Mário Ferreira dos Santos - O problema social - iPhi
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218 MÁRIO FERREIRA DOS SANTOS /<br />
A verdade expressa-se em beleza.<br />
Devemos retornar às nossas origens<br />
genéricas.<br />
O homem alcança o mais alto<br />
através de vivências afectivas<br />
e sensíveis.<br />
Fusão (yoga) ou submissão (islam).<br />
Imediatismo.<br />
O homem só se liberta pelo domínio<br />
das coisas.<br />
A verdade é apenas a material.<br />
Há beleza até no repugnante, no<br />
horrível.<br />
A beleza está também na sensibilidade.<br />
A verdade religiosa alcança-se<br />
pela fusão, pela ascese mística,<br />
pela estética do símbolo.<br />
O aristocratismo está no pathos,<br />
no sentir distintamente a obrigação<br />
moral.<br />
O cumprimento do dever decorre<br />
da consciência da obrigação.<br />
A virtude é o producto de uma<br />
escolha dirigida habitualmente.<br />
Os homens se fazem e podem<br />
dar a si mesmos uma direcção.<br />
A beleza expressa-se em verdade.<br />
Devemos retornar às nossas origens<br />
transcendentais, através<br />
não do género (animalidade),<br />
mas da espécie (humanidade),<br />
pela racionalidade.<br />
O mais alto é alcançado através<br />
de vivências intelectuais.<br />
Separação, distinção. O cosmos<br />
é um espetáculo, que o homem<br />
supera.<br />
Mediatismo.<br />
O homem só se liberta pelo conhecimento<br />
que lhe dará o domínio<br />
pleno das coisas.<br />
A verdade é a lógica, a ontológica.<br />
Só há beleza no repugnante e<br />
no horrível, quando expressam<br />
a verdade ontológica.<br />
Na sensibilidade não há beleza,<br />
mas apenas agradabilidade.<br />
A verdade religiosa alcança-se<br />
pela visão transcendental, pela<br />
estética do simbolizado.<br />
O aristocratismo está na consciência<br />
do laço livremente escolhido.<br />
O cumprimento do dever é um<br />
ímpeto natural.<br />
A virtude é emergente apenas.<br />
Os homens nascem uns para<br />
conquistar o domínio. A vocação<br />
é tudo.<br />
Somos capazes de dirigir nosso<br />
destino e desviarmo-nos das<br />
contingências circunstanciais.<br />
Nós construímos a nós mesmos.<br />
O guia (líder) popular é o que<br />
dá ao povo um ideal e uma<br />
meta.<br />
O santo é o vitorioso sobre si<br />
mesmo.<br />
O líder é aquele que desperta na<br />
massa um novo querer, novos<br />
objectivos, e a orienta à conquista<br />
do desejado.<br />
A vontade é a apetência ao bem.<br />
A capacidade inteligível é, sobretudo,<br />
o producto de uma<br />
longa aprendizagem e de uma<br />
cuida<strong>dos</strong>a selecção.<br />
O amor é também um longo trabalho<br />
do querer.<br />
A inteligência é e deve ser vigilante.<br />
A beatitude obtém-se pela libertação<br />
de toda limitação.<br />
O PROBLEMA SOCIAL 219<br />
Somos o producto <strong>dos</strong> acontecimentos<br />
e das nossas circunstâncias.<br />
Já nascemos feitos.<br />
O guia popular é a expressão da<br />
vontade colectiva.<br />
O santo expressa a sua tendência.<br />
O líder é o que se põe à frente<br />
da massa, que nele vê a expressão<br />
do seu querer.<br />
A vontade é a expressão de um<br />
ímpeto do querer.<br />
A capacidade intelegível aflora<br />
da emergência.<br />
O amor é espontâneo e irracional.<br />
A inteligência é estimulada pelos<br />
seus objectos.<br />
A beatitude alcança-se na fusão<br />
no Ser.<br />
Não é difícil, desde logo, que cada um sinta que participa<br />
de ambos extremos, e que alguns se sintam mais<br />
simpatèticamente liga<strong>dos</strong> a um que a outro. Mas, também,<br />
não será difícil compreender que assiste muito de<br />
verdade, tanto a um como a outro. E levada avante essa<br />
apreciação, logo se verificaria que ambos extremos têm<br />
muito de verdadeiro em suas afirmações, mas que pecam<br />
ao excluir ou ao desvalorizar as possibilidades do outro<br />
extremo. Uma visão concreta <strong>dos</strong> extremos seria, pois,<br />
a mais sábia, e também a mais justa e a mais verdadeira,<br />
porque a posição concreta é a que concreciona positivi-