestão portuária<br />

DHA/NPE 16579 Análise do comportamento hidrodinâmico <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> acostag<strong>em</strong> e <strong>de</strong> amarração —<br />

O caso crítico do terminal petroleiro do porto <strong>de</strong> Leixões<br />

DHA/NEC 15161 BERNA — Evolução <strong>de</strong> praias <strong>em</strong> zonas <strong>de</strong> fetch restrito: análise experimental e numérica<br />

DHA/NEC 15758 EMERA — Estudo da morfodinâmica da <strong>em</strong>bocadura da ria <strong>de</strong> Aveiro<br />

DHA/NEC 16536 Sand beach textural and compositional variability as indicator of sedimentary dynamics<br />

DHA/NEC 16557 Morfodinâmica <strong>de</strong> <strong>em</strong>bocaduras<br />

9


10<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Serviço<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

Designação<br />

DHA/NEC 16559 Análise multidisciplinar integrada da dinâmica sedimentar e da contaminação fecal <strong>em</strong><br />

sist<strong>em</strong>as costeiros intermitentes<br />

DHA/NEC 16564 Extracção <strong>de</strong> areias na plataforma continental portuguesa: impactos e evolução<br />

morfodinâmica<br />

DHA/NEC 16599 Muros das marinas <strong>de</strong> sal da ria <strong>de</strong> Aveiro<br />

DHA/NEC 16707 G-CAST — Aplicação da computação GRID num sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> simulação e previsão da<br />

morfodinâmica <strong>em</strong> zonas costeiras<br />

DHA/NES 14565 Efeito das condições <strong>de</strong> escoamento no <strong>de</strong>caimento do cloro residual e na qualida<strong>de</strong> da<br />

água <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> adução e distribuição<br />

DHA/NRE 15759 Ecologia migratória <strong>de</strong> espécies piscícolas <strong>de</strong> águas doces ibéricas e optimização da eficácia<br />

<strong>de</strong> passagens para peixes<br />

DHA/NRE 15820 Análise das expectativas dos stakehol<strong>de</strong>rs sobre benefícios <strong>de</strong> projectos hídricos <strong>em</strong> regiões<br />

<strong>de</strong> escassez <strong>de</strong> água: contributos para a governância da água<br />

DHA/NRE 16561 Directrizes para a gestão integrada <strong>de</strong> escorrências <strong>de</strong> estradas <strong>em</strong> Portugal<br />

DHA/NES 15162 R<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> carbono orgânico assimilável <strong>de</strong> águas para consumo humano <strong>em</strong> filtros <strong>de</strong><br />

carvão activado com e s<strong>em</strong> activida<strong>de</strong> biológica<br />

DHA/NES 15770 Um sist<strong>em</strong>a para planeamento e gestão <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências <strong>em</strong> serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

água<br />

DHA/NES 15771 Avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>em</strong> estações <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água e estações <strong>de</strong> tratamento<br />

<strong>de</strong> águas residuais<br />

DHA/NES 15772 Utilização <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> tel<strong>em</strong>ediação domiciliária na gestão <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

água<br />

DHA/NES 15813 SPESSA — Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamento<br />

DHA/NES 15814 MOGIS — Mo<strong>de</strong>lação e gestão integrada <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamento<br />

DHA/NES 16571 R<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> cianotoxinas da água para consumo humano por filtros <strong>de</strong> carvão activado<br />

com activida<strong>de</strong> biológica<br />

DHA/NAS 15798 Avaliação do impacte dos fogos florestais nos recursos hídricos subterrâneos<br />

DHA/NAS 15799 Metodologias para um melhor planeamento e gestão do uso do solo agrícola aten<strong>de</strong>ndo à<br />

vulnerabilida<strong>de</strong> dos aquíferos à poluição difusa<br />

DT/NIRA 15765 Reabilitação <strong>de</strong> pavimentos rodoviários através <strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> a quente<br />

DT/NIRA 16589 O Efeito das sobre<strong>de</strong>scargas do tráfego no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos pavimentos rodoviários e no<br />

custo do ciclo <strong>de</strong> vida<br />

DT/NPTS 15767 IRUMS — Infra-estruturas rodoviárias urbanas mais seguras<br />

DT/NPTS 16605 Sinistralida<strong>de</strong> envolvendo a área adjacente à faixa <strong>de</strong> rodag<strong>em</strong><br />

DT/NIF 16576 Optimização <strong>de</strong> vias ferroviárias <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> mediante uso <strong>de</strong> sub-balastro<br />

betuminoso<br />

DED/NRI 15752 Conservação <strong>de</strong> argamassas tradicionais históricas <strong>de</strong> edifícios religiosos do Alentejo<br />

DED/NRI 15753 Estudo das argamassas compatíveis para a preservação do património edificado<br />

DED/NAU 15761 Conservação <strong>de</strong> rebocos da cal: Melhoria das técnicas e materiais <strong>de</strong> restauro arquitectónico<br />

DED/NAICI 16542 Ventilação <strong>de</strong> impulso <strong>em</strong> parques <strong>de</strong> estacionamento cobertos<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Serviço<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

Designação<br />

DED/NAICI 16556 Projecto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong> condutas <strong>de</strong> evacuação <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> turbinas<br />

a gás<br />

DED/ES 16598 Desenvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> conforto térmico e visual sustentáveis<br />

CTI 16565 COLABORATÓRIO — Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> conhecimento e recursos entre os laboratórios<br />

do estado<br />

1.3 Estudos e pareceres por contrato<br />

Total: 62 projectos<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços por contrato traduziu-se <strong>em</strong> <strong>2008</strong> numa facturação (s<strong>em</strong> IVA) <strong>de</strong> 9 813 287 euros<br />

(tendo sido <strong>em</strong> 2007 <strong>de</strong> 7 975 863 euros) e numa receita <strong>de</strong> 10 855 934 euros (<strong>em</strong> 2007 foi <strong>de</strong> 7 583 336 euros).<br />

Em <strong>2008</strong>, as entida<strong>de</strong>s que mais contribuíram para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços por contrato foram as seguintes:<br />

• NAG - Instituto da Água<br />

• EDP - Gestão da Produção <strong>de</strong> Energia, S.A.<br />

• NAER, S.A.<br />

• EP - Estradas <strong>de</strong> Portugal,S.A.<br />

• REFER - Re<strong>de</strong> Ferroviária Nacional, E.P.E.<br />

• CERTIF - Associação para a Certificação <strong>de</strong> Produtos<br />

• IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P.<br />

• RAVE - Re<strong>de</strong> Ferroviária <strong>de</strong> Alta Velocida<strong>de</strong>, S.A.<br />

• Laboratório Internacional <strong>de</strong> Nanotecnologia<br />

• COBA - Consultores para Obras, Barragens e Planeamento, S.A.<br />

A facturação correspon<strong>de</strong>nte a estudos efectuados para estas entida<strong>de</strong>s (7 565 691 euros) atingiu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, cerca <strong>de</strong> 77%<br />

da facturação total do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> estudos por contrato.<br />

Outras entida<strong>de</strong>s e <strong>em</strong>presas com contribuição também significativa para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços por<br />

contrato do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram:<br />

• Águas do Algarve, S.A.<br />

• Instituto <strong>de</strong> Segurança Social, I.P.<br />

• IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos<br />

• Águas <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A.<br />

• Direcção-Geral <strong>de</strong> Agricultura e Desenvolvimento Rural<br />

• Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Oci<strong>de</strong>ntal, SA<br />

• EDIA - Empresa <strong>de</strong> Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.<br />

• Administração dos Portos das Ilhas <strong>de</strong> S. Miguel e S. Maria<br />

• CIMPOR - Indústria <strong>de</strong> Cimentos, S.A.<br />

• Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação e Desenvolvimento Regional do Alentejo<br />

Gran<strong>de</strong> parte da prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia por contrato correspon<strong>de</strong> a estudos <strong>de</strong> apoio ao projecto,<br />

construção, reabilitação e controlo da segurança <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras públicas no país.<br />

11


12<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Alguns <strong>de</strong>stes estudos, nomeadamente os relativos ao controlo da segurança das obras, <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong>-se <strong>de</strong> forma<br />

sist<strong>em</strong>ática ao longo do t<strong>em</strong>po; outros têm sido associados ao acompanhamento da construção <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras públicas,<br />

activida<strong>de</strong> que se t<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> forma significativa nos últimos anos na sequência do Despacho do MEPAT<br />

n.º 12251/97, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro, do Despacho do MOPTH n.º 23184/2002, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Outubro, e do Despacho do MOPTH<br />

n.º 3634/2004, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro.<br />

Foram objecto <strong>de</strong> acompanhamento pelo <strong>LNEC</strong>, ao abrigo <strong>de</strong>stes Despachos, os <strong>em</strong>preendimentos do Alqueva, com<br />

<strong>de</strong>staque para a barrag<strong>em</strong> do Pedrógão, b<strong>em</strong> como as obras <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização da Linha do Norte, <strong>de</strong> ampliação da re<strong>de</strong><br />

do Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa e do Metro do Porto e ainda a reabilitação do túnel do Rossio. Na sequência <strong>de</strong> protocolos<br />

assinados, <strong>de</strong>u-se início ao acompanhamento das activida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> curso relativas à construção do Novo Aeroporto <strong>de</strong><br />

Lisboa, da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alta Velocida<strong>de</strong> e do estudo comparativo <strong>de</strong> localização da Terceira Travessia do Tejo (TTT).<br />

Merec<strong>em</strong> <strong>de</strong>staque os estudos referentes à localização do Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, visando, concretamente, a “Análise<br />

Técnica Comparada das Alternativas <strong>de</strong> Localização do Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, na Zona da Ota e na Zona do Campo<br />

<strong>de</strong> Tiro <strong>de</strong> Alcochete” e o referente à “Avaliação Comparativa das Alternativas Existentes para a Terceira Travessia do<br />

Tejo na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa”, para os quais o <strong>LNEC</strong> foi mandatado pelo Governo. Estes estudos envolveram a<br />

contribuição <strong>de</strong> um significativo número <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong> diversas valências técnico-científicas; no plano interno, contaram<br />

com uma intensa participação <strong>de</strong> cinco dos seus Departamentos, <strong>de</strong>signadamente do DT e DHA, que participaram na<br />

coor<strong>de</strong>nação e gestão do primeiro estudo, e ainda do DG, DED e DE. De referir ainda que o estudo relativo à TTT teve a<br />

coor<strong>de</strong>nação do DT.<br />

Indicam-se, a seguir, alguns dos aspectos mais relevantes da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida no âmbito dos estudos e pareceres<br />

por contrato, iniciados, prosseguidos ou concluídos pelas diversas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

1.3.1 Na área das barragens <strong>de</strong> betão<br />

A maior parte da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contrato realizada pelo Departamento <strong>de</strong> Barragens <strong>de</strong> Betão teve por objectivo apoiar os<br />

Donos <strong>de</strong> Obra das gran<strong>de</strong>s barragens <strong>de</strong> betão portuguesas no controlo <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>stas obras. Estes estudos foram<br />

pedidos pelo Instituto Nacional da Água (INAG) (quer na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dono <strong>de</strong> Obra, quer como Autorida<strong>de</strong> Nacional no<br />

domínio da segurança <strong>de</strong> barragens), EDP- Gestão da Produção <strong>de</strong> Energia, Empresa <strong>de</strong> Desenvolvimento e Infra-<br />

Estruturas do Alqueva (EDIA), Empresas do Grupo Águas <strong>de</strong> Portugal (ATMAD - Águas <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro e<br />

AdZC - Águas do Zêzere e Côa e Águas do Centro) e pela <strong>em</strong>presa Pebble Hydro. Na área das barragens, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> referir-se<br />

ainda os estudos realizados para a <strong>em</strong>presa moçambicana Hidroeléctrica <strong>de</strong> Cahora Bassa.<br />

Figura 1.4 | Caracterização das proprieda<strong>de</strong>s dos maciços rochosos Figura 1.5 | Ala oci<strong>de</strong>ntal do Terreiro do Paço: Nivelamento geométrico<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Para além <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>, foram também realizados estudos importantes, da responsabilida<strong>de</strong> do DBB ou <strong>em</strong> colaboração<br />

com outros serviços do <strong>LNEC</strong> para a Ass<strong>em</strong>bleia da República, Câmaras Municipais <strong>de</strong> Loulé e Lagos, Estradas <strong>de</strong> Portugal<br />

(EP), Metro do Porto (MP), Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa (ML), Re<strong>de</strong> Ferroviária Nacional (REFER), Re<strong>de</strong> Ferroviária <strong>de</strong> Alta<br />

Velocida<strong>de</strong> (RAVE), Administração dos Portos das Ilhas São Miguel e Santa Maria (APSM), Portucel, Mota-Engil e para a<br />

Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL).<br />

Destes estudos <strong>de</strong>stacam-se os seguintes:<br />

• Apreciação do projecto e do plano <strong>de</strong> observação da nova Barrag<strong>em</strong> do Alto Ceira e das futuras Barragens do<br />

Baixo Sabor, e o apoio ao projecto da futura Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeiradio;<br />

• Acompanhamento da construção e do primeiro enchimento das Barragens <strong>de</strong> Ferradosa, Olgas e Pretarouca,<br />

<strong>em</strong> Trás-os-Montes;<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• Acompanhamento da construção das novas centrais hidroeléctricas das Barragens <strong>de</strong> Picote e B<strong>em</strong>posta;<br />

• Ensaios <strong>de</strong> caracterização dos maciços rochosos no local da futura Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ribeiradio e <strong>de</strong> um tanque<br />

<strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> gás natural liquefeito <strong>em</strong> Sines;<br />

• Elaboração <strong>de</strong> uma tabela <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s máximas a utilizar na reabertura da Linha do Tua;<br />

• Campanhas <strong>de</strong> observação taqueométrica do Pavilhão Atlântico e da Ala oci<strong>de</strong>ntal da Praça do Comércio.<br />

Figura 1.3 | Construção da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Pretarouca (Lamego)<br />

Merece também realce, dada a responsabilida<strong>de</strong> envolvida e o seu carácter continuado, a activida<strong>de</strong> relativa ao controlo<br />

<strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> sessenta gran<strong>de</strong>s barragens <strong>de</strong> betão (ou mistas, <strong>de</strong> betão e terra) e dos respectivos órgãos<br />

<strong>de</strong> segurança e exploração, entre as quais se inclu<strong>em</strong> as maiores barragens <strong>em</strong> exploração <strong>em</strong> Portugal. No âmbito<br />

<strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>, o DBB realizou um número elevado (próximo da centena) <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> medição <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

observação instalados nestas obras. De referir, também, que o novo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> arquivo da informação proveniente dos<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> observação instalados nas diversas barragens “GESTBARRAGENS” entrou <strong>em</strong> exploração no <strong>LNEC</strong> e na EDP-<br />

Gestão da Produção <strong>de</strong> Energia.<br />

Refere-se também a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida no âmbito do acompanhamento das obras do metropolitano do Porto; na<br />

apreciação das propostas finais para o Túnel do Marão e na avaliação da conformida<strong>de</strong> com a directiva europeia relativa<br />

aos requisitos mínimos <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> vários túneis rodoviários <strong>em</strong> exploração pela EP - Estradas <strong>de</strong> Portugal.<br />

1.3.2 Na área das estruturas<br />

Figura 1.3 | Construção da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Pretarouca (Lamego)<br />

No ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, realizaram-se no DE inúmeros estudos, <strong>em</strong> áreas tão diversas como a inspecção e a quantificação<br />

da segurança <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> betão armado e pré-esforçado, <strong>de</strong> aço, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong> alvenaria, a monitorização e a<br />

13


14<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

observação a longo prazo, os ensaios <strong>de</strong> carga, a aerodinâmica <strong>de</strong> estruturas, a avaliação do potencial eólico, a avaliação<br />

do risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, conservação e reforço <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, a caracterização <strong>de</strong> produtos e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

construção inovadores à base <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, a avaliação do risco sísmico e o comportamento e segurança <strong>de</strong> estruturas<br />

sujeitas à acção sísmica, a normalização, a homologação e a certificação.<br />

Figura 1.6 | Ensaios sísmicos <strong>de</strong> edifícios antigos <strong>de</strong> alvenaria (cooperação<br />

com Universida<strong>de</strong> do Minho, financiamento FCT)<br />

Figura 1.7 | Inspecção da Ponte do Saltinho no rio Corubal, na Guiné-Bissau<br />

Estes estudos foram, nalguns casos, realizados <strong>em</strong> colaboração com universida<strong>de</strong>s e outras instituições <strong>de</strong> carácter<br />

científico, portuguesas ou estrangeiras.<br />

Destes trabalhos <strong>de</strong>stacam-se os seguintes:<br />

• Acompanhamento das obras dos Metropolitanos do Porto e <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>signadamente nas linhas vermelha<br />

e amarela, na estação da Baixa-Chiado, na estação fluvial do Terreiro do Paço e na estação <strong>de</strong> Arroios;<br />

• Colaboração, no âmbito da CT115 – “Eurocódigos Estruturais”, na elaboração dos Anexos Nacionais;<br />

• Realização <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 6000 ensaios nos seus laboratórios acreditados, nomeadamente o LMF e o LPM;<br />

• Acompanhamento do comportamento da estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira lamelada colada do Pavilhão Atlântico;<br />

• Prestou-se colaboração à REFER no âmbito da homologação <strong>de</strong> travessas pré-esforçadas para caminhos-<strong>de</strong>-<br />

-ferro;<br />

• Colaborou-se num estudo sobre pontes metálicas das linhas dos caminhos-<strong>de</strong>-ferro <strong>de</strong> Moçambique;<br />

• Colaborou-se com o Laboratório <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Angola no âmbito da peritag<strong>em</strong> sobre a <strong>de</strong>rrocada <strong>de</strong> um<br />

edifício <strong>em</strong> Luanda;<br />

• Realizou-se a inspecção principal <strong>de</strong> verificação <strong>em</strong> <strong>de</strong>zasseis <strong>de</strong> pontes da EP, S.A., a inspecção <strong>de</strong> sete<br />

pontes na República da Guiné-Bissau, e ainda <strong>em</strong> quatro pontes <strong>de</strong> Câmaras Municipais e do INAG;<br />

• Foram efectuados ensaios estáticos ou dinâmicos <strong>em</strong> onze obras <strong>de</strong> arte da Auto-estrada A17, das quais se<br />

salienta a ponte sobre o rio Mon<strong>de</strong>go;<br />

• Foram efectuados ensaios <strong>em</strong> túnel aerodinâmico do perfil alar da microturbina eólica, <strong>de</strong> eixo vertical,<br />

TURBAN, e do complexo <strong>de</strong> edifícios Estoril-Sol;<br />

• Realização do “Estudo do risco sísmico e <strong>de</strong> tsunamis da região do Algarve” – ANPC;<br />

• Realização da “Avaliação da vulnerabilida<strong>de</strong> sísmica do Palácio <strong>de</strong> S. Bento”, Ass<strong>em</strong>bleia da Republica;<br />

• Realização do estudo da Segurança das instalações do edifício da C.M.A. – Câmara Municipal da Amadora;<br />

• Projecto LESSLOSS (Risk Mitigation for Earthquakes and Landsli<strong>de</strong>s) – Programa Quadro da UE;<br />

• Projecto STEP (Strategies and Tools for Early Post-Earthquake Assessment) – Action Programme for Civil<br />

Protection, 6º Programa Quadro da UE;<br />

• Projecto COVICOCEPAD - EU;<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• “Caracterização dinâmica da estrutura do edifício da Escola <strong>de</strong><br />

Enfermag<strong>em</strong> Calouste Gulbenkian” – BEL;<br />

• Projecto SAFECAST;<br />

• Projecto FCT: Avaliação da segurança <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

por meio <strong>de</strong> métodos não <strong>de</strong>strutivos e análise estocástica<br />

(Coor<strong>de</strong>nação);<br />

• Projecto FCT: OAKWOODS.PT – Proprieda<strong>de</strong>s da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

carvalhos portugueses para produção <strong>de</strong> produtos sólidos e<br />

compostos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> valor elevado;<br />

• Projecto FCT: Influência da Rigi<strong>de</strong>z das Ligações no<br />

Comportamento Estático e Dinâmico das Estruturas <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira: Consequências <strong>de</strong> Diferentes Técnicas <strong>de</strong> Reforço;<br />

• Projecto FCT: Caracterização <strong>de</strong> Ligações Coladas e<br />

Comportamento <strong>de</strong> El<strong>em</strong>entos Estruturais Compósitos <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira baseados <strong>em</strong> Colag<strong>em</strong>;<br />

• Colaboração com a CERTIF no processo <strong>de</strong> marcação CE<br />

<strong>de</strong> placas <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, no âmbito da Directiva<br />

dos Produtos da Construção e da norma harmonizada<br />

13986:2004;<br />

• Estudos tendo <strong>em</strong> vista a Homologação ou a Aprovação<br />

Técnica Europeia <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> construção prefabricada <strong>em</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira.<br />

Figura 1.8 | Desenvolvimento do simulador <strong>de</strong> cenários<br />

sísmicos para aplicação no estudo <strong>de</strong> risco sísmico do Algarve,<br />

por solicitação da ANPC<br />

Na activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida no Departamento <strong>de</strong> Estruturas integra-se<br />

ainda a observação a longo prazo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> uma dúzia <strong>de</strong> pontes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vão, da EP-E.P.E. e da REFER.<br />

O Departamento participou ainda <strong>em</strong> numerosas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> peritag<strong>em</strong> no âmbito <strong>de</strong> processos judiciais.<br />

Na sequência da participação <strong>em</strong> Comissões <strong>de</strong> Inquérito para averiguação das causas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> obras, foram<br />

efectuadas numerosas <strong>de</strong>slocações a tribunais para prestação <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações.<br />

Assegurou-se a representação portuguesa no Grupo <strong>de</strong> Correspon<strong>de</strong>ntes Nacionais para os Eurocódigos (ENC Group) da<br />

Comissão Europeia, tendo-se participado <strong>em</strong> Bruxelas na sua 16ª reunião.<br />

No âmbito da CT12 – “Aços e Ferros Fundidos”, continuou-se a colaboração com a SC7 – “Aços para Betão e Aços para<br />

Pré-esforço”, e assegurou-se a coor<strong>de</strong>nação da SC4 – “Ensaios Mecânicos, Físicos e Não Destrutivos”.<br />

No âmbito da CT12/SC4, concluiu-se a elaboração do documento <strong>de</strong> base para a preparação da versão portuguesa da<br />

norma europeia EN ISO 2566-2.<br />

No âmbito do ECISS TC19/SC1 – “Reinforcing Steels”, continuou a acompanhar-se a evolução da Norma Europeia para<br />

armaduras para betão, incluindo as <strong>de</strong> aço inoxidável.<br />

No âmbito do ECISS TC19/SC2 – “Prestressing Steels” continuou a acompanhar-se a preparação da norma EN10138.<br />

Participou-se na CTC05 – Produtos Si<strong>de</strong>rúrgicos, da CERTIF.<br />

Participou-se na Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Apreciação Técnica <strong>de</strong> Produtos da Construção.<br />

Participou-se no Conselho Consultivo da QSP – Qualida<strong>de</strong> Si<strong>de</strong>rúrgica Portuguesa.<br />

Participou-se na SIQ (Secção <strong>de</strong> Inscrição e Classificação) da MQ/<strong>LNEC</strong>.<br />

Assegurou-se o Secretariado do EC8 – Eurocódigo 8<br />

Elaborou-se uma Especificação <strong>LNEC</strong> relativa a Contraplacado Marítimo.<br />

Houve colaboração na activida<strong>de</strong> da Comissão Técnica <strong>de</strong> normalização nacional CT-14: Ma<strong>de</strong>iras.<br />

15


16<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Figura 1.9 | Avaliação da segurança e monitorização <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira Figura 1.10 | Ensaio <strong>de</strong> Prumos Telescópicos<br />

Foi feita uma Acção <strong>de</strong> Formação para a Câmara Municipal <strong>de</strong> Lisboa, sobre “Reforço e reparação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira”.<br />

Foi organizada a Secção “Directiva dos Produtos da Construção – Ma<strong>de</strong>iras” sobre a impl<strong>em</strong>entação das normas europeias<br />

harmonizadas EN 14915 (Revestimentos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e tectos <strong>em</strong> ma<strong>de</strong>ira maciça) e EN 14342 (revestimentos <strong>de</strong> piso <strong>em</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira).<br />

Co-organização da 1ª Conferência Internacional MEDACHS08 – Construction Heritage in Coastal and Marine Environments.<br />

Regista-se, ainda, no âmbito da cooperação interinstitucional a participação <strong>em</strong> plataformas e re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> ciência e<br />

tecnologia, citando-se a participação nas seguintes Acções COST: COST E34 – Bonding of timber, COST E37 – Sustainability<br />

through new technologies for enhanced wood durability, COST E49 – Processes and Performance of Wood-based Panels,<br />

COST E53 – Quality Control for wood and wood products, COST E55 – Mo<strong>de</strong>lling the performance of timber structures e<br />

COST IE0601 – Wood Science for Conservation of Cultural Heritage.<br />

Integrada no Plano <strong>de</strong> Investigação Programada 2005-<strong>2008</strong>, foi <strong>de</strong>senvolvida diversa activida<strong>de</strong>, nomeadamente nos<br />

seguintes projectos:<br />

• Análise do comportamento <strong>de</strong> estruturas metálicas reticuladas <strong>em</strong> regime elastoplástico;<br />

• Segurança <strong>de</strong> estruturas provisórias <strong>de</strong> apoio à construção;<br />

• Comportamento <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> betão armado e pré-esforçado;<br />

• Comportamento e reabilitação <strong>de</strong> construções antigas <strong>em</strong> alvenaria;<br />

• Observação <strong>de</strong> pontes e estruturas especiais;<br />

• Engenharia do Vento;<br />

• Conservação e reabilitação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira;<br />

• Avaliação do comportamento <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira maciça e <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira;<br />

• Controlo da <strong>de</strong>gradação biológica da ma<strong>de</strong>ira.<br />

Foram também acolhidas e/ou orientadas no NEM 12 teses <strong>de</strong> Doutoramento e Dissertações <strong>de</strong> Mestrado e um Estágio<br />

Formal da OE, e houve participação <strong>em</strong> Júris, <strong>em</strong> colaboração com diversas Universida<strong>de</strong>s.<br />

Foram realizadas duas visitas <strong>de</strong> cooperação, às Universida<strong>de</strong>s do Tennessee, EUA, e à Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Córdoba, Espanha,<br />

a convite <strong>de</strong>ssas Universida<strong>de</strong>s.<br />

O Departamento <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> à edição da Revista Portuguesa <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, cuja Série II se iniciou <strong>em</strong><br />

2007. O DE colaborou ainda com a APEE, com o GPBE, com a SPES, com a IABSE e com a Fib.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

1.3.3 Na área dos edifícios, urbanismo e sócio-economia<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida caracterizou-se pela gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assuntos e pelo elevado número <strong>de</strong> estudos<br />

realizados. Esses estudos incluíram:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• a apreciação e a homologação <strong>de</strong> produtos e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> construção não tradicionais, correspon<strong>de</strong>ndo <strong>em</strong><br />

alguns casos a confirmações <strong>de</strong> homologações estrangeiras;<br />

• o <strong>de</strong>senvolvimento e a qualificação experimental <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> edifícios;<br />

• estudos <strong>de</strong> garantia da qualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> instalação da caixilharia exterior <strong>em</strong> edifícios;<br />

• a avaliação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> projecto <strong>de</strong> edifícios recorrendo a tecnologias inovadoras, e<br />

acompanhamento da sua aplicação <strong>em</strong> obra;<br />

• a elaboração <strong>de</strong> recomendações técnicas para projecto, construção e exploração <strong>de</strong> edifícios com diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> utilizações;<br />

• pareceres sobre probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e <strong>de</strong> patologia construtiva e funcional <strong>em</strong> edifícios;<br />

• estudos sobre segurança contra incêndio <strong>em</strong> edifícios e <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong> engenharia (entre os quais, a<br />

avaliação do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> ventilação e controlo <strong>de</strong> fumo <strong>em</strong> espaços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões<br />

<strong>em</strong> edifícios, parques <strong>de</strong> estacionamento cobertos, e túneis rodoviários e ferroviários);<br />

• estudos <strong>de</strong> caracterização e monitorização do ambiente acústico e do clima luminoso;<br />

• estudos nos domínios da requalificação <strong>de</strong> áreas resi<strong>de</strong>nciais e da renovação urbana; estudos no domínio<br />

da ecologia social <strong>em</strong> ligação com o habitat e com o ambiente incidindo, entre outros t<strong>em</strong>as, no apoio <strong>de</strong><br />

consultoria às intervenções sociais integradas no projecto “Old Ghettos, New Centralities”, co-financiado<br />

pelo Instrumento Financeiro do Espaço Económico Europeu/Fundos EFTA;<br />

• estudos <strong>de</strong> índole técnico-económica que cobriram, <strong>de</strong>signadamente, a avaliação periódica do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento físico das obras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s infra-estruturas nacionais, a monitorização das intervenções<br />

integradas no projecto, já referido, “Old Ghettos, New Centralities”;<br />

• elaboração <strong>de</strong> recomendações técnicas para equipamentos sociais e para instalações das forças <strong>de</strong> segurança,<br />

no âmbito <strong>de</strong> protocolos respectivamente com o Instituto <strong>de</strong> Segurança Social (ISS) e com a Direcção-Geral<br />

<strong>de</strong> Infra-Estruturas e Equipamentos (DGIE) do MAI;<br />

• análise das condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> dos edifícios do Bairro do Alto da Cova da Moura com vista à sua<br />

futura reabilitação, no âmbito do projecto governamental “Bairros Críticos” para requalificação e reinserção<br />

urbana <strong>de</strong>sses bairros;<br />

• <strong>de</strong>senvolvimento, <strong>em</strong> parceria com o IC-FEUP e o INESC Porto, <strong>de</strong> um protocolo para a normalização da<br />

informação técnica na construção (ProNIC);<br />

Figura 1.11 | Estudo das condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> do edificado do Bairro do Alto<br />

da Cova da Moura<br />

Figura 1.12 | Ensaio <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> fumo junto do caminho <strong>de</strong> evacuação<br />

do Túnel do Rossio<br />

17


18<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

• consultoria no âmbito da construção das infra-estruturas do Instituto Internacional Ibérico <strong>de</strong> Nanotecnologia;<br />

• colaboração nos processos <strong>de</strong> certificação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>preendimentos <strong>de</strong> construção no âmbito da<br />

Marca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>LNEC</strong>.<br />

Figura 1.13 | Avaliação das condições <strong>de</strong> concepção e execução <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos<br />

<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> habitação<br />

1.3.4 Na área da geotecnia<br />

Figura 1.14 | Ensaio com esclerómetro <strong>de</strong> pêndulo sobre revestimento <strong>de</strong> par<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> edifício antigo<br />

Os estudos por contrato com uma componente <strong>de</strong> investigação significativa <strong>de</strong>senvolvidos no Departamento <strong>de</strong> Geotecnia<br />

caracterizaram-se por uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e compreen<strong>de</strong>ram intervenções <strong>em</strong> diferentes áreas científicas e técnicas:<br />

acompanhamento da construção, observação, análise do comportamento e reabilitação <strong>de</strong> barragens <strong>de</strong> aterro; aterros<br />

ferroviários; túneis; estudos <strong>de</strong> sítio; prospecção geotécnica; prospecção geofísica e com georradar; contaminação <strong>de</strong> solos;<br />

reabilitação <strong>de</strong> áreas mineiras <strong>de</strong>gradadas; valorização <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> pedreiras e sua aplicação <strong>em</strong> aterros; estabilida<strong>de</strong>,<br />

reforço e observação <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s; estruturas <strong>de</strong> suporte; ancoragens; tratamento e reforço <strong>de</strong> solos; estudos <strong>de</strong> impacto<br />

ambiental.<br />

Estes estudos foram solicitados, na sua maior parte, pelo Instituto da Água (INAG), pela Companhia Portuguesa <strong>de</strong><br />

Produção <strong>de</strong> Electricida<strong>de</strong> (CPPE), pela Empresa <strong>de</strong> Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), pelas Águas<br />

do Algarve, pelo Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa (ML), pela Re<strong>de</strong> Ferroviária Nacional (REFER) e pela Re<strong>de</strong> Ferroviária <strong>de</strong> Alta<br />

Velocida<strong>de</strong> (RAVE). Foram também realizados estudos importantes para o Ministério da Saú<strong>de</strong>, Direcção-Geral <strong>de</strong><br />

Agricultura e Desenvolvimento Rural, para a NAER - Novo Aeroporto, para as Câmaras Municipais <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira,<br />

Figuras 1.15 e 1.16 | Ensaios geofísicos e acompanhamento dos trabalhos <strong>de</strong> prospecção no Campo <strong>de</strong> Tiro <strong>de</strong> Alcochete<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Figura 1.17 | Obras <strong>de</strong> estabilização, com a consolidação dos blocos rochosos,<br />

da Serra do Pilar<br />

Lisboa, Porto, Santarém, Sardoal, Tomar, Alcoutim e Vila Nova <strong>de</strong> Gaia, para as Direcções Regionais <strong>de</strong> Agricultura e Pescas<br />

do Algarve e <strong>de</strong> Trás-os-Montes, <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, Agência Portuguesa do Ambiente, Parque Expo,<br />

Somincor e, ainda, para diversas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> construção, <strong>em</strong> especial, <strong>de</strong> obras públicas.<br />

Destes estudos <strong>de</strong>stacam-se os seguintes:<br />

• controlo <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s barragens <strong>de</strong> aterro portuguesas <strong>em</strong> construção, durante o primeiro<br />

enchimento e <strong>em</strong> exploração;<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• acompanhamento <strong>de</strong> obras do metropolitano (Linha Vermelha e Linha Azul);<br />

• estudos geotécnicos e <strong>de</strong> contaminação <strong>de</strong> solos relativos à construção do Novo Aeroporto no Campo <strong>de</strong><br />

Tiro <strong>de</strong> Alcochete;<br />

• apreciação das soluções da Terceira Travessia do Tejo na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa;<br />

• apreciação das estudos <strong>de</strong> impacte ambiental na sua componente <strong>de</strong> geologia;<br />

• acompanhamento do Empreendimento <strong>de</strong> Ligação <strong>de</strong>snivelada da Linha <strong>de</strong> Cintura Interna à Linha <strong>de</strong> Cascais<br />

e ao Porto <strong>de</strong> Lisboa;<br />

• a Monitorização <strong>de</strong> subsidência e vibrações no Couto Mineiro <strong>de</strong> Aljustrel.<br />

Deve ainda referir-se a intensa activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> caracterização mecânica (estática e dinâmica) e hidráulica <strong>de</strong><br />

terrenos e obras, no estudo da liquefacção, com aplicação <strong>de</strong> técnicas laboratoriais e métodos geofísicos, <strong>em</strong> estudos <strong>de</strong><br />

estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s e observação do comportamento <strong>de</strong> ancoragens e outras estruturas <strong>de</strong> suporte, e <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong><br />

instalação <strong>de</strong> geossintéticos <strong>em</strong> aterros <strong>de</strong> resíduos.<br />

1.3.5 Na área da hidráulica e ambiente<br />

Figura 1.18 | Acompanhamento da Estação <strong>de</strong> São Sebastião do Metropolitano<br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

A activida<strong>de</strong> por contrato realizada <strong>em</strong> <strong>2008</strong> pelo <strong>LNEC</strong> na área <strong>de</strong> hidráulica e ambiente, através do seu Departamento <strong>de</strong><br />

Hidráulica e Ambiente (DHA), foi intensa, traduzindo-se na execução <strong>de</strong> 255 estudos, dos quais 82 terminaram no <strong>de</strong>correr<br />

do ano. Os estudos realizados (<strong>em</strong> curso e concluídos) cobriram, naturalmente, todas as áreas científicas e técnicas <strong>em</strong> que<br />

o Departamento exerce a sua activida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando-se, neste contexto, os seguintes:<br />

• portos e obras marítimas (com particular <strong>de</strong>staque para a Região Autónoma dos Açores);<br />

• estuários e zonas costeiras (com relevância para estudos no âmbito dos circuitos <strong>de</strong> refrigeração <strong>de</strong> centrais<br />

térmicas <strong>em</strong> Marrocos e <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> fisiografia costeira);<br />

• aproveitamentos hidráulicos e recursos hídricos (para a EDP, mas também para outros consultores);<br />

19


20<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Figura 1.19 | Monitorização <strong>de</strong> níveis para a prospecção hidrogeológica na área<br />

do Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa<br />

• engenharia sanitária (com <strong>de</strong>staque para Câmaras Municipais e para entida<strong>de</strong>s públicas reguladoras e<br />

gestoras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> águas e <strong>de</strong> águas residuais);<br />

• águas subterrâneas (com particular <strong>de</strong>staque para a zona do Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, para a NAER, e<br />

estudos para a Estradas <strong>de</strong> Portugal e para a REFER).<br />

Os estudos foram maioritariamente solicitados para o território nacional, <strong>de</strong>stacando-se, porém, 5 para o estrangeiro<br />

(Espanha, Marrocos e Argélia). Para o território nacional, os estudos foram maioritariamente solicitados pela Administração<br />

Pública (Central, Regional e Autárquica), mas também por entida<strong>de</strong>s públicas e privadas.<br />

Merece referência a participação do Departamento no estudo “Análise técnica comparada das alternativas <strong>de</strong> localização<br />

do Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa na zona da Ota e na zona do Campo <strong>de</strong> Tiro <strong>de</strong> Alcochete para o Novo Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa”<br />

(iniciado <strong>em</strong> 2007), <strong>de</strong> que resultaram a elaboração <strong>de</strong> um “<strong>Relatório</strong> Ambiental” e respectivo “Resumo Não Técnico” b<strong>em</strong><br />

como a proposta <strong>de</strong> “Declaração Ambiental”.<br />

Merece igualmente referência a participação do Departamento na coor<strong>de</strong>nação da área do ambiente no estudo <strong>de</strong><br />

“Avaliação comparativa das alternativas existentes para a Terceira Travessia do Tejo na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa”,<br />

incluindo participações nas componentes portuária, estuarina, <strong>de</strong> recursos hídricos superficiais e subterrâneos e <strong>de</strong><br />

tecnologias <strong>de</strong> informação.<br />

Figura 1.21 | Ensaios <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e galgamentos e ensaios <strong>de</strong> agitação do porto<br />

da Madalena (ilha do Pico, Açores)<br />

Figura 1.20 | Simulação do transporte <strong>de</strong> hidrocarbonetos. O caso do Prestige<br />

Figura 1.22 | Sedimentação <strong>em</strong> albufeiras por correntes <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z – Ensaio<br />

experimental<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Em Outras Activida<strong>de</strong>s Científicas e Técnicas, o envolvimento do Departamento <strong>de</strong> Hidráulica e Ambiente foi, igualmente,<br />

intenso e diversificado, registando-se elevada representação dos seus el<strong>em</strong>entos <strong>em</strong> missões <strong>de</strong> peritag<strong>em</strong> e <strong>de</strong> assessoria,<br />

<strong>em</strong> Comissões Científicas e Técnicas, <strong>de</strong> âmbito nacional e internacional, b<strong>em</strong> como na realização <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> calibração<br />

<strong>de</strong> equipamentos hidráulicos industriais (caudalímetros) para entida<strong>de</strong>s gestoras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> águas e outras.<br />

Regista-se, ainda, a participação <strong>em</strong> plataformas e re<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> ciência e tecnologia, com <strong>de</strong>staque para a Hidronet-<br />

Pt (Re<strong>de</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento do conhecimento <strong>em</strong> hidráulica e meios hídricos) e ASEM-Waternet (plataforma Europa<br />

– Ásia para a gestão <strong>de</strong> recursos hídricos) criadas <strong>em</strong> 2006, mas também nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Laboratórios <strong>de</strong> Hidráulica Europeus,<br />

Re<strong>de</strong> Ibero-Americana Água e Cida<strong>de</strong> (CYTED) e WSSTP (Water Supply and Sanitation Technology Platform, da União<br />

Europeia).<br />

1.3.6 Na área dos materiais<br />

Desenvolveram-se vários estudos, frequent<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> colaboração com outros sectores do <strong>LNEC</strong>. Estes estudos foram<br />

solicitados, na sua maior parte, pelas seguintes entida<strong>de</strong>s: Estradas <strong>de</strong> Portugal-E.P. SA, ANAM, EDP, EPAL, Tetraprojecto,<br />

Lda., Tecnoplano, Lda., REFER – Re<strong>de</strong> Ferroviária Nacional, EP, BEL, Hydro Building Syst<strong>em</strong>s, Lda., Henrique e Alves –<br />

Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Construções, Lda., CIN, Fersil, ALTAC, S.L. Porbigalp, Petrogal, MOTA-ENGIL, PRECORE – Prefabricação,<br />

Construção e Reparação, SA., Ministério da Defesa Nacional – Marinha, PRESCOR, Cristal Construções, BAIXO SABOR –<br />

Bento Pedroso Construções e Lena, ACE, EDC – Mármores, SA.<br />

Destes estudos <strong>de</strong>stacam-se os seguintes:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• Estudo <strong>de</strong> fluência e maturida<strong>de</strong> do betão a aplicar na Ponte sobre o rio Catumbela, <strong>em</strong> Angola;<br />

• EN 103 – Ponte sobre o rio Borralha ao km 95+055. Reabilitação e eventual reforço da obra <strong>de</strong> arte;<br />

• Apoio técnico na homologação e acompanhamento do fabrico <strong>de</strong> travessas <strong>de</strong> betão;<br />

• Medições <strong>em</strong> obra sobre <strong>de</strong>formações do betão <strong>de</strong> uma viga prefabricada. Projecto VALFUND – Valorização<br />

Externa <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Fundição (Contrato <strong>de</strong> Consórcio). CVR – Centro para a Valorização <strong>de</strong> Resíduos<br />

(candidatura);<br />

• Base Naval <strong>de</strong> Lisboa – Ponte Cais 6. Avaliação do estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração do betão;<br />

• Caracterização Química e Física <strong>de</strong> Amostras <strong>de</strong> Cinzas <strong>de</strong> Cinzeiro;<br />

• Execução <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> retracção e fluência do betão aplicado na Ponte sobre o rio Zambeze, <strong>em</strong> Moçambique;<br />

• Estudo para a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> betão com prévia colocação <strong>de</strong> agregado (BPCA);<br />

Figura 1.23 | Logótipo do S<strong>em</strong>inário “Stone Consolidation in cultural heritage -<br />

research and practice”<br />

Figura 1.24 | Estudo da patologia <strong>de</strong> azulejos<br />

21


22<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

• Estudo do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho do produto impermeabilizante para piscinas;<br />

• AHBS Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor. Assessoria Técnica no Desenvolvimento da Obra <strong>de</strong> Betão;<br />

• Colaboração no Acompanhamento da Ampliação da Linha Vermelha Alameda – S. Sebastião. <strong>LNEC</strong> (DG/NT);<br />

• Acompanhamento na Barrag<strong>em</strong> do Alto Ceira durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. <strong>LNEC</strong> (DBB/NO);<br />

• Cinza Volante Modificada, concessão <strong>de</strong> uma ETA;<br />

• Colaboração no estudo “Caracterização do biofilme da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> águas da EPAL e dos riscos a este<br />

associados” (DHA/NES);<br />

• Apoio ao acompanhamento da Construção <strong>de</strong> Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Ferradosa;<br />

• Apoio ao acompanhamento da Construção <strong>de</strong> Barrag<strong>em</strong> das Olgas;<br />

• Apoio ao acompanhamento da Construção <strong>de</strong> Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Pretarouca;<br />

• Detecção das causas da <strong>de</strong>sagregação superficial <strong>de</strong> lajes afagadas;<br />

• Apoio técnico na homologação <strong>de</strong> novas travessas <strong>de</strong> betão fabricadas na Satepor;<br />

• Avaliação da <strong>de</strong>gradação do betão armado da estrutura do troço final do adutor <strong>de</strong> Castelo do Bo<strong>de</strong> entre<br />

a Várzea das Chaminés e a estação elevatória <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira e recomendações relativas à solução a<br />

adoptar para a sua recuperação;<br />

• Cálculo da energia <strong>de</strong> activação <strong>de</strong> acordo com a norma ASTM C 107;<br />

• Obra 12 090 – Túnel do Rossio. Estudo <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong>;<br />

• Estudo da valoração e utilização das escombreiras da Zona dos Mármores;<br />

• Colaboração no acompanhamento do <strong>em</strong>preendimento <strong>de</strong> reabilitação do Túnel do Rossio;<br />

• Execução <strong>de</strong> carotes nas galerias da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Fratel; execução <strong>de</strong> ensaios com acetato uranilo nas galerias<br />

da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Fratel; execução <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> expansibilida<strong>de</strong> nas carotes retiradas;<br />

• Caracterização <strong>de</strong> betumes modificados com polímeros enquadrada na norma europeia EN 14023 – Bitumen<br />

and Bituminous Bin<strong>de</strong>rs – Framework Specification for Polymer Bitumens;<br />

• Apreciação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais plásticos reforçados com fibra <strong>de</strong> vidro usados no revestimento interior<br />

<strong>de</strong> tanques metálicos enterrados para armazenag<strong>em</strong> <strong>de</strong> combustíveis – pare<strong>de</strong> simples e pare<strong>de</strong> estruturada;<br />

• Determinação do factor <strong>de</strong> fluência <strong>em</strong> compressão <strong>de</strong> tubag<strong>em</strong> <strong>em</strong> material termoplástico. Tubos <strong>de</strong><br />

polietileno <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> corrugada – DN 160; 200 e 315;<br />

• Pedras “Bianco Aziago” i<strong>de</strong>ntificação das causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração;<br />

• Parecer sobre o revestimento por pintura aplicado nos el<strong>em</strong>entos metálicos da ponte ferroviária do rio Sado<br />

variante <strong>de</strong> Alcácer do Sal;<br />

• Revestimento por pintura para protecção das estruturas <strong>de</strong> betão armado do nó ferroviário do Porto. Parecer<br />

sobre o estado da pintura do betão;<br />

• Tinta <strong>de</strong> base aquosa para protecção do betão. Apreciação da permeabilida<strong>de</strong> aos iões cloreto da tinta<br />

“C.CRYL W700HB”;<br />

• Espessura e a<strong>de</strong>rência do revestimento por pintura aplicado nas chaminés da central termoeléctrica <strong>de</strong> Sines;<br />

• Análise comparativa <strong>de</strong> uma tinta <strong>de</strong> silicatos antes e após aplicação <strong>em</strong> obra.<br />

• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> compostos orgânicos <strong>em</strong> materiais <strong>em</strong> pó e argamassas por espectroscopia IV;<br />

• Pontes do Vouga. Caracterização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> reparação <strong>de</strong> vigas pré-fabricadas <strong>de</strong> betão armado;<br />

• Acompanhamento da observação da durabilida<strong>de</strong> na Ponte da Figueira da Foz e no Aeroporto do Funchal,<br />

com base nos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> monitorização da corrosão instalados pelo <strong>LNEC</strong>;<br />

• Instalação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitorização da corrosão na Ponte da Barra;<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• Diagnóstico do estado e das causas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação por corrosão dos tirantes da Ponte <strong>de</strong> S. Luís <strong>em</strong> Santarém;<br />

• Análise das causas <strong>de</strong> corrosão <strong>em</strong> tubagens <strong>de</strong> aço inoxidável <strong>de</strong> centrais <strong>de</strong> refrigeração <strong>de</strong> barragens da<br />

EDP e parecer sobre o tipo <strong>de</strong> material mais a<strong>de</strong>quado para estes sist<strong>em</strong>as;<br />

• Avaliação da corrosão <strong>em</strong> componentes metálicos diversos e <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> protecção por revestimentos<br />

inorgânicos;<br />

• Caracterização microestrutural e mineralógica <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção para avaliação das suas<br />

proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas e interpretação do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho;<br />

• Caracterização química <strong>de</strong> varões <strong>de</strong> aço para betão armado para apoio à certificação dos aços;<br />

• Avaliação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação do betão por reacções expansivas internas;<br />

• Apreciação da resistência à corrosão dum perfil <strong>de</strong> alumínio lacado;<br />

• Apoio à marca internacional Qualinod, Qualicoat e Quali<strong>de</strong>co;<br />

• Estudo no campo da <strong>de</strong>ssalinização por compressas e apoio ao projecto <strong>de</strong> intervenção na fachada da Sé do<br />

Porto;<br />

• Pareceres sobre características, a<strong>de</strong>quação ao uso e patologia <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção diversos;<br />

• Apoio a entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> certificação e <strong>de</strong><br />

qualificação <strong>de</strong> materiais.<br />

Figura 1.25 | Construção da Ponte <strong>de</strong> Alcácer. Consultoria do <strong>LNEC</strong> à REFER sobre a protecção da estrutura metálica<br />

1.3.7 Na área dos transportes<br />

Foram <strong>de</strong>senvolvidos estudos e elaborados pareceres para diversas entida<strong>de</strong>s, incidindo nas áreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do<br />

Departamento. Uma parte significativa <strong>de</strong>stes estudos inseriu-se no âmbito <strong>de</strong> protocolos com organismos como a<br />

Estradas <strong>de</strong> Portugal, S.A., a REFER, E. P. e a ANA-Aeroportos <strong>de</strong> Portugal, S.A. Para além <strong>de</strong> representar o <strong>LNEC</strong> na<br />

coor<strong>de</strong>nação dos protocolos, o DT promoveu o estabelecimento <strong>de</strong> outros, como foi o caso com o Instituto <strong>de</strong> Infra-<br />

-estruturas Rodoviárias, IP (InIR).<br />

Concluiu-se, no início <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o “Estudo para a Análise Técnica Comparada das Alternativas <strong>de</strong> Localização do NAL<br />

na Zona da Ota e do CTA”, tendo o DT participado na sua coor<strong>de</strong>nação, e também acompanhado a fase seguinte da<br />

intervenção do <strong>LNEC</strong>, conduzida pelo DHA, referente à elaboração do relatório ambiental, incluindo apoio ao processo <strong>de</strong><br />

consulta pública.<br />

Neste contexto, merece especial referência a intervenção do DT no estudo subsequente realizado pelo <strong>LNEC</strong> para o MOPTC,<br />

referente à “Avaliação Comparativa das Alternativas Existentes para a Terceira Travessia do Tejo na Área Metropolitana <strong>de</strong><br />

Lisboa”, tendo assegurado a coor<strong>de</strong>nação do mesmo (<strong>em</strong> que intervieram diversos outros sectores do <strong>LNEC</strong> e consultores<br />

externos) e <strong>de</strong>senvolvido activida<strong>de</strong>s específicas, nomeadamente na análise da componente relativa às infra-estruturas<br />

ferroviárias e na avaliação dos custos <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nível estratégico.<br />

23


24<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Figuras 1.26 e 1.27 | Avaliação comparativa da localização da TTT na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa (inserção na marg<strong>em</strong> norte<br />

das alternativas Chelas-Barreiro e Beato-Montijo)<br />

Na área das infra-estruturas rodoviárias concluíram-se vários estudos para a Estradas <strong>de</strong> Portugal, relativos, <strong>de</strong>signadamente,<br />

à caracterização <strong>de</strong> agregados representativos dos materiais geralmente <strong>em</strong>pregados na construção rodoviária <strong>em</strong><br />

Portugal, com base nas novas normas <strong>de</strong> ensaio europeias. Prosseguiram também diversos estudos, para outras entida<strong>de</strong>s,<br />

relativos à utilização <strong>de</strong> materiais alternativos <strong>em</strong> obras <strong>de</strong> pavimentação, tais como escórias <strong>de</strong> incineração <strong>de</strong> resíduos<br />

sólidos urbanos, misturas com betume modificado com borracha e agregados reciclados. De referir ainda um estudo, <strong>em</strong><br />

parceria com o IST, para a ATIC, tendo <strong>em</strong> vista a avaliação económica <strong>de</strong> diferentes soluções <strong>de</strong> pavimentação.<br />

Na área das infra-estruturas aeroportuárias, importa referir a continuação da colaboração com as entida<strong>de</strong>s responsáveis<br />

pela exploração dos aeroportos, tendo-se efectuado, nomeadamente, a avaliação periódica do coeficiente <strong>de</strong> atrito das<br />

pistas do Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, e procedido à avaliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga dos pavimentos do aeródromo do Corvo.<br />

Na área das infra-estruturas ferroviárias, foram produzidos diversos pareceres técnicos para a REFER, no âmbito do<br />

acompanhamento pelo <strong>LNEC</strong> do Empreendimento <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização da Linha do Norte. Realizaram-se também estudos<br />

relativos ao comportamento a curto e longo prazo da nova plataforma ferroviária da “Variante entre a Estação do Pinheiro<br />

e o km 94 da Linha do Sul”, e prestaram-se colaborações diversas <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> documentos normativos nesta área.<br />

Figura 1.28 | Ensaios <strong>de</strong> caracterização mecânica da nova plataforma ferroviária<br />

da Linha do Sul<br />

Figura 1.29 | Ensaios com <strong>de</strong>flectómetro <strong>de</strong> impacto <strong>em</strong> via urbana<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

Na área do tráfego e segurança rodoviária, colaborou-se, <strong>em</strong> seis grupos <strong>de</strong> trabalho, na elaboração da Estratégia Nacional<br />

<strong>de</strong> Segurança Rodoviária, promovida pela ANSR. Realizou-se a auditoria ao <strong>Relatório</strong> Anual <strong>de</strong> Sinistralida<strong>de</strong> da A22 (ano<br />

<strong>de</strong> 2007), para a EUROSCUT . Participou-se também <strong>em</strong> análises periciais <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes rodoviários, com a elaboração <strong>de</strong><br />

pareceres para Tribunais e Serviços do Ministério Público.<br />

Na área do planeamento <strong>de</strong> transportes, prosseguiu o apoio técnico e científico a quatro municípios da região do Algarve,<br />

visando a elaboração por estes <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> sustentável, no âmbito do Projecto Mobilida<strong>de</strong> Sustentável, para<br />

a APA.<br />

1.3.8 Na área da instrumentação científica<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida articulou-se, predominant<strong>em</strong>ente, com estudos por contrato da responsabilida<strong>de</strong> directa <strong>de</strong><br />

diversos <strong>de</strong>partamentos e caracterizou-se, essencialmente e como t<strong>em</strong> sido habitual, pela condução <strong>de</strong> estudos visando a<br />

concepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as e equipamentos (com especial relevo para os instrumentos <strong>de</strong><br />

medição, equipamentos <strong>de</strong> ensaio, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> comando e controlo e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> aquisição e processamento <strong>de</strong> dados).<br />

De salientar ainda, a participação <strong>em</strong> equipas multidisciplinares (encarregadas da realização <strong>de</strong> variados tipos <strong>de</strong> ensaios,<br />

b<strong>em</strong> como nas que se encontram envolvidas na promoção e implantação <strong>de</strong> Sist<strong>em</strong>as da Qualida<strong>de</strong> e na condução <strong>de</strong><br />

auditorias), <strong>de</strong>stacando-se:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• Colaboração no <strong>de</strong>senvolvimento do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> observação dinâmica da barrag<strong>em</strong> do Cabril que envolveu o<br />

projecto e instalação do sist<strong>em</strong>a e o <strong>de</strong>senvolvimento do programa <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados;<br />

• Concepção e construção <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> oito condicionadores para os geofones “Ranger Seismometer<br />

SS1” para ensaios <strong>de</strong> vibração forçada <strong>em</strong> barragens;<br />

• Continuação da colaboração no <strong>de</strong>senvolvimento do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> observação para o controlo <strong>de</strong> segurança<br />

da ponte 25 <strong>de</strong> Abril;<br />

• Continuação da colaboração no <strong>de</strong>senvolvimento e instalação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> observação para o controlo <strong>de</strong><br />

segurança da barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Pedrógão (EDIA);<br />

• Colaboração na realização <strong>de</strong> ensaios com STT, envolvendo a construção <strong>de</strong> transdutores e a introdução <strong>de</strong><br />

melhorias nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aquisição autónomas;<br />

• Participação na equipa do <strong>LNEC</strong> que proce<strong>de</strong>u à elaboração do Plano <strong>de</strong> Emergência Interno da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

Pedrógão para a EDIA, com intervenção nos assuntos específicos que envolv<strong>em</strong> as diferentes especialida<strong>de</strong>s<br />

electrotécnicas;<br />

• Participação na equipa do <strong>LNEC</strong> que proce<strong>de</strong>u à reformulação do Plano <strong>de</strong> Emergência Interno da Barrag<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong> Alqueva para a EDIA;<br />

Figura 1.30 | Barrag<strong>em</strong> do Cabril. Instalação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitorização Figura 1.31 | Ponte 25 Abril. Testes do sist<strong>em</strong>a óptico para medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos<br />

25


26<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

• Acompanhamento dos Ensaios do Sist<strong>em</strong>a Tel<strong>em</strong>ático <strong>de</strong> Aviso da Barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Alqueva (EDIA);<br />

• Participação na equipa do <strong>LNEC</strong> que efectuou, para a Estradas <strong>de</strong> Portugal, a avaliação da conformida<strong>de</strong> com<br />

o Decreto-Lei n.º 75/2006 dos túneis rodoviários da re<strong>de</strong> transeuropeia e da re<strong>de</strong> nacional, com mais <strong>de</strong> 500 m, <strong>em</strong><br />

funcionamento – Gardunha, Castro Daire, Portela, Mont<strong>em</strong>or e Grilo, activida<strong>de</strong> concluída <strong>em</strong> <strong>2008</strong>;<br />

• Participação na equipa do <strong>LNEC</strong> que prestou assessoria técnica à Câmara Municipal <strong>de</strong> Almeirim na<br />

especificação, selecção e instalação <strong>de</strong> caudalímetros <strong>de</strong>stinados ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> e tratamento <strong>de</strong><br />

águas residuais <strong>de</strong> Almeirim e Alpiarça;<br />

• Participação na equipa do <strong>LNEC</strong> que efectuou uma auditoria ao sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> medição e <strong>de</strong> tel<strong>em</strong>etria do<br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saneamento da Costa do Estoril, realizada para a SANEST; incluiu um extenso trabalho <strong>de</strong><br />

avaliação in situ dos equipamentos e soluções <strong>de</strong> medição envolvendo aspectos organizacionais, <strong>de</strong> gestão<br />

da informação e da gestão metrológica da instrumentação;<br />

• Avaliação técnica <strong>de</strong> propostas para a concepção e construção do Túnel do Marão, relativamente aos<br />

equipamentos e instalações electrotécnicas, para a Estradas <strong>de</strong> Portugal;<br />

• Apreciação do projecto dos equipamentos e instalações <strong>de</strong> segurança dos túneis rodoviários na ligação<br />

Buraca-Pontinha no IC 17 CRIL, para a Estradas <strong>de</strong> Portugal;<br />

• Apreciação <strong>de</strong> documentos <strong>de</strong> projecto e participação <strong>em</strong> ensaios finais das infra-estruturas electrotécnicas<br />

(energia e automação) do <strong>em</strong>preendimento da REFER <strong>de</strong> consolidação, reforço e reabilitação do Túnel<br />

Ferroviário do Rossio;<br />

• Apreciação do estudo prévio da parte electrotécnica do <strong>em</strong>preendimento da REFER para a ligação <strong>de</strong>snivelada<br />

da linha <strong>de</strong> Cascais e do porto <strong>de</strong> Lisboa à linha <strong>de</strong> cintura (Desnivelamento <strong>de</strong> Alcântara);<br />

• Estudo, <strong>de</strong>senvolvimento e acompanhamento da construção <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> carga biaxial para provetes<br />

cúbicos <strong>de</strong> argamassa ou gesso com 400 mm <strong>de</strong> aresta, <strong>de</strong>stinados à realização <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> caracterização<br />

do comportamento do STT;<br />

• Estudo e acompanhamento da construção <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> provetes <strong>de</strong>stinados à caracterização<br />

do comportamento <strong>de</strong> colagens <strong>de</strong> fibras utilizadas no reforço <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> betão;<br />

• Estudo e acompanhamento da construção <strong>de</strong> um dispositivo <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong>stinado à verificação das soldaduras<br />

<strong>de</strong> provetes extraídos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s electrossoldadas;<br />

• Acompanhamento da construção, da instalação e das primeiras acções visando a entrada <strong>em</strong> serviço <strong>de</strong> um<br />

sist<strong>em</strong>a para a avaliação das características <strong>de</strong> fluência <strong>de</strong> betões submetidos a acções <strong>de</strong> tracção;<br />

• Acompanhamento da instalação e entrada <strong>em</strong> serviço dos novos sist<strong>em</strong>as para ensaios <strong>de</strong> fluência à<br />

compressão <strong>de</strong> provetes <strong>de</strong> betão;<br />

Figura 1.32 | Visão <strong>de</strong> conjunto da mesa sísmica uniaxial com o “oscilador<br />

com um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> com características dinâmicas ajustáveis”<br />

Figura 1.33 | Medição <strong>de</strong> padrão com máquina <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas 3D<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• Acompanhamento da construção e da instalação da componente mecânica e participação nas acções <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> controlo, para a transformação do canal <strong>de</strong> ondas regulares nº 3 num canal<br />

<strong>de</strong> ondas irregulares, utilizando como sist<strong>em</strong>a actuador um fuso <strong>de</strong> esferas accionado por motor eléctrico;<br />

• Realização <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> um Extensómetro <strong>de</strong> base 400 mm, <strong>de</strong>senvolvido <strong>em</strong> anos anteriores,<br />

<strong>de</strong>stinados a validar potenciais sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> fixação às estruturas e a estabilida<strong>de</strong> do comportamento do<br />

extensómetro ao longo do t<strong>em</strong>po;<br />

• Participação na realização e preparação <strong>de</strong> ensaios com o simulador sísmico triaxial, envolvendo a escolha<br />

e adaptação <strong>de</strong> sinais visando uma a<strong>de</strong>quada caracterização do sist<strong>em</strong>a. Os ensaios foram realizados no<br />

âmbito <strong>de</strong> diversos estudos <strong>em</strong> curso, <strong>de</strong>stacando-se os ensaios sobre o mo<strong>de</strong>lo reduzido à escala <strong>de</strong> 1:40 <strong>de</strong><br />

uma barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> betão incluindo parte da albufeira e os <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo à escala 1:3 <strong>de</strong> um edifício <strong>de</strong> 3 pisos<br />

construído com um sist<strong>em</strong>a inovador <strong>em</strong> alvenaria <strong>de</strong> blocos;<br />

• Realização <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 500 calibrações e ensaios metrológicos <strong>de</strong> instrumentação científica e padrões<br />

materializados para entida<strong>de</strong>s externas ao <strong>LNEC</strong> e para diversos sectores do <strong>LNEC</strong>;<br />

• Desenvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caracterização metrológica <strong>de</strong> instrumentação científica associada a<br />

ensaios específicos utilizados <strong>em</strong> diversos sectores do <strong>LNEC</strong>, <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>staca um calorímetro <strong>de</strong> Langavant<br />

e um equipamento pendular para ensaios <strong>de</strong> choque Charpy <strong>de</strong> materiais plásticos.<br />

1.4 Promoção da qualida<strong>de</strong> na construção<br />

Refere-se, seguidamente, um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, maioritariamente inseridas no âmbito da realização <strong>de</strong> outras<br />

activida<strong>de</strong>s científicas e técnicas (OAC&T), que assum<strong>em</strong> um papel <strong>de</strong> assinalável relevância, tanto no apoio ao vasto<br />

sector da construção como no da prossecução <strong>de</strong> políticas públicas.<br />

Estas activida<strong>de</strong>s inser<strong>em</strong>-se na perspectiva geral da promoção da Qualida<strong>de</strong> da construção e têm vindo a ser <strong>de</strong>senvolvidas<br />

<strong>em</strong> diversas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais do <strong>LNEC</strong>, algumas <strong>de</strong>las <strong>de</strong> há longos anos a esta parte, constituindo linhas-chave<br />

da sua activida<strong>de</strong> geral.<br />

A este propósito, salienta-se que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>de</strong> 2005, o <strong>LNEC</strong> passou a disponibilizar, no seu site na Internet, uma página<br />

(Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos e Empreendimentos) contendo informação relevante sobre algumas das activida<strong>de</strong>s inseridas no<br />

conjunto acima mencionado.<br />

1.4.1 Marca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>LNEC</strong><br />

1.4.1.1 Qualificação <strong>de</strong> gestores gerais da qualida<strong>de</strong><br />

No início <strong>de</strong> 2009, estavam inscritas e classificadas 71 <strong>em</strong>presas. Destas, apenas 18 <strong>de</strong>senvolveram até agora activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> GGQ no âmbito das obras a que se t<strong>em</strong> vindo a aplicar a metodologia da MQ-<strong>LNEC</strong>.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, foram avaliadas quatro novas <strong>em</strong>presas e reavaliadas 32 com o objectivo <strong>de</strong> as qualificar como<br />

Gestores Gerais da Qualida<strong>de</strong> (GGQ). As quatro <strong>em</strong>presas avaliadas pela primeira vez, foram todas qualificadas.<br />

Em Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, foi aprovada pela Secção <strong>de</strong> Inscrição e Classificação (SIC) da Comissão da Marca uma nova<br />

versão das Instruções <strong>de</strong> Candidatura a Gestor Geral da Qualida<strong>de</strong>. Esta nova versão, elaborada com base na experiência<br />

adquirida ao longo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 15 anos, explicita melhor os critérios utilizados pela SIC e actualiza os requisitos mínimos,<br />

<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quadro <strong>de</strong> pessoal, para cada uma das classes <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> obra.<br />

1.4.1.2 Gestão da qualida<strong>de</strong> com a metodologia da MQ/<strong>LNEC</strong><br />

A gestão da qualida<strong>de</strong> com a metodologia da MQ-<strong>LNEC</strong> foi até agora aplicada a 172 obras, distribuídas por obras <strong>de</strong> infraestruturas<br />

ferroviárias, <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e saneamento <strong>de</strong> águas residuais, e <strong>de</strong> edifícios.<br />

Em <strong>2008</strong>, foi concluído, com a atribuição da Marca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>LNEC</strong>, o acompanhamento <strong>de</strong> uma obra da REFER (cf.<br />

Anexo V).<br />

27


28<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

1.4.2 Normalização e regulamentação<br />

A contribuição do <strong>LNEC</strong> para a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> normalização e <strong>de</strong> regulamentação <strong>de</strong>senvolvida <strong>em</strong> Portugal iniciou-se<br />

praticamente nos primeiros anos <strong>de</strong> vida do Laboratório. Trata-se <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> que o <strong>LNEC</strong> se t<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong>penhado e à qual <strong>de</strong>dica um apreciável nível <strong>de</strong> recursos, <strong>em</strong> especial <strong>de</strong> recursos humanos altamente qualificados.<br />

Durante o primeiro s<strong>em</strong>estre <strong>2008</strong> esta activida<strong>de</strong> foi co-financiada pelo Programa <strong>de</strong> Incentivos à Mo<strong>de</strong>rnização da<br />

Economia (PRIME), Projecto “Apoio à Activida<strong>de</strong> Normativa”, inserido na Acção B2 da Medida 5.1.<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> normalização e <strong>de</strong> regulamentação traduziu-se fundamentalmente na apreciação e elaboração <strong>de</strong><br />

pareceres relativos a projectos <strong>de</strong> normas europeias (CEN) e internacionais (ISO), e na elaboração das correspon<strong>de</strong>ntes<br />

Normas Portuguesas, no apoio à preparação <strong>de</strong> regulamentação nacional <strong>em</strong> diversas áreas, na representação nacional<br />

<strong>em</strong> instâncias comunitárias directamente relacionadas com a indústria da construção e na publicação <strong>de</strong> Especificações<br />

<strong>LNEC</strong>.<br />

Em <strong>2008</strong>, e na linha do que se t<strong>em</strong> verificado <strong>em</strong> anos anteriores, esta activida<strong>de</strong> englobou o que, sucintamente, se refere<br />

<strong>de</strong> seguida.<br />

1) Activida<strong>de</strong> no âmbito <strong>de</strong> comissões e grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> nomeação governamental, <strong>de</strong>stacando-se:<br />

• A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> três Subcomissões (Regulamentos <strong>de</strong> Cimentos e Betões, Regulamento <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong><br />

Barragens e Regulamentos <strong>de</strong> Engenharia Geotécnica) e da Comissão <strong>de</strong> Eurocódigos Estruturais. Durante o<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, por Despacho do MOPTC <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Abril, foram cometidas ao <strong>LNEC</strong> as tarefas <strong>de</strong> rever e elaborar<br />

as normas necessárias à aplicação do regulamento <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Barragens, aprovado pelo Decreto-Lei<br />

n.º 304/2007 e preparar a revisão do Regulamento <strong>de</strong> Pequenas barragens, aprovado pelo Decreto-Lei<br />

n.º 409/93;<br />

• Comité Permanente da Construção da CE, Grupo Preparatório associado ao comité anterior e Expert Group<br />

on Fire, <strong>em</strong> ligação com a Directiva comunitária 89/106/CEE, corrent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>signada por Directiva dos<br />

Produtos <strong>de</strong> Construção (DPC);<br />

• Comissões do INCI (CACEOPP – Comissão <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Obras Públicas e Particulares e<br />

CIFE – Comissão <strong>de</strong> Índices e Fórmulas <strong>de</strong> Empreitadas);<br />

• Grupo <strong>de</strong> trabalho para análise do ramo da Construção no Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Contas Nacionais Portuguesas;<br />

• Comissão Nacional <strong>de</strong> Avaliação do Património Urbano (CNAPU);<br />

• Comissão <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Serviços e Bens <strong>de</strong> Consumo.<br />

2) Colaboração na preparação <strong>de</strong> documentos normativos, <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>stacam:<br />

• a coor<strong>de</strong>nação, como Organismo <strong>de</strong> Normalização Sectorial (ONS), das comissões técnicas portuguesas <strong>de</strong><br />

normalização relativas a:<br />

• eurocódigos estruturais (CT 115);<br />

• sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamento básico (CT 90);<br />

• geotecnia <strong>em</strong> engenharia civil (CT 156);<br />

sendo <strong>de</strong> referir a elaboração da versão portuguesa e publicação <strong>de</strong> 20 projectos <strong>de</strong> Norma Portuguesa sobre<br />

saneamento básico e a elaboração <strong>de</strong> 4 partes <strong>de</strong> Eurocódigos Estruturais e respectivos Anexos nacionais.<br />

• a participação <strong>em</strong> outras comissões técnicas portuguesas <strong>de</strong> normalização (num total <strong>de</strong> 31 comissões);<br />

• a participação <strong>em</strong> comissões técnicas europeias (CEN) e internacionais (ISO) (num total <strong>de</strong> 26 comissões);<br />

• participação no grupo <strong>de</strong> trabalho WG 6 “Ventilation and Fire Control” da Comissão Técnica C3.3 “Road<br />

Tunnel Operation” da “World Road Association”;<br />

• a publicação <strong>de</strong> 10 especificações <strong>LNEC</strong>.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

1.4.3 Apreciação técnica e certificação <strong>de</strong> produtos<br />

1.4.3.1 Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> homologação<br />

A homologação é actualmente objecto <strong>de</strong> um novo enquadramento legal, como resultado, nomeadamente, do esforço <strong>de</strong><br />

harmonização técnica relativa aos produtos <strong>de</strong> construção encetado na União Europeia. O marco mais significativo <strong>de</strong>ssa<br />

harmonização correspon<strong>de</strong> à Directiva Comunitária 89/106/CEE, corrent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>signada por Directiva dos Produtos<br />

<strong>de</strong> Construção (DPC) e transposta para a or<strong>de</strong>m jurídica nacional pelo Decreto-Lei n.º 113/93, alterado e republicado<br />

pelo Decreto-Lei n.º 4/2007, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Janeiro. Com efeito, esta Directiva obriga à aposição da marcação CE aos produtos<br />

<strong>de</strong> construção, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se verifique a sua conformida<strong>de</strong> com as especificações técnicas aplicáveis, neste caso Normas<br />

Europeias (EN) harmonizadas ou Aprovações Técnicas Europeias (ETA).<br />

Esta nova situação conduziu a que o <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> <strong>em</strong>itir Documentos <strong>de</strong> Homologação (DH) para o conjunto <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> construção que foram sendo abrangidos pelas normas entretanto publicadas, reservando esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apreciação técnica para produtos inovadores, isto é, não cobertos por normas portuguesas ou europeias ou que <strong>de</strong>las se<br />

afast<strong>em</strong> significativamente.<br />

Paralelamente, o <strong>LNEC</strong> passou a <strong>em</strong>itir um novo tipo <strong>de</strong> documento <strong>de</strong> apreciação técnica <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong><br />

carácter voluntário, que <strong>de</strong>signou por Documento <strong>de</strong> Aplicação (DA) (ver 1.4.3.3).<br />

A <strong>de</strong>finição do âmbito <strong>de</strong> aplicação da homologação do <strong>LNEC</strong> como resultado <strong>de</strong>sta nova realida<strong>de</strong> foi vertida para a<br />

legislação <strong>em</strong> vigor, tendo sido publicado o Decreto-Lei n.º 50/<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Março, que veio alterar o artigo 17.º do<br />

Regulamento Geral das Edificações Urbanas, ao abrigo do qual o <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong>itiu, durante longos anos, Documentos <strong>de</strong><br />

Homologação. Durante <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong>itiu 10 Documentos <strong>de</strong> Homologação, <strong>de</strong>stacando-se os sist<strong>em</strong>as industrializados<br />

<strong>de</strong> pavimentos <strong>de</strong> betão (5).<br />

Os Documentos <strong>de</strong> Homologação <strong>em</strong> vigor <strong>em</strong>itidos a partir <strong>de</strong> 2007, para além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ser adquiridos na Livraria do<br />

<strong>LNEC</strong>, estão disponíveis, gratuitamente, no site do <strong>LNEC</strong>, na Internet.<br />

Ainda no âmbito da apreciação técnica <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> construção inovadores convém salientar a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida<br />

pelo <strong>LNEC</strong> no âmbito da Aprovação Técnica Europeia. Com efeito, estas aprovações constitu<strong>em</strong>, como referido<br />

anteriormente, uma das especificações técnicas previstas na Directiva dos Produtos <strong>de</strong> Construção (DPC), permitindo a<br />

aposição da marcação CE a produtos inovadores, sendo inspiradas nas homologações que vinham a ser concedidas a nível<br />

nacional. Em Portugal, o <strong>LNEC</strong>, por força do disposto no Decreto-Lei n.º 113/93, é o organismo <strong>de</strong>signado para conce<strong>de</strong>r<br />

Aprovações Técnicas Europeias.<br />

Toda esta activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong> implicado a participação <strong>em</strong> órgãos <strong>de</strong> cúpula e <strong>em</strong> diversos grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong><br />

organizações europeias e internacionais das quais o <strong>LNEC</strong> é m<strong>em</strong>bro, a saber: UEAtc – “Union Européenne pour l’Agrément<br />

Technique dans la Construction”, EOTA – “European Organisation for Technical Approvals” e WFTAO – “World Fe<strong>de</strong>ration<br />

of Technical Approval Organisations”.<br />

1.4.3.2 Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> classificação<br />

A <strong>em</strong>issão pelo <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> Documentos <strong>de</strong> Classificação (DC) relativos a aços para armaduras <strong>de</strong> betão armado <strong>de</strong>corre do<br />

disposto no artigo 23º do REBAP. Até Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> tinha publicado 176 daqueles documentos, dos quais 87<br />

se encontravam <strong>em</strong> vigor naquela data, cobrindo diversos tipos <strong>de</strong> armaduras.<br />

Em <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong>itiu 21 Documentos <strong>de</strong> Classificação. Os Documentos <strong>de</strong> Classificação <strong>em</strong> vigor <strong>em</strong>itidos a partir<br />

<strong>de</strong> 2007, para além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ser adquiridos na Livraria do <strong>LNEC</strong>, estão disponíveis, gratuitamente, no site do <strong>LNEC</strong>, na<br />

Internet.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

29


30<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

1.4.3.3 Activida<strong>de</strong> relativa a documentos <strong>de</strong> aplicação<br />

Como referido <strong>em</strong> 1.4.3.1, o <strong>LNEC</strong> passou a <strong>em</strong>itir a partir <strong>de</strong> 2005 um novo tipo <strong>de</strong> documento <strong>de</strong> apreciação técnica <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> construção, que <strong>de</strong>signou por Documentos <strong>de</strong> Aplicação (DA). Os Documentos <strong>de</strong> Aplicação têm um carácter<br />

voluntário. Durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, foram <strong>em</strong>itidos dois Documentos <strong>de</strong> Aplicação.<br />

A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> passar a <strong>em</strong>itir estes documentos resultou fundamentalmente da natureza da marcação CE; com efeito, esta<br />

marcação foi concebida para ser um “passaporte” para a livre circulação dos produtos <strong>de</strong> construção no Espaço Económico<br />

Europeu, distinguindo-se assim das marcas voluntárias, cujo principal objectivo é a valorização e a diferenciação dos<br />

produtos no mercado. A marcação CE aposta aos produtos não cont<strong>em</strong>pla aspectos que, fruto da experiência colhida pelo<br />

<strong>LNEC</strong> ao longo dos anos, se consi<strong>de</strong>ram uma mais-valia importante para o bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos produtos. Acresce ainda<br />

que aspectos fundamentais para aquele <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho – tais como, por ex<strong>em</strong>plo, as técnicas <strong>de</strong> aplicação <strong>em</strong> obra – não<br />

estão cont<strong>em</strong>plados no âmbito da marcação CE.<br />

Os Documentos <strong>de</strong> Aplicação <strong>em</strong> vigor, para além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ser adquiridos na Livraria do <strong>LNEC</strong>, estão disponíveis,<br />

gratuitamente, no site do <strong>LNEC</strong>, na Internet.<br />

1.4.3.4 Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certificação<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certificação <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> construção pelo <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong>senvolve-se, basicamente, segundo duas vertentes:<br />

i) a certificação realizada no âmbito <strong>de</strong> Documentos <strong>de</strong> Homologação e <strong>de</strong> Documentos <strong>de</strong> Aplicação <strong>em</strong>itidos pelo <strong>LNEC</strong>;<br />

e, ii) a certificação realizada no âmbito da marcação CE. Acresce ainda o facto <strong>de</strong>, no caso das armaduras para betão<br />

armado e pré-esforçado, o <strong>LNEC</strong> assumir um papel relevante no âmbito da certificação concedida por outras entida<strong>de</strong>s,<br />

mercê da realização <strong>de</strong> toda a activida<strong>de</strong> experimental e da apreciação dos respectivos resultados, inerentes àquela<br />

certificação.<br />

No final <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, consi<strong>de</strong>rando os documentos <strong>em</strong> vigor, tinham certificação 23 dos 83 Documentos <strong>de</strong> Homologação e 8<br />

dos 15 Documentos <strong>de</strong> Aplicação. Nestes casos, a produção é submetida a controlo interno permanente da responsabilida<strong>de</strong><br />

do fabricante, efectuando o <strong>LNEC</strong> um controlo externo, no qual se inclui a realização <strong>de</strong> visitas periódicas às instalações<br />

<strong>de</strong> fabrico para verificação das condições <strong>de</strong> produção e dos procedimentos adoptados naquele controlo interno e para<br />

recolha <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong>stinadas a ensaio no <strong>LNEC</strong>.<br />

Relativamente à certificação realizada ao abrigo da Directiva dos Produtos <strong>de</strong> Construção (DPC), tendo <strong>em</strong> vista a marcação<br />

CE <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> construção, salienta-se o facto <strong>de</strong> o <strong>LNEC</strong> ser, <strong>em</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, organismo notificado à Comissão<br />

Europeia para exercer as funções <strong>de</strong> organismo <strong>de</strong> certificação nos domínios dos cimentos, das cinzas volantes para betão<br />

e das cais <strong>de</strong> construção, e <strong>de</strong> laboratório <strong>de</strong> ensaios nos domínios dos isolantes térmicos e da caixilharia.<br />

Para <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhar estas funções, o <strong>LNEC</strong> impl<strong>em</strong>entou, há alguns anos, o Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> para<br />

a certificação <strong>de</strong> produtos. Este sist<strong>em</strong>a encontra-se sob a supervisão do Director da Qualida<strong>de</strong> nomeado pelo Conselho<br />

Directivo do <strong>LNEC</strong>, sendo anualmente auditado pelo Instituto Português da Qualida<strong>de</strong> (IPQ).<br />

No final <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, encontravam-se <strong>em</strong> vigor 40 certificados <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> CE <strong>em</strong>itidos pelo <strong>LNEC</strong>, 36 dos quais relativos<br />

a cimentos, 2 relativos a cais <strong>de</strong> construção e 2 a cinzas volantes.<br />

Esta activida<strong>de</strong> implicou a participação do <strong>LNEC</strong>, como representante nacional, no Grupo <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação dos Organismos<br />

Notificados (AG-GNB) ao abrigo da DPC, estabelecido a nível europeu, e a participação no correspon<strong>de</strong>nte grupo nacional<br />

(GONP – Grupo dos Organismos Notificados Portugueses).<br />

É <strong>de</strong> referir ainda a activida<strong>de</strong> no âmbito das marcas internacionais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do alumínio anodizado e lacado para<br />

aplicações na construção e na indústria – QUALANOD, QUALICOAT E QUALIDECO, sendo o <strong>LNEC</strong> o laboratório <strong>de</strong><br />

inspecção da marca <strong>em</strong> Portugal.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

1.4.4 Laboratórios <strong>de</strong> ensaios e metrológicos<br />

No âmbito do apoio aos sectores da construção e obras públicas, mas também aos estudos e projectos <strong>de</strong> investigação,<br />

seja no âmbito da investigação programada, seja no âmbito dos estudos por contrato, o <strong>LNEC</strong> realiza activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensaios<br />

e calibrações nos seus laboratórios, estas últimas <strong>de</strong>stinadas a assegurar a qualida<strong>de</strong> metrológica da instrumentação<br />

utilizada nos ensaios.<br />

Os laboratórios <strong>de</strong> ensaio do <strong>LNEC</strong> realizam, essencialmente, ensaios <strong>de</strong> avaliação das características <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />

<strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> construção, <strong>em</strong> regra antes da respectiva utilização <strong>em</strong> obra, e <strong>de</strong> avaliação das<br />

características <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação (proprieda<strong>de</strong>s mecânicas e físico-químicas) <strong>de</strong> produtos da construção tais como betões,<br />

cimentos e aços, agregados e misturas betuminosas.<br />

As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensaios e <strong>de</strong> calibrações realizadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram executadas <strong>em</strong> 20 laboratórios, 17 <strong>de</strong> ensaio e 3 <strong>de</strong><br />

metrologia, dos quais 8 estão acreditados pelo Instituto Português da Acreditação (IPAC), <strong>de</strong>signadamente:<br />

Laboratórios acreditados (8)<br />

LABTEC Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Betões e Cimentos<br />

LEMOC Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Materiais Orgânicos para a Construção<br />

PAVMAT Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Materiais para Pavimentação<br />

LEMRI Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Materiais e Revestimentos Inorgânicos<br />

LEPC Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Plásticos Celulares<br />

LPM Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Produtos Metálicos<br />

LCAM Laboratório Central <strong>de</strong> Apoio Metrológico<br />

LMF Laboratório <strong>de</strong> Metrologia <strong>de</strong> Forças<br />

Laboratórios não acreditados (12)<br />

LEA Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Acústica<br />

LEFC Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Fotometria e Colorimetria<br />

LCE Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Comportamento <strong>de</strong> Estruturas<br />

LABES Laboratório <strong>de</strong> Engenharia Sanitária<br />

LEHID Laboratório <strong>de</strong> Ensaios Hidráulicos<br />

<strong>LNEC</strong>/CER Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Materiais Cerâmicos para a Construção<br />

LERF Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Reacção ao Fogo<br />

LERPI Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Revestimentos <strong>de</strong> Pisos<br />

LERO Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Rochas Ornamentais<br />

LERC Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Revestimentos <strong>de</strong> Coberturas<br />

LEC Laboratório <strong>de</strong> Ensaio <strong>de</strong> Caixilharia<br />

LEREVPA Laboratório <strong>de</strong> Ensaios <strong>de</strong> Revestimentos <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s<br />

O <strong>LNEC</strong> manteve o estatuto <strong>de</strong> organismo notificado à Comissão Europeia para efectuar ensaios <strong>de</strong> isolantes térmicos e<br />

ensaios <strong>de</strong> caixilharia, após a respectiva qualificação pelo Instituto Português da Qualida<strong>de</strong> (IPQ). Manteve-se pen<strong>de</strong>nte,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o pedido <strong>de</strong> acreditação do Laboratório <strong>de</strong> Ensaios Hidráulicos.<br />

Tanto os laboratórios acreditados pelo IPAC como os laboratórios on<strong>de</strong> se realizam os ensaios como organismo notificado<br />

pelo IPQ estão inseridos no Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> dos Laboratórios do <strong>LNEC</strong>, que foi concebido e t<strong>em</strong> vindo a<br />

ser aperfeiçoado tendo <strong>em</strong> vista assegurar a harmonização da gestão da qualida<strong>de</strong> com o disposto na Norma <strong>de</strong> referência<br />

NP EN ISO/IEC 17025, b<strong>em</strong> como a integrida<strong>de</strong> do sist<strong>em</strong>a. Este Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> é assessorado por um<br />

Conselho <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> dos Laboratórios, constituído pelos chefes dos laboratórios, e é dirigido no plano funcional pelo<br />

Director da Qualida<strong>de</strong> dos Laboratórios <strong>de</strong> Ensaio e Metrologia do <strong>LNEC</strong>.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

31


32<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Ao longo do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o IPAC promoveu auditorias <strong>de</strong> acompanhamento e <strong>de</strong> renovação da acreditação aos<br />

laboratórios acreditados, durante as quais foi averiguada e confirmada a respectiva conformida<strong>de</strong> com os requisitos da<br />

Norma <strong>de</strong> referência.<br />

1.5 Difusão e divulgação <strong>de</strong> conhecimentos<br />

Este relevante tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, com marcada tradição no <strong>LNEC</strong>, <strong>de</strong>corre do princípio da difusão da cultura científica<br />

e tecnológica por que se <strong>de</strong>v<strong>em</strong> reger os laboratórios do Estado e traduz-se, <strong>em</strong> geral, pela elaboração <strong>de</strong> documentos<br />

científicos e técnicos, pela realização <strong>de</strong> cursos ou outras acções <strong>de</strong> formação e pela organização (ou co-organização) <strong>de</strong><br />

reuniões científicas e técnicas, sendo compl<strong>em</strong>entada, no caso do <strong>LNEC</strong>, pela activida<strong>de</strong> editorial e pela activida<strong>de</strong> da sua<br />

Biblioteca.<br />

1.5.1 Documentos científicos e técnicos<br />

Os resultados <strong>de</strong> quase toda a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pelo <strong>LNEC</strong> são divulgados, <strong>de</strong> forma alargada ou restrita (caso<br />

dos resultados provenientes <strong>de</strong> estudos, pareceres ou <strong>de</strong> outra activida<strong>de</strong> realizada por contrato), através <strong>de</strong> documentos<br />

que po<strong>de</strong>m tomar diversas formas, sendo habitual (do ponto <strong>de</strong> vista da elaboração dos <strong>Relatório</strong>s <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> anual<br />

do <strong>LNEC</strong>) agrupá-los <strong>em</strong>: “<strong>Relatório</strong>s e Notas Técnicas”, “Programas <strong>de</strong> Investigação, Teses e Trabalhos <strong>de</strong> Síntese”,<br />

“Comunicações, Artigos, IC&T e M<strong>em</strong>órias” e “Documentos Normativos e Outros”.<br />

Apresenta-se, <strong>em</strong> seguida, informação referente ao número <strong>de</strong> documentos científicos e técnicos elaborados pelas<br />

diferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Serviços<br />

<strong>Relatório</strong>s<br />

e Notas Técnicas<br />

Quadro 1.5 • Documentos científicos e técnicos elaborados<br />

pelas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>partamentais do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

Programas <strong>de</strong><br />

Investigação, Teses<br />

e Trabalhos<br />

<strong>de</strong> Síntese (1)<br />

Comunicações,<br />

Artigos, IC&T<br />

e M<strong>em</strong>órias<br />

Documentos<br />

Normativos<br />

e Outros<br />

Livros e capítulos<br />

<strong>de</strong> livros<br />

DBB 87 1 31 0 0 113<br />

DED 146 1 120 14 5 286<br />

DE 202 7 67 29 6 311<br />

DG 120 0 33 0 1 154<br />

DHA 90 7 130 0 8 237<br />

DM 79 2 65 2 1 149<br />

DT 39 2 36 1 1 79<br />

CIC 17 1 11 0 0 29<br />

CQC 2 0 0 68 0 70<br />

CTI 0 0 5 0 0 5<br />

Total 782 21 (1) 498 114 22 1437 (1)<br />

Nota<br />

(1) Para efeitos <strong>de</strong> QUAR estes documentos foram tratados no indicador 4, “número <strong>de</strong> dissertações <strong>de</strong> mestrado,<br />

teses <strong>de</strong> doutoramento e programas <strong>de</strong> investigação” - 17 (os restantes 4 corespon<strong>de</strong>m a trabalhos <strong>de</strong> síntese não<br />

incluídos no QUAR)<br />

Total<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

1.5.2 Cursos e outras acções <strong>de</strong> formação<br />

Uma parte importante dos conhecimentos <strong>de</strong> C&T do <strong>LNEC</strong> é transferida para o meio técnico-científico por intermédio<br />

<strong>de</strong> cursos e outras acções <strong>de</strong> formação organizadas pelo <strong>LNEC</strong> ou contando com o seu significativo envolvimento. Assim,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram organizados (ou co-organizados) 21 cursos ou outras acções <strong>de</strong> formação e divulgação, os quais constam<br />

do Quadro 1.6.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 1.6 • Cursos e outras acções <strong>de</strong> formação <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

Curso ou acção <strong>de</strong> formação Data<br />

1 st International Conference Construction Heritage in Coastal and Marine<br />

Environments — Damage, Diagnostics, Maintenance and Rehabilitation (*)<br />

N.º <strong>de</strong><br />

participantes<br />

28 a 30 <strong>de</strong> Janeiro 195<br />

Curso <strong>de</strong> Formação para Peritos Qualificados — Vertente RCCTE (*) 8 <strong>de</strong> Fev. a 4 <strong>de</strong> Março 25<br />

S<strong>em</strong>inário sobre Tratamento <strong>de</strong> Solos com Cal. da Teoria à Prática (***) 28 e 29 <strong>de</strong> Fevereiro 100<br />

International Symposium Stone Consolidation in Cultural Heritage — Research<br />

and Practice (*)<br />

Measuring the Changes 13 th Symposium on Deformation Measur<strong>em</strong>ent<br />

and Analysi (*)<br />

6 a 7 <strong>de</strong> Maio 151<br />

12 a 15 <strong>de</strong> Maio 175<br />

Curso Extinção <strong>de</strong> Incêndios Urbanos (*) 26 a 28 <strong>de</strong> Maio 7<br />

Curso Aplicação da Normalização Europeia e da Marcação CE à Caixilharia<br />

Exterior (*)<br />

Curso <strong>de</strong> Formação para Peritos Qualificados — Vertente RCCTE — Acção <strong>de</strong><br />

Formação para Projectistas (*)<br />

27 e 28 <strong>de</strong> Maio 61<br />

29 Maio a 16 Junho 15<br />

Curso Sist<strong>em</strong>as Prediais <strong>de</strong> Distribuição e <strong>de</strong> Drenag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Águas (*) 4 a 6 <strong>de</strong> Junho 17<br />

Curso Risco <strong>de</strong> Incêndio <strong>em</strong> Centros Urbanos Antigos (*) 16 a 18 <strong>de</strong> Junho 8<br />

Curso Obras Subterrâneas e Análise Dinâmica (*) 22 a 24 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro 17<br />

International S<strong>em</strong>inar on Interaction Soil-rail Track. for High Speed Railways (***) 23 e 24 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro 80<br />

1.º International conference HMC08 — Historical Mortars (*) 24 a 26 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro 194<br />

Curso <strong>de</strong> Formação para Peritos Qualificados — Vertente RCCTE Avaliação (*) 9 a 24 <strong>de</strong> Outubro 22<br />

2.ª Edição do Mestrado <strong>em</strong> Segurança aos Incêndios Urbanos (**) Out/ <strong>2008</strong> a Fev/ 2009 40<br />

Sessão Directiva dos Produtos da Construção — Ma<strong>de</strong>iras (*) 10 <strong>de</strong> Outubro 19<br />

Advanced Course Risk Manag<strong>em</strong>ent in Civil Engineering (*) 17 a 22 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro 165<br />

Curso Reforço e Reparação <strong>de</strong> Estruturas <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira 24 a 26 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro 25<br />

Encontro Nacional <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas (****) 26 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro 250<br />

S<strong>em</strong>inário Aplicação da Normalização Europeia e da Marcação CE à Caixilharia<br />

Exterior (*)<br />

S<strong>em</strong>inário Aplicação da Engenharia <strong>de</strong> Segurança contra Incêndios no Projecto<br />

<strong>de</strong> Edifícios (*)<br />

(*) Organizado no âmbito do protocolo L.N.E.C./F.U.N.D.C.I.C.<br />

(**) Co-organizado pelo L.N.E.C. e Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

(***) Co-organizado pelo L.N.E.C. e S.P.G.<br />

(****) Co-organizado pelo L.N.E.C. e A.P.E.E.<br />

26 e 27 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro 31<br />

5 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro 121<br />

33


34<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

1.5.3 Reuniões científicas e técnicas<br />

Outra via seguida para a promoção da difusão e divulgação <strong>de</strong> conhecimentos passa pela organização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong><br />

natureza científica e técnica, as quais se po<strong>de</strong>m revestir da forma <strong>de</strong> congressos, conferências, encontros, jornadas e<br />

palestras ou, numa dimensão participativa mais restrita e reduzida, da forma <strong>de</strong> reuniões inseridas no âmbito <strong>de</strong> Projectos<br />

<strong>de</strong> I&D, nomeadamente comunitários, e <strong>de</strong> Comissões <strong>de</strong> Normalização, envolvendo m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> outras instituições. No<br />

quadro 1.7 refer<strong>em</strong>-se essas reuniões; todas elas se realizaram no <strong>LNEC</strong>, com excepção <strong>de</strong> três, cujo local <strong>de</strong> realização se<br />

encontra <strong>de</strong>vidamente assinalado.<br />

Quadro 1.7 • Reuniões <strong>de</strong> natureza científica e técnica <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

Reunião Data<br />

CT 129 — Materiais para Pavimentação 13 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

CEN TC 154 8 <strong>de</strong> Abril<br />

Reunião da Subcomissão 4 Hydraulic Bound and unbound aggregates 8 <strong>de</strong> Abril<br />

CEN CT 250/SC4 e CEN CT 250/SC3 17 e 18 <strong>de</strong> Abril<br />

ENBRI — European Network of Building Research Institutes 18 <strong>de</strong> Abril<br />

Reunião <strong>LNEC</strong>/Inst. Seg. Social sobre as Recomendações Técnicas pª Equipamentos Sociais 22 <strong>de</strong> Abril<br />

CT 90 — Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Saneamento Básico 16 <strong>de</strong> Maio<br />

CT 156/TC 288/SC7/WG15 — Geotecnia <strong>em</strong> Engenharia Civil 26 e 27 <strong>de</strong> Maio<br />

Estuary Study Group Meeting <strong>2008</strong> 4 a 6 <strong>de</strong> Junho<br />

CT 115 — Reunião Plenária — Eurocódigos Estruturais 26 <strong>de</strong> Junho<br />

Reunião do Grupo <strong>de</strong> Trabalho WG 2 da Comissão da Ril<strong>em</strong> TC RMH 30 <strong>de</strong> Junho<br />

CEN/TC 288/SC7 12 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />

CEN/CT 156/ TC 288 15 e 16 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />

RILEM TCF RMH — Repair Mortars for Historic Masonry 22 e 23 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />

CEN/TC 250/SC1 29 e 30 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />

Reunião TC 288/SC7 3 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

Reunião ISO/TC224 3 e 4 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

Reunião da CT - 115 13 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

CEN7TC 165 — Wastewater Engineering 20 e 21 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

CT 156/SC 7 24 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

Workshop International Year of Planet Earth. Groundwater: Reservoir for a Thirsty Planet. Aquifer 27 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

Storage and Recovery Methodologies Aiming Drought Mitigation and Integrated Water Resource<br />

Manag<strong>em</strong>ent of the Algarve<br />

1.5.4 Activida<strong>de</strong> editorial<br />

A gran<strong>de</strong> maioria dos documentos científicos e técnicos elaborados são editados pelo <strong>LNEC</strong>, por intermédio da sua Divisão<br />

<strong>de</strong> Edições e Artes Gráficas. De salientar, também, que uma parte significativa <strong>de</strong>ssas publicações (concretamente, das que<br />

se revest<strong>em</strong> <strong>de</strong> índole <strong>de</strong> divulgação não-restrita) é vendida na Livraria do <strong>LNEC</strong>, b<strong>em</strong> como através do circuito livreiro,<br />

existindo livrarias localizadas <strong>em</strong> todo o País que divulgam e comercializam essas edições do <strong>LNEC</strong>. Prosseguiu, também,<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

a colaboração com diversas revistas e jornais que têm vindo a publicar, regular e gratuitamente, informação que lhes é<br />

enviada sobre novas edições do <strong>LNEC</strong>.<br />

Neste contexto, é <strong>de</strong> referir que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>: a) foram editados 102 novos títulos e reeditados 35, num total <strong>de</strong> 53 050<br />

ex<strong>em</strong>plares; b) a produção gráfica no <strong>LNEC</strong> totalizou mais <strong>de</strong> 3 850 000 páginas <strong>em</strong> impressão digital e mais <strong>de</strong> 66 500<br />

<strong>em</strong> impressão offset; c) a facturação resultante da venda <strong>de</strong> publicações do <strong>LNEC</strong> atingiu um montante da or<strong>de</strong>m dos<br />

147 000 euros, tendo continuado a manter-se a orientação <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r <strong>de</strong>scontos a estudantes e a livrarias.<br />

1.5.5 Biblioteca<br />

O <strong>LNEC</strong> dispõe <strong>de</strong> uma Biblioteca que possui um valioso e muito significativo acervo <strong>de</strong> publicações científicas e técnicas<br />

no vasto domínio da Engenharia Civil e áreas afins. Embora esta Biblioteca tenha como objectivo primordial dar suporte à<br />

activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> C&T dos seus próprios investigadores e técnicos, é <strong>de</strong> realçar que o <strong>LNEC</strong> também disponibiliza o acesso a<br />

esse património documental aos m<strong>em</strong>bros da comunida<strong>de</strong> científica e técnica e, b<strong>em</strong> assim, ao cidadão interessado nas<br />

matérias <strong>em</strong> causa.<br />

Neste contexto, é <strong>de</strong> referir que, no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong>ram entrada na Biblioteca 2330 publicações (sendo 1132 não periódicas<br />

e 1198 periódicas) e que foram consultadas mais <strong>de</strong> 3000 publicações (essencialmente livros), correspon<strong>de</strong>ndo cerca <strong>de</strong><br />

2100 a utilizadores exteriores ao <strong>LNEC</strong>.<br />

Em Junho, iniciou-se o carregamento na base <strong>de</strong> dados KOHA, tendo sido carregados, até Dez<strong>em</strong>bro, 3000 registos na<br />

base bibliográfica.<br />

1.6 Cooperação com outras entida<strong>de</strong>s<br />

Tal como <strong>em</strong> anos anteriores, o <strong>LNEC</strong> manteve, <strong>em</strong> <strong>2008</strong> cooperação com diversas entida<strong>de</strong>s, nacionais e estrangeiras,<br />

<strong>de</strong>signadamente com associações <strong>de</strong> carácter científico e técnico, universida<strong>de</strong>s, laboratórios e outras instituições,<br />

concretizada através da realização conjunta <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse comum.<br />

A cooperação com associações <strong>de</strong> C&T envolveu um número elevado <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, entre as quais se contam:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

1) associações nacionais (muitas <strong>de</strong>las sediadas nas instalações do <strong>LNEC</strong>): Fundação para a Computação<br />

Científica Nacional; Fundo para o Desenvolvimento das Ciências da Construção; Socieda<strong>de</strong> Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Geotecnia; Associação Portuguesa <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas; Grupo Português <strong>de</strong> Betão Estrutural;<br />

Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Engenharia Sísmica; Associação Portuguesa <strong>de</strong> Análise Experimental <strong>de</strong> Tensões;<br />

Associação Portuguesa <strong>de</strong> Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional; Associação Portuguesa <strong>de</strong> Recursos<br />

Hídricos; Associação Portuguesa para Estudos <strong>de</strong> Saneamento Básico; Secção Portuguesa da Associação<br />

Internacional <strong>de</strong> Navegação; Associação para o Desenvolvimento do Direito do Urbanismo e da Construção;<br />

Associação <strong>de</strong> Laboratórios Acreditados <strong>de</strong> Portugal; Comissão Portuguesa das Gran<strong>de</strong>s Barragens; Or<strong>de</strong>m<br />

dos Engenheiros; Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Engenharia.<br />

2) associações europeias e internacionais: “European Network of Building Research Institutes” (ENBRI);<br />

“International Council for Research and Innovation in Building and Construction” (CIB); “International<br />

Association for Building Materials and Structures” (RILEM); “International Association for Bridge and<br />

Structural Engineering” (IABSE); “International Fe<strong>de</strong>ration for Structural Concrete” (FIB); Comité Europeu<br />

<strong>de</strong> Normalização (CEN); “European Union of Agrément” (UEAtc); “European Organization for Technical<br />

Approvals” (EOTA); Associação Europeia <strong>de</strong> Engenharia Sísmica; “International Commission on Large Dams”<br />

(ICOLD); “International Society of Soil Mechanics and Geotechnical Engineering” (ISSMGE); International<br />

Society of Rock Mechanics” (ISRM, sediada no <strong>LNEC</strong> e secretariada por um investigador do <strong>LNEC</strong>);<br />

“International Association of Engineering Geology” (IAEG); “Forum of European National Highway Research<br />

35


36<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Laboratories” (FEHRL); “Forum of European Road Safety Research Institutes” (FERSI); “International Union<br />

of Theoretical and Applied Mechanics” (IUTAM); “International Association for Computational Mechanics”<br />

(IACM), “International Water Association” (IWA), “Forum of European Freshwater Research Organisations”<br />

(EurAqua) e “International Navigation Association” (PIANC).<br />

Prosseguiu, também, uma importante activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação do <strong>LNEC</strong> com diversos Laboratórios e Universida<strong>de</strong>s,<br />

nacionais e estrangeiros, entre os quais se salientam os Laboratórios do Estado portugueses, os Laboratórios Regionais<br />

<strong>de</strong> Engenharia Civil da Ma<strong>de</strong>ira e dos Açores, os Laboratórios <strong>de</strong> Engenharia Civil dos PALOP, as principais Universida<strong>de</strong>s e<br />

Institutos Politécnicos portugueses e um significativo número <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>s estrangeiras (<strong>de</strong>signadamente europeias<br />

e brasileiras).<br />

No que diz respeito às instituições universitárias, a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação consistiu, nomeadamente: na participação<br />

conjunta <strong>em</strong> projectos <strong>de</strong> investigação; na colaboração <strong>em</strong> acções <strong>de</strong> formação; na realização <strong>de</strong> provas públicas (<strong>de</strong><br />

pessoal do <strong>LNEC</strong> ou <strong>de</strong> pessoas enquadradas pelos seus investigadores) com vista à obtenção <strong>de</strong> graus académicos; na<br />

participação <strong>em</strong> júris <strong>de</strong> concursos das carreiras <strong>de</strong> investigação e docente universitária; e na colaboração <strong>de</strong> investigadores<br />

do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> docência universitária.<br />

A activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação com os PALOP foi enquadrada, como habitualmente, pelos convénios existentes entre o <strong>LNEC</strong><br />

e os Laboratórios <strong>de</strong> Engenharia Civil <strong>de</strong>sses países.<br />

No âmbito <strong>de</strong>sses convénios, <strong>de</strong>stacam-se as seguintes acções:<br />

País Acção<br />

Cabo Ver<strong>de</strong> • realização <strong>de</strong> uma jornada <strong>de</strong> trabalho na área da observação e controlo <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> barragens<br />

<strong>de</strong> betão;<br />

• assistência técnica para avaliação dos pavimentos rodoviários recent<strong>em</strong>ente construídos nas ilhas<br />

<strong>de</strong> São Tiago e <strong>de</strong> São Vicente;<br />

• assistência técnica para calibração <strong>de</strong> novos equipamentos;<br />

• realização da XXII Reunião da Comissão Coor<strong>de</strong>nadora dos Convénios com os PALOP.<br />

Guiné-Bissau • realização <strong>de</strong> uma assistência técnica na área dos ensaios <strong>de</strong> cimentos.<br />

Moçambique • realização <strong>de</strong> um curso na área das pequenas barragens <strong>de</strong> terra;<br />

• realização <strong>de</strong> um curso na área da engenharia <strong>de</strong> fundações;<br />

• realização <strong>de</strong> um curso na área das tintas, vernizes e revestimentos;<br />

• realização do 2º curso na área da engenharia <strong>de</strong> fundações;<br />

• assistência técnica na área da calibração <strong>de</strong> equipamentos;<br />

• assistência técnica no domínio da reestruturação das carreiras <strong>de</strong> investigação e experimentação<br />

do LEM (Laboratório <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Moçambique).<br />

S. Tomé e Príncipe • realização <strong>de</strong> um curso sobre controlo <strong>de</strong> misturas betuminosas;<br />

• realização <strong>de</strong> um curso na área da “Normalização, Certificação e Acreditação”;<br />

• realização <strong>de</strong> um curso na área <strong>de</strong> “Projecto, Construção e Reabilitação <strong>de</strong> Pavimentos com<br />

Misturas Betuminosas”.<br />

Durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> proporcionou estágios a 11 m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong>ssas instituições dos PALOP (4 <strong>de</strong> Angola, 2 <strong>de</strong><br />

Cabo Ver<strong>de</strong>, 1 da Guiné-Bissau, 1 <strong>de</strong> Moçambique e 3 <strong>de</strong> São Tomé e Príncipe).<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida 01<br />

O <strong>LNEC</strong> recebeu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um total 110 estagiários (contra 126 <strong>em</strong> 2007 e 120 <strong>em</strong> 2006) distribuídos pelos seguintes<br />

países: Portugal 82; Angola 4; Cabo Ver<strong>de</strong> 2; Guiné-Bissau 1; Moçambique 3, São Tomé e Príncipe 3; Brasil 5; Eslovénia 1,<br />

França 5; Holanda 1, Itália 1, Japão 1, Roménia 1.<br />

Nos estágios concedidos, inclu<strong>em</strong>-se estágios curriculares e os que enquadraram alunos <strong>de</strong> pós-graduação (<strong>de</strong><br />

doutoramento e <strong>de</strong> mestrado) <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, na realização das activida<strong>de</strong>s.<br />

No âmbito da divulgação das suas activida<strong>de</strong>s e instalações, o <strong>LNEC</strong> recebeu, nalguns casos satisfazendo solicitações que<br />

lhe foram dirigidas, 76 grupos num total <strong>de</strong> 1976 visitantes, dos quais se <strong>de</strong>stacam 171 visitantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s estrangeiras,<br />

683 <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s e institutos politécnicos, 910 <strong>de</strong> escolas secundárias e profissionais e 212 <strong>de</strong> público <strong>em</strong> geral.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

37


Auto-avaliação<br />

02 • Auto avaliação<br />

2.1 Resultados alcançados e <strong>de</strong>svios verificados <strong>de</strong> acordo com o QUAR<br />

Da análise dos dados do QUAR do <strong>LNEC</strong>, que reflect<strong>em</strong> a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida, constata-se um resultado positivo,<br />

nomeadamente quanto à concretização dos seus objectivos operacionais, ou seja, todas as metas previstas para os<br />

respectivos indicadores foram ultrapassadas, conforme a seguir se apresenta.<br />

Objectivo <strong>de</strong> Eficácia Pon<strong>de</strong>ração 35%<br />

Objectivo 1 Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico<br />

Indicador 1 Pon<strong>de</strong>ração 60%<br />

Número total <strong>de</strong> publicações científicas e técnicas<br />

Meta Resultado Avaliação<br />

Taxa<br />

Realização<br />

1400 1416 Superado 101,1%<br />

A meta indicada para o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> (1400) <strong>de</strong>correu não só da análise do número médio <strong>de</strong> publicações científicas e<br />

técnicas produzidas <strong>em</strong> anos anteriores, mas também da consciência <strong>de</strong> que o incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> publicações é<br />

indicador <strong>de</strong>monstrativo da produção <strong>de</strong> trabalho científico e da motivação para o <strong>de</strong>senvolver, por parte dos investigadores<br />

do <strong>LNEC</strong>.<br />

Neste indicador estão incluídos todas as publicações <strong>de</strong> carácter científico e técnico, nomeadamente, livros, artigos<br />

científicos publicados <strong>em</strong> revistas científicas, comunicações apresentadas <strong>em</strong> congressos e s<strong>em</strong>inários, relatórios<br />

produzidos e notas técnicas, com <strong>de</strong>staque para os resultantes <strong>de</strong> estudos e projectos <strong>de</strong>senvolvidos sob a forma <strong>de</strong><br />

contrato para o país e estrangeiro.<br />

Indicador 2 Pon<strong>de</strong>ração 40%<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Número <strong>de</strong> eventos científicos e técnicos organizados<br />

ou co-organizados pelo <strong>LNEC</strong><br />

Meta Resultado Avaliação<br />

02<br />

Taxa<br />

Realização<br />

10 21 Superado 210,0%<br />

Como gran<strong>de</strong> instituição <strong>de</strong> investigação que é, o <strong>LNEC</strong> organiza e promove anualmente vários eventos científicos nacionais<br />

e internacionais, com a finalida<strong>de</strong> da diss<strong>em</strong>inação do conhecimento científico e da promoção do encontro e “troca” entre<br />

investigadores. Neste indicador inclu<strong>em</strong>-se congressos, s<strong>em</strong>inários e “meetings” com a finalida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong>scrita.<br />

O <strong>de</strong>svio apresentado relativamente à meta prevista, resulta da organização <strong>de</strong> eventos para divulgação <strong>de</strong> aspectos<br />

relacionados com a aplicação <strong>de</strong> novas normas europeias.<br />

Objectivo <strong>de</strong> Eficiência Pon<strong>de</strong>ração 30%<br />

Objectivo 2 Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação e qualificação dos Recursos Humanos<br />

Indicador 3 Pon<strong>de</strong>ração 35%<br />

Número <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> formação proporcionada ao pessoal<br />

<strong>em</strong> activida<strong>de</strong> no <strong>LNEC</strong><br />

Meta Resultado Avaliação<br />

Taxa<br />

Realização<br />

13 000 17 829 Superado 137,1%<br />

Enten<strong>de</strong>ndo-se a formação como principal factor <strong>de</strong> qualificação dos recursos humanos <strong>de</strong> uma instituição, o <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong><br />

vindo a fazer um esforço no sentido <strong>de</strong> proporcionar a todos os seus trabalhadores a maior e melhor formação para o<br />

39


40<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

exercício da sua activida<strong>de</strong>. Têm sido <strong>de</strong>senvolvidos internamente planos <strong>de</strong> formação a<strong>de</strong>quados à especificida<strong>de</strong> da sua<br />

activida<strong>de</strong> e às diferentes carreiras do seu pessoal.<br />

Das 17829 horas <strong>de</strong> formação registadas, 15363,5 correspon<strong>de</strong>m a formação proporcionada a efectivos do <strong>LNEC</strong> e as<br />

restantes (2465,5) a bolseiros. No número total <strong>de</strong> formação não está contabilizado o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>spendido com a formação<br />

diária <strong>em</strong> exercício <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, dos assistentes <strong>de</strong> investigação e dos bolseiros.<br />

O <strong>de</strong>svio apresentado relativamente à meta prevista, resulta, essencialmente, da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dotar funcionários com<br />

novas competências essenciais ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da sua activida<strong>de</strong>, nomeadamente na área <strong>de</strong> segurança, higiene e saú<strong>de</strong><br />

no trabalho.<br />

Indicador 4 Pon<strong>de</strong>ração 35%<br />

Número <strong>de</strong> dissertações <strong>de</strong> mestrado, teses <strong>de</strong> doutoramento<br />

e programas <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong> pós-graduação<br />

Meta Resultado Avaliação<br />

Taxa<br />

Realização<br />

8 17 Superado 212,5%<br />

Consi<strong>de</strong>rado um indicador <strong>de</strong> eficiência, por excelência, o número <strong>de</strong> dissertações <strong>de</strong>fendidas, <strong>de</strong>monstra a activida<strong>de</strong><br />

científica <strong>de</strong>senvolvida, envolvendo, não só o autor da tese, os orientadores e outros recursos humanos, como também os<br />

recursos materiais, <strong>em</strong> particular laboratoriais, disponibilizados pela instituição. Do resultado apresentado (17) apenas 4<br />

correspon<strong>de</strong>m a tese <strong>de</strong> doutoramento <strong>de</strong> assistentes <strong>de</strong> investigação que obrigatoriamente teriam <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fendidas para<br />

ingresso na categoria <strong>de</strong> investigador auxiliar. As restantes (13), s<strong>em</strong> carácter <strong>de</strong> obrigatorieda<strong>de</strong>, indiciam a motivação e<br />

o gosto pela activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação científica e correspon<strong>de</strong>m a disertações <strong>de</strong> mestrado ou teses <strong>de</strong> doutoramento<br />

<strong>de</strong> bolseiros <strong>LNEC</strong> (10), a provas públicas <strong>de</strong> habilitação <strong>de</strong> investigadores do <strong>LNEC</strong> (2), <strong>de</strong>stinadas a avaliar o mérito da<br />

obra científica e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong> formação pós-graduada e, por<br />

último, 1 que correspon<strong>de</strong> a uma tese <strong>de</strong> mestrado <strong>de</strong> um técnico superior do <strong>LNEC</strong>.<br />

O <strong>de</strong>svio apresentado relativamente à meta prevista, resulta, então, essencialmente, da motivação sentida pelos<br />

funcionários, e potenciada pela instituição, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sses trabalhos.<br />

Indicador 5 Pon<strong>de</strong>ração 30%<br />

Número <strong>de</strong> bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica<br />

Meta Resultado Avaliação<br />

Taxa<br />

Realização<br />

70 99 Superado 141,4%<br />

O <strong>LNEC</strong>, instituição <strong>de</strong> investigação científica, assume como sua missão a diss<strong>em</strong>inação do conhecimento, não só através<br />

da realização <strong>de</strong> eventos científicos e da edição <strong>de</strong> publicações, mas também, e essencialmente, através da formação<br />

<strong>de</strong> recursos humanos, nacionais e estrangeiros, sob a forma <strong>de</strong> bolsas. Assim, o número <strong>de</strong> bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação<br />

científica proporcionadas foi consi<strong>de</strong>rado um excelente indicador da eficiência <strong>de</strong>sta instituição, dado ser uma das<br />

principais medidas do cumprimento da sua missão.<br />

No resultado atingido (99), inclu<strong>em</strong>-se, não só, as bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica, atribuídas ao abrigo do<br />

Regulamento <strong>de</strong> Bolsas <strong>LNEC</strong> (82), <strong>em</strong> que o <strong>LNEC</strong> se assume como instituição financiadora total ou parcialmente,<br />

mas também, as bolsas <strong>de</strong> investigação integradas <strong>em</strong> projectos <strong>de</strong> investigação a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidos pelo <strong>LNEC</strong> (15),<br />

projectos que inclu<strong>em</strong> financiamento para os recursos humanos necessários, e bolsas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> ciência e tecnologia (2),<br />

ao abrigo do Regulamento <strong>de</strong> Bolsas FCT e financiadas pelo <strong>LNEC</strong>.<br />

O <strong>de</strong>svio apresentado relativamente à meta prevista, resulta, essencialmente, do recrutamento <strong>de</strong> bolseiros <strong>de</strong> projecto<br />

inseridos <strong>em</strong> projectos <strong>de</strong> investigação aprovados e iniciados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

Objectivo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> Pon<strong>de</strong>ração 35%<br />

Objectivo 3 Assegurar a sustentação da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> cooperação com instituições<br />

estrangeiras<br />

Indicador 6 Pon<strong>de</strong>ração 60%<br />

Percentag<strong>em</strong> do montante <strong>de</strong> auto-financiamento relativamente ao total<br />

das <strong>de</strong>spesas<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Meta Resultado Avaliação<br />

02<br />

Taxa<br />

Realização<br />

40% 49,6% Superado 124,0%<br />

Sendo a percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> auto-financiamento do <strong>LNEC</strong> o nível <strong>de</strong> cobertura dos encargos por receitas próprias resultantes<br />

da sua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia e provindo essas receitas da procura dos serviços prestados pelo <strong>LNEC</strong> a entida<strong>de</strong>s<br />

nacionais e estrangeiras, enten<strong>de</strong>-se este indicador como a medida privilegiada da qualida<strong>de</strong> da instituição, tanto mais que<br />

o <strong>LNEC</strong> não t<strong>em</strong> a exclusivida<strong>de</strong> da sua prestação. Consi<strong>de</strong>rando a percentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> 40% <strong>de</strong> auto-financiamento previsto e<br />

a realização <strong>de</strong> 49,61%, conclui-se do aumento da procura dos serviços do <strong>LNEC</strong> com consequência no nível <strong>de</strong> facturação,<br />

s<strong>em</strong> afectação da sua missão enquanto Laboratório do Estado.<br />

Indicador 7 Pon<strong>de</strong>ração 40%<br />

Número <strong>de</strong> estudos com instituições estrangeiras<br />

Meta Resultado Avaliação<br />

Taxa<br />

Realização<br />

60 80 Superado 133,3%<br />

À s<strong>em</strong>elhança do indicador anterior, também este é <strong>de</strong>monstrativo do nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da instituição face aos “serviços”<br />

prestados ao exterior, neste caso, trabalhos/colaborações com instituições estrangeiras, sendo estas que, na maioria dos<br />

casos, procuram o <strong>LNEC</strong> para o estabelecimento <strong>de</strong> colaboração. Este indicador “me<strong>de</strong>” essas colaborações, concretizadas<br />

<strong>em</strong> processos <strong>de</strong> estudo conjunto, tendo sido contabilizadas as novas solicitações <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, e os processos já abertos <strong>em</strong><br />

anos anteriores, que se refer<strong>em</strong> a trabalhos plurianuais, ou a prestações <strong>de</strong> serviços, que apresentam um carácter regular.<br />

Em <strong>2008</strong>, o número <strong>de</strong> novos processos com ligações a entida<strong>de</strong>s estrangeiras praticamente duplicou face a 2007.<br />

Este acréscimo po<strong>de</strong>rá estar associado à participação do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> diversos Programas Europeus nestes últimos anos, tais<br />

como o FP6/7 e INTERREG, que promov<strong>em</strong> a sua integração <strong>em</strong> re<strong>de</strong>s internacionais que ajudam à manutenção do <strong>LNEC</strong><br />

na “ponta do conhecimento”, a <strong>de</strong>senvolver uma auto-avaliação com base <strong>em</strong> “benchmarking” e a promover a imag<strong>em</strong><br />

da instituição ao nível internacional.<br />

2.2 Apreciação por parte dos utilizadores da quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados<br />

Como indicador do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da instituição salienta-se que os portugueses, <strong>em</strong> geral, se habituaram a ver no Laboratório<br />

Nacional <strong>de</strong> Engenharia Civil uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> confiança, merecedora do seu orgulho, pela serieda<strong>de</strong> das suas iniciativas e<br />

pela isenção e qualida<strong>de</strong> dos seus pareceres.<br />

O número <strong>de</strong> estudos realizados para diversos países e <strong>de</strong> projectos internacionais <strong>em</strong> que participam os seus investigadores,<br />

<strong>de</strong> forma <strong>em</strong>penhada e prestigiante, <strong>de</strong>signadamente projectos da UE, é, também, um indicador do prestígio internacional<br />

do Laboratório. Este prestígio é ainda evi<strong>de</strong>nciado pelo número <strong>de</strong> solicitações e convites feitos para que investigadores do<br />

<strong>LNEC</strong> façam parte <strong>de</strong> equipas concorrentes a projectos europeus.<br />

Dada a importância para a instituição dos resultados da apreciação, por parte dos seus utilizadores, da activida<strong>de</strong> realizada,<br />

o objectivo número 3 do QUAR é medido através <strong>de</strong> dois indicadores <strong>de</strong>monstrativos da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa activida<strong>de</strong>,<br />

tendo-se obtido <strong>em</strong> ambos um alto nível <strong>de</strong> superação.<br />

41


42<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Um dos indicadores (nº 6), como já referido, me<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma privilegiada a qualida<strong>de</strong> da instituição, dado que me<strong>de</strong> as<br />

receitas próprias resultantes da sua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> C&T, receitas que provêm dos serviços prestados pelo <strong>LNEC</strong> a entida<strong>de</strong>s<br />

nacionais e estrangeiras, não tendo o <strong>LNEC</strong> exclusivida<strong>de</strong> na sua prestação.<br />

O outro indicador <strong>de</strong>ste objectivo (nº 7) é também <strong>de</strong>monstrativo da qualida<strong>de</strong> da instituição e da sua credibilida<strong>de</strong><br />

internacional, dado que “me<strong>de</strong>” as colaborações do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> processos <strong>de</strong> estudo com instituições estrangeiras. Em<br />

<strong>2008</strong>, o número <strong>de</strong> novos processos com ligações a entida<strong>de</strong>s estrangeiras praticamente duplicou face a 2007.<br />

Estes indicadores são, só por si, a maior <strong>de</strong>monstração da apreciação positiva por parte dos utilizadores do <strong>LNEC</strong>. Dada a<br />

fiabilida<strong>de</strong> dos seus resultados não houve necessida<strong>de</strong> da realização <strong>de</strong> qualquer outro inquérito com o objectivo <strong>de</strong> medir<br />

a qualida<strong>de</strong> da instituição.<br />

2.3 Avaliação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> controlo interno<br />

2.3.1 Ambiente <strong>de</strong> controlo<br />

A activida<strong>de</strong> dos trabalhadores do <strong>LNEC</strong> processa-se <strong>de</strong> acordo com os princípios estabelecidos para os trabalhadores<br />

da Administração Pública e com as normas internas relativas a procedimentos (ex: <strong>de</strong>slocações <strong>em</strong> serviço, assiduida<strong>de</strong>,<br />

etc.). Estas normas internas revest<strong>em</strong> a forma <strong>de</strong> “Instruções”, e “Notas <strong>de</strong> Serviço” e são publicitadas junto <strong>de</strong> todos os<br />

trabalhadores.<br />

Como incentivo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> boas práticas, o <strong>LNEC</strong> publicita todas as medidas que sejam aconselhadas ou que<br />

tenham sido pr<strong>em</strong>iadas <strong>em</strong> outras instituições, ou concursos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias para o estabelecimento <strong>de</strong> boas práticas.<br />

Dada a estrutura do <strong>LNEC</strong>, existe uma agenda <strong>de</strong> “<strong>de</strong>spacho” que estabelece reuniões s<strong>em</strong>anais entre o Conselho Directivo<br />

e todos os dirigentes das unida<strong>de</strong>s orgânicas.<br />

A orgânica do <strong>LNEC</strong> prevê também a existência <strong>de</strong> uma Comissão Permanente constituída pelo Conselho Directivo e<br />

restantes dirigentes, com reuniões mensais, para <strong>de</strong>bater questões <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, funcionamento, planeamento e gestão<br />

do <strong>LNEC</strong>.<br />

Além <strong>de</strong>sta Comissão, estão previstas na Lei Orgânica do <strong>LNEC</strong> os seguintes órgãos <strong>de</strong> avaliação, consulta e aconselhamento:<br />

• Conselho Consultivo – órgão <strong>de</strong> avaliação interna da activida<strong>de</strong> com competência para avaliar o funcionamento<br />

da instituição; constituído por cinco individualida<strong>de</strong>s exteriores ao <strong>LNEC</strong>;<br />

• Conselho <strong>de</strong> Orientação – órgão responsável por assegurar a articulação entre o Governo, a comunida<strong>de</strong><br />

científica e os sectores económicos e sociais na activida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong>; constituído por cinco individualida<strong>de</strong>s<br />

exteriores ao <strong>LNEC</strong>;<br />

• Conselho Científico – órgão responsável pela apreciação e acompanhamento da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação<br />

científica e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico do <strong>LNEC</strong>; constituído por todos os doutorados que exerçam<br />

activida<strong>de</strong> no <strong>LNEC</strong>;<br />

• Comissão paritária – órgão <strong>de</strong> consulta sobre questões <strong>de</strong> natureza laboral, nomeadamente organização<br />

do trabalho, formação profissional, higiene e segurança no trabalho e acção social; constituído por oito<br />

trabalhadores do <strong>LNEC</strong>;<br />

• Fiscal Único - órgão responsável pelo controlo da legalida<strong>de</strong>, da regularida<strong>de</strong> e da boa gestão financeira e<br />

patrimonial.<br />

O <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong> também sido sujeito a inspecções e auditorias realizadas por entida<strong>de</strong>s públicas.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

Relativamente ao ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> foi auditado pelas seguintes entida<strong>de</strong>s:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Entida<strong>de</strong> Âmbito<br />

Inspecção-geral <strong>de</strong> Finanças Controlo da contratualização dos objectivos, SIADAP 2 e 3 e QUAR (Janeiro 2009)<br />

Inspecção-geral <strong>de</strong> Finanças Controlo Financeiro (Nov<strong>em</strong>bro <strong>2008</strong>)<br />

Inspecção-geral das Obras Públicas<br />

Transportes e Comunicações<br />

Inspecção-geral das Obras Públicas<br />

Transportes e Comunicações<br />

Auditoria aos sist<strong>em</strong>as e procedimentos <strong>de</strong> gestão e controlo orçamental (Abril <strong>2008</strong>)<br />

Aquisição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> consultadoria (Janeiro <strong>2008</strong>)<br />

Tribunal <strong>de</strong> Contas Despesas <strong>de</strong> consultadoria das entida<strong>de</strong>s do sector público administrativo (<strong>2008</strong>)<br />

Fiscal Único Controlo financeiro (contínuo)<br />

Os projectos <strong>de</strong> I&D, nomeadamente no âmbito do 6º Programa Quadro, foram auditados por um revisor oficial <strong>de</strong> contas.<br />

Os projectos I&DT financiados por entida<strong>de</strong>s nacionais são auditados pela entida<strong>de</strong> que os promove, nomeadamente FCT,<br />

Agência <strong>de</strong> Inovação e Instituto Português da Qualida<strong>de</strong>.<br />

2.3.2 Estrutura organizacional<br />

A Lei Orgânica do <strong>LNEC</strong> foi aprovada pelo Decreto-Lei nº 304/2007, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Agosto, na sequência do PRACE. Através<br />

da Portaria nº 979/2007, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Agosto, foram aprovados os seus estatutos que contêm a sua estrutura organizacional.<br />

Na sequência da publicação <strong>de</strong>stes diplomas, o <strong>LNEC</strong> foi objecto <strong>de</strong> uma reestruturação <strong>de</strong> forma a impl<strong>em</strong>entar a<br />

estrutura aprovada. Esta estrutura t<strong>em</strong> <strong>de</strong>monstrado estar a<strong>de</strong>quada à prossecução da missão do <strong>LNEC</strong>.<br />

A estrutura do <strong>LNEC</strong> elenca as competências dos serviços que o integram.<br />

As atribuições, competências e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada dirigente são perfeitamente conhecidas e encontram-se<br />

estabelecidas na lei orgânica, estrutura organizativa do <strong>LNEC</strong>, nos regulamentos internos e <strong>em</strong> <strong>de</strong>spachos <strong>de</strong> <strong>de</strong>legações<br />

<strong>de</strong> competências <strong>de</strong>vidamente publicitados.<br />

Todos os trabalhadores do <strong>LNEC</strong>, que integram o universo <strong>de</strong> trabalhadores a ser avaliados através do SIADAP, têm sido<br />

avaliados através <strong>de</strong>ste sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da sua impl<strong>em</strong>entação <strong>em</strong> 2004.<br />

Integrado na Direcção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Recursos Humanos, existe o Sector <strong>de</strong> Formação Profissional com a competência<br />

<strong>de</strong> promover a a<strong>de</strong>quada formação profissional dos trabalhadores. Anualmente é elaborado o Plano <strong>de</strong> Formação a ser<br />

impl<strong>em</strong>entado. O Plano é elaborado <strong>em</strong> estreita articulação com a Divisão <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoal e o Sector <strong>de</strong> Segurança,<br />

Higiene e Saú<strong>de</strong> no Trabalho, tendo <strong>em</strong> conta as informações constantes do processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho.<br />

2.3.3 Activida<strong>de</strong>s e procedimentos <strong>de</strong> controlo administrativo<br />

Foram elaborados os regulamentos <strong>de</strong> Bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> Investigação Científica e do Conselho Científico do <strong>LNEC</strong>.<br />

Todas as activida<strong>de</strong>s/procedimentos nomeadamente os fluxos <strong>de</strong> informação e a comunicação entre os diversos sectores,<br />

procedimentos relativos ao processo <strong>de</strong> facturação e <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> maneio, etc. se encontram regulamentadas internamente,<br />

através <strong>de</strong> “Notas <strong>de</strong> Serviço” ou <strong>de</strong> “Instruções”.<br />

A competência para a autorização da <strong>de</strong>spesa está claramente <strong>de</strong>finida <strong>em</strong> diplomas legais, que contêm <strong>de</strong>legações <strong>de</strong><br />

competências, e <strong>em</strong> regulamentação interna.<br />

02<br />

43


44<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Foi impl<strong>em</strong>entado no <strong>LNEC</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> interna,“Bolsa <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong>”, integrado na Direcção <strong>de</strong> Serviços<br />

<strong>de</strong> Recursos Humanos, com a atribuição <strong>de</strong> gerir informação relativa a necessida<strong>de</strong>s dos serviços e <strong>de</strong> rotação dos<br />

funcionários, propondo as necessárias soluções.<br />

As responsabilida<strong>de</strong>s funcionais pela realização <strong>de</strong> todas as tarefas, conferências e controlos, estão perfeitamente <strong>de</strong>finidas,<br />

sendo i<strong>de</strong>ntificado o seu autor através da respectiva assinatura e carimbo.<br />

Os circuitos dos documentos estão claramente <strong>de</strong>finidos <strong>em</strong> regulamentação interna através <strong>de</strong> “Notas <strong>de</strong> Serviço” e<br />

“Instruções”.<br />

2.3.4 Fiabilida<strong>de</strong> dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação<br />

Todos os resultados relativos a cada um dos indicadores apresentados provêm dos sist<strong>em</strong>as informáticos <strong>de</strong> apoio à gestão<br />

do <strong>LNEC</strong>. Salientam-se as aplicações informáticas Minimal e Millenium, <strong>de</strong> apoio à gestão <strong>de</strong> pessoal e contabilida<strong>de</strong>, e ao<br />

controlo da assiduida<strong>de</strong>, respectivamente.<br />

Estão ainda impl<strong>em</strong>entadas aplicações que exploram os dados para apoio aos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão táctica e estratégica<br />

e realizam processos <strong>de</strong> interrogação ad-hoc para apoio à <strong>de</strong>cisão, verificando-se a integração, a nível <strong>de</strong> dados, das<br />

aplicações <strong>de</strong> áreas afins.<br />

Os resultados <strong>de</strong>s pesquisas reflect<strong>em</strong> a qualida<strong>de</strong> dos dados registados nos sist<strong>em</strong>as; estes dados são validados<br />

sist<strong>em</strong>aticamente, aquando da sua introdução no sist<strong>em</strong>a. Alguns dos mecanismos <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão são por<br />

si verificadores e garantes da fiabilida<strong>de</strong> dos dados; a oportunida<strong>de</strong> dos dados advém da estrita existência <strong>de</strong> dados<br />

necessários ao Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Informação do <strong>LNEC</strong>.<br />

As aplicações que manipulam dados pessoais ou confi<strong>de</strong>nciais exig<strong>em</strong> a autenticação dos utilizadores das respectivas<br />

áreas. As aplicações “<strong>de</strong> negócio” não estão disponíveis para o exterior do <strong>LNEC</strong> e o acesso dos postos <strong>de</strong> trabalho à re<strong>de</strong><br />

interna é controlado, exigindo autenticação por parte dos utilizadores.<br />

Os servidores e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> armazenamento (storage) estão “internamente” numa re<strong>de</strong> local do <strong>LNEC</strong> protegida por<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> firewall. Está impl<strong>em</strong>entado um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> dados (backup), robotizado, com armazenamento<br />

dos suportes <strong>em</strong> edifício distinto do da sala dos servidores; a alimentação eléctrica conta com UPS’s; a sala <strong>de</strong> servidores e<br />

equipamento <strong>de</strong> comunicações t<strong>em</strong> controlo <strong>de</strong> acessos e está montado um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> alarme para intrusão e situações<br />

<strong>de</strong> incêndios, etc.<br />

A troca <strong>de</strong> informação interna é feita, para dados sensíveis, através <strong>de</strong> áreas partilhadas com acesso controlado. A troca<br />

<strong>de</strong> informação digital com o exterior que não seja por correio electrónico e que envolva compromissos <strong>de</strong> dados sensíveis<br />

(ex: facturação electrónica) passa por mecanismos <strong>de</strong> autenticação dos servidores envolvidos.<br />

2.4 Desenvolvimento <strong>de</strong> medidas para um reforço positivo do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />

É política do <strong>LNEC</strong> estimular a participação activa dos seus investigadores <strong>em</strong> estudos e projectos <strong>de</strong> investigação<br />

envolvendo diversas instituições <strong>de</strong> investigação nacionais e estrangeiras, com <strong>de</strong>staque para as <strong>de</strong> países pertencendo à<br />

EU, b<strong>em</strong> como a participação <strong>em</strong> reuniões técnico-científicas nacionais e estrangeiras com apresentação <strong>de</strong> comunicações<br />

e a elaboração <strong>de</strong> artigos a publicar <strong>em</strong> revistas <strong>de</strong> referência.<br />

Salientam-se os projectos <strong>de</strong> investigação envolvendo várias instituições <strong>de</strong> investigação nacionais e estrangeiras e cofinanciados<br />

pela FCT e pela CE, muitos <strong>de</strong>les com a li<strong>de</strong>rança do <strong>LNEC</strong>. Estes projectos, pela sua natureza, propiciam a<br />

participação <strong>em</strong> estudos que incorporam o que <strong>de</strong> mais avançado se v<strong>em</strong> concretizando noutros países <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong><br />

conhecimento, permitindo uma partilha <strong>de</strong> conhecimentos e uma avaliação contínua da capacida<strong>de</strong> do Laboratório numa<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

lógica <strong>de</strong> “benchmarking” baseado na comparação com as capacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho das instituições que participam<br />

com o <strong>LNEC</strong> nesses projectos.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a sustentabilida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento passa, entre outros, por uma Administração Pública mais<br />

eficiente e mo<strong>de</strong>rnizada, que <strong>de</strong>verá ser mais flexível, mais eficaz e eficiente, mais transparente e valorizada pelos cidadãos<br />

e agentes económicos, e mais competente e motivada, torna-se imprescindível consi<strong>de</strong>rar como priorida<strong>de</strong> estratégica<br />

da instituição a “simplificação, <strong>de</strong>sburocratização e <strong>de</strong>smaterialização <strong>de</strong> processos e <strong>de</strong> documentos”, agilizando<br />

procedimentos, reduzindo custos, t<strong>em</strong>po e espaço físico. Assim, o <strong>LNEC</strong> preten<strong>de</strong> adoptar e <strong>de</strong>senvolver estratégias com<br />

vista à simplificação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e procedimentos e informatização <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> trabalho. Para isso foi já iniciado o<br />

processo <strong>de</strong> informatização dos fluxos do expediente (workflow).<br />

Para além <strong>de</strong>stas medidas consi<strong>de</strong>radas estratégicas, o <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong> vindo a impl<strong>em</strong>entar medidas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização/<br />

simplificação/melhoria dos serviços no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a eficiência dos seus serviços, mantendo a sua qualida<strong>de</strong>.<br />

Destas medidas, salientam-se:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• disponibilização <strong>de</strong> um novo sítio do <strong>LNEC</strong>, tendo como objectivo a divulgação <strong>de</strong> informação sobre a<br />

organização e as competências do Laboratório, serviços e produtos prestados, publicações oferecidas, etc,;<br />

• impl<strong>em</strong>entação da consulta on-line à nova base <strong>de</strong> dados da biblioteca do <strong>LNEC</strong>;<br />

• continuação da impl<strong>em</strong>entação da livraria on-line;<br />

• criação <strong>de</strong> um novo cartão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação que reúne as funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dois anteriores (cartão <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação e cartão <strong>de</strong> marcação <strong>de</strong> ponto);<br />

• disponibilização, na intranet, <strong>de</strong> impressos <strong>de</strong> funcionamento e gestão internos, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

preenchimento electrónico;<br />

• <strong>de</strong>smaterialização e simplificação <strong>de</strong> procedimentos administrativos, através da comunicação, por via<br />

electrónica, <strong>de</strong> toda a informação institucional, nomeadamente: notas <strong>de</strong> serviço e comunicações, notas <strong>de</strong><br />

vencimento e assiduida<strong>de</strong>, listas <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong> dos trabalhadores, etc.;<br />

• impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> um novo sist<strong>em</strong>a informático <strong>de</strong> registo <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>;<br />

• construção <strong>de</strong> um repositório único dos documentos da instituição, quer administrativos, quer técnico/<br />

científicos, baseados no produto D-Space (open source software);<br />

• impl<strong>em</strong>entação do help-<strong>de</strong>sk relativo à gestão <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> construção, manutenção e conservação dos<br />

edifícios do <strong>LNEC</strong>.<br />

2.5 Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />

Para além das activida<strong>de</strong>s subjacentes aos objectivos operacionais indicados no QUAR, o <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong>senvolveu outras<br />

activida<strong>de</strong>s relevantes integradas na sua missão, que se <strong>de</strong>stacam a seguir.<br />

Tendo por objectivo divulgar, <strong>de</strong> forma necessariamente sintética, os projectos constantes do Plano <strong>de</strong> Investigação<br />

Programada para o período <strong>de</strong> 2005-<strong>2008</strong> (PIP 2005-<strong>2008</strong>) que tiveram <strong>de</strong>senvolvimento mais significativo, e que<br />

constitu<strong>em</strong> a activida<strong>de</strong> nuclear do <strong>LNEC</strong>, foi elaborada e publicada uma sist<strong>em</strong>atização <strong>de</strong>sses projectos.<br />

Na elaboração <strong>de</strong>sse Plano procurou-se, aquando da sua <strong>de</strong>finição, envolver as comunida<strong>de</strong>s científica e técnica e a<br />

indústria com activida<strong>de</strong> nos domínios da engenharia civil e áreas afins e, <strong>em</strong> particular, do ambiente, por forma a i<strong>de</strong>ntificar<br />

priorida<strong>de</strong>s e assim estabelecer mecanismos que possibilitass<strong>em</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento da investigação consentânea com<br />

as necessida<strong>de</strong>s do País e com as tendências internacionais. O Plano contém os projectos <strong>de</strong>senvolvidos no âmbito <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação internacionais, baseadas na cooperação internacional com centros <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> diversos países,<br />

com <strong>de</strong>staque para os pertencentes a países da UE, cooperação que t<strong>em</strong> vindo a crescer e que potencia o intercâmbio <strong>de</strong><br />

02<br />

45


46<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

informação científica, o acesso mais fácil a soluções tecnologicamente avançadas e a criação <strong>de</strong> melhores condições para<br />

a inovação.<br />

A segunda activida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>stacar refere-se à colaboração na impl<strong>em</strong>entação do Projecto Sala GRID que consiste na criação<br />

<strong>de</strong> uma infra-estrutura no campus do <strong>LNEC</strong> com o objectivo <strong>de</strong> promover <strong>em</strong> Portugal o <strong>de</strong>senvolvimento da computação<br />

GRID.<br />

A gestão <strong>de</strong>sta infrestrutura é assegurada pela Fundação para Computação Científica Nacional (FCCN) e pelo Laboratório<br />

<strong>de</strong> Instrumentação e Física Experimental <strong>de</strong> Partículas (LIP).<br />

2.6 Afectação real e prevista dos recursos humanos e formação profissional<br />

2.6.1 Aspectos gerais<br />

Nos últimos anos, t<strong>em</strong>-se verificado uma acentuada tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo dos efectivos <strong>de</strong> pessoal ao serviço do <strong>LNEC</strong><br />

(Quadro 2.1). Essa tendência, que se verifica <strong>em</strong> todos os grupos <strong>de</strong> pessoal, t<strong>em</strong> principalmente resultado do facto <strong>de</strong> as<br />

aposentações não estar<strong>em</strong> a ser compensadas por admissões, <strong>de</strong>vido às severas restrições existentes no quadro geral da<br />

admissão <strong>de</strong> pessoal na função pública. A redução <strong>de</strong> efectivos por aposentação, s<strong>em</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a compensar <strong>de</strong><br />

forma a<strong>de</strong>quada, não permite uma renovação estruturada e at<strong>em</strong>pada dos quadros, n<strong>em</strong> uma gestão flexível e ajustada<br />

dos recursos humanos.<br />

A este propósito, e como t<strong>em</strong> vindo sendo referido <strong>em</strong> últimos documentos, no que diz respeito ao pessoal directamente<br />

ligado à realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia, é importante referir que, <strong>em</strong> média, um investigador <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada área <strong>de</strong> conhecimento t<strong>em</strong> um período <strong>de</strong> formação da or<strong>de</strong>m dos 8 a 10 anos, um técnico <strong>de</strong> experimentação<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4 a 6 anos e um técnico-profissional da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2 a 4 anos.<br />

Após a entrada <strong>em</strong> vigor, <strong>em</strong> 2001, do regulamento das bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica, o <strong>LNEC</strong> passou a po<strong>de</strong>r<br />

conce<strong>de</strong>r bolsas inseridas no âmbito do Estatuto do Bolseiro <strong>de</strong> Investigação Científica. Essas bolsas são <strong>de</strong> diversos tipos,<br />

<strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> pós-doutoramento, doutoramento, iniciação à investigação científica, experimentação e iniciação à<br />

experimentação.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo ao facto <strong>de</strong> as bolsas <strong>de</strong> investigação científica atribuídas pelo <strong>LNEC</strong> propiciar<strong>em</strong> a futura integração nos<br />

sectores da indústria e serviços <strong>de</strong> jovens altamente qualificados, facto <strong>de</strong> inegável interesse para o País — contribuindo,<br />

nomeadamente, para a diss<strong>em</strong>inação da importância do <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e consequente tomada <strong>de</strong><br />

consciência do interesse e exequibilida<strong>de</strong> da inovação —, consi<strong>de</strong>ra-se fundamental que o <strong>LNEC</strong> disponha <strong>de</strong> financiamento<br />

apropriado para a concessão <strong>de</strong> tais bolsas, sendo <strong>de</strong>sejável que ele se processe através <strong>de</strong> contratos-programa com o<br />

Governo.<br />

No contexto dos seus recursos humanos, e como também t<strong>em</strong> vindo sendo referido, o probl<strong>em</strong>a mais preocupante com<br />

que o <strong>LNEC</strong> se <strong>de</strong>fronta consiste numa progressiva escassez <strong>de</strong> pessoas com o perfil científico e técnico indispensável<br />

para a satisfação das diversas solicitações que lhe são dirigidas. Esta escassez é particularmente acentuada no pessoal<br />

técnico e técnico-profissional, com realce para as carreiras <strong>de</strong> apoio técnico à ciência e tecnologia, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong><br />

experimentação e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação, protótipos e manutenção (note-se a extr<strong>em</strong>a dificulda<strong>de</strong> que o <strong>LNEC</strong> t<strong>em</strong> sentido <strong>em</strong><br />

recrutar pessoal <strong>de</strong>stes grupos por meio <strong>de</strong> concursos internos à função pública). A situação é preocupante sobretudo <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> futuro, dado que po<strong>de</strong>rá também conduzir tanto à incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se transmitir todo um capital <strong>de</strong> experiência<br />

acumulado como à perda <strong>de</strong> valências profissionais indispensáveis.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

2.6.2 Pessoal efectivo<br />

O que se referiu quanto à evolução dos efectivos <strong>de</strong> pessoal ao serviço do <strong>LNEC</strong> po<strong>de</strong> observar-se no quadro seguinte,<br />

tendo <strong>em</strong> atenção que se encontram incluídos no grupo <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> investigação os investigadores dirigentes e, no<br />

grupo <strong>de</strong> pessoal técnico superior, os especialistas <strong>de</strong> informática.<br />

Carreira<br />

Anos<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 2.1 • Evolução dos efectivos <strong>de</strong> pessoal ao serviço do <strong>LNEC</strong><br />

<strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1994 a 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Investigação 273 254 237 229 224 219 210 203 201 193 190 182 182 179 181<br />

Técnico Superior 49 45 50 51 47 52 54 52 50 59 58 59 60 63 66<br />

Técnico e Técnico<br />

Profissional<br />

357 344 343 338 326 317 305 296 269 246 247 236 227 210 202<br />

Administrativo 187 182 173 170 164 163 169 162 147 136 134 130 133 126 120<br />

Auxiliar e Operário 157 147 133 130 117 96 110 101 94 85 79 74 74 71 63<br />

Total 1023 972 936 918 878 847 848 814 761 719 708 681 676 649 632<br />

Observa-se que, relativamente ao ano transacto, se verificou uma diminuição <strong>de</strong> 17 efectivos. Este cômputo global<br />

correspon<strong>de</strong> aos seguintes movimentos <strong>de</strong> saída e <strong>de</strong> entrada na instituição:<br />

Saídas: 37<br />

Entradas (admissões e regressos): 20<br />

A distribuição dos efectivos do <strong>LNEC</strong> por grupos <strong>de</strong> pessoal é a que se po<strong>de</strong> observar na figura 2.1.<br />

Figura 2.1 | Distribuição dos efectivos por grupo <strong>de</strong> pessoal<br />

02<br />

47


48<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Nas figuras seguintes, apresentam-se dados supl<strong>em</strong>entares relativos ao pessoal efectivo no <strong>LNEC</strong> no <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. O<br />

Balanço Social relativo a <strong>2008</strong> contém uma análise <strong>de</strong>talhada da situação do pessoal do <strong>LNEC</strong>.<br />

Figura 2.2 | Distribuição etária do pessoal <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

Figura 2.3 | Distribuição dos efectivos <strong>de</strong> pessoal por unida<strong>de</strong>s orgânicas<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Figura 2.4 | Distribuição dos efectivos por sexo e grupo <strong>de</strong> pessoal<br />

Figura 2.5 | Distribuição dos efectivos por relação jurídica <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego<br />

Aquando da elaboração do QUAR <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> contava com 647 efectivos a que correspondia a pontuação total<br />

planeada <strong>de</strong> 6503.<br />

02<br />

49


50<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Em 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o número <strong>de</strong> efectivos registado era <strong>de</strong> 632. Tendo <strong>em</strong> conta a mobilida<strong>de</strong> registada durante<br />

o ano (37 saídas e 20 entradas <strong>de</strong> efectivos), o número <strong>de</strong> efectivos a “100%” foi <strong>de</strong> 612.<br />

O diferencial entre a pontuação planeada e executada (-929,9) resulta assim, do número <strong>de</strong> saídas ser superior ao <strong>de</strong><br />

entradas e, também, das ausências registadas ao longo do ano. Salienta-se o facto <strong>de</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, haver um número <strong>de</strong><br />

efectivos com ausências durante todo o ano superior ao registado nos anos anteriores.<br />

2.6.3 Bolseiros<br />

No final <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, encontravam-se na instituição 99 bolseiros:<br />

• 70 bolseiros <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica;<br />

• 12 bolseiros <strong>de</strong> doutoramento com bolsa concedida pela FCT e com co-financiamento do <strong>LNEC</strong>;<br />

• 15 bolseiros <strong>de</strong> Projecto FCT (beneficiários <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> investigação científica, no âmbito <strong>de</strong> Projectos <strong>de</strong><br />

Investigação co-financiados pela FCT);<br />

• 2 bolseiros <strong>de</strong> “gestão <strong>de</strong> ciência e tecnologia”, no âmbito do apoio técnico às activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> C&T.<br />

No ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, os encargos totais com os bolseiros ascen<strong>de</strong>ram a cerca <strong>de</strong> 1 300 000 euros.<br />

No Quadro 2.2, apresenta-se a evolução do número <strong>de</strong>stes bolseiros. Essa evolução traduz o esforço financeiro que a<br />

instituição t<strong>em</strong> vindo a realizar nesta matéria, a qual, como já se referiu, é consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> importância estratégica.<br />

Quadro 2.2 • Evolução do número <strong>de</strong> bolseiros <strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> ciência<br />

e tecnologia enquadrados pelo <strong>LNEC</strong> (situação no final <strong>de</strong> cada ano)<br />

Por tipo <strong>de</strong> bolsa 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Pós doutoramento 3 5 3 1 1 3 1 1<br />

Doutoramento 6 6 6 2+4 (*) 5+8(*) 5+13(*) 6+13 8+9(*) 9+12(*)<br />

Iniciação à Investigação 19 23 27 16 16 21 23 29 27<br />

Introdução à Investigação - - - - - - 2 2 2<br />

Experimentação - - - - 1 1 4 5 15<br />

Inic. à Experimentação - 3 3 11 12 17 20 23 17<br />

Projecto FCT 6 11+1(**) 15<br />

Gestão <strong>de</strong> C&T 4 2<br />

Total 28 37 39 34 43 60 75 93 99<br />

* Bolseiros <strong>de</strong> doutoramento com bolsa FCT co-financiada pelo <strong>LNEC</strong>.<br />

** Bolseiros técnicos <strong>de</strong> investigação.<br />

2.6.4 Formação e valorização profissional<br />

O <strong>LNEC</strong>, através da sua Direcção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Recursos Humanos (DSRH), t<strong>em</strong> vindo a promover activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação<br />

encarada como valorização e qualificação do pessoal visando a qualida<strong>de</strong> e a eficiência no exercício das suas activida<strong>de</strong>s<br />

e da fomentação das suas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação profissional, como resposta às necessida<strong>de</strong>s crescentes das actuais<br />

exigências conjunturais.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

O plano <strong>de</strong> formação elaborado para o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> integrava-se numa óptica <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> e visava o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação facilitadoras da mo<strong>de</strong>rnização e da qualificação dos seus colaboradores, assentando <strong>em</strong> 3 gran<strong>de</strong>s<br />

áreas: Apoio a C&T; Segurança e Higiene no Trabalho; Gestão e Administração.<br />

A DSRH <strong>de</strong>senvolveu 15 acções <strong>de</strong> formação profissional internas e acompanhou 289 acções externas. Nestas acções <strong>de</strong><br />

formação participaram 332 pessoas, tendo-se verificado um total <strong>de</strong> 950 participações, distribuídas, por grupo <strong>de</strong> pessoal,<br />

conforme a seguir se indica.<br />

Número <strong>de</strong> Participações<br />

Número <strong>de</strong> participações<br />

<strong>em</strong> acções internas<br />

Número <strong>de</strong> participações<br />

<strong>em</strong> acções externas<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Dirigente<br />

Destaca-se que, das acções realizadas:<br />

Investigação<br />

Técnico Superior<br />

Informática<br />

Técnico<br />

Técnico Profissional<br />

Chefia<br />

Administrativo<br />

Auxiliar<br />

Operário<br />

Total<br />

6 94 27 1 80 46 14 22 9 - 299<br />

31 536 43 2 23 10 3 3 - - 651<br />

Total 37 630 70 3 103 56 17 25 9 - 950<br />

• 10 são <strong>de</strong> carácter transversal às carreiras integrando-se na área da higiene e segurança no trabalho<br />

(“Passaporte <strong>de</strong> Segurança” – 7, e “Segurança e Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Laboratórios” – 3);<br />

• 3 são na área <strong>de</strong> engenharia e técnicas afins (“Apontamentos do Sist<strong>em</strong>a Internacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s”, “Análise<br />

Granulométrica por Difracção Laser” e “Ensaios Triaxiais”);<br />

• 2 são na área <strong>de</strong> gestão e administração (“Novo Regime <strong>de</strong> Contratação Pública”).<br />

Foram <strong>de</strong>spendidas 17829 horas <strong>de</strong> formação, correspon<strong>de</strong>ndo 15363,5 a formação proporcionada a efectivos do <strong>LNEC</strong><br />

(conforme quadro que se segue) e as restantes (2465,5) a bolseiros.<br />

Número <strong>de</strong> Horas<br />

Número <strong>de</strong> horas <strong>em</strong><br />

acções internas<br />

Número <strong>de</strong> horas <strong>em</strong><br />

acções externas<br />

Dirigente<br />

Investigação<br />

Técnico Superior<br />

Informática<br />

Técnico<br />

Técnico Profissional<br />

Chefia<br />

Administrativo<br />

Auxiliar<br />

Operário<br />

Total<br />

120 1264 389 20 965 501 280 440 126 - 4105<br />

362 9540 629,5 20 451 142 66 48 - - 11258,5<br />

Total 482 10804 1018,5 40 1416 643 346 488 126 - 15363,5<br />

Refere-se o parcial incumprimento do Plano <strong>de</strong> Formação inicialmente traçado, dado que a sua integral realização implicaria<br />

recursos a financiamento externo a que o Laboratório se candidatou, através do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégica Nacional<br />

(QREN), mas sobre o qual foi proferida <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> in<strong>de</strong>ferimento.<br />

Para além <strong>de</strong>sta formação, o <strong>LNEC</strong> promove formação pós-graduada específica da carreira <strong>de</strong> investigação e dos bolseiros<br />

<strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica inseridos na categoria <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> formação científica, a qual se processa sob a supervisão<br />

do Conselho Científico da instituição.<br />

02<br />

51


52<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

2.6.5 Outras activida<strong>de</strong>s correntes<br />

Da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela Direcção dos Serviços <strong>de</strong> Recursos Humanos (DSRH) refere-se ainda:<br />

1) Impl<strong>em</strong>entação da Reforma da Administração Pública no <strong>LNEC</strong>;<br />

2) Realização <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> apoio à gestão, nomeadamente, balanço social e caracterização dos efectivos do <strong>LNEC</strong>,<br />

mapa <strong>de</strong> pessoal, previsão orçamental (RH);<br />

3) Coor<strong>de</strong>nação da elaboração e monitorização do QUAR;<br />

4) Coor<strong>de</strong>nação da aplicação do SIADAP;<br />

5) Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> medidas no âmbito da segurança, higiene e saú<strong>de</strong> dos trabalhadores;<br />

6) Impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> simplificação e optimização dos procedimentos administrativos: novos sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> controlo da assiduida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> processos individuais;<br />

7) Carregamento do Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Organização do Estado (SIOE) – sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> informação <strong>de</strong><br />

caracterização organizacional único e transversal <strong>de</strong> todos os serviços e entida<strong>de</strong>s públicas;<br />

8) Gestão da situação profissional do pessoal;<br />

9) Gestão da Acção Social Compl<strong>em</strong>entar (creche/jardim-<strong>de</strong>-infância, refeitório e apoio à saú<strong>de</strong> e higiene dos<br />

trabalhadores).<br />

2.7 Afectação real e prevista dos recursos financeiros<br />

2.71 Aspectos gerais<br />

No que respeita à gestão financeira, mantiveram-se as principais dificulda<strong>de</strong>s operacionais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> um insuficiente<br />

grau <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> com que se <strong>de</strong>fronta o <strong>LNEC</strong>, como instituição pública <strong>de</strong> investigação que necessita <strong>de</strong> angariar um<br />

apreciável montante <strong>de</strong> receitas próprias.<br />

A superação <strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s passa pela introdução <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação<br />

programada baseado <strong>em</strong> contratos-programa plurianuais que garantam a sustentabilida<strong>de</strong> financeira dos projectos que<br />

necessariamente se prolongam por mais <strong>de</strong> um ano económico e que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> incorporar as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico ajustadas às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do País nos sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

relacionados com a missão do <strong>LNEC</strong>.<br />

O ano económico <strong>de</strong> <strong>2008</strong> ficou particularmente marcado pela dívida transitada da gerência <strong>de</strong> 2007, no valor<br />

<strong>de</strong> € 2 203 539, dívida esta resultante, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte, das dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cobrança <strong>de</strong> dívidas ao <strong>LNEC</strong> por parte <strong>de</strong><br />

entida<strong>de</strong>s consulentes.<br />

2.7.2 Receitas e <strong>de</strong>spesas<br />

No ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, as <strong>de</strong>spesas do <strong>LNEC</strong> atingiram o montante total <strong>de</strong> € 33 153 427, repartidas pelo Orçamento <strong>de</strong><br />

Funcionamento (OF), pelo Orçamento <strong>de</strong> Investimento (OI) e por um montante relativo a operações extra-orçamentais<br />

correspon<strong>de</strong>ntes a IVA <strong>de</strong>dutível <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas no âmbito do OF e do OI a título <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> IVA ao Estado<br />

e a transferências para parceiros <strong>de</strong> Projectos <strong>de</strong> I&DT.<br />

No quadro seguinte, apresenta-se a evolução da dotação do Orçamento do Estado e das <strong>de</strong>spesas do <strong>LNEC</strong> (OF e OI)<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 2.2 • Dotação do OE e <strong>de</strong>spesa orçamental do <strong>LNEC</strong> <strong>em</strong> 2007 e <strong>2008</strong> (euros)<br />

Orçam. Func. (OF) Orçam. Invest. (OI) OF+OI<br />

Ano OE Despesa OE Despesa OE Despesa OE/Desp<br />

2007 13 651 618 24 959 132 2 745 782 3 559 315 16 397 400 28 518 447 57%<br />

<strong>2008</strong> 13 000 000 27 538 964 2 775 000 3 340 190 15 775 000 30 879 154 51%<br />

Conforme é patente neste quadro, no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, houve uma redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5% dos valores do Orçamento<br />

<strong>de</strong> Funcionamento <strong>em</strong> relação ao ano <strong>de</strong> 2007. Em termos globais, o peso relativo das dotações do OE face à <strong>de</strong>spesa<br />

diminuiu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, para 51%.<br />

Salienta-se que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> se viu confrontado com um aumento significativo do encargo com as contribuições<br />

mensais para a Caixa Geral <strong>de</strong> Aposentações (CGA), que passou a ser <strong>de</strong> valor igual a 11% das r<strong>em</strong>unerações, o que<br />

correspon<strong>de</strong>u a um encargo orçamental adicional <strong>de</strong> € 636 440.<br />

No âmbito do Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento, a principal componente <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa correspon<strong>de</strong> às R<strong>em</strong>unerações Certas<br />

e Permanentes. No quadro seguinte, apresenta-se a repartição das <strong>de</strong>spesas no Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento e no<br />

Orçamento <strong>de</strong> Investimento <strong>em</strong> 2007 e <strong>2008</strong>.<br />

Quadro 2.3 • Repartição das <strong>de</strong>spesas no OF e no OI (euros)<br />

Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento (OF) Orçamento <strong>de</strong> Investimento (OI)<br />

Ano RCP DTP ABS DTF Edif Equip Aq. Serv. Bolseiros DTI<br />

2007 18 053 141 20 440 564 4 472 112 24 959 132 722 846 1 848 875 987 594 3 559 315<br />

<strong>2008</strong> 18 345 165 21 476 801 4 217 435 27 538 964 437 081 1 954 350 632 404 316 354 3 340 189<br />

Notas: RCP – R<strong>em</strong>unerações Certas e Permanentes<br />

ABS – Aquisições <strong>de</strong> Bens e Serviços<br />

DTP – Despesa Total com Pessoal<br />

DTF e DTI – Despesa Total no OF e no OI<br />

Salienta-se o investimento feito no âmbito do Programa PRIME, tendo ascendido a € 486 841, e do Programa Nacional <strong>de</strong><br />

Reequipamento Científico (PNRC), da responsabilida<strong>de</strong> da FCT, com um investimento <strong>em</strong> <strong>2008</strong> <strong>de</strong> € 199 997, repartido<br />

pelos seguintes projectos:<br />

Designação dos projectos<br />

N.º <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

02<br />

Investimento realizado<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> (€)<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Computação Avançada 15079 43 000<br />

Investigação Experimental <strong>em</strong> Hidráulica <strong>de</strong> Estruturas e Eco-Hidráulica 15084 55 065<br />

Infra-estruturas <strong>de</strong> Investigação Experimental <strong>em</strong> Hidráulica Marítima 15085 15 315<br />

Estudo <strong>de</strong> Processos <strong>de</strong> Deterioração Evolutiva <strong>em</strong> Barragens <strong>de</strong> Betão. Controlo da Segurança<br />

ao Longo do T<strong>em</strong>po<br />

15089 44 587<br />

Monitorização do Comportamento Dinâmico para a Avaliação da Segurança <strong>de</strong> Estruturas 15091 42 030<br />

Total 199 997<br />

Da análise do Quadro 2.3 ressalta que a <strong>de</strong>spesa com RCP, a preços correntes, apresentou um ligeiro aumento, ao contrário<br />

da tendência verificada nos últimos três anos.<br />

Os encargos com a CGA atingiram <strong>em</strong> <strong>2008</strong> o valor <strong>de</strong> € 1 876 440 (sendo € 1 743 620, pagos <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e € 132 820,<br />

relativos às r<strong>em</strong>unerações do mês <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro, transitado para 2009).<br />

O aumento <strong>de</strong> encargos na <strong>de</strong>spesa total com pessoal (DTP) resultou sobretudo do aumento do valor dos encargos com a<br />

CGA e das <strong>de</strong>spesas transitadas <strong>de</strong> 2007 para <strong>2008</strong> relativas à Segurança Social, no valor € 96 344.<br />

53


54<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

No ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, as RCP representaram 67% das <strong>de</strong>spesas totais <strong>de</strong> funcionamento (DTF); <strong>em</strong> relação às aquisições <strong>de</strong><br />

bens e serviços (ABS), este grupo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas no OF correspon<strong>de</strong>u a 15% das DTF, para o qual contribuiu, naturalmente, o<br />

valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas pagas com contratações que transitaram para a gerência <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

A conjugação dos dados patentes nos quadros anteriores permite ainda concluir que a dotação do OE para o orçamento<br />

<strong>de</strong> funcionamento do <strong>LNEC</strong> representou, no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, apenas 71% das <strong>de</strong>spesas com RCP e 47% do total das <strong>de</strong>spesas<br />

<strong>de</strong> funcionamento (no qual está contida a contribuição para a CGA).<br />

As receitas cobradas no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> atingiram o valor <strong>de</strong> € 34 083 356 (incluindo os saldos transitados <strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong><br />

funcionamento e investimento, e um montante <strong>de</strong> € 1 922 178 relativo a operações extra-orçamentais correspon<strong>de</strong>ntes<br />

a IVA <strong>de</strong> receita cobrada e transferências para parceiros <strong>de</strong> I&DT). A receita cobrada reparte-se pelas seguintes rubricas<br />

principais:<br />

a) Orçamento do Estado – Receitas Gerais (310)<br />

Orçamento do Estado (funcionamento) € 13 000 .000<br />

Cap. 50 do OE – PIDDAC (investimento) € 2 590 100<br />

Subtotal do financiamento do Orçamento do Estado € 15 590 100<br />

b) Autofinanciamento / receita própria (510)<br />

Prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> C&T € 11 091 235<br />

Projecto do NAL/NAER, SA (valor recebido <strong>em</strong> <strong>2008</strong>) € 1 203 663<br />

Co-financiamento <strong>de</strong> projectos pela UE € 407 572<br />

Co-financiamento <strong>de</strong> projectos pela FCT € 725 731<br />

Co-financiamento <strong>de</strong> projectos por outras entida<strong>de</strong>s € 86 411<br />

Outras receitas próprias € 1 181 363<br />

Saldo da gerência anterior Funcionamento € 15 .885<br />

Saldo da gerência anterior Investimento integrado € 225 496<br />

c) FEDER (410)<br />

Subtotal <strong>de</strong> receita própria € 14 937 356<br />

Co-financiamento <strong>de</strong> projectos pelo IPQ/IAPMEI e FCT € 1 356 443<br />

Saldo da gerência anterior Funcionamento € 76 043<br />

Saldo da gerência anterior Investimento € 177 543<br />

d) FSE (430)<br />

Subtotal FEDER € 1 610 029<br />

Saldo da gerência anterior Funcionamento € 23 693<br />

e) Operações extra-orçamentais<br />

Subtotal FSE € 23 693<br />

Subtotal a)+b)+c)+d) € 32 161 178<br />

IVA <strong>de</strong> receita € 1 715 086<br />

Transferências para parceiros <strong>de</strong> projectos I&DT € 207 092<br />

Subtotal Operações extra-orçamentais € 1 922 178<br />

Total €34 083 356<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

Assim, o saldo <strong>de</strong> <strong>2008</strong> (incluindo os saldos transitados <strong>de</strong> 2007 e as componentes <strong>de</strong> receita e <strong>de</strong>spesa com expressão<br />

extra-orçamental) ascen<strong>de</strong> a € 929 929. S<strong>em</strong> se consi<strong>de</strong>rar as componentes extra-orçamentais, o saldo orçamental (no<br />

conjunto do OF e do OI) ascen<strong>de</strong> a € 1 282 024, conforme <strong>de</strong>terminado na já citada Circular n.º 1314/DGO.<br />

Para efeitos <strong>de</strong> apuramento <strong>de</strong> saldos a integrar, a execução do Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento, tendo <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração<br />

as receitas arrecadadas, b<strong>em</strong> como a totalida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>spesas efectuadas incluindo o IVA <strong>de</strong>dutível, não apresentou saldo<br />

para efeitos <strong>de</strong> integração. Quanto ao Orçamento <strong>de</strong> Investimento, partindo dos mesmos pressupostos, a integração <strong>de</strong><br />

saldos <strong>em</strong> 2009 ascen<strong>de</strong> a um montante <strong>de</strong> € 869 185.<br />

De entre as receitas próprias do <strong>LNEC</strong>, a principal parcela é a resultante <strong>de</strong> facturação ao exterior, s<strong>em</strong> a componente<br />

infra-estrutural resultante dos subsídios recebidos através do Programa PRIME e do Progama Nacional <strong>de</strong> Reequipamento<br />

Científico (PNRC). No quadro seguinte, apresentam-se os valores da facturação total do <strong>LNEC</strong> (s<strong>em</strong> IVA) nos últimos<br />

anos, constatando-se que o valor do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, comparado com o valor no final <strong>de</strong> cada um dos anos evi<strong>de</strong>nciados, foi<br />

superior ao valor <strong>de</strong> todos os anos, com aumentos <strong>de</strong> 34% e 37% relativamente aos anos <strong>de</strong> 2007 e 2006, respectivamente.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 2.4 • Evolução recente da facturação do <strong>LNEC</strong> (situação actualizada, valores s<strong>em</strong> IVA)<br />

Ano 2003 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Facturação 11 731 012 12 849 863 12 224 620 10 781 014 10 747 037 14 401 308<br />

Em relação à execução do “Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento”, é <strong>de</strong> realçar que, no início <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, <strong>em</strong> cumprimento da Lei<br />

n.º 67-A/2007, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro (que aprovou o Orçamento do Estado para <strong>2008</strong>), o <strong>LNEC</strong> se viu confrontado com as<br />

seguintes cativações <strong>de</strong> verbas:<br />

a) Decorrente da aplicação do Art. 2.º da Lei n.º 67-A/2007, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro:<br />

a.1) com o disposto no n.º 2 – 225 000 euros, correspon<strong>de</strong>nte a 7,5% do total da <strong>de</strong>spesa afecta ao<br />

Orçamento <strong>de</strong> Investimento;<br />

a.2) com o disposto no n.º 3 – 686 541 euros no Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento, correspon<strong>de</strong>nte a 2,5%<br />

do total das verbas orçamentadas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente da fonte <strong>de</strong> financiamento;<br />

b) Decorrente da aplicação do n.º 1, do Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 41/<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Março – 67 400 euros<br />

no Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento, 20 % das dotações iniciais nas rubricas: <strong>de</strong>slocações e estadas, estudos,<br />

pareceres, projectos e consultadoria, outros trabalhos especializados e outros serviços.<br />

Em relação à gerência <strong>em</strong> análise, refere-se que as dívidas vencidas e não pagas que transitaram da gerência <strong>de</strong> 2007<br />

ascen<strong>de</strong>ram a 2 104 303 euros e 99 236 euros, respectivamente no “Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento” e no “Orçamento<br />

<strong>de</strong> Investimento”.<br />

As dívidas vencidas e não pagas transitadas da gerência <strong>de</strong> <strong>2008</strong> para a gerência <strong>de</strong> 2009 foram <strong>de</strong> 1 237 621 euros no<br />

“Orçamento <strong>de</strong> Funcionamento”.<br />

Este valor resultou, como se referiu, não do aumento da <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> funcionamento, mas, sobretudo, das dificulda<strong>de</strong>s<br />

verificadas ao nível <strong>de</strong> cobrança das receitas próprias e do processo <strong>de</strong> re<strong>em</strong>bolso <strong>de</strong> projectos co-financiados, tanto da<br />

UE, como nacionais.<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> ficou marcado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> financeira não só pelos dois factos acima expostos, mas também<br />

pelo elevado valor da dívida transitada, que correspon<strong>de</strong>u praticamente ao valor da <strong>de</strong>spesa inerente a um s<strong>em</strong>estre. Este<br />

facto, conduziu a que o valor da dívida transitada <strong>de</strong> 2007 tivesse <strong>de</strong> ser cabimentado logo no início do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o<br />

que condicionou a operacionalida<strong>de</strong> da instituição a partir do mês <strong>de</strong> Julho, situação que só foi corrigida no final do ano.<br />

02<br />

55


56<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

Nas Figuras 2.6 e 2.7 apresentam-se os gran<strong>de</strong>s números da <strong>de</strong>spesa e da receita <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, exceptuando os valores<br />

registados extra-orçamentalmente.<br />

Figura 2.6 | Distribuição da <strong>de</strong>spesa <strong>em</strong> <strong>2008</strong> (s<strong>em</strong> operações extra-orçamentais)<br />

Figura 2.7 | Distribuição da receita <strong>em</strong> <strong>2008</strong> (s<strong>em</strong> operações extra-orçamentais)<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Auto-avaliação<br />

No Quadro 2.5 apresenta-se, <strong>de</strong> forma resumida, a evolução das <strong>de</strong>spesas e das receitas nos últimos 5 anos.<br />

Corrente<br />

(func. e inv.)<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 2.5 • Evolução das <strong>de</strong>spesas e das receitas 2003-<strong>2008</strong> (euros)<br />

Despesa Receita<br />

Capital<br />

(func. e inv.)<br />

Total<br />

OE<br />

(func.)<br />

OE<br />

(invest.)<br />

Própria<br />

MCTES, UE<br />

e IAPMEI<br />

IPAD<br />

e GAERE<br />

2003 24.235.889 1.555.148 25.791.037 11.716.433 1.999.612 13.234.704 829.805 16.406 27.796.960<br />

2004 25.332.861 1.732.639 27.065.500 11.586.827 1.309.480 13.402.377 2.230.559 19.262 28.548.505<br />

2005 25.699.606 2.888.030 28.587.636 11.645.412 3.161.437 11.260.894 3.050.272 21.969 29.139.984<br />

2006 25.930.212 3.543.355 29.473.567 12.361.749 2.923.639 11.675.502 2.664.922 10.965 29.636.777<br />

2007 26.264.787 2.785.835 29.050.622 13.651.618 2.745.782 10.760.355 1.912.773 109.498 29.180.026<br />

<strong>2008</strong> 28.786.299 2.606.212 31.392.511 13.000.000 2.590.100 13.665.805 2.853.436 51.837 32.161.178<br />

Nota 1: Montantes <strong>em</strong> euros, a preços correntes.<br />

Nota 2: Os valores da receita OE–Func. indicados para os anos <strong>de</strong> 2003, 2004 e 2007 inclu<strong>em</strong> reforços orçamentais ocorridos, com os<br />

valores <strong>de</strong> € 1.137.800, € 2.112.969 e <strong>de</strong> € 1.717.000 respectivamente.<br />

Nota 3: Os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa indicados para 2006, 2007 e <strong>2008</strong> inclu<strong>em</strong> a totalida<strong>de</strong> do IVA, para efeitos <strong>de</strong> comparação com os anos<br />

anteriores<br />

2.8 Índices <strong>de</strong> gestão/análise custos-proveitos<br />

A gestão do <strong>LNEC</strong> na relação com os seus clientes e entre os seus serviços t<strong>em</strong> vindo a inspirar-se, conforme referido<br />

<strong>em</strong> relatórios anteriores, no princípio cliente–fornecedor. A ocupação e produtivida<strong>de</strong> dos serviços são avaliadas por<br />

intermédio <strong>de</strong> índices <strong>em</strong> que intervêm, por um lado, a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida e, por outro, a <strong>de</strong>spesa efectuada.<br />

No Quadro 2.6, apresentam-se os valores <strong>de</strong> dois dos índices <strong>de</strong> ocupação e produtivida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> para o período<br />

2005-<strong>2008</strong>.<br />

Quadro 2.6 • Evolução <strong>de</strong> alguns índices <strong>de</strong> gestão<br />

AC/DT AT/DT<br />

2005 2006 2007 <strong>2008</strong> 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Total do <strong>LNEC</strong> 0,54 0,43 0,42 0,56 0,78 0,63 0,68 0,82<br />

Notas: AC é a activida<strong>de</strong> <strong>em</strong> estudos por contrato função da facturação externa.<br />

AT é a activida<strong>de</strong> total resultante da soma <strong>de</strong> todas as facturações correspon<strong>de</strong>ntes a activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> investigação programada e <strong>de</strong> estudos por contrato e a outras activida<strong>de</strong>s científicas e técnicas.<br />

DT é a <strong>de</strong>spesa total <strong>de</strong> funcionamento dos serviços operativos (incluindo as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> pessoal e todas<br />

as outras <strong>de</strong>spesas correntes).<br />

02<br />

Total<br />

57


Instalações e equipamentos<br />

03 • Instalações e equipamentos<br />

O <strong>LNEC</strong> dispõe <strong>de</strong> um valioso e significativo conjunto <strong>de</strong> instalações experimentais e <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> ensaios e testes<br />

que, <strong>em</strong> íntima conjugação com a efectiva capacida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> que também dispõe, <strong>de</strong> os utilizar e explorar, lhe confere uma<br />

vantag<strong>em</strong> competitiva <strong>de</strong> relevo na realização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> experimental, indispensável não apenas, a um nível geral,<br />

para a produção e aplicação <strong>de</strong> conhecimentos científicos, mas também, num plano mais específico, para o estudo e<br />

interpretação do comportamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras, tendo <strong>em</strong> vista a salvaguarda <strong>de</strong> pessoas e bens.<br />

A posse e boa utilização <strong>de</strong>stes recursos materiais implicam a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um financiamento com significado, tanto<br />

para a sua operação e manutenção (preventiva e correctiva), como para a sua actualização ou substituição, ditada quer por<br />

se ter atingido o termo da respectiva vida útil, quer por necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s operacionais <strong>de</strong> modo a<br />

satisfazer maiores exigências <strong>de</strong> ensaio, quer, ainda, por razões <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização tecnológica.<br />

O montante investido <strong>em</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital por autofinanciamento e fundos comunitários ascen<strong>de</strong>u, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a<br />

€ 803 165, correspon<strong>de</strong>ndo a 34% do total, ao passo que, <strong>em</strong> 2007, tais fontes <strong>de</strong> financiamento correspon<strong>de</strong>ram a 31%<br />

e ascen<strong>de</strong>ram a € 795 114.<br />

No âmbito dos projectos co-financiados pelo IPQ/IAPMEI, inseridos no programa PRIME/POE, foi concluído o último<br />

projecto, dos oito que ocorreram no <strong>LNEC</strong>. Relativamente ao Programa PNRC/FCT, foi possível concluir todos os cinco<br />

projectos constantes do programa.<br />

A maior parte das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital realizadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> <strong>de</strong>stinaram-se à aquisição e renovação <strong>de</strong> equipamentos e à<br />

r<strong>em</strong>o<strong>de</strong>lação e conservação das instalações.<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Quadro 2.6 • Despesa <strong>de</strong> capital<br />

Equipamento Manutenção <strong>de</strong> instalações<br />

Montante % Montante %<br />

Total<br />

<strong>2008</strong> € 1 955 097 82% 434 081 18% € 2 392 178<br />

03<br />

59


Balanço social<br />

04 • Balanço social<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> reflecte, ao nível do Balanço Social, que se anexa, a consolidação das mudanças introduzidas pelo Programa<br />

<strong>de</strong> Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e o início da impl<strong>em</strong>entação da Reforma dos Regimes<br />

Jurídicos da Função Pública.<br />

No primeiro caso, essas mudanças operaram-se, no <strong>LNEC</strong>, com a publicação dos diplomas que aprovaram a nova Lei<br />

Orgânica e os Estatutos do <strong>LNEC</strong>, respectivamente, o Decreto-Lei nº 304/2007 e a Portaria nº 979/2007.<br />

Da aplicação <strong>de</strong>stes diplomas resultou uma nova estrutura orgânica da instituição, com redução do número <strong>de</strong> dirigentes,<br />

<strong>de</strong>corrente, quer da extinção <strong>de</strong> algumas divisões e núcleos, quer da aplicação do novo regime aos directores <strong>de</strong> unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>partamental e aos chefes <strong>de</strong> núcleo, até então consi<strong>de</strong>rados no grupo <strong>de</strong> pessoal dirigente, que passaram a <strong>de</strong>signar-se<br />

coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> ciência e tecnologia, <strong>de</strong>signados pelo conselho directivo, “não implicando a criação <strong>de</strong> cargos dirigentes<br />

ou chefia”.<br />

Relativamente ao início da impl<strong>em</strong>entação da Reforma, <strong>de</strong>staca-se a publicação da Lei nº 12-A/<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

relativa aos novos regimes <strong>de</strong> vinculação, <strong>de</strong> carreiras e <strong>de</strong> r<strong>em</strong>unerações dos trabalhadores que exerc<strong>em</strong> funções públicas.<br />

Decorrente da aplicação <strong>de</strong>ste diploma, salientam-se:<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• as novas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contratação do pessoal que iniciou funções após 1 <strong>de</strong> Março (contrato individual <strong>de</strong><br />

trabalho por t<strong>em</strong>po in<strong>de</strong>terminado e <strong>em</strong> período experimental, e contrato a termo resolutivo certo);<br />

• a mudança <strong>de</strong> posicionamento r<strong>em</strong>uneratório e a atribuição <strong>de</strong> prémios, <strong>de</strong>correntes da avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho.<br />

De entre os dados constantes do Balanço Social, <strong>de</strong>staca-se o facto <strong>de</strong>:<br />

• O número <strong>de</strong> efectivos continuar a <strong>de</strong>crescer (menos 17 do que no ano anterior), prosseguindo a tendência<br />

observada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996; com excepção dos grupos <strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong> técnico superior, que<br />

aumentaram o número <strong>de</strong> efectivos <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, operou-se uma redução nos restantes grupos <strong>de</strong> pessoal;<br />

• a ida<strong>de</strong> média dos efectivos continuar a aumentar (47,9 anos <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e 47,2 <strong>em</strong> 2007);<br />

• a antiguida<strong>de</strong> média acompanhar a tendência da ida<strong>de</strong> média, aumentando <strong>de</strong> 23,5 , <strong>em</strong> 2007, para 24 anos,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>;<br />

• a taxa <strong>de</strong> absentismo ser <strong>de</strong> 4,4%, ligeiramente superior ao ano anterior (+0,2%);<br />

• o índice <strong>de</strong> habilitação superior ter aumentado, tendência que se v<strong>em</strong> a verificar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, permitindo que<br />

o grupo habilitacional com “curso superior ou mais” continue a ser o mais representativo, correspon<strong>de</strong>ndo a<br />

43,8% dos efectivos a 31 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro.<br />

04<br />

61


Avaliação final<br />

05 • Avaliação final<br />

5.1 Consi<strong>de</strong>rações<br />

No essencial, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>LNEC</strong> continuou a enfrentar o mesmo tipo <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s sentidas nos anos anteriores. Apesar<br />

<strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s — essencialmente as que resultam, por um lado, do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento e do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão<br />

e, por outro, da progressiva redução <strong>de</strong> recursos humanos efectivos com as qualificações científicas e técnicas necessárias<br />

para a realização do vasto leque <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia que lhe compete prosseguir — a activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvida continuou a ser apreciável e <strong>de</strong> acordo com o globalmente <strong>de</strong>finido no Plano <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s.<br />

No contexto do importante instrumento que é o Plano <strong>de</strong> Investigação Programada (PIP) do <strong>LNEC</strong>, são <strong>de</strong> salientar<br />

não apenas o apreciável número <strong>de</strong> publicações, nomeadamente comunicações a reuniões científicas nacionais<br />

e internacionais, mas também os programas <strong>de</strong> investigação e as teses para obtenção <strong>de</strong> graus académicos <strong>de</strong> pósgraduação<br />

que resultaram da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvida no seu âmbito.<br />

A prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia a entida<strong>de</strong>s públicas e privadas, abarcando — por contrato e a solicitação<br />

<strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s — a realização <strong>de</strong> estudos com uma componente significativa <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento, a<br />

consultoria tecnológica avançada, a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> pareceres, a activida<strong>de</strong> conducente à atribuição da Marca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>LNEC</strong> e, ainda, a execução <strong>de</strong> testes e ensaios correntes continuaram a permitir ao <strong>LNEC</strong> — é relevante salientá-lo — a<br />

angariação <strong>de</strong> um volume <strong>de</strong> receitas próprias que, conjuntamente com as receitas provenientes <strong>de</strong> candidaturas b<strong>em</strong><br />

sucedidas a programas <strong>de</strong> financiamento, nacionais e comunitários, permitiram o requerido equilíbrio orçamental. Com<br />

efeito, como já se referiu, o autofinanciamento representou cerca <strong>de</strong> 45% do total das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento e <strong>de</strong><br />

investimento.<br />

Para além disso, a prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ciência e tecnologia revela, também, que o <strong>LNEC</strong> continuou a cumprir uma<br />

das vertentes da missão que lhe está atribuída, não <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> satisfazer, com isenção e idoneida<strong>de</strong> científica e técnica,<br />

o vasto e diversificado conjunto <strong>de</strong> solicitações que lhe foram dirigidas, nomeadamente das que se inseriram no contexto<br />

da supervisão e acompanhamento dos gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>preendimentos públicos.<br />

Como acima se mencionou, as principais dificulda<strong>de</strong>s com que o <strong>LNEC</strong>, enquanto instituto público com o estatuto <strong>de</strong><br />

laboratório do Estado, se v<strong>em</strong> <strong>de</strong>frontando nos últimos anos relacionam-se <strong>de</strong> perto, por um lado, com o financiamento e<br />

a gestão financeira e, por outro lado, com a disponibilida<strong>de</strong> e rejuvenescimento dos seus recursos humanos directamente<br />

envolvidos na prossecução <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência e tecnologia.<br />

Em traços substanciais, no que respeita ao financiamento, a pressão no sentido da angariação <strong>de</strong> receitas próprias continua<br />

a ser excessiva, tendo como consequência, <strong>em</strong> última instância, uma menor disponibilida<strong>de</strong> para a realização da activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> investigação programada, investigação que é, <strong>de</strong> facto, indispensável para a necessária sustentabilida<strong>de</strong> do <strong>LNEC</strong> como<br />

centro <strong>de</strong> excelência no vasto domínio da Engenharia Civil e áreas afins. De notar que este tipo <strong>de</strong> consequência não<br />

resulta <strong>de</strong> uma dificulda<strong>de</strong> momentânea ou circunstancial mas antes da sua persistência ao longo <strong>de</strong> anos consecutivos; e<br />

é esta persistência que induz preocupações <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> futuro.<br />

No que respeita à gestão financeira, estão há muito diagnosticados os obstáculos operacionais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> um<br />

insuficiente grau <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> com que se <strong>de</strong>fronta uma instituição pública <strong>de</strong> investigação que não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

angariar receitas próprias (as quais implicam, regra geral, que previamente se incorra na realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas) e cuja<br />

envolvente, tanto nacional como internacional, se confirma progressivamente mais dinâmica e exigente.<br />

Quanto a este tipo <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s, mantém-se a expectativa <strong>de</strong> que, num futuro próximo, se possa vir a beneficiar <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo sustentado <strong>de</strong> financiamento, incluindo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> contratos-programa para a execução <strong>de</strong><br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

05<br />

63


64<br />

<strong>2008</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s<br />

políticas públicas <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas áreas da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção, e, para além disso, <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

gestão, mais flexível e a<strong>de</strong>quado.<br />

Quanto à disponibilida<strong>de</strong> e rejuvenescimento <strong>de</strong> recursos humanos directamente envolvidos na prossecução <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ciência e tecnologia, é <strong>de</strong> salientar que se trata <strong>de</strong> uma questão que suscita preocupações também não apenas <strong>em</strong><br />

termos do presente mas, sobretudo, como já se referiu, <strong>em</strong> termos do futuro. Estas preocupações <strong>de</strong>corr<strong>em</strong> da constatação<br />

<strong>de</strong> uma progressiva escassez <strong>de</strong> pessoas com o perfil científico e técnico indispensável para a satisfação do vasto leque <strong>de</strong><br />

solicitações que são dirigidas ao <strong>LNEC</strong> no âmbito da missão que lhe está atribuída. Abaixo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado número<br />

crítico, essa escassez não apenas implicará uma sensível falta <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta com sustentação da qualida<strong>de</strong><br />

que lhe é exigida, como também po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a alguns tipos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s,<br />

nomeadamente aos <strong>de</strong> índole experimental. Po<strong>de</strong>rá, também, conduzir tanto à incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se transmitir todo um<br />

capital <strong>de</strong> experiência acumulado como à perda <strong>de</strong> valências profissionais indispensáveis.<br />

Como já se salientou por diversas formas, a concessão <strong>de</strong> bolsas <strong>LNEC</strong> <strong>de</strong> investigação científica constitui um instrumento<br />

que, s<strong>em</strong> dúvida, po<strong>de</strong>rá contribuir para o <strong>de</strong>sejado rejuvenescimento <strong>de</strong>sses recursos humanos. Com efeito, no que<br />

directamente respeita ao <strong>LNEC</strong>, a concessão <strong>de</strong> bolsas permite-lhe contar, enquanto instituição pública <strong>de</strong> investigação,<br />

com a colaboração <strong>de</strong> jovens na prossecução das suas atribuições.<br />

Para além disso, aten<strong>de</strong>ndo ao facto <strong>de</strong> as bolsas <strong>de</strong> investigação científica atribuídas pelo <strong>LNEC</strong> propiciar<strong>em</strong> a futura<br />

integração, nos sectores da indústria e dos serviços, <strong>de</strong> jovens altamente qualificados, facto <strong>de</strong> inegável interesse não<br />

apenas para esses mesmos jovens mas também para o País — contribuindo, nomeadamente, para a diss<strong>em</strong>inação da<br />

importância do <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico e consequente tomada <strong>de</strong> consciência do interesse e exequibilida<strong>de</strong> da<br />

inovação —, consi<strong>de</strong>ra-se fundamental que o <strong>LNEC</strong> venha a dispor <strong>de</strong> co-financiamento específico para a concessão <strong>de</strong><br />

tais bolsas.<br />

Assim, lamenta-se o facto <strong>de</strong> não ter sido ainda possível, apesar das diligências efectuadas nesse sentido, o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> um contrato-programa com o Governo (<strong>de</strong>signadamente com a tutela ou com o Ministério da Ciência, Tecnologia e<br />

Ensino Superior) para satisfação <strong>de</strong>sse objectivo estratégico, mantendo-se, no entanto, a expectativa <strong>de</strong> que tal se venha<br />

a tornar exequível num futuro próximo.<br />

5.2 Apreciação dos resultados alcançados<br />

De uma forma esqu<strong>em</strong>ática, foram concretizadas as orientações estratégicas estabelecidas para o <strong>LNEC</strong> para o ano <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong> e que se consubstanciam nos seguintes aspectos:<br />

• reforço do estatuto <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> excelência no vasto domínio da engenharia civil e nos mais relevantes<br />

domínios afins ou compl<strong>em</strong>entares;<br />

• manutenção do papel fulcral no <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico, a nível nacional nas diversas<br />

áreas científicas e técnicas daqueles domínios, reforçando a posição da instituição no Sist<strong>em</strong>a Científico e<br />

Tecnológico Nacional, incr<strong>em</strong>entando o seu relacionamento com instituições do ensino superior e outras<br />

instituições <strong>de</strong> ciência e tecnologia, e estreitando a relação entre a área do conhecimento e a área económica<br />

e social;<br />

• participação <strong>em</strong> consórcios com outras instituições <strong>de</strong> investigação <strong>em</strong> ciência e tecnologia nacionais e<br />

estrangeiras e <strong>em</strong>presas, que possibilita e estimula abordagens multidisciplinares e a cooperação entre<br />

instituições <strong>de</strong> investigação e os utilizadores dos resultados <strong>de</strong>ssa investigação;<br />

• intensificação da cooperação, a nível nacional e internacional, com especial <strong>de</strong>staque para os Países da EU e<br />

Países <strong>de</strong> Língua Oficial Portuguesa, através da:<br />

• participação activa <strong>em</strong> associações científicas e <strong>em</strong> projectos <strong>de</strong> investigação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico;<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5


Avaliação final<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

• participação <strong>em</strong> diversas acções <strong>de</strong> formação;<br />

• divulgação dos resultados da investigação através da publicação <strong>de</strong> artigos <strong>em</strong> revistas <strong>de</strong> referência e <strong>de</strong><br />

comunicações a congressos e outras reuniões científicas;<br />

• organização <strong>de</strong> reuniões científicas nacionais e internacionais;<br />

• <strong>de</strong>finição e impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> workflows <strong>de</strong> processos do <strong>LNEC</strong> e <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> documentos internos<br />

baseada na Intranet;<br />

• melhoria do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gestão da livraria e da biblioteca;<br />

• alargamento das áreas <strong>de</strong> investigação cobertas pelo Museu Virtual do <strong>LNEC</strong>.<br />

5.3 Menção proposta<br />

Pelo que t<strong>em</strong> vindo a ser exposto nesta auto-avaliação resulta uma apreciação positiva relativamente à activida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvida e aos resultados alcançados.<br />

Da análise dos resultados obtidos, conclui-se que foram superados na totalida<strong>de</strong> os indicadores <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> concretização<br />

dos objectivos operacionais estabelecidos no QUAR, obtendo-se uma avaliação final do serviço <strong>de</strong> 144,8% (Des<strong>em</strong>penho<br />

Bom).<br />

Assim, propõe-se que a prestação do <strong>LNEC</strong> durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> seja distinguida no seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho para atribuição da<br />

distinção <strong>de</strong> mérito, reconhecendo-se o Des<strong>em</strong>penho Excelente <strong>de</strong>sta instituição.<br />

5.4 Conclusões prospectivas<br />

No âmbito das activida<strong>de</strong>s inseridas na sua missão, é objectivo do <strong>LNEC</strong> reforçar a sua presença nos gran<strong>de</strong>s projectos<br />

nacionais e internacionais, nas diferentes áreas <strong>de</strong> intervenção, especialmente nos gran<strong>de</strong>s projectos <strong>de</strong> obras públicas.<br />

Preten<strong>de</strong>-se manter a transmissão <strong>de</strong> conhecimentos através não só das publicações científicas e técnicas e da realização<br />

<strong>de</strong> eventos científicos, mas também através da atribuição <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> investigação científica a jovens com diferentes<br />

níveis <strong>de</strong> habilitação académica, por forma a que os conhecimentos adquiridos na instituição, enquanto bolseiros, possam<br />

vir, mais tar<strong>de</strong>, a ser<strong>em</strong> diss<strong>em</strong>inados na socieda<strong>de</strong>.<br />

Por último, e tendo <strong>em</strong> vista a manutenção, no futuro, do mesmo nível <strong>de</strong> resultados obtidos, preten<strong>de</strong>-se o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> medidas que possibilit<strong>em</strong> a flexibilização e a mo<strong>de</strong>rnização da gestão da instituição. Algumas <strong>de</strong>ssas<br />

medidas foram já referidas no ponto 2.4.<br />

05<br />

65


Lisboa, <strong>LNEC</strong>, Abril <strong>de</strong> 2009<br />

<strong>LNEC</strong> - Proc. 0102/21/5<br />

Carlos Matias Ramos<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Maria Alzira Santos<br />

Vogal<br />

O CONSELHO DIRECTIVO<br />

Carlos Pina<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

67

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