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AVALIAÇÃO DA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DO ...

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UNIVERSI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA “JULIO <strong>DE</strong> MESQUITA FILHO”<br />

FACUL<strong>DA</strong><strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CIÊNCIAS AGRONÔMICAS<br />

CAMPUS <strong>DE</strong> BOTUCATU<br />

<strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>INDUÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESISTÊNCIA</strong> <strong>NO</strong> <strong>CONTROLE</strong> <strong>DO</strong><br />

VIRA CABEÇA <strong>DO</strong> TOMATEIRO<br />

LEYSIMAR RIBEIRO PITZR GUIMARÃES<br />

Dissertação apresentada à Faculdade de<br />

Ciências Agronômicas da UNESP – Campus<br />

de Botucatu, para obtenção do título de Mestre<br />

em Agronomia (Horticultura).<br />

BOTUCATU - SP<br />

Fevereiro – 2013


UNIVERSI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA “JULIO <strong>DE</strong> MESQUITA FILHO”<br />

FACUL<strong>DA</strong><strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CIÊNCIAS AGRONÔMICAS<br />

CAMPUS <strong>DE</strong> BOTUCATU<br />

<strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>INDUÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESISTÊNCIA</strong> <strong>NO</strong> <strong>CONTROLE</strong> <strong>DO</strong><br />

VIRA CABEÇA <strong>DO</strong> TOMATEIRO<br />

LEYSIMAR RIBEIRO PITZR GUIMARÃES<br />

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Agenor Pavan<br />

Co-orientadores: Prof a . Drª Giuseppina Pace Pereira Lima<br />

Dr. Julio Massaharu Marubayashi<br />

Dissertação apresentada à Faculdade de<br />

Ciências Agronômicas da UNESP – Campus<br />

de Botucatu, para obtenção do título de Mestre<br />

em Agronomia (Horticultura).<br />

BOTUCATU - SP<br />

Fevereiro – 2013


UNIVERSI<strong>DA</strong><strong>DE</strong> ESTADUAL PAULISTA “JULIO <strong>DE</strong> MESQUITA FILHO”<br />

FACUL<strong>DA</strong><strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CIÊNCIAS AGRONÔMICAS<br />

CAMPUS <strong>DE</strong> BOTUCATU<br />

CERTIFICA<strong>DO</strong> <strong>DE</strong> APROVAÇÃO<br />

TÍTULO: <strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>INDUÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>RESISTÊNCIA</strong> <strong>NO</strong> <strong>CONTROLE</strong> <strong>DO</strong><br />

VIRA CABEÇA <strong>DO</strong> TOMATEIRO<br />

ALUNA: LEYSIMAR RIBEIRO PITZR GUIMARÃES<br />

ORIENTA<strong>DO</strong>R: PROF. DR. MARCELO AGE<strong>NO</strong>R PAVAN<br />

CO-ORIENTA<strong>DO</strong>RA: PROF.ª DR.ª GIUSEPPINA PACE PEREIRA LIMA<br />

CO-ORIENTA<strong>DO</strong>R: DR. JULIO MASSAHARU MARUBAYASHI<br />

Aprovado pela Comissão Examinadora<br />

Data da Realização: 18 de fevereiro de 2013.


Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos<br />

é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.<br />

Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser,<br />

porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.<br />

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte.<br />

Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.<br />

As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.<br />

Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.<br />

A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam.<br />

Para aqueles que buscam e tentam sempre.<br />

E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.<br />

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.<br />

Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.<br />

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.<br />

Clarice Lispector


A Meus Pais, Adelino e Neusa<br />

Pela compreensão, confiança e amor.<br />

Obrigada pelos esforços destinados à minha formação.<br />

Dedico<br />

Aos meus irmãos Markelly, Higyson e Geysielle<br />

Ao querido José Anchieta<br />

Pela motivação nos momentos difíceis<br />

Pelo carinho e amor<br />

I<br />

Ofereço


AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

À Deus, pelo dom da vida, por eu ter conseguido realizar este trabalho, e ainda me ensinando<br />

sobre Fé.<br />

A Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências Agronômicas<br />

– Campus de Botucatu, pela oportunidade da realização do curso de mestrado.<br />

À Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (FAPESP) pela concessão da bolsa.<br />

Ao Professor Marcelo Pavan pela oportunidade e confiança depositada, pelos ensinamentos e<br />

orientações prestados durante a realização do trabalho.<br />

A Professora Giuseppina Pace Pereira Lima pela amizade, pelos ensinamentos, pelas sugestões,<br />

contribuições e informações valiosas para o desenvolvimento do trabalho, e todo seu grande bom<br />

humor.<br />

Ao Julio Massaharu Marubayashi, pela paciência em me ensinar a realizar as extrações e todos os<br />

passos para identificação de vírus, pela amizade e incentivo.<br />

Ao professor Dr. Maurício Ballesteiro e minha querida amiga Dra. Débora Gonzaga pela<br />

amizade, confiança, apoio, pelos ensinamentos, pelas vezes me acolheu no seio de sua família por<br />

toda ajuda nas análises, o meu muito obrigado.<br />

A Professora Renate Krause Sakate, pela simpatia, educação e ensinamentos prestados ao longo<br />

do curso.<br />

A Professora Julia Pavan, pela paciência e ajuda nas análises.<br />

À Minha Família, em especial ao meu pai Adelino Pitzr Guimarães, à minha mãe Neusa Enir<br />

Ribeiro Guimarães, aos meus irmãos Markelly Guimarães, Higyson Guimarães e Geysielle<br />

Guimarães, por todo apoio e carinho durante todas as etapas da minha vida, com certeza sem<br />

vocês eu não teria chegado até aqui. São vocês que me fizeram acreditar que eu era capaz de<br />

realizar esse sonho.<br />

Aos meus avós paternos, Juarez Guimarães e Maria Rosa Pitzer Guimarães, à minha avó materna<br />

Rosa Marcílio Ribeiro, às minhas Tias Ione Guimarães, Ivone Guimarães e Rosenir Marcílio<br />

Ribeiro, pelo carinho, apoio e torcida por mais uma vitória em minha vida.<br />

Ao querido José Anchieta Callou Júnior, pela motivação nos momentos difíceis, pela paciência<br />

nas horas de estresse, pela cumplicidade, carinho e amor.<br />

Ao Felipe Vitório e Fernanda Pagliai, ‘minha família de Botucatu’, obrigada pela amizade,<br />

convívio, paciência e compreensão, durante o meu trajeto.<br />

II


Aos meus amigos Daniela Oliveira, Mariana Silvestre, Aline Tomaz, Rafael Passos, Barbara<br />

Rhein, Líbia Marquione, Saulo José, pela amizade e que mesmo longe nunca me esqueceram, me<br />

deram apoio e incentivo para a realização desse trabalho.<br />

Aos amigos Ruralinos, Laís, Itaynara, Rodrigo, Keila e Deivid, que tive o prazer em conhecer,<br />

obrigada pela amizade, companheirismo, incentivo e principalmente por compartilhar comigo<br />

alegrias e tristezas.<br />

As companheiras e amigas do Laboratório de Bioquímica Raquel Cavasini, Marizete Cavalcante,<br />

Natalia Reis, Kelly Nunes e em especial a Josiane Pereira, pela amizade, companhias nas horas<br />

do almoço e pelas alegrias compartilhadas ao longo da nossa caminhada.<br />

Aos amigos do Laboratório de Virologia Denise Nosaki, Tatiana Mituti, Mônika Fecury,<br />

Leonardo Barbosa, Milena Leite, Bruno De Marchi, Késsia Pantoja, aos estagiários Luiz<br />

Fernando e Guilherme Gotardi pela amizade, companheirismo e pelos cafezinhos no corredor do<br />

departamento. Em especial as amigas Cristiane Melo e Letícia Moraes, pela amizade, por toda<br />

ajuda prestada e por me socorrerem sempre que precisei.<br />

Ao Senhor Paulinho, funcionário do Departamento de Produção Vegetal (Defesa Fitossanitária)<br />

por toda ajuda prestada.<br />

Aos funcionários da Fazenda de Ensino e Pesquisa, de São Manuel por toda ajuda prestada ao<br />

longo da execução do trabalho em campo.<br />

E a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.<br />

Minha sincera gratidão.<br />

III


SUMÁRIO<br />

1. RESUMO ................................................................................................................................ 1<br />

2. SUMMARY ............................................................................................................................ 3<br />

3. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5<br />

4. REVISÃO <strong>DE</strong> LITERATURA ............................................................................................... 8<br />

4.1. Importância e sintomatologia do vira-cabeça do tomateiro (Tospovirus) ........................ 8<br />

4.2. Mecanismos de Defesa das Plantas ................................................................................ 10<br />

4.3. Sinais para Indução de Resistência Sistêmica a Patógenos ............................................ 11<br />

4.4. Moléculas Envolvidas na Defesa das Plantas ................................................................. 13<br />

4.4.1. Proteínas relacionadas à patogenicidade ................................................................. 13<br />

4.4.2. Peroxidase ................................................................................................................ 14<br />

4.4.3. Polifenoloxidase ...................................................................................................... 15<br />

4.4.4. Poliaminas ............................................................................................................... 16<br />

5. MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S ................................................................................................... 18<br />

5.1. Instalação do experimento .............................................................................................. 18<br />

5.2. Tratamentos realizados ................................................................................................... 19<br />

5.3. Incidência do vira cabeça ................................................................................................ 20<br />

5.4. Aspectos de produção e qualidades dos frutos ............................................................... 20<br />

5.5. Determinação das análises bioquímicas de folhas de tomateiro ..................................... 21<br />

5.6. Atividade de Peroxidase (POD) ...................................................................................... 21<br />

5.7. Atividade de Polifenoloxidase (PPO) ............................................................................. 22<br />

5.8. Teor de Proteínas Totais Solúveis .................................................................................. 23<br />

5.9. Poliaminas Livres ........................................................................................................... 23<br />

5.10. Identificação e Caracterização Molecular dos Isolados Virais ................................... 24<br />

5.10.1. Extração do RNA Total para Detecção de Tospovirus ........................................ 25<br />

5.10.2. Transcrição reversa e reação de polimerização em cadeia (RT-PCR) ................. 25<br />

5.10.3. Análise do PCR em Gel de Agarose .................................................................... 26<br />

5.10.4. Purificação do Produto de PCR e sequenciamento do fragmento viral ............... 26<br />

5.11. Análise Estatística ....................................................................................................... 27<br />

6. RESULTA<strong>DO</strong>S e DISCUSSÃO ........................................................................................... 28<br />

6.1. Efeitos da aplicação de indutores na produção e qualidade dos frutos de tomate .......... 28<br />

6.2. Incidência da doença e sua relação com os indutores ..................................................... 38<br />

6.3. Ativação de enzimas relacionadas à indução de resistência em plantas de tomateiro .... 41<br />

6.3.1. Atividade de Peroxidase .......................................................................................... 41<br />

6.3.2. Atividade de Polifenoloxidase ................................................................................. 48<br />

6.3.3. Proteína Total Solúvel ............................................................................................. 53<br />

6.3.4. Poliaminas Livres .................................................................................................... 58<br />

6.4. Análises moleculares ...................................................................................................... 66<br />

7. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 69<br />

8. CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 70<br />

9. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 71<br />

IV


LISTA <strong>DE</strong> FIGURAS<br />

Figura 1. Mudas de tomateiro cv. Saladinha Plus, tratadas e não tratadas com<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O), na semeadura. A) Mudas na<br />

bandeja, antes do transplantio; B) Mudas em campo no momento do transplantio. ................ 29<br />

Figura 2. A= Pré-tratamento - Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

no momento da semeadura; B= Sem pré tratamento. 1) Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L;<br />

2) Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L; 3) Bacillus subtilis 400mL p. c./100L 4)<br />

Procedimento convencional (Metamidófos). ............................................................................ 34<br />

Figura 3. Curvas de progresso de incidência do vira cabeça (CPIVC) do tomateiro, para a<br />

cultivar Saladinha Plus, avaliada aos 30, 45 e 60 dias após transplantio. ................................ 40<br />

Figura 4. Atividade enzimática de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2 decomposto min -1 g -1<br />

MF) em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do tempo.<br />

.................................................................................................................................................. 44<br />

Figura 5. Comportamento enzimático da atividade de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2<br />

decomposto min -1 g -1 MF) em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos<br />

que receberam aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida(0,3 g/L H2O) no<br />

momento da semeadura e para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente<br />

após transplantio. ...................................................................................................................... 45<br />

Figura 6. Atividade de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF) em folhas<br />

de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

.................................................................................................................................................. 46<br />

Figura 7. Atividade enzimática de polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -<br />

1 MF) em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do tempo.<br />

.................................................................................................................................................. 50<br />

Figura 8. Comportamento enzimático da atividade de polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol<br />

catecol oxidado. min -1 .g -1 MF) em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, para os<br />

tratamentos que receberam aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3<br />

g/L H2O) no momento da semeadura e para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos<br />

somente após transplantio. ........................................................................................................ 51<br />

Figura 9. Atividade de Polifenoloxidase (∆ abs 395nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF) em<br />

folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes<br />

tratamentos. .............................................................................................................................. 52<br />

Figura 10. Teor de Proteína Total Solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em folhas de tomate,<br />

nas diferentes coletas ao longo do tempo. ................................................................................ 55<br />

Figura 11. Comportamento do teor de proteína total solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em<br />

folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) no momento da semeadura e<br />

para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio. ......... 56<br />

V


Figura 12. Média do teor de proteína total solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

.................................................................................................................................................. 57<br />

Figura 13. Comportamento dos teores de Putrescina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

.................................................................................................................................................. 60<br />

Figura 14. Comportamento dos teores de Espermidina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

.................................................................................................................................................. 62<br />

Figura 15. Comportamento dos teores de Espermina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

.................................................................................................................................................. 64<br />

Figura 16. Padrão eletroforético em gel de agarose 0,8% com reações de RT-PCR, com amostras<br />

positivas de Tospovirus, utilizando os primers BR60 e BR65. (M) Marcador 1 Kb Ladder<br />

(invintrogen),(-) controle negativo, (+) controle positivo e (BI, BII, BIII, BIV) amostras<br />

selecionadas. ............................................................................................................................. 67<br />

Figura 17. Arvore filogenética obtida pelo programa Mega 4.0 com o valor de Bootstrap de 2000<br />

repetições para a região codificadora para proteína capsidial das amostras, B1, B2, B3 e B4.<br />

GRSV (acesso AY380780), TCSV (acesso AF521102), TSWV (acesso 1-412) e outgroup Potato<br />

virus Y (acesso JN711118). ...................................................................................................... 68<br />

VI


LISTA <strong>DE</strong> TABELAS E QUADROS<br />

Quadro 1. Ingrediente ativo e dose dos produtos pulverizados em plantas de tomateiro Saladinha<br />

Plus, em condições de campo....................................................................................................19<br />

Quadro 2. Oligonucleotídeos utilizados para amplificação dos vírus nas análises de RT-PCR<br />

...................................................................................................................................................26<br />

Tabela 1. Média de Produção (g) de frutos de tomateiro cultivar Saladinha Plus, para os<br />

diferentes tratamentos. .............................................................................................................. 30<br />

Tabela 2. Peso médio de frutos (g) tomateiro de 20 plantas da cultivar Saladinha Plus, para os<br />

diferentes tratamentos. .............................................................................................................. 31<br />

Tabela 3. Número de frutos de tomateiro de 20 plantas da cultivar Saladinha Plus, para os<br />

diferentes tratamentos. .............................................................................................................. 32<br />

Tabela 4. Percentual de frutos de tomate sem manchas e sem podridões da cultivar Saladinha<br />

Plus, para os diferentes tratamentos. ........................................................................................ 35<br />

Tabela 5. Percentual de frutos de tomateiro verdes obtidos durante a colheita da cultivar<br />

Saladinha Plus, para os diferentes tratamentos. ........................................................................ 36<br />

Tabela 6. Área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) do vira cabeça do tomateiro,<br />

para a cultivar de tomate Saladinha Plus, tratada com fungicidas e biofungicidas. Avaliação da<br />

incidência da doença aos 30, 45 e 60 dias após transplantio. ................................................... 38<br />

Tabela 7. Médias da atividade de Peroxidase (μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF), em folhas<br />

de tomate, cultivar Saladinha Plus, para os diferentes tratamentos. ......................................... 43<br />

Tabela 8. Atividade enzimática de Polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -<br />

1 MF) em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação<br />

dos produtos somente após transplantio. .................................................................................. 49<br />

Tabela 9. Teor de Proteína Total Solúvel (μg prot. g -1 MF), em folhas de tomate, cultivar<br />

Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após<br />

transplantio. .............................................................................................................................. 54<br />

Tabela 10. Putrescina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para<br />

os diferentes tratamentos. ......................................................................................................... 59<br />

Tabela 11. Espermidina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus,<br />

para os diferentes tratamentos. ................................................................................................. 61<br />

Tabela 12. Espermina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para<br />

os diferentes tratamentos. ......................................................................................................... 63<br />

VII


1. RESUMO<br />

A cultura do tomateiro apresenta grande importância econômica para o<br />

Brasil e está sujeita a várias doenças que, dependendo do nível de resistência genética do cultivar<br />

usado, podem limitar sua produção. Os Tospovirus são considerados agentes causais de uma das<br />

doenças mais importantes da cultura do tomateiro, o vira-cabeça, acarretando enormes prejuízos<br />

econômicos. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de indutores de resistência na<br />

incidência de vira cabeça e na produção do tomateiro. Os experimentos foram executados na<br />

Fazenda Experimental da UNESP, Campus Botucatu, em área de histórico de ocorrência da<br />

doença. Foram utilizadas 3200 plantas de tomateiro cv. Saladinha Plus. As bandejas foram<br />

divididas em 2 grupos, onde a metade recebeu um pré tratamento pela aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) na bandeja e a outra metade<br />

sem nenhum produto aplicado. Após o transplantio, foram aplicados os tratamentos, através da<br />

pulverização de Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L, Piraclostrobina+Metiram 400g p.<br />

c./100L, Bacillus subtilis 400mL p. c./100L e o procedimento convencional no qual foi aplicado<br />

o produto a base de Metamidófos. As pulverizações foram realizadas em todos os tratamentos aos<br />

20, 35, 50 e 65 dias após o transplantio (<strong>DA</strong>T). Durante a condução do experimento foi realizada<br />

1


a avaliação da incidência da doença aos 30, 45 e 60 <strong>DA</strong>T, contando o número de plantas doentes.<br />

Com os resultados obtidos nas avaliações foi calculada a área abaixo da curva de progresso da<br />

doença (AACPD). Para as análises bioquímicas (atividade de peroxidase, polifenoloxidase, teor<br />

de proteínas totais solúveis e poliaminas), o material vegetal foi coletado aos 30, 40, 45, 55, 60,<br />

70 e 75 <strong>DA</strong>T. A colheita dos frutos foi realizada aos 80 <strong>DA</strong>T, sendo selecionadas 20 plantas de<br />

cada tratamento, a partir das quais foram realizadas análises de produção total, peso médio de<br />

frutos, número de frutos por tratamento, percentual do número de frutos verdes e percentual de<br />

frutos sem manchas e sem podridões. Os resultados obtidos demonstraram que, não houve<br />

diferença estatística para o progresso da doença e dessa forma, realizou-se a análise de regressão<br />

linear, onde os tratamentos constituídos de Piraclostrobina+Metiram apresentaram menor<br />

crescimento da doença quando comparados com o biofungicida Bacillus subtilis e o tratamento<br />

convencional. Maiores valores de peroxidase, polifenoloxidase e proteínas totais solúveis foram<br />

observados nos folíolos de plantas pulverizadas com o produto piraclostrobina+metiram na dose<br />

400g p. c./100L, sugerindo o seu provável envolvimento nos mecanismos de indução de<br />

resistência. Maiores teores de putrescina e espermidina foram encontradas em plantas tratadas<br />

com piraclostrobina+metiram na dose 400g p. c./100L, o qual pode ter promovido alterações nos<br />

níveis dessas moléculas, indicando uma contribuição para o aumento da resistência das<br />

plantas.Quanto as variáveis dos aspectos de produção e qualidade dos frutos de tomateiro os<br />

tratamentos constituídos de piraclostrobina+metiram demonstraram um melhor resultado quando<br />

comparados aos demais tratamentos, evidenciando que esse fungicida apresenta grande potencial<br />

na cultura do tomateiro quando instalada no período de incidência do vira cabeça.<br />

Palavras chave: Lycopersicon esculentum, Tospovirus, controle alternativo, peroxidase,<br />

polifenoloxidase, poliaminas<br />

2


2. SUMMARY<br />

EVALUATION OF THE INDUCTION OF THE RESISTANCE TO TOSPOVIRUS IN<br />

TOMATO. Botucatu, 2013, 92f. Dissertação (Mestrado em Agronomia/ Horticultura) –<br />

Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.<br />

Author: Leysimar Ribeiro Pitzr Guimarães<br />

Adviser: Marcelo Agenor Pavan<br />

Co-Adviser: Giuseppina Pace Pereira Lima<br />

Julio Massaharu Marubayashi<br />

The tomato crop has great economic importance in Brazil and is subject of several diseases, and<br />

depending on the level of genetic resistance of the cultivar used, it can limit its production. The<br />

Tospovirus are considered causal agents of one of the most important diseases of tomato crops,<br />

resulting in enormous economic damage. The objective of this work was to evaluate the effect of<br />

resistance induction in the tomato crop, as well as the incidence of tospovirus. The experiment<br />

was carried out in the Experimental Farm of UNESP Botucatu, in an area of historical occurrence<br />

of the disease. Were used 3200 tomato plants cv. Saladinha Plus. Trays were divided into 2<br />

3


groups, where half received a pretreatment Pyraclostrobin+ metiram (3 g / L H2O) + Boscalida<br />

(0, 3 g / L H2O) in the tray and the other half didn’t receive any product. After transplanting,<br />

treatments were applied by spraying Pyraclostrobin + metiram 200g p. c./100L, Pyraclostrobin +<br />

metiram 400g p. c./100L, Bacillus subtilis 400mL p. c./100L by conventional procedure in which<br />

the product methamidophos was applied. The spraying was carried in all treatments at 20, 35, 50<br />

and 65 days after transplanting (<strong>DA</strong>T). During the experiment, an evaluation of the disease<br />

incidence was performed at 30, 45 and 60 <strong>DA</strong>T, counting the number of diseased plants. With the<br />

results obtained in the evaluations, was calculated the area under the disease progress curve<br />

(AUDPC). To biochemical analysis (peroxidase, polyphenoloxidase, total soluble protein and<br />

polyamines), the plant material was collected at 30, 40, 45, 55, 60, 70 and 75 <strong>DA</strong>T. The fruit<br />

harvest was performed at 80 <strong>DA</strong>T, 20 plants were selected of each treatment, and the analyses of<br />

total production were carried out, including average fruit weight, fruit number per treatment,<br />

percentage of the number of green fruits and percentage of stain’s absence in fruits per treatment.<br />

The results demonstrated that there was no statistical difference to check progress of the disease,<br />

so linear regression analysis was carried out, where the treatments Pyraclostrobin + metiram<br />

showed a lower development of the disease, when compared with Bacillus subtilis biofungicide<br />

and conventional treatment. Larger values of peroxidase, polyphenoloxidase and total soluble<br />

protein were observed in the leaves of plants pulverized with the product pyraclostrobin +<br />

metiram 400g p. c./100L dose, suggesting its probable involvement in the mechanisms of<br />

resistance induction. igher levels of putrescine and spermidine were found in plants treated with<br />

pyraclostrobin + metiram 400g p. c./100L dose, which may have promoted changes in levels of<br />

these molecules, suggesting a contribution to the increased resistance of plantas. In terms of the<br />

variables of the aspects of production and fruit quality of tomato, the treatments composed by<br />

pyraclostrobin + metiram demonstrated better results when compared to the other treatments,<br />

indicating that this fungicide presents great potential in tomato when installed during disease<br />

incidence period.<br />

Keywords: Lycopersicon esculentum, Tospovirus, alternative control, peroxidase,<br />

polyphenoloxidase, polyamines<br />

4


3. INTRODUÇÃO<br />

O tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.), planta originária dos países<br />

andinos, é uma das hortaliças mais cultivadas em todo o mundo (FILGUEIRA, 2008). Essa<br />

cultura apresenta grande importância econômica para o Brasil, assim como outras olerícolas da<br />

mesma família (MELO; VILELA, 2004), sendo a segunda hortaliça mais cultivada (CAMARGO<br />

FILHO; OLIVEIRA, 2012).<br />

O Brasil é um grande produtor de hortaliças. Em 2011 foram produzidos<br />

cerca de 17,5 milhões toneladas dessas hortícolas, a cultura do tomateiro sozinha equivaleu a<br />

quase um quarto do total, com uma produção de mais de 4 milhões de toneladas de frutos<br />

colhidos (ABCSEM, 2011; AGRIANUAL, 2013). O Estado de São Paulo é o segundo maior<br />

produtor do país, com uma área colhida de aproximadamente 10 mil ha e produção de cerca de<br />

650 mil toneladas de frutos (AGRIANUAL, 2013).<br />

Apesar da grande produção obtida, o tomateiro se caracteriza por ser uma<br />

cultura frágil e seu cultivo está sujeito a uma grande quantidade de doenças e pragas, exigindo<br />

intenso manejo desde o plantio até o momento da colheita (COOPERCITRUS, 2010). É um dos<br />

5


setores agrícolas que mais consome produtos fitossanitários, com um gasto médio de R$<br />

6990,52/ha/ano (AGRIANUAL, 2013).<br />

Dentre as diversas doenças que causam problemas à cultura do tomateiro,<br />

destacam-se as viroses, responsáveis por grandes perdas de produção, devido principalmente à<br />

inexistência de substâncias capazes de impedir a infecção da planta pelos patógenos e, por<br />

consequência, impedir a ocorrência de danos ao hospedeiro (BORGES, 2006).<br />

O tomateiro pode ser infectado por diversos vírus, dentre os quais se<br />

destacam o gênero Tospovirus, onde as espécies Tomato spotted wilt virus - (TSWV), Tomato<br />

clorotic spot virus - (TCSV) e Groundnut ringspot virus - (GRSV) são consideradas agentes<br />

causais de uma das doenças mais importantes da cultura, o “vira-cabeça-do-tomateiro” no Estado<br />

de São Paulo. Essa doença é transmitida por espécies da ordem Thysanoptera, conhecidos<br />

popularmente como tripes, sendo a mais importante para o estado de São Paulo, Frankliniella<br />

schultzei (KUROZAWA; PAVAN, 2005).<br />

O controle deste vírus pelo combate ao tripes vetor é bastante difícil, pois<br />

uma vez as fases jovens estando infectadas, o vírus persiste nos adultos, que apresentam a<br />

capacidade de migrar longas distâncias e rapidamente transmitirem a doença (ULLMAN et al.,<br />

1997). Além disso, o controle químico não oferece resultados satisfatórios e ainda aumenta a<br />

quantidade de resíduos tóxicos (FIGUEIRA, 2000).<br />

Por essa dificuldade no controle, a indução de resistência vem sendo alvo<br />

de estudos para o controle de doenças em plantas. A resistência pode ser química ou física, ambas<br />

estimuladas pela aplicação de substâncias indutoras, que podem inclusive advirem de fungicidas<br />

e biofungicidas já comercializados. Esse fenômeno pode ser sistêmico ou local e efetivo contra<br />

uma ampla gama de patógenos, incluindo bactérias, fungos e vírus (SILVA, 2007).<br />

As substâncias indutoras aumentam o nível de resistência da planta sem<br />

alterar seu genoma. Elas agem por meio da ativação de genes, de maneira não específica e<br />

codificam diversas respostas de defesa, incluindo compostos fenólicos e enzimas, como<br />

peroxidase e polifenoloxidase (HARTLEB et al., 1997). Outros metabólitos, como as poliaminas<br />

também parecem estar envolvidos nos mecanismos de indução de resistência, pois são afetados<br />

pela presença dos vírus nas plantas (BALINT; COHEN, 1974).<br />

O conhecimento mais aprofundado da ação de produtos já utilizados<br />

comercialmente como fungicidas ou biofungicidas na indução de mecanismos de resistência são<br />

6


fundamentais para encontrar formas alternativas de manejo para as viroses do tomateiro, que até<br />

o momento, com o conhecimento disponível, não podem ser controladas com eficiência.<br />

Portanto, os objetivos desse estudo foram:<br />

Verificar o comportamento do tomateiro através da eficiência dos elicitores<br />

Piraclostrobina+Metiram (Cabrio Top®) e do biofungicida Bacillus subtilis (Serenade)<br />

nos mecanismos de indução de resistência ao Vira Cabeça do Tomateiro;<br />

Avaliar o efeito dos produtos na indução de resistência através de análises bioquímicas<br />

foliares;<br />

Obter os aspectos de produção e qualidade dos frutos de tomateiro após aplicação dos<br />

tratamentos e cultivados no período de incidência da doença.<br />

7


4. REVISÃO <strong>DE</strong> LITERATURA<br />

(Tospovirus)<br />

4.1. Importância e sintomatologia do vira-cabeça do tomateiro<br />

Mais de 30 viroses podem infectar o tomateiro, sendo algumas delas<br />

transmitidas por nematóides, fungos, outras por insetos vetores e ainda outras mecanicamente<br />

(JONES et al., 1991). No Brasil, uma das principais doenças do tomateiro é o vira-cabeça.<br />

Os vírus causadores desta doença pertencem à família Bunyaviridae,<br />

gênero Tospovirus, e possuem partículas esféricas ou pleomórficas com diâmetro entre 80-110<br />

nm. Seu genoma é constituído por três segmentos de RNA denominados S (“small”), M<br />

(“medium”) e L (“large”). O S RNA apresenta duas fases abertas de leitura – ORFs (ambisense)<br />

que codificam uma proteína não estrutural (gene NSs) e a proteína do nucleocapsídeo (gene N). O<br />

M RNA também possui duas ORFs (ambisense) que codificam a proteína de movimento (NSm) e<br />

um precursor das glicoproteínas (G1/G2), e o L RNA apresenta uma única ORF (sendo negativo)<br />

que codifica a polimerase viral (gene L) ( VAN REGENMORTEL et al, 2000).<br />

8


No mundo já foram relatadas 13 espécies distintas Tospovirus, seis foram<br />

notificadas no Brasil (SILVA et al., 2001). Quatro dessas seis espécies foram descritas como<br />

patógenos em plantas de tomateiro, sendo diferenciadas com base nas propriedades “sorológicas<br />

e da composição da proteína do nucleocapsídeo (AVILA et al.,1993, NAGATA et al.,1995)<br />

sendo elas, Tomato spotted wilt virus (TSWV), Tomato chlorotic spot virus (TCSV), Groundnut<br />

ringspot virus (GRSV), Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV), (ÁVILA et al., 1993;<br />

NAGATA et al., 1998; BEZERRA et al., 1999). Elas ocorrem em diferentes regiões geográficas<br />

do Brasil, possivelmente relacionado a especificidade e distribuição de seus insetos vetores<br />

(NAGATA et al., 1995)<br />

O “vira-cabeça do tomateiro” apresenta grande importância nas épocas<br />

quentes do ano tendo sida relatada pela primeira vez no Brasil, por Costa e Forster em 1938. A<br />

disseminação ocorre por espécies de Tospovirus e são transmitidas através de insetos<br />

pertencentes à ordem Thysanoptera, comumente conhecidos como tripes, de maneira persistente.<br />

(MATTHEUS, 1991; KUROZAWA; PAVAN, 2005). Das espécies relatadas até hoje a mais<br />

importante no Estado de São Paulo e na região de Botucatu é Frankliniella schultzei.(PAVAN et<br />

al., 1993). A gama de hospedeiros destes vírus é extremamente ampla (PETERS, 1998) e pela<br />

diversidade de tripes vetores, torna-se difícil o controle da doença (PRINS; GOLDBACH, 1998).<br />

A variação de sintomas apresentados pela planta é determinada em função<br />

da espécie hospedeira, idade e estado nutricional da planta, época do ano e das condições<br />

ambientais (FRANCKI; HATTA, 1981). De forma geral os sintomas mais característicos são<br />

clorose acentuada nas folhas jovens, de cor bronzeada, seguida de uma paralisação no<br />

desenvolvimento da planta. Num estádio mais avançado, as folhas apresentam-se distorcidas com<br />

áreas necróticas no limbo e pecíolo, que tendem a formar anéis concêntricos. Lesões idênticas<br />

podem ocorrer na ráquis da inflorescência e no caule. Em pouco tempo todo o ponteiro pode<br />

necrosar e, com frequência curvar-se para um dos lados, sintoma que empresta o nome à doença.<br />

Quando plantas jovens são infectadas, os sintomas podem ser especialmente severos, podendo<br />

levá-las à morte. Frutos jovens formados após a infecção podem desenvolver manchas anelares<br />

necróticas ou mosqueados. Frutos maduros mostram-se vermelho-pálidos, com áreas amareladas<br />

contornadas por mosqueado irregular ou, ainda, manchas distintas com anéis concêntricos<br />

(KUROZAWA; PAVAN, 2005).<br />

9


Pesquisas recentes tentam realizar o controle dessa doença através do<br />

melhoramento genético, onde foi introduzido em variedade comerciais o gene Sw-5, identificado<br />

em espécies de tomateiro silvestre. Estudos posteriores confirmaram que variedades contendo o<br />

gene Sw-5 apresentavam resistência às principais espécies de Tospovirus que infectam o<br />

tomateiro no Brasil, além de não alterar a qualidade dos frutos e a produtividade das plantas<br />

(ESTEVES, 2010). Apesar de descobertas recentes sobre resistência, muitos estudos no controle<br />

do complexo vira-cabeça vêm sendo realizados.<br />

4.2. Mecanismos de Defesa das Plantas<br />

As plantas são constantemente atacadas por inimigos em potenciais,<br />

porém, apresentam diferentes meios para se defenderem, através do desenvolvimento de<br />

barreiras, como mecanismos de defesa pré e pós-formados que restringem a<br />

infecção/colonização. Em ambas as categorias, os fatores envolvidos na resistência podem ser<br />

subdivididos em estruturais ou bioquímicos. Os estruturais atuam como barreiras físicas,<br />

enquanto os bioquímicos atuam através da produção de substâncias tóxicas ou repelentes ao<br />

patógeno ou criando condições adversas ao estabelecimento deste na planta (MAZARO, 2007).<br />

Os mecanismos de resistência conhecidos como pré formados, passivos<br />

ou constitutivos, também são conhecidos como barreiras estruturais. Elas são ceras, cutícula,<br />

tricomas, bem como substâncias químicas envolvidas no processo de defesa. Essas substâncias,<br />

tais como flavonóides, glicosídeos cianogênicos, e inibidores protéicos são encontradas em altas<br />

concentrações antes da chegada do patógeno. (AGRIOS, 2005; SCHWAN-ESTRA<strong>DA</strong>;<br />

STANGARLIN; PASCHOLATI, 2008). Por outro lado, as plantas também apresentam<br />

mecanismos de resistência pós-formados, ativos ou induzíveis, isto é, são ativados ou aumentam<br />

o nível de compostos pré-existentes após a infecção pelo patógeno. Esses mecanismos estão<br />

envolvidos na formação de barreiras estruturais, tais como halo, papila, camada de cortiça,<br />

lignificação, glicoproteínas ricas em hidroxiprolina, bem como na síntese de compostos que<br />

funcionam como barreiras bioquímicas, como espécies reativas de oxigênio, proteínas<br />

10


elacionadas à patogênese e fitoalexinas (AGRIOS, 2005; SCHWAN-<br />

ESTRA<strong>DA</strong>;STANGARLIN; PASCHOLATI, 2008)<br />

A sequencia de eventos relacionados à indução e expressão da resistência<br />

ou resposta de defesa inicia-se com o reconhecimento pelo hospedeiro de alguma característica<br />

química ou estrutural do patógeno, ou agente de estresse ou dano associado com a invasão. Esta<br />

percepção resulta na produção ou liberação de um composto sinalizador que é responsável pela<br />

indução da resposta de defesa da planta (JOHAL et al., 1995).<br />

4.3. Sinais para Indução de Resistência Sistêmica a Patógenos<br />

Resistência Sistêmica Adquirida (RSA) e Resistência Sistêmica Induzida<br />

(RSI) são fenômenos distintos (STICHER et al., 1997), mas fenotipicamente semelhantes em que<br />

plantas, após exposição a um agente indutor, tem seus mecanismos de defesa ativados não apenas<br />

no sítio de indução como também em outros locais distantes, de forma mais ou menos<br />

generalizada. O termo “adquirido” refere-se quando o elicitor é um agente patogênico ou parasita,<br />

já o termo “induzido” é empregado quando esse agente é benéfico, simbionte ou abiótico<br />

(BARROS et al., 2009).<br />

A resistência da planta está correlacionada com a ativação de vários<br />

mecanismos de defesa. A resposta envolve ativação da transcrição de numerosos genes<br />

relacionados à defesa, abertura de canais de íons, modificações do status de fosforilação das<br />

proteínas e ativação de enzimas pré-formadas para realizar modificações nos metabolismos<br />

primários e secundários. Além disso, são geradas moléculas sinalizadoras para assegurar a<br />

coordenação da resposta de defesa tanto temporalmente quanto espacialmente, resultando em<br />

rápida contenção do patógeno (HAMMOND-KOSACK; JONES, 2000).<br />

Pesquisas recentes têm sugerido que os genes de resistência estão<br />

associados com o incremento do ácido salicílico (AS), ácido jasmônico (AJ) e etileno (ET)<br />

(BOSTOCK, 2005; JALALI et al., 2006). De modo geral, as plantas respondem mais aos<br />

patógenos biotróficos com a ativação da rota do AS, porém ativam a rota do etileno ou do AJ<br />

quando atacadas por patógenos necrotróficos ou herbívoros (KOORNNNEEF; PIETERSE,<br />

2008).<br />

11


O AS é um hormônio vegetal envolvido na germinação de sementes,<br />

crescimento, florescimento, respiração (KLESSING; MALAMY, 1994), fotossíntese,<br />

condutância estomática, e transpiração de plantas (KUHN, 2007), bem como na ativação da RSA<br />

e desencadeamento da reação de hipersensibilidade, produção de fitoalexinas e proteínas<br />

relacionadas à patogênese (SMITH; <strong>DE</strong> MORAES; MESCHER, 2009).<br />

O AJ e seus derivados estão distribuídos amplamente nos tecidos vegetais<br />

(BOSTOCK, 1999) e estão envolvidos em vários eventos fisiológicos, tais como<br />

desenvolvimento de frutos e flores, maturação de pólen, crescimento e senescência de raízes e<br />

fotossíntese (SMITH; <strong>DE</strong> MORAES; MESCHER, 2009); além de induzir os eventos tipicamente<br />

associados a RSA, como a síntese de proteínas-RP (β-1,3-glucanase, osmotina e defensinas)<br />

(JAYARAJ et al., 2004), proteínas ricas em prolina (CREELMAN; TIERNEY; MULLET, 1992),<br />

fenilalanina amônia-liase (GUNDLACH et al., 1992) e fitoalexinas (PRINSLOO; MEYER,<br />

2006).<br />

O etileno, por sua vez, é um hormônio vegetal gasoso envolvido na<br />

germinação de sementes, diferenciação de tecidos, formação de primórdios radiculares,<br />

alongamento de raízes, iniciação do florescimento, síntese de antocianinas, abertura de flores,<br />

senescência, maturação de frutos, produção de compostos voláteis (GRICHKO; GLICK, 2001),<br />

nodulação (NUKUI et al., 2000), além de ser requerido para a expressão de proteínas-RP<br />

(quitinase e β-1,3-glucanase) (YANG et al., 2005), fenilalanina amônia-liase (RIOV;<br />

MONSELISE; KAHAN, 1969) e glicoproteínas ricas em hidroxiprolina (ME<strong>NO</strong>SSI;<br />

MARTÍNEZ-IZQUIER<strong>DO</strong>; PUIG<strong>DO</strong>MÈNECH, 1997).<br />

As diferentes formas de resistência foram descobertas recentemente, pois<br />

algumas plantas não respondiam bioquimicamente a indutores como a rizobactéria Pseudomonas<br />

fluorescens. Essas rizobactérias induzem a resistência sistêmica induzida (RSI) que é<br />

independente do ácido salicílico e não está associada com a ativação dos mesmos genes da RSA.<br />

Em substituição ao AS, a RSI requer, para a sua ativação, o aumento dos níveis de AJ e etileno<br />

(BOSTOCK, 2005). No entanto, independente do agente biótico indutor, a comunicação cruzada<br />

entre as diferentes rotas já foi demonstrada (HEIL; BOSTOCK, 2002). Sendo assim, alguns<br />

autores preferem a utilização do termo geral indução de resistência, para se evitar confusões<br />

(HAMMERSCHMIDT et al., 2001).<br />

12


Um dos mais eficientes mecanismos de defesa é a reação de<br />

hipersensibilidade, onde há a indução da produção de fitoalexinas e de várias proteínas de defesa<br />

codificadas por genes da planta, resultando na morte repentina de um número limitado de células<br />

do hospedeiro em torno dos sítios de infecção (HAMMOND-KOSACK; JONES, 1996).<br />

A proteção induzida é dependente do intervalo de tempo que ocorre entre<br />

o tratamento com o indutor e a subsequente inoculação da planta (agente desafiante). Portanto,<br />

essa dependência indica que mudanças específicas no metabolismo da planta, que envolvem a<br />

síntese e/ou acúmulo de substancias, são importantes no fenômeno da resistência induzida<br />

(BONAL<strong>DO</strong> et al., 2005).<br />

Vários agentes podem induzir a produção de sinais no vegetal, disparando<br />

reações que culminarão em proteção duradoura contra uma ampla gama de fitopatógenos<br />

(SOBRINHO et al., 2005). Herms et al. (2002) demonstraram a capacidade de um tipo de<br />

fungicida da família F500 (Piraclostrobina) de induzir resistência ao Tobacco mosaic virus<br />

(TMV) e Pseudomonas syringae pv tabaci em plantas de fumo (Nicotiana tabacum cv Xanthi<br />

nc). Ogena et al. (2007) demonstram a eficiência do uso de moléculas sintetizadas por Bacillus<br />

subtilis, onde essa moléculas podem atuar como eliciadoras da indução de resistência,<br />

proporcionando a reação sistêmica da resposta de defesa contra patógenos.<br />

4.4. Moléculas Envolvidas na Defesa das Plantas<br />

4.4.1. Proteínas relacionadas à patogenicidade<br />

A infecção por vírus em diversas espécies vegetais é acompanhada da<br />

síntese de inúmeras proteínas, conhecidas como proteínas relacionadas à patogênese<br />

(“pathogenesis related” – PR), que são codificadas pela planta hospedeira. A indução das PR-<br />

proteínas, ou seja, a estimulação de sua síntese não é exclusividade dos vírus, podendo ser<br />

causada por extratos de fungos ou bactérias e uma grande diversidade de compostos químicos<br />

(VEGA, 1991).<br />

As proteínas relacionadas à patogenicidade (proteínas-PRs) foram<br />

descritas pela primeira vez em 1970, por Van Loon, que observou o acúmulo de proteínas<br />

incomuns após infecção de plantas de fumo com o vírus TMV (DURRANT; <strong>DO</strong>NG, 2004).<br />

13


Inicialmente foram definidas como proteínas ácidas, de baixo peso molecular, resistentes a<br />

proteases, solúveis em ácidos e localizados nos espaços extracelulares, sendo mais tarde<br />

identificadas também nos vacúolos. As proteínas-PRs presentes nos vacúolos geralmente<br />

exercem um efeito de defesa após a descompartimentalização das células, enquanto que as<br />

proteínas-PRs extracelulares atuam diretamente em contato com o patógeno no processo de<br />

penetração do tecido (STICHER et al., 1997). Atualmente são classificadas em 17 famílias<br />

distintas, baseando-se na similaridade das sequencias de aminoácidos, relação sorológica ou<br />

atividade enzimática ou biológica (GUZZO, 2004).<br />

Nas plantas elas foram localizadas na epiderme de folhas, mesofilos,<br />

células-guarda de estômatos, vasos condutores e em zonas de abscisão (VAN LOON, et al.,<br />

2006). Diferentemente das fitoalexinas, que são produzidas apenas em células sadias adjacentes<br />

ao local de infecção, as proteínas-PR também podem acumular em locais distantes desse local,<br />

em resposta a ativação da RSA (<strong>DE</strong>LANEY, 1997).<br />

Além dessas proteínas específicas, relacionadas com a patogenicidade,<br />

uma medida bioquímica usando as proteínas solúveis pode ser usada em plantas infectadas por<br />

vírus, como um marcador. Os níveis de proteínas solúveis foram estudados por Schons et al.<br />

(2000) em diferentes cultivares de trigo infectados com o Soilborne wheat mosaic virus<br />

(SBWMV) e os autores notaram maior teor em plantas sadias, não infectadas. Outros estudos<br />

compravaram esse efeito das proteínas solúveis em plantas de trigo infectadas pelo SBWMV,<br />

como o relato de Souza et al. (2005)<br />

4.4.2. Peroxidase<br />

As peroxidases (POD) (EC 1.11.1.7) são enzimas amplamente<br />

distribuídas em todas as plantas. Apresenta papel importante por estar envolvida em diversas<br />

reações celulares, como a oxidação de compostos fenólicos, ligação de polissacarídeos, oxidação<br />

do ácido indol-3-acético, de monômeros, lignificação, cicatrização de ferimentos, defesa de<br />

patógenos, além de estarem fortemente relacionadas com mecanismos de defesa em relação a<br />

patógenos e/ou a vários estresses abióticos (LEE et al., 2001).<br />

14


O papel destas enzimas no processo de defesa das plantas é reforçar a<br />

parede celular a partir da formação de lignina, suberina, polissacarídeos ferulicolados e<br />

glicoproteínas ricas em hidroxiprolina (BOWLES, 1990), aumento na produção de espécies<br />

ativas de oxigênio que apresentam ação antimicrobiana, bem como atuam na sinalização<br />

incitando a formação de fitoalexinas (RESEN<strong>DE</strong> et al., 2003)<br />

Na indução de resistência as PODs têm se mostrado muito eficientes e<br />

são bastante estudadas. Diversos autores verificaram aumento da enzima POD após aplicação do<br />

composto acibenzolar-S-metil (ASM). Conferem proteção em fumo contra o TMV, aos fungos<br />

Cercospora nicotianae, Phytophthora tabacina, Phytophthora parasitica e as bactérias Erwinia<br />

carotovora e Pseudomonas syringae pv. tabaci (FRIEDRICH et al., 1996); em Arabidopsis<br />

thaliana contra o fungo P. parasitica, a bactéria P. syringae pv. tomato e ao Turnip crinkle vírus<br />

(LAWTON et al., 1996); em tomate contra a bactéria Clavibacter michiganensis sbsp.<br />

michiganensis (BAYSAL et al., 2003); e Xanthomonas campestris pv. vesicatoria (SILVA,<br />

2002), já para a bactéria Xanthomonas perforans observou-se aumento da atividade da enzima<br />

após aplicação de Piraclostrobina juntamente com ASM (ITAKO et al., 2012); em cacau contra<br />

Crinipellis perniciosa, agente causal da vassoura de bruxa no cacaueiro (RESEN<strong>DE</strong>;<br />

MACHA<strong>DO</strong>, 2000).<br />

4.4.3. Polifenoloxidase<br />

fenóis” (SOUZA, 2009).<br />

O nome polifenoloxidase, significa “catalisadora da oxidação de diversos<br />

É uma enzima que se encontra latente, e torna-se ativa quando liberada na<br />

membrana dos tilacóides devido ao rompimento causado por dano, senescência, ataque de insetos<br />

ou patógenos (MAYER; HAREL, 1991). De acordo com Lax & Vaughn (1991),<br />

polifenoloxidases são encontradas nos cloroplastos, mas são sintetizadas no citoplasma. É uma<br />

enzima envolvida nos processos de oxi-redução (MAYER, 1987), promovendo a hidroxilação de<br />

monohidroxiferol para o- dihidroxifenol e a desidrogenação deste composto, formando o-<br />

quinonas, que ao sofrerem polimerização não-enzimática com aminoácidos ou proteínas, formam<br />

15


pigmentos marrom, vermelho e preto, responsáveis pelo escurecimento dos tecidos<br />

(UN<strong>DE</strong>RHILL; CRITCHLEY, 1995).<br />

A atividade desta enzima pode ser aumentada ou inibida em algumas<br />

plantas por estresse como injúria, toxicidade de nitrogênio e ataque de patógenos (SÁNCHEZ et<br />

al., 2000). Em geral, a polifenoloxidase é elevada em tecidos infectados e apresenta grande<br />

importância para as plantas, pois está envolvida nos mecanismos de defesa e na senescência<br />

(AGRIOS, 2005). Além disto, a esta enzima tem sido atribuída um grande número de processos<br />

celulares, que inclui defesa contra pragas e patógenos, controle dos níveis de oxigênio no<br />

cloroplasto, síntese de compostos fenólicos e cicatrização de danos (MAYER, 1987).<br />

Diversos autores comprovam a eficiência da PPO na indução de<br />

resistência, através do aumento desta enzima. Liu et al. (2005), em tratamento pós-colheita de<br />

frutos de pêssego com acibenzolar-S-metil (ASM) observaram uma redução da severidade de<br />

Penicilium expansum em 50%. Para Pereira et al. (2008), após aplicação com ASM e filtrado de<br />

micélio de Rhizopus sp., houve um aumento na atividade de PPO após 72 h da pulverização, em<br />

tratamento de mudas de cacaueiro contra murcha-de-verticílio, e uma redução da severidade de<br />

Verticillium dahliae. Athayde Sobrinho et al. (2006) verificaram que em plantas de feijão caupi<br />

ou cowpea e infectadas com Macrophomina phaseolina, ocorreu aumento da atividade a partir<br />

das 72 e 84 horas, para os tratamentos com ASM. Já para a bactéria Xanthomonas perforans foi<br />

observado por Itako et al. (2012) incremento da atividade da enzima após aplicação de<br />

Piraclostrobina juntamente com ASM .<br />

4.4.4. Poliaminas<br />

As poliaminas, conhecidas pelos teores de putrescina, espermina e<br />

espermidina, encontram-se amplamente distribuídas na natureza, desempenhando um importante<br />

papel nos diversos eventos metabólicos, incluindo a síntese protéica, replicação do DNA e<br />

morfogênese (KUROSAKI et al., 1992). Além de participar de diversos processos fisiológicos,<br />

tais como a divisão e diferenciação celular, elas estão presente em condições de estresse biótico e<br />

abiótico, é sabido que as mesmas desempenham papel importante na regulação do crescimento<br />

vegetal (BASSO; SMITH, 1974; SILVEIRA et al.,2004; SANTA-CATARINA et al., 2006).<br />

16


Nas plantas, as poliaminas localizam-se não apenas no citosol, mas<br />

também nas organelas, como mitocôndrias, cloroplastos e vacúolos (KUMAR et al., 1997). Sua<br />

síntese inicia-se por duas diferentes vias: a Putrescina é formada diretamente a partir da ornitina<br />

ou indiretamente pela arginina (precursor dos intermediários agmatina e ornitina). A formação da<br />

espermidina ocorre pela adição de um grupo S-adenosil metionina (SAM) descarboxilado<br />

adicionado à putrescina. A formação da espermina ocorre pela adição de outro SAM<br />

descarboxilado (CORUZZI; LAST, 2000).<br />

Há evidências de que as poliaminas naturais estabilizam a membrana e<br />

retardam a senescência (SMITH, 1985). A molécula S-adenosilmetionina, também pode ser<br />

transformada sucessivamente em ácido aminopropil-carboxílico e etileno (SLOCUM et al.,1984),<br />

pelo fato das poliaminas e do etileno competirem pelo mesmo precursor, ou seja, S-<br />

adenosilmetionina, essa substância pode se constituir na chave metabólica para a regulação da<br />

senescência.<br />

O etileno é o hormônio vegetal, que provoca atraso no alongamento e<br />

promoção da senescência, enquanto as poliaminas atrasam a senescência em folhas destacadas e<br />

protoplastos (SMITH, 1985). As poliaminas inibem também a biossíntese de etileno em diversos<br />

tecidos vegetais (APELBAUM et al., 1981). Assim, um balanço entre esses dois reguladores<br />

vegetais é essencial para acelerar ou retardar a senescência (PAN<strong>DE</strong>Y et al., 2000).<br />

Várias investigações vêm sendo realizadas visando entender a ocorrência<br />

de poliaminas interagindo com diferentes viroses. Ames e Dubin, foram os primeiros a detectar a<br />

presença de poliaminas em partículas do TMV e no Cucumber mosaic vírus – CMV, em tecidos<br />

vegetais (RABITI et al., 1994). Beer; Kosuge. (1970) identificaram uma triamina, como sendo a<br />

espermidina em partículas de Turnip yellow mosaic virus – TYMV.<br />

Em plantas infectadas por diversos tipos de vírus, os teores de poliaminas<br />

aparecem aumentados. Balint & Cohen (1985), encontraram níveis elevados de espermina e<br />

espermidina em protoplastos de repolho, infectado com Turnip yellow mosaic virus - TYMV.<br />

Também em plantas de melancia infectadas com o Papaya ring spotted vírus - PRSV-W, houve<br />

alterações nos teores de poliaminas durante o desenvolvimento da cultura, não mostrando,<br />

entretanto uma tendência definida (SCHONS et al.,1995).<br />

17


5. MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

5.1. Instalação do experimento<br />

O presente trabalho foi realizado no período de outubro de 2011 a janeiro<br />

de 2012, na Fazenda de Ensino e Pesquisa (FEP), pertencente à Faculdade de Ciências<br />

Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus Botucatu, localizado<br />

no Município de São Manuel, Estado de São Paulo. O local apresenta altitude de 740 m acima do<br />

nível do mar e as seguintes coordenadas geográficas: latitude de 22°46’ Sul, longitude 48°34’<br />

oeste do meridiano de Greenwich.<br />

O experimento foi conduzido em área de histórico de ocorrência anual do<br />

vira cabeça do tomateiro, em solo classificado como Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico,<br />

corrigido de acordo com a análise química coletada antes da instalação do experimento.<br />

Foi utilizada a cultivar de tomateiro de crescimento determinado<br />

‘Saladinha Plus’. Para a produção das mudas utilizou-se bandejas de poliestireno, com 128<br />

células, o substrato utilizado foi constituído de terra, esterco bovino peneirado e substrato<br />

comercial (Bioplant).<br />

18


A semeadura foi realizada no dia 16 de setembro de 2011 colocando uma<br />

semente por célula. Após a semeadura as bandejas foram cobertas com casca de arroz<br />

carbonizada e divididas em 2 grupos, onde a metade recebeu pré-tratamento pela aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) na bandeja e a outra metade<br />

sem nenhum produto aplicado. Com 30 dias de idade, as mudas foram transplantadas para a área<br />

experimental.<br />

A área experimental total utilizada foi de 400 m² com 3200 plantas. Cada<br />

parcela experimental foi representada por 02 linhas com 50 plantas cada, utilizando o<br />

espaçamento de 0,50 m por 0, 25 m. O delineamento experimental utilizado foi uma fatorial 2 X<br />

4 com 4 repetições.<br />

5.2. Tratamentos realizados<br />

Vinte dias após o transplantio (<strong>DA</strong>T), as plantas receberam pulverização<br />

com os produtos (Quadro 1). A aplicação foi realizada com um pulverizador costal de barra, de<br />

pressão constante, a base de CO2. Os volumes de calda utilizados variaram de acordo com o<br />

necessário ao completo molhamento da parte área das plantas.<br />

A cada 15 dias foram realizadas as aplicações com os produtos<br />

(tratamentos) especificados no quadro 1. Ao longo do ciclo da cultura foram realizadas quatro<br />

aplicações, durante o intervalo entre as aplicações com os tratamentos foram realizadas<br />

pulverização semanal com clorotalonil + dimetomorfe (250 mL p.c./100 L) para o controle de<br />

doenças que surgiram na cultura no decorrer da condução do ensaio.<br />

Quadro 1: Ingrediente ativo e dose dos produtos pulverizados em plantas de tomateiro Saladinha<br />

Plus, em condições de campo.<br />

Ingrediente Ativo Nome Comercial Dose para 100L de água<br />

Produto Comercial<br />

Piraclostrobina+Metiram Cabrio Top® 200 g<br />

Piraclostrobina+Metiram Cabrio Top® 400 g<br />

Bacillus subtilis Serenade 400 mL<br />

Metamidófos Tamaron® 100 mL<br />

Fonte: Agrofit (2013)<br />

19


5.3. Incidência do vira cabeça<br />

Durante a condução do experimento, foi realizada a avaliação da<br />

incidência da doença contando o número de plantas doentes aos 30, 45 e 60 <strong>DA</strong>T. Com os<br />

resultados obtidos nas avaliações foi calculada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença<br />

(AACPD), conforme equação proposta por Campbell & Madden (1990).<br />

AACPD = Σ[(Ii + Ii+1)/2.(Ti+1-Ti)]<br />

Onde Ii = incidência na época da avaliação i e Ti = tempo da avaliação i. Após tabulação dos<br />

dados de incidência, os valores de AACPD foram submetidos à análise de variância fatorial e<br />

separação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade<br />

5.4. Aspectos de produção e qualidades dos frutos<br />

Para avaliar os aspectos da produção e qualidade dos frutos de tomateiro,<br />

a colheita foi realizada manualmente aos 80 <strong>DA</strong>T, sendo selecionadas 20 plantas de cada<br />

tratamento. Os critérios adotados na avaliação das características relacionadas à produção foram:<br />

Produção total de frutos – representa a produção média de frutos por planta, expressa em<br />

gramas, para os diferentes tratamentos;<br />

Peso médio de frutos comerciais – constitui a relação entre o peso de todos os frutos colhidos<br />

por tratamentos, em termos médios;<br />

Número total de frutos - obtido pela soma do número de todos os frutos colhidos, para os<br />

diferentes tratamentos;<br />

Percentual de número de frutos verdes – representa o número total de frutos dividido pelo<br />

número de frutos maduros colhidos;<br />

Percentual de frutos sem manchas e sem podridões – representa o numero total de frutos<br />

dividido pelo número de frutos doentes.<br />

Os valores obtidos com os dados de produção e qualidade dos frutos foi realizada a análise de<br />

variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.<br />

20


5.5. Determinação das análises bioquímicas de folhas de tomateiro<br />

Para avaliar a atividade das enzimas peroxidase, polifenoloxidase, o teor<br />

de proteínas totais solúveis e poliaminas livres, foram coletadas amostras do terço médio da<br />

planta de maneira aleatória, formando uma amostra composta de cada tratamento, as amostras<br />

eram embaladas em papel alumínio, etiquetadas, colocadas em caixas de isopor, transportadas até<br />

o Laboratório de Química e Bioquímica, do Instituto de Biociências da UNESP, Campus Rubião<br />

Junior, Botucatu, SP, essas amostras foram congeladas em nitrogênio líquido e mantidas a<br />

temperatura -20°C para posterior extração da fonte enzimática.<br />

Os dias de coletas dos materiais vegetais eram no quinto e no décimo dia<br />

após a aplicação dos tratamentos, no total foram realizadas 7 coletas aos 30, 40, 45, 55, 60, 70 e<br />

75 <strong>DA</strong>T.<br />

5.6. Atividade de Peroxidase (POD)<br />

A atividade da peroxidase (EC 1.11.1.7) (µmol de H2O2 decomposto. min -<br />

1 . g -1 . massa fresca) foi determinada pelo método descrito por Allain et al., (1974) modificado por<br />

Lima et al., (1999).<br />

O extrato enzimático foi obtido através da homogeneização de 500 mg de<br />

tecido foliar maceradas em nitrogênio liquido e acrescida de 5 mL de tampão acetato do sódio pH<br />

5,0 (gelado), seguido de centrifugação durante 10 minutos a 10.000 x g, a 4°C, 1 mL do<br />

sobrenadante foi usado como fonte de enzima em tubos de ensaio, juntamente com 0,5 mL de<br />

solução A (peróxido de hidrogênio (H2O2) à 30% + tampão fosfato de potássio pH 6,7) e 0,5 mL<br />

de solução B (163 mg de fenol + 81,3 mg de aminoantipirina em 100 mL de H2O). Em seguida,<br />

os tubos foram colocados em banho-maria a 30°C durante 5 minutos, a reação foi interrompida<br />

pela adição de 2 mL de álcool etílico absoluto. Após essa etapa, o extrato foi analisado a leitura<br />

em espectrofotômetro, no comprimento de onda 505 ƞm.<br />

descrita abaixo.<br />

A atividade da peroxidase foi calculada com o emprego da fórmula<br />

21


Fórmula: POD = [(L x Vt) / (6,58 x T x Ve) / P]<br />

Onde: POD = atividade de peroxidase<br />

L = leitura em espectrofotometria (Abs.)<br />

Vt = volume total da amostra (mL)<br />

T = tempo de reação (min.)<br />

V = volume utilizado do extrato (mL)<br />

P = peso da amostra (mg)<br />

6,58 = absortividade molar do composto colorido<br />

5.7. Atividade de Polifenoloxidase (PPO)<br />

A atividade da polifenoloxidase (EC 1.14.18.1) (μmol catecol oxidado.<br />

min -1 .g -1 massa fresca) foi determinada pelo método descrito por Kar & Mishra (1976); e<br />

modificada por Lima et al., (1999).<br />

O extrato enzimático foi obtido através da homogeneização de 500 mg de<br />

tecido foliar maceradas em nitrogênio liquido e acrescida de 5 mL de tampão acetato do sódio<br />

pH 5,0 (gelado), seguido de centrifugação durante 10 minutos a 10.000 x g, a 4°C, 0,3 mL do<br />

sobrenadante foi usado como fonte de enzima em tubos de ensaio, juntamente com 1,85 mL de<br />

solução de catecol (pyrocathecol 0,1 M em tampão fosfato pH 6,7), os tubos foram colocados em<br />

banho-maria a 30°C durante 30 minutos, a reação foi interrompida pela adição de 0,8 mL de<br />

ácido perclórico (HClO4) 2N. Após essa etapa, o extrato foi analisado a leitura em<br />

espectrofotômetro, no comprimento de onda 395 ƞm.<br />

descrita abaixo.<br />

A atividade da polifenoloxidase foi calculada com o emprego da fórmula<br />

Fórmula: PPO = [(L / T) X 1000] / [(P x VP) / VT]<br />

Onde: PPO=atividade de polifenoloxidase<br />

L = leitura do espectrofotômetro (Abs.)<br />

T = tempo de reação (min)<br />

22


P = peso da amostra (mg)<br />

PV = volume da amostra pipetado (mL)<br />

VT = volume de tampão para homogeneização da amostra (mL)<br />

1000=unidade de enzima (fator)<br />

5.8. Teor de Proteínas Totais Solúveis<br />

determinado pelo método de Bradford (1976).<br />

O teor de proteínas totais solúveis (μg proteína. g -1 . massa fresca) foi<br />

O extrato enzimático foi obtido através da homogeneização de 500 mg de<br />

tecido foliar maceradas em nitrogênio liquido e acrescida de 5 mL de tampão acetato do sódio pH<br />

5,0 (gelado), seguido de centrifugação durante 10 minutos a 10.000 x g, a 4°C, 0,1 mL do<br />

sobrenadante foi usado como fonte de enzima em tubos de ensaio, juntamente com 5 mL do<br />

reativo de Bradford (100 mg de Coomassie brilliant blue G + 50 mL de etanol 95% + 100 mL<br />

ácido fosfórico H3PO4 85% + água destilada q. s. p. 1L), seguida pela homogeneização, deixa-se<br />

a reação ocorre durante 15 min. Após essa etapa, o extrato foi analisado a leitura em<br />

espectrofotômetro, no comprimento de onda a 595 ƞm. Os valores obtidos nas leituras foram<br />

substituídos na equação da curva de eficiência (caseína como padrão).<br />

Equação da reta: [y = (0,005x + 0,031)] / Ve<br />

y = leitura do espectrofotômetro<br />

x = teor de proteína<br />

Ve = peso de massa fresca utilizada em relação ao volume do extrato.<br />

5.9. Poliaminas Livres<br />

O teor de poliaminas foi realizado visando-se determinar a concentração<br />

de putrescina, espermidina e espermina (μg. g -1 . massa fresca) de acordo com o método descrito<br />

por Flores & Galston (1982), adaptado por Lima et al., (1999).<br />

O extrato enzimático foi obtido através da homogeneização de 600 mg de<br />

tecido foliar maceradas em nitrogênio liquido e acrescida de 3 mL de ácido perclórico gelado a<br />

23


5%, em seguida, as amostras ficaram em banho gelado por 1 hora. Em seguida, fez – se a<br />

centrifugação durante 20 minutos a 10.000 x g, a 4° C, obtendo o sobrenadante que foi coletado.<br />

Dansilação: Em tubos de ensaio foi adicionado 200 μL do sobrenadante<br />

(amostra), 200 μL de uma solução saturada de carbonato de sódio e 400 μL de cloreto de dansil (5-<br />

[Dimetilamino]naftaleno 1-sulfonil cloreto). Após essa etapa, os tubos foram mantidos no escuro, à<br />

temperatura ambiente por 16 horas. Em seguida adicionou-se 100 μL de prolina (100 mg L-1), sendo<br />

a mistura mantida em repouso por 30 minutos no escuro. A extração das poliaminas dansiladas foi<br />

realizada em 500 μL de tolueno, coletando-se a fase orgânica.<br />

Para a separação das poliaminas por cromatografia de camada delgada,<br />

foram usadas placas de vidro cromatográficas (20 x 20 cm) cobertas com sílica gel 60 G (Merck)<br />

(250 μm de espessura). Sobre as placas aplicou-se 30 μL do extrato dansilado. O cromatograma<br />

foi desenvolvido em cubas de vidro, utilizando-se clorofórmio-trietilamina (10:1, v/v) como fase<br />

móvel. A separação cromatográfica foi acompanhada de luz ultra-violeta. Padrões de putrescina,<br />

espermina e espermidina foram processados paralelamente nas mesmas condições experimentais.<br />

Para a análise quantitativa de poliaminas livres, as placas desenvolvidas<br />

na cromatografia foram secas e por comparações com os padrões, também aplicados nas placas,<br />

foram submetidos à leitura por espectroscopia de emissão de fluorescência (excitação em 350 ƞm<br />

e medida de emissão em 495 ƞm), no “Video Documentation System”, utilizando o programa<br />

“Software Image Máster”, versão 2.0 da “Amersham Pharmacia Biotech” 1995, 1996.<br />

Com os resultados, obtidos nas diferentes épocas de coleta das amostras<br />

foliares, foi calculada a produção dos compostos avaliados (enzimas e poliaminas), em função do<br />

tempo (coletas), e os dados foram submetidos à análise de variância realizada de forma<br />

convencional considerando modelo fixo (Steel & Torrie,1980) e as médias comparadas pelo teste<br />

de Tukey a 5% de probabilidade. Nos casos em que a interação foi significativa foi realizado o<br />

desdobramento da interação e para as análises com datas fixas (coletas) foi realizada a regressão<br />

polinomial sobre os dias.<br />

5.10. Identificação e Caracterização Molecular dos Isolados Virais<br />

24


Foram coletadas 16 amostras de maneira aleatória no campo de produção<br />

do tomateiro, cultivado no período de incidência da doença. As amostras foram identificadas e<br />

posteriormente levadas ao laboratório de virologia para detecção da doença.<br />

5.10.1. Extração do RNA Total para Detecção de Tospovirus<br />

Utilizou-se a metodologia para extração do RNA total. Pelo método de<br />

Bertheau et al.(1998) folhas de plantas de tomateiro foram trituradas (1:5 p/v) em tampão PBS<br />

Tween contendo PVP K25 a 2 % (p/v) e Na-DIECA 20 mM, e centrifugadas em tubos de<br />

microcentrífuga por 10 minutos a 13.000 rpm (Centrifuga Eppendorf 5804 R). Duzentos<br />

microlitros do sobrenadante foram transferidos para um novo tubo, acrescentando-se SDS a 1%.<br />

Após incubação a 55 °C por 15 minutos adicionou-se 100 μL de solução de acetato de potássio a<br />

3M e seguindo por agitação da solução. Posteriormente as amostras foram incubadas em gelo por<br />

5 minutos e centrifugadas por 5 minutos a 13.000 rpm. O sobrenadante foi transferido para um<br />

novo tubo, adicionando-se 700 L de NaI 6M e 5 μL de uma solução contendo silício. Agitou-se<br />

bem e manteve-se a solução por 10 minutos a temperatura ambiente. Em seguida a solução foi<br />

centrifugada por um minuto a 5.000 rpm, o sobrenadante foi descartado e o ‘pellet’ lavado duas<br />

vezes com 500 μL de Tris-HCl 20 mM pH 7,5, EDTA 1 mM, NaCl 100 mM e igual volume de<br />

etanol absoluto. Após centrifugação por 1 minuto a 5.000 rpm, o ‘pellet’ foi secado a vácuo<br />

(Speed Vaccum Eppendorf Concentrator 5301) e o RNA ressuspendido em 400 μL de água Milli-<br />

Q tratada com <strong>DE</strong>PC, seguido de incubação por 5 minutos a 55 °C e centrifugação por 5 minutos<br />

a 13.000 rpm. O sobrenadante (300 μL) foi transferido para um novo tubo e armazenado a -20°C.<br />

5.10.2. Transcrição reversa e reação de polimerização em cadeia (RT-PCR)<br />

Para a amplificação parcial da região da capa protéica de tospovirus, os<br />

oligonucleotídeos foram testados em RT-PCR em uma só etapa, utilizando-se o Kit PCR Master<br />

Mix (Gotaq).<br />

Para um volume de 50 μl adicionou-se 5 μL de Buffer Green Gotaq, 100<br />

μM de cada oligonucleotídeo, 1 unidade da transcriptase reversa AMV (Avian myeloblastosis<br />

virus, marca Promega a 15 unidades/μL), 2,5 μL de RNA e Nuclease Free Water para completar<br />

25


o volume de 50 μL . Para a detecção do TSWV utilizou-se o par de primer BR 60 e BR 65<br />

(conforme o Quadro2), o ciclo utilizado no termociclador (Mastercycler Gradient - Eppendorf)<br />

consistiu em 30 minutos a 42 °C para a etapa de transcrição reversa, seguido de 5 minutos à 95<br />

°C para desnaturação inicial e 40 ciclos de 95 °C de desnaturação por 1,30 minutos e finalizando<br />

com anelamento por 2 minutos a 48 °C.<br />

Quadro 2. Oligonucleotídeos utilizados para amplificação dos vírus nas análises de RT-PCR.<br />

Vírus Oligonucleotídeos Sequência Pares de<br />

Bases<br />

Referência<br />

BR 60 5’AGAGCAATCGTGTCA 3’ 871<br />

Tospovírus<br />

Eiras et al.,<br />

BR 65 5’ ATCAAGCCTTCTGAAAGTCAT 3’ 453 2001<br />

5.10.3. Análise do PCR em Gel de Agarose<br />

Foram retirados 7 μL da reação de RT-PCR ou PCR para análise em gel<br />

de agarose a 0,8% em tampão TBE (0,1 M de ácido bórico, 0,02 mM EDTA pH 8,3). Utilizou-se<br />

o marcador 1kb Ladder Invitrogen. O gel foi corado em uma solução de Gel Red (1,5 μL/ mL),<br />

por 30 minutos e assim, visualizado em transluminador.<br />

5.10.4. Purificação do Produto de PCR e sequenciamento do fragmento viral<br />

Os isolados amplificados com os primers BR60 e BR65 foram<br />

selecionados para sequenciamento, utilizou-se diretamente o produto de PCR purificado pelo Kit<br />

PCR Clean-up System (Promega). Estes foram quantificados utilizando-se o marcador de peso<br />

molecular Low DNA Mass Ladder e 1kb Ladder Plus, ambos da marca Invitrogen.<br />

Os produtos foram enviados para a plataforma de sequenciamento do Centro de Estudos<br />

de Genoma Humano da USP.<br />

As amostras sequenciadas foram analisadas pelo programa ‘NCBIBLAST’<br />

(http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi)” e a construção da árvore filogenética foi realizado no<br />

programa MEGA 4.0.<br />

26


5.11. Análise Estatística<br />

A análise estatística foi realizada previamente a verificação dos<br />

pressupostos da analise da variância verificando a normalidade dos dados e a homogeneidade das<br />

variâncias. Uma vez verificada a adequação dos dados à análise de variância (A<strong>NO</strong>VA), foi<br />

realizada segundo o modelo fatorial (2X4), para os tratamentos medidos uma única vez, ou seja,<br />

produção, peso médio, número de frutos, percentagem de números de frutos verdes durante a<br />

colheita, percentagem de frutos sem manchas e sem podridões. Para a análise da incidência da<br />

doença avaliada pela AACPD também foi utilizado esse modelo fatorial. Para esses caracteres o<br />

modelo usado foi fatorial no qual o primeiro fator era o pré-tratamento feito nas bandejas pela<br />

aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O), na metade das<br />

bandejas e a não aplicação nas demais. O segundo fator foram os tratamentos: 1)<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p. c. /100 L, 2) Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100 L, 3)<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100 L, 4) Procedimento convencional no qual foi aplicado o produto<br />

a base de Metamidófos 100ml p. c./100 L. Dessa forma o experimento teve oito tratamentos<br />

formados pelas combinações dos dois fatores e quatro repetições em blocos casualizados. A<br />

análise da variância foi realizada utilizando o aplicativo R e MINITAB, realizou-se o teste de<br />

Tukey, ao nível de 5% para verificar a significância.<br />

Os tratamentos avaliados em diversas épocas (7datas) o modelo usado foi<br />

fatorial (2X4), semelhante ao descrito acima, com épocas de colheita sendo consideradas parcelas<br />

subdivididas. Neste caso não se considerou parcela subdividida no tempo uma vez que as<br />

diferenças entre as épocas de colheita eram pequenas e nos intervalos foram realizadas aplicações<br />

dos produtos. Dessa forma foram calculados dois erros. O erro A para testar o pré- tratamento<br />

aplicado às bandejas, os tratamentos e suas interações, e o erro B para testar as épocas e suas<br />

interações com o pré-tratamento e os tratamentos. A análise da variância foi realizada de forma<br />

convencional considerando modelo fixo (STEEL & TORRIE, 1980). Após a A<strong>NO</strong>VA, para as<br />

fontes de variação onde o teste F indicou significância, realizou-se o teste de Tukey, ambos ao<br />

nível de 5%. Nos casos em que a interação foi significativa foi feito o desdobramento da<br />

interação e para as análises com datas fixas foi realizada a regressão polinomial sobre os dias.<br />

27


6. RESULTA<strong>DO</strong>S e DISCUSSÃO<br />

de tomate<br />

6.1. Efeitos da aplicação de indutores na produção e qualidade dos frutos<br />

O efeito da aplicação dos produtos na produção e na qualidade dos<br />

frutos de tomateiro produzidos no período de incidência do vira-cabeça foi diferente para os<br />

tratamentos nas condições desse experimento. Pode-se observar que a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento<br />

da semeadura induziu alterações no metabolismo e crescimento das mudas quando<br />

comparadas com as não tratadas (Figura 1) tendo sido o mesmo já observado em trabalhos<br />

desenvolvidos por Köhle et al.,2002.<br />

28


Mudas Tratadas<br />

Mudas Não<br />

Tratadas<br />

Mudas Não<br />

Tratadas<br />

Figura 1. Mudas de tomateiro cv. Saladinha Plus, tratadas e não tratadas com Piraclostrobina+Metiram (3 g/L<br />

H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O), na semeadura. A) Mudas na bandeja, antes do transplantio; B) Mudas em<br />

campo no momento do transplantio.<br />

Estudos têm provado que as estrobilurinas, além de atuarem diretamente<br />

sobre o patógeno, apresentam efeitos secundários altamente benéficos à planta, tais como: a<br />

redução da produção de etileno, o aumento da atividade da enzima nitrato-redutase, o atraso da<br />

senescência, maior resistência ao estresse hídrico e o aumento do teor de clorofila (TÖFOLI et<br />

al., 2003). As plantas possuem o efeito fisiológico chamado “greening” que, até mesmo na<br />

ausência do ataque de patógenos, as plantas tratadas com estrobirulinas ficam com um verde<br />

intenso e parecem mais saudáveis do que plantas não tratadas com o produto (KÖEHLE et al.,<br />

2002).<br />

Mudas Tratadas<br />

Com relação à produção total (Tabela 1) a A<strong>NO</strong>VA não indicou<br />

significância para o pré-tratamento, que foi a aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O)<br />

+ Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da semeadura (P= 0,071) e significância<br />

para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=<br />

B<br />

A<br />

29


2,24x10 -5 ). A interação entre pré e aplicação dos tratamentos apenas no campo não foram<br />

significativas (P=0,760). Pode-se observar que os tratamentos constituídos de<br />

Piraclostrobina+Metiram apresentaram uma maior produção quando comparados com os demais<br />

tratamentos. A aplicação de Bacillus subtilis não demonstrou efeitos benéficos sobre a produção<br />

total de frutos de tomateiro.<br />

Tabela 1. Média de Produção (g) de frutos de tomateiro cultivar Saladinha Plus, para os<br />

diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g<br />

p. c./100L<br />

13040,3 12043,4 12541,8<br />

AB<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g<br />

p. c./100L<br />

17431,6 14152,0 15792,3<br />

A<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100 L<br />

8417,9<br />

7479,2 7948,5<br />

C<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

10889,2 9423,4 10156,3<br />

BC<br />

Média geral<br />

12444,7 a 10774,7 a 11609,7<br />

CV% = 21,38<br />

DMS = 3474,2<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha, não diferem pelo teste de<br />

Tukey a 5%.<br />

Uma propriedade interessante da classe das estrobirulinas é o seu efeito<br />

sobre a fisiologia das plantas. A longa duração da ação da piraclostrobina, seu amplo espectro de<br />

ação e sua alta fungitoxicidade, são uma das principais características biológicas que permitem<br />

que o produto contribua para altos rendimentos (KOZLOWSKI et al., 2009).<br />

Köehle, (1997b), demonstra, que em parcelas onde foram pulverizadas<br />

produtos da classe das estrubirulinas, apresentara maior vigor e produção, quando comparadas<br />

com as não tratadas, o mesmo foi observado nesse ensaio.<br />

As estrobilurinas atuam na respiração mitocondrial bloqueando a<br />

transferência de elétrons pelo complexo citocrômico bc1, através da inibição da óxido-redutase<br />

de ubihidroquinona-citocromo c (GHINI; KIMATI, 2002), reduzindo o processo respiratório e<br />

30


loqueando a formação da síntese de ATP nas células do fungo e levando à sua morte<br />

(MACE<strong>DO</strong>, 2012).<br />

A estrobilurina causa pequena alteração no ponto de compensação de CO2<br />

das plantas. Alguns resultados indicam que um aumento transitório na rota alternativa da<br />

respiração (AOX) pode sobrepor à redução esperada da emissão de CO2 devido à inibição da<br />

respiração mitocondrial. Isso causa queda nos níveis celulares de ATP e aumento na<br />

concentração de prótons (H+) no citosol, resultando na ativação da nitrato redutase (KÖEHLE et<br />

al., 1994).<br />

A nitrato redutase catalisa a primeira base de absorção de nitrato do solo<br />

e, por isso, é considerada um aspecto relevante para o efeito do aumento na biomassa das plantas<br />

tratadas com estrobilurina, pois esse acréscimo requer grande assimilação de nitrogênio<br />

(KÖEHLE et al., 1994; KÖEHLE et al., 2002, VENANCIO et al., 2003 ).<br />

Com relação ao peso médio dos frutos de tomateiro, (Tabela 2) a<br />

A<strong>NO</strong>VA indicou significância para o pré-tratamento (P=0,034) e significância para os<br />

tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=4,79x10 -5 ). A<br />

interação entre pré e aplicação dos tratamentos apenas no campo não foram significativas<br />

(P=0,986).<br />

Tabela 2. Peso médio de frutos (g) tomateiro de 20 plantas da cultivar Saladinha<br />

Plus, para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p.<br />

c./100L<br />

64,9 60,6 62,8 B<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p.<br />

c./100L<br />

74,5 70,0 72,3 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100L<br />

57,9 53,3 55,6 B<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

59,1 52,8 56,0 B<br />

Média geral 64,1 a<br />

CV% = 9,88<br />

DMS = 8,53<br />

59,2 b<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha não diferem pelo teste<br />

de Tukey a 5%.<br />

31


Pode-se observar que os tratamentos constituídos de<br />

Piraclostrobina+Metiram principalmente a dose de 400g p. c./100L apresentam um maior peso de<br />

frutos quando comparados com os demais, indicando assim efeito benéfico desse produto sobre o<br />

peso dos frutos. Esse fungicida tem sido associado a um aumento no porte e no vigor, com<br />

consequente aumento da produção (COSTA et al., 2010), conforme demonstrou o experimento.<br />

Podemos verificar, que para o número de frutos de tomateiro (Tabela 3) a<br />

A<strong>NO</strong>VA não indicou significância para o pré-tratamento na bandeja (P=0,238) e significância<br />

para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=1,57x10 -<br />

4 ). A interação entre pré e aplicação dos tratamentos apenas no campo não foram significativas<br />

(P=0,635). De modo geral que os tratamentos constituídos de Piraclostrobina+Metiram<br />

principalmente na dose de 400g p. c./100L apresentam uma maior quantidade de número de<br />

frutos, o produto biológico (Bacillus subtilis) aplicado não mostrou efeitos positivos sobre o<br />

numero de frutos.<br />

Tabela 3. Número de frutos de tomateiro de 20 plantas da cultivar Saladinha Plus,<br />

para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p.<br />

c./100L<br />

199,5 197,0 198,3 AB<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p.<br />

c./100L<br />

235,0 201,3 218,1 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100L<br />

145,0 139,8 142,4 C<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

181,0 176,5 178,8 BC<br />

Média geral<br />

190,1 a 178,6 a 184,4<br />

CV% = 14,99<br />

DMS = 38,69<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha não diferem pelo teste e<br />

Tukey a 5%.<br />

32


Trabalhos realizados por Itako (2011) mostraram que a aplicação de<br />

piraclostrobina + metiram em tomateiro hibrido AP-529 diferiram dos outros tratamentos em<br />

massa e numero total de frutos, comprovando assim o efeito benéfico do produto, o mesmo foi<br />

observado nesse trabalho (Tabela 3).<br />

De acordo com Köehle et al. (2002), os fungicidas pertencentes ao grupo<br />

químico das estrobilurinas compreende uma variedade de compostos que protegem a planta com<br />

amplas atividades antifúngicas e possuem propriedades atuantes na fisiologia das plantas<br />

elevando a qualidade dos frutos e rendimento da colheita para o produtor.<br />

Os efeitos positivos dos produtos aplicados na cultura do tomateiro, no<br />

período de incidência do vira cabeça, podem ser melhor interpretados na figura 2. É nítido que os<br />

tratamentos que receberam aplicação de fungicidas pertencentes ao grupo das estrubirulinas<br />

(piraclostrobina+metiram) possuem uma maior tendência de frutos sadios, com peso e número<br />

em maior quantidade, além de uma maior produção. A aplicação do produto biológico (Bacillus<br />

subtilis) não apresentou efeitos benéficos sobre a produção e qualidade dos frutos de tomateiro.<br />

33


1 A<br />

1 B<br />

2 A 3 A<br />

2 B<br />

3 B 4 B<br />

Figura 2. A= Pré-tratamento - Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) no momento da<br />

semeadura; B= Sem pré tratamento. 1) Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L; 2) Piraclostrobina+Metiram<br />

400g p. c./100L; 3) Bacillus subtilis 400mL p. c./100L 4) Procedimento convencional (Metamidófos).<br />

4 A<br />

34


Quando analisamos o percentual de frutos sadios (Tabela 4) a A<strong>NO</strong>VA<br />

não indicou significância para o pré-tratamento na bandeja (P=0,515) e significância para os<br />

tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=8,90x10 -5 ), ou<br />

seja, existe diferença entre os produtos para o percentual de frutos sadios. A interação entre pré e<br />

aplicação dos tratamentos apenas no campo não foram significativas (P=0,366).<br />

É possível verificar uma melhora na qualidade dos frutos quando esses<br />

estão associados aos tratamentos constituídos de Piraclostrobina+Metiran, principalmente quando<br />

a dose 400g p. c./100L é aplicada, fato este que pode estar relacionado às propriedades<br />

fisiológicas da planta, melhorando a qualidade os frutos.<br />

Com relação ao percentual de frutos sadios (Tabela 4), o tratamento<br />

Bacillus subtilis, não trouxe efeitos positivos à produção e qualidade dos frutos, bem como no<br />

desenvolvimento da cultura do tomateiro implantada no período de incidência do vira-cabeça.<br />

Tabela 4. Percentual de frutos de tomate sem manchas e sem podridões da cultivar<br />

Saladinha Plus, para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p.<br />

c./100L<br />

62,5 68,8 65,7 AB<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p.<br />

c./100L<br />

75,5 76,0 75,8 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

51,8 46,9 49,3 C<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Média geral<br />

58,1<br />

61,98 a<br />

46,9<br />

59,63 a<br />

52,5<br />

60,80<br />

CV% = 16,45<br />

DMS = 14,01<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha não diferem pelo teste<br />

de Tukey a 5%.<br />

BC<br />

35


Töfoli et al. (2003) observou que nos tratamentos onde foram<br />

pulverizados fungicidas pertencentes ao grupo das estrobilurinas, houve uma tendência de<br />

maiores números de frutos sadios e maior produção comercial, o mesmo foi observado neste<br />

trabalho. Estudos têm provado que as estrobilurinas, além de atuarem diretamente sobre o<br />

patógeno, apresentam efeitos secundários altamente benéficos à planta, tais como: a redução da<br />

produção de etileno, aumento da atividade da enzima nitrato-redutase, o atraso da senescência,<br />

maior resistência ao estresse hídrico e o aumento do teor de clorofila (GROSSMANN;<br />

RETZLAFF, 1997; HABERMEYER et al., 1998).<br />

Para avaliar o percentual da maturação de frutos de tomateiro colhidos,<br />

(Tabela 5) a A<strong>NO</strong>VA não indicou significância para nenhuma variável, onde o pré-tratamento na<br />

bandeja (P=0,062), os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após<br />

transplantio (P=0,083). A interação entre pré e aplicação dos tratamentos apenas no campo não<br />

foram significativas (P=0,666).<br />

Tabela 5. Percentual de frutos de tomateiro verdes obtidos durante a colheita da<br />

cultivar Saladinha Plus, para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p.<br />

c./100L<br />

10,02 11,86 10,94 A<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p.<br />

c./100L<br />

9,86 14,71 12,28 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100L<br />

13,47 14,34 13,91 A<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

14,39 16,20 15,30 A<br />

Média geral<br />

11,94 a 14,28 a 13,11<br />

CV% = 25,64<br />

DMS = 4,70<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha não diferem pelo teste<br />

de Tukey a 5%.<br />

Apesar de não haver significância entre os tratamentos pode se observar<br />

na tabela 5 que os tratamentos constituídos de Piraclostrobina+Metiram apresentaram uma maior<br />

uniformidade de maturação, principalmente para aqueles que receberam aplicação no momento<br />

36


da semeadura. Isso sugere que a aplicação dos produtos na semeadura é benéfica não somente ao<br />

desenvolvimento da cultura, ajudando a planta a permanecer com folhas mais sadias, como<br />

também na melhoria e qualidade dos frutos de tomate. Essas qualidades benéficas foram<br />

observadas ao longo do desenvolvimento vegetativo à cultura, bem como no momento da<br />

colheita.<br />

Köehle et al. (1994) demonstram que a aplicação de produtos da classe<br />

das estrubirulinas altera os níveis de auxina, o autor sugere que isso ocorre pois há um aumento<br />

na produção de ácido indolil acético (IAA), o que estimula o alongamento e divisão celular, o<br />

desenvolvimento inicial das raízes, atraso da senescência das folhas e atraso do amadurecimento<br />

dos frutos.<br />

O fato dos tratamentos com Piraclostrobina+Metiram apresentarem uma<br />

menor quantidade de frutos verdes, ou seja, uma maior uniformidade de maturação pode ser<br />

devida ao tempo de aplicação do produto, uma vez que a ultima pulverização do produto foi aos<br />

65 <strong>DA</strong>T e a colheita realizada aos 80 <strong>DA</strong>T, o efeito do produto já estava em baixos níveis, dessa<br />

forma ocorre uma maior respiração das plantas, um aumento no nível de etileno, acelerando<br />

assim a maturação dos frutos.<br />

As estrobilurinas quando aplicadas sobre as plantas atuam na ativação da<br />

enzima NADH nitrato redutase, aumentando a assimilação de nitrato e sua posterior incorporação<br />

nas moléculas vitais da planta, como a clorofila, fazendo com que ocorra aumento na eficiência<br />

na assimilação de CO2, a elevação da taxa fotossintética e a redução da taxa respiratória. Outro<br />

efeito promissor é a redução na produção de etileno, que retarda a senescência das folhas,<br />

aumentando o período que a planta permanece com a fotossíntese ativa (VENÂNCIO et al.,<br />

2003; FAGAN, 2007).<br />

Araújo e Carvalho (2009) observaram que em ensaio conduzido com<br />

tomate cultivar Santa Clara, o tratamento com Bacillus subtilis influenciou o crescimento das<br />

plantas em variáveis como produção de biomassa da parte aérea, massa total de frutos e número<br />

de frutos maduros, quando comparado com a testemunha, o mesmo não foi observado neste<br />

trabalho.<br />

37


6.2. Incidência da doença e sua relação com os indutores<br />

Com relação ao efeito dos produtos nas dosagens usadas, visando sua<br />

ação sobre o vira cabeça do tomateiro, os dados da AACPD estão apresentados na Tabela 6. Os<br />

valores da AACPD para o tomate Saladinha Plus, avaliados nas diferentes doses de produtos<br />

aplicados, não diferiram do tratamento convencional com Metamidófos.<br />

Tabela 6. Área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) do vira cabeça<br />

do tomateiro, para a cultivar de tomate Saladinha Plus, tratada com fungicidas e<br />

biofungicidas. Avaliação da incidência da doença aos 30, 45 e 60 dias após<br />

transplantio.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g<br />

p. c./100L<br />

73,13 63,75 68,44 A<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g<br />

p. c./100L<br />

60,00 75,00 67,50 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p. 120,00 135,00 127,50 A<br />

c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Média geral<br />

116,25 153,75 135,00 A<br />

92,35 106,88<br />

99,61<br />

CV% = 58,54<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

Para a AACPD A<strong>NO</strong>VA não indicou significância para o pré-tratamento<br />

na bandeja (P=0,489) e significância para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos<br />

somente após o transplantio (P=0,045), ou seja, existe diferença entre os produtos e doses<br />

aplicadas para o controle da incidência da doença. A interação entre pré e aplicação dos<br />

tratamentos apenas no campo não foram significativas (P=0,884). A precisão experimental<br />

avaliada pelo coeficiente de variação (CV) foi de 58,54%, o alto valor encontrado foi devido<br />

principalmente, à presença de valores nulos obtidos nas primeiras avaliações, devido a esse<br />

motivo, o teste não conseguiu realizar diferença estatística entre os tratamentos. Porém pode-se<br />

38


observar na Tabela 6, que o tratamento com piraclostrobina + metiram 400g p. c./100L, foi o<br />

melhor tratamento, obtendo uma menor AACPD, seguido pelo tratamento onde foi pulverizado o<br />

mesmo produto, porém na dose de 200g p. c./100L. O mesmo foi observado ao longo do ciclo da<br />

cultura, onde as plantas que receberam pulverização de piraclostrobina + metiram, associada ao<br />

tratamento na bandeja no momento da semeadura, apresentavam sintomas leves ou quase<br />

ausentes, mas com a presença do vírus.<br />

Devido a não diferença estatística, para verificar o progresso da doença,<br />

realizou-se a análise de regressão linear. Porém para os tratamentos constituídos de<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L, Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, a análise<br />

não encontrou diferença significativa (P=0,0922, P=1,00 respectivamente), enquanto que para os<br />

tratamentos Bacillus subtilis 400mL p. c./100L e tratamento convencional com Metamidófos a<br />

regressão linear apresentou significância de P=0,00113 e P= 8,27x10 -10 ) (Figura 7).<br />

Podemos observar na figura 3 que o tratamento constituído de<br />

piraclostrobina+metiram 200g p. c./100L apresenta um pequeno crescimento da doença ao longo<br />

das avaliações, quando comparada com o tratamento onde foi pulverizado o mesmo produto,<br />

porém com uma dose maior de 400g p. c./100L, esse tratamento apresenta uma evolução<br />

constante da doença ao longo do tempo, ou seja, o numero de plantas doentes permanece até o<br />

fim do ciclo da cultura. Para o tratamento onde foi pulverizado o biofungicida Bacillus subtilis,<br />

ocorre um aumento da doença ao longo do período de avaliação, porém o tratamento que<br />

apresentou o maior número de plantas doente foi o tratamento convencional, onde foi pulverizado<br />

inseticida do grupo químico dos Metamidófos.<br />

39


CPIVC<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400 mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 3. Curvas de progresso de incidência do vira cabeça (CPIVC) do tomateiro, para a cultivar Saladinha Plus,<br />

avaliada aos 30, 45 e 60 dias após transplantio.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = 0,0207x + 1,3233 (R² = 0,8887);<br />

P+M 400g p. c./100L: y = 2,25 (R² = #N/A);<br />

Bacillus subtilis 400 mL p. c./100L: y = 0,0417x + 2,2483 (R² = 0,6786);<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = 0,0917x + 0,2517 (R² = 0,9087).<br />

As doses de Piraclostrobina+Metiran utilizadas neste trabalho são aquelas<br />

recomendadas para o controle da pinta preta (Alternaria solani) e requeima do tomateiro<br />

(Phytophthora infestans) (AGROFIT, 2013), respectivamente, como não há produtos registrados<br />

para doenças virais, o uso desses produtos mostraram-se promissores no controle do vira cabeça<br />

do tomateiro, nas condições em que os ensaios foram conduzidos. A utilização do biofungicida a<br />

base de Bacillus subtilis neste trabalho mostrou resultado satisfatório apenas quando comparado<br />

ao tratamento convencional com Metamidófos utilizado.<br />

Conforme a tabela 6, podemos observar que as plantas que receberam o<br />

pré-tratamento na bandeja e posteriormente a aplicação dos tratamentos no campo, apresentam<br />

uma redução da incidência da doença quando comparado com os tratamentos apenas no campo,<br />

40


isso indica efeito benéfico da aplicação desse produto sobre a diminuição da incidência do vira-<br />

cabeça, bem como a possível verificação dos mecanismos de indução de resistência.<br />

Herms et al. (2002) demonstraram a capacidade de um tipo de fungicida<br />

da família F500 (Piraclostrobina) de induzir resistência ao Tobacco mosaic virus (TMV) e<br />

Pseudomonas syringae pv tabaci em plantas de fumo (Nicotiana tabacum cv Xanthi nc.), bem<br />

como verificou a diminuição da incidência das doenças.<br />

Vigo-Schultz (2008) demonstrou que em ensaios realizados em casa de<br />

vegetação, com a finalidade de avaliar o controle do crestamento bacteriano, foi observado<br />

redução na AACPD, após a pulverização de Piraclostrobina, bem como verificou o efeito desse<br />

produto nos mecanismos de indução de resistência.<br />

Itako (2011) mostrou em seus experimentos que a aplicação de<br />

piraclostrobina+metiram, em tomate hibrido AP-529 e cultivar Santa Clara, reduziu a incidência<br />

de Xanthomonas perforans, bem como verificou que a utilização desse produto está envolvida na<br />

ativação de proteínas relacionadas à patogênese em tomateiro.<br />

de tomateiro<br />

6.3.1. Atividade de Peroxidase<br />

6.3. Ativação de enzimas relacionadas à indução de resistência em plantas<br />

Com relação à peroxidase (Tabela 7) e a polifenoloxidase (Tabela 8)<br />

obtidas em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, pôde-se verificar aumento na atividade<br />

enzimática de ambas enzimas, assim como no teor de proteína total solúvel ( Tabela 9),<br />

principalmente nos tratamentos constituídos de Piraclostrobina+Metiram. A atividade de enzimas<br />

oxidativas como peroxidases e polifenoloxidases tem sido bastante estudada em plantas como<br />

parte dos mecanismos de defesas induzidas, ou em condições e estresse (SÁNCHEZ et al., 2000;<br />

<strong>NO</strong>JOSA et al., 2003).<br />

41


O aumento significativo da atividade enzimática pode estar relacionado<br />

com a incidência da doença, verificado pelo menor valor de CPIVC (Curva de progresso de<br />

incidência do vira cabeça), apesar do teste de Tukey não apresentar diferença estatística, é nítido<br />

que o tratamento constituído de Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, apresentou um menor<br />

crescimento da doença quando comparado com os outros tratamentos (Tabela 6 e Figura 3).<br />

Para atividade enzimática da peroxidase (μmol H2O2 decomposto min -1 g -<br />

1 MF) a A<strong>NO</strong>VA indicou significância para o pré-tratamento que foi a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

semeadura (P=6,2X10 -12 ) e para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente<br />

após transplantio (P=4,61X10 -14 ) e para a interação (P=4,38x10 -6 ). Uma vez que a interação entre<br />

pré-tratamento e tratamento realizado somente após transplantio foi significativa, o estudo foi<br />

feito utilizando uma tabela de dupla entrada. Optou-se pelo uso do teste de Tukey comparando as<br />

oito combinações dos tratamentos conforme pode ser observado na tabela 7.<br />

Na tabela 7 podemos observar que a combinação<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L com o pré-tratamento realizado no momento da<br />

semeadura apresentou maior atividade da enzima. As causas das interações possivelmente podem<br />

ser devido pelos resultados das combinações sem tratamento realizado nas bandejas no momento<br />

da semeadura que não foram consistentes com os resultados das combinações dos tratamentos<br />

com a aplicação na semeadura. Pode se notar que sem o pré-tratamento realizado, não foram<br />

observadas diferenças significativas entre Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L e 400g p.<br />

c./100L, assim como não foram observadas diferenças entre a bactéria Bacillus subtilis e o<br />

tratamento convencional com Metamidófos. Já nos tratamentos onde foram aplicados<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

semeadura essas diferenças foram significativas. A melhor cominação Piraclostrobina+Metiram<br />

foi à dose de 400g p. c./100L com o pré-tratamento, o que esta de acordo com os resultados<br />

gerais.<br />

42


Tabela 7. Médias da atividade de Peroxidase (μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF), em folhas<br />

de tomate, cultivar Saladinha Plus, para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos<br />

Com prétratamento<br />

Sem prétratamento<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

200g p. c./100L<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

0,28 b 0,24c c 0,26 B<br />

400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

0,31 a 0,26c c 0,28 A<br />

c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

0,27 bc 0,19d d 0,23 C<br />

(Metamidófos) 0,21 d 0,19d d 0,20 D<br />

Média geral<br />

0,26 A 0,22B B 0,24<br />

CV% a= 9,28<br />

CV% b= 8,99<br />

DMS = 0,020<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguida de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas no interior da tabela não diferem pelo teste de<br />

Tukey a 5%.<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na ultima linha não diferem significativamente pelo teste F a 5%.<br />

Uma vez que após cada aplicação dos tratamentos, foram feitas duas<br />

coletas de material vegetal, separadas pelo intervalo de 5 dias e foi realizada uma análise<br />

comparando os valores dos dias das coletas imediatamente após a aplicação dos tratamentos e os<br />

dias referentes às segundas coletas. Para essa análise, utilizou-se a técnica de contrastes<br />

considerando a diferença das médias dos dias (primeira e segunda coleta). O teste F não indicou<br />

significância para esta diferença (P=0,2865), sugerindo que não existe diferença entre as coletas<br />

realizadas no quinto e no décimo dia após aplicação do produto para esta enzima e que o<br />

comportamento da peroxidase apresenta níveis crescentes, conforme pode ser visto na figura 4.<br />

A atividade enzimática da peroxidase nas folhas de tomateiro da cultivar<br />

Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do período de avaliação. A análise de regressão<br />

mostrou significância para a regressão de terceiro grau, (P= 7,8x10 -42 ). Pode-se observar que<br />

ocorre um crescimento da atividade da enzima até os 60 dias após transplantio, essa data se refere<br />

ao décimo dia após a aplicação do produto, ou seja, segunda coleta, depois desse período ocorre<br />

um decréscimo da atividade da enzima. Foi possível observar que após esse período ocorreu uma<br />

43


melhora na qualidade das plantas, principalmente nos tratamentos constituídos de<br />

piraclostrobina+metiram, isso sugere que a peroxidase foi um indicador antecipado da qualidade<br />

das plantas de tomateiros.<br />

∆ abs 505nm μmol H 2O 2 decomposto min -1 g -1 MF<br />

0,4<br />

0,35<br />

0,3<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Figura 4. Atividade enzimática de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF) em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do tempo.<br />

Equação Polinomial. y = -0,0004x 3 + 0,0579x 2 - 2,5093x + 37,15 (R² = 0,9267)<br />

Dias<br />

Como foi observada interação entre pré-tratamento realizado nas bandejas<br />

e dias de coleta, a analise foi desdobrada fazendo-se o estudo da regressão sobre dias nas parcelas<br />

que receberam o pré-tratamento e nas parcelas que não receberam. Nas parcelas que receberam o<br />

pré-tratamento o teste F indicou significância para a regressão de terceiro grau (P=1,39x10 -31 )<br />

(Figura 5). Também foi observada interação entre os dias de coleta e a aplicação dos tratamentos<br />

somente em campo, onde o estudo da regressão foi realizado e o teste F indicou significância para<br />

a regressão de terceiro grau (P=5,01x10 -24 ). Ocorre um acréscimo da atividade das enzimas tanto<br />

para os tratamentos que receberam aplicação do produto Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) +<br />

44


Boscalida (0,3 g/L H2O) no momento da semeadura quanto para os que não receberam, porém<br />

apresentaram um padrão ligeiramente diferente, mas com curvas de terceiro grau com picos<br />

praticamente nos mesmos dias. Isso pode ser melhor observado na figura 5.<br />

∆ abs 505nm μmol H 2O 2 decomposto min -1 g -1 MF<br />

0,45<br />

0,4<br />

0,35<br />

0,3<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

Com trat. semeadura<br />

Sem trat. semeadura<br />

Figura 5. Comportamento enzimático da atividade de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF)<br />

em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida(0,3 g/L H2O) no momento da semeadura e para os tratamentos<br />

que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio.<br />

Dias com pré tratamento na semeadura: y = -0,0002x 3 + 0,0317x 2 - 1,3638x + 20,06 (R²= 0,9457);<br />

Dias sem pré tratamento na semeadura: y = -0,0002x 3 + 0,0262x 2 - 1,1455x + 17,09 (R² = 0,9003).<br />

Como foi verificada interação entre dias de coleta após aplicação dos<br />

produtos, com o tratamento aplicado somente após transplantio, foi realizado um estudo de<br />

regressão para verificar o comportamento da enzima em cada tratamento (Figura 6). Nos quatro<br />

casos observou-se alta significância para o polinômio de terceiro grau (P=7,86x10 -18 , P= 4,52x10 -<br />

25 , P= 4,66x10 -14 , P=1,13x10 -12 , para os tratamentos Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L,<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, Bacillus subtilis 400mL p. c./100L e tratamento<br />

convencional com Metamidófos, respectivamente).<br />

45


Observa-se na figura 6 que o comportamento das enzimas nos diferentes<br />

tratamentos foi similar, ocorrendo um acréscimo ao longo do tempo, com o pico de atividade aos<br />

60 dias após transplantio, porém os tratamentos que receberam aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram, apresentam pico maior quando comparado aos tratamentos com<br />

aplicação de Bacillus subtilis e Metamidófos.<br />

∆ abs 505nm μmol H 2O 2 decomposto min -1 g -1 MF<br />

0,5<br />

0,45<br />

0,4<br />

0,35<br />

0,3<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100 L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 6. Atividade de peroxidase (∆ abs 505nm μmol H2O2 decomposto min -1 g -1 MF) em folhas de tomateiro,<br />

cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = -1E-04x 3 + 0,0146x 2 - 0,6175x + 8,931 (R² = 0,9588);<br />

P+M 400g p. c./100L: y = -0,0001x 3 + 0,0188x 2 - 0,8151x + 11,916 (R² = 0,8712);<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L: y = -8E-05x 3 + 0,0125x 2 - 0,5327x + 7,8197 (R² = 0,9381);<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = -8E-05x 3 + 0,012x 2 - 0,5441x + 8,4841 (R² = 0,9026 ).<br />

Os mecanismos de defesa das plantas contra fitopatógenos envolvem<br />

alterações metabólicas que estão correlacionadas com mudanças na atividade de enzimas-chaves<br />

nos metabolismos primário e secundário (ARAÚJO; MENEZES, 2009). Neste contexto o grupo<br />

de peroxidases representa um papel importante na defesa das plantas. Mudanças na atividade<br />

desta enzima têm sido frequentemente correlacionadas a resposta de resistência ou suscetibilidade<br />

em diferentes patossistemas (VIECELLI et al., 2010). Em nossa pesquisa, notamos que as plantas<br />

46


tratadas com Piraclostrobina+Metiram, principalmente na dose 400g p. c./100L e associadas ao<br />

tratamento na semeadura apresentaram maior atividade de peroxidase, este mesmo tratamento foi<br />

o que demonstrou uma melhora na produção e qualidade dos frutos de tomate. Assim,<br />

provavelmente, essa enzima pode ser tomada como indicador bioquímico do uso de produtos que<br />

causam efeitos fisiológicos positivos em plantas de tomate com vira cabeça, incitando o seu<br />

possível envolvimento nos mecanismo de indução de resistência.<br />

As peroxidases são responsáveis pela remoção de átomos de hidrogênio<br />

dos grupos álcoois hidroxicinâmicos, cujos radicais se polimerizam para formar a lignina. Esse<br />

polímero, juntamente com celulose e outros polissacarídeos que ocorrem na parede celular das<br />

plantas superiores, funciona como uma barreira física à penetração do patógeno. Além disso, esta<br />

enzima também participa da biossíntese do etileno, e na oxidação de ácido indol acético (AIA) e<br />

de compostos fenólicos (CAVALCANTI et al., 2005). Sobre isto, diversos trabalhos têm<br />

mostrado o envolvimento das peroxidases nos mecanismos de defesa das plantas, que pode ser<br />

comprovado nesta pesquisa em resposta a aplicação de piraclostrobina+metiram, produto que se<br />

mostrou mais eficiente para o controle do vira-cabeça.<br />

Trabalhos com piraclostrobina na defesa de plantas contra alguns<br />

fitopatógenos tem sido relatados por Hermes et al. (2002), na qual demonstraram que<br />

piraclostrobina aumentou a resistência de fumo contra a infecção causada pelo vírus do mosaico<br />

do fumo (TMV) e por Pseudomonas syringae pv. tabaci. Houve acumulo de acido salicílico nos<br />

tecidos das plantas tratadas e de PR-1 proteínas, indicando que piraclostrobina age ativando<br />

mecanismos de defesas nas plantas, alem da ação fungicida. Estes resultados foram semelhantes<br />

aos encontrados neste estudo e assim, podemos afirmar que a peroxidase foi uma forma de<br />

verificar antecipadamente os resultados promovidos pelo produto.<br />

Outros estudos também mostram aumento da atividade de algumas<br />

enzimas em resposta a aplicação da produtos para diminuir ou aumentar a resistência.<br />

Vigo-Schultz, (2008) verificou que sob efeito de acibenzolar-S-metil e<br />

piraclostrobina, as plantas de feijão vagem, cultivar Bragança, mostraram maiores atividades da<br />

polifenoloxidase e peroxidase e maior teor de proteínas solúveis totais, sugerindo seu<br />

envolvimento nos mecanismos de indução de resistência ao crestamento bacteriano comum,<br />

semelhante aos resultados aqui observados para tomateiro, sendo um indicativo que estes<br />

produtos, principalmente a piraclostrobina podem induzir mecanismos bioquímicos de<br />

47


esistência. Em folhas de tomateiro hibrido AP529, maior atividade dessas enzimas (PFO e<br />

POD), além da β-1,3 glucanase também foram relacionadas com a redução da severidade da<br />

doença, verificadas pelo menor valor da AACPD, principalmente quando tratadas com<br />

acibenzolar -S-metil, piraclostrobina e piraclostrobina + metiran (ITAKO et al., 2012).<br />

Como potenciais agentes indutores bióticos, têm sido avaliadas as<br />

rizobactérias promotoras do crescimento de plantas que habitam o solo e com frequência são<br />

isoladas da rizosfera de diversas plantas cultivadas. Dentre os mecanismos de ação das<br />

rizobactérias no solo a competição por nutrientes, antibiose, produção de enzimas extracelulares e<br />

indução de resistência são os mais citados para explicar o controle de patógenos de solo, como<br />

também de doenças foliares contra fitopatógenos de tomate (ARAUJO; MENEZES, 2009).<br />

Apesar de neste trabalho, a aplicação do biofungicida Bacillus subtilis,<br />

não ter demonstrado efeitos benéficos à cultura do tomateiro, cultivar Saladinha Plus, o controle<br />

biológico relacionado à indução de resistência já foi comprovado com rizobactérias (VAN LONN<br />

et al., 1998) e também já foi verificada indução de resistência em tomate proporcionado por<br />

bactérias residentes no filoplano (HALFELD-VIEIRA et al., 2006).<br />

Em relação a peroxidase e controle biológico, Araújo e Menezes, (2009),<br />

inocularam plantas de tomateiro com Bacillus subtilis, no solo, esta aplicação resultou em<br />

maiores concentrações de peroxidase em seus tecidos quando comparada com o controle ou<br />

plantas pulverizadas com B. subtilis na parte aérea. O mesmo aconteceu nesse experimento,<br />

quando as plantas de tomateiro foram pulverizadas com B. subtilis na parte aérea, ocorreu menor<br />

atividade de peroxidase em relação aos tratamentos com Piraclostrobina + Metiram.<br />

6.3.2. Atividade de Polifenoloxidase<br />

Para a atividade da polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado.<br />

min -1 .g -1 MF) a A<strong>NO</strong>VA indicou significância para o pré-tratamento que foi a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

semeadura (P=1,69x10 -5 ) e para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente<br />

48


após transplantio (P=5,49x10 -8 ). A interação entre pré-tratamento e tratamentos aplicados<br />

somente após transplantio não foi significativa (P=0,5937) (Tabela 8).<br />

O valor médio para o pré-tratamento que foi a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

semeadura foi de 0,1597 μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF, significativamente superior ao<br />

valor médio dos tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio,<br />

igual a 0,1477 μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF.<br />

Isso ocorreu porque possivelmente, o boscalida complementou a ação das<br />

estrobilurinas, seja aplicado alternadamente, seja aplicado em conjunto. E, assim como as<br />

estrobilurinas, é um fungicida sistêmico que funciona preventivamente inibindo a germinação de<br />

esporos, e possui pouco efeito curativo. Além disso, visivelmente, ele possui os mesmos efeitos<br />

fisiológicos das estrobilurinas (VENTURE, 2006), causando possíveis alterações no metabolismo<br />

e crescimento (KÖHLE et al., 1994), o mesmo foi observado neste experimento.<br />

Tabela 8. Atividade enzimática de Polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -<br />

1<br />

MF) em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação<br />

dos produtos somente após transplantio.<br />

Tratamentos Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L<br />

0,16 B<br />

0,17 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L 0,15 C<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

0,14 C<br />

Média geral 0,15<br />

CV% a= 10,54<br />

CV% b= 10,79<br />

DMS = 0,0085<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

Após cada aplicação foram feitas duas coletas de material vegetal,<br />

separadas pelo intervalo de 5dias e foi realizada uma análise comparando os valores dos dias das<br />

49


coletas imediatamente após a aplicação dos tratamentos e os dias referentes às segundas coletas.<br />

Para essa analise utilizou-se a técnica de contrastes considerando a diferença das médias dos dias<br />

(primeiro e segunda coleta). O teste F indicou significância para esta diferença (P=1,42x10 -15 ),<br />

sugerindo que existe diferença entre as coletas realizadas no quinto e no décimo dia após<br />

aplicação do produto e que o comportamento desta enzima apresenta picos de crescimento aos 45<br />

e 60 dias após transplantio, depois desse período ocorre um decréscimo da atividade da enzima,<br />

conforme pode ser visto na Figura 7.<br />

O gráfico apresentado na figura 7 mostra o nível médio da atividade da<br />

polifenoloxidase observado nas folhas de tomateiro da cultivar Saladinha Plus, nas diferentes<br />

coletas ao longo do período de avaliação. A análise de regressão mostrou significância para a<br />

regressão de segundo grau, (P=5,53x10 -23 ).<br />

∆ abs 395nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Figura 7. Atividade enzimática de polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF) em folhas de<br />

tomateiro, cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do tempo.<br />

Equação Polinomial. y = -7E-05x 2 + 0,0077x - 0,054 (R² = 0,3645)<br />

Dias<br />

50


Desde que houve interação entre pré-tratamento realizado nas bandejas e<br />

dias de coleta, a analise foi desdobrada fazendo-se o estudo da regressão sobre dias nas parcelas<br />

que receberam o pré-tratamento e nas parcelas que não receberam. Nas parcelas que receberam o<br />

pré-tratamento o teste F indicou significância para a regressão de segundo grau (P=1,96x10 -20 )<br />

(Figura 8). Também verificou - se interação entre os dias de coleta e a aplicação dos tratamentos<br />

somente em campo, onde o estudo da regressão foi realizado e o teste F indicou significância para<br />

a regressão de segundo grau (P=2,87x10 -8 ), isso pode ser melhor observado na figura 8. Ocorre<br />

um acréscimo da atividade das enzimas para todos os tratamentos que receberam aplicação do<br />

produto no momento da semeadura quando comparado aos que não receberam isso pode ser<br />

melhor observado na figura 8.<br />

∆ abs 395nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

Dias com trat. semeadura<br />

Dias sem trat. semeadura<br />

Figura 8. Comportamento enzimático da atividade de polifenoloxidase (∆ abs 395 nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1<br />

MF) em folhas de tomateiro, cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) no momento da semeadura e para os tratamentos<br />

que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio.<br />

Dias com pré tratamento na semeadura: y = -9E-05x 2 + 0,0097x - 0,0935 (R² = 0,4628);<br />

Dias sem pré tratamento na semeadura: y = -5E-05x 2 + 0,0057x - 0,0146 (R² = 0,2885).<br />

51


Como se verificou interação entre dias de coleta após aplicação dos<br />

produtos, com o tratamento aplicado somente após transplantio, foi realizado um estudo de<br />

regressão para verificar o comportamento da enzima em cada tratamento (Figura 9).<br />

Para o tratamento com Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L, Bacillus<br />

subtilis 400mL p. c./100L e tratamento convencional com Metamidófos, foi observada<br />

significância de segundo grau P=1,15x10 - 7, P=3,92x1 -11 ,P=3,29x10 -9 respectivamente. Para o<br />

tratamento com Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, a regressão polinomial apresentou<br />

significativa para terceiro grau com P=0,0374.<br />

∆ abs 395nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 9. Atividade de Polifenoloxidase (∆ abs 395nm μmol catecol oxidado. min -1 .g -1 MF) em folhas de tomateiro,<br />

cultivar Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = -6E-05x 2 + 0,0075x - 0,0486 (R² = 0,3791);<br />

P+M 400g p. c./100L: y = -2E-06x 3 + 0,0003x 2 - 0,0091x + 0,2217 (R² = 0,4099);<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L: y = -8E-05x 2 + 0,009x - 0,0847 (R² = 0,4029);<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = -7E-05x 2 + 0,0078x - 0,0584 (R² = 0,3246).<br />

Observa-se na Figura 9 que o comportamento das enzimas apresentam se<br />

similares para quase todos os tratamentos, ocorrendo picos de acréscimo aos 45 <strong>DA</strong>T, com queda<br />

brusca aos 55 <strong>DA</strong>T e novamente um pico de atividade aos 60 <strong>DA</strong>T, porém para o tratamento<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, apresentam um comportamento ligeiramente diferente,<br />

52


onde aos 70 <strong>DA</strong>T ocorre um aumento do pico da atividade da enzima, quando comparada com os<br />

outros tratamentos. Neste tratamento também podemos observar maior atividade da enzima, que<br />

coincidentemente, foi o tratamento onde pode ser observado uma maior produção e um melhor<br />

aspecto da qualidade dos frutos.<br />

Outros estudos também correlacionam maior atividade de PFO com a<br />

capacidade de maior resistência ao ataque de patógenos. Orober et al. (1999) e Agrios (2005)<br />

constataram que geralmente ocorre maior atividade da polifenoloxidase nos tecidos infectados de<br />

cultivares resistentes do que em tecidos infectados de cultivares suscetíveis ou em plantas sadias.<br />

A importância da atividade da polifenoloxidase na resistência a doenças deve-se, provavelmente,<br />

à sua propriedade em oxidar compostos fenólicos para quinonas, os quais são muito mais tóxicos<br />

aos microrganismos do que o fenol original, e à sua ação protetora no local do ferimento. Por esta<br />

razão, admite-se que um aumento na atividade da polifenoloxidase resulta em altas concentrações<br />

de produtos tóxicos de oxidação e, portanto, maior grau de resistência à infecção (AGRIOS,<br />

2005; ZHENG-CUIMING et al., 1999).<br />

As polifenoloxidases oxidam um amplo grupo de fenóis sem a<br />

necessidade de H2O2, contudo peroxidases catalisam reações de oxidação utilizando o H2O2 como<br />

aceptor de elétrons, e atuam em vários processos metabólicos como: biossíntese de etileno,<br />

descarboxilação do ácido indol acético, lignificação da parede celular e respostas de estresse em<br />

geral (SIEGEL, 1993). No caso das polifenoloxidases, a atividade pode ser acrescida ou inibida<br />

em algumas plantas por estresses como injúrias, “chilling”, toxicidade de nitrogênio e ataque de<br />

patógenos (VAUGHN; DUKE, 1984; SÁNCHEZ et al., 2000, <strong>NO</strong>JOSA et al., 2003), na maioria<br />

das vezes a PPO é elevada em tecidos infectados e tem grande importância para as plantas, com<br />

envolvimento nos mecanismos de defesa ou na senescência (AGRIOS, 2005).<br />

6.3.3. Proteína Total Solúvel<br />

Para o teor de proteína total solúvel (μg prot. g -1 MF), (Tabela 9) a<br />

A<strong>NO</strong>VA não indicou significância para o pré-tratamento (P= 0,0612) que foi a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

53


semeadura e significância para tratamentos aplicados somente após transplantio (P=7,23x10 -6 ),<br />

ou seja existe diferença entre os tratamentos aplicados no campo. A interação entre pré-<br />

tratamento e tratamentos aplicados somente após transplantio não significativa (P=0,2601).<br />

O valor médio para o pré-tratamento que foi a aplicação de<br />

Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da<br />

semeadura foi de 1,6422 μg prot.g -1 MF, significativamente superior ao valor médio dos<br />

tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio, igual a 1,5227 μg<br />

prot. g -1 MF.<br />

Tabela 9. Teor de Proteína Total Solúvel (μg prot. g -1 MF), em folhas de tomate, cultivar<br />

Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após<br />

transplantio.<br />

Tratamentos Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L 1,74 A<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L 1,85 A<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L 1,36 B<br />

Tratamento convencional (Tamaron) 1,38 B<br />

Média geral 1,58<br />

CV%a= 28,57<br />

CV%b= 30,46<br />

DMS = 0,23<br />

Médias seguidas de letras maiúscula iguais na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

Após cada aplicação foram feitas duas coletas de material vegetal,<br />

separadas pelo intervalo de 5dias e foi realizada uma análise comparando os valores dos dias das<br />

coletas imediatamente após a aplicação dos tratamentos e os dias referentes às segundas coletas.<br />

Para essa analise utilizou-se a técnica de contrastes considerando a diferença das médias dos dias<br />

(primeiro e segunda coleta). O teste F indicou significância para esta diferença (P=0,0190),<br />

sugerindo que existe diferença entre as coletas realizadas no quinto e no décimo dia após<br />

aplicação do produto, de modo geral o segundo dia apresentou níveis mais altos de proteína. O<br />

comportamento do teor de proteína solúvel apresenta uma queda, que é iniciada na primeira<br />

coleta e vai até os 60 <strong>DA</strong>T, onde a partir desta data ocorre um aumento do teor de proteína até o<br />

fim do ciclo da cultura.<br />

54


O gráfico apresentado na figura 10 mostra o nível médio de proteína total<br />

solúvel, observado nas plantas durante o período de avaliação. A análise de regressão mostrou<br />

significância para a regressão de terceiro grau, (P=0,00019).<br />

∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Figura 10. Teor de Proteína Total Solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em folhas de tomate, nas diferentes<br />

coletas ao longo do tempo.<br />

Equação Polinomial. y = -5E-05x 3 + 0,0095x 2 - 0,5317x + 10,673 (R² = 0,8062).<br />

Dias<br />

Como houve interação entre pré-tratamento realizado nas bandejas e dias<br />

de coleta, a analise foi desdobrada fazendo-se o estudo da regressão sobre dias nas parcelas que<br />

receberam o pré-tratamento e nas parcelas que não receberam. Nas parcelas que receberam o pré-<br />

tratamento o teste F indicou significância para a regressão de terceiro grau (P=9,70x10 -6 ) (Figura<br />

11). Para as parcelas que não receberam o pré-tratamento na semeadura o teste F indicou<br />

significância para a regressão de terceiro grau (P=0,02146), mostrando que os resultados nas<br />

parcelas que não receberam o tratamento na semeadura tiveram uma dinâmica de variação<br />

diferente dos que receberam o tratamento, conforme podemos ver na figura 11.<br />

55


∆ abs 595nm μg prot. g -1 MF<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

com pré tratamento<br />

sem pre tratamento<br />

Figura 11. Comportamento do teor de proteína total solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em folhas de tomate,<br />

cultivar Saladinha Plus, para os tratamentos que receberam aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) +<br />

Boscalida (0,3 g/L H2O) no momento da semeadura e para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos<br />

somente após transplantio.<br />

Dias com pré tratamento na semeadura: y = -9E-05x 3 + 0,0154x 2 - 0,8253x + 15,289 (R² = 0,8114);<br />

Dias sem pré tratamento na semeadura: y = -2E-05x 3 + 0,0037x 2 - 0,238x + 6,0569 (R² = 0,6647).<br />

Apesar de não ocorrer interação entre pré-tratamento e tratamentos<br />

aplicados somente após transplantio, é possível verificar na figura 12 o comportamento das<br />

proteínas solúveis nas folhas de tomateiro cultivar saladinha Plus, para os diferentes tratamentos.<br />

O comportamento do teor de proteína total solúvel (Figura 12) apresentou<br />

uma dinâmica de variação diferente para todos os tratamentos até os 60 <strong>DA</strong>T, a partir desta data<br />

há de notar que para todos os tratamentos ocorrem aumentos nos teores de proteínas solúveis,<br />

enquanto que o tratamento constituído de Piraclostrobina+Metiram na dosagem de 400g p.<br />

c./100L, apresenta teor mais elevado que os demais tratamentos.<br />

Entre as proteínas, há as relacionadas à patogênese (Proteínas-RP), as<br />

quais são induzidas nos tecidos vegetais em função da inoculação com<br />

patógenos/microrganismos, sistemicamente ou em parte destes, bem como pelo tratamento com<br />

agentes químicos (GUZZO, 2003).<br />

56


∆ abs 595nm μg prot. g -1 MF<br />

25,00<br />

20,00<br />

15,00<br />

10,00<br />

5,00<br />

0,00<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional (Metamidófos)<br />

Figura 12. Média do teor de proteína total solúvel (∆ abs 595 nm μg prot. g -1 MF), em folhas de tomateiro, cultivar<br />

Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional (Metamidófos)<br />

Na literatura são encontrados diversos trabalhos ressaltando o papel de<br />

proteínas e glicoproteínas nos mecanismos de resistência das plantas (LINTHORST, 1991;<br />

PASCHOLATI & LEITE, 1995; MORAES, 1998). O conteúdo de proteínas no tecido vegetal<br />

incitado com um patógeno ou tratado com eliciador indica a ativação dos mecanismos de defesa<br />

(STANGARLIN et al., 2000).<br />

Soares et al. (2004) mostraram diferença significativa no nível de<br />

proteínas totais solúveis em três cultivares de feijoeiro (Phaseolus vulgaris),com e sem<br />

pulverização de acibenzolar-S-methyl, sugerindo haver influência do indutor. Mesmo assim, os<br />

resultados não permitiram concluir se as alterações que ocorreram seriam relevantes no processo<br />

de resistência, pois, além das diferenças terem ocorrido somente no caule, onde os níveis de<br />

proteínas totais solúveis foram baixos se comparados à folha, também houve um aumento natural,<br />

com o tempo, dos níveis em todos os tratamentos.<br />

57


Kuhn (2007) verificou que a redução no teor de proteínas em plantas de<br />

feijão quando tratadas com Bacillus cereus, mostraram tendência contrária ao tratamento com<br />

acibenzolar-S-metil, demonstrando a especificidade na resposta fisiológica deste hospedeiro ao<br />

tratamento. O mesmo ocorreu neste trabalho, quando as plantas foram tratadas com Bacillus<br />

subtilis, ocorre uma redução no teor de proteínas quando comparadas com<br />

Piraclostrobina+Metiram.<br />

6.3.4. Poliaminas Livres<br />

As poliaminas são moléculas de baixo peso molecular encontradas em<br />

todos os organismos. As principais poliaminas encontradas nas plantas superiores são a<br />

putrescina (Put), a espermidina (Spd) e a espermina (Spm), ocorrendo na forma livre ou<br />

conjugada com ácidos fenólicos e moléculas de baixo peso molecular (BOUCHEREAU et al.,<br />

1999; KUZNETSOV et al., 2006).<br />

Para verificar o teor de putrescina (μg. g -1 . massa fresca), a A<strong>NO</strong>VA<br />

indicou significância para o pré-tratamento que foi a aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3<br />

g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da semeadura (P=2, 27x10 -28 ) e<br />

para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=7,30x10 -<br />

26 ), isso sugere que existe diferença entre a aplicação dos produtos no momento da semeadura e<br />

aplicação dos produtos somente após transplantio.Para a interação entre pré-tratamento na<br />

semeadura e tratamentos aplicados somente em campo o teste mostro-se altamente significativo<br />

(P=9,84x10 -21 ). Uma vez que a interação entre pré-tratamento e tratamento realizado somente<br />

após transplantio foi significativa, o estudo foi feito utilizando uma tabela das médias dos teores<br />

de Put. Optou-se pelo uso do teste de Tukey comparando as oito combinações dos tratamentos<br />

conforme pode ser observado na tabela 10.<br />

Na tabela 10 podemos observar que os tratamentos constituídos de<br />

Piraclostrobina + Metiram 400g p. c./100L e Bacillus subtilis 400mL p. c./100L, quando não<br />

associados ao tratamento na semeadura, apresentaram maior teor de putrescina, o mesmo seguiu<br />

as médias gerais, isso significa que para o teor de Put. a aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3<br />

58


g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da semeadura não ocasionou<br />

efeitos benéficos.<br />

Tabela 10. Putrescina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para<br />

os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos Com pré<br />

Sem pré<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

200g p. c./100L<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

tratamento<br />

tratamento<br />

0,86 Aa 0,89 Ba 0,88 B<br />

1,14 Ab 4,55 Aa 2,84 A<br />

1,11 Ab 4,11 Aa 2,61 A<br />

0,77 Ab 1,47 Ba 1,12 B<br />

Média Geral 0,97 b 2,76 a<br />

CV% = 34,02<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha, não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

Como se verificou interação entre dias de coleta após aplicação dos<br />

produtos, com o tratamento aplicado somente após transplantio, foi realizado um estudo de<br />

regressão para verificar o comportamento do teor de putrescina em cada tratamento (Figura 13).<br />

Para o tratamento Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L, não foi possível observar diferença<br />

significativa (P= 0,3347), já para os tratamentos, Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L,<br />

Bacillus subtilis 400 mL p. c./100L e tratamento convencional com Metamidófos, observou<br />

significância para o polinômio de segundo grau (P= 7,3389x10 -42 , P= 4,4647x10 -44 , P= 0,01360,<br />

respectivamente).<br />

O gráfico apresentado da figura 13 mostra o teor de putrescina, observado<br />

nas folhas de tomateiro da cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao longo do período de<br />

avaliação. A análise de regressão mostrou significância para a regressão de segundo grau. Pode-<br />

se observar que o teor dessa diamina permanece estável, até os 60 dias após o transplantio, após<br />

essa data ocorre uma aumento no teor dessa poliamina para todos os tratamentos, principalmente<br />

59


para o tratamento que recebeu a pulverização de Piraclostrobina +Metiram 400g p. c./100L e<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L.<br />

μg . g -1 . massa fresca<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 13. Comportamento dos teores de Putrescina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomateiro, cultivar<br />

Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = = 0,0005x 2 - 0,0471x + 1,861 (R² = 0,9997)<br />

P+M 400g p. c./100L: y = 0,0079x 2 - 0,6805x + 14,713 (R² = 0,972)<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L: y = 0,008x 2 - 0,694x + 14,851(R² = 0,9521)<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = 0,0012x 2 - 0,1157x + 3,416 (R² = 0,9800).<br />

Para verificar o teor de espermidina (μg. g -1 . massa fresca), a A<strong>NO</strong>VA<br />

indicou significância para o pré-tratamento que foi a aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3<br />

g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da semeadura (P=7,66x10 -6 ) e<br />

para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após transplantio (P=6,29x10 -<br />

15 ), isso sugere que existe diferença entre a aplicação dos produtos no momento da semeadura e<br />

aplicação dos produtos somente após transplantio.Para a interação entre pré-tratamento na<br />

semeadura e tratamentos aplicados somente em campo o teste mostro-se significativo<br />

(P=0,00940). A interação entre pré-tratamento realizado nas bandejas no momento da semeadura<br />

60


e tratamento realizado somente após transplantio foi significativa, por isso foi realizado um<br />

estudo utilizando uma tabela das médias dos teores de Spd. Optou-se pelo uso do teste de Tukey<br />

comparando as oito combinações dos tratamentos conforme pode ser observado na tabela 11.<br />

Tabela 11. Espermidina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus,<br />

para os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos Com pré<br />

Sem pré<br />

Médias<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

200g p. c./100L<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL<br />

p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

tratamento<br />

0,78<br />

tratamento<br />

Cb 1,01 Ba 0,89 C<br />

1,35 Ab 1,54 Aa 1,45 A<br />

1,10 Ba 1,09 Ba 1,09 B<br />

1,13 Bb 1,53 Aa 1,33 A<br />

Média Geral 1,09 b 1,29 a<br />

CV% = 20,13<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha, não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

Na tabela 11 podemos observar que os tratamentos constituídos de<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L e Tratamento convencional com Metamidófos, quando<br />

não associados ao tratamento na semeadura, apresentaram um melhor teor de espermidina, o<br />

mesmo seguiu as médias gerais.<br />

Como se verificou interação entre dias de coleta após aplicação dos<br />

produtos, com o tratamento aplicado somente após transplantio, foi realizado um estudo de<br />

regressão para verificar o comportamento do teor de espermidina em cada tratamento (Figura 14).<br />

Nos quatro casos observou-se significância para o polinômio de segundo grau (P=0,0275,<br />

P=0,0316, P=4,5589x10 -8 , P=2,0626x10 -10 ), para os tratamentos Piraclostrobina+Metiram 200g<br />

61


p. c./100L, Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, Bacillus subtilis 400mL p. c./100L e<br />

tratamento convencional com Metamidófos, respectivamente).<br />

μg . g -1 . massa fresca<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 14. Comportamento dos teores de Espermidina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomateiro, cultivar<br />

Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = 0,0004x 2 - 0,0558x + 2,542 (R² = 0,1997);<br />

P+M 400g p. c./100L: y = 0,0004x 2 - 0,0459x + 2,6085 (R² = 0,0163);<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L: y = 0,0011x 2 - 0,1314x + 4,5805 (R² = 0,3645);<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = 0,0013x 2 - 0,1603x + 5,6645 (R² = 0,3752).<br />

O gráfico apresentado da figura 14 mostra o comportamento do teor de<br />

espermidina, observado nas folhas de tomateiro da cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas<br />

ao longo do período de avaliação. A análise de regressão mostrou significância para a regressão<br />

de segundo grau. Pode-se observar que o teor dessa poliamina inicia-se alto aos 30 <strong>DA</strong>T, ocorre<br />

uma queda aos 45 dias, começa novamente para todos os tratamentos um aumento no teor dessa<br />

amina, onde ocorre um pico de teor máximo de espermidina aos 60 <strong>DA</strong>T, onde o tratamento<br />

Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L sobressai sobre os demais e novamente ocorre uma<br />

queda.<br />

62


Apesar das poliaminas compartilharem um precursor comum (S-adenosil<br />

metionina) com o etileno, a função metabólica deles são diferentes. Geralmente, as poliaminas<br />

aparecem em baixas concentrações em tecidos senescentes e altas em verdes, o contrário do que é<br />

geralmente observado para o etileno e peroxidases (LIMA, 1994). Isso pode ser observado neste<br />

trabalho, Figuras 14 e 15.<br />

Para verificar o teor de espermina (μg. g -1 . massa fresca), a A<strong>NO</strong>VA não<br />

indicou significância para o pré-tratamento que foi a aplicação de Piraclostrobina+Metiram (3<br />

g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O) nas bandejas no momento da semeadura (P=0,3465) e<br />

indicou significância para os tratamentos que receberam aplicação dos produtos somente após<br />

transplantio (P=6,50x10 -7 ), isso sugere que existe diferença somente entre os tratamentos<br />

aplicados em campo. Para a interação entre pré-tratamento na semeadura e tratamentos aplicados<br />

somente em campo o teste mostrou-se altamente significativo (P=1,50x10 -9 ). Uma vez que houve<br />

essa interação, foi realizado um estudo utilizando uma tabela das médias dos teores de Spm.<br />

Optou-se pelo uso do teste de Tukey comparando as oito combinações dos tratamentos conforme<br />

pode ser observado na tabela 12.<br />

Tabela 12. Espermina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomate, cultivar Saladinha Plus, para<br />

os diferentes tratamentos.<br />

Tratamentos Com pré Sem pré<br />

Médias<br />

tratamento tratamento<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

200g p. c./100L<br />

5,57 Bb 11,97 Ba 8,77 A<br />

Piraclostrobina+Metiram<br />

400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p.<br />

c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

5,08 Ba 4,85 Aa 4,96 B<br />

3,99 Ba 5,19 Ba 4,59 B<br />

9,77 Aa 4,50 Aa 7,13 A<br />

Média Geral 6,10 a 6,63 a<br />

CV% = 49,33<br />

Pré-tratamento: Piraclostrobina+Metiram (3 g/L H2O) + Boscalida (0,3 g/L H2O)<br />

Médias seguidas de letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas na linha, não diferem pelo teste de Tukey a 5%.<br />

63


Como se verificou interação entre dias de coleta após aplicação dos<br />

produtos, com o tratamento aplicado somente após transplantio, foi realizado um estudo de<br />

regressão para verificar o comportamento do teor de espermina em cada tratamento (Figura 15).<br />

Nos quatro casos observou-se significância para o polinômio de segundo grau (P=1,5286x10 -16 ,<br />

P=4,0888x10 -9 , P=0,0050, P=5,4648x10 -15 ), para os tratamentos Piraclostrobina+Metiram 200g<br />

p. c./100L, Piraclostrobina+Metiram 400g p. c./100L, Bacillus subtilis 400mL p. c./100L e<br />

tratamento convencional com Metamidófos, respectivamente).<br />

μg . g -1 . massa fresca<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

Dias<br />

P+M 200g p. c./100L<br />

P+M 400g p. c./100L<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L<br />

Tratamento convencional<br />

(Metamidófos)<br />

Figura 15. Comportamento dos teores de Espermina (μg. g -1 . massa fresca), em folhas de tomateiro, cultivar<br />

Saladinha Plus, ao longo dos dias de coletas, para os diferentes tratamentos.<br />

P+M = Piraclostrobina + Metiram.<br />

P+M 200g p. c./100L: y = 0,0248x 2 - 3,0356x + 92,775 (R² = 0,8072);<br />

P+M 400g p. c./100L: y = 0,016x 2 - 1,8832x + 55,228 (R² = 0,8928);<br />

Bacillus subtilis 400mL p. c./100L: y = 0,0071x 2 - 0,9143x + 31,09 (R² = 0,5759);<br />

Tratamento convencional (Metamidófos): y = 0,023x 2 - 2,8419x + 86,504 (R² = 0,865).<br />

64


O gráfico apresentado da figura 15 mostra o comportamento do teor de<br />

espermina, observado nas folhas de tomateiro da cultivar Saladinha Plus, nas diferentes coletas ao<br />

longo do período de avaliação. A análise de regressão mostrou significância para a regressão de<br />

segundo grau. Pode-se observar que o teor dessa poliamina inicia-se alto aos 30 <strong>DA</strong>T, ocorre uma<br />

queda aos 45 dias, após esse período ocorre novamente um leve crescimento do teor dessa<br />

amina para todos os tratamentos, onde ocorre um pequeno pico de crescimento aos 60 <strong>DA</strong>T,<br />

onde o tratamento Piraclostrobina+Metiram 200g p. c./100L sobressai sobre os demais e<br />

novamente ocorre uma queda.<br />

Os resultados desse trabalho são compatíveis com a opinião de Galston e<br />

Kaur-Sawhney (1990), que poliaminas de altos níveis são característicos de tecidos<br />

metabolicamente ativos, enquanto que os níveis baixos de poliamina são mais típicas de tecido<br />

vegetal quando o metabolismo desacelerou, por exemplo, folhas senescentes, isso pode ser<br />

melhor observado nas figuras 14 e 15.<br />

Acredita-se que as poliaminas têm função de retardar a senescência, elas<br />

geralmente são abundantes em órgãos jovens e declinam ao menor teor em órgãos senescentes<br />

(BOUCHEREAU et al., 1999), isso pode ser observado neste trabalho para todos os tratamentos<br />

(Figura 15).<br />

A concentração de Poliaminas (putrescina, espermidina e espermina)<br />

neste trabalho, apresentou maneira variável ao longo do desenvolvimento da cultura, de acordo<br />

com Khosroshahi et al. (2007), essa concentração pode ser regulada pela sua própria biossíntese,<br />

quebra, translocação e conjugação com diferentes compostos na planta.<br />

Nota-se que há uma provável correlação entre os teores de poliaminas e<br />

atividade de peroxidase neste trabalho. Outro ponto importante a ser analisado é o maior teor de<br />

putrescina e espermidina em folhas de tomate cultivar Saladinha Plus,quando tratados com<br />

piraclostrobina+metiram na dose 400g p. c./100L, este mesmo tratamento induziu os melhores<br />

resultados de produção e qualidade dos frutos de tomateiro, quando instalados no período de<br />

incidência da doença, isso sugere o seu possível envolvimento nos mecanismo de indução de<br />

resistência.<br />

Diversos estudos mostram alterações do metabolismo de poliaminas em<br />

plantas que expressam aumento de resistência. O tratamento das primeiras folhas de plântulas de<br />

cevada com metil jasmonato, levou a uma redução significativa na infecção de oídio nas folhas<br />

65


segundo (WALTERS et al., 2002). Esta proteção sistêmica contra o míldio foi acompanhado por<br />

aumento da ativação relacionado com a defesa, como fenilalanina amônia liase (PAL) e<br />

peroxidase, e também por um aumento significativo nos níveis de conjugados solúveis de<br />

putrescina e espermidina e atividade aumentada de enzimas biossintéticas e de Diamina Oxidases<br />

(WALTERS, 2003). Em nosso estudo, notamos maior teor de putrescina e espermidina em<br />

plantas tratadas com piraclostrobina+metiram na dose 400g p. c./100L, o qual pode ter<br />

promovido alterações nos níveis dessas moléculas, que podem contribuir para o aumento da<br />

resistência da planta ao vira cabeça do tomateiro. Além disso, essas aminas mostraram aumento,<br />

assim como as peroxidases, em resposta a esse tratamento, o que pode levar a afirmar que essas<br />

moléculas também podem ser utilizadas como marcadoras da indução de resistência.<br />

Apesar do contínuo interesse no metabolismo de poliaminas em plantas<br />

expostas a estresse abiótico (BOUCHEREAU et al., 1999), ou patogênico, existe pouca<br />

informação sobre o metabolismo de poliaminas nas interações compatíveis entre plantas e<br />

patógenos (WALTERS., 2003).<br />

6.4. Análises moleculares<br />

Visando a identificação da espécie de Tospovírus ocorrendo na área<br />

experimental, das 19 amostras coletadas provenientes da área experimental, apenas seis<br />

mostraram-se positivas para amplificação parcial da região codificadora para a proteína capsidial<br />

vírus (fragmento de aproximadamente 453bp), tendo sido quatro amostras escolhidas, cada uma<br />

referente a um bloco (B) experimental, (Figura 16).<br />

66


Figura 16. Padrão eletroforético em gel de agarose 0,8% com reações de RT-PCR, com amostras positivas de<br />

Tospovirus, utilizando os primers BR60 e BR65. (M) Marcador 1 Kb Ladder (invintrogen),(-) controle negativo, (+)<br />

controle positivo e (BI, BII, BIII, BIV) amostras selecionadas.<br />

As quatro amostras positivas, foram detectadas a partir de RT-PCR<br />

amplificados com os oligonucleotídeos BR60 e BR65. Estes pares de oligonucleotídeos anelam<br />

no S RNA no gene que codifica a proteína do nucleocapsídeo (gene N), o que permite a<br />

amplificação de pelo menos cinco diferentes espécies de tospovírus (TSWV, TCSV, GRSV,<br />

INSV e CSNV) (EIRAS et al., 2002).<br />

A maior identidade de nucleotídeos encontradas para a amostra B2 foi de<br />

99%, com a espécie TCSV, acesso no GenBank AF521102. Para as amostras B1, B3 e B4 as<br />

identidades de nucleotídeos encontradas também foram de 99% com a espécie GRSV acesso no<br />

GenBank AY380780.<br />

Pode observar na figura 17 que as amostras B3, B4 e B1 encontram-se no<br />

mesmo ramo filogenético quando comparadas ao GRSV, no outro ramo filogenético encontra-se<br />

a amostra B2 comparado ao TCSV. Até o presente momento podemos concluir por<br />

sequenciamento que foi encontrada 2 espécies de Tospovirus, GRSV e TCSV, porém não foi<br />

encontrado a espécie TSWV.<br />

M - + BI BII BIII BIV<br />

67


Figura 17. Arvore filogenética obtida pelo programa Mega 4.0 com o valor de Bootstrap de 2000 repetições para a<br />

região codificadora para proteína capsidial das amostras, B1, B2, B3 e B4. GRSV (acesso AY380780), TCSV<br />

(acesso AF521102), TSWV (acesso 1-412) e outgroup Potato virus Y (acesso JN711118).<br />

Nos últimos anos, diferentes espécies de tospovírus têm sido identificadas<br />

e caracterizadas no Brasil (BEZERRA et al., 1999, EIRAS et al., 2002). Os vírus do gênero<br />

Tospovírus estão entre os principais patógenos de plantas, sendo responsáveis por perdas<br />

significativas na produção, principalmente de solanáceas, em diferentes regiões produtoras<br />

localizadas no Estado de São Paulo (COLARICCIO et al., 2001, EIRAS et al., 2002).<br />

Neste trabalho, foi detectado, um isolado do TCSV e três isolados do<br />

GRSV. O TCSV é predominante no Estado de São Paulo, sendo importante em diversas culturas,<br />

principalmente em hortaliças pertencentes às famílias Solanaceae e Asteraceae (NAGATA et al.,<br />

1995, EIRAS et al.,2002). O GRSV é predominante no Estado de Minas Gerais (COLARICCIO<br />

et al., 2001), trabalhos realizados pelo mesmo autor, mostraram que o GRSV é detectado na<br />

cultura do tomateiro em diferentes regiões agrícolas do Estado de São Paulo e ressalta ainda que<br />

isto está atribuído não somente à proximidade dessas regiões com o Sul do Estado de Minas<br />

Gerais, mas também à eficiência de disseminação pelas espécies de tripes vetoras de numerosas<br />

espécies hospedeiras.<br />

68


7. CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

Este trabalho abre a possibilidade do controle do vira cabeça do tomateiro<br />

e da geração de conhecimento básico sobre aspectos bioquímicos, uma vez que tenta através do<br />

uso de produtos químicos e biológico, ativar mecanismos de defesa das plantas. Atualmente as<br />

medidas de controle sugeridas para diminuir perdas ocasionadas por esse vírus são pouco<br />

eficientes e as cultivares resistentes disponíveis no mercado, são pouco aceitas, uma vez que elas<br />

causam as rachaduras no ombro, diminuindo a produção da cultura. Os resultados obtidos quanto<br />

aos aspectos de produção e qualidade dos frutos são positivos, mostrando o efeito benéfico do<br />

produto (Piraclostrobina+Metiram) quando a cultura é instalada no período de incidência da<br />

doença. Quanto aos resultados bioquímicos pode-se observar que após a aplicação dos<br />

tratamentos ocorre aumento da atividade de enzimas, demonstrando que o produto age ativando<br />

mecanismos de resistência das plantas. Obviamente, a repetição desse experimento deverá<br />

demonstrar de maneira mais clara a confirmação ou não desses resultados, cujos valores são<br />

muito próximos entre os tratamentos. Nesse sentido, se mostra importante a repetição desse<br />

experimento tanto em campo aberto instalado no período de incidência da doença, quanto em<br />

condições mais controladas, como em casa de vegetação.<br />

69


8. CONCLUSÕES<br />

Maiores valores de peroxidase, polifenoloxidase, proteínas totais solúveis, putrescina e<br />

espermidina, foram observados nos folíolos de plantas pulverizadas com o produto<br />

Piraclostrobina+Metiram na dose 400g p. c./100L, sugerindo o seu provável<br />

envolvimento nos mecanismos de indução de resistência.<br />

Com relação aos aspectos de produção e qualidade dos frutos de tomateiro, os tratamentos<br />

constituídos de piraclostrobina+metiram apresentaram melhores resultados quando<br />

comparados aos demais tratamentos, evidenciando que esse produto apresenta grande<br />

potencial na cultura do tomateiro quando instalada no período de incidência da doença.<br />

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