RELATÓRIO E CONTAS 2003 - Clube Português de Canicultura

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6ª COMISSÃO Raças Portuguesas Como comissão iniciamos a nossa actividade em Abril, após as eleições de 2003. Clube Português de Canicultura Atendendo a que houve praticamente uma recondução da comissão anterior com a saída de um elemento e a entrada de dois, o espírito e a filosofia que nos nortearam e mesmo as preocupações do mandato anterior mantiveram-se. Desde a primeira hora que a comissão alertou os Clubes de Raça e seus representantes para a necessidade de se resolver, o que nós consideramos “o problema dos estalões”. Existem estalões por actualizar, outros actualizados sem reconhecimento oficial e ainda outros que embora não carecendo de actualização não se encontram de acordo com o modelo FCI. Tem sido feito um esforço no sentido de contribuirmos para a resolução deste impasse que se criou, o que só tem sido possível com um relacionamento próximo com a actual Comissão Técnica. Foi discutida e aprovada a proposta de actualização do estalão do Rafeiro do Alentejo. Foram iniciados contactos para a actualização dos estalões do Perdigueiro Português, do Cão da Serra da Estrela e do Cão de Água Português. Colaborámos igualmente nos projectos e acções para o reconhecimento oficial das raças Cão de Gado Transmontano e Barbado da Terceira, e na organização da apresentação oficial a Juízes do Cão de Gado Transmontano que se realizou no Estoril, em Dezembro. Empenhámo-nos na sensibilização das entidades oficiais, em particular da D.G.V. para a necessidade de sermos ouvidos sobre a toda a legislação referente aos cães, para o que esta comissão pediu uma audiência ao Exmº Senhor Director Geral de Veterinária. Fomos recebidos pelo Exmº Senhor Sub-Director Geral, Doutor Fernando Bernardo que se mostrou sensível aos temas por nós apresentados, nomeadamente: estatuto do criador amador, cães perigosos, bem estar animal e identificação. Porém, infelizmente viemos a constatar, com a saída dos Decretos Lei : 312, 313, 314 e 315 de 17 de Dezembro, que nenhuma das nossas pretensões e opiniões foram tidas em conta o que coloca o CPC como entidade que defende e rege a Canicultura Oficial em Portugal, detentora do título de “Utilidade Pública”, os Canicultores em termos individuais e os seus representantes organizados em Clubes e Associações numa posição que não podemos deixar de reprovar e condenar. Participámos na organização e promoção da 1ª Exposição Canina Especializada Qualificativa de Campeonato do 10 de Junho, Dia de Portugal, realizada em Santarém, integrada na Feira Nacional de Agricultura. Devemos aproveitar a oportunidade para referir que ficámos aquém de alguns dos objectivos que traçámos para o ano de 2003. É contudo nossa intenção tudo fazer para recuperar o que não pôde ser feito nem conseguido, perseguindo os objectivos por nós traçados. 83
Situação das Raças Caninas Portuguesas Nº de exemplares 5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 Registos efectuados nos últimos 7 anos Registos efectuados nos últimos 3 anos RAÇA ANOS 2001 2002 2003 SERRA d′ AIRES 115 108 112 FILA S. MIGUEL 645 340 396 SERRA da ESTRELA 902 716 763 RAFEIRO do ALENTEJO 620 391 384 CASTRO LABOREIRO 172 161 96 PODENGO GRANDE 37 35 65 PODENGO MÉDIO 157 128 128 PODENGO PEQUENO 247 173 257 PERDIGUEIRO PORTUGUÊS 542 370 280 CÃO de ÁGUA 140 90 105 Situação Actual 0 97 98 99 00 Anos 01 02 03 Clube Português de Canicultura No último estudo demográfico publicado em 2003, tendo como referência o número estimado de exemplares, Registados e segundo os critérios da FAO temos: SITUAÇÃO CRÍTICA - Podengo Grande de Pêlo Liso SITUAÇÃO CRÍTICA/PERIGOSA - Podengo Grande de Pêlo Cerdoso SITUAÇÃO PERIGOSA - Castro Laboreiro, Serra de Aires, Serra da Estrela de Pêlo Curto, Podengos Médios e Pequenos. SITUAÇÃO PERIGOSA/ VULNERÁVEL- Cão de Água 84
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