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Mário Ferreira dos Santos - O problema social - iPhi

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MÁRIO FERREIRA DOS SANTOS<br />

aos seus interesses. A frustrabilidade humana é uma<br />

realidade insofismável, e não é o homem prisioneiro da<br />

férrea necessidade, possuindo meios para dela libertar-se.<br />

12) Além da capacidade de exercício livre de sua actividade,<br />

é ainda capaz de escolher entre valores e, pela<br />

vontade, estabelecer rumos novos, que podem ser obstaculiza<strong>dos</strong>,<br />

ou não, por óbices vencíveis, ou não.<br />

13) É o homem capaz de alcançar uma perfectibilização<br />

constante do acto humano, ampliando seu conhecimento<br />

seguro, e dando rumos também mais seguros ao<br />

seu querer. É êle, pois, capaz de julgar livremente, de<br />

livremente escolher, de realizar o livre arbítrio, que decorre<br />

da natureza das suas funções intelectuais e da sua<br />

vontade.<br />

14) É por isso o ser humano capaz de uma perfectibilização<br />

constante, de um progressivo desenvolvimento,<br />

que são testemunhadas pelas obras que realiza, que nenhum<br />

outro ser, neste planeta, foi capaz de realizar.<br />

15) Normalmente, é do património intelectual e<br />

mental de cada indivíduo humano a capacidade de alcançar<br />

níveis mais eleva<strong>dos</strong> de actuação.<br />

O ACTO HUMANO<br />

16) O exame do acto humano nos demonstrou apoditicamente<br />

de que o homem é capaz de advertir um <strong>problema</strong>,<br />

construir juízos sobre eles, meditar sobre tais juízos,<br />

e realizar estimações, tirar ilações, estabelecer consequências,<br />

ampliar seus conhecimentos, vencer constantemente<br />

a ignorância, estabelecer novos estágios de conhecimento<br />

mais eleva<strong>dos</strong>. Demonstrou-se ainda, mais, que<br />

é capaz de pôr em acção sua vontade tendendo para finalidades<br />

previamente estabelecidas, planificar e executar.<br />

17) O exame do acto humano, nos demonstrou cabalmente<br />

que o progresso humano é proporcionado à per-<br />

O PROBLEMA SOCIAL 83<br />

fectibilização desse acto, cujo desenvolvimento, robustecimento<br />

e amplitude abrem caminho a novas possibilidades<br />

e a novas conquistas, revelando, de modo insofismável,<br />

que a verdadeira pedagogia e a educação justa têm de<br />

se guiar por esse caminho, tornando cada vez mais robusto<br />

o acto humano e desobrigando-o das peias que o<br />

viciam, e que impedem a sua plena realização.<br />

18) O exame do acto humano revelou ademais que é<br />

um crime contra a humanidade todo viciamento intencional<br />

do acto humano, toda obstaculização intencional ao seu<br />

pleno desenvolvimento, o que revela, de modo insofismável,<br />

que a afirmação do homem, que a sua autenticidade<br />

só pode ser alcançada seguindo o caminho da liberdade<br />

e não o da submissão cega.<br />

O CAMPO SOCIAL<br />

19) Demonstrou-se que as relações humanas podem<br />

ser de dois tipos genéricos: positivas ou opositivas (negativas).<br />

São positivas aquelas em que os termos da relação<br />

têm nesta as mesmas condições, e opositivas (negativas)<br />

aquelas em que um <strong>dos</strong> termos é prejudicado em<br />

sua conveniência.<br />

20) Demonstrou-se mais que as relações sociais podem<br />

ser construídas sob a base da persuasão, pela troca<br />

de vantagens e pelo constrangimento.<br />

Que a primeira e a segunda são eticamente justas, e<br />

que as últimas são eticamente vituperáveis.<br />

21) Verificou-se que há relações sociais complementares,<br />

que são aquelas em que há um termo comum, e que<br />

este é que dá a normal da actuação.<br />

22) Comprovou-se no campo <strong>social</strong> que é válida,<br />

também, nesse sector, a lei pitagórica da harmonia. Os<br />

opostos, analoga<strong>dos</strong> por um termo comum, actuam obe-

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