PROCESSO DE OBTENÇÃO DE VINAGRE DE GENGIBRE
PROCESSO DE OBTENÇÃO DE VINAGRE DE GENGIBRE
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O gengibre é comercializado internacionalmente, na forma seco,<br />
além dos rizomas sob a forma de produtos derivados, tais como óleo essencial e a<br />
oleoresina. O óleo essencial contém componentes voláteis responsáveis pelo aroma,<br />
enquanto a oleoresina, contém além dos constituintes voláteis aromáticos, os componentes<br />
não voláteis, responsáveis pela pungência característica do gengibre (TAVEIRA-<br />
MAGALHÃES et al., 1997).<br />
No Brasil, a produção de gengibre (Zingiber officinale Roscoe)<br />
visando à exportação de rizomas in natura é recente. A fim de atender as exigências do<br />
mercado internacional por um produto de bom tamanho e sem defeitos, é realizada uma<br />
seleção onde se eliminam partes ou mesmo rizomas inteiros defeituosos, com cortes,<br />
amassados, estragados ou muito pequenos. Esse material é normalmente descartado e<br />
representa um volume apreciável (acima de 20%) da colheita. Como aproveitamento desse<br />
material descartado também é feito o óleo de gengibre realizado a partir da destilação ou<br />
arraste por vapor dos rizomas descartados na seleção.<br />
Durante o período compreendido entre janeiro de 1996 e dezembro<br />
de 2006, o Estado de São Paulo exportou em média 4.000 t/ano de gengibre, com preços<br />
médios praticados em torno de US$ 0,80/kg. No mesmo período o Estado do Paraná<br />
exportou em média 1.200 t/ano, por um preço aproximado de US$0,81/kg e, Santa<br />
Catarina, participou nas exportações brasileiras gengibre, com 300 t/ano, a um preço<br />
compatível de mercado em torno de US$0,70/kg (PARANÁ, 2012).<br />
O Paraná destaca-se em nível nacional como maior produtor de<br />
gengibre “in natura” sendo Morretes o município de maior produção em nível estadual,<br />
com uma produtividade média de 540/t ofertadas ao mercado interno e externo-safra<br />
2005/06 representando cerca de 70% a 90% do volume de exportações brasileiras de<br />
gengibre “in natura” e, praticamente, a totalidade do gengibre que abastece a Região<br />
Metropolitana de Curitiba-PR (PARANÁ, 2012).<br />
A composição química do gengibre, segundo Newall et al. (2002),<br />
tem como principal componente carboidratos (até 50%); lipídeos (6-8%) dentre eles ácidos<br />
graxos livres como ácido palmítico, ácido oléico, ácido linoléico, outros; óleo-resina como<br />
os homólogos de gingerol que é seu principal componente (cerca de 33%), a zingerona e,<br />
também, os óleos voláteis, com um percentual de 1-3% que têm como constituintes o<br />
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