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Livro - O Recreador Mineiro - ICHS/UFOP

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pequena cidade” que poderia “rivalizar com todas as da França de igual população”.<br />

Havia nessa vila, segundo o autor, várias lojas muito bem sortidas, muitas vendas,<br />

algumas hospedarias e muitos artífices.<br />

Percebe-se que há um deslocamento do eixo econômico e cultural da província,<br />

que ocorreu da Comarca de Vila Rica para a Comarca do Rio das Mortes. Econômico<br />

pela exaustão do ouro, pela fuga aos altos impostos cobrados nos registros que davam<br />

acesso aos distritos auríferos; e cultural pela proximidade da Comarca do Rio das<br />

Mortes com o Rio de Janeiro – então centro cultural do Brasil – e pela estagnação do<br />

pensamento ocasionada nos primeiros anos do século XIX pela repressão à<br />

Inconfidência Mineira, principalmente nos distritos auríferos.<br />

Contudo, várias iniciativas governamentais atingiram a província de Minas<br />

Gerais a partir da presença da Corte no Brasil. As restrições coloniais foram amenizadas<br />

com a Carta Régia de janeiro de 1808 e com o alvará de 01 de Abril de 1808, que<br />

anulavam a proibição de 1785 relativa à existência de manufaturas na colônia. Tal<br />

abertura proporcionou a primeira iniciativa siderúrgica mineira: a Fábrica Patriótica,<br />

montada pelo Barão de Eschwege (naturalista alemão) em Congonhas do Campo. Foi<br />

também inaugurada a primeira fábrica de tecidos de Vila Rica. Ainda nesse mesmo<br />

período o governo tomou medidas como a liberação da profissão de ourives e a<br />

legislação que proibia a penhora de minas por dívidas, as quais tocaram diretamente a<br />

Província de Minas Gerais. Conforme o Dicionário de Artistas e Artífices de Minas<br />

Gerais nos séculos XVIII e XIX 23 , aos 18 de Maio de 1818 Manuel da Costa Ataíde<br />

requereu à Sua Majestade Real a criação, na cidade de Mariana, de “huma aula de<br />

Desenho e Architectura Civil e Militar e da Pintura”, tendo sido dado ao mesmo, aos 29<br />

de Abril de 1818, um atestado de “Professor das Artes de Architectura e Pintura” . Aos<br />

23 Dicionário de Artistas e Artífices de Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX<br />

23

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