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Crises e oportunidades
NO FINAL DA DÉCADA DE 70, A SOCIEDADE BRASILEIRA DAVA SINAIS DE QUE ERA NECESSÁRIO AVANÇAR
NO PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS. COM A LUTA PELA ANISTIA DOS PRESOS POLÍTICOS
E EXILADOS E COM GRANDES GREVES COMANDADAS POR NOVAS LIDERANÇAS SINDICAIS, A ABERTURA
POLÍTICA AVANÇAVA.
O país atravessava mais uma crise econômica, que se agravaria a ponto de gerar o título
de Década Perdida para os anos 80. Infl ação alta, falta de investimentos, escassez de cré-
dito e uma política protecionista amarravam o desenvolvimento brasileiro e provocavam
recessão e desemprego. As grandes obras entregues no período eram fruto de investi-
mentos iniciados muitos anos antes: casos das usinas de Itaipu, Tucuruí e Angra I.
A esperança estava concentrada na retomada das eleições diretas para presidente. Mesmo
com toda a mobilização da campanha Diretas Já, da qual participaram milhões de pessoas em
comícios e atos públicos, não foi em 1984 que o brasileiro voltou a votar para presidente.
Mas a candidatura oposicionista de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral – tendo como vice
José Sarney – empolgou a população. Vencedor, Tancredo não chegaria a assumir, morrendo
antes da posse. Sob o comando de Sarney, o Brasil viveu anos difíceis, com uma série de
planos econômicos – dos quais o mais conhecido foi o Plano Cruzado –, mas garantiu-se
como um país democrático. Em 1988 entraria em vigor a nova Constituição e no ano seguin-
Investimentos iniciados em épocas de bonança garantiram a inauguração
de projetos ousados, como o da Usina Hidrelétrica de Itaipu
te seriam realizadas as aguar-
dadas eleições diretas para
presidente.
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