Edição 121, Ano XI, Março de 2007. - Arquidiocese de Florianópolis

IMPRESSO
Garopaba: o turismo como vocação
A comunidade, outrora pequena vila de pescadores, hoje se abre
para o turismo e a indústria da moda surf. Em meio a isso, está a
paróquia, que com suas pastorais e movimentos, dá a sua contribuição
para o desenvolvimento espiritual da população. 8
Março de 2007 -
SEMINARISTAS SÃO ORDENADOS DIÁCONOS
Centro Loyola abre
novos cursos para
leigos. 5
DVD recorda
principais momentos
do 15º CEN. 5
Bispos se
encontram com o
Papa em Roma. 9
Jovens assumem
trabalho missionário
na Bahia. 16
Pe. Valdir: missionário
na casa dos 72 anos
Prestes a celebrar 72
anos, Pe. Valdir Staehelin
dá exemplo de vocação
missionária. Nessa idade,
assumiu uma paróquia em
Coxim, no Mato Grosso do
Sul. Em entrevista, ele fala
como se deu a escolha e
qual a realidade da paróquia
onde começou a atuar. 14
A conclusão do rito da ordenação diaconal é marcada pela entrega do livro dos evangelhos, cuja mensagem
deve inspirar a missão dos novos diáconos. Com alegria, eles apresentam o Evangelho ao povo
Jovens garantem vagas no
encontro com o Papa. 9
www.arquifloripa.org.br
FLORIANÓPOLIS - SC
Nº 121 - ANO XI Comunicação a Serviço da Vida e da Esperança
Março de 2007
CF-2007
Celebração marcou início da
CF-2007 na Arquidiocese.
Caminhada busca conhecer a
realidade dos mananciais dos rios.
Primeira etapa dos cursos de
formação alcançou objetivos.
Página 7
Fiéis recebem as cinzas das mãos de Dom Murilo, n-a
celebração que abriu a CF-2007 na Arquidiocese
A nossa Catedral abriu suas portas
no dia 24 de fevereiro para sediar
a ordenação diaconal dos seminaristas
Cláudio José Zimmermann e
Carlos André Paixão. Esta foi a primeira
vez, desde que assumiu a
Arquidiocese há cinco anos, que o
arcebispo Dom Murilo presidiu uma
ordenação na Catedral.
As ordenações presbiterais já
estão marcadas. Cláudio será ordenado
em abril, em São Pedro de
Alcântar. Já Carlos André, será ordenado
em junho, na Paróquia São
Sebastião, em Balneário Camboriú.
Em breve entrevista, as mães
dos neo-diáconos falam da alegria
da escolha dos filhos. 03
QUARESMA E AMAZÔNIA
À primeira vista,
Quaresma não
tem nada a ver
com a Amazônia.
O que o tema da
Campanha da Fraternidade
deste
ano tem a ver com
jejum, esmola e
oração, que são os três grandes atos
quaresmais que a Igreja nos sugere
todos os anos, na Quarta-feira de Cinzas,
no início da Quaresma? A Quaresma
é tempo de interiorização, de
voltar-se para dentro de si e perguntar-se
sobre a fidelidade ao caminho
de Jesus. Os temas da Campanha
da Fraternidade não podem nos tirar
desse caminho. Ao contrário, nos são
propostos pela Igreja no Brasil precisamente
para ajudar-nos a ser ainda
mais concretos, reais, verdadeiros
em nossa santidade. Também o tema
deste ano pode ser recebido e vivido
como caminho de preparação para a
Páscoa do Senhor. Os três atos
quaresmais de piedade podem ser
vividos na ótica da Amazônia. 04

2
- Março de 2007
OPINÃO
Não mexam com aquele homem crucificado
O juiz
gaúcho Roberto Arriada Lorea, defensor de causas
polêmicas, tornou-se conhecido em setembro de 2005
ao decretar a retirada do Crucifixo da sala de audiência de
um tribunal de Porto Alegre, pois, afirmou em sua peroração, a
presença da Cruz fere a separação entre a Igreja e o Estado. Ele
advoga a retirada dos Crucifixos de todos os espaços públicos. O
texto e o contexto fazem recordar a frase lapidar de uma escritora
italiana, Natália Ginzburg (1916-1991), judia e atéia, publicada
no jornal do Partido Comunista Unità, em 1988, por ocasião de
igual conflito na Itália: "Não tirem aquela cruz. Ele está lá, mudo
e silencioso. Sempre esteve. É o sinal da dor humana, da solidão
da morte. Não conheço outros sinais que com tanta força ofereçam
o sentido do nosso destino!".
Não é preciso ter fé para se comover com a presença daquele
Homem crucificado: silencioso, Ele continua lá, nas
paredes de igrejas, casas, escolas, escritórios, tribunais, bancos,
lojas. Mudo e dolorido, poucas vezes nos damos conta
de sua presença: poucos de nós respondemos ao lamento
"Povo meu, que te fiz eu, ou em que te contristei?" Na vergonha
de sua nudez não há Maria nem João para dele se compadecerem;
somente o silêncio da indiferença de nossas salas e
palácios. A vergonha de sua nudez humilhada contrasta com a
nudez transformada em lucro, orgia, bacanal.
Ele está ali, diante de nós, fazendo lembrar milhares de
corpos abandonados, famintos, esquálidos. Sua presença
comove mães de crianças mortas, mães de jovens assassinados,
mães à beira da estrada da vida pedindo uma palavra
de compaixão. Seu corpo dilacerado reflete o corpo do menino
João Hélio Fernandes Vieites (7/2/2007) amarrado na cruz de
um carro roubado e arrastado por quatro bairros, num Calvário
que o deixou sem cabeça, sem pernas, sem vida.
O Homem de Nazaré, representado em todas as formas
artísticas e humanas, é testemunha solitária e solidária da dor
universal que não conhece povo ou nação. Diferentemente do
Calvário, Ele está sozinho em
nossas paredes. Não bastasse
sua dor, há quem o olhe
com o ódio dos que não suportam
serem desinstalados
pela dor alheia, o ódio dos sábios
deste mundo que o percebem
como incômodo insuportável
para a inteligência liberta
de qualquer fé, mas que
não encontra paz. É melhor não procurar tirar esse Homem da
cruz, preferindo uma cruz vazada que afirme que ele não está
mais ali. Ele está! A cruz sem Ele não tem significado, porque é
matéria sem a forma humana da dor. Talvez seja mais fácil descêlo
logo da cruz, porque assim não seremos desafiados por tantas
dores crucificadas de nosso mundo. A cruz sem o Homem
e o Homem sem a cruz aliviam a tensão de nosso conforto:
tudo está resolvido, pois a morte foi vencida. É verdade, mas
deixemos o Crucificado com sua Cruz, sua única companhia
na solidão arrasadora da dor.
Essa mesma Cruz, que em nossas igrejas é adorno e não
sinal de sofrimento, é incômodo para uma religiosidade que busca
fugir da redenção pela dor, que prefere não mais escutar o "carregue
sua cruz e me siga". Ele já carregou a cruz, e basta,
pensamos nós que transformamos o Cristianismo em moral e
ética, em bom comportamento sem a necessidade da dor.
Não mexamos com esse Homem crucificado. Sem Ele
não há mais fé cristã, pois nos contentamos com a ilusão de
salvar o mundo com a transformação do Evangelho crucificado
em evangelho de bolso, de baixo preço, descartável. O Homem
crucificado é desafio para os não crentes, é desafio para
os crentes. Aqueles são obrigados a conviver com a presença
de um Homem que perpetua a morte solitária enquanto não
gera vida solidária; esses são convidados a responder ao porquê
da fuga frente àquilo que na fé exige a companhia da dor,
mesmo sabendo que sem dor não há redenção.
Pe. José Artulino Besen
www.arquifloripa.org.br/jornal
e-mail: jornal@arquifloripa.org.br
“Não tirem aquela cruz. Ele
está lá, mudo e silencioso.
Sempre esteve. É o sinal da dor
humana, da solidão da morte.
Não conheço outros sinais que
com tanta força ofereçam o
sentido do nosso destino! ”
OPINIÃO
PALAVRA DO BISPO
Reconciliai-vos com Deus!
Na Quarta-feira de Cinzas,
ouvimos o apóstolo
Paulo pedir, com veemência:
"Em nome de Cristo,
nós vos suplicamos: deixai-vos
reconciliar com Deus!" (2Cor
5,20). Ao mesmo temo em que
cresce nas pessoas e nos grupos
o desejo de viver plena, livre
e intensamente, multiplicam-se
sinais de morte ao longo
dos nossos passos: ao desejo de liberdade
opõem-se gestos de escravidão; ao de progresso,
comportamentos que fazem recordar o homem
das cavernas; e às experiências de fraternidade,
sucedem-se atitudes marcadas
pelo ódio.
Se os desequilíbrios fossem
apenas externos, já seriam sumamente
graves. Acontece que nascem
também no coração de cada
pessoa, transformando-o num verdadeiro
campo de batalha, onde
duelam o bem e o mal, o erro e a
verdade, a dúvida e a certeza. Essa
inquietante situação faz surgir tentativas
de respostas: algumas de origem materialista,
outras apoiadas na crença de que o homem sozinho
conseguirá superar seus problemas; não faltam
as que são marcadas pelo ceticismo. Há, também
pessoas que vivem à margem dessa problemática: é
tão grande, em sua vida, a carência dos bens essenciais
que elas pouco fazem além de preocupar-se
com a própria sobrevivência.
Para o cristão, a resposta aos desequilíbrios do
mundo e às inquietações do homem encontra-se
PALAVRA DO PAPA
Periodicidade mensal - 22.000 exemplares
Rua Esteves Júnior, 447
88015-130 - Florianópolis - SC
Fone/Fax: (48) 3224-4799
Diretor e Revisor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Dom José
Negri, Pe. Carlos Rogério Groh, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi,
Cleber de Oliveira Rodrigues, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável:
Zulmar Faustino - SC 01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração
e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul
"Reconciliar-se com Deus" é
acreditar que Jesus Cristo
está vivo no meio de nós,
renovando suas propostas; é
confrontar-se continuamente
com seus ensinamentos
e sua prática”
Movimentos e Novas Comunidades
(...) Meu venerado Predecessor, João Paulo II,
apresentou os Movimentos e as Novas Comunidades
que surgiram ao longo destes anos, como uma
dádiva providencial do Espírito Santo à Igreja, para
responder de maneira eficaz aos
desafios do nosso tempo. E vós
sabeis que esta é também a minha
convicção. Quando era professor,
e depois Cardeal, tive a
ocasião de expressar essa minha
convicção, de que realmente
os Movimentos constituem um
dom do Espírito Santo à Igreja.
(...) A multiformidade e a unidade dos carismas e
dos ministérios são inseparáveis na vida da Igreja. O
Espírito Santo deseja a multiformidade dos Movimentos
a serviço do único Corpo, que é precisamente a
Igreja. E realiza isto através do ministério daqueles
que Ele mesmo destinou para reger a Igreja de Deus:
os Bispos, em comunhão com o Sucessor de Pedro.
(...) No rico mundo ocidental onde, não obstante a
cultura relativista, contudo não falta ao mesmo tempo
um difundido desejo de espiritualidade, vossos
Movimentos dão testemunho da alegria da fé e da
beleza de ser cristão, em grande abertura ecumênica.
“A multiformidade e a unidade dos carismas
e dos ministérios são inseparáveis na vida
da Igreja. O Espírito Santo deseja a
multiformidade dos Movimentos a serviço do
único Corpo, que é precisamente a Igreja.”
RESTAURAÇÕES:
Ostensório, Sacrário,
Cálice, Cibório, etc...
em Cristo, morto e ressuscitado. Sob sua luz, o
mistério da pessoa humana torna-se explicável. O
apelo lançado por Jesus no início de sua pregação
- e que a Igreja repetirá ao longo desta Quaresma -
é uma resposta a essa situação: "Convertei-vos e
crede no Evangelho!" (Mc 1,15).
Segundo Cristo, converter-se significa mudar o
coração e a vida sob o impulso da Palavra de Deus,
e produzir frutos que construam o Reino. Trata-se
de uma mudança que passa do coração às obras,
atingindo toda a vida. A conversão é o mais pessoal
e profundo dos atos humanos. A pessoa que se
converte toma consciência de sua culpa, usa de
sua liberdade e joga-se, com confiança, nos braços
misericordiosos do Pai. O reencontro com Deus
é essencial à realização humana:
"Fizeste-nos para ti, Senhor, e o
nosso coração estará inquieto
enquanto não repousar em ti"
(Santo Agostinho).
"Reconciliar-se com Deus" é
acreditar que Jesus Cristo está
vivo no meio dos homens, renovando
suas propostas; é confrontar-se
continuamente com seus
ensinamentos e sua prática; é
superar a rotina que esvazia o sacramento da Penitência;
é buscar o perdão oferecido por meio da
absolvição sacramental, dada pelos ministros do
sacramento da Confissão; é assumir o compromisso
de começar uma existência nova; é inquietar-se
enquanto houver filhos pródigos que não descobriram
ainda a alegria da volta à casa paterna.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis
Nas vastas áreas deprimidas da terra, eles transmitem
a mensagem da solidariedade e tornam-se próximos
dos pobres e dos mais fracos mediante aquele
amor humano e divino, que desejei repropor à atenção
de todos na Carta Encíclica
Deus caritas est. Por conseguinte,
da comunhão entre Bispos e
Movimentos pode brotar um válido
impulso para um renovado compromisso
da Igreja no anúncio e no
testemunho do Evangelho da esperança
e da caridade, em todos
os recantos do mundo.
Prezados amigos, a fraternidade original que
existe entre vós e os Movimentos dos quais sois
amigos impele-vos a carregar em conjunto "os fardos
uns dos outros" (Gl 6, 2), como recomenda o
Apóstolo, acima de tudo naquilo que diz respeito à
evangelização, ao amor pelos pobres e pela causa
da paz. Que o Senhor torne cada vez mais prolíferas
vossas iniciativas espirituais e apostólicas.
(Encontro com os Bispos Amigos do Movimento
dos Focolares e da Comunidade de Santo Egídio,
dia 08.02.07)
Carlos Cruz
REPRESENTANTE COMERCIAL
“A serviço da Igreja Católica”
Fone
Fax:(48) 3257-8263
9983-4592
Florianópolis - SC - cruzartesacra@yahoo.com.br

Alegria de Mãe com a ordenação
Durante toda a celebração,
duas pessoas estavam especialmente
emocionadas: eram
Maria de Lourdes da Conceição,
mãe do diácono Carlos André,
e Luzia Prim Zimmermann, mãe
do diácono Cláudio. As duas tinham
algo em comum: a alegria
da escolha dos filhos.
"No mundo de hoje que oferece
tantas alternativas aos jovens,
é uma verdadeira graça
ter um filho seguindo a vida religiosa",
disse dona Luzia. Se-
gundo ela, desde que casou
pedia a Deus que lhe desse
um filho padre, e agora podia
oferecer a Deus seu único filho
homem.
Quando, há 14 anos, Maria
de Lourdes veio de Maceió,
Alagoas, para morar em Balneário
Camboriú, não esperava
que seu filho seguisse essa
opção. "Do jeito que o mundo
está, com tanta violência e drogas,
ter um filho padre é uma
grande graça", disse.
Pe. Rogério ministra aula inaugural do ITESC
Pe. Rogério (dir.) fala aos alunos e professores do ITESC na abertura do ano letivo
No dia 21 de fevereiro, o Instituto
Teológico de Santa Catarina -
ITESC, deu início ao ano letivo de
2007, o 35º ano acadêmico desde
a sua fundação em 1973.
A aula inaugural foi proferida pelo
Pe. Dr. Carlos Rogério Groh, que
este ano passa a integrar o quadro
dos docentes da instituição. Abordando
"A identidade do Ministério
Presbiteral como tema teológicopastoral:
uma questão epistemo-ló-
gica", que foi o tema de sua dissertação
de doutorado, defendida recentemente
em Roma, Pe. Rogério cativou
a atenção dos presentes na
sua exposição e a seguir esclareceu
dúvidas e questionamentos.
Após a aula inaugural, foi celebrada
a missa da Quarta-Feira de
Cinzas, presidida por nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger, e
concelebrada pelos padres professores
e formadores do ITESC.
Juventude é tema de pós-graduação
“Juventude, Religião e Cidadania":
este é o tema do curso
de pós-graduação Latu Sensu
que o Instituto Teológico de Santa
Catarina-ITESC está oferecendo,
em parceria com a Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia,
de Belo Horizonte - MG, com
a Coordenação Regional de Pastoral
(Sul IV da CNBB) e a Coordenação
Regional das PJs.
O objetivo é o de capacitar
jovens e adultos para trabalhar
com adolescentes e jovens. São
40 vagas destinadas especialmente
a assessores, professores
ou lideranças juvenis da Igre-
ja Católica e de outras denominações
religiosas e educacionais,
assim como de lideranças
juvenis da sociedade civil.
Com um total de 450 horas, o
curso é dividido em quatro etapas:
a primeira tem início de 20 a 27
de julho deste ano; a segunda, de
18 de janeiro a 02 de fevereiro de
2008; a terceira, de 10 a 27 de
julho de 2008; e a última de 7 a 9
de dezembro de 2008.
As inscrições já estão abertas
e vão até junho. Os interessados
devem entrar em contato
pelo fone (48) 3234-0400, ou pelo
e-mail: secretaria@itesc.org.br.
Foto JA
A
Catedral de Florianópolis
se engalanou no
dia 24 de fevereiro, para
sediar a ordenação de dois
diáconos transitórios para a
Arquidiocese. A celebração
foi realizada às 18h15min.
Pela imposição de mãos do
nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger, os seminaristas
Cláudio José Zimmermann e
Carlos André Paixão receberam
o sacramento da Ordem,
no grau de diáconos.
A celebração contou com
a presença de padres e
diáconos da Arquidiocese,
além de parentes, amigos e
das comunidades em que os
seminaristas realizaram
seus trabalhos pastorais.
Sendo pequena a capacidade
da Catedral, foi instalado
um telão no auditório, que
transmitiu toda a celebração
para um público de mais de
200 pessoas.
Na abertura, Pe. Francisco
Wloch, reitor da Catedral,
falou da alegria em receber
a ordenação dos seminaristas
depois do longo período
Março de 2007 -3
Seminaristas são ordenados diáconos
A ordenação presbiteral dos
neo-diáconos já está agendada.
As duas ordenações serão presididas
pelo nosso Arcebispo
Dom Murilo Krieger.
O Diácono Cláudio José
Zimmermann será ordenado no
dia 28 de abril, às 16h, na Paróquia
de São Pedro de Alcântara.
Ele já fazia estágio pastoral
na Paróquia Sagrado Coração de
Jesus, em Ingleses, Florianó-
em que a igreja-mãe da
Arquidiocese, por causa dos
trabalhos de restauração,
esteve fechada. Dom Murilo
lembrou que, nos quase cinco
anos em que é Arcebispo
de Florianópolis, era a primeira
vez que presidia uma
ordenação na Catedral.
Durante a solenidade,
Já ordenados, os novos diáconos Carlos André (esquerda) e Cláudio, ficam atentos a
consagração. Esta foi a primeira ordenação que Dom Murilo presidiu na Catedral
Ordenação Presbiteral será em breve
Os candidatos a diácono, ajoelhados perante Dom Murilo durante a celebração
das suas ordenações diaconais na Catedral de Florianópolis
polis, onde deve permanecer ao
menos até a sua ordenação
presbiteral.
Já a ordenação do diácono
Carlos André Paixão, será no
dia 06 de junho, às 19h, na Paróquia
São Sebastião, em Balneário
Camboriú. Este ano ele
iniciou atividade pastoral na Paróquia
São João Evangelista, em
Biguaçu, onde vai permanecer ao
menos até o final do ano.
Foto JA
Foto JA
Pe. Pedro Martendal, orientador
espiritual do Seminário
Teológico Convívio Emaús,
fez a apresentação dos dois
ordenandos. Irmã Ana
Besel, membro da Pastoral
Vocacional, deu seu testemunho
em favor dos candidatos.
Em sua homilia, Dom
Murilo lembrou que a ordenação
acontece em um momento
forte em nossa Arquidiocese,
quando nos preparamos
para celebrar os 100
anos de criação da Diocese.
Em seguida, os ordenandos,
que adotaram como
lema de ordenação "Eis que
vim, ó Deus, para fazera tua
vontade" (Hb 10,7), expressaram
o seu compromisso
de celibato, obediência e
amor à Igreja. Após a ladainha,
durante a qual ficaram
prostrados diante do altar, os
ordenandos receberam a
imposição das mãos de Dom
Murilo. Depois foram investidos
de suas estolas diaconais
e dalmáticas. Significando
a missão de evangelizar,
os diáconos receberam
de Dom Murilo o Livro dos
Evangelhos.
Depois, receberam os
cumprimentos dos padres e
diáconos presentes, e de
seus pais. Ao final da celebração,
o diácono Cláudio,
representando também seu
colega de ordenação, fez o
discurso em que agradeceu
primeiro a Deus, aos pais, e
a todos aqueles que de alguma
forma contribuíram para
a sua formação.

4-
Março de 2007
À
primeira vista, Quaresma não
tem nada a ver com a Amazô
nia. O tema da Campanha da
Fraternidade deste ano não tem um
elo tão fácil como o de outros anos para
relacionar-se com esse tempo litúrgico
tão importante, em que somos chamados
à conversão. Temas como
pessoas com deficiência, idosos,
fome, desemprego e tantos outros
desses 46 anos da Campanha da
Fraternidade, têm sido mais fáceis de
ligar com jejum, penitência, caridade
fraterna, oração etc. Mas, Amazônia?
O que isso tem a ver com jejum, esmola
e oração, que são os três grandes
atos quaresmais que a Igreja nos
sugere todos os anos, na Quarta-feira
de Cinzas, no início da Quaresma?
Como judeu fiel, praticante da Torá,
Jesus levava a sério esses três atos
de piedade. Ele os reinterpreta na ótica
da interioridade, da verdadeira santidade,
da prática verdadeira. No Evangelho
de Mateus (6,1-6.16-18), esses
três atos são lidos por Jesus na ótica
da relação com o Pai que tudo vê, que
vê o oculto, que conhece o nosso coração.
A verdadeira prática da Lei passa
pela santidade do coração. A Quaresma
é tempo de interiorização, de
voltar-se para dentro de si e perguntar-se
sobre a fidelidade ao caminho
de Jesus.
Os temas da Campanha da Fraternidade
não podem nos tirar desse
caminho. Ao contrário, nos são propostos
pela Igreja no Brasil precisamente
para ajudar-nos a ser ainda
mais concretos, reais, verdadeiros em
nossa santidade. Também o tema deste
ano pode ser recebido e vivido como
caminho de fidelidade ao Evangelho e
de preparação para a Páscoa do Senhor.
Os três atos quaresmais de piedade
podem ser vividos na ótica do
tema da Campanha. Vejamos:
JEJUM: POBREZA DEFRONTE
AO CONSUMISMO
O mundo moderno tem dificuldade
para entender o jejum. Somos impulsionados
de todos os modos a gastar,
consumir, reter, possuir. O pecado capital
da gula é exaltado como sentido
de posse e domínio do ser humano
sobre as coisas. Comer é uma necessidade
vital. Só que esse verbo extrapolou
o sistema digestivo e passou a
redimensionar toda a vida moderna.
Come-se não somente para satisfazer
as necessidades do sistema digestivo
e do corpo. Come-se com os olhos, as
mãos, o sexo, o bolso. A publicidade
incentiva-nos a dominar as coisas: ter,
reter, comprar, armazenar, devorar,
querer os bens do mundo para si.
Quanto mais, melhor! Gasta-se para
comer até empanturrar-se. Depois,
gasta-se com dieta, spa, regimes e re-
TEMA DO MÊS
A Amazônia pede o nosso jejum, a nossa
esmola, a nossa oração!
médios de emagrecimento. A obesidade
está se tornando um problema de
saúde em países do primeiro mundo.
O jejum é um modo de reagir a
esse comportamento desumano e
desumanizante. Pelo jejum aprendemos
a nos relacionar de modo diferente
com nós mesmos, com nosso
corpo e com a natureza. O jejum nos
ensina que podemos viver de modo
mais pobre, mais sóbrio, mais simples.
Nosso corpo irá agradecer. Mas
também a natureza sairá ganhando.
O jejum pode ser vivido de muitos
modos, não somente com a boca. Na
sociedade consumista de nosso tempo,
um bom jejum é deixar de comprar
tanta coisa supérflua e inútil. Lembrando
que, de um modo ou outro, é
sempre da natureza que vêm os bens
que compramos e consumimos, o
jejum trará um alívio a esse processo
de devastação que o ser humano
impôs à natureza. O jejum nos diz
que é possível, sim, viver de modo
mais austero! Com isso, não somente
a natureza ao nosso redor, mas
certamente também a natureza amazônica,
em vez de ser cada vez mais
depredada, poderá ser cada vez mais
respeitada e preservada.
ESMOLA: CARIDADE COM
O POVO SOFRIDO
Ao escolher esse tema, a Igreja no
Brasil revela que não está preocupada
apenas com temas ecológicos. Ela
quer lembrar-nos os 23 milhões de
amazônidas que vivem nessas imensas
terras, que ocupam mais da metade
do país. Grande parte desse povo
passa por inúmeras dificuldades em
sua luta pela sobrevivência. O noticiário
do mundo chamou a atenção para
as graves e severas conseqüências
do aquecimento global, fruto do modelo
de desenvolvimento capitalista,
predador dos recursos naturais. A
Campanha da Fraternidade se encaixa
perfeitamente nessa discussão,
convocando para uma reflexão séria
sobre a necessidade premente de um
desenvolvimento respeitoso do meioambiente.
Ela veio se somar ao grito
de multidões que querem um desenvolvimento
harmonioso, que respeite
a natureza em seus limites.
Mas, o texto-base da Campanha da
Divulgação/JA
Fraternidade centra a reflexão sobre o
conhecimento dos povos e comunidades
tradicionais da Amazônia, índios,
quilombolas, ribeirinhos, seringalistas,
extrativistas e colonos que, nos últimos
anos, foram levados para lá de todos
os cantos do Brasil dentro dos programas
de desenvolvimento dos governos
militares. São pessoas e povos que sofrem
por causa dos muitos conflitos pela
posse da terra diante da ganância predatória
de empresas nacionais e internacionais,
madeireiros, carvoeiros, criadores
de gado e plantadores de soja,
que pouco se preocupam com os povos
ali presentes, que não respeitam
sua sabedoria e a experiência acumulada
no trato respeitoso com a natureza.
Conhecer para amar! Conhecer a
realidade desses povos, divulgar e apoiar
suas lutas, solidarizar-se com eles
diante dos conflitos freqüentemente
noticiados na mídia, é um modo de viver
a caridade fraterna da Quaresma.
ORAÇÃO: FIDELIDADE AO
DEUS DA VIDA
A Amazônia é um dom de Deus
Criador para os povos que lá vivem,
para o Brasil e para o mundo. Em nossa
oração quaresmal, podemos ter
essa realidade mais freqüentemente
diante de nós e expô-la diante de Deus.
Carregar a nossa oração com uma
dimensão mais ecológica e amazônica,
eis um modo moderno de ser cristão
ao mesmo tempo em que se permanece
no veio da grande tradição da
oração contemplativa dos santos, que
sempre souberam louvar a Deus pela
obra da criação.
Há, porém, outro modo de viver nossa
relação com Deus diante do tema
dessa Campanha: o chamado para
ser missionário na Amazônia. Anos
atrás, nossa Igreja catarinense abriu
frentes de missão na Bahia e enviou
para lá diversos missionários - padres,
irmãs, catequistas, leigos. Todos os
anos nossa Arquidiocese leva fiéis para
fazerem missões de férias na Bahia.
Pode-se também começar a pensar
na Amazônia. Naquelas terras, há
mais missionários estrangeiros do que
brasileiros, a Igreja Católica padece
inúmeras necessidades, perde fiéis
para o mercantilismo religioso, tem de
enfrentar conflitos de toda sorte. O
Evangelho precisa ser anunciado na
Amazônia!
Como se vê, a Quaresma deste
ano ganha uma tonalidade diferente:
ecológica, conflitiva, missionária. É
a Amazônia que pede o nosso jejum,
a nossa esmola, a nossa oração!
Pe. Vitor Galdino Feller
Professor de Teologia e Diretor do ITESC
Email: vitorfeller@arquifloripa.org.br

Padres religiosos assumem
paróquias da Arquidiocese
Na edição passada do
Jornal da Arquidiocese, publicamos
as transferências
dos padres seculares da
nossa Arquidiocese. Nesta
Párocos e Administradores
Paroquiais
Pe. Frei Ladí Antoniazzi,
OFM, pároco na Paróquia
Santa Inês, em Balneário
Camboriú.
Pe. Valério Eller, SCJ,
pároco na Paróquia São
José, em Botuverá.
Pe. Vandanam Raju
Koppula, PIME, administrador
paroquial na Paróquia
São Judas Tadeu, em
Águas Claras, Brusque.
Pe Ari João Erthal, SCJ,
pároco na Paróquia São
Luiz Gonzaga, em Brusque.
Pe. Jair Rodrigues Costa,
SCJ, pároco na Paróquia
N. Sra. de Guadalupe, em
Canasvieiras, Florianópolis.
Pe. José Edemar Rauber,
SDB, pároco na Paróquia
São João Bosco, em
Dom Bosco, Itajaí.
Pe. Frei Pedro da Silva,
OFM, pároco na Paróquia
Santo Amaro, em Santo
Amaro da Imperatriz
Pe. Frei Tarcísio José
Schuch, OFM, administrador
paroquial na Paróquia
São Bonifácio.
Vigários Paroquiais
Pe. Frei Anselmo Júlio
München, OFM, vigário na
edição, publicamos as
transferências dos padres
religiosos que realizam trabalho
pastoral em nossas
paróquias.
Paróquia Santa Inês, em
Balneário Camboriú.
Pe. Frei José Clemente
Müller, OFM, vigário na
Paróquia Santa Inês, em
Balneário Camboriú.
Pe. Flávio Morelli, SCJ,
vigário na Paróquia São
José, em Botuverá.
Pe. Lindolfo Neves
Braga, SCJ, vigário na Paróquia
São Luiz Gonzaga,
em Brusque.
Pe. Osvaldo Rech,
SCJ, vigário na Paróquia N.
Sra. de Guadalupe, em
Canasvieiras, Florianópolis.
Pe. Nelson Blogslawski,
SDB, vigário na Paróquia
São João Bosco, em
Dom Bosco, Itajaí.
Pe. Frei Jorge Paulo
Schiavini, OFM, vigário na
Paróquia Santo Amaro, em
Santo Amaro da Imperatriz.
Pe. Frei Hermínio Gil
Lara, OCD, vigário na Paróquia
NSra. do Carmo, em
Coqueiros, Florianópolis.
Pe. Frei Luiz Dalmago,
OFM, vigário na Paróquia
Santo Antônio, em Florianópolis.
Pe. Roque Schneider,
SJ, vigário na Paróquia São
Virgílio, em Nova Trento.
Diferença entre padre religioso e secular
Só para entender: todo
diácono e padre deve estar
“incardinado”, ligado a uma
diocese ou Instituto Religioso.
Não há clérigos acéfalos ou
vagantes. Padre (presbítero,
sacerdote) secular: é aquele
que está incardinado numa
diocese; sua transferência depende
do Bispo diocesano.
Padre religioso: é aquele
que, antes de ser ordenado padre,
fez os votos religiosos
numa Congregação Religiosa.
Mesmo após sua ordenação,
continua ligado à sua Congregação.
Sua transferência depende
de seu Superior Provincial,
que poderá enviá-lo para
uma das paróquias assumidas
pela Congregação.
Nas paróquias confiadas a
padres religiosos, o Superior
Provincial apresenta ao Bispo
o nome do que foi escolhido
pela Congregação para ser
Pároco daquela Paróquia que
o Bispo confiou à Congregação;
e o Bispo faz a nomeação
(ou não faz, caso não concordar
com o nome indicado).
A área de abrangência de
uma província é diferente da de
uma diocese. Normalmente
uma província pode envolver
mais de um Estado ou até
país. Assim, um padre religioso
pode assumir qualquer paróquia
da área de abrangência
da província a que pertence.
Março de 2007 -5
Centro Loyola/ITESC abrem dois novos cursos
O Centro
Loyola inicia o ano
com mais opções de forma
ção para os leigos da Arquidiocese,
especialmente da Grande
Florianópolis. Este ano, além
dos vídeo-fóruns, palestras, cafés
teológicos e os três cursos
dos anos passados, o Centro comemora
a abertura de dois novos
cursos: o Curso de Teologia
Moral e Bioética, e o Curso de
Liturgia e Sacramentos.
A aula inaugural será realizada
no dia 05 de março, com a
palestra do Professor Dr. Carlos
Viana, padre jesuíta de Porto Alegre,
que falará sobre a necessidade
de formação para o leigo e
sua missão na comunidade
eclesial. Os interessados em inscrever-se
devem procurar o Centro,
através do fone (48) 3234-
2449. Com duração de dois anos,
sempre oferecidos às segundasfeiras,
para os alunos do primeiro
ano, e terças feiras, para os
do segundo ano, os cursos são
ministrados por professores do
ITESC. Há 50 vagas por Curso.
Três anos de bons trabalhos
Desde 2005, todas às segundas
e terças-feiras, a partir das
19h30min, as portas do ITESC estão
abertas para acolher os leigos
DVD com a síntese do CEN-2006 já está disponível
Já está disponível o DVD com
a síntese geral do 15º Con
gresso Eucarístico Nacional.
Produzido pela TV Século XXI, o
DVD tem uma hora de duração
e faz um apanhado geral de tudo
o que a emissora transmitiu. Os
interessados podem adquiri-lo
por R$ 20,00 na Coordenação de
Pastoral, em Florianópolis.
Além desse DVD, a Coordenação
de Pastoral ainda tem à
disposição a revista e os DVDs
com cada dia do Congresso. Com
28 páginas inteiramente coloridas
e com papel de alta qualidade, a
revista é rica em fotografias de
todos os momentos que marcaram
o Congresso, traz breves pensamentos
sobre cada evento e o
Todas as conferências do
Painel Ecumênico, do Simpósio
Teológico e do Seminário Social,
realizados durante o 15º Congresso
Eucarístico Nacional,
também estão à disposição. Todas
as palestras podem ser adquiridas
em CD, com apenas o
áudio, e DVD, com áudio e vídeo.
Em seu terceiro ano de atuação, o Centro Loyola programa cinco cursos e
comemora a formatura de 120 lideranças nos cursos de Teologia e Bíblia
que buscam formação nos cursos
promovidos pelo Centro Loyola.
No primeiro ano, foram oferecidos
os cursos de Teologia
Sistemática e de Bíblia, cujas primeiras
turmas, com um total de
120 alunos, se formaram em dezembro.
Em 2006, acrescentouse
o curso de Espiritualidade.
Este ano, o Centro abre mais
dois cursos, como já dito acima.
"Para os próximos anos, pensamos
em novos cursos, mas são
ainda projetos futuros", disse
Mariza Cavalcante de Fontoura,
texto completo da Carta Eucarística.
"É uma excelente forma
Todas as conferências estão em CDs e DVDs
A empresa Santa Missão
Produções, de Chapecó, foi a
responsável pela comercialização
do material. As conferências
poderão ser adquiridas individualmente
ao preço de R$
6,00 para cada CD, e R$ 17,00
para o DVD. Os interessados
podem ainda adquirir o kit com-
Divulgação/JA
diretora do Centro Loyola.
Segundo ela, o Centro vive
apenas da mensalidade dos alunos
e precisa ter viabilidade financeira
para novos projetos.
Para este ano, a instituição pretende
inovar. A meta é realizar
palestras mensais nas comunidades.
Para isso, é necessário
que as comunidades interessadas
entrem em contato com a
instituição.
Mais informações pelo site
www.centroloyolafpolis.org.br,
ou pelo fone (48) 3234-2449.
de reavivar na memória os principais
momentos de quem participou
do Congresso", disse Dom
Murilo. Ela pode ser adquirida
nas secretarias paroquiais ao
custo de R$ 3,00.
As celebrações também podem
ser adquiridas em DVD. As
quatro celebrações e a Procissão
Luminosa (Lucernário), também
estão disponíveis. Cada DVD tem
um custo de R$ 15,00. No caso
da celebração de abertura, dos jovens
e de encerramento, serão dois
DVDs por evento, e assim o valor
dobra. O material foi produzido pela
Arquidiocese, o que barateou os
custos. Para adquiri-los, entre em
contato com a Coordenação de
Pastoral pelo fone (48) 3224-4799.
pleto, por R$ 42,00, os CD's, e
R$ 119,00, os DVD's.
Os interessados devem entrar
em contato com a empresa, através
do fone (48) 8801-4241 ou
9993-0305, ou ainda pelo e-mail:
santamissao@santamissao.
com.br. As encomendas serão
encaminhadas via Sedex.

6
- Março de 2007
Conhecendo as cartas católicas (3)
1ª Carta de Pedro (1Pd 1-2): Estranhos no Mundo
A
primeira carta de Pedro dirige-se
às comunidades da Ásia Menor,
atual Turquia, especificando-se as
suas províncias do norte (Ponto e Bitínia) e
do centro (Galácia e Capadócia), além da
região ocidental, a província romana da
"Ásia" (1,1), região onde se encontram as
igrejas mencionadas no Apocalipse. Ali residiam
"colonos" assentados pelo Império,
gregos e não-gregos, convertidos do paganismo,
além de judeus "dispersos". Apesar
do forte componente não-judaico, a carta
compara os destinatários aos judeus na
"diáspora" (1,1), lembrando a migração no
Egito e na Babilônia, e exorta-os a se sentirem
como o novo povo e "casa" de Deus
(2,1-10). A comparação com a migração no
Egito, e com a "diáspora", alude ao estatuto
de cidadãos de segunda categoria que
esses cristãos tinham no Império romano,
chegando a passar por situações de violência
e perseguição (cf 4,12-19). A carta
ensina a esses "sem-casa e sem-pátria",
"estranhos no mundo", que eles são a verdadeira
casa e povo de Deus, desde que
vivam a dignidade do batismo e se apóiem
mutuamente pelo amor fraterno, firmes na
fé e na esperança.
Autor da carta
O autor se apresenta como Pedro, apóstolo
de Jesus Cristo (1,1), presbítero, ou seja,
"ancião" e testemunha dos sofrimentos do
Cristo (5,1), que escreveu sua carta por intermédio
de Silvano (5,12), ou seja, Silas, já
companheiro de Paulo (cf At 15,40), e tendo
a seu lado Marcos, caracterizado como "filho",
também antes seguidor de Paulo (cf
At 12,25). Na segunda carta, o autor se identifica
como "Simão Pedro" e, além de "apóstolo",
diz-se "servo" de Jesus Cristo (2Pd
1,1). O local onde a carta foi escrita e de
onde foi enviada é "Babilônia" (5,13), designação
simbólica de Roma, a capital do Império,
cidade onde Pedro, segundo a tradição,
viveu seus últimos anos e ali sofreu o
martírio. Há uma série de perguntas intrigantes
que os entendidos fazem sobre as
circunstâncias, os destinatários, o próprio
autor etc, que não podemos abordar aqui. É
interessante que o conteúdo teológico da
carta tem muito de Paulo, revelando a influência
enorme que o pensamento Paulino
teve nas primeiras igrejas. O fato de a carta
ser dirigida a comunidades tão distantes
revela a preocupação da igreja de Roma para
com esses irmãos oprimidos, cuja situação
aflitiva, por notícias trazidas, deve ter motivado
a intervenção.
Conteúdo e estrutura
De grande riqueza doutrinal e prática,
a carta mistura as motivações e as exortações.
Seu núcleo é essencialmente
cristológico, insistindo no testemunho
cristão (dar as razões da nossa esperança,
3,15) pela configuração da vida ao
Cristo Servo. Insiste na grandeza da dignidade
batismal, procurando daí tirar as
conseqüências práticas para o dia a dia,
na vida comum e, especialmente, nas
situações de sofrimento e perseguição.
1,1-12 1,13-2,10 2,11-3,12 3,13-4,11 4,12-5,11 5,12-14
Saudação
Ação de graças
Vocação à
santidade
Povo escolhido
Deveres de
cidadãos,
dos servos,
dos esposos
Bendito seja Deus
Depois de ter afirmado que esses "estranhos
no mundo" são eleitos de Deus,
para obedecerem a Jesus Cristo e serem
aspergidos com o seu sangue (1,2),
Pedro prorrompe num belo hino, que começa
bendizendo ao Deus e Pai de Nosso
Senhor Jesus Cristo (1,3), como Paulo
na 2Cor 1,3 e em Ef 1,3. Motivo da
"bênção", isto é, do louvor: Ele nos fez
nascer de novo (1,3), a nós que estamos
guardados para a salvação que deve revelar-se
nos últimos tempos (1,3). Esta
certeza deve alegrar-nos, apesar das provações
que estão testando a nossa fé,
como o ouro ao fogo (1,7). Nesta altura,
uma das mais belas afirmações da carta,
reconhecendo o mérito do "crer sem
ver": Sem terdes visto o Senhor, vós o
amais. Sem que agora o estejais vendo,
credes nele. E isto será para vós fonte de
alegria inefável e gloriosa, pois obtereis
aquilo em que acreditais: a vossa salvação
(1,8-9). Esta salvação, diz Pedro,
anunciada pelos profetas, que falaram
antecipadamente sobre os sofrimentos do
Cristo e a glória que viria depois (1,11), é
proclamada agora por aqueles que vos
evangelizam no Espírito Santo (1,12).
Exigências da vida nova
Pedindo que seus destinatários não se
deixem levar pelas paixões de outrora, do
tempo da ignorância (1,14), Pedro os exorta:
Como é santo Aquele que vos chamou,
tornai-vos santos também vós (1,15). E
ainda: Tende consciência de que fostes
Sofrer pela
justiça
Romper com o
pecado
Sofrer como
cristão
Lideranças
Humildade
Saudações
finais
BÍBLIA
resgatados da vida fútil, herdada de vossos
pais, não por prata e ouro, mas pelo
precioso sangue do Cristo (1,18-19). Portanto,
uma vez que nascestes de novo,
não de uma semente corruptível, mas
incorruptível, mediante a palavra de Deus
(1,23), despojai-vos de toda maldade, de
toda mentira, hipocrisia e inveja, e de toda
calúnia (2,1). Nesta altura, o Apóstolo fala
com ternura, a esses cristãos recémbatizados:
Como criancinhas recém-nascidas,
desejai o leite legítimo e puro que
vos vai fazer crescer na salvação. Pois já
provastes que o Senhor é bom (2,2-3).
Pedras vivas, novo povo, novo
sacerdócio
A seguir, numa passagem estimulante
para aqueles irmãos "sem casa e sem
pátria", o autor exorta-os a se aproximarem
do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos
homens (2,4), com a consciência de que
eles também são pedras vivas, formando
um edifício espiritual, um sacerdócio santo,
com a capacidade de oferecerem sacrifícios
espirituais, agradáveis a Deus, por
Jesus Cristo (2,5). Após uma advertência
aos que embatem na pedra rejeitada, que
para os incrédulos se torna pedra de tropeço
(2,7-8), o Apóstolo insiste na dignidade
cristã: Vós sois a gente escolhida, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo que
Deus adquiriu a fim de que proclameis os
grandes feitos dAquele que vos chamou
das trevas para a sua luz maravilhosa (2,9:
cf Cl 1,13). Por duas vezes, portanto, nos
vv. 5 e 9, Pedro insiste na comum dignida-
de sacerdotal de todos, e todas, os que
aderiram ao Senhor pelo batismo. Mais
ainda. Recordando os nomes dos filhos
do profeta Oséias (cf Os 1,6.8 e 2,3), ele
afirma: Vós sois aqueles que antes "não
eram povo", agora porém são povo de
Deus; os que antes "não eram objeto de
misericórdia", agora porém alcançaram
misericórdia (2,10).
Cristãos entre pagãos
Após essa conscientização da grandeza
da vocação cristã desses "migrantes e
forasteiros", o Apóstolo os exorta a se absterem
dos desejos carnais que combatem
contra a alma (2,11). E os admoesta a terem
um tal procedimento entre os gentios,
que ninguém possa caluniá-los. Pois se
alguém o fizer , como se fôsseis malfeitores,
constatarão as vossas boas obras e
serão levados a glorificar a Deus no dia da
sua Vinda (2,11-12).
Submissão às autoridades
Com termos que recordam o ensinamento
de Paulo aos romanos (Rm 13,1-7),
Pedro recomenda a submissão a toda autoridade
humana, por causa do Senhor
(2,13): quer ao rei, ou seja, o Imperador,
quer aos governadores, como seus representantes
para punirem os malfeitores e
premiarem os que fazem o bem (2,14).
Recomendando que não abusem da liber-
1) Quem eram e como eram, socialmente,
os destinatários da carta? 2)
Como é que seu autor se apresenta?
Por que escreve a comunidades tão distantes?
3) Quais os motivos por que
Para refletir:
Divulgação/JA
dade como pretexto para o mal, o Apóstolo
ensina que o cristão, mesmo sendo livre,
é sempre servo de Deus (2,16). Em
suma, o cristão deve honrar a todos, amar
os irmãos, temer a Deus, honrar o rei (2,17).
Servos e patrões
A submissão aconselhada, agora, é a
dos servos domésticos a seus patrões, com
todo o respeito, não só aos gentis e bondosos
mas também aos intratáveis (2,18). A
seguir, apelando para o exemplo do Cristo,
que, sem cometer pecado algum, foi injuriado
e não retribuiu as injúrias (2,21-24),
Pedro aconselha a paciência, mesmo no
caso de castigos injustos. E insiste: Nisto
consiste a graça: sofrer injustamente, suportando
as aflições, com a consciência da
presença de Deus (2,19). A seguir, concluindo
a motivação cristológica, afirma: Ele
carregou nossos pecados em seu próprio
corpo, sobre a cruz, a fim de que, mortos
para o pecado, vivamos para a justiça.
Andáveis desgarrados como ovelhas, mas
agora voltastes ao Pastor e guarda de vossas
vidas (2,24-25). Aqui, uma observação.
A submissão aconselhada não é conformista,
pois se inspira no exemplo do Cristo e
acredita que esses "estranhos no mundo"
vencerão, sim, mas pela fé e pelo amor.
Pe. Ney Brasil Pereira
Professor de Exegese Bíblica no ITESC
Pedro bendiz a Deus? 4) Em que sentido
esses cristãos são (somos) "pedras
vivas", "novo povo", "novo sacerdócio"?
5) Como entender a submissão aconselhada
às autoridades e aos patrões?
Faça como Guilherme Luiz de Souza, de Florianópolis, escreva para o Jornal
da Arquidiocese, responda as questões desta página e participe do sorteio de
uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros e Objetos Religiosos Católicos
(48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 - Centro -
Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: jornal@arquifloripa.org.br

A
celebração da quarta-feira
de Cinzas, realizada no dia
21 de fevereiro, às 18h15min,
na Catedral de Florianópolis, marcou
a abertura da Campanha da
Fraternidade de 2007, na Arquidiocese.
A missa foi presidida pelo
nosso Arcebispo Dom Murilo
Krieger. Durante a celebração,
houve encenações artísticas alusivas
ao tema da CF "Fraternidade
e Amazônia", feitas por jovens
assistidas pelas Irmãs Franciscanas
Angelinas.
Durante sua homilia, Dom
Murilo disse que o tema desta
Campanha da Fraternidade é
muito importante para toda a
Igreja. Ela chama a atenção
para a necessidade de enviarmos
missionários para a Amazônia.
"Somos chamados a conhecer
a situação e denunciar o
que deve ser denunciado, solidarizando-nos
com as pessoas
que lá vivem e concretizando
essa solidariedade", disse.
IMPRENSA: No mesmo dia,
a partir das 14h30min, Dom
Março de 2007 -7
Celebração marca abertura da CF-2007 na Arquidiocese
Acompanhado por Dom José (dir.), Dom Murilo apresenta aos membros da imprensa
os materiais elaborados pela CNBB para dinamizar a CF-2007 nas comunidades
Murilo, acompanhado de Dom
José Negri, nosso bispo auxiliar,
e de Pe. Carlos Rogério Groh,
coordenador de Pastoral, recebeu
a imprensa local no auditório da
Cúria Metropolitana. Durante a
Coletiva, Dom Murilo falou dos
objetivos da Campanha e esclareceu
dúvidas dos jornalistas.
Perguntado sobre a presença da
Igreja na Amazônia, Dom Murilo
esclareceu ela está presente naquela
região desde o século XVII,
com os primeiros missionários.
Formação nas comarcas foi um sucesso
Para dinamizar a Campanha
da Fraternidade na Arquidiocese,
foi formada uma comissão dividida
em três grupos para ministrar
seminários de preparação
nas comarcas. Nos dias 24 e 25,
quatro regiões receberam as
equipes de formação.
No dia três de março, a partir
das 9h, será a vez da Paróquia
Sagrado Coração de Jesus,
em Leoberto Leal. No mesmo
dia, às 14h, duas equipes esta-
rão na Paróquia São Luiz Gonzaga,
em Brusque, e a Paróquia
São Sebastião, em Tijucas, para
assessorar os seminários. No
dia 24, a partir das 14h, as Paróquias
Senhor Bom Jesus de
Nazaré, em Palhoça, e Santíssimo
Sacramento, em Itajaí,
foram as escolhidas para a realização
dos Seminários.
Em Palhoça, a grande maioria
das paróquias se fez presente
com lideranças, somando
Em Santo Amaro, 115 pessoas da paróquia participaram do seminário. O pároco
Frei Pedro da Silva, participou do evento e fez o encerramento e o envio
Foto JA
CF-2007
mais de 100 participaram no
Seminário. O encontro foi aberto
pelo Pe. Carlos Rogério Groh,
coordenador de Pastoral. Em
seguida, a equipe de formação
deu início ao seminário. Eles dividiram
a apresentação em introdução,
ver, julgar e agir. No agir,
os participantes foram divididos
em dez equipes para refletir sobre
propostas de ações da CF
em suas comunidade e um participante
de cada equipe apresentou
as propostas discutidas.
Quase cem pessoas da
Comarca de Itajaí participaram
do Seminário. O evento teve a
abertura do Pe. José Besen, e
deu prosseguimento com a equipe
de formação. "Apesar da troca
inesperada de local, prevista
inicialmente para o Paróquia
Dom Bosco, a participação foi
muito boa", disse Adelir Raupp,
coordenadora da CF e membro
da equipe de formação.
No dia seguinte, foi a vez de
Santo Amaro e Florianópolis. O
auditório da Igreja Matriz de Santo
Amaro acolheu 115 participante.
O encontro teve início com a
acolhida da Irmã Cecília Luft, das
irmãs escolares de Nossa Senhora,
coordenadora de Cate-
Foto JA
Caminhada alerta para as
nascentes dos rios
Como gesto concreto da
Campanha da Fraternidade de
2007, a equipe de coordenação
realizará uma caminhada ecológica.
O objetivo é reunir lideranças
de todas as comunidades
da Arquidiocese, no dia 18 de
março, para conhecer a foz do
Rio Cubatão, um dos principais
pontos de coleta da água que
abastece os municípios de Palhoça,
São José e Florianópolis.
Um ônibus estará aguardando
a partir das 7h30 no largo da
Alfândega, em Florianópolis, com
saída às 8h. Os participantes deverão
estar concentrados às
8h30min na entrada da Guarda
do Cubatão, próxima a Polícia
Rodoviária de Palhoça. Nesse
quese.
Dentro do agir, os participantes
refletiram sobre duas perguntas:
como agente pastoral, qual
a sua responsabilidade ao sair
deste seminário?; e qual a ação
concreta podemos assumir para
sermos solidários no chão da
Amazônia e no nosso chão?.
Frei Pedro da Silva, o pároco, fez
o encerramento e o envio.
Em Florianópolis, 30 lideranças
da Comarca de Florianópolis,
participaram do Seminário
na Paróquia. Frei Gunther
Max Walzer, o pároco, fez a
abertura do evento, agradecendo
a presença e enaltecendo a
sua importância. Durante o encontro,
os participantes foram
horário, sairão em caminhada,
com carro de som, entoando
cantos, palavras de ordem e faixas,
alertando para a situação
do Rio Cubatão. Às 9h30min,
após vencerem os 3km, será celebrada
missa na gruta da comunidade
Santa Teresa.
Após a celebração, os participantes
serão convidados a fazer
uma caminhada costeando
o Rio Cubatão, para conhecerem
o rio que fornece a água que consumimos.
"Nossa intenção, com
a caminhada, é dizer que a natureza
é um dom de Deus e
mostrar como a estamos tratando",
disse Adelir Raupp, coordenadora
arquidiocesana da
Campanha da Fraternidade.
Em Palhoça, mais de 100 participantes de quase todas as paróquias da Comarca, participaram
da formação ministrada por uma das equipes de preparaçao da CF-2007
Foto JA
convidados a assistir ao vídeo da
Campanha, produzido pela
CNBB.
AVALIAÇÃO: Para Adelir
Raupp, coordenadora da CF-
2007, a realização dos seminários
foi muito positiva, superando
as expectativas iniciais. Segundo
ela, os padres concordaram
com o método e assumiram
a proposta de levar formação até
as comunidades.
"Nos anos anteriores a formação
acontecia em apenas
dois pontos da Arquidiocese e
dificultava a participação. Com
a abertura de mais locais, isso
facilitou o acesso das lideranças
e elas corresponderam", disse.

8-
Março de 2007
Garopaba: a vila de pescadores encontrou no turismo sua vocação
Localizada no ponto mais ao
sul da Arquidiocese, a 96km
de Florianópolis, o município
de Garopaba foi descoberto pelos
turistas, sobretudo gaúchos e argentinos,
que durante a temporada
de verão fazem dela seu ponto
de encontro. A cidade, que outrora
foi uma vila de pescadores, encontrou
no turismo sua principal vocação.
O mar e as ondas trouxeram
também a moda surf, e com ela,
as indústrias de confecção, que
hoje, com o turismo, são as principais
fontes de emprego para a
população. O município, com cerca
de 12 mil habitantes, chega a
receber 70 mil turistas durante os
meses do verão.
No meio disso, está a Paróquia
São Joaquim, uma das mais
antigas da Arquidiocese, que tem
a mesma área de abrangência do
município. Ela conta com 20 comunidades.
Para facilitar o atendimento
e o trabalho de formação,
ela foi dividida em quatro setores.
"Uma das dificuldades é o transporte.
Com a criação dos setores,
o atendimento ficou mais próximo
e essa dificuldade foi minimizada",
disse Pe. Mário Sérgio do Nascimento,
administrador paroquial.
A paróquia conta com oito pastorais,
quatro ministérios e quatro
associações ou movimentos. Entre
esses trabalhos, conheça os
que se destacam:
Dízimo - Até há alguns anos,
a principal fonte de renda eram as
festas e os bailes. Numa atitude
ousada, decidiu-se abolir total-
mente os bailes dos salões. A decisão
foi tomada em benefício da
pastoral do Dízimo. "Fizemos uma
experiência em algumas comunidades,
e percebemos que naquelas
em que havia um trabalho de
conscientização quanto ao dízimo,
havia resposta melhor que os bailes",
disse Pe. Mário Sérgio. De
início, a idéia causou revolta na
comunidade, mas aos poucos
estão aceitando.
Catequese - Está presente em
quase toda a paróquia. Apenas
duas comunidades não têm catequese
organizada localmente por
serem muito pequenas. No último
ano, 204 crianças receberam o
sacramento da comunhão e atualmente
há 794 crianças e adolescentes
participando dos encontros
de catequese. Para dar conta desse
trabalho, a paróquia conta com
120 catequistas. Elas recebem formação
bimestralmente, divididas
por setores. Este ano a paróquia
começa a investir na formação para
os pais dos catequizandos. Sempre
durante a última sexta-feira de
cada mês.
A Catequese de Adultos também
merece destaque. O trabalho
iniciou em 1998 e todos os
anos, de Março a julho e de Agosto
a novembro, reúne cerca de 50
catequizandos. É um trabalho que
visa dar o sacramento da comunhão,
crisma, matrimônio, e tem
despertado novas lideranças para
as comunidades. A Pastoral da
Adolescência também é forte. Ela
reúne os adolescentes que termi-
PARÓQUIA
naram a catequese de primeira
eucaristia e estão aguardando
para poderem ingressar na catequese
de crisma. Ela está presente
em quase toda a paróquia e
reúne 152 adolescentes.
Pastoral Litúrgica - O trabalho
litúrgico está presente em toda
a paróquia. Como foi percebido
que a grande maioria das lideranças
da liturgia são catequistas, a
paróquia decidiu unir os dois tipos
de formação num só dia. "Isso
facilitou a formação para as duas
pastorais, pois antes as participantes
precisavam deslocar-se
duas vezes, quando agora é uma
vez só", disse Maria Eugênia
Alves, que coordena a pastoral
litúrgica e a catequese.
Pastoral da Saúde - Em
uma comunidade empobrecida e
distante dos recursos médicos,
esta pastoral realiza um importante
trabalho. O esforço está concentrado
na manipulação dos
fitoterápicos. Todas as terças e
quintas-feiras, um grupo de voluntários
se reúne no salão da Matriz
para fazer a preparação dos
remédios, que são vendidos todos
os dias na secretaria paroquial.
Periodicamente, as voluntárias
recebem formação através de
uma equipe da UNISUL.
Missões Populares - A paróquia
está se preparando para realizar
as Santas Missões Populares.
Por um mês, de 28 de julho a
26 de agosto, 10 freis capuchinhos
Rádio Garopaba é a “Voz da Comunidade”
No próximo dia 14 de maio, a
comunidade estará celebrando os
10 anos de fundação da Rádio
Comunitária Garopaba FM, 104,9.
Em 1997, os freis franciscanos realizaram
missões populares na
paróquia e perceberam a dificuldade
de comunicação entre as comunidades,
então propuseram
que se No mesmo ano, os CPCs
se reuniram e criaram a Associação
Comunitária Garopabense de
Em funcionamento há sete anos, a Rádio tem como missão incurtar distâncias
Foto JA
Comunicação, que deu início ao
projeto, colocado em prática três
anos depois.
A programação é bastante
diversificada. Parte é destinada
à paróquia, com a transmissão
de celebrações e espaço para as
pastorais. Mas as entidades do
município também têm o seu
espaço. Todos os dias, pela
manhâ e tarde, são destinados
20 minutos para que manifestem,
que se repete a cada 15 dias.
A participação do ouvinte é também
valorizada. Durante toda a programação,
eles podem oferecer
músicas, prestar homenagem ou
mandar um recado para alguém de
uma comunidade distante. “A Rádio
está realizando o que era o seu
objetivo desde o início, o de reduzir
distâncias”, disse o Diácono
Luiz Carlos Gonçalves, diretor de
programação e participante da rádio
desde o início.
Foto JA
Antiga Igreja Matriz de São Joaquim (detalhe), com capacidade para 80 pessoas
sentadas, cedeu lugar a uma nova, que acolhe 500 pessoas sentadas, ainda em
fase de acabamento e prevista para concluir em cinco anos.
estarão na paróquia para realizar
a visitação às casas, realizar encontros
e motivar para a celebração
do centenário de criação da
diocese de Florianópolis. "Será
uma forma de missionariamente
motivar a comunidade para a sua
participação na vida da Igreja", disse
Pe. Rafael Aléx Lima da Silva,
vigário paroquial. Segundo ele,
há dez anos não ocorrem missões
na paróquia.
História: A primeira ocupação
mais estável de Garopaba
se deu em 1692, quando colonos,
chefiados por Antônio
Bicudo Camacho, localizaramse
em Araçatuba e Maciambu.
No século XVIII, a ocupação foi
intensificada: em 1748 chegaram
os primeiros barcos transportando
imigrantes das Ilhas dos
Açores. Esses imigrantes açorianos,
de grande religiosidade,
foram, em seus primórdios, atendidos
pelos Padres de Laguna,
a cuja Paróquia pertenciam.
Mais tarde passaram a pertencer
à Paróquia do Desterro e,
depois, à da Enseada de Brito.
Um Decreto Imperial de 09
de dezembro de 1830 criou a
Paróquia local, com o patrocínio
de São Joaquim. Entre 1917 e
1976 não contou com pároco
residente, sendo anexada, primeiro,
à Paróquia de Mirim e,
em 1967, à de Paulo Lopes. Finalmente,
a 17 de dezembro de
1976, Dom Afonso Niehues
reativou a Paróquia, definindo-lhe
novamente os limites, que deviam
coincidir com os do Município,
à exceção das Comunida-
Pastoral da Criança - Em
uma comunidade empobrecida e
distante dos recursos médicos,
a Pastoral da Criança faz um trabalho
fundamental. Atualmente,
em toda a comunidade paroquial
não há uma gestante desnutrida
e uma criança sem acompanhamento.
Isto, graças ao bom trabalho
desenvolvido pelas voluntárias
da pastoral. Trabalho que já
mereceu destaque nacional.
des de Gamboa e Penha, as
quais continuaram com a Paróquia
de Paulo Lopes.
Com Pe. Francisco Wloch,
que aí permaneceu de 1976 a
1987, começa a história recente
da paróquia. Com poucas
condições de trabalho, desdobrou-se
para conseguir atender
a todas as pobres comunidades.
Sem casa paroquial, residiu
numa casa de família, e trabalhou
para conscientizar os
paroquianos da necessidade de
se engajarem na manutenção
da paróquia. Pouco a pouco, a
situação começou a mudar.
Hoje, a paróquia conta com
um pároco e um vigário residentes.
A antiga Igreja Matriz, com
capacidade para 80 pessoas
sentadas, cedeu lugar a uma
nova igreja, moderna, espaçosa,
que acolhe 500 pessoas
sentadas. Faltam agora os detalhes
do acabamento. Iniciada
há 10 anos, estima-se que a
obra deva levar mais uns cinco
anos para ficar totalmente pronta
e consumirá cerca de R$ 200
mil, bastante dinheiro para uma
comunidade modesta.

Bispos da Arquidiocese participaram de
encontro com o Papa Bento XVI
Nos meses de fevereiro, nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger e nosso
bispo auxiliar Dom José Negri, ao participarem
de compromissos em Roma, tiveram
a oportunidade de um encontro com
o Papa Bento XVI. Esse foi o primeiro contato
dos dois bispos com o Papa.
Dom Murilo havia participado da solenidade
de posse de Bento XVI, mas este
foi o seu primeiro encontro com Sua Santidade.
O encontro foi realizado no final
da Audiência Geral na Sala Paulo VI, no
dia 24 de janeiro.
Dom José cumprimentou o Papa no
final do Encontro dele com os Bispos
amigos do Movimento dos Focolares e da
Comunidade de Santo Egídio, no dia 8 de
fevereiro de 2007, no Vaticano.
Dom José cumprimentou o Papa no dia 08 de fevereiro junto com outros bispos
Durante a visita papal ao Brasil, em maio
próximo, será realizado um encontro do Papa
com a juventude. O evento será realizado
no dia 10 de maio, às 18h, no Estádio do
Pacaembu, em São Paulo. Os jovens da
Arquidiocese têm 310 vagas garantidas.
O anúncio do número de vagas foi
anunciado por Dom Murilo e o setor da
juventude da Arquidiocese já está organizando
a comitiva. Já estão sendo feitos
orçamentos para ônibus. "O nosso objetivo
é preencher todas as vagas e garan-
Divulgação/JA
Dom Murilo teve um encontro com o Papa no final da Audiência Geral, realizada no dia 24 de janeiro
Jovens garantem vagas no encontro com o Papa
tir a nossa participação", disse Cleber de
Oliveira Rodrigues, secretário liberado da
Pastoral da Juventude da Arquidiocese e
secretário do setor da Juventude, que em
2005 participou da Jornada Mundial da
Juventude em Colônia, na Alemanha.
Segundo ele, a proposta ainda será
levada para reunião do Setor, onde será
definida a participação dos jovens. O encontro
será realizado no dia 17 de março,
às 8h30min, na Paróquia São João
Batista, em Itajaí.
Divulgação/JA
CENTENÁRIO
A Diocese de São Salvador da Bahia
O pedido do Rei foi aceito pelo Papa Júlio III
em 25 de fevereiro de 1551: criava-se a primeira
Diocese brasileira, com um território muito
vasto: todo o país. O primeiro Bispo foi Dom Pero
Fernandes Sardinha (1496-1556), Doutor em
Cânones, que aqui chegou em junho do ano
seguinte. Mas, não se deu bem: não entendeu a
situação, entrou em conflito com os missionários
jesuítas, não gostava dos índios e acabou dirigindo-se
a Portugal a fim de apresentar queixas
ao Rei. Na viagem de volta, o navio naufragou e
D. Pero e outros passageiros conseguiram alcançar
a praia, onde foram trucidados pelos indígenas
caetés em 16 de julho de 1556.
O novo Bispo, Dom Pedro Leitão (1519-
1573), chegou três anos e meio mais tarde. Aliás,
este era um grande problema. Muitos espaços
entre a saída e a chegada de um Bispo. No
mínimo, dois anos. Casos houve em que levou
11 anos para a escolha de um novo. Um dos
motivos era a dificuldade de comunicação. Depois,
o processo de escolha. O Rei fazia a sua
escolha. Comunicava ao Papa. Que comunicava
ao Rei. Que comunicava ao candidato eleito.
Que podia aceitar ou não. Que devia ter tempo
para se preparar. Que devia viajar. E assim os
anos se passavam...
Mas, como estava Santa Catarina nessa
hora? Apenas começando! Era o grande "Sertão
dos Patos", nome dado aos índios carijós
(guaranis). Os primeiros missionários chegaram
aqui por acaso: dois franciscanos, o padre Frei
Bernardo de Armenta e o irmão religioso Frei
Alonso Lebrón, vítimas de um naufrágio.
Missionaram por aqui em 1537, retornando nos
anos seguintes. Instituíram florescentes missões
nos atuais territórios de São Francisco do Sul,
Ilha de Santa Catarina e Laguna.
Os jesuítas, entre eles o Pe. Leonardo
Nunes, chegaram em 1549. São, porém, missões
esporádicas. Não podem produzir muitos
frutos porque os portugueses querem índios para
escravizá-los. Gostam do missionário enquanto
ele "amansa o índio", tornando-o um bom escravo
para as fazendas.
A Diocese do Rio de Janeiro
O território era grande demais para um Bispo
só. Por isso, a pedido do Infante Dom
Henrique, o Papa Gregório XIII criou a Prelazia
de São Sebastião do Rio de Janeiro, a 19 de
Julho de 1575. Prelazia é um território administrado
por um Bispo ou Presbítero, mas sem a
organização de uma diocese. É como que uma
Diocese em preparação. A prelazia do Rio de
Janeiro administrava todo o Sul do Brasil. Foi
elevada a Diocese em 22 de novembro de 1676.
O povoamento de Santa Catarina era muito
lento. A primeira Paróquia foi a de São Francisco
do Sul, em 1665. A segunda Paróquia foi a de
Santo Antônio dos Anjos da Laguna, em 1697. No
século seguinte em 1714, a Ilha de Santa Catarina
Março de 2007 -9
A Arquidiocese de Florianópolis
tinha apenas 147 brancos, e nela foi criada a
Paróquia de Nossa Senhora do Desterro.
A situação demográfica se alterou com a chegada
de "casais açorianos" entre 1748-1753,
período em que aportaram 6 mil pessoas. Vinham
das Ilhas dos Açores. Sempre em casais. Famílias
bem constituídas e profundamente religiosas. Os
açorianos, cujas fundações deram origem a diversas
paróquias na Ilha e no Continente, mantiveram
viva a tradição da fé, com suas devoções
da Semana Santa, do Divino, dos Ternos de Reis,
as mesmas já cultivadas pelos bandeirantes
paulistas fundadores do Desterro, Laguna, São
Francisco e, depois, Lages. Com os açorianos
vieram alguns padres, num gesto solidário de
acompanhar seus paroquianos. Outros vinham
de Portugal e outros eram daqui mesmo. Às vezes,
acontece que algumas Paróquias não têm
vigários, nem sempre por falta de padre. Ou era a
situação de penúria que afastava possíveis candidatos,
ou era o processo de escolha.
Quando uma Paróquia vagava, abria-se
concurso. Os habilitados prestavam exames e
recebiam o cargo de "Vigário Encomendado"
por um ano, podendo ser renovado. Após um
novo exame, poderia ser promovido a "Vigário
Colado", isto é, vitalício. Outros ficavam Vigários
Coadjutores. Outros, sem cargo nenhum. O Rei
pagava muito mal os padres: tinham de construir
sua casa, manter-se com uns miseráveis e atrasados
soldos. Como diversos não tinham muita
formação ou base espiritual, empregavam-se no
governo, compravam fazendas, recolhiam-se à
vida particular, de vez em quando reaparecendo.
Contudo, apesar desse pouco caso do Rei
pela Igreja, pela demora em construir e reformar
matrizes, a fé se mantinha, muito mais em tradições
do que num verdadeiro espírito eclesial.
Mas, como poderiam fazer diferente se não havia
quem pregasse a Palavra?
O Bispo do Rio de Janeiro estava muito distante
para ver as coisas "in loco". Mandava um
"Missionário Apostólico". A primeira visita Pastoral
à Província de Santa Catarina foi em 1815, a
segunda em 1845 e a terceira, em 1895!
Para solucionar de certa forma o problema,
foi criado o Arciprestado de Santa Catarina, a 2
de abril de 1824. O Arcipreste tinha poderes
extraordinários de governo: podia nomear vigários,
dar dispensas, resolver problemas que
requereriam muito tempo, caso fosse esperar
por uma resposta do Rio de Janeiro.
É bom não esquecer que o Estado durante
três anos (1746-1749) pertenceu à Diocese de
São Paulo (criada em 1709), depois retornando
à administração do Rio de Janeiro. A região do
Planalto por mais tempo dependeu de São Paulo,
pois Lages foi fundação bandeirante e era
caminho entre Sorocaba e os campos de Viamão.
Pe. José Artulino Besen
Continuação
(a última parte na próxima edição)

10-
Março de 2007
GBF
Grupos Bíblicos em Família - Sua História
Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Paulo Lopes
Em Paulo Lopes, os Grupos
Bíblicos em Família, GBF,
iniciaram-se em 1982. Foi
com um encontro numa casa
onde foram convidados familiares,
vizinhos e amigos para rezarem
juntos e, a partir daí, procurarem
transformar a realidade
social da comunidade. O então
seminarista Domingos Nandi, juntamente
com um grupo de senhoras
da Rua Ana Raupp de Sá, lideradas
pela D. Edinete, com
muita fé e coragem, iam de casa
em casa conversar com cada família,
explicando o que se pretendia
fazer com aqueles grupos
chamados na época Grupos de
Reflexão: rezar, refletir e transformar
a realidade.
Trabalhos sociais importantes
foram e ainda são realizados.
Destacamos aqui um caso que
chamou muito a atenção da comunidade.
Certa vez, visitando
uma das casas em um dos bairros
mais carentes de Paulo
Lopes, o Grupo de Reflexão encontrou
aí uma situação de total
miséria e falta de higiene. Uma
numerosa família vivia num cubículo,
sem as mínimas condições
sanitárias. Faltava tudo, desde
comida, roupa, saneamento básico,
etc. O Grupo então decidiu:
precisamos fazer algo aqui. Reuniu-se
a comunidade, levou-se o
caso ao conhecimento da Assistente
Social da Prefeitura e a
partir daí a situação começou a
mudar. Com a ajuda da comunidade
e o envolvimento das pastorais
e do Movimento de Cursilho,
aquela família começou a
viver com mais dignidade.
Os grupos foram se organizando
nos bairros. Eram feitas vi-
sitas a outras comunidades e assim
os grupos foram se multiplicando.
Hoje os grupos estão organizados
em quase todas as 13
comunidades da paróquia. Temos
GBF na Matriz, Penha, Morro
Agudo, Cova Triste, Freitas,
Sorocaba, Areias, Ribeirão,
Gamboa e Bom Retiro.
Para incentivar ainda mais a
criação de novos Grupos, o atual
pároco, Pe. Celso Antunes
Duarte, está realizando em cada
comunidade, uma missa mensal
em uma casa, escolhida pela
própria comunidade. A Liturgia da
Palavra é feita a partir de um dos
encontros do livrete dos GBF:
geralmente é o encontro seguinte
ao último feito pelos Grupos
nas casas. A Liturgia Eucarística
segue a do dia. Com isso, é incentivado
o uso do livrete dos
GBF e a formação de um novo
grupo naquela localidade onde
aconteceu a Santa Missa. A cada
mês uma região da comunidade
é contemplada.
É Quaresma! Tempo de conversão,
reflexão e mudança de
vida. Para bem viver a dimensão
social da Quaresma, a Igreja
sempre nos propõe a Campanha
da Fraternidade. Este ano, focalizando
a Amazônia, precisamos
conhecê-la melhor, seus povos,
seus desafios, e também os gestos
de solidariedade que se esperam
de nós.
Os Grupos Bíblicos, nos
quais estamos inseridos, são
espaços importantes de discussão
e debate sobre o tema. É
necessário construirmos um
A cada novo livreto, de acordo
com o tempo litúrgico, acontece
na Igreja Matriz o seu lançamento,
com a realização da Celebração
Inicial. Todas as comunidades
são convidadas a participarem.
Sempre há um momento de
formação. A Coordenadora paroquial,
D. Edinete, participa de todos
os encontros de formação que
acontecem em nível comarcal e
arquidiocesano.
Em Paulo Lopes, os GBF têm
despertado novas lideranças para
as pastorais e movimentos,
como também têm despertado a
criação de novas pastorais e
movimentos na paróquia, dinamizando
assim a comunhão eclesial.
Os Grupos Bíblicos em Família
são hoje uma bênção para
a nossa Igreja, um novo jeito de
ser Igreja: A Igreja nas casas é o
jeito como Deus quer que sua
Igreja seja nos dias de hoje.
Pe. Celso Antunes Duarte
coordenação paroquial
Vida e Missão em nosso chão
mutirão de solidariedade, lançar
um convite à mudança de vida,
propondo novas atitudes que promovam
a vida e a justiça. O Brasil
vive um momento onde o mercado,
a globalização e o lucro
ganham espaços, em especial na
região amazônica. Um país onde
os pequenos cada vez mais são
"esmagados" pela ganância dos
grandes. Onde a solidariedade e
a vida comunitária são ofuscadas
pelo egoísmo e pela exploração.
Um país que destrói suas belezas
naturais e florestas, em nome
de um progresso que mata, en-
Arquivo/JA
Grupos Bíblicos em Família -
A Igreja nas Casas
Na preparação do centenário
de nossa Diocese,
queremos reviver a caminhada
dos Grupos Bíblicos
em família em âmbito arquidiocesano.
Em cada edição
do Jornal Arquidiocesano,
gostaríamos de fazer a
memória dos GBF nas comunidades
eclesiais de
nossas paróquias. Os relatos
enviados serão divulgados.
Com a partilha desta
memória queremos recuperar
o primeiro amor pelos
grupos e incentivar a
criação de novos grupos.
De fato, fazendo a memória
da caminhada da comunidade,
se perceberão os
ensinamentos e compromissos
que foram vividos.
Muitos animadores perceberão
o caminho percorrido
e o quanto os GBF contribuíram
para seu próprio
amadurecimento na fé em
Jesus Cristo e no crescimento
como pessoa engajada
na comunidade.
Neste mês de março, a
Paróquia do Sagrado Coração
de Jesus de Paulo
Lopes partilhou a sua caminhada
conosco. Muito
agradecemos.
A Quaresma é um tempo
propício para refletir sobre
nossa vida cotidiana,
a vivência da fé e a convivência
com os irmãos e irmãs.
Os GBF querem ser
um instrumento, com o
uso dos livretos de encontros,
para ajudar as famíli-
fim, um país de injustiças. As
comunidades da Amazônia, de
forma organizada respondem a
esses desafios com atitudes de
fraternidade. Buscam através das
iniciativas coletivas e solidárias
o uso consciente da floresta para
sua sobrevivência. São mulheres,
homens, indígenas, negros, que
se organizam em cooperativas
e movimentos sociais na luta pela
defesa de seus direitos.
Essa realidade identificada,
não é apenas vista na Amazônia,
este cenário de injustiça,
egoísmo e exploração também
as a fazerem essa reflexão,
neste ano em solidariedade
com os nossos irmãos
e irmãs que vivem
na Amazônia.
Considerando a proposta
da Campanha da Fraternidade,
somos convidados
a acolher os povos da Amazônia
e toda aquela realidade
como dom de Deus confiado
a todos os brasileiros.
Isto nos leva a refletir sobre
o ambiente em que vivemos
e a promover ações concretas
de conscientização, p.
ex.: reciclagem do lixo a
partir de nossas casas, não
poluir os rios de nossa região
com agrotóxicos, buscar
aos órgãos públicos e
secretarias de meio-ambiente
o direito de ter saneamento
básico em nossas
comunidades. A estas
ações devemos somar nossa
contribuição financeira,
com a Coleta da Solidariedade
no Domingo de Ramos.
Estas iniciativas dos
GBF certamente contribuirão
para a conscientização
e organização da própria
comunidade eclesial em
comunhão com outras organizações
da comunidade,
Ongs e outras Igrejas.
O mundo criado por
Deus espera um maior cuidado
dos filhos e filhas que
n'Ele crêem.
Maria Gloria da Silva Luz
Articuladora Arquidiocesana
dos GBFs
está presente em nossas comunidades.
Precisamos em nossos
grupos bíblicos cultivar a semente
da solidariedade e da justiça.
Aceitando o outro, a outra, com
suas diferenças, sejam elas étnicas
ou físicas; respeitando as
pessoas em seu modo de viver
e pensar; promovendo cada vez
mais a vida em comunidade, promovendo
ações coletivas e de
partilha. Somos chamados e
chamadas por Deus, Criador de
toda a natureza, a promover iniciativas
solidárias de luta e defesa
da vida.
Carla Cristiane G Oliveira
Equipe de redação

Elétricos, Hidros, Ferragens e Utilidades
Rua Mário Lacombe,738 - Canasvieiras
(Em frente ao Banco do Brasil)
Florianópolis - SC
Março de 2007 -11
3ª Assembléia da Cáritas Brasileira Regional de Santa Catarina
Nos dias 13 e 14 de fevereiro
foi realizada a 3ª Assembléia
da Caritas Brasileira -
Regional de Santa Catarina, na
Casa de Encontros "Recanto
Champagnat", Lagoa da Conceição,
em Florianópolis. A Assembléia
começou pela manhã com
a oração, onde a meto-dologia e
os princípios da Dança do Paude-Fita,
do folclore ilhéu, motivaram
a todos.
Dom Murilo esteve presente
e deu boas vindas aos participantes
das 10 dioceses do Estado.
Em seguida, foi realizada
a análise de conjuntura. Licídio
Ravanello (MST/SC) abordou as
questões nacionais e os desafios
dos movimentos sociais frente
à atual conjuntura.
A realidade catarinense foi
apresentada por Valmor Umbelino
(CUT/SC), que sinalizou os principais
indicadores da situação
sócio-econômica de nosso Estado.
A representante da Cáritas Brasileira,
Dalila Pedrini, trouxe elementos
da caminhada da Cáritas
no Brasil, o papel social da Igreja
e todo o processo de construção
da 4ª Semana Social Brasileira.
Através deles, foi possível ter
um olhar sobre o panorama nacional,
nos aspectos políticos e
sociais, identificando claramente
a importância da presença da Igreja
nesse espaço. Num segundo
momento, os participantes se reuniram
em grupos para discutir algumas
prioridades que a Cáritas
Regional deveria estar assumin-
do em 2007, frente à realidade
catarinense e à caminhada das
dioceses no campo social.
A Assembléia tirou como prioridades:
formação para a solidariedade
(políticas públicas, economia
solidária e agentes Cáritas);
organização, fortalecimento e
sustentabilidade da Rede Cáritas;
articulação com as Pastorais Sociais
e Movimentos Sociais; e mobilizações
cidadãs (relação da
Cáritas com a sociedade).
A Assembléia também contou
com um momento de eleição para
Secretário Executivo e dois membros
do Conselho da Cáritas Regional,
sendo escolhido o Pe.
Roque Favarin para secretário
executivo (Diocese de Caçador) e
para o conselho Pe. Caetano
MENSAGEM PASTORAL AO POVO DE DEUS
Mensagem Pastoral ao Povo de Deus sobre a visita do Papa Bento XVI
ao Brasil e a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano
A Igreja Católica no Brasil terá
a graça de viver, em maio deste ano, dois momentos
extraordinários: a visita do Papa Bento XVI e a
Conferência Geral do Episcopado da América Latina
e Caribe, em Aparecida, de 13 a 31 de maio.
Nós, bispos do Brasil, manifestamos nossa alegria
por esses acontecimentos, e convocamos o
Povo de Deus a acompanhar esses eventos.
O Santo Padre visitará o Brasil nos dias 9 a
13 de maio próximo. Nesses dias, Bento XVI
será recebido pelo Sr. Presidente da República e
outras autoridades; terá encontro com a juventude;
com os bispos do Brasil; e celebrará a Santa
Missa campal com intensa participação de fiéis.
No Vale do Paraíba, o Papa visitará a Fazenda
da Esperança - obra dedicada à recuperação
de dependentes químicos - e, na Basílica de N.
Sra. Aparecida, rezará o Rosário, celebrará a Santa
Missa e presidirá a sessão inaugural da Conferência
Geral.
Ao mesmo tempo que nos enche de alegria,
a visita do Papa ao Brasil é também um extraordinário
estímulo à nossa ação evangelizadora.
O Papa - sinal visível da unidade e da comunhão
eclesial - tem a missão de confirmar na fé
os seus irmãos, segundo as palavras de Jesus
a Pedro (cf. Lc 22,32).
Manifestamos nossa profunda gratidão ao
Papa Bento XVI por ter escolhido o Brasil como
sede da 5ª Conferência, junto ao Santuário Nacional
de N. Sra. Aparecida. Com o tema Discípulos
e missionários de Jesus Cristo para que nele nossos
povos tenham vida, a Conferência de Aparecida
reunirá representantes das Conferências Episcopais
de todos os países da América Latina e Caribe,
e contará também com a participação de membros
de organismos da Santa Sé, dos outros Continentes
e alguns convidados.
Conclamamos o Povo de Deus a acompanhar a
Conferência de Aparecida com a oração, reflexão e
escuta da Palavra do Senhor. Nas comunidades,
sejam promovidos momentos especiais de oração
em preparação ao evento. Incentivamos a que todos
participem da visita do Papa e acompanhem,
por diversos meios, o desenrolar da Conferência.
Este é um tempo favorável que a Providência
Divina nos concede! Alegremo-nos e abramos o
nosso coração para ouvir e acolher aquilo que o
Senhor irá falar. Disponhamo-nos a viver de forma
nova e aprofundada a graça de nossa vocação de
discípulos e missionários de Jesus Cristo para
que nele nossos povos tenham vida, pois Ele é o
caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6).
Brasília, 8 de fevereiro de 2007
Cardeal Geraldo Majella Agnelo - Arcebispo
de São Salvador da Bahia - Presidente da CNBB
Os 34 participantes, representando as dez dioceses catarinenses, estiveram
reunidos na Casa de Encontros Recanto Schampagnat, em Florianópolis
(Diocese de Caçador) e a Assistente
Social Jamille (Cáritas de
Lages). A Assembléia encerrou
com uma Celebração Eucarística.
A equipe Regional da Cáritas
de Santa Catarina ficou assim
constituída:
- Secretário executivo:
Seminário discute sacramento da Reconciliação
Mais de 200 lideranças, representando
as Comissões
dioce-sanas da Liturgia e da
Catequese de todo o Brasil, estiveram
reunidos em São Paulo,
de 12 a 16 de fevereiro, para participar
do Seminário sobre Reconciliação.
O Regional Sul IV
esteve representado por nove lideranças,
entre as quais, Irmã
Marlene Bertoldi, coordenadora
regional da dimensão bíblicocatequética,
representando a
Arquidiocese.
Promovido pela CNBB, o
evento teve como objetivo "redes-cobrir
o mistério e o ministério
da reconciliação da comunidade
cristã, a partir de uma renovada
compreensão do Ritual
da Penitência, na perspectiva do
advento do Reino de Deus". "É
um sacramento em crise, que
precisa buscar a sua valorização
Tem de tudo para a construção do seu lar
Divulgação/JA
Pe. Roque Favarin
- Administrativo:
Elisete Della G. Dacoreggio
- Conselho:
Sandra A. S. Schlichting
Jamille Pyared
Pe. Caetano
Neuza Mafra
nas comunidades", disse Irmã
Marlene.
Durante o Seminário, foi
apresentada a leitura da realidade
do sacramento da reconciliação
a partir de uma pesquisa
realizada em nível nacional. Aplicada
em 2006 pela CNBB através
de suas regionais, a pesquisa
destinou-se a avaliar os desafios,
a problemática e o entendimento
desse sacramento.
Ao final, foram apresentadas
algumas propostas de ação
para incrementar a pastoral nas
comunidades. Para colocar em
prática as propostas elaboradas
no Seminário, o Regional Sul IV
realizará um encontro em setembro.
O evento reunirá as lideranças
diocesanas das dimensões
litúrgica e bíblicocatequética.
A data e o local
ainda serão definidos.
Horário:
De segunda à Sábado
8h às 20h.
Aos domingos:
Das 8h30 às 13h e
das 17h às 21h.
Fone/Fax: (48) 3284-3380
E-mail: eletroterraterra@terra.com.br

12-
Março de 2007
Convertei-vos e Crede no Evangelho
Para muitos cristãos, o tempo da
Quaresma perdeu a mística da
conversão e do aprofundamento
espiritual. A sociedade moderna passa
ao largo dessas reflexões teológicas
e nivela os acontecimentos a
partir de outros fatores, que não os
religiosos. Embora a cultura pós-moderna
proclame a falência de ritos e
mitos, o homem atual se mostra sumamente
carente de valores que lhe
dêem segurança e um horizonte
mais amplo que os apregoados pelo
consumismo desenfreado e pela luxúria
como fator de felicidade ao alcance
de todos, em todas as ocasiões.
Falta até mesmo, em muitos
cristãos, a paixão por Cristo e pelo
ideal da santidade, tão sabiamente
sintetizado por Paulo: "que Cristo
seja formado em vós" (cf. Gl 4,19).
Precisamos recuperar os valores
espirituais da Quaresma como verdadeiro
itinerário pedagógico de santidade
e do discipulado de Cristo. A
liturgia deste tempo é particularmente
rica em oferecer os principais elementos
da espiritualidade cristã e
pode servir como conteúdo para a
meditação diária a todos aqueles que
buscam um compromisso mais sério
com Deus, consigo mesmos e
com o próximo.
Retomando a história do povo de
Israel e com ele re-aprendendo o que
significa fidelidade para com Deus,
o cristão é convidado a realizar verdadeira
experiência do que significa
ser cristão. As leituras bíblicas e os
ensinamentos dos Pais da Igreja nos
ajudarão a perceber o caminho de
Deus nos caminhos da nossa vida.
O convite à conversão não constitui
um retorno enfadonho a práticas
medievais; pelo contrário: nada
existe de mais importante do
que recomeçar o processo de
conversão, uma vez que a santidade
não é conquista nossa,
mas dom de Deus.
Tenhamos diante de nós os
grandes temas da quaresma:
oração, jejum, esmola, misericórdia,
conversão, reconciliação,
amor fraterno. A oração é
a luz do espírito; por seu intermédio
chega até nós o verdadeiro
conhecimento de Deus e
de sua vontade sobre nós. Pela
oração nos elevamos até o céu
e descemos ao mais profundo
da realidade humana para experimentar
Deus-amor no amor
dos irmãos. Que poderia Deus
negar à oração, se ele nos mandou
pedir, bater à porta, procu-
Centro e Shopping Itaguaçu
rar (cf. Mt 7,7-8)?
As obras de misericórdia, de acordo
com a capacidade de cada um,
podem aliviar o sofrimento de tantos
irmãos e irmãs. O Senhor prefere a
misericórdia ao sacrifício ritual (cf.
Os 6,6). A circuncisão do coração liberta
o espírito para acolher Deus,
para aceitar o irmão. A palavra de
Deus é cortante como espada de
dois gumes (cf. Hb 4,12). Além do
jejum material, Deus nos convida ao
jejum do coração, dos sentimentos.
Devemos fugir de tudo o que nos
impede do amor e da verdade.
Quaresma é tempo de reflexão, de
conversão, de purificação interior, de
retomar o caminho que nos conduz
a Deus e, por conseguinte, aos irmãos,
tempo de refletir sobre os valores
fundamentais do Evangelho e de
colocá-los em prática, de repartir os
bens materiais e espirituais.
Convido você, amigo leitor, a fazermos
juntos esta experiência, iluminados
pela fé, fortalecidos pela
esperança e consumados no amor,
e como o salmista aclamar: "A lei
do Senhor é perfeita, conforto para
a alma; o testemunho do Senhor é
verdadeiro, torna sábios os pequenos.
As ordens do Senhor são justas,
alegram o coração; os mandamentos
do Senhor são retos, iluminam
os olhos. O temor do Senhor
é puro, dura para sempre. Os
juízos do Senhor são fiéis e justos,
mais preciosos do que o ouro, que
muito ouro fino, mais doces que o
mel e que o licor de um favo" (cf.
Sl 19,8-11).
TUDO EM 5 X SEM JUROS
= Jóias - Relógios - Óculos =
= Diversas Marcas =
Florianópolis -
Santa Catarina
Pe. Valter Maurício Goedert
Professor do ITESC
Dom Murilo impõe as cinzas aos fiéis, com as palavras:
“Convertei-vos e crede no Evangelho”
Fone
(48) 3222-8680
Foto JA
Quaresma, uma vivência ecumênica
É
Quaresma, tempo de aprofundar a
reflexão sobre a vida humana e do
cosmos, rever nossas relações
com as pessoas, com o Criador, com a
natureza. Tempo de intensificar a prática
da caridade e da oração. Tempo de
conversão, reconciliação e comunhão.
Muitas são as vias e as possibilidades
de conversão, reconciliação e comunhão.
Muitos são também os significados
desses termos:
- Conversão, no Primeiro Testamento
- shub - designa o chamado profético
para que o povo de Israel recupere a relação
de aliança com Deus. Tem um significado
coletivo. No Segundo Testamento
significa, sobretudo, abandonar um
caminho errado - epistrephomai - e pensar
de um modo radicalmente novo -
metanoein. Tal foi o que aconteceu com
os discípulos que seguiram Jesus (Lc
22,32; At 9; 2Cor 3,16; Mc 1,15).
- Reconciliação, na ótica cristã, é o
restabelecimento das relações tendo
Cristo como o centro do reencontro com
Deus, com os semelhantes, com a criação
(2Cor 5, 18-21; Col 1; Ef 2). O coração
da fé cristã testemunha a humanidade
reconciliada em Cristo como cumprimento
da aliança do Primeiro Testamento.
Nesse contexto, a Igreja entende-se
a si mesma na medida em que é
realidade e sinal de reconciliação.
- Comunhão significa partilha, compromisso
comum. Seu significado espiritual
se materializa no ato de assumir
um projeto e uma vida comunitária -
koinonia. Cristo é o que restabelece a
nossa comunhão com Deus (R 5). A
comunhão é a concretude da conversão
e da reconciliação.
Conversão, reconciliação e comunhão
não significam, em primeira instância,
mudar de igreja, de religião, de
doutrina, de ideologia. Não significam,
em primeiro lugar, salvar a própria alma
ou entrar em uma nova sociedade. Implicam,
antes de tudo, vínculo com o
Reino de Deus. Significam sempre uma
re-orientação da existência na relação
para com Deus e com os semelhantes,
simultaneamente. Trata-se de uma "guinada
vital" destinada a participar, pela
fé, de uma nova realidade que é o autêntico
futuro da criação.
Esse exercício espiritual é um processo
ecumênico. Todos os credos, todas
as religiões, todas as espiritualidades,
são chamadas à conversão que
reconcilia e constrói a comunhão. Trata-se
de um esforço de purificação de
estruturas, doutrinas, ritos e normas.
Nas igrejas, religiões e espiritualidades,
só tem sentido o que conduz à reconciliação
e comunhão.
Essa é a experiência do Yom Kipur
para os judeus, com orações e penitências;
o Ramadão para os muçulmanos,
com recolhimento, pureza, meditação;
Pratimoksha para o monaquismo budista,
com confissão mútua e o jejum solene.
Para os cristãos, intensa vida de
oração, de penitência, de caridade. Para
todos, é conversão como um cuidado
por autenticidade no ser, por lealdade
nas relações, pela verdade nos pensamentos,
nos gestos e nos afetos. Um
cuidado caridoso pela vida de si mesmo,
dos outros e da criação.
Assim, podemos viver a Quaresma
como um processo ecumênico. Tempo
de diálogo para compreender a verdade
para além do que sei e creio; tempo de
abertura para acolher e ser acolhido nas
diferenças; tempo de convivência na caridade;
tempo de cooperação na construção
da comunhão. Tempo, enfim, que
se eterniza, penetrando na realidade do
divino para onde apontam as igrejas,
religiões e espiritualidades.
Pe. Elias Wolff
Leia mais sobre ecumenismo: www.itesc.ecumenismo.com
Dízimo: evolução da religiosidade
A santidade é a meta de todo cristão,
em especial de todo católico, sendo então
um contra-senso contentar-se com
uma religiosidade superficial e medíocre.
É preciso, pois evoluir na religiosidade
através da partilha com os irmãos, expressão
máxima do amor ao próximo.
Todo santo, canonizado ou não, sempre
soube usar adequadamente os bens
materiais. Seguiam São Paulo: "Então
dora-vante os que fazem compras vivam
como se não estivessem adquirindo coisa
alguma, e os que tiram proveito do mundo,
como se dele não aproveitassem" (cf
1Cor 7,30-31). Deus deseja que usemos
os bens deste mundo observando sua verdadeira
função: devem estar a nosso serviço,
e não nós a serviço deles.
Ter o dízimo como uma experiência de
fé, de esperança e de caridade, é o começo
de nossa mudança de patamar religioso.
É entender o compromisso com o irmão
e com a comunidade religiosa, devolvendo
a Deus o que lhe pertence. Você
aprenderá a colocar seus bens a serviço
dos irmãos, e saberá dispor do fruto do
seu trabalho não só para seu sustento e o
dos seus, mas também para os mais variados
serviços que sua comunidade pode
e deve prestar. É juntar-se a esta gigantesca
tarefa iniciada pelo Senhor Jesus:
tornar o mundo mais solidário, mais humano,
mais família cristã, de acordo com
os ensi-namentos do Evangelho.
Equipe arquidiocesana de dizimo

MISSÃO
50 anos da Encíclica Fidei Donum
A encíclica de Pio XII convidava
as dioceses a doar alguns
de seus presbíteros às missões
além-fronteiras.
No dia 21 de abril, comemo
ramos os 50 anos da publi
cação da encíclica do Papa
Pio XII, intitulada Fidei Donum (o
Dom da Fé). Naquela ocasião, o
Papa fez uma análise das missões
católicas do mundo inteiro, dando
uma atenção particular à África.
Ele exortou todas as dioceses, bispos
e o clero diocesano da Europa
a cooperarem também para a
difusão da Boa Nova, em todos os
cantos do mundo, principalmente
em terras africanas.
A mensagem do Papa foi logo
bem acolhida e, pouco tempo
depois, os sacerdotes Fidei
Donum, padres diocesanos enviados
às missões além-fronteiras,
começaram a partir, principalmente
para a África, mas, quase
em seguida, também para a Ásia,
Oceania e América Latina.
Assim escreveu Pe. Zanchi,
superior geral do PIME: "Quando
a Itália tinha 18.000 missionários
(as) nas missões alémfronteiras,
a fé do povo era mais
forte e a vida cristã mais ativa.
Com o tempo, diminuindo o envio
de missionários (as), a fé e a
vida cristã entraram em crise.
Agora, esta nova forma de os
sacerdotes e leigos viverem e se
engajarem concretamente e diretamente
na ação missionária,
provocou um novo ardor nas comunidades
cristãs da Europa".
Ainda hoje, no Brasil, há muitos
sacerdotes Fidei Donum vindos
da Europa e, vários dentre
eles, foram ou estão sendo nomeados
bispos diocesanos nas
dioceses do Norte e Nordeste.
O Conselho Missionário
Diocesano-COMIDI, como vinha
fazendo há vários anos,
iniciou suas atividade com o
Encontro de Formação e Lazer.
Estiveram presentes cerca de
60 animadores missionários
das diversas comarcas: assessores
dos grupos de Infância e
adolescentes Missionários,
animadores dos conselhos
comarcais e Paroquiais, e diversos
missionários que participaram
das missões na Igreja
Irmã da Barra -BA.
O encontro, que começou
na sexta a noite, foi muito interessante
e proveitoso. Mui-
A missão além fronteiras provoca o crescimento, na fé, da comunidade que se doa
É dando que se recebe
Papa João Paulo II escreveu:
"A fé se reforça, partilhando-a".
De fato, num espaço de 30
anos, as dioceses na África já
começaram a produzir frutos
para si mesmas e para a Igreja
no mundo inteiro.
Os frutos internos são: surgimento
de muitas vocações
diocesanas; nomeação de bispos
africanos; aumento quantitativo
e qualitativo dos catequistas
autóctones; aceleração
do processo de inculturação;
descoberta de recursos materiais
locais.
Encontro de Formação e Lazer
to se refletiu sobre o tema da V
Assembléia de Aparecida "Discípulos
e Missionários de Jesus
Cristo". Particularmente interessante
foi a palestra do Pe. Bruno
Brugnolaro, reitor do Seminário
Missionário do PIME de
Brusque. De forma muito original,
Pe. Bruno apresentou o
tema, baseando-se sobretudo
nos Evangelhos e nas experiências
dos missionários. O encontro
foi encerrado com a celebração
eucarística e o festejo do
aniversário do nosso amigo Domingos,
o organizador das anuais
missões na Bahia. Agradecemos
aos novos animadores
Frutos externos
Num gesto de gratidão para
com a Igreja da Europa, começaram
a surgir vocações religiosas
e missionárias para as congregações
e institutos missionários que
lá trabalham. A África, embora
somente 12% de sua população
seja cristã, hoje é um dos maiores
celeiros de vocações sacerdotais,
religiosas e missionárias
do mundo. Muitas congregações
religiosas européias, que estavam
à beira de serem extintas por falta
de vocações religiosas, hoje estão
se revitalizando graças às vocações
que provém da África.
que vieram se juntar às nossas
fileiras. Deus precisa de
muitos missionários para
construir seu Reino!
Infelizmente não estava presente
a nossa decana Nair que,
poucos dias depois, veio a falecer
de leucemia. Nair era uma
grande animadora missionária.
Centenas de crianças e adolescentes
passaram pela sua
escola e continuam sendo lideranças
na comunidade de
Sertão do Imaruim. Que Deus
a tenha na paz dos bons servidores
do Reino.
Pe. Paulo de Coppi
Divulgação/JA
Março de 2007 -13
PIME: uma proposta para a
missão além-fronteiras
Na encíclica Fidei Donum, Pio
XII escrevia: "Existem dioceses
onde, pela graça de Deus, há muitos
ministros sagrados e que, portanto,
nenhum prejuízo sofreriam
caso quisessem doar alguns de
seus sacerdotes. A oferta da viúva
é um exemplo que o Senhor
Jesus nos dá para nos dizer que,
se alguma diocese pobre ajudar
a outra, por isso não se tornará
mais pobre. Deus não se deixa
vencer pela generosidade."
Por outro lado, a história da
Igreja demonstra que o alargamento
de horizontes e da ação
missionária sempre teve um forte
impacto na fé do povo e, ao mesmo
tempo, trouxe um novo ardor
na vida das comunidades locais.
O PIME (Pontifício Instituto das
Missões), que há mais de 60 anos
está presente no Brasil servindo
a Igreja segundo o seu carisma
missionário Ad Gentes, tem como
seu dever e carisma recrutar, formar
e enviar missionários brasileiros
para os cinco continentes.
Há tempo, o PIME vem acolhendo
também padres diocesanos
que, através de um contrato
de associação, envia para
as missões além-fronteiras. Vários
são os padres diocesanos italianos,
colombianos, etc. que já
foram acolhidos pelo PIME e que,
junto com os outros missionários,
estão atuando nas regiões
dos 05 continentes onde o Instituto
atua. Entre eles, mas desta
vez do Brasil, temos que citar Pe.
Lúcio Espíndola - diocesano de
Floria-nópolis que, em junho do
ano passado, por ocasião do 15º
Congresso Eucarístico Nacional,
foi enviado para a Guiné Bissau,
na África. Foi sem dúvida um
acontecimento extraordinário,
pois o seu gesto, televisionado
Nair, falecida com leucemia em fevereiro,
era uma importante líder missionária no
Sertão do Imaruim, em Palhoça
Divulgação/JA
no Brasil inteiro, deu força a todos
os padres diocesanos brasileiros
que sonham realizar a mesma
experiência missionária no
além-fronteiras.
Ser missionário não é privilégio
de alguns, tampouco tarefa
de profissionais, pois, como declarou
o Concilio Vaticano II, "A
Igreja toda é missionária". Os
nossos bispos, no documento 40
da CNBB, fizeram um pronunciamento
forte e corajoso ao escreverem:
"Chegou a hora missionária
da Igreja no Brasil".
O PIME (Pontifício Instituto das
Missões Exteriores), ao celebrar
os 50 anos da encíclica Fidei
Donum, renova sua disponibilidade
de ajudar a todos os presbíteros
diocesanos que, tendo as
aptidões necessárias, queiram
servir à Igreja nas missões alémfronteiras.
Uma vez nas missões,
e por todo o tempo que lá ficarem,
os padres Fidei Donum, associados
ao PIME, gozam dos
mesmos direitos dos próprios missionários
do Instituto.
De preferência, trata-se de uma
experiência temporária, mais ou
menos longa, dependendo do país
e da língua onde exercitarão a missão.
É bom que esta possibilidade
seja oferecida também a outros
presbíteros da Igreja diocesana,
pois, além dos enviados, será toda
a Igreja que os enviou a ganhar
com essa experiência. Como fazia
São Paulo, o missionário, ao
voltar de sua missão, sempre terá
a oportunidade de narrar as maravilhas
que Deus operou por meio
de sua pregação, pelas orações e
pela ajuda da comunidade que o
enviou. Isso contribui para a edificação
da Igreja diocesana. Não
esqueçamos: A Missão, na concepção
mais universal, é o objetivo
e a alma da Igreja!
Pe. Toninho - Pime
pimesp@terra.com.br
Telefones dos responsáveis
do COMIDI
Coordenador: Seminarista Sílvio
(48) 3234-4443; Secretaria:
Olindamir (48) 3324-0970; Infância
Missionária – Miriângela (48)
3222-9572; Adolescentes Missionários:
Tina (47)3241-2230
(tarde); Missões Populares:
Darcy (47) 3368-4844 – 9977-
3820; Missão na Bahia: Domingos
(48) 3246-2298; Vocação
Missionária: Pe. Vicente (48)
3222-9572; Pe. Paulo de Coppi,
diretor do Jornal Missão Jovem
www.missaojovem.com.br
- (48) 3222-9572

14-
Março de 2007
RETALHOS DO COTIDIANO
BALANÇA
Fazia tempo que não via
uma balança com dois pratos.
Fiquei por ali, observando
o que ela recebia e como
tudo devolvia, depois de haver
pesado. No último dia,
como estará o prato da vida?
Do que estará cheio? Que
peso o estará avaliando? Que
seja pleno das boas obras, do
amor. Não nos aconteça o
que disse Daniel ao rei: "Foste
pesado na balança e considerado
leve demais" (Dn
5,27).
QUARESMA
Mais uma Quaresma: é um tempo
especial para, fixando o olhar e o
coração nas pessoas, nelas descobrir
o rosto de Cristo e amá-lO!
DANÇA
A chama dançava uma dança difícil:
ora para a esquerda, logo uma
volta rápida para cima, em seguida
um debruçar-se à direita e, num repente,
o abaixar-se para logo ressurgir
viva e fulgurante. Os vidros protegiam-na
do vento e assim ficou
acesa por todo o tempo necessário.
Até o fim da Missa.
Os tombos que a vida nos dá ... e
os levantar-se a que o cristão é convidado...
E os caminhos à esquerda que
devem voltar-se para a direita... a
conversão!
Dia após dia tomando a cruz das
quedas e levantando-se para seguir
o Crucificado!
E a importância dos vidros protetores
que mantêm a chama acesa:
as boas obras, a oração, o caminhar
com o Ressuscitado e, nEle, com os
irmãos. Vivendo para servir e servindo
para ter a vida. Em abundância!
DOCE
Estamos nos primeiros meses do
ano. É preciso caminhar e vencer dificuldades
- a nós mesmos, em primeiro
lugar -, confiando sempre no Senhor.
Afinal, dizia Santa Catarina de Sena,
"Ele é tão doce que, pela sua doçura,
dulcifica tudo o que é amargo".
ARTISTA
A Bíblia recorda que Deus nos fez
"com dedos de artista" (Sl 8). Neste
início de 2007, peçamos-Lhe a graça
de alegrá-lO cada vez que contemplar
sua obra!
SAPATOS
São barulhentos esses sapatos
que me levam pelas estradas da
vida. Antes de eu chegar, já anunciam
minha presença.
Jesus está sempre se aproximando
de nós. E se Ele usasse sapatos
assim?
PEDRA
A voz de Jesus continua a ressoar:
"Retirem a pedra" (Jo 11,39)!
Para quê? Para que os Lázaros de
hoje (são tantos!) possam ser ressuscitados
por Ele e caminhar livremente.
Também é nossa missão pessoal
nesta Quaresma: remover as pedras
que nos impedem de seguir
melhor o Mestre, tirar as ataduras
que nos amarram a nós mesmos!
FERRAMENTA
Diz-se que Michelângelo, tendo
recebido elogio por belíssima escultura
que fizera, respondeu: "Mas
estava tudo dentro do mármore. Eu
apenas tirei o que sobrava!".
O Senhor pôs sua riqueza dentro
de nós. Pôs-se a si mesmo. E
agora espera que, cada dia, tiremos
o que sobra, a fim de sermos assim
como Ele.
AMAR
Quantas pessoas conseguem
amar com um sorriso? Ou com um
olhar? Uma advogada cujo irmão de
21 anos tem paralisia cerebral, diz
que ele a ama assim! Ah, o amor!
O amor não paralisa; ele movimenta
o melhor de nós mesmos!
Carlos Martendal
Divulgação/JA
ENTREVISTA
Pe. Valdir: missionário aos 72 anos
Em fevereiro deste ano, a Arquidiocese
ganhou mais um padre missionário.
Pe. Valdir Staehelin assumiu
a Paróquia de Santo Antônio, na
Diocese de Coxim, no Mato Grosso do
Sul. Esta é sua segunda experiência
missionária, já que passou três anos na
Bahia. Desta vez, a missão será, em
princípio, por um ano.
Natural de São Pedro de Alcântara,
onde nasceu a 14 de abril de 1935, Pe.
Valdir está prestes a celebrar os 72 anos
de idade, Pe. Valdir diz que não há nada
de extraordinário em sua vida pastoral.
"Sou um padre tradicional, não tradicionalista,
que procurou sempre ser fiel à minha
vocação seguindo os ditames da Igreja",
disse. Na entrevista que segue, ele
fala da sua experiência como missionário
na Bahia, da diocese de Coxim e da paróquia
que está assumindo, dos padres que
realizam trabalhos em outras comunidades
missionárias e de Pe. Lúcio Espíndola,
que está em missão na África.
JA - O que o levou a voltar à vida
missionária aos 72 anos de idade?
Pe. Valdir - Primeiro, porque estava
sendo transferido, portanto me desincumbindo
oficialmente da missão de pároco da
Paróquia da Santa Cruz, em Barreiros. Em
segundo lugar, quis prestar um gesto de
fraternidade e companheirismo a um
conterrâneo meu, Pe. Pedro Arnoldo Silva,
também natural de São Pedro de Alcântara,
e há 16 anos em Coxim, que me solicitou
fazer uma permuta. Em terceiro lugar, porque
apesar dos meus 72 anos, não perdi
meu espírito missionário e de aventura.
JA - Como conheceu a Diocese de
Coxim, no Mato Grosso do Sul?
Pe. Valdir - Só através de vagas informações
de Pe. Pedro. Informações
mais detalhadas sobre a diocese, só as
tive de fato quando aqui cheguei.
É uma diocese com grande
extensão territorial, metade
do Estado de Santa Catarina.
Está dividida em 16 municípios,
com 17 paróquias. O clero
é formado por 17 padres, todos
eles diocesanos. Duas paróquias
não têm padre. A presença
forte é das religiosas, que estão
em todas as comunidades.
JA - Conte-nos da realidade
da Paróquia de Santo Antônio.
Pe. Valdir - A paróquia em
que me encontro, na verdade não
é de "Santo Antonio", mas de
São José, padroeiro da Catedral.
Acho-me, portanto, na catedral
de Coxim como Vigário Administrador.
Coxim é o centro da região.
Uma cidade pequena, sem
indústrias, que vive da pecuária
“Comunicação a Serviço da Verdade”
Fone:
(048) 3223-6567
3222-5205
Rua Jerônimo Coelho, 119 - Centro - Fpolis-SC
www.paulus.com.br
e da agricultura, sobretudo da soja. A cidade
é dividida em três paróquias. Tenho apenas
uma comunidade mais distante. Fica
a 55km da matriz. Para chegar, levo
1h45min, dirigindo na estrada de chão. O
povo é simples e acolhedor.
JA - Há mais de 20 anos a Arquidiocese
mantém duas paróquias na Bahia,
dentro do projeto Dioceses Irmãs. O que
o senhor pensa sobre esse trabalho?
Pe. Valdir - Toda diocese, por menor
e mais pobre que seja, deveria ser
concretamente missionária. O que fazemos
na Bahia, penso, é ainda muito pouco.
É um bom começo, mas ficou por
aí. Precisamos ampliar, atender novas
dioceses carentes.
JA - Além das duas paróquias irmãs,
temos mais quatro padres (com o senhor)
realizando atividades pastorais em
outras comunidades. Isso mostra uma
abertura do nosso clero para o trabalho
missionário?
Pe. Valdir - Penso que ainda não.
Acho que deveria haver mais motivação
e um maior conhecimento da realidade
missionária. São iniciativas que partiram
mais dos próprios padres, não da
Arquidiocese.
JA - No ano passado, Pe. Lúcio
Espíndola deu início à sua missão alémfronteira,
quando foi para a Diocese de
Bafatá, na Guiné-Bissau (África). Essa
experiência pode despertar em nosso clero
o interesse pela missão estrangeira?
Pe. Valdir - Foi um belo exemplo. É
um testemunho para a Arquidiocese, mas
ainda somos muito acomodados. A
Arquidiocese é relativamente rica, sem
muitos problemas, poderia se doar mais.
Queira Deus que a experiência de Pe.
Lúcio favoreça novas iniciativas.
Pe. Valdir: a decisão de realizar um trabalho missionário,
prestes a completar 72 anos, simplesmente porque “não
perdi meu espírito missionário e de aventura”.
PROMOÇÃO DO ANO
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No aniversário de seu fundador
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Origem das Pílulas
de Frei Galvão
Em tempos em que não havia recursos
e ciência médica como hoje, Frei Galvão
(1739-1822) era procurado para a cura.
Numa dessas ocasiões, inspirado por
Deus, escreveu num pedaço de papel uma
frase em latim do Ofício de Nossa Senhora,
que poderia se traduzida assim: "Depois
do parto, Ó Virgem, permaneceste
intacta: Mãe de Deus, intercede por nós!".
Enrolou o papel em forma de pílula e deu a
um jovem que estava quase morrendo por
fortes cólicas renais. Imediatamente cessaram
as dores e ele expeliu um grande
cálculo. Logo veio um senhor pedindo orações
e um 'remédio' para a mulher que estava
sofrendo em trabalho de parto. Frei
Galvão fez novamente uma pilulazinha, e a
criança nasceu rapidamente. A partir daí
teve que ensinar as irmãs do recolhimento
a confeccionar as pílulas e dar às pessoas
necessitadas, o que elas fazem até hoje.
É interessante ver na imensa relação
de graças alcançadas por intermédio do
Beato Frei Galvão, no Mosteiro da Luz,
que, embora cerca de 60 a 70% das graças
sejam relacionadas à cura de câncer,
um grande número de graças refere-se a
problemas por cálculos renais, gravidez e
parto, ou de casais que não conseguiam
ter filhos e foram atendidos.
Papa anuncia documento
sobre Eucaristia
O Papa anunciou, no dia 22-2, que assinará,
em breve, a Exortação pós-sinodal
sobre a Eucaristia, relativa ao último Sínodo
dos Bispos, de outubro de 2005. Este documento
recolherá as indicações surgidas
dessa reunião magna, dedicada ao "Mistério
Eucarístico". A partir das propostas dos
Bispos, Bento XVI teve a missão de redigir
a exortação apostólica pós-sinodal. Para
realizar esse trabalho, o Papa contou com
a ajuda específica de um Conselho póssinodal
de Bispos, eleitos tanto pela assembléia
(12 membros) como por ele mesmo (3
membros). As 50 propostas finais do Sínodo
apresentam uma série de recomendações
sobre algumas das questões mais discutidas
na vida da Igreja. Após uma introdução,
que engloba duas proposições, o primeiro
capitulo tem como título "O Povo de Deus
educado na fé na Eucaristia", com vários
subcapítulos: "A fé na Eucaristia" (3-6); "Eucaristia
e Sacramentos" (7-12); "Catequese
e mistagogia" (13-17).
A segunda parte trata da "Participação
do Povo de Deus na celebração eucarística"
passando pela "Estrutura da celebração" (18-
24, com algumas propostas de mudança
nos momentos da Missa); "Ars celebrandi"
(25-29) e "A participação dos fiéis" (30-37).
O último capítulo refere-se à "Missão do
Povo de Deus alimentado pela Eucaristia",
falando da "Eucaristia e a comunidade cristã"
(38-41) e da "Eucaristia para o mundo"
(42-49). A última proposição, intitulada
"Verum Corpus natum de Maria virgine", é a
conclusão do documento.
IGREJA NO BRASIL E NO MUNDO
Dois anos da morte de
Irmã Dorothy Stang
No dia 12 de fevereiro de 2005, Ir.
Dorothy Stang, missionária norteamericana
naturalizada brasileira,
da congregação das Irmãs de Notre
Dame de Namur, foi covardemente assassinada,
com seis tiros, no município
de Anapu, no estado do Pará. Ir. Dorothy
era tida como uma das lideranças na
defesa das causas ambi-entais, agrárias
e de direitos humanos na região.
O cruel assassinato de Ir. Dorothy
foi mais um capítulo das histórias de
violência, assassinatos, grilagem de
terras, trabalho escravo e destruição
que assolam a Amazônia. Dois anos
depois, os mandantes de seu assassinato
continuam soltos. A comoção
mundial e a mobilização popular em
torno do caso foram fundamentais. Mas
mesmo assim, ainda são registrados
muitos crimes praticados por madeireiros
e fazendeiros que têm seus interesses
econômicos ameaçados. Diante
dessa situação, entidades e movimentos
sociais instituíram o dia 12 de
fevereiro como Dia de Luta em Defesa
da Amazônia e Contra a Impunidade.
Divulgação/JA
Irmã Dorothy Stang, a religiosa americana missionária
que dedicou 30 anos de sua vida à luta contra a
destruição da Amazônia e foi assassinada pela causa
Cristo Redentor pode ser eleito uma das
sete maravilhas do mundo
A estátua do Cristo Redentor, símbolo
do Rio de Janeiro, pode ser eleita uma das
sete maravilhas do mundo moderno. No dia
6-2, a comissão internacional organizadora
da votação, a 'New Seven Wonders', esteve
no alto do Corcovado junto com membros
da comissão nacional para apresentar
a campanha. A intenção foi incentivar
os brasileiros a votarem no monumento carioca
que concorre com 20 pesos pesados
como Grande Muralha, na China, a Torre
Comunidade Shalom recebe
reconhecimento pontifício
O Pontifício Conselho para os Leigos
anunciou que os estatutos e a forma de
vida da Comunidade Católica Shalom recebeu
o reconhecimento pontifício como
Associação Privada Internacional de Fiéis,
em período "ad experimentum".
O fundador da Shalom, Moisés Louro
do Azevedo Filho, destacou que "é uma
graça estarmos recebendo hoje esse reconhecimento.
Não é mérito nosso, mas
sim um Dom de Deus. Uma graça recebida
em vistas à edificação da Igreja e ao
serviço à humanidade". Azevedo Filho recordou
que "foi um caminho cheio de graças,
mas também de provas e purificações.
Estamos hoje fechando um ciclo e começando
um novo, um tempo novo".
A Comunidade Shalom nasceu em
Eiffel, na França, Machu Pichu, no Peru,
Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos,
e a Ilha de Páscoa, no Chile.
A votação tem como objetivo despertar
o interesse mundial por ícones históricos
e culturais e sua preservação, em
parceria com a Unesco. O resultado da
eleição será divulgado no dia 7 de julho
deste ano, em Lisboa. Até lá, quem quiser
pode votar gratuitamente pelo site
www.corcovado.com.br ou www.n7w.com.
1982 no Brasil, na cidade de Fortaleza.
É formada por homens e mulheres em
diversos estados de vida: presbíteros, consagrados
e consagradas, casais, todos
unidos por uma consagração de vida, na
pobreza, obediência e castidade, cada
qual segundo seu estado.
Procuram viver a contemplação, a unidade
e a evangelização, com a missão de
anunciar explicitamente a Cristo, vivendo
e proclamando sua paz, o Shalom da Paz,
que é o próprio Jesus. Atualmente a Comunidade
possui mais de dois mil membros,
que exercem seu ministério em casas
missionárias, centros de evangelização
e de promoção humana em 41
dioceses do Brasil, inclusive Florianópolis,
e 11 cidades ao redor do mundo.
Março de 2007 -15
Visita do Papa ao
Brasil tem site oficial
A visita de Bento XVI ao Brasil está
em ampla preparação. Prova disso é o
lançamento oficial de um site sobre a visita
papal ao País. O Papa vai fazer a
abertura da V Conferência Geral dos Bispos
da América Latina e Caribe, no Santuário
de Nossa Senhora Aparecida, em
São Paulo, no dia 13 de Maio. Mas a visita
tem início no dia 9 do mesmo mês.
Na página oficial, pode-se encontrar
informações sobre o roteiro da visita. A
biografia completa de Bento XVI, com os
principais marcos da sua vida também
está disponível para consulta, além de
fotografias do Mosteiro São Bento, onde
o Papa vai se hospedar.
É possível conhecer também as várias
Comissões que estão trabalhando para a
viagem do Papa, assim como os respectivos
responsáveis. O site disponibiliza
contatos, notícias e links relacionados com
a visita. Mais informações estão no site:
www.visitadopapa.org.br.
Jovens em todo
mundo celebram
Dia da Pureza
Jovens dos Estados Unidos e distintas
partes do mundo celebraram em 14
de fevereiro o 4° Dia da Pureza. A iniciativa
é da Liberty Counsel que busca promover
a virtude da pureza para conscientizar
os jovens que vivem em meio da cultura
atual que elogia o hedonismo e a libertinagem
sexual.
Conforme informa o site pró-vida
LifeSiteNews.com, foram distribuídos
convites e os jovens que participaram do
evento usaram camisetas e pulseiras
alusivas. Do mesmo modo, distintas atividades
complementares se organizaram
em escolas, centros comunitários e Igrejas
dos Estados Unidos.
LifeSiteNews.com também explica
que os jovens são "inundados na escola,
na televisão e na Internet com mensagens
que dizem que a luxúria e a exploração
são normais e saudáveis e que os
valores morais tradicionais devem ser
desprezados para explorar sua sexualidade
mais cedo e com maior freqüência.
O Dia da Pureza foi criado para
conscientizar sobre os perigos da conduta
promíscua". Mesmo os jovens que
já tiveram atividade sexual podem começar
novamente a vida de abstinência no
Dia da Pureza, diz a Liberty Counsel. Os
estudantes enviam assim uma mensagem
a seus amigos, pais, Igrejas, comunidades,
legisladores e meios de comunicação
de que já é tempo para uma
mudança positiva na cultura".

16-
Março de 2007
Rádio Conceição FM na Internet
O
site da emissora comunitária
de Itajaí, Rádio Con
ceição 105,9 FM, já está no
ar. A transmissão on-line iniciou
no dia 11 de janeiro. Agora, através
do site www.conceicaofm.
com.br, os ouvintes do mundo
inteiro podem acessar toda a programação
da rádio nas 24h do dia.
Esse era o sonho do diretor
geral da emissora, Padre Alvino
Broering, que há mais de um ano
mantinha parceria com a Rede
Internet e a Bit Mix Informática,
em busca da sua concretização.
"Agora o sonho tornou-se realidade
e poderá aproximar a comunidade
de outras localidades
à Rádio, já que por ser Comunitária
tem seu sinal limitado, conforme
legislação vigente", disse.
O projeto de criação da Rádio
iniciou por volta de 1999, quando
foi solicitado o sinal junto à
Mark Viagens e
Turismo Ltda
ANATEL. O sinal foi conseguido
em 2000, quando iniciou a transmissão.
Na época, Pe. Alvino era
pároco do Santíssimo Sacramento
e foram utilizadas algumas salas
da igreja para a transmissão.
No início houve muitas dificuldades.
Foram muitas as lutas
que tiveram de ser travadas para
manter a emissora no ar, após
várias tentativas para fechá-la.
Uma ação judicial tentou fechála
logo no primeiro mês de transmissão,
mas a comunidade se
mobilizou e em menos de uma
semana foram coletadas mais de
20 mil assinaturas, o que garantiu
o seu funcionamento.
Hoje a Rádio possui sede própria
e, através da associação
Obras Sociais e Culturais Conceição
de Itajaí - Osconi, presta diversos
trabalhos sociais em benefício
da população itajaiense.
Missão Jovem lança novo jornal
Atendendo aos inúmeros
pedidos de Professores de
Ensino Religioso das escolas
públicas e colégio particulares,
a equipe do Missão Jovem está
lançando "O Transcendente",
jornal de 12 páginas, que visa
subsidiar os professores de
Ensino religioso. A primeira
edição será lançada no início
de Março.
Os interessados que desejarem
assinar O TRANS-
CENDENTE, entrem em
contato com o e-mail ot@
otranscendente.com.br,
ou pelo fone (48) 3222-9572.
Emar inicia curso que capacita para
atuação na Pastoral Carcerária
No dia 03 de março, na paróquia
São João Evangelista, Biguaçu,
começa o Curso de formação
para voluntários e interessados na
Pastoral Carcerária. O Curso será
desenvolvido em nível arquidiocesano
com a participação da
EMAR, e se destina às lideranças
comunitárias, leigos/as, religiosos/as,
universitários/as, seminaristas,
padres e diáconos, tendo
em vista a realidade de mais
de 4000 presos nas penitenciárias,
presídios e cadeias da Arquidiocese:
os presos, com suas famílias,
não podem ficar à margem
da nossa ação pastoral.
Com um total de 40 horas/
aula, o Curso se desenvolverá
em cinco sábados (dias 3-3, 17-
3, 28-4, 19-5, 16-6), das 8.30
às 17.00h. Neste mês de março,
portanto, dois (2) encontros:
dia 03 e dia 17. As inscrições
ainda podem ser feitas no local
do curso.
Informações: com a Coordenação
de Pastoral (48) 3224-4799
email: emar@arquifloripa.
org.br ou com a Pastoral Carcerária
(48) 2107.2323 email:
estampalivre@yahoo.com.br
ou Pe. Ney (48) 3234.0400
email: ney.brasil@itesc.org.br
Divino Oleiro abre casa missionária na Bahia
A Comunidade
Católica Divino
Oleiro está abrindo uma
nova casa de missão na cidade
Muquém de São Francisco,
na Bahia. A solicitação partiu
de Dom Luiz Flávio Cappio,
bispo da Diocese de Barra, com
a qual nossa Arquidiocese mantém
o projeto "Igrejas irmãs.
Quatro jovens consagrados da
Comunidade estarão se encaminhando
para a Diocese de Barra
a partir do dia 29 de março. Nesse
dia, haverá uma celebração
de envio, às 20h, na Igreja Matriz
da Paróquia Nossa Senhora
de Lourdes e São Luiz, na Agronômica,
em Florianópolis.
Na Bahia, os missionários
Erichson Stueber, Daniela dos
Santos, Fernanda de Souza e
Elaine Vier da Silva, terão o compromisso
de atender as pastorais
auxiliando nos trabalhos de
evangelização, educação, lecionando
para as comunidades, e
colaborando na rádio comunitária
do município.
Fundada há sete anos, a Comunidade
Divino Oleiro faz parte
No dia 10 de março, a Comunidade
Divino Oleiro estará celebrando
seis anos do projeto "Mais
Feliz com Jesus" através da
evangelização nos meios de comunicação
( Rádio e TV ) . Para
marcar a data, estão sendo programados
vários eventos. A programação
inicia no dia 08 e vai até o
dia 11 de março. Haverá show e
inauguração das novas instalações
dos transmissores da Rádio Cultura.
Para celebrar os seis anos
dos trabalhos de evangelização,
será realizado no dia 08, um show
com a Ir. Kelly Patrícia, carmelita
do mover da Renovação Carismática
Católica (RCC). Atualmente,
a comunidade conta com 27
pessoas, entre postulantes, noviços
e consagrados. Está dividida
em duas Fraternidades: Agronômica,
em Florianópolis, e Balneário
Camboriú, e agora na Bahia.
SANTUÁRIOS DA EUROPA
MILÃO, ALEMANHA, POLÔNIA, REPÚBLICA
TCHECA, NÁPOLES, POMPÉIA E ROMA
A comunidade é responsável
por várias atividades nos locais
onde atua, realizando trabalhos
sociais e de evangelização. O
trabalho mais conhecido é a manutenção
da Rádio Cultura 1110
AM, adquirida pela comunidade
em 2003.
Jovens fazem profissão de votos e renovam compromissos
A Comunidade Divino Oleiro
estará celebrando a entrada de
cinco novos noviços, a profissão
dos primeiros votos e consagração
de quatro jovens e a renovação
dos votos de cinco membros
da comunidade. A celebração de
entrada para o noviciado será
realizada no dia 19 de março (dia
Pe. Márcio, superior da comunidade, apresenta os quatro jovens que vão dar
início à primeira casa missionária na Bahia
de São José), em Missa às
12h15min, na Igreja Nossa Senhora
do Parto, rua Conselheiro
Mafra, centro de Florianópolis.
Já a profissão dos primeiros
votos e consagração dos
quatro membros da comunidade,
e a renovação dos votos de
cinco consagrados, será reali-
zada no dia 26 de março, às
20h, na Paróquia São Luiz
Gonzaga, Agronômica/Fpolis.
As celebrações serão presididas
pelo Pe. Márcio Vignoli,
pároco e superior da comunidade,
e concelebrada por Pe.
Vânio da Silva, membro da comunidade.
Seis anos de evangelização pelos meios de comunicação
e musicista de Fortaleza, no Ceará,
que está lançando o seu primeiro
CD pela Gravadora Canção
Nova. O show será realizado no
teatro do Centro Integrado de Cultura
- CIC, a partir das 20h.
No dia 09 haverá a inauguração
das novas instalações da Rádio
Cultura. Nesse dia, às 10h, Dom
Murilo estará dando a sua bênção
na nova antena, casa dos transmissores
e novo link da rádio.
“Esses seis anos de evangelização
pelos meios de comunicação
representam um grande
avanço da Igreja na Arquidiocese
AESA convida
No dia 1º de maio, terça-feira, os ex-alunos do Seminário
de Azambuja estão sendo convidados para mais um reencontro
no Seminário. O motivo é a comemoração do 80º aniversário da
nossa Alma Mater, fundada, como se sabe, no dia 11 de fevereiro
de 1927. A programação é a costumeira, valendo exatamente
pelo reencontro! Anote desde já na sua agenda, e compareça!
Dia 1º de maio, terça-feira, em Azambuja!
no sentido de assumir mais
vigorosamente os meios de comunicação
como instrumento eficaz
de evangelização”, disse Pe.
Márcio Vignolli, diretor espiritual
e Presidente da rádio. O trabalho
iniciou em março de 2001, com o
aluguel da Rádio Santa Catarina
e a transmissão de programas na
TVBV. Hoje o projeto de evangelização
na TV é transmitido pela
mesma emissora, de segunda a
sexta, das 6h30min às 7h, e aos
sábados, das 7h às 7h30min e na
TV Panorama (Educativa), em
Balneário Camboriú, com programação
diária ao vivo as 16 hs.
Dia 12 de setembro 2003, a
Rádio Cultura AM 1110 foi adquirida
e os trabalhos de evangelização
ganharam uma nova dimensão.
Além do rádio e da TV,
os trabalhos de evangelização
também alcançam o meio impresso
e a internet, através do
site: www.maisfelizcomjesus.
com.br.
Orientador Espiritual:
Pe. Pedro José Koehler
Foto JA
Saída: 11 de Maio de 2007 - Roteiro: 4070509
Contatos: (48) 3251-8009/15 - grupos@marktur.com.br