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Livro - O Recreador Mineiro - ICHS/UFOP

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contribuiu para mais gravar em meu espírito os moldes dessa estrutura<br />

literária.” 153<br />

Tal como Marlyse Meyer, não poderemos deixar de acatar o testemunho<br />

fundamental de José de Alencar no que diz respeito à questão das leituras estrangeiras<br />

num momento de ausência de modelo português e de busca pela identificação do gênero<br />

com a consciência social daqueles que através dele expressam suas produções e<br />

posições.<br />

Desse modo, verificaremos neste capítulo a existência em o <strong>Recreador</strong> <strong>Mineiro</strong><br />

de romances-folhetins que se identifiquem com as características da produção literária<br />

estrangeira no que diz respeito ao gênero, sua estrutura, suas finalidades pedagógicas de<br />

formação de consciência social, e a possível escolha de temas e elementos que<br />

estimulem o consumo dos folhetins publicados no Brasil através do gosto recorrente do<br />

público pelas narrativas ficcionais estrangeiras.<br />

Faz-se aqui necessário observar que é perceptível, ao longo da publicação do<br />

<strong>Recreador</strong> <strong>Mineiro</strong>, a existência de diversos folhetins que apresentam uma temática<br />

variada. Contudo, devido ao fato de este estudo abordar as relações existentes entre o<br />

referido periódico e a difusão (ou transmissão) da doutrina liberal, houve a necessidade<br />

de estabelecimento de um corpus textual que possibilite a verificação de elementos<br />

ligados à difusão dessa doutrina. Foram então selecionados folhetins que evidenciam<br />

noções basilares da sociedade burguesa como o casamento, a especulação, as leis e a<br />

relação conflituosa entre a ciência e a superstição.<br />

153 ALENCAR. José de. Como e porque sou romancista. In: Obra Completa. pp.131-4 (Apud MEYER)<br />

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