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Fábrica de Americana: um grande salto
O FINAL DOS ANOS 60 E O INÍCIO DOS ANOS 70 CHEGARAM COM BOAS NOVAS NO CAMPO ECO-
NÔMICO, EMBORA NA VIDA POLÍTICA O QUADRO FOSSE BASTANTE DIFERENTE. ENQUANTO OCORRIA O
CHAMADO MILAGRE ECONÔMICO, COM O PIB CRESCENDO A TAXAS DE MAIS DE 10% AO ANO, AS
LIBERDADES POLÍTICAS ESTAVAM LIMITADAS E O CLIMA ERA TENSO, COM CASSAÇÃO DE MANDATOS, CEN-
SURA À IMPRENSA, PERSEGUIÇÕES, PRISÕES, EXÍLIO E TORTURAS.
Sob o slogan “Ninguém Segura este País”, o Brasil crescia e se desenvolvia. O bom de-
sempenho econômico ajudava a reduzir as críticas no plano político, da mesma forma que
a euforia pela conquista do tricampeonato mundial de futebol, na Copa de 1970.
A classe média se ampliou, assim como o número de carros, pois se tornou mais co-
mum a posse de dois veículos por família. A produção e as vendas de automóveis dispa-
raram, superando pela primeira vez, em 1971, a marca de 500 mil num só ano.
Foi também um período de grandes obras viárias em todo o país: das Marginais Pinhei-
ros e Tietê em São Paulo à Ponte Rio-Niterói, passando pela Rodovia dos Imigrantes, a
Transamazônica e muito mais.
A Ponte Rio-Niterói foi uma das diversas obras de grande
porte realizadas no fi nal dos anos 60 e início dos anos 70
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