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Livro - O Recreador Mineiro - ICHS/UFOP

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engajamento com motivos da Ilustração (como a universalidade da cultura; identidade<br />

fundamental do espírito humano no tempo e no espaço; valor humano da cultura<br />

clássica e a função ancilar da Literatura como divulgadora da ciência e da técnica – as<br />

Artes – e como atividade recreativa) pode ser percebido através de vários artigos<br />

existentes ao longo da publicação do <strong>Recreador</strong>.<br />

Preconiza-se a literatura em torno de problemas sociais, inclusive os do<br />

proletariado. Percebe-se ainda que a literatura procura, através de gêneros como o<br />

Jornalismo, formar uma consciência social. Assim, no artigo Philosophia da vida social,<br />

ou arte de agradar no mundo 81 , os redatores do <strong>Recreador</strong> <strong>Mineiro</strong> discutem questões<br />

concernentes à sociabilidade dos indivíduos através da transmissão de fundamentos<br />

éticos do liberalismo. Notaremos, a seguir, como tais fundamentos foram também<br />

transmitidos pelos redatores em outros artigos.<br />

No primeiro número do <strong>Recreador</strong>, datado de 1º de janeiro de 1845, a<br />

apresentação dos Redactores do <strong>Recreador</strong> <strong>Mineiro</strong> ao Público 82 procura dar a entender<br />

o estado em que se encontrava a sociedade mineira no momento em que ocorria o<br />

processo de separação entre a vida privada e a vida pública. Segundo os redatores,<br />

naquele “estado da humana sociedade”, duas grandes divisões se apresentavam: uma<br />

determinada pela vida pública, outra, pela vida privada. Esta relação simultânea,<br />

submetendo o homem à intensidade de gravosos deveres, transportava-o a momentos de<br />

depressão e de fadiga, imprimindo-lhe um enojo mental e físico que, por determinado<br />

número de instantes, o condenava à inércia social. Questionavam qual caminho natural<br />

se oferecia, então, na presença das fadigas, ao trilho do indivíduo público, ou do<br />

indivíduo privado, considerando que ninguém se subtrairia a reconhecer “que a<br />

81 In: O <strong>Recreador</strong> <strong>Mineiro</strong>. Tomo II. págs. 377-9<br />

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