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diversidade e densidade ictiofaunística em lagos de várzea da ...

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gran<strong>de</strong> porte, diferent<strong>em</strong>ente, portanto dos Characiformes e Siluriformes, que no geral<br />

apresentam maior <strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> espécies, porém são representados por peixes <strong>de</strong> pequeno porte.<br />

Além disso, a dominância <strong>de</strong> Osteoglossiformes é resultado direto <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

proteção <strong>da</strong>s espécies Osteoglossum bicirrhosum e Arapaima gigas que vigoram na RDSM<br />

através <strong>da</strong> gestão comunitária <strong>de</strong>sses recursos por meio do Programa <strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Pesca (PMP).<br />

Analisando <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> família, as proporções encontra<strong>da</strong>s, consi<strong>de</strong>rando o número <strong>de</strong><br />

indivíduos, acompanharam o padrão que parece ser comum aos <strong>lagos</strong> <strong>de</strong> <strong>várzea</strong>, com as famílias<br />

Curimati<strong>da</strong>e e Characi<strong>da</strong>e apresentado as maiores proporções. A <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> participação <strong>da</strong><br />

família Characi<strong>da</strong>e, entre os Characiformes, é <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> ampla distribuição <strong>de</strong> suas espécies<br />

<strong>em</strong> água doce, além <strong>de</strong>sta família incluir a maioria <strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong> peixes <strong>de</strong> águas interiores do<br />

Brasil (BRITSKI, 1972).<br />

As acentua<strong>da</strong>s modificações na composição <strong>da</strong>s famílias, registra<strong>da</strong>s <strong>em</strong> diferentes fases<br />

do ciclo sazonal estão relaciona<strong>da</strong>s com o pulso <strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção que rege a biota nas áreas<br />

inundáveis <strong>da</strong> Amazônia (JUNK, 1980). Enquanto que, as diferenças registra<strong>da</strong>s entre os <strong>lagos</strong><br />

pod<strong>em</strong> ser atribuí<strong>da</strong>s as suas próprias características como tipo <strong>de</strong> vegetação circun<strong>da</strong>nte, tipo <strong>de</strong><br />

fundo, coloração <strong>de</strong> água, tipo <strong>de</strong> uso e grau <strong>de</strong> conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o rio principal.<br />

É importante ressaltar que os parâmetros utilizados para caracterizar a estrutura íctica <strong>da</strong>s<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos <strong>lagos</strong> são limitados, e não revelam na íntegra tal estrutura. Isto porque neste<br />

estudo só foi aplicado um único método <strong>de</strong> captura. Como os métodos apresentam alta<br />

seletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (FONTELES FILHO, 1989), é fato que muitas espécies não foram captura<strong>da</strong>s, mas<br />

estavam presentes nos ambientes amostrados. Assim sendo, os resultados mostrados representam<br />

um grupo <strong>de</strong> peixes capturados a partir <strong>de</strong> um apetrecho <strong>de</strong> pesca especifico.<br />

As diferenças <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> riqueza, <strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e abundância registrados nos períodos <strong>de</strong><br />

cheia e enchente, pod<strong>em</strong> ser atribuí<strong>da</strong>s às variações do tamanho do corpo <strong>da</strong> água, uma vez que a<br />

medi<strong>da</strong> que o nível <strong>da</strong> água sobe, torna-se mais difícil à captura, aumentando a área do lago o que<br />

diminui a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> captura já que não se aumenta o esforço. A padronização do esforço é<br />

necessária para que seja possível comparar os <strong>da</strong>dos sazonal e espacialmente. Além disso, para<br />

explicar tais diferenças, não se po<strong>de</strong> excluir a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> migração lateral dos peixes<br />

(floresta alaga<strong>da</strong>-lago) ou até mesmo migração para o canal do rio principal, realiza<strong>da</strong> por várias<br />

espécies <strong>de</strong> peixes que <strong>de</strong>sovam na cheia. Tal mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> é vista como a chave <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong>s<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> peixes nos trópicos (LOWE-MCCONNELL, 1999).<br />

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