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PROCESSO DE OBTENÇÃO DE VINAGRE DE GENGIBRE

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hidrólise dos biopolímeros constituinte dos grânulos de amido quebra as ligações<br />

glicosídicas progressivamente, gerando cadeias mais curtas de dextrina, maltose e glicose.<br />

No processo de hidrólise, além de água, há necessidade de catalisadores químicos ou<br />

enzimáticos capazes de catalisar a quebra das ligações glicosídicas, além da temperatura.<br />

A hidrólise do amido se dá por desdobramento total das moléculas<br />

de amilose e amilopectina, que, ao se romperem transformam-se em dextrinas cada vez<br />

mais simples e finalmente glicose. O amido não tem sabor, mas os produtos de uma<br />

hidrólise intensa apresentam sabor adocicado (FRANCO et al., 2001).<br />

A hidrólise do amido, tanto para fins analíticos quanto para fins<br />

industriais, pode ser feita por dois processos: químico e enzimático. O método mais<br />

radicional de hidrólise de amidos usando ácidos tem sido substituído por processos<br />

enzimáticos, contabilizados por aproximadamente 15% da porção do mercado mundial de<br />

enzimas (SONI et al., 2003).<br />

A hidrólise enzimática de amidos não é apenas um importante<br />

processo industrial para a produção de adoçantes, xaropes e produtos químicos (etanol,<br />

acetona, etc.), mas pode também ajudar a estudar a estrutura dos grânulos de amido (LI et<br />

al., 2004).<br />

O processo de hidrólise enzimática do amido é realizado em duas<br />

etapas: a liquefação e a sacarificação. Como o amido é uma estrutura rígida, inicia-se o<br />

processo com a gelatinização, visando facilitar a ação enzimática, o que reduz o tempo de<br />

processamento e melhora a qualidade final de produtos (TAFFARELLO, 2004).<br />

No processo de liquefação, os grânulos de amido são dispersos em<br />

solução aquosa, aquecidos (causando a gelatinização) e hidrolisados parcial e<br />

irreversivelmente, com auxilio de enzima α-amilase. A temperatura de gelatinização varia<br />

bastante entre os amidos de diferentes fontes botânicas, oscilando na faixa de 65 a 105 o C,<br />

sendo necessário muitas vezes o emprego de altas temperaturas para a total gelatinização<br />

(BEYNUM et al., 1985).<br />

O aquecimento de uma solução de amido em tais temperaturas<br />

resulta no inchaço da região amorfa do granulo, causando a ruptura das ligações químicas<br />

mantenedoras da estrutura ordenada e a abertura da lamela cristalina, tornando o amido<br />

altamente hidratado e vulnerável a reações químicas, como a ação das enzimas amilolíticas.<br />

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