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diversidade e densidade ictiofaunística em lagos de várzea da ...

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Embora este padrão seja mais evi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> áreas tropicais, estudos <strong>em</strong> ambientes<br />

t<strong>em</strong>perados já registram a influência <strong>de</strong> fatores físico-químicos na estrutura <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

peixes (REASH & PIGG, 1990).<br />

Muito pouco t<strong>em</strong> sido <strong>de</strong>scrito sobre a ecologia <strong>de</strong> peixes <strong>da</strong>s planícies alaga<strong>da</strong>s <strong>da</strong> vasta<br />

região entre Manaus e Iquitos (CRAMPTON, 1999). E, apesar <strong>da</strong> acentua<strong>da</strong> importância dos<br />

estudos sobre a estrutura <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ícticas, pouco se sabe sobre as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos <strong>lagos</strong><br />

amazônicos. Na região <strong>de</strong> <strong>várzea</strong> <strong>da</strong> Amazônia Central <strong>de</strong>stacam-se os trabalhos <strong>de</strong> JUNK et al,<br />

1983, SAINT-PAUL et al, 2000; VALE, 2003; SIQUEIRA-SOUZA & FREITAS, 2002,<br />

SIQUEIRA-SOUZA & FREITAS, 2004; YAMAMOTO, 2004.<br />

Nesse contexto, a pesquisa biológica nas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação é essencial para<br />

fornecer informações a respeito <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do recurso, <strong>de</strong>finir melhores práticas <strong>de</strong> uso e<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente fun<strong>da</strong>mentar o plano <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação promovendo<br />

assim o uso sustentável <strong>da</strong> bio<strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>. As uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação constitu<strong>em</strong> um dos<br />

instrumentos mais eficientes na promoção <strong>da</strong> proteção e conservação <strong>da</strong> bio<strong>diversi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong><br />

Amazônia, especialmente as <strong>de</strong> uso sustentado que têm se mostrado ca<strong>da</strong> vez mais importante no<br />

cenário atual (QUEIROZ, 2005).<br />

O pulso <strong>de</strong> alagação do rio Solimões, um dos rios principais que banham a RDSM, é<br />

bastante regular, <strong>de</strong>screvendo uma curva senoi<strong>da</strong>l que, no entanto, po<strong>de</strong> sofrer variações <strong>em</strong> sua<br />

amplitu<strong>de</strong> conforme o ano consi<strong>de</strong>rado (PIEDADE, 1993). Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>stas variações<br />

sazonais do nível <strong>de</strong> água tanto no rio Solimões como no rio Japurá, os “<strong>lagos</strong>” <strong>da</strong> RDSM não<br />

pod<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados <strong>lagos</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros, pois durante as cheias, a água proveniente <strong>da</strong>s chuvas<br />

nas cabeceiras dos rios associa<strong>da</strong>s ao <strong>de</strong>gelo anual do verão andino, avança sobre a floresta, e<br />

conecta os corpos d’água formando um único complexo corpo <strong>de</strong> água (HENDERSON, 1999;<br />

QUEIROZ, 2005). Estes <strong>lagos</strong> são caracterizados por gran<strong>de</strong>s variações <strong>de</strong> oxigênio dissolvido<br />

durante a seca (CRAMPTOM, 1999; HENDERSON, 1999; QUEIROZ, 2000).<br />

A Reserva <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável Mamirauá representa a maior reserva<br />

existente <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> exclusivamente a proteger a <strong>várzea</strong> amazônica, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma área alaga<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> importância internacional (QUEIROZ, 2005). Hoje, a RDSM é gerencia<strong>da</strong> pelo Instituto <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) que promove a conservação <strong>da</strong> RDS’s<br />

Mamirauá e Amanã por meio <strong>da</strong> promoção do uso participativo e sustentado dos recursos<br />

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