educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...
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sua <strong>saú<strong>de</strong></strong> e a do seu próximo, para eles, com eles. É nessa perspectiva que estão<br />
fundadas as ações educativas do programa AESA/IESA/ESAM.<br />
A história dos Movimentos Sociais nascida da insatisfação <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />
parcela da socieda<strong>de</strong> com o gover<strong>no</strong> vai tomando corpo <strong>no</strong> Recife <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 60 com<br />
o Movimento <strong>de</strong> Cultura Popular e Movimento <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Base, ambos unidos<br />
pelo propósito <strong>de</strong> luta pela vida e superação da exclusão social das camadas<br />
<strong>popular</strong>es. Expan<strong>de</strong>-se, e reprimida pelo golpe Militar que afetou o país <strong>em</strong> 1964,<br />
une cidadão <strong>de</strong> vários segmentos da socieda<strong>de</strong>, numa luta contra um gover<strong>no</strong><br />
autoritário, repressor e <strong>de</strong>suma<strong>no</strong>, que levou ao <strong>de</strong>saparecimento e tortura <strong>de</strong><br />
muitos “comunistas comedores <strong>de</strong> criancinhas”. Dentre os <strong>de</strong>fensores dos<br />
oprimidos, <strong>de</strong>staca-se, <strong>em</strong> Pernambuco, entre tantas figuras ilustres, além do <strong>no</strong>sso<br />
ícone Paulo Freire, Dom Hél<strong>de</strong>r Câmara, que acolheu Frei Betto <strong>em</strong> passag<strong>em</strong> por<br />
esse Estado, a<strong>de</strong>ptos da teologia da libertação afagaram corações fugidos da<br />
cruelda<strong>de</strong> daquele gover<strong>no</strong>.<br />
Recife <strong>de</strong>staca-se, não só pela sua beleza geográfica como por sua história,<br />
que traz sua participação e pioneirismo na história da Educação Popular. Na força<br />
também <strong>de</strong> anônimos e outros - que a história contada <strong>de</strong> cima não os ver –<br />
<strong>de</strong>staca-se também uma representante <strong>de</strong> uma categoria profissional, que até hoje<br />
lutam nas suas comunida<strong>de</strong>s por uma Cida<strong>de</strong> Saudável, a ACS Tereza Ramos que<br />
Albuquerque (2003, p. 7), cita:<br />
[...] uma figura histórica <strong>de</strong>sse movimento relata que já <strong>em</strong> 1978, existia um<br />
Projeto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>no</strong> Morro da Conceição, na época uma comunida<strong>de</strong> do<br />
bairro <strong>de</strong> Casa Amarela, com a participação <strong>de</strong> religiosos, médico (as) e<br />
pessoas da comunida<strong>de</strong>, que segundo ela tinham como objetivo a<br />
<strong>de</strong>smistificação do saber médico e a aproximação do saber <strong>popular</strong>.<br />
A força <strong>de</strong>ssa categoria não mudou, a diferença está na forma <strong>de</strong> lutar, <strong>de</strong><br />
acordo com os <strong>no</strong>vos t<strong>em</strong>pos. Santos (2009) <strong>de</strong>staca como uma das principais<br />
características dos movimentos <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 70 e 80, “o caráter reivindicatório, que se<br />
expressava através da resistência e das gran<strong>de</strong>s manifestações os quais foram<br />
relevantes na conquista d<strong>em</strong>ocrática dos direitos sociais”. Enfatiza algumas<br />
estratégias <strong>de</strong> ação como passeatas, marchas, <strong>de</strong>núncias, e completa: “tais ações<br />
são <strong>de</strong>finidas pelo tipo <strong>de</strong> movimento e os objetivos que <strong>no</strong>rteiam e dão sentido as<br />
lutas”.<br />
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