Livro - O Recreador Mineiro - ICHS/UFOP

O primeiro deles, escrito no Rio de Janeiro aos 15 de Julho de 1831 é assinado
por José Martinianno d’Alencar, pai de José de Alencar e então presidente da
Assembléia Geral. Relatam que então se encontravam no Paço Imperial, onde também
se achavam “o Innocente Menino Imperador e suas Augustas Irmãs, sustentados pelo
amor, e honra dos Brasileiros”. Declaram aos brasileiros que os Deputados da
Assembléia Geral, solícitos em salvar a Pátria e confiantes nos sentimentos nacionais da
população, estavam então constituídos em sessão permanente até de todo restabelecer-se
a tranqüilidade pública e cessarem as desconfianças que atingiam o povo. O mesmo
texto apela, como condição de salvação da pátria, para a confiança dos cidadãos
brasileiros e dos soldados na Assembléia: “Confiai, Cidadãos, na Assembléia Geral,
reuní-vos em torno d’ella: e vós Brasileiros Soldados, abraçai-vos com os bons patriotas
amigos da lei; sustentai a Constituição, que a Soberania da Nação Sanccionou, e a Pátria
será salva.” 53 Esse primeiro texto termina com as saudações: “Viva a Nação Brasileira.
– Viva a Constituição Jurada. – Viva o nosso Jovem Imperador. – Viva o Povo
Fluminense.” 54
O segundo texto existente no panfleto foi escrito no Palácio do Governo do Rio
de Janeiro aos 15 de julho de 1831, faz referência aos acontecimentos do dia 07 de abril
deste mesmo ano e dirigia-se aos Soldados. Glorificava aqueles que estavam dispostos a
defender os ideais da Pátria e retratava aqueles que pudessem se opor a tais ideais,
salientando que estes últimos, se continuassem obstinados em seus erros, não poderiam
mais pertencer à Nação Brasileira, pois “não é Brasileiro, quem não respeita o Governo
do Brasil”. Esse fragmento do panfleto fôra assinado pelos senhores Francisco de Lima
e Silva; José da Costa Carvalho; João Braulio Moniz; e Manoel José de Souza França.
53 Idem.
54 Ibidem.
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