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diversidade e densidade ictiofaunística em lagos de várzea da ...

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virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s significativas variações dos parâmetros físico-químicos durante o ciclo sazonal, b<strong>em</strong><br />

como às condições <strong>de</strong> hipóxia registra<strong>da</strong>s nos <strong>lagos</strong> que, por sua vez, forçam as espécies<br />

<strong>de</strong>senvolver<strong>em</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para suportar tais variações. As espécies Potamorhina altamazonica,<br />

Osteoglossum bicirrhosum e Arapaima gigas apresentam a<strong>da</strong>ptações morfológicas, anatômicas e<br />

fisiológicas especializa<strong>da</strong>s para respiração <strong>de</strong> ar na superfície aquática (LOWE-MCCONNEL,<br />

1999).<br />

As diferenças registra<strong>da</strong>s quando se compara as espécies mais abun<strong>da</strong>ntes <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

biomassa e <strong>em</strong> número <strong>de</strong> indivíduos, mostram que a dominância <strong>da</strong>s espécies varia, as espécies<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte dominam <strong>em</strong> biomassa, enquanto que as <strong>de</strong> pequeno porte dominam <strong>em</strong> número.<br />

O que evi<strong>de</strong>ncia a importância <strong>de</strong> analisar a CPUE através <strong>da</strong>s duas medi<strong>da</strong>s (número e peso).<br />

São vários os fatores que pod<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar a estrutura e composição <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

ícticas dos <strong>lagos</strong> <strong>de</strong> planície <strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção. Por ex<strong>em</strong>plo, as diferenças espaciais e sazonais nas<br />

<strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>s, pod<strong>em</strong> ser atribuí<strong>da</strong>s a fatores como características morfométricas dos <strong>lagos</strong>, t<strong>em</strong>po<br />

<strong>de</strong> isolamento, profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>, transparência, distância entre os <strong>lagos</strong> e o rio principal. Esta relação<br />

já foi b<strong>em</strong> evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> <strong>em</strong> <strong>lagos</strong> <strong>de</strong> planície inun<strong>da</strong><strong>da</strong> na região do pantanal e no rio Orinoco<br />

(RODRÍGUEZ & LEWIS, 1997; SÚAREZ et al, 2001, 2004; TEJERINA-GARRO et al, 1998).<br />

A variação espacial e sazonal <strong>da</strong> <strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> peixes representa<strong>da</strong> neste estudo concor<strong>da</strong><br />

com outros trabalhos já realizados nos ambientes <strong>de</strong> <strong>várzea</strong> (SIQUEIRA-SOUZA & FREITAS,<br />

2004; FREITAS & GARCEZ, 2004; YAMAMOTO, 2004; VALE, 2003; HENDERSON &<br />

CRAMPTON, 1997 e JUNK et al, 1983).<br />

Nos <strong>lagos</strong> <strong>de</strong> <strong>várzea</strong>, além dos fatores ambientais, mu<strong>da</strong>nças na distribuição <strong>de</strong> macrófitas<br />

aquáticas no ambiente provavelmente têm um impacto significante na <strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e abundância<br />

dos peixes (PETRY et al, 2003). Pois os peixes são o grupo mais importante dos vertebrados que<br />

usam as macrófitas aquáticas como abrigo (PIEDADE, 2005). Além disso, as macrófitas atuam<br />

como fornecedoras <strong>de</strong> oxigênio para água, o que é muito importante principalmente quando se<br />

t<strong>em</strong> que conviver <strong>em</strong> períodos <strong>de</strong> hipóxia como os que são registrados nos <strong>lagos</strong> <strong>de</strong> <strong>várzea</strong> <strong>da</strong><br />

amazônia central no período seco. Uma vez aumentando a abundância <strong>da</strong>s mesmas no ambiente<br />

há um aumento <strong>de</strong> oxigênio dissolvido na água, propiciando o aparecimento <strong>de</strong> novas espécies <strong>de</strong><br />

peixes (JUNK, 1983).<br />

Outro fator que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado é que as diferenças nas abundâncias <strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong><br />

acordo com a variação espacial, sazonal e diária, pod<strong>em</strong> também estar relaciona<strong>da</strong>s com as<br />

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