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Mário Ferreira dos Santos - O problema social - iPhi

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HO MÁRIO FERREIRA DOS SANTOS<br />

que seja o que é. E por que, então, afirmar que há um<br />

só factor?<br />

Mas dirão alguns: não há um só factor, mas há um<br />

que é o preponderante, e este marcará a direcção do ser<br />

ou do actuar do que é por êle determinado.<br />

Mas, a preponderância de um factor, mostra-nos que<br />

a ciência é relativa. O factor preponderante o é, quando<br />

é preponderante. Não há um factor sempre preponderante,<br />

porque a combinação <strong>dos</strong> outros pode dispor<br />

de condições que modificam a actuação do que antes fora<br />

preponderante. Se o factor económico é preponderante<br />

num tipo de empresário utilitário, não o é num<br />

hierático. Jamais se explicará Schweitzer, nem São Francisco,<br />

nem Tomás de Aquino pela Economia (1).<br />

(1) Há factores necessários que são as causas, como as quatro<br />

causas fundamentais de Aristóteles, quanto aos seres finitos<br />

corpóreos (a formal, a material, a eficiente e a final).<br />

FUNDAMENTOS ÉTICOS DA CONCEPÇÃO<br />

CONCRETA<br />

73) A vontade humana é o ímpeto procedente da<br />

apetência racional com a cognição intelectual do fim.<br />

Para haver vontade é mister: a) o desejo racional.<br />

b) a cognição intelectual do fim.<br />

Qualquer ímpeto, qualquer apetência, não é vontade.<br />

Esta exige o conhecimento racional do que para o qual<br />

ela tende e sua origem é racional e não meramente afectiva.<br />

Tudo quanto se diga sobre a vontade de outro modo,<br />

falseia-a.<br />

O desejado, o para o qual se dirige a vontade, desta<br />

se distingue.<br />

O apetite violento não é a vontade.<br />

A mera espontaneidade do apetite dirigido para algo<br />

não é a vontade.<br />

Se a vontade procede com indiferença de juízo é<br />

livre.<br />

Se procede determinada por um juízo é necessária.<br />

Diz-se que a vontade é elícita, quando decorre imediatamente<br />

da sua causa. Diz-se que é imperiosa, quando<br />

decorre do império de outras faculdades.

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