19.04.2013 Views

Prédio mais amplo e moderno inaugura nova fase na Comarca ...

Prédio mais amplo e moderno inaugura nova fase na Comarca ...

Prédio mais amplo e moderno inaugura nova fase na Comarca ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

E M N O T Í C I A S<br />

Especial Corumbá<br />

InformatIvo do trIbu<strong>na</strong>l de JustIça de mato Grosso do sul • ano v • edIção I • especIal • outubro de 2008<br />

<strong>Prédio</strong> <strong>mais</strong> <strong>amplo</strong> e<br />

<strong>moderno</strong> <strong>i<strong>na</strong>ugura</strong> <strong>nova</strong><br />

<strong>fase</strong> <strong>na</strong> <strong>Comarca</strong>


2 - - outubro 2008<br />

TJMS<br />

emNotícias<br />

C R I A Ç Ã O D A C O M A R C A<br />

Na margem do Rio Paraguai,<br />

em 1873, <strong>na</strong>sce uma <strong>Comarca</strong><br />

Localizada <strong>na</strong> margem do Rio<br />

Paraguai e também <strong>na</strong> fronteira<br />

entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, a<br />

cidade de Corumbá é considerada o primeiro<br />

pólo de desenvolvimento da região, e, por<br />

abrigar o território pantaneiro, recebeu o<br />

apelido de Capital do Panta<strong>na</strong>l. É a terceira<br />

cidade <strong>mais</strong> importante do Estado em termos<br />

econômicos, culturais e populacio<strong>na</strong>is depois<br />

de Campo Grande e Dourados. Constitui o<br />

<strong>mais</strong> importante porto fluvial de Mato Grosso<br />

do Sul.<br />

A <strong>Comarca</strong> de Corumbá foi criada por<br />

meio da Lei nº 21, de 4 de maio de 1873,<br />

ainda no Brasil Império, período em que<br />

a mo<strong>na</strong>rquia começava a entrar em uma<br />

situação de crise, pois representava uma<br />

forma de governo que não correspondia<br />

<strong>mais</strong> às mudanças sociais da época. Era<br />

necessária a implantação de uma <strong>nova</strong> forma<br />

de governo que fosse capaz de fazer o país<br />

progredir e avançar <strong>na</strong>s questões políticas,<br />

econômicas e sociais.<br />

A elevação à segunda entrância deu-se<br />

um século depois, já no período republicano,<br />

de uma comarca que abrange, até os dias<br />

de hoje, os municípios de Corumbá, Ladário<br />

e o distrito de Albuquerque. Corumbá e<br />

Para<strong>na</strong>íba são as <strong>mais</strong> antigas comarcas<br />

do Estado sul-mato-grossense, perdendo<br />

ape<strong>na</strong>s para Miranda, criada em 1858.<br />

Dados do Memorial do Tribu<strong>na</strong>l de<br />

Justiça apontam que, no ano de 1979,<br />

Quem já passou por Corumbá...<br />

Joenildo de Sousa Chaves - Desembargador do TJMS<br />

foram distribuídos 1,5 mil processos cíveis<br />

e crimi<strong>na</strong>is <strong>na</strong> comarca. Hoje a população<br />

da região compreende <strong>mais</strong> de 114 mil<br />

habitantes (IBGE). Segundo dados da<br />

Corregedoria-Geral de Justiça, o Judiciário<br />

estadual local ostenta a marca de <strong>mais</strong> de 25<br />

mil processos em tramitação, numa média<br />

aproximada de um processo para cada cinco<br />

pessoas. Essas demandas estão distribuídas<br />

<strong>na</strong>s três varas cíveis, duas crimi<strong>na</strong>is e um<br />

juizado especial cível e crimi<strong>na</strong>l, onde atuam<br />

sete magistrados. No dia 1º de outubro, pelo<br />

Provimento nº 156/2008, foi autorizada a<br />

instalação de <strong>mais</strong> uma vara, a de Fazenda<br />

Pública e Registros Públicos da <strong>Comarca</strong><br />

de Corumbá. A instalação será hoje (10 de<br />

outubro), às 16 horas.<br />

“Fui para Corumbá quando foi instalada a 3ª Vara Cível. Era 21 de setembro de 1982, aniversário da cidade. Fiquei<br />

maravilhado com a beleza da cidade e com o povo hospitaleiro. A imagem do Rio Paraguai me emocionou e me fez<br />

retor<strong>na</strong>r à infância. Inspirado, escrevi uma carta para minha esposa Clarice, que ainda ficara em Amambai, parodiando<br />

a música “Casinha Branca”, de Gilson Joran. A coincidência maior ficou por conta da casa onde passamos a morar, que<br />

também era branca. E a letra ficou assim... Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra gente morar. Fica mesmo <strong>na</strong><br />

fronteira. É lá em Corumbá. O lugar é uma beleza, eu tenho certeza você vai gostar. Tem um belo Panta<strong>na</strong>l, tem o Rio<br />

Paraguai pra gente pescar. Quando for tempo de chuva, só uma coisa não te iludo não. É que com o Panta<strong>na</strong>l nós só<br />

sairemos de lá de avião. Mas o lugar é uma beleza, eu tenho certeza, você vai gostar. A bondade dessa gente faz o<br />

visitante logo retor<strong>na</strong>r. Satisfeito vou levar, você de braços dados para Corumbá. Para ver uma bela cidade e junto a uma<br />

boa gente a gente morar".<br />

João Maria Lós - Desembargador do TJMS<br />

Um ano após ingressar <strong>na</strong> magistratura sul-mato-grossense foi promovido para Corumbá, onde lá permaneceu entre<br />

1982 e 1987.<br />

“Na época, a cidade ficava isolada, pois só tinha estrada de chão de Miranda para Campo Grande. A alter<strong>na</strong>tiva<br />

era o trem: eu embarcava o carro, e seguia de trem para a cidade. Mas também tive grandes aventuras indo de carro<br />

nos períodos de chuva, quando a estrada estava toda alagada. A cidade era muito agradável e o povo muito hospitaleiro,<br />

alegre, e em pouco tempo fiz amizade com o pessoal. Passei anos deliciosos lá”.<br />

O trabalho...<br />

“Quando atuei em Corumbá, o trabalho era feito rigorosamente em dia. Prova disso é que nunca tive um habeas<br />

corpus por excesso de prazo. Durante o tempo em que fiquei lá, o processo que <strong>mais</strong> me impressionou foi o homicídio<br />

de uma família de paraguaios. Ao chegarem <strong>na</strong> fazenda, havia uma árvore de Natal. Eles foram tirar aquela árvore do<br />

caminho e explodiu uma bomba, com resultado de mortos e feridos. Foi bem chocante... levei os culpados a júri e foram<br />

todos conde<strong>na</strong>dos pela violência do ato. Como juiz <strong>na</strong> comarca, durante as eleições, determinei que as pessoas que<br />

cometessem crimes eleitorais ficassem presas <strong>na</strong>queles boieiros, por falta de local <strong>mais</strong> adequado”.


Luiz Cláudio Bo<strong>na</strong>ssini – juiz da 3ª Vara de Família de Campo Grande<br />

Atuou em Corumbá de 1989 a 1998<br />

Trabalhar em Corumbá...<br />

“Tanto para mim quanto para minha família, trabalhar em Corumbá, onde permanecemos por quase dez anos,<br />

foi uma experiência maravilhosa. A cidade é uma das <strong>mais</strong> belas do Estado, com uma população alegre e festiva, que<br />

e<strong>na</strong>ltece a cultura pantaneira a todo momento. A adaptação foi muito fácil, pois logo <strong>na</strong> chegada encontramos colegas<br />

bem entrosados com a comunidade, os quais muito nos ajudaram no início”.<br />

O trabalho com os servidores...<br />

“O quadro dos servidores é muito qualificado, com uma dedicação que chama a atenção. Sabem receber e tratar<br />

muito bem as pessoas que buscam seus serviços. Judicar em Corumbá é uma experiência primorosa, visto que depois<br />

dela não aparece nenhuma surpresa”.<br />

Emerson Cafure – juiz da 11ª Vara do Juizado Especial Central<br />

Atuou em Corumbá de 1992 a 2001<br />

Trabalhar em Corumbá...<br />

“Foi muito gratificante e acima de tudo enriquecedor no tocante à experiência profissio<strong>na</strong>l, pois a <strong>Comarca</strong> de<br />

Corumbá sempre foi considerada como uma das <strong>mais</strong> operosas no aspecto funcio<strong>na</strong>l, sobretudo pela diversidade de<br />

causas que nos foram submetidas, especialmente aquelas de <strong>na</strong>tureza ambiental, desafiando muito tempo de pesquisa e<br />

estudo para sua resolução.<br />

Destaco como o ponto alto da minha atuação <strong>na</strong> comarca o relacio<strong>na</strong>mento com os de<strong>mais</strong> operadores do direito,<br />

sempre marcado pela cooperação, urbanidade e respeito, valendo ressaltar a combatividade marcante dos advogados<br />

que ali militam, característica positiva que sempre contribuiu para o amadurecimento das minhas decisões”.<br />

Gostou da cidade...<br />

“Muito, principalmente de seu povo, sempre amável e acolhedor. Esses atributos me ensi<strong>na</strong>ram que, apesar do<br />

duro mister da judicatura, o juiz precisa ser talhado para viver em sociedade”.<br />

Adaptação da família...<br />

“Apesar do calor climático, o calor humano dos corumbaenses foi compensador e facilitou a nossa adaptação,<br />

sobretudo por sua hospitalidade. A permanência <strong>na</strong> cidade proporcionou-nos grandes experiências, tor<strong>na</strong>ndo-se decisiva<br />

para o nosso aprimoramento pessoal e familiar, valendo destacar a formação cultural dos nossos filhos, que ali sorveram<br />

sólidos ensi<strong>na</strong>mentos, frutos de uma rígida e rica metodologia pedagógica”.<br />

O trabalho com os servidores...<br />

“O <strong>mais</strong> profícuo, pautado em uma relação de respeito, discrição, cooperação e de valorização funcio<strong>na</strong>l, com base<br />

<strong>na</strong> qual obtivemos uma produtividade satisfatória para a demanda existente, propiciando alto índice de celeridade <strong>na</strong><br />

prestação jurisdicio<strong>na</strong>l, realçando o empenho e o comprometimento dos servidores com os resultados”.<br />

Processo que chamou atenção ...<br />

“Um caso pitoresco, relativo à apreensão de um papagaio, realizada pela polícia florestal, cuja proprietária<br />

ingressou com uma ação pleiteando a restituição da ave, sob a alegação de que a tinha sob sua guarda há vinte<br />

anos, tendo criado com ela grande vínculo afetivo, e que a sua perda lhe causou profundo estado de depressão,<br />

comprometendo seriamente a sua saúde. Movido por senso humanitário, aliado à comprovação do comprometimento<br />

de sua saúde e à constatação de que a ave dificilmente sobreviveria em seu habitat <strong>na</strong>tural, em virtude da dependência<br />

decorrente do longo tempo de vida doméstica, deferi-lhe o pedido”.<br />

Djailson de Souza - juiz da 7ª Vara do Juizado Especial<br />

Atuou <strong>na</strong> comarca de 1995 a 2001<br />

outubro 2008 - - 3<br />

TJMS<br />

emNotícias<br />

“Lá eu conheci a profissão de 'isqueiro', quando perguntava <strong>na</strong>s audiências a profissão dos depoentes. Esse é o<br />

‘panhador’ de isca no Panta<strong>na</strong>l. Meus guris estudaram lá e gostaram muito do local. A minha esposa, como a de outros<br />

amigos de profissão, fez psicologia <strong>na</strong> Universidade Federal e também adorou a cidade.<br />

As pessoas são de fácil trato e muito simpáticas, mas o acesso à cidade era difícil porque havia um trecho sem<br />

asfalto”.


4 - TJMS - outubro 2008<br />

emNotícias<br />

O novo prédio do Fórum<br />

A construção origi<strong>na</strong>l do prédio do<br />

Fórum de Corumbá data do fi<strong>na</strong>l dos anos<br />

50, concebida para abrigar uma peque<strong>na</strong><br />

demanda processual que cresceu de tal forma<br />

que o prédio tornou-se apertado para atender<br />

aos anseios dos jurisdicio<strong>na</strong>dos, servidores e<br />

magistrados.<br />

O prédio que abrigava o Fórum da<br />

<strong>Comarca</strong> tinha 1,4 mil m² de área, distribuídos<br />

em dois pavimentos no prédio principal, além<br />

de construções anexas com arquivo, depósito<br />

e garagem coberta, e já havia passado por<br />

diversas reformas e ampliação.<br />

Em 1994, houve uma reforma geral<br />

executada pelo Tribu<strong>na</strong>l de Justiça e,<br />

entre os vários serviços, destacaram-se o<br />

redimensio<strong>na</strong>mento das instalações elétricas<br />

e a reorganização do layout para otimização<br />

do espaço interno disponível, ampliando a<br />

área dos cartórios. No ano de 2000, houve<br />

uma reforma com o objetivo incluir uma rede<br />

estruturada que permitiu a interligação dos<br />

computadores em rede inter<strong>na</strong> ao Tribu<strong>na</strong>l<br />

de Justiça e às outras comarcas. Em 2002<br />

ocorreu uma obra de reforma e ampliação,<br />

momento em que se deu a construção da<br />

edificação do arquivo-geral, além de revisão<br />

completa das instalações elétricas e lógicas,<br />

reforma de banheiros, cobertura e pintura,<br />

dentre outros serviços. Já nos anos de 2004<br />

e 2005 foi feita uma análise da situação do<br />

prédio e verificou-se que a relação custo/<br />

benefício de uma reforma para a solução<br />

dos problemas apresentados pela edificação<br />

era economicamente inviável. Diante disso,<br />

optou-se pela construção de um novo Fórum.<br />

O processo para construção do novo<br />

prédio do Fórum começou com a doação do<br />

terreno pela Prefeitura Municipal de Corumbá,<br />

em 2005. Foram dois anos de obra que<br />

Des. João Carlos<br />

Brandes Garcia<br />

A decisão de construir um novo<br />

Fórum para a <strong>Comarca</strong> de Corumbá,<br />

tomada <strong>na</strong> administração do Des.<br />

Claudionor Miguel Abss Duarte, foi<br />

oportu<strong>na</strong> se considerarmos que o Fórum<br />

atual já está em uso há <strong>mais</strong> de 50<br />

anos. O volume de feitos hoje em<br />

Des. João Carlos<br />

Brandes Garcia<br />

tramitação é um<br />

indicativo seguro<br />

de que Corumbá<br />

reclamava um prédio<br />

novo, <strong>moderno</strong><br />

e funcio<strong>na</strong>l, que<br />

abrigasse as atuais<br />

6 varas e <strong>mais</strong><br />

aquelas que deverão<br />

ser instaladas<br />

brevemente.<br />

Foi publicado no Diário da Justiça do dia 1º de outubro, o Provimento nº 156/2008 que autoriza e instala a Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos<br />

da <strong>Comarca</strong> de Corumbá. Assim, Corumbá passa a contar com sete varas a partir de hoje, 10 de outubro de 2008<br />

hoje está concluída. O atual prédio conta<br />

com capacidade para instalação de até 10<br />

varas (a comarca possui, com a <strong>nova</strong>, sete<br />

varas instaladas), distribuídas em 4,3 mil m²,<br />

sendo 4,1 mil m² do prédio principal com três<br />

pavimentos, além dos 225 m² do arquivo-geral,<br />

tamanho três vezes maior que o prédio antigo.<br />

Cada vara possui o gabinete do<br />

magistrado, um arquivo privativo, uma sala<br />

para audiência, salas para assessores, além<br />

de uma sala para o cartório com mini arquivo<br />

e hall com sala de espera. Nas moder<strong>na</strong>s<br />

Des. Claudionor<br />

Miguel Abss Duarte<br />

A <strong>i<strong>na</strong>ugura</strong>ção do novo prédio<br />

do Fórum de Corumbá representa<br />

a consolidação dos anseios da<br />

comunidade jurídica da comarca. O<br />

prédio não só atende às necessidades<br />

operacio<strong>na</strong>is atuais, como as futuras,<br />

pois inegavelmente Corumbá passa<br />

por um ciclo de desenvolvimento<br />

condizente com as suas riquezas<br />

Des. Claudionor Miguel<br />

Abss Duarte<br />

<strong>na</strong>turais e com a sua<br />

tradição histórica.<br />

Congratulo-me com<br />

a administração do<br />

Poder Judiciário e<br />

com a municipal<br />

de Corumbá, por<br />

intermédio do<br />

prefeito Ruiter, o qual<br />

viabilizou parceria<br />

para levar adiante a<br />

execução do projeto.<br />

e amplas instalações do novo Fórum, a<br />

acessibilidade foi preocupação fundamental,<br />

com rampas nos acessos, até mesmo em seu<br />

interior para os pavimentos superiores, além<br />

de elevadores.<br />

Outro destaque foi a preocupação com a<br />

segurança dos magistrados, que contam com<br />

estacio<strong>na</strong>mento e entrada exclusivos e elevador<br />

para acesso a seus gabinetes. O plenário do<br />

Tribu<strong>na</strong>l do Júri terá capacidade para até 100<br />

pessoas sentadas e acessos independentes.<br />

Foram construídas ainda três celas com acesso<br />

reservado para as viaturas da escolta que trarão<br />

os presos. O plenário poderá ainda ser utilizado<br />

para outros eventos sem que haja interferência<br />

<strong>na</strong> roti<strong>na</strong> normal do Fórum.<br />

O novo Fórum também terá serviço de<br />

segurança e monitoramento das pessoas que<br />

entram e saem do prédio, com 64 câmeras<br />

espalhadas pelas áreas de circulação,<br />

destacando-se 14 câmeras com lentes<br />

infravermelho, possibilitando a captura de<br />

imagens à noite. Elas estarão espalhadas em<br />

pontos estratégicos, ampliando a segurança<br />

para os jurisdicio<strong>na</strong>dos e magistrados.<br />

Todas as imagens registradas pelas<br />

câmeras serão monitoradas por uma central<br />

com o auxílio de quatro computadores. Caso<br />

o operador deseje ampliar uma imagem,<br />

basta clicar em cima dela e esta passa<br />

a ocupar a tela inteira. A intenção é que<br />

esse circuito interno de câmeras auxilie no<br />

monitoramento também pela central instalada<br />

no Tribu<strong>na</strong>l de Justiça por meio da web.<br />

Corumbá também será a primeira comarca<br />

do interior a receber a transmissão da Rádio<br />

Corredor pelo sistema de som ambiente<br />

instalado no novo prédio.


Histórico de lutas,<br />

conquistas e mudanças<br />

Com um comovente passado histórico,<br />

a cidade de Corumbá está localizada sobre<br />

uma região de calcário, motivo de ser<br />

conhecida como cidade Branca. Privilegiada<br />

pela riqueza de fau<strong>na</strong> e flora do Panta<strong>na</strong>l<br />

sul-mato-grossense, já foi palco de lutas<br />

sangrentas e violentas, mostra de um passado<br />

de conquistas e mudanças.<br />

No Memorial do Tribu<strong>na</strong>l de Justiça de<br />

Mato Grosso do Sul é possível ter acesso<br />

a processos e estudos que demonstram a<br />

violência que envolvia senhores e escravos<br />

<strong>na</strong> região de Corumbá. Essas evidências<br />

aparecem nos inventários de Francisca Cunha<br />

Nogueira, de Generoso Nunes Nogueira, e<br />

nos processos crimi<strong>na</strong>is dos anos de 1870.<br />

Um deles é de Firmiano Firmino Ferreira<br />

Cândido, um dos primeiros latifundiários da<br />

cidade, morto por escravos mal tratados,<br />

segundo denúncia do promotor público. Outro<br />

caso é um sumário de culpa de 1881 em que<br />

a vítima, nomi<strong>na</strong>da ape<strong>na</strong>s como escravo<br />

Vicente, foi espancado por um capataz até a<br />

morte.<br />

Mais de 25 mil processos<br />

em trâmite e 135 anos de história<br />

Três anos após o fi<strong>na</strong>l da Guerra<br />

da Tríplice Aliança, quando o Brasil<br />

aliado à Argenti<strong>na</strong> e ao Uruguai<br />

venceram o Paraguai, foi criada a<br />

<strong>Comarca</strong> de Corumbá. O período ainda<br />

era de pós-guerra. Corumbá se refazia<br />

das invasões, dos saqueamentos e<br />

da destruição, pois foi sede de tropas,<br />

palco de batalha e rota de retirada da<br />

guerra que acabou em 1870. Fundado<br />

em 13 de setembro de 1775, o Forte<br />

Coimbra é o monumento que simboliza<br />

aqueles bravos tempos.<br />

A comarca, instalada em 1874, era<br />

<strong>nova</strong>, não recebeu processos vindos<br />

de outros fóruns. Apreciou causas<br />

históricas e de perso<strong>na</strong>lidades ilustres,<br />

como o inventário dos bens do Barão<br />

de Vila Maria, que tramitou <strong>na</strong> comarca<br />

três anos após a criação.<br />

Mas a história também reservou<br />

conquistas a essa cidade hospitaleira, o<br />

processo de inventário do Barão de Vila Maria,<br />

datado de 1876, também pode ser acessado<br />

no Memorial do Tribu<strong>na</strong>l de Justiça. Ele foi<br />

pioneiro ao fundar a histórica Fazenda Firme,<br />

que se tornou importante centro da pecuária<br />

da região. Além disso, teve participação direta<br />

nos acontecimentos da invasão paraguaia<br />

pelas tropas de Solano Lopes e foi também<br />

importante político, ocupando vários cargos de<br />

destaque <strong>na</strong> administração provincial em Mato<br />

Grosso.<br />

Em reconhecimento aos serviços<br />

prestados, o Imperador D. Pedro II outorgou a<br />

Joaquim José Gomes da Silva, fazendeiro do<br />

Distrito de Albuquerque, o título de Barão de<br />

Vila Maria.<br />

Após o falecimento dos proprietários,<br />

a Fazenda Firme ficou para o filho do casal,<br />

Joaquim Eugênio Gomes da Silva, de apelido<br />

Nheco, que, ao fi<strong>na</strong>l da guerra, desbravou<br />

a região, fundou e povoou a Nhecolândia,<br />

Ainda em 1873, o Decreto nº<br />

2.342 autorizou o funcio<strong>na</strong>mento de<br />

Tribu<strong>na</strong>is de Relação em São Paulo,<br />

Mi<strong>na</strong>s Gerais, Rio Grande do Sul,<br />

Pará, Ceará, Goiás e Mato Grosso,<br />

estado ao qual pertencia Corumbá até<br />

o desmembramento da região Sul, em<br />

1977.<br />

TJMS<br />

outubro 2008 - - 5<br />

emNotícias<br />

denomi<strong>na</strong>ção a ele atribuída, dessa importante<br />

região do panta<strong>na</strong>l sul-mato-grossense.<br />

E como se costuma dizer, a história<br />

altera princípios para se adequar aos valores<br />

sociais de cada tempo. Quem manuseia<br />

processos-crimes do século XIX, observa a<br />

mudança de princípios vividos ao longo dos<br />

anos pelo Direito. Nesse período, não vigia<br />

o princípio da insignificância, tão propalado<br />

nos dias atuais. É o que se observa em um<br />

Sumário de Culpa de Corumbá, de 1890, em<br />

que o réu Gustavo Soares Pinto de Andrade<br />

foi acusado de furtar uma caixa de sabão,<br />

e somente após o terceiro júri conseguiu<br />

absolvição.<br />

Ainda em meio às histórias da Cidade<br />

Branca, é possível manusear no Memorial<br />

um processo de responsabilidade por surto<br />

de cólera, em que o delegado de higiene de<br />

Corumbá, José Marques da Silva Bastos, foi<br />

denunciado pelo promotor de justiça. Segundo<br />

o inquérito, o flagelo teria feito inúmeros<br />

doentes <strong>na</strong> cidade.<br />

Hoje, de acordo com as<br />

planilhas do Sistema Estatístico da<br />

Corregedoria, há <strong>na</strong> comarca <strong>mais</strong><br />

de 25 mil processos, sendo 17.085<br />

feitos cíveis, 5.881 crimi<strong>na</strong>is e<br />

2.223 dos juizados especiais. Estes<br />

números não contabilizam os Termos<br />

Circunstanciados de Ocorrência, as<br />

Cartas Precatórias Cíveis e Crimi<strong>na</strong>is e<br />

os Inquéritos.<br />

O volume de processos disparou<br />

e, em 1973, a comarca foi elevada<br />

para segunda entrância. Poucos<br />

anos depois, em 1979, quando Mato<br />

Grosso do Sul foi transformado<br />

em Estado, em Corumbá foram<br />

distribuídos 1.502 processos. Cinco<br />

anos depois já foram 2.446. Passados<br />

<strong>mais</strong> dez anos, já eram 4.625<br />

processos iniciados no ano. Em 2004,<br />

os iniciados estavam próximos dos<br />

10 mil. Agora são 25.189 feitos em<br />

andamento.


Novo prédio do Fórum de Corumbá abrigará a experiência de antigos servidores aliada a novidades que chegam agora ao Poder Judiciário, como a versão PG5 do SAJ, que possibilitará, no futuro, a implantação do processo virtual<br />

O novo para os<br />

recentes e os antigos<br />

O contraste do novo com o antigo.<br />

<strong>Comarca</strong> centenária, Corumbá recebe<br />

uma estrutura <strong>nova</strong> e moder<strong>na</strong> para<br />

dar continuidade ao trabalho de anos<br />

realizado por servidores recentes com<br />

aqueles que já somam muita experiência.<br />

Relatos de quem chegou agora e de<br />

quem já está ali faz tempo. Alguns destes<br />

servidores que passam a usufruir desta<br />

<strong>nova</strong> estrutura comentam sobre o passado<br />

e sobre o que virá.<br />

São praticamente 29 anos<br />

trabalhando no prédio do antigo Fórum.<br />

Cheila Gomes de Campos Via<strong>na</strong> já<br />

registrou <strong>mais</strong> de 10.400 dias em<br />

exercício. A servidora <strong>mais</strong> antiga do<br />

Fórum era parteira, casou-se e decidiu<br />

mudar de profissão. Em 1979, começou<br />

a trabalhar como celetista no Fórum da<br />

<strong>Comarca</strong>. Na época, sua carteira era<br />

assi<strong>na</strong>da pelo Município de Cuiabá. A<br />

primeira atividade foi no setor de limpeza.<br />

Mais tarde fez concurso para zeladora<br />

e, tempos depois, foi desti<strong>na</strong>da para a<br />

função de telefonista, a qual desempenha<br />

até os dias atuais.<br />

“Quem me colocou como telefonista<br />

foi o Des. João Maria Lós, que ainda<br />

atuava como juiz aqui <strong>na</strong> cidade. Era para<br />

eu ficar um mês, mas acabei ficando até<br />

hoje e gosto do que faço.” A telefonista,<br />

de risada fácil e muita conversa, orgulhase<br />

ao mencio<strong>na</strong>r os nomes dos atuais<br />

desembargadores que já atuaram como<br />

juízes em Corumbá: “por aqui passou<br />

muita gente, eu já conheci muitos juízes<br />

que se tor<strong>na</strong>ram desembargadores, como<br />

o Des. João Maria Lós, Des. Joenildo,<br />

Des. Atapoã e também o Des. Dorival<br />

Pavan”.<br />

Cheila nem pensa em se aposentar.<br />

“Agora não”, diz ela, “quero curtir o novo


Fórum”. Aos 64 anos de idade, enga<strong>na</strong>-se<br />

quem pensa que ela já está cansada ou<br />

que é hora de ‘colocar o fone no gancho’.<br />

A resposta vem rápida e cheia de energia:<br />

“Você não imagi<strong>na</strong> a disposição que eu<br />

tenho!” Sua preocupação é quanto aos<br />

novos telefones: “Será que serão muito<br />

<strong>moderno</strong>s? Mas a gente aprende, a<br />

cabeça ainda está boa”. Ficar afastada<br />

do trabalho? Só uma vez, quando a filha<br />

ganhou nenê e a vovó foi ajudar a cuidar<br />

do recém-<strong>na</strong>scido.<br />

Novata como a edificação do<br />

Fórum, Priscila Hele<strong>na</strong> de Andrade Rocha<br />

acabou de ingressar no Judiciário. A<br />

transformação de funcionária de banco<br />

para escrevente judicial da 1ª Vara Cível<br />

está em <strong>fase</strong> de “tudo é novidade”: o<br />

ambiente de trabalho, os termos judiciais,<br />

as tarefas que precisa executar, mas<br />

uma novidade que, segundo ela, “está<br />

adorando”. Priscila aposta que no novo<br />

Fórum vai ser ainda melhor, pois já<br />

pôde visualizar como será seu próximo<br />

ambiente de trabalho.<br />

Para Alex da Silva Cristaldo,<br />

33 anos, que ingressou há pouco no<br />

Judiciário, foi uma oportunidade de abrir<br />

novos horizontes. Ele confessa que, em<br />

um primeiro momento, levou um susto,<br />

pois, profissio<strong>na</strong>lmente, é um trabalho<br />

totalmente diferente do que realizava.<br />

Hoje ele atua como escrevente da 1ª<br />

Vara Crimi<strong>na</strong>l de Corumbá. Antes, Alex<br />

trabalhava <strong>na</strong> parte administrativa de<br />

uma empresa de mineração. Igual ao que<br />

fazia? Ape<strong>na</strong>s a utilização do computador,<br />

afirma. Mas ele encarou o trabalho como<br />

um desafio. Quanto ao novo Fórum, <strong>na</strong><br />

opinião de Alex Cristaldo, é um avanço<br />

necessário e não um luxo, pois “o Poder<br />

Judiciário precisa oferecer condições<br />

físicas para que seus serventuários<br />

possam cumprir suas roti<strong>na</strong>s, além de<br />

receber e atender bem aos cidadãos”.<br />

Quem também circula há bastante<br />

tempo pelo prédio antigo do Fórum é<br />

Fátima Rachel dos Santos Ricco Wassouf,<br />

escrivã há 20 anos, servidora há 26. A<br />

ex-radialista deixou a atividade em 1982<br />

quando foi empossada como auxiliar<br />

judiciário (atual escrevente judicial).<br />

Em 1988, Fátima Ricco foi promovida a<br />

escrivã substituta. Alguns meses <strong>mais</strong><br />

tarde, assumiu o cargo definitivamente.<br />

Para ela, o Fórum foi sempre <strong>mais</strong><br />

sua família do que a propriamente dita,<br />

até porque não foram poucas as vezes<br />

em que a escrivã trabalhou em feriados e<br />

fi<strong>na</strong>is de sema<strong>na</strong> para colocar o trabalho<br />

em dia. Apaixo<strong>na</strong>da pelo Judiciário?<br />

Sim, ela destaca. O reconhecimento, de<br />

acordo com Fátima, “não importa, a gente<br />

trabalha para dormir tranqüila, com o<br />

serviço bem feito, pela responsabilidade<br />

do dever cumprido e não para ser<br />

reconhecida pelos outros.”<br />

“Quando cheguei”, recorda Fátima<br />

Ricco, “era uma mesinha, processos<br />

no chão e dois pneus que a gente<br />

usava como cadeira”, pois os móveis<br />

antigos eram de particulares. Com a<br />

estadualização da <strong>Comarca</strong> de Corumbá,<br />

TJMS<br />

outubro 2008 - - 7<br />

emNotícias<br />

foram praticamente todos retirados do<br />

prédio. A escrivã recorda também da<br />

máqui<strong>na</strong> de escrever e das sentenças dos<br />

juízes que deveriam ser datilografadas<br />

sem “retoques”. Incumbência que os<br />

magistrados pediam para ela fazer, muitas<br />

vezes, nos fi<strong>na</strong>is de sema<strong>na</strong>. “Nunca<br />

neguei, não me custava. Eu levava três<br />

sentenças para casa e, <strong>na</strong> segunda-feira<br />

as entregava prontas, sem erros”. E, até<br />

hoje, “o que me pedirem eu faço”, salienta<br />

Fátima.<br />

A idéia de família é reforçada no<br />

depoimento da escrivã sobre a mudança<br />

para o novo prédio. “Compara-se a<br />

quando a gente já está enraizada numa<br />

casa e se muda, pois sempre acabam<br />

ficando resquícios da antiga, mas todo<br />

mundo gosta de mudar para algo novo,<br />

todos temos muitas expectativas”. Deixar<br />

para trás a máqui<strong>na</strong> de escrever, para<br />

ela, não foi <strong>na</strong>da triste, aliás Fátima<br />

comenta que não sabe como sobrevivia<br />

anteriormente sem o SAJ (Sistema de<br />

Automação da Justiça), e ao sistema<br />

desencadeia uma série de elogios.<br />

Para quem começou numa saleta com<br />

uma mesinha e pneus para se sentar e<br />

hoje manuseia diariamente tecnologias<br />

como o SAJ (agora inclusive com a <strong>nova</strong><br />

plataforma PG5), o passado fica <strong>na</strong><br />

lembrança, mas não deixa saudade. Se<br />

os de<strong>mais</strong> colegas acompanharem seu<br />

ritmo, a adaptação dos servidores ao novo<br />

prédio vai ser rápida, afi<strong>na</strong>l, quem não<br />

gosta de um cantinho novo e <strong>moderno</strong>?<br />

Mário Márcio Dias de Moura -<br />

secretário da direção do foro<br />

O terreno do fórum antigo foi um<br />

cemitério durante a guerra do<br />

Paraguai, e quando da construção<br />

do arquivo-geral, no local havia uma<br />

Figueira enorme, e para arrancá-la<br />

foram necessários 30 dias. Durante<br />

a escavação para cortar as raízes<br />

da árvore, foram encontradas várias<br />

ossadas, prova de um passado<br />

histórico que remonta os séculos e<br />

reaparece um dia.


TJMS<br />

8 - - outubro 2008<br />

emNotícias<br />

E N T R E V I S T A<br />

Dr. Eduardo Eugênio Siraveg<strong>na</strong> Júnior<br />

Ele está <strong>na</strong> <strong>Comarca</strong> de Corumbá<br />

desde novembro de 2006, quando assumiu a<br />

titularidade da Vara do Juizado Especial Cível<br />

e Crimi<strong>na</strong>l. Pela Direção de Foro, ele responde<br />

desde março de 2008. Para falar sobre o<br />

novo prédio do Fórum, sua importância para<br />

a sociedade corumbaense, enfim, abordar os<br />

pontos <strong>mais</strong> importantes da <strong>nova</strong> estrutura do<br />

Poder Judiciário <strong>na</strong> terceira maior comarca de<br />

Mato Grosso do Sul, o juiz Eduardo Eugênio<br />

Siraveg<strong>na</strong> Junior, da Vara do Juizado Especial<br />

Cível e Crimi<strong>na</strong>l e diretor do Foro. Ao TJMS em<br />

Notícias, ele concedeu a seguinte entrevista:<br />

TJMS – Qual a importância do novo<br />

prédio <strong>na</strong> comarca ?<br />

O novo prédio do Fórum certamente trará<br />

melhorias significativas para toda a <strong>Comarca</strong><br />

de Corumbá, pois, acima de tudo, ensejará<br />

melhores condições de trabalho aos magistrados<br />

e servidores do Poder Judiciário, além de<br />

proporcio<strong>na</strong>r aos membros do Ministério Público,<br />

da Defensoria Pública e aos advogados militantes<br />

uma melhor estrutura no atendimento. O prédio<br />

tem aproximadamente 4.500 metros quadrados<br />

e capacidade para abrigar dez varas, ou seja,<br />

quatro <strong>nova</strong>s varas, além das seis já existentes<br />

(hoje 10/10, será instalada <strong>mais</strong> uma, a Vara<br />

de Fazenda Pública e Registros Públicos) , um<br />

Tribu<strong>na</strong>l do Júri com auditório de 100 lugares<br />

e gabinetes de magistrados com salas para<br />

assessoria - melhorias que refletirão em uma<br />

prestação jurisdicio<strong>na</strong>l <strong>mais</strong> célere e qualificada. A<br />

localização do novo Fórum em uma área urba<strong>na</strong><br />

de fácil acesso à população também há de ser<br />

considerada como um fator relevante <strong>na</strong> melhoria<br />

do atendimento dos jurisdicio<strong>na</strong>dos.<br />

Quais as particularidades que podem<br />

ser consideradas <strong>mais</strong> importantes <strong>na</strong> <strong>nova</strong><br />

instalação ?<br />

Para mim, o que merece maior destaque<br />

no novo prédio do Fórum, além de sua beleza<br />

arquitetônica, é a facilidade de acesso às pessoas<br />

portadoras de necessidades especiais, em razão<br />

da existência de rampas e elevadores em todos os<br />

andares do prédio, além, é claro, das moder<strong>na</strong>s e<br />

espaçosas instalações, tanto nos cartórios judiciais<br />

como nos gabinetes dos juízes. A existência de<br />

garagem e elevador privativos de magistrados<br />

também trará maior segurança no dia-a-dia forense.<br />

Por que a necessidade de um novo<br />

prédio? Isso é conseqüência do crescimento<br />

de Corumbá ?<br />

A <strong>Comarca</strong> de Corumbá abrange os<br />

Municípios de Corumbá e Ladário que, juntos,<br />

Qualquer sugestão ou crítica pode ser enviada<br />

para a Secretaria de Comunicação Institucio<strong>na</strong>l<br />

do Tribu<strong>na</strong>l de Justiça de Mato Grosso do Sul.<br />

somam aproximadamente 114 mil habitantes,<br />

o que a tor<strong>na</strong> a 3ª maior <strong>Comarca</strong> do Estado,<br />

além de ser uma região turística de projeção<br />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, com perspectiva de crescimento<br />

em razão de seus recursos <strong>na</strong>turais. Entretanto,<br />

o atual prédio do Fórum, que existe há quase<br />

50 anos, diante do aumento significativo<br />

da população e do volume de processos<br />

distribuídos mensalmente, tornou-se insuficiente<br />

para atender satisfatoriamente o jurisdicio<strong>na</strong>do,<br />

uma vez que falta espaço para a ampliação<br />

das instalações e criação de <strong>nova</strong>s varas. É<br />

importante mencio<strong>na</strong>r também que, atualmente,<br />

Corumbá tem uma distribuição anual de feitos<br />

maior que a de Dourados, que possui 13 varas,<br />

contra ape<strong>na</strong>s 6 de Corumbá. Diante desta<br />

realidade, a administração do TJMS, sensível às<br />

necessidades prementes da <strong>Comarca</strong>, decidiu<br />

construir um novo prédio do Fórum, com três<br />

pavimentos, todos atendidos por escadas,<br />

rampas e elevadores, capaz de abrigar 10<br />

varas, além de todas as de<strong>mais</strong> atividades<br />

administrativas diretamente relacio<strong>na</strong>das à<br />

prestação jurisdicio<strong>na</strong>l.<br />

Quanto tempo levou a reforma e quais<br />

as conseqüências disso <strong>na</strong> prestação<br />

jurisdicio<strong>na</strong>l ?<br />

A obra do novo prédio do Fórum demorou<br />

aproximadamente dois anos para ser concluída,<br />

devido a imprevistos de ordem técnica, por<br />

ocasião das escavações da fundação do<br />

prédio. Não fosse este imprevisto, a obra<br />

teria sido entregue em março deste ano. Este<br />

fato, entretanto, em <strong>na</strong>da diminui a felicidade<br />

de toda a comunidade jurídica; ao contrário,<br />

aumenta ainda <strong>mais</strong> a expectativa vivenciada<br />

por todos, pois este novo Fórum representa<br />

uma <strong>nova</strong> <strong>fase</strong>, certamente melhor, <strong>na</strong><br />

prestação jurisdicio<strong>na</strong>l. Nesse sentido, o maior<br />

beneficiário será, sem sombra de dúvidas, o<br />

desti<strong>na</strong>tário fi<strong>na</strong>l do serviço judiciário, ou seja, o<br />

jurisdicio<strong>na</strong>do.<br />

E X P E D I E N T E<br />

MISSÃO<br />

Prestação jurisdicio<strong>na</strong>l em tempo razoável<br />

Parque dos Poderes - Bloco 13<br />

Campo Grande - MS<br />

CEP: 79031-902<br />

Telefone: (67) 3314-1382/3314-1379<br />

www.tjms.jus.br<br />

Presidente:<br />

Des. João Carlos Brandes Garcia<br />

Vice-Presidente:<br />

Des. Ildeu de Souza Campos<br />

Corregedor-Geral de Justiça:<br />

Des. Divoncir Schreiner Maran<br />

Diretora-Geral da Secretaria<br />

do Tribu<strong>na</strong>l de Justiça:<br />

Drª. Maria Ele<strong>na</strong> Selli Rizkallah<br />

Tribu<strong>na</strong>l Pleno:<br />

• Des. Gilberto da Silva Castro<br />

• Des. Rêmolo Letteriello<br />

• Des. Rubens Bergonzi Bossay<br />

• Des. Claudionor Miguel Abss Duarte<br />

• Des. João Carlos Brandes Garcia<br />

• Des. Oswaldo Rodrigues de Melo<br />

• Des. Elpídio Helvécio Chaves Martins<br />

• Des. Luiz Carlos Santini<br />

• Des. Josué de Oliveira<br />

• Des. Joenildo de Sousa Chaves<br />

• Des. Atapoã da Costa Feliz<br />

• Des. Hildebrando Coelho Neto<br />

• Des. João Maria Lós<br />

• Des. Ildeu de Souza Campos<br />

• Des. Divoncir Schreiner Maran<br />

• Des. Paulo Alfeu Puccinelli<br />

• Des. João Batista da Costa Marques<br />

• Desª. Tânia Garcia de Freitas Borges<br />

• Des. Paschoal Carmello Leandro<br />

• Desª. Marilza Lúcia Fortes<br />

• Des. Julizar Barbosa Trindade<br />

• Des. Romero Osme Dias Lopes<br />

• Des. Carlos Eduardo Contar<br />

• Des. Sérgio Fer<strong>na</strong>ndes Martins<br />

• Des. Sideni Soncini Pimentel<br />

• Des. Dorival Re<strong>na</strong>to Pavan<br />

• Des. Vladimir Abreu da Silva<br />

• Des. Luiz Tadeu Barbosa Silva<br />

• Des. Fer<strong>na</strong>ndo Mauro Moreira Marinho<br />

Realização: Secretaria de Comunicação<br />

Institucio<strong>na</strong>l - TJMS<br />

Diretora e Jor<strong>na</strong>lista Responsável Marilda<br />

Silveira Camargo - DRT 047/MS<br />

Impressão: Departamento Gráfico, Editorial e<br />

Imprensa Oficial do TJMS<br />

Tiragem: 300 exemplares<br />

Circulação: Nacio<strong>na</strong>l<br />

Fotos: Divulgação SCI<br />

F A L E C O N O S C O<br />

As cartas devem ser endereçadas à seção<br />

Palavra do Leitor. Publicadas ou não, as cartas<br />

não serão devolvidas.<br />

E-mail scs@tjms.jus.br - Secretaria de<br />

Comunicação Institucio<strong>na</strong>l do Tribu<strong>na</strong>l de<br />

Justiça - tel: (67) 3314-1382, fax: (67)<br />

3326-4180<br />

Parque dos Poderes • Bloco 13 - CEP: 79031-902 • Campo Grande – MS<br />

Telefone: (67) 3314-1382 • Fax: (67) 3326-4180<br />

www.tjms.jus.br • e-mail: scs@tjms.jus.br<br />

Impresso

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!