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O despertar da indústria automotiva brasileira<br />
OS ANOS 50 TROUXERAM AO PAÍS UM NOVO IMPULSO À INDUSTRIALIZAÇÃO, COM UM PLANEJAMENTO<br />
POR PARTE DO GOVERNO QUE RESULTOU EM INCENTIVOS A VÁRIOS SETORES E NA EXPANSÃO E CRIAÇÃO DE<br />
IMPORTANTES EMPRESAS ESTATAIS COMO A CSN – COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL, A VALE DO RIO<br />
DOCE E A PETROBRAS. A MARCA “INDÚSTRIA BRASILEIRA” PASSOU A SER GRAVADA EM CENTENAS DE NOVOS<br />
PRODUTOS.<br />
Já no fi nal da década de 40, começaram a ser produzidos os primeiros caminhões FNM<br />
(conhecidos popularmente como Fenemês), num convênio entre a Fábrica Nacional de<br />
Motores e a italiana Isotta-Fraschini. Abria-se, assim, o caminho para a fabricação de veí-<br />
culos no país, que, em 1950, possuía 280 mil automóveis e quase o mesmo número de<br />
caminhões, além de 16 mil ônibus.<br />
Iniciando seu segundo mandato, Getúlio Vargas lançou as bases da implantação da indús-<br />
tria automobilística nacional, que se consolidaria no governo seguinte, de Juscelino Kubits-<br />
chek. Mais fabricantes estrangeiros começavam a operar no Brasil, como a Volkswagen,<br />
que passou a montar aqui veículos trazidos da Alemanha. Para estimular a atividade pro-<br />
dutiva, em 1952 foi proibida a importação de automóveis completamente montados.<br />
O suicídio de Getúlio, em 1954, não interrompeu a trajetória de progresso do país.<br />
JUSCELINO KUBITSCHEK, ou simplesmente JK, foi eleito e assumiu a presidência com um<br />
programa destinado a transformar velozmente a economia brasileira. Com o slogan “50<br />
anos em 5”, o novo presidente investiu fortemente na construção de uma infraestrutura<br />
e de um setor industrial modernos. A produção de energia, a siderurgia, a construção de<br />
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