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<strong>Goodyear</strong> do Brasil<br />
90 anos rumo ao futuro
<strong>Goodyear</strong> do Brasil<br />
90 anos rumo ao futuro
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
Com orgulho de tudo o que construímos e com os olhos<br />
voltados para o futuro, apresentamos neste livro a histó-<br />
ria dos nossos primeiros 90 anos no Brasil. É uma história<br />
em que podem ser reconhecidos valores e princípios que<br />
se mantêm ao longo do tempo e que continuarão a ca-<br />
racterizar a <strong>Goodyear</strong>, pois fazem parte do seu DNA.<br />
O cuidado com as pessoas que aqui trabalham e a<br />
oportunidade para que se desenvolvam e cresçam são<br />
valores fundamentais cultivados pela companhia, que se<br />
refl etem no elevado grau de profi ssionalismo da nossa<br />
equipe e na identifi cação que tem com a <strong>Goodyear</strong>. Na<br />
nossa trajetória, as pessoas foram, são e serão chave.<br />
A vocação para o pioneirismo e a inovação é outra mar-<br />
ca da companhia, que resultou na liderança tecnológica e<br />
na preocupação constante com a melhoria da qualidade<br />
– responsáveis, em grande parte pelo prestígio e reputa-<br />
4<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
ção de que a <strong>Goodyear</strong> desfruta. A utilização dos proces-<br />
sos e tecnologias mais avançados e dos mais modernos<br />
métodos de gestão vem nos proporcionando excelentes<br />
resultados em termos de qualidade, produtividade e ade-<br />
quação dos produtos às necessidades do mercado.<br />
A valorização da segurança é outro princípio que rege<br />
a nossa atuação, estando ligado à imagem da empre-<br />
sa, assim como à de seus produtos. Sempre buscamos<br />
e utilizamos os mais modernos conceitos e técnicas de<br />
segurança, incorporando-os aos produtos da marca.<br />
Da mesma forma, a postura responsável diante do meio<br />
ambiente e da sociedade é um compromisso da <strong>Goodyear</strong>,<br />
que está integrado às suas estratégias de negócios.<br />
O investimento constante na imagem da marca<br />
<strong>Goodyear</strong> e na formação de uma forte rede de reven-<br />
dedores ofi ciais é um fator que merece destaque nesta
história de sucesso. Os laços que estabelecemos com a<br />
revenda permitem incorporar novas formas de atender o<br />
cliente, adiantando-nos às necessidades do mercado.<br />
Esta história vitoriosa de 90 anos tem como protago-<br />
nistas os profi ssionais que aqui trabalharam e trabalham:<br />
uma equipe engajada, comprometida com os valores e<br />
os objetivos da companhia, com um perfi l de alta perfor-<br />
mance como o que imprimimos à companhia.<br />
Todos esses elementos tiveram importância capital na<br />
nossa história e são a base sobre a qual estamos cons-<br />
truindo a <strong>Goodyear</strong> do futuro. A experiência acumulada<br />
nestas nove décadas não pode ser encarada como uma<br />
garantia de perenidade, mas certamente nos fornece<br />
subsídios para seguir o caminho que traçamos e que es-<br />
tamos trilhando, de forma sustentável.<br />
Estamos ampliando nosso compromisso para com as<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
futuras gerações e stakeholders, discutindo e incorpo-<br />
rando cada vez mais os conceitos de Sustentabilidade<br />
no dia a dia da <strong>Goodyear</strong>. Sabemos que a caminhada<br />
é longa e necessária, mas juntos construiremos as solu-<br />
ções e atingiremos nossos objetivos comuns de construir<br />
uma sociedade melhor.<br />
Os próximos desafi os, nesta trajetória em direção<br />
ao futuro, estão ligados à consolidação das nossas<br />
conquistas, tendo como referência nossos valores e o<br />
know-how adquirido para, cada vez mais, afi rmar a<br />
<strong>Goodyear</strong> como uma organização de alta performance<br />
e com a marca da Sustentabilidade.<br />
Por acreditar nisso, continuaremos investindo para<br />
estar sempre à frente, antecipando-nos às transforma-<br />
ções pelas quais o mundo continuará a passar, cada<br />
vez mais velozmente.<br />
GIANO ARTUR AGOSTINI<br />
Diretor-Presidente<br />
<strong>Goodyear</strong> Brasil<br />
5
pág. 10<br />
Os primórdios<br />
<strong>Goodyear</strong>:<br />
um nome em<br />
homenagem<br />
ao inventor da<br />
vulcanização<br />
6<br />
Frank Seiberling<br />
funda nos Estados<br />
Unidos The<br />
<strong>Goodyear</strong> Tire &<br />
Rubber Company.<br />
1898<br />
pág. 22<br />
1919-1938<br />
Primeiros<br />
passos<br />
no Brasil<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
começa sua<br />
trajetória no Brasil,<br />
com a abertura<br />
de escritório de<br />
vendas no Rio de<br />
Janeiro, para a<br />
comercialização<br />
de produtos<br />
importados.<br />
1919<br />
A <strong>Goodyear</strong> dos<br />
EUA e o governo<br />
brasileiro negociam<br />
a instalação de<br />
uma fábrica da<br />
companhia no<br />
Brasil.<br />
1937<br />
pág. 28<br />
1939-1948<br />
Fábrica<br />
em São Paulo abre<br />
uma nova etapa<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
inaugura a primeira<br />
fábrica de pneus<br />
do Brasil, no bairro<br />
do Belenzinho, em<br />
São Paulo.<br />
1939
A companhia inicia<br />
a produção de<br />
pneus de avião<br />
no país, da qual<br />
se tornaria líder<br />
absoluta.<br />
1943<br />
pág. 40<br />
1949-1958<br />
O despertar<br />
da indústria<br />
automotiva<br />
brasileira<br />
É lançado o pneu<br />
Papaléguas, que,<br />
em cinco décadas,<br />
conquistaria<br />
sucessivas gerações<br />
de profi ssionais do<br />
transporte.<br />
1954<br />
A <strong>Goodyear</strong> cria<br />
o departamento<br />
de Equipamento<br />
Original, para<br />
atender às<br />
montadoras<br />
que iniciavam a<br />
produção no país.<br />
1957<br />
pág. 54<br />
1959-1968<br />
Um país<br />
sobre rodas<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
atinge a marca<br />
de 8 milhões de<br />
pneus produzidos<br />
no Brasil,<br />
acompanhando<br />
a crescente<br />
demanda.<br />
1958<br />
Na fábrica do<br />
Belenzinho,<br />
iniciam-se as<br />
operações de<br />
recauchutagem de<br />
pneus de avião.<br />
1963<br />
7
pág. 62<br />
1969-1978<br />
Fábrica de<br />
Americana:<br />
um grande salto<br />
8<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
inaugura sua<br />
segunda fábrica<br />
no Brasil, em<br />
Americana (SP),<br />
a maior da<br />
América Latina,<br />
incorporando as<br />
mais avançadas<br />
tecnologias.<br />
1973<br />
A companhia<br />
produz os<br />
primeiros pneus<br />
radiais de aço<br />
para caminhões e<br />
ônibus do Brasil,<br />
da linha Unisteel.<br />
1978<br />
pág. 78<br />
1979-1988<br />
Crises<br />
e oportunidades<br />
É lançado o Grand<br />
Prix S, primeiro<br />
pneu radial de aço<br />
para veículos de<br />
passeio do Brasil.<br />
1980<br />
Tem início a<br />
implantação de<br />
AutoCentros, um<br />
novo conceito<br />
em atendimento<br />
e serviços ao<br />
consumidor de<br />
pneus.<br />
1987<br />
pág. 90<br />
1989-1998<br />
Mundo<br />
em transformação<br />
É inaugurado o<br />
primeiro Centro<br />
de Montagem,<br />
introduzindo um<br />
novo conceito<br />
no trabalho<br />
conjunto com as<br />
montadoras.<br />
1996
A <strong>Goodyear</strong><br />
começa a utilizar<br />
seu primeiro blimp<br />
no país, o Spirit<br />
of the Americas,<br />
fortalecendo<br />
sua marca e<br />
visibilidade.<br />
1998<br />
pág. 100<br />
1999-2008<br />
Foco em pneus<br />
e na inovação<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
inaugura sua<br />
Fábrica de<br />
Materiais para<br />
Recauchutagem,<br />
em Santa Bárbara<br />
D’Oeste. No<br />
ano seguinte, é<br />
aberto o Campo<br />
de Provas, o mais<br />
completo da<br />
América Latina.<br />
2000/2001<br />
A companhia<br />
redefi ne seu<br />
foco de atuação,<br />
concentrando<br />
suas atividades em<br />
pneus e retirandose<br />
de outros<br />
negócios.<br />
2007<br />
pág. 122<br />
2009<br />
Sustentabilidade,<br />
rumo ao futuro<br />
A <strong>Goodyear</strong><br />
continuará<br />
liderando<br />
o processo<br />
de inovação<br />
tecnológica e<br />
pneus com a sua<br />
marca, cada vez<br />
mais avançados<br />
e sustentáveis,<br />
rodarão pelas vias<br />
do Brasil e do<br />
mundo.<br />
2009<br />
9
<strong>Goodyear</strong>: um nome em homenagem ao inventor da vulcanização<br />
A RODA É CONSIDERADA PELOS HISTORIADORES A MAIS IMPORTANTE INVENÇÃO TECNOLÓGICA DA HU-<br />
MANIDADE. COM ELA OS HOMENS PASSARAM A SE DESLOCAR MAIS RÁPIDO, EM PERCURSOS MAIS LONGOS<br />
E A TRANSPORTAR MAIOR QUANTIDADE DE CARGA.<br />
Muitos séculos depois, a descoberta do processo de vulcanização da borracha representou<br />
um novo marco para a civilização, para o uso da roda e para o processo de industrialização.<br />
O responsável por esse avanço foi o norte-americano CHARLES GOODYEAR, que dedicou boa<br />
parte de sua vida a encontrar uma solução para o problema da estabilidade da borracha.<br />
Nascido em 1800, em uma família de inventores, Charles <strong>Goodyear</strong> investiu muito<br />
tempo e dinheiro em diferentes experiências e empreendimentos. Foi o acaso que trou-<br />
xe a ele a resposta tão esperada. Ao receber uma encomenda do governo americano<br />
para fazer 150 malotes de correio, usou chumbo e vermelhão para dar à borracha um<br />
aspecto de couro. A experiência não deu certo e, em pouco tempo, os malotes estavam<br />
deteriorados. Um deles, entretanto, fi cou descuidadamente exposto a um forno quente<br />
e propiciou ao inventor a descoberta do processo de vulcanização.<br />
Ele registrou seu experimento em 1841 e três anos depois a patente foi reconhecida<br />
nos Estados Unidos. Iniciava-se assim uma nova era para a borracha.<br />
11
12<br />
Em Akron, Ohio, nasceu um império da borracha<br />
Em 1898, pouco mais de três décadas após a morte de Charles<br />
<strong>Goodyear</strong>, na pequena cidade de Akron, em Ohio, no Meio-Oeste ameri-<br />
cano, o empresário FRANK SEIBERLING dava mais um importante passo nessa<br />
história. Homenageando o inventor, fundou a The <strong>Goodyear</strong> Tire & Rubber<br />
Company com um investimento inicial de cem mil dólares, empregando 13<br />
funcionários.<br />
Os primórdios<br />
Com a ajuda do projetista de pneus PAUL LITCHFIELD, Seiberling levou a<br />
companhia à liderança nas vendas nos Estados Unidos em poucos anos. Em<br />
1917 a <strong>Goodyear</strong> já era o maior fabricante de pneus do mundo.<br />
O crescimento da <strong>Goodyear</strong> espelha o desenvolvimento industrial ameri-<br />
cano, que incorporou em seus processos as linhas de montagem e a produ-<br />
ção em larga escala.<br />
A proximidade com Cleveland e Detroit – dois centros em que prospera-<br />
vam as indústrias de veículos – estimulava toda a região ao desenvolvimento.<br />
Por volta de 1920, Akron já era conhecida como a capital mundial da bor-<br />
racha. A população triplicou de tamanho em função da rápida expansão da<br />
indústria e da manufatura de produtos à base daquele produto.<br />
A primeira fábrica da <strong>Goodyear</strong>, em Akron, no<br />
estado norte-americano de Ohio, transformou a<br />
cidade na capital mundial da borracha
Os primórdios<br />
13
Naquele início do século 20, havia uma grande concorrência no mercado, envolvendo três<br />
produtos principais: pneus para carruagens, para bicicletas e para automóveis. Cada novo<br />
desenvolvimento nessas linhas era patenteado, mas Seiberling defendia a idéia de que o<br />
invento não era um monopólio do seu criador, que deveria ser remunerado por sua capa-<br />
cidade criadora. Com sua tese acolhida nos tribunais, a <strong>Goodyear</strong> passou a produzir as três<br />
linhas, imprimindo uma política agressiva de vendas, aumentando continuamente a produção<br />
e lançando novos produtos.<br />
Nos seus primórdios, um dos grandes sucessos foi o pneu com duas lonas, inicialmente<br />
destinado às bicicletas e posteriormente adaptado para automóveis, com o nome de<br />
Straight Side. Em 1906, já com dois modelos do Straight Side, a <strong>Goodyear</strong> fabricava 900<br />
unidades por dia e respondia por 36% do mercado de pneus para equipamento original<br />
nos Estados Unidos.<br />
Os primórdios<br />
Na primeira década do século 20 a economia americana, em especial a indústria au-<br />
tomobilística, crescia exponencialmente e a <strong>Goodyear</strong> também. A companhia abriu uma<br />
Nos primeiros tempos, a produção de pneus era feita de modo<br />
artesanal, com técnicas que hoje seriam consideradas rudimentares<br />
15
16<br />
fábrica no Canadá, passou a plantar seringueiras na Indonésia e administrava um escritório<br />
de vendas na Inglaterra. O slogan da época, “Mais gente roda com pneus <strong>Goodyear</strong>”,<br />
aplicava-se perfeitamente ao cenário: em 1905 circulavam 78 mil carros no país; três anos<br />
depois esse número subiu para 198 mil.<br />
Da fábrica de Akron surgiram novos projetos e produtos, como o modelo Cord Tire, de<br />
múltiplas lonas, depois lançado em uma versão para caminhões, mais resistente e com maior<br />
durabilidade para percorrer grandes distâncias. A partir dessa experiência nasceu, também, a<br />
linha para ônibus urbanos e interestaduais e a companhia consolidou sua experiência criando<br />
uma Divisão de Transportes.<br />
Das linhas de montagem, saíam<br />
cada vez mais veículos com pneus<br />
<strong>Goodyear</strong>. A companhia investia<br />
em transportes, como mais uma<br />
forma de mostrar a qualidade e<br />
durabilidade de seus produtos<br />
Os primórdios
Os primórdios<br />
17
18<br />
O início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, levou a uma expansão na produção.<br />
Foi, também, o momento em que a companhia expandiu a fabricação de pneus para<br />
aviões, que já havia começado em 1909. As oportunidades que se abriam eram muitas<br />
e o espírito inovador que marca a <strong>Goodyear</strong> desde a sua fundação a levou a fabricar, por<br />
exemplo, máscaras contra gases, balões e dirigíveis, utilizados para observação das posi-<br />
ções inimigas na guerra.<br />
Ao fi nal da guerra, em 1918, mais forte e diversifi cada, a companhia vislumbrou as<br />
enormes possibilidades de expansão internacional. Assim o Brasil entrava no horizonte<br />
da <strong>Goodyear</strong>.<br />
Os primórdios
O uso do pé alado (wingfoot)<br />
O pé alado usado na logomarca da <strong>Goodyear</strong> vem do deus<br />
Mercúrio, da mitologia romana, também conhecido como<br />
Hermes entre os antigos gregos. Mercúrio era o mensageiro<br />
dos deuses e, como tal, caracterizava-se pela velocidade.<br />
A escolha desse símbolo deve-se a Frank Seiberling, fun-<br />
dador da <strong>Goodyear</strong>, que possuía em sua casa uma escul-<br />
tura de Mercúrio que apreciava muito e que considerava<br />
representar muitas das características pelas quais os pro-<br />
Na Primeira Guerra Mundial, a <strong>Goodyear</strong> forneceu<br />
dirigíveis para as Forças Armadas dos Estados Unidos<br />
Os primórdios<br />
dutos da companhia eram reconhecidos.<br />
Em agosto de 1900, numa reunião na casa de Seiberling,<br />
foi escolhida por unanimidade a nova logomarca, tendo o pé<br />
alado no meio da palavra <strong>Goodyear</strong>. Sua primeira aparição<br />
ofi cial foi no jornal Saturday Evening Post, no ano seguinte.<br />
Comparado às letras, o pé alado original era muito maior do<br />
que o usado atualmente, sendo reduzido e modernizado ao<br />
longo do processo de atualização da logomarca.<br />
19
20<br />
Os primórdios
Os primórdios<br />
Em pouco tempo, a <strong>Goodyear</strong> desenvolveu e colocou<br />
no mercado pneus para as mais variadas aplicações<br />
21
22<br />
1919-1938
Primeiros passos no Brasil<br />
DESDE O INÍCIO DO SÉCULO 20 O BRASIL ESTAVA NOS PLANOS DA GOODYEAR, QUE RECONHECIA O<br />
POTENCIAL DO MERCADO LOCAL. EM 1912, O PRESIDENTE HERMES DA FONSECA CHEGOU A AUTORI-<br />
ZAR A COMPANHIA A SE INSTALAR NO PAÍS, PROJETO QUE FOI ADIADO EM FUNÇÃO DA PRIMEIRA GUERRA<br />
MUNDIAL, INICIADA EM 1914.<br />
Passada a guerra, os planos se transformaram em realidade.<br />
Em 1919, a companhia inaugurou seu primeiro escritório de<br />
vendas, na então capital federal, o Rio de Janeiro.<br />
O número de veículos automotores circulando pelo país ainda<br />
era pequeno, mas crescia rapidamente. Todos eles eram impor-<br />
tados, vindos especialmente dos Estados Unidos, já que o Brasil<br />
ainda estava longe de ter a sua indústria automobilística. Naquela época, automóveis eram<br />
um luxo restrito às famílias endinheiradas, e eles ainda dividiam o espaço nas ruas das cidades<br />
com os bondes elétricos e com veículos de tração animal, como as carroças e charretes.<br />
A indústria de produtos de borracha fl orescia, com cerca de 30 empresas, quase<br />
todas de origem estrangeira, fabricando ou importando calçados, saltos, fi lamentos,<br />
bolas, arruelas, cilindros e diversos outros artigos.<br />
No início do século 20, em bairros como o Centro do Rio de Janeiro, o número de automóveis<br />
em uso já era grande. Bondes elétricos também circulavam pelas principais cidades<br />
23
24<br />
1919-1938<br />
Com o crescimento do uso de veículos, era natural que o mercado para pneus e câmaras se<br />
expandisse. Ao fi nal da década de 30, mais de uma centena de empresas se dedicava a esses<br />
produtos, a maioria delas formada por pequenas ofi cinas de recauchutagem e vulcanização.<br />
Em ritmo veloz como o dos veículos motorizados, o país crescia. E aumentava o núme-<br />
ro de automóveis de passeio, ônibus e caminhões em uso. Cada vez mais, o ronco dos<br />
motores fazia parte do cotidiano das cidades. Tornou-se necessário investir<br />
em estradas, que até então eram poucas e, de maneira geral, muito precárias.<br />
Passou para a história a frase cunhada pelo presidente WASHINGTON LUÍS, que<br />
comandou o Brasil no fi nal da década de 20: “governar é abrir estradas”. E, de<br />
fato, a malha viária expandiu-se rapidamente a partir dos anos 20. Em 1939, o<br />
estado de São Paulo já contava com mais de 50 mil km de vias que permitiam a<br />
circulação de veículos automotores. As suas condições não eram as melhores,<br />
mas os pneus estavam preparados, como revela o slogan utilizado na época:<br />
“O pneu <strong>Goodyear</strong> aguenta em qualquer estrada”.
O movimento em direção à motorização dos transportes naturalmente não se restringia<br />
ao Brasil, envolvendo praticamente todo o mundo. E a <strong>Goodyear</strong> liderava o mercado,<br />
respondendo por grande parte dos pneus para automóveis, caminhões e motocicletas<br />
comercializados no mundo. Já no fi nal dos anos 20, podia-se dizer que se tratava de uma<br />
companhia global: exportava seus produtos para mais de 100 países, possuía represen-<br />
tações signifi cativas em importantes pontos da Europa e escritórios menores em outras<br />
regiões. Na América do Sul, o Brasil ocupava papel de destaque. A sede inicial, no Rio de<br />
Janeiro, havia sido transferida para São Paulo, onde um amplo espaço abrigava escritórios<br />
e showroom de produtos. A abertura de fi liais no Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Porto<br />
Alegre, além da manutenção de um armazém em Santos, mostravam como a companhia<br />
crescia no país. Com pneus como o Balão, Heavy Duty e All Weather a <strong>Goodyear</strong> con-<br />
quistava o mercado, contando com revendedores em vários pontos do território nacional,<br />
para os quais já desenvolvia materiais de propaganda e apoio a vendas muito avançados<br />
para a época.<br />
1919-1938<br />
Acompanhando a industrialização e o<br />
crescimento de São Paulo, a <strong>Goodyear</strong><br />
logo mudaria sua sede para a cidade,<br />
abrindo fi liais em outros pontos do país<br />
25
26<br />
Foi nesse contexto que, por volta de 1937, começaram as negociações da companhia com o<br />
governo brasileiro, visando à instalação de uma fábrica no país. Depois de meses de reuniões,<br />
contratempos políticos adiaram a operação: a lei que daria permissão para a fábrica fi cou enga-<br />
vetada no Senado, que foi fechado pelo presidente Getúlio Vargas, numa medida que ampliou<br />
seus poderes.<br />
1919-1938<br />
O projeto foi interrompido por pouco tempo: dois anos depois, tudo estava pronto para se<br />
iniciar a fabricação de produtos <strong>Goodyear</strong> no Brasil.<br />
Materiais de propaganda e de apoio a vendas utilizavam<br />
conceitos avançados para a época, como aproximar o<br />
cidadão comum dos produtos
1919-1938<br />
27
28<br />
1939-1948
Fábrica em São Paulo abre uma nova etapa<br />
A INVASÃO DA POLÔNIA PELA ALEMANHA DE HITLER, EM 1939, MARCOU O INÍCIO DA SEGUNDA<br />
GUERRA MUNDIAL. NOS SEIS ANOS SEGUINTES O MUNDO VIVERIA UM PERÍODO SOMBRIO QUE MAN-<br />
CHARIA PARA SEMPRE A HISTÓRIA DA HUMANIDADE.<br />
No Brasil, Getúlio Vargas estava em seu nono ano de mandato, já em pleno Estado Novo,<br />
iniciado em 1937. Naquele momento, a economia era predominantemente agrícola, com<br />
o café como principal produto. Com cerca de 40 milhões de habitantes, a maior parte deles<br />
ainda vivendo no campo, o país começava a se industrializar com maior vigor, vendo a cidade<br />
de São Paulo despontar como o maior centro industrial da América Latina. Em poucos anos,<br />
entraram em operação milhares de fábricas na cidade, dedicadas aos mais variados produ-<br />
tos. As fortunas de grandes industriais como Matarazzo, Scarpa, Giorgi e Crespi passaram a<br />
rivalizar com as dos grandes fazendeiros de café. O símbolo máximo dessa riqueza eram os<br />
grandes casarões que se erguiam na Avenida Paulista.<br />
Uma frota de carros cada vez maior circulava pela cidade, assim como por outras regiões<br />
do Brasil. Grandes fabricantes norte-americanos de veículos, como a GM e a Ford, já con-<br />
tavam com instalações no país, dedicadas à montagem de veículos, com todas as peças e<br />
componentes vindos da matriz.<br />
Foi nesse ambiente que, em setembro de 1939, a <strong>Goodyear</strong> inaugurou sua primeira<br />
fábrica no Brasil. Localizada na Rua dos Prazeres nº 2, no bairro do Belém, em São Paulo, a<br />
unidade destinava-se à produção de “pneumáticos, câmaras de ar e artefatos de borracha”,<br />
29
conforme descrevia o anúncio publicado na ocasião no jornal<br />
O Estado de S. Paulo.<br />
O imóvel onde estava instalada a fábrica tinha sido compra-<br />
do, por seis mil contos de réis, da família Guinle, do Rio de Ja-<br />
neiro. Utilizado anteriormente para uma tecelagem, possuía<br />
71.900 m 2 , dos quais 31.460 m 2 de área construída. A área<br />
era ampla, mas exigiu reformas como o nivelamento do piso<br />
para adaptar-se à fabricação de pneus.<br />
A localização era estratégica, próximo ao centro da cidade<br />
e ao Rio Tietê. Como vantagem adicional, o bairro era ha-<br />
bitado por muitos imigrantes europeus, que formavam um<br />
contingente de mão de obra com boa qualifi cação, entre os<br />
quais foram recrutados muitos dos 366 operários que inicia-<br />
ram a fabricação de pneus <strong>Goodyear</strong> no país.<br />
Dos Estados Unidos vieram toda a tecnologia e<br />
o know-how, incluindo as máquinas para a fabrica-<br />
ção de pneus e saltos de sapato.<br />
30<br />
Vila Maria Zélia, no Belenzinho, foi um marco da<br />
industrialização de São Paulo, onde moravam muitos<br />
dos operários da <strong>Goodyear</strong><br />
1939-1948<br />
Saltos de sapatos foram<br />
produzidos pela <strong>Goodyear</strong> no<br />
Brasil desde o seu início até 1960
1939-1948<br />
O primeiro pneu <strong>Goodyear</strong> produzido no Brasil,<br />
apresentado pelo diretor Nick Carter (1º à esquerda)<br />
31
32<br />
1939-1948
Assinatura de Getúlio Vargas no<br />
Livro de Visitantes da <strong>Goodyear</strong>, na<br />
cerimônia de inauguração da fábrica.<br />
No livro também podem ser conferidas<br />
as presenças de sua esposa, D. Alzira<br />
Vargas, e do então governador de São<br />
Paulo, Adhemar Pereira de Barros<br />
1939-1948<br />
Com a guerra iniciada, a cerimônia de inauguração foi discreta, mas<br />
prestigiada pelas mais importantes lideranças políticas, incluindo o presi-<br />
dente da República Getúlio Vargas e o governador de São Paulo, Adhemar<br />
Pereira de Barros.<br />
Além do atendimento à crescente demanda local, havia ainda uma<br />
motivação estratégica para a instalação da fábrica no país: a disponibili-<br />
dade de algodão e de borracha – num momento em que outras áreas<br />
de plantio, no extremo oriente, começavam a se envolver na guerra. O<br />
próprio governo norte-americano estimulava o estreitamento das rela-<br />
ções comerciais entre os Estados Unidos e os países da América Latina.<br />
“Quando o capital estrangeiro entra no país para transfor-<br />
mar matérias-primas em produtos, este capital é realmente<br />
desejado. É por isso digna de todos os louvores a iniciativa<br />
vitoriosa da <strong>Goodyear</strong>, que tão bem aproveita e valoriza dois<br />
dos nossos principais produtos, a borracha e o algodão.”<br />
(Trecho do discurso do presidente GETÚLIO VARGAS na<br />
inauguração da fábrica)<br />
33
34<br />
Uma forte equipe de administração e vendas<br />
foi montada para a nova etapa da <strong>Goodyear</strong> no<br />
Brasil, com a entrada em operação da fábrica<br />
Inicialmente, a produção diária era de 400<br />
pneus. Pouco a pouco, esse número foi crescen-<br />
do. Durante os quase seis anos de guerra, as im-<br />
portações tornaram-se difíceis, abrindo mercado para os produtos <strong>Goodyear</strong> e impulsio-<br />
nando seus negócios no Brasil. Nesse período a companhia passou a fabricar mangueiras<br />
para água e ar comprimido, implantando seu Departamento de Produtos Industriais.<br />
Em 14 de agosto de 1943 saía o primeiro lote de pneus para avião fabricados em São Pau-<br />
lo, atendendo a uma encomenda feita pela matriz americana. Naquela época, todas as fi liais<br />
fora dos Estados Unidos foram instruídas a produzir componentes para serem utilizados na<br />
Segunda Guerra Mundial.
Com o fi nal do confl ito, em 1945, o mercado mundial passou a absorver as várias ae-<br />
ronaves utilizadas durante a guerra, que foram vendidas a preços muito baixos. Ao Brasil<br />
chegaram centenas de DC-3, na versão C 47, de transporte militar, construídos pela<br />
norte-americana Douglas e comprados pelas empresas aéreas locais. Assim, o transporte<br />
aéreo comercial viveu seu primeiro boom no país.<br />
Aprendendo os segredos da produção, a equipe da fábrica tornou-se especialista em<br />
descobrir como tirar o máximo rendimento dos equipamentos, muitas vezes criando<br />
soluções e dispositivos inovadores. Máquinas consideradas superadas nos Estados Unidos<br />
eram aqui utilizadas com grande efi ciência graças à inventividade brasileira e à excelente<br />
qualidade dos serviços de manutenção.<br />
1939-1948<br />
Os DC-3 chegaram em grande número ao Brasil após<br />
a 2ª Guerra, impulsionando o transporte aéreo<br />
35
36<br />
Inventividade da equipe da fábrica<br />
permitia produzir mesmo sem todos<br />
os recursos técnicos necessários<br />
1939-1948<br />
Ao mesmo tempo, era grande a preocupação em chegar aos consu-<br />
midores em todo o país. A equipe de vendas se desdobrava para visitar<br />
os mais diversos pontos de vendas e orientar sobre a utilização dos<br />
pneus. Filiais em locais estratégicos apoiavam as atividades de vendas e<br />
assistência técnica.<br />
De 1939 a 1948 – quando foi lançado o inovador pneu de passeio Su-<br />
per Cushion, que aumentava o conforto dos usuários, por operar em bai-<br />
xa pressão –, apenas dois tipos de pneus de passeio eram produzidos: o<br />
AWT e o Raiado, que mais tarde seriam lançados em versões de luxo. Os
mesmos modelos eram produzidos também com a faixa branca lateral,<br />
para consumidores mais exigentes. Com algumas medidas diferentes, es-<br />
ses pneus atendiam à necessidade de reposição dos automóveis importa-<br />
dos que circulavam no país.<br />
Para caminhões e ônibus, além do modelo AWT, a <strong>Goodyear</strong> produzia<br />
os pneus AKS, AQR, Coletivo e Lagarta – este para uso em serviços que<br />
exigiam maior tração, como os de pedreiras.<br />
1939-1948<br />
Cada vez mais veículos eram usados no país, o que foi fortalecido pela<br />
disponibilidade de divisas após o fi m da 2ª Guerra, usadas em parte para<br />
as importações de veículos. Tudo isso estimulava a demanda por pneus.<br />
A produção de pneus<br />
aumentava e se<br />
diversifi cava, atendendo<br />
à crescente demanda<br />
37
38<br />
A <strong>Goodyear</strong>, que já atingira, em 1946, a marca de um milhão de pneus fabricados no<br />
Brasil, continuava a aumentar a sua produção. Dois anos depois, a marca de 2 milhões<br />
seria alcançada.<br />
O Brasil se modernizava, se industrializava, investia em grandes projetos de infraestrutura,<br />
e os caminhões passaram a ser o principal meio de levar matérias-primas e alimentos para<br />
atender a acelerada expansão urbana e industrial. Importantes rodovias como a Via Anchieta<br />
e a Anhanguera foram inauguradas nessa época. A fabricação de veículos no país, que des-<br />
lancharia a partir da década seguinte, consolidaria essa opção pelo<br />
transporte rodoviário.<br />
O processo de modernização do país levou a grandes<br />
investimentos em obras ligadas à industrialização e à<br />
implantação de infraestrutura de transportes e energia<br />
1939-1948
A modernização do sistema viário brasileiro envolveu<br />
investimentos signifi cativos em rodovias, como a Via<br />
Anchieta (acima)<br />
39
40<br />
1949-1958
O despertar da indústria automotiva brasileira<br />
OS ANOS 50 TROUXERAM AO PAÍS UM NOVO IMPULSO À INDUSTRIALIZAÇÃO, COM UM PLANEJAMENTO<br />
POR PARTE DO GOVERNO QUE RESULTOU EM INCENTIVOS A VÁRIOS SETORES E NA EXPANSÃO E CRIAÇÃO DE<br />
IMPORTANTES EMPRESAS ESTATAIS COMO A CSN – COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL, A VALE DO RIO<br />
DOCE E A PETROBRAS. A MARCA “INDÚSTRIA BRASILEIRA” PASSOU A SER GRAVADA EM CENTENAS DE NOVOS<br />
PRODUTOS.<br />
Já no fi nal da década de 40, começaram a ser produzidos os primeiros caminhões FNM<br />
(conhecidos popularmente como Fenemês), num convênio entre a Fábrica Nacional de<br />
Motores e a italiana Isotta-Fraschini. Abria-se, assim, o caminho para a fabricação de veí-<br />
culos no país, que, em 1950, possuía 280 mil automóveis e quase o mesmo número de<br />
caminhões, além de 16 mil ônibus.<br />
Iniciando seu segundo mandato, Getúlio Vargas lançou as bases da implantação da indús-<br />
tria automobilística nacional, que se consolidaria no governo seguinte, de Juscelino Kubits-<br />
chek. Mais fabricantes estrangeiros começavam a operar no Brasil, como a Volkswagen,<br />
que passou a montar aqui veículos trazidos da Alemanha. Para estimular a atividade pro-<br />
dutiva, em 1952 foi proibida a importação de automóveis completamente montados.<br />
O suicídio de Getúlio, em 1954, não interrompeu a trajetória de progresso do país.<br />
JUSCELINO KUBITSCHEK, ou simplesmente JK, foi eleito e assumiu a presidência com um<br />
programa destinado a transformar velozmente a economia brasileira. Com o slogan “50<br />
anos em 5”, o novo presidente investiu fortemente na construção de uma infraestrutura<br />
e de um setor industrial modernos. A produção de energia, a siderurgia, a construção de<br />
41
42<br />
1949-1958<br />
estradas e outros segmentos foram estimulados e se torna-<br />
ram realidade.<br />
Uma realização que marcaria de forma inquestionável a ges-<br />
tão de Juscelino foi a implantação da indústria automobilística no<br />
país. Experiências como a da FNM e da Romi-Isetta tinham sido<br />
feitas, mas o que ocorreu a partir de 1956 mudou defi nitiva-<br />
mente o panorama industrial brasileiro. Logo no primeiro ano<br />
de governo, foi criado o GEIA – Grupo Executivo da Indústria<br />
Automobilística, que, em oito anos de atuação, incentivou for-<br />
temente o setor, aprovando quase 400 projetos para a criação<br />
ou ampliação de fábricas de autopeças e veículos. Graças a isso,<br />
no início da década de 60, doze fabricantes de veículos já pro-<br />
duziam no Brasil.<br />
A sucessão de inaugurações de fábricas e de lançamentos<br />
de veículos foi veloz. Em 1956, a Mercedes-Benz iniciava suas<br />
operações no ABC paulista, lançando os primeiros caminhões<br />
de fabricação nacional com motores diesel, enquanto a Vemag<br />
colocava no mercado a perua DKW. No ano seguinte, era a<br />
vez da Volkswagen, que lançava a KOMBI. Em pouco tempo, o<br />
Brasil se tornaria um importante produtor de veículos.
1949-1958<br />
43
44<br />
Papaléguas: mais de 50 anos de tradição e inovação<br />
O Papaléguas pode ser visto como um pneu símbolo da <strong>Goodyear</strong>, por sua trajetória de mais de cinco décadas de<br />
sucesso, sempre se antecipando às necessidades dos usuários, com soluções inovadoras.<br />
Desenvolvido e lançado nos anos 50, quando a <strong>Goodyear</strong> realizou um grande esforço de renovação de sua linha,<br />
o modelo logo conquistou os motoristas de caminhão, que já se consolidavam como o principal elo da corrente de<br />
transportes no país.<br />
1949-1958
Na época de seu lançamento e nos anos seguintes, diversos relatos confi rmaram os excelentes resultados<br />
obtidos na durabilidade do Papaléguas, como no caso do pneu do ônibus acima, fotografado depois de passar<br />
pela 13ª reforma<br />
1949-1958<br />
45
A partir do fi nal da década de 50, formou uma dupla imbatível na preferência<br />
dos caminhoneiros: Papaléguas na dianteira e Conquistador na tração. Sua<br />
durabilidade e qualidade superiores foram responsáveis por torná-lo uma refe-<br />
rência entre os profi ssionais do transporte, que passaram a reconhecê-lo como<br />
o pneu que permitia a maior quilometragem, além de proporcionar excelentes<br />
resultados na recapagem – fato confi rmado por inúmeros relatos recebidos ao<br />
longo dos anos, de motoristas de todo o Brasil.<br />
Constantemente aprimorado e atualizado tecnologicamente, o Papaléguas ga-<br />
nhou novas versões ao longo do tempo – como o G8, na década de 60, e o<br />
Superpapaléguas CT 176, nos anos 90 – mas manteve as características e atributos que<br />
o consagraram e o tornaram o mais bem sucedido pneu de caminhão do Brasil: maior<br />
vida útil, ótimo desempenho e dirigibilidade, proteção superior contra cortes e desgastes,<br />
confi abilidade e qualidade.<br />
46<br />
1949-1958
Lançado em 1954, o Papaléguas<br />
foi aprimorado ao longo dos anos,<br />
tornando-se um raro caso de produto<br />
presente no mercado por mais de<br />
cinco décadas<br />
1949-1958<br />
47
48<br />
1949-1958<br />
A evolução da indústria auto-<br />
mobilística e o crescimento da<br />
frota foram acompanhados por<br />
diversos lançamentos de pneus<br />
Acompanhando a revolução que começava a ocorrer no<br />
setor automobilístico brasileiro, nos anos 50, a <strong>Goodyear</strong><br />
renovou sua linha de pneus para veículos comerciais, lan-<br />
çando três modelos de grande sucesso: primeiro o Papalé-<br />
guas, depois o Bandeirantes e, no fi nal da década, o Con-<br />
quistador. A dupla formada por Papaléguas na dianteira e<br />
Conquistador na tração foi por muitos anos a líder absoluta<br />
na preferência dos caminhoneiros.<br />
Foram anos de grandes inovações também nos pneus de<br />
passeio. O primeiro pneu sem câmara lançado no Brasil, da<br />
linha Super Cushion, representou uma mudança tecnológica<br />
signifi cativa, acompanhando o ritmo acelerado de lançamen-<br />
to de novos modelos de automóveis, cada vez mais sofi stica-<br />
dos: Cadillacs, Buicks, Belairs, Mercurys, Studebakers e ou-<br />
tros, que faziam os Fords Bigode parecerem pré-históricos.<br />
Surgiram também os pneus Suburbano e Lameiro, para<br />
uso misto, em pistas asfaltadas e de terra. O nome Lameiro<br />
foi usado ainda para pneus destinados a outras fi nalidades:<br />
motoniveladores e pás carregadeiras que<br />
ajudavam a construir o novo Brasil.
1949-1958<br />
A <strong>Goodyear</strong> foi pioneira no lançamento<br />
de pneus sem câmara no Brasil, da linha<br />
Super Cushion<br />
49
50<br />
1949-1958<br />
A modernização da agricultura, mantendo a importân-<br />
cia do café e diversifi cando o leque de produtos, levou ao<br />
lançamento de uma linha completa de pneus agrícolas: o<br />
Triple Raiado, o Super Lameiro e o Lameiro Especial.<br />
Para reforçar sua independência no abastecimento de<br />
matéria-prima, a direção da <strong>Goodyear</strong> optou, em 1954,<br />
por implantar a Fazenda Marathon, numa área cerca de<br />
cinco mil hectares de plantio de borracha, em São Francis-<br />
co do Pará, a 120 km de Belém. Com métodos modernos,<br />
que envolveram muito trabalho de pesquisa e experiências,<br />
a plantação forneceu, durante muitos anos, parte da necessi-<br />
dade de matéria-prima da companhia.<br />
Além do café, o Brasil passava produzir outros grãos<br />
em larga escala, abrindo espaço para o lançamento<br />
de uma linha completa de pneus agrícolas. Ao mesmo<br />
tempo, a <strong>Goodyear</strong> investia em sua própria plantação<br />
de seringueiras, na Fazenda Marathon
Com o surgimento da indústria auto-<br />
mobilística nacional, ampliou-se o campo<br />
de atuação da <strong>Goodyear</strong> no Brasil, sendo<br />
criado o departamento de Equipamento Original, para o<br />
atendimento direto às montadoras. 30 mil veículos (dos<br />
quais apenas 1.166 automóveis) produzidos em 1957<br />
multiplicaram-se por 9, alcançando 279 mil em 1968, dos<br />
quais 165 mil automóveis.<br />
A frota de veículos crescia<br />
constantemente, com a<br />
modernização das cidades<br />
Ao mesmo tempo, grandes obras de infraestrutura e de<br />
terraplenagem para a instalação de indústrias abriam um<br />
vasto mercado para os pneus fora-de-estrada, também co-<br />
nhecidos como OTR. A linha Lagarta, renovada, foi a aposta<br />
bem sucedida da <strong>Goodyear</strong> nessa área.<br />
Pneus OTR, como os da linha Lagarta,<br />
tiveram ampla utilização nas mais<br />
variadas obras<br />
1949-1958<br />
51
52<br />
Acompanhando a ampliação do mercado e a evolução da tecnologia –<br />
com carros que incorporavam avanços como câmbio automático, freios<br />
hidráulicos, direção semiautomática, motores mais potentes –, a <strong>Goodyear</strong><br />
inovava também, com a instalação, em abril de 1958, da máquina espe-<br />
cial para o processo 3-T na Fábrica São Paulo. Esse processo, exclusivo<br />
da companhia e o mais moderno então existente no mundo, consistia<br />
na construção de pneus com cordonéis temperados sob tensão, tem-<br />
peratura e tempo precisos, formando lonas mais fortes, resistentes e<br />
praticamente imunes a deformações.<br />
No fi nal dos anos 50, a implantação do avançado processo<br />
3-T revolucionou a produção de pneus, permitindo o<br />
lançamento de modelos como o Super Cushion
1949-1958<br />
As vantagens trazidas pelo processo 3-T foram<br />
destacadas em campanhas, contribuindo para a<br />
imagem de qualidade, inovação e confi abilidade dos<br />
pneus <strong>Goodyear</strong><br />
53
54<br />
1959-1968
Um país sobre rodas<br />
A VELOCIDADE DO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO PAÍS, ENTRE O FINAL DA DÉCADA<br />
DE 50 E O INÍCIO DOS ANOS 60, LEVOU A REVISTA NORTE-AMERICANA BUSINESS WEEK A AFIRMAR QUE<br />
“SÃO PAULO, A CAPITAL INDUSTRIAL DO BRASIL, ESTÁ SE CONVERTENDO, RAPIDAMENTE, NA DETROIT<br />
DA AMÉRICA LATINA”. ERA VERDADE: EM POUCOS ANOS, O BRASIL ATINGIRIA A MARCA DE 1 MILHÃO DE<br />
VEÍCULOS PRODUZIDOS E SE TORNARIA UM DOS DEZ MAIORES PRODUTORES DO MUNDO.<br />
Um dos grandes símbolos dessa nova era foi o Fusca, o modelo mais popular da<br />
Volkswagen, cuja produção se iniciou em 1959. Logo ele caiu no gosto dos brasileiros e<br />
passou a liderar as vendas.<br />
A indústria automotiva puxava o crescimento do país, estimulando o crescimento e<br />
o surgimento de centenas de fornecedores dos mais diversos produtos. Graças a esses<br />
fornecedores, entre os quais a <strong>Goodyear</strong>, os veículos brasileiros usavam um percentual<br />
altíssimo de componentes fabricados localmente.<br />
Caminhões, ônibus e tratores seguiam na mesma toada que os automóveis, com o<br />
lançamento de novos modelos e o ingresso de outros fabricantes no mercado.<br />
A inauguração de Brasília, em 1960, contribuía para o clima de euforia que o país vivia.<br />
Além disso, levava o desenvolvimento à Região Centro-Oeste, onde logo começariam a<br />
surgir grandes plantações de soja.<br />
A nova capital simbolizava o momento de euforia e<br />
modernização vivido nos anos JK<br />
55
56<br />
Essa situação não duraria muito. Logo viriam tempos difí-<br />
ceis do ponto de vista político, a partir da renúncia, em 1961, do presidente Jânio Quadros.<br />
Em 1964, os militares depuseram o presidente João Goulart, iniciando um período de<br />
governos autoritários. A economia foi contaminada pelo clima negativo e se estagnou,<br />
recuperando-se apenas em 1968, quando cresceu excepcionalmente, iniciando o cha-<br />
mado Milagre Brasileiro.<br />
1959-1968<br />
No mercado automotivo, o período foi de concentração, reduzindo-se o número de<br />
fabricantes: a Ford comprou a Willys, enquanto a Volkswagen absorvia a Vemag. As mon-<br />
tadoras continuavam a apostar em novidades: em 1967, a Ford lançou o seu primeiro<br />
carro de passeio, o Galaxie, estabelecendo um novo padrão no segmento luxo. No ano<br />
seguinte, a General Motors colocou o Opala no mercado.<br />
Grande quantidade de novos modelos de veículos entrava no<br />
mercado, justifi cando a criação do Salão do Automóvel, onde eram<br />
expostos com muito glamour e charme
1959-1968<br />
No fi nal dos anos 60, Ford e GM lançaram seus primeiros automóveis de<br />
passeio: Galaxie e Opala. A Ford também incorporou a Willys, que produzia<br />
o utilitário Rural e o Aero Willys, mostrados na página ao lado<br />
57
58<br />
8 milhões de pneus<br />
1959-1968<br />
Completando 20 anos de sua fábrica no Brasil, a <strong>Goodyear</strong> comemorou em 1959 a<br />
produção do seu pneu de número 8 milhões. A companhia evoluíra muito no país,<br />
acompanhando a sua modernização. Novos modelos de pneus foram lançados, novos<br />
processos passaram a ser utilizados, novas formas de gestão foram adotadas.<br />
Nesse mesmo ano, foi instalado o escritório da companhia no Centro de São Paulo,<br />
para onde foram transferidas as atividades administrativas e de vendas realizadas anterior-<br />
mente na fábrica, envolvendo algumas centenas de funcionários.<br />
Inovações como o pneu Conquistador, para caminhões, e o Lameiro Centro Aberto<br />
3-T, para tratores, conquistavam o mercado. Consagrado como o pneu que proporcio-<br />
nava maior quilometragem, o Papaléguas prosseguia em sua trajetória de sucesso, sendo<br />
lançada a sua versão G8 em 1966. Ao mesmo tempo, a companhia continuava a buscar<br />
oportunidades e implantar novas tecnologias no Brasil. Foi o caso da recauchutagem de<br />
pneus de avião, que se iniciou em janeiro de 1963, na fábrica do Belenzinho.<br />
Antes do fi nal da década, preparando-se para o crescimento da demanda, a fábrica<br />
foi ampliada, com a compra de um terreno vizinho a ela, com área de 13.160 m 2 , per-
tencente à Fiação Brasileira de Lã. Com maior área, novos equipamentos e processos,<br />
reforçava-se a posição de liderança tecnológica assumida pela <strong>Goodyear</strong>, que ganharia<br />
ainda mais ênfase nos anos seguintes.<br />
1959-1968<br />
59
60<br />
Segurança sempre foi prioridade<br />
Como fabricante de um produto que está associado fortemente à segurança dos veículos, a <strong>Goodyear</strong> sempre<br />
teve o tema como preocupação primordial.<br />
Assim, desde o início de suas operações no Brasil, foram e são desenvolvidas<br />
campanhas de conscientização, materiais e atividades de treinamento, com a fi na-<br />
lidade de garantir a integridade física e a saúde de seus colaboradores. Da mesma<br />
forma, os mais modernos equipamentos e técnicas disponíveis foram implantados<br />
ao longo dos anos pela companhia, criando as condições mais favoráveis à segurança<br />
do trabalho.<br />
Nas décadas de 50 e 60, por exemplo, a <strong>Goodyear</strong> promovia Concursos Internos de Prevenção de Acidentes<br />
entre as suas diferentes áreas, estimulando uma competição sadia em torno da segurança.<br />
Fiel à tradição de ter sido considerada uma das 30 empresas mais seguras do mundo, numa classifi cação feita pelo<br />
Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a <strong>Goodyear</strong> manteve no Brasil a prioridade à prevenção,<br />
identifi cando e eliminando riscos constantemente. Essa fi losofi a rendeu frutos como recordes e premiações em<br />
segurança do trabalho, tendo sempre como foco a preservação dos seus funcionários.
1959-1968<br />
Testemunhos de personalidades<br />
Inovando em relação às tradicionais campanhas de pro-<br />
paganda de pneus, nas décadas de 60 e 70 a <strong>Goodyear</strong><br />
contratou personalidades do mundo artístico e esportivo<br />
para dar testemunhos em relação aos seus produtos. Um<br />
dos casos foi o do comediante Ronald Golias, que fazia<br />
enorme sucesso na época e, com seu humor coloquial,<br />
chamou a atenção para a qualidade dos pneus da marca.<br />
Alguns anos depois, o pugilista Éder Jofre se tornaria garo-<br />
to-propaganda da <strong>Goodyear</strong>, destacando a durabilidade e<br />
resistência de seus pneus, associando a eles a sua própria<br />
carreira vitoriosa nos ringues.<br />
61
62<br />
1969-1978
Fábrica de Americana: um grande salto<br />
O FINAL DOS ANOS 60 E O INÍCIO DOS ANOS 70 CHEGARAM COM BOAS NOVAS NO CAMPO ECO-<br />
NÔMICO, EMBORA NA VIDA POLÍTICA O QUADRO FOSSE BASTANTE DIFERENTE. ENQUANTO OCORRIA O<br />
CHAMADO MILAGRE ECONÔMICO, COM O PIB CRESCENDO A TAXAS DE MAIS DE 10% AO ANO, AS<br />
LIBERDADES POLÍTICAS ESTAVAM LIMITADAS E O CLIMA ERA TENSO, COM CASSAÇÃO DE MANDATOS, CEN-<br />
SURA À IMPRENSA, PERSEGUIÇÕES, PRISÕES, EXÍLIO E TORTURAS.<br />
Sob o slogan “Ninguém Segura este País”, o Brasil crescia e se desenvolvia. O bom de-<br />
sempenho econômico ajudava a reduzir as críticas no plano político, da mesma forma que<br />
a euforia pela conquista do tricampeonato mundial de futebol, na Copa de 1970.<br />
A classe média se ampliou, assim como o número de carros, pois se tornou mais co-<br />
mum a posse de dois veículos por família. A produção e as vendas de automóveis dispa-<br />
raram, superando pela primeira vez, em 1971, a marca de 500 mil num só ano.<br />
Foi também um período de grandes obras viárias em todo o país: das Marginais Pinhei-<br />
ros e Tietê em São Paulo à Ponte Rio-Niterói, passando pela Rodovia dos Imigrantes, a<br />
Transamazônica e muito mais.<br />
A Ponte Rio-Niterói foi uma das diversas obras de grande<br />
porte realizadas no fi nal dos anos 60 e início dos anos 70<br />
63
64<br />
Essas oportunidades que se abriam levaram muitas empresas a se instalar no país e,<br />
no caso daquelas que aqui já atuavam, a investir em ampliações ou novas unidades. A<br />
<strong>Goodyear</strong> foi uma delas, estimulada pela conjuntura, pelo potencial do Brasil e pelo fato<br />
de que a fábrica de São Paulo estava atingindo seu limite em termos de possibilidades de<br />
expansão. A decisão tomada foi a de construir uma nova, moderna e ampla unidade no<br />
país, para produzir pneus mais avançados.<br />
Depois da escolha do local e da elaboração de um projeto consistente e ambicioso,<br />
iniciou-se a etapa de construção, que acompanhava o ritmo do Brasil de então: acelerado<br />
e dinâmico. O empenho de uma equipe formada por técnicos do Brasil e do exterior, que<br />
comandavam um batalhão de operários, tornou o projeto realidade. No fi nal de 1973,<br />
a fábrica de Americana, que já estava em produção, foi ofi cialmente inaugurada. Simbo-<br />
lizando a importância do investimento realizado, a cerimônia contou com a presença<br />
de autoridades como o governador do<br />
estado de São Paulo, Laudo Natel, e o<br />
ministro da Indústria e Comércio, Mar-<br />
cus Vinícius Pratini de Morais.<br />
Diversas autoridades, como o governador Laudo<br />
Natel e o ministro Pratini de Morais, prestigiaram a<br />
inauguração da fábrica de Americana
Nesse mesmo ano, veio o choque do petróleo: guerras no Oriente Médio levaram à<br />
decisão de aumentar brutalmente o preço dessa matéria-prima, que o Brasil importava<br />
em larga escala. O impacto nas contas públicas, na infl ação e na dívida externa foi forte.<br />
Acabava-se ali o Milagre Brasileiro.<br />
O governo de Ernesto Geisel, iniciado em 1974, lançou um novo plano nacional de<br />
desenvolvimento. Um dos objetivos era incentivar a formação de um parque industrial<br />
tecnologicamente mais forte, com a implantação de uma moderna indústria de bens de<br />
capital e a consolidação de setores como petroquímica, metalurgia, celulose e papel. Ao<br />
mesmo tempo, o plano buscava o aumento das exportações. Foi a partir desse período<br />
que a indústria automobilística e seus fornecedores, como a <strong>Goodyear</strong>, tornaram-se<br />
grandes exportadores.<br />
No campo energético, o país reagiu com o desenvolvimento do primeiro combustível<br />
alternativo usado em larga escala no mundo: o álcool. Antes do fi nal da década de 70<br />
já havia milhares de carros movidos a álcool circulando pelo país. O primeiro veículo<br />
a ser produzido para uso com o novo<br />
combustível foi o Fiat 147, fabricado pela<br />
montadora que pouco antes começara a<br />
atuar no Brasil, com a inauguração de sua<br />
fábrica em Betim (MG), em 1976.<br />
1969-1978<br />
65
66<br />
1969-1978<br />
Diversifi cação e investimentos<br />
Em julho de 1971 surgia a Spirafl ex, para fornecer mangueiras industriais, baseada no<br />
bairro do Belém, em São Paulo, e que revolucionou esse mercado com o lançamento de<br />
um produto pioneiro para a época: mangueiras de plástico.<br />
Nessa mesma época se aprofundaram os estudos e análises – nos quais foram conside-<br />
rados aspectos como o tamanho do terreno disponível, a facilidade de acesso, a oferta de<br />
mão de obra, a disponibilidade de energia elétrica e de água – para a escolha do local para<br />
a nova fábrica de pneus, que seria uma das mais modernas do mundo. O local escolhido<br />
foi a cidade de Americana, a 128 km de São Paulo, onde uma gleba de 2,2 milhões de m 2<br />
foi adquirida. Em julho de 1971, iniciou-se a construção da fábrica. Vários desafi os foram<br />
enfrentados ao longo dos 20 meses da obra, todos eles superados graças ao empenho<br />
A construção de uma<br />
nova fábrica, com<br />
os mais avançados<br />
recursos, levou cerca<br />
de 20 meses, após os<br />
quais sairia de sua linha<br />
de produção o primeiro<br />
pneu
de uma equipe empolgada com a construção de uma nova<br />
e importante etapa para a companhia. Em 8 de fevereiro de<br />
1973, saiu da linha de produção o primeiro pneu convencio-<br />
nal de passeio. A unidade contava também com máquinas<br />
para a fabricação de pneus radiais para caminhão, que logo<br />
começariam a produzir. A unidade de Americana signifi cou<br />
um importante estímulo para a região. Com mil e quinhentos<br />
funcionários, passou a produzir pneus e câmaras, mandados<br />
para todo o país e para o exterior.<br />
1969-1978<br />
Os mais modernos equipamentos e tecnologias foram introduzidos na nova fábrica, capaz de<br />
produzir os mais diversos tipos de pneus, como o maior da América Latina (abaixo)<br />
67
68<br />
Em 1972, quando já estavam em anda-<br />
mento os trabalhos relacionados à constru-<br />
ção da fábrica de Americana, a <strong>Goodyear</strong><br />
inaugurou uma unidade especializada em<br />
recauchutagem de pneus de avião. Loca-<br />
lizada no bairro do Tatuapé, em São Paulo,<br />
nasceu como a mais moderna do seu gênero na América Latina, com maquinário avan-<br />
çado e alto grau de automação, que permitia um número ilimitado de recauchutagens.<br />
Posteriormente, essa unidade foi transferida para a fábrica de Americana e, em 1993, a<br />
atividade retornou à fábrica de São Paulo.<br />
Reafi rmando sua confi ança no Brasil, a <strong>Goodyear</strong> investiu nessa época também em<br />
outra área, com a implantação da Vitafi lm, voltada para a produção de fi lmes plásticos de<br />
PVC para embalagem.<br />
1969-1978<br />
Ao mesmo tempo, vinham notícias muito positivas do mundo da Fórmula 1: Emerson<br />
Fittipaldi conquistava o título da temporada de 1972, usando pneus <strong>Goodyear</strong>, represen-<br />
tando mais um forte impulso para a marca, que se repetiria em 1974.<br />
A Fórmula 1 representou mais um reforço à marca<br />
<strong>Goodyear</strong>, aproveitada na divulgação
70<br />
Preocupação ambiental pioneira<br />
Quando o Brasil começava a despertar para os problemas da poluição, com a eclosão de<br />
sérios problemas em Cubatão (SP) e outros locais, a <strong>Goodyear</strong> já estava atenta ao tema.<br />
Ao longo dos anos a companhia sempre buscou maneiras de reduzir o consumo de água<br />
em seus processos industriais, desenvolvendo também ações para o tratamento da água<br />
utilizada, devolvida ao meio ambiente mais limpa do que no momento de sua captação.<br />
Da mesma forma, iniciativas para minimizar a geração de resíduos na produção torna-<br />
ram-se prioridade, com a instalação dos mais modernos equipamentos e tecnologias para<br />
reduzir as emissões atmosféricas e os efl uentes líquidos.<br />
O projeto da fábrica de Americana, por exemplo, destacou-se em relação aos padrões<br />
da época, ao priorizar a preservação dos recursos naturais da região e métodos de pro-<br />
dução limpos.<br />
1969-1978
1969-1978<br />
Outro tema ainda pouco conhecido no Brasil era a conservação<br />
de energia. A <strong>Goodyear</strong> foi pioneira no Brasil em relação a esse<br />
aspecto, criando em 1972 uma comissão interna para cuidar do<br />
tema, que obteve signifi cativas economias no consumo de ener-<br />
gia elétrica e de óleo combustível ao longo dos anos.<br />
A preocupação ambiental levou a companhia a implantar com grande sucesso programas<br />
de coleta seletiva de lixo reciclável. Essa postura responsável envolveu sempre a extensão<br />
das ações à comunidade, com programas de conscientização e apoio a iniciativas e eventos<br />
em prol do meio ambiente. Um exemplo foi o apoio e participação ativa nos programas<br />
voltados para dar destinação correta aos pneus inservíveis, coordenados pela ANIP – As-<br />
sociação Nacional da Indústria de Pneumáticos e pela Reciclanip.<br />
<strong>Goodyear</strong> participa ativamente dos esforços da<br />
indústria de pneus para dar a destinação correta aos<br />
pneus inservíveis<br />
71
72<br />
O primeiro pneu Unisteel,<br />
produzido em 1978,<br />
representou o início de<br />
uma nova era nos pneus<br />
para veículos comerciais<br />
1969-1978<br />
A era dos radiais<br />
A produção em Americana crescia, atingindo 15 mil pneus diários em<br />
1976, somando-se à já consolidada fábrica de São Paulo. A companhia di-<br />
versifi cava sua linha de produtos, com lançamentos inovadores e voltados<br />
para um mercado que se tornava mais amplo e complexo. Para as grandes<br />
obras de infraestrutura a <strong>Goodyear</strong> desenvolveu os pneus gigantes de ter-<br />
raplenagem e lançou correias transportadoras avançadas.<br />
A linha Unisteel, de pneus radiais para ônibus e caminhões, foi outro<br />
dos lançamentos de grande destaque, impulsionando o mercado rumo<br />
à mudança. A partir daí, no fi nal da década de 70, iniciava-se a trajetória<br />
vitoriosa de um novo conceito em pneus: os radiais, que se tornariam os<br />
modelos dominantes em pouco tempo.
Nessa mesma época, os veículos de passeio também recebiam inova-<br />
ções desenvolvidas pela <strong>Goodyear</strong>, começando com o radial têxtil G 800<br />
Grand Prix, que dois anos depois seria substituído pelo Grand Prix S, o<br />
primeiro radial de aço do Brasil.<br />
1969-1978<br />
Pneus radiais para automóveis e veículos<br />
comerciais começaram a ser produzidos<br />
no fi nal dos anos 70, representando uma<br />
mudança de paradigma<br />
73
74<br />
GPS: símbolo de inovação<br />
1969-1978<br />
A vitoriosa linhagem GPS nasceu na década de 70 como símbolo de inovação, mantendo-<br />
se assim até hoje, com novos desenvolvimentos e tecnologias sendo incorporados a ela.<br />
A história de sucesso começou com o primeiro pneu radial feito para automóveis no<br />
Brasil, o G 800 Grand Prix. As montadoras logo adotaram os radiais como padrão para<br />
seus novos modelos, impulsionando a sua aceitação entre os consumidores, que foi<br />
reforçada por uma campanha publicitária que tinha como foco a esportividade e como<br />
símbolos os pilotos de Fórmula 1 como Emerson Fittipaldi. Logo em seguida, seria lan-<br />
çado o Grand Prix S – o primeiro radial de aço do mercado.
Os atributos diferenciados dos pneus<br />
radiais foram fortes argumentos<br />
para conquistar os consumidores,<br />
que não conheciam o produto<br />
1969-1978<br />
75
76<br />
1969-1978<br />
O processo evolutivo do conceito GPS envolveu diversos saltos tecno-<br />
lógicos e lançamentos ao longo dos anos, entre os quais os pneus GPS 2<br />
e GPS 3, que se consagrariam como dois dos modelos mais vendidos pela<br />
<strong>Goodyear</strong> em todos os tempos.<br />
O conceito GPS, iniciado com os pneus<br />
G 800 Grand Prix, evoluiu ao longo dos<br />
anos, incorporando soluções cada vez<br />
mais avançadas a um projeto vencedor
Trinta anos depois do G 800 Grand Prix, foi lançado o<br />
GPS Duraplus, incorporando soluções reconhecidas pelo<br />
mercado e aperfeiçoando-as com o que existia de mais mo-<br />
derno: Bubble Blade TM Progressivo, desenho de molde otimi-<br />
zado, desenho assimétrico, construção envelope, tecnologia<br />
Permablack e muito mais.<br />
1969-1978<br />
77
78<br />
1979-1988
Crises e oportunidades<br />
NO FINAL DA DÉCADA DE 70, A SOCIEDADE BRASILEIRA DAVA SINAIS DE QUE ERA NECESSÁRIO AVANÇAR<br />
NO PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS. COM A LUTA PELA ANISTIA DOS PRESOS POLÍTICOS<br />
E EXILADOS E COM GRANDES GREVES COMANDADAS POR NOVAS LIDERANÇAS SINDICAIS, A ABERTURA<br />
POLÍTICA AVANÇAVA.<br />
O país atravessava mais uma crise econômica, que se agravaria a ponto de gerar o título<br />
de Década Perdida para os anos 80. Infl ação alta, falta de investimentos, escassez de cré-<br />
dito e uma política protecionista amarravam o desenvolvimento brasileiro e provocavam<br />
recessão e desemprego. As grandes obras entregues no período eram fruto de investi-<br />
mentos iniciados muitos anos antes: casos das usinas de Itaipu, Tucuruí e Angra I.<br />
A esperança estava concentrada na retomada das eleições diretas para presidente. Mesmo<br />
com toda a mobilização da campanha Diretas Já, da qual participaram milhões de pessoas em<br />
comícios e atos públicos, não foi em 1984 que o brasileiro voltou a votar para presidente.<br />
Mas a candidatura oposicionista de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral – tendo como vice<br />
José Sarney – empolgou a população. Vencedor, Tancredo não chegaria a assumir, morrendo<br />
antes da posse. Sob o comando de Sarney, o Brasil viveu anos difíceis, com uma série de<br />
planos econômicos – dos quais o mais conhecido foi o Plano Cruzado –, mas garantiu-se<br />
como um país democrático. Em 1988 entraria em vigor a nova Constituição e no ano seguin-<br />
Investimentos iniciados em épocas de bonança garantiram a inauguração<br />
de projetos ousados, como o da Usina Hidrelétrica de Itaipu<br />
te seriam realizadas as aguar-<br />
dadas eleições diretas para<br />
presidente.<br />
79
80<br />
A era da qualidade<br />
Ao longo da década de 80, fortaleceu-se a preocupação com a qualidade, que se espa-<br />
lhava pelo mundo principalmente a partir do exemplo japonês. O tema não era novidade<br />
para a <strong>Goodyear</strong>, que já o havia estabelecido como um de seus valores básicos, incorpo-<br />
rando rapidamente os novos conceitos e técnicas que foram surgindo.<br />
Em 1984, por exemplo, a companhia lançou o programa Somos Todos Iguais, que<br />
difundia o conceito de que, embora locados em áreas, níveis operacionais e até fábricas<br />
diferentes, todos os funcionários eram co-responsáveis, contribuindo com ideias para a<br />
melhoria técnica da operação. Ao mesmo tempo, auditorias internas checavam sistema-<br />
ticamente o cumprimento dos procedimentos operacionais e campanhas como Paixão<br />
pela Qualidade estimulavam os trabalhadores a integrar o tema não só na rotina profi s-<br />
sional, mas também à vida.<br />
1979-1988<br />
Em função dessa orientação, na década de 80 foi interrompida a comercialização, a<br />
preços mais baratos, do chamado pneu de segunda classe, considerado fora dos padrões<br />
de qualidade por apresentar pequenos defeitos de aparência, que não interferiam no uso.<br />
O projeto 2ª Classe Nunca Mais levou ao aperfeiçoamento de parâmetros de qualidade<br />
para o aspecto dos pneus e o segunda classe desapareceu para sempre da produção.
Inspeções e monitoramento<br />
constante, para assegurar a<br />
qualidade<br />
81
82<br />
Pneus Unisteel foram os primeiros radiais<br />
de aço lançados no Brasil para uso em<br />
caminhões e ônibus, mantendo-se até<br />
hoje entre os mais vendidos<br />
1979-1988<br />
Nesse período, as montadoras passaram a investir mais<br />
fortemente no estabelecimento de parcerias com seus for-<br />
necedores, voltadas para a qualidade assegurada. Foi o iní-<br />
cio de uma coleção de prêmios recebidos pela <strong>Goodyear</strong><br />
de seus principais clientes, que não parou de crescer daí<br />
em diante.<br />
A preocupação com a qualidade tinha como consequên-<br />
cia o desenvolvimento de produtos cada vez mais avança-<br />
dos. A linha Unisteel, lançada no fi nal dos anos 70, tinha<br />
iniciado um processo sem volta: a radialização das frotas<br />
brasileiras de caminhões e ônibus. Lançados em quatro di-<br />
ferentes modelos, esses pneus foram os primeiros radiais<br />
de aço para veículos comerciais do Brasil e apresentavam<br />
vantagens muito relevantes para os usuários – como a du-<br />
rabilidade, o menor custo por quilômetro, a segurança, o<br />
melhor desempenho, a otimização das recapagens –, que<br />
levaram à sua adoção massiva.<br />
Da mesma forma, os anos 80 são re-<br />
pletos de inovações: da versão sem câ-<br />
mara do Unisteel aos pneus All-Weather,<br />
desenvolvidos para uso nas mais variadas<br />
condições climáticas e terrenos.
Em 1985, nascia nos Estados Unidos o conceito Wrangler, trazido pos-<br />
teriormente ao Brasil, e que se mantém vivo e muito forte no mercado<br />
de camionetas, graças às características avançadas com que foi projetado.<br />
No ano seguinte, surgia a família Eagle, aproveitando todo o vasto acervo<br />
de pesquisas e desenvolvimentos dos pneus Eagle de Fórmula 1 – que<br />
estiveram presentes nas conquistas dos títulos de Nelson Piquet e Ayrton<br />
Senna, nos dois anos seguintes.<br />
1979-1988<br />
Lançada na década de 80,<br />
a linha Wrangler obteve<br />
sucesso imediato, tornando-<br />
se líder no segmento de<br />
pneus para camionetas<br />
83
84<br />
A primeira loja de produtos importados<br />
no Brasil, aberta em 1932<br />
1979-1988<br />
Qualidade no atendimento ao cliente:<br />
resultado de um trabalho em parceria<br />
Uma parcela muito importante dos pneus produzidos pela <strong>Goodyear</strong><br />
destina-se ao mercado de reposição. Foi para esse segmento que a com-<br />
panhia começou a vender seus produtos no país, no ano de 1919, e por<br />
meio dele continuou escoando sua produção, na totalidade ou parcial-<br />
mente, nos anos que se seguiram.<br />
Mesmo antes de contar com sua primeira fábrica no Brasil, a <strong>Goodyear</strong><br />
desenvolveu uma competente rede de distribuição, que lhe garantiu um<br />
acesso privilegiado ao consumidor fi nal. Em 1932, foi aberta a primeira<br />
dessas lojas, da Hermes Macedo, que trabalhava com pneus importados.<br />
Nos anos 30 e 40, mais esse aspecto pioneiro da atuação da companhia<br />
no Brasil se consolidou: havia revendas instaladas em pontos de grande<br />
afl uxo de veículos, como as regiões centrais das principais cidades e postos<br />
de serviços nas estradas.<br />
A rede de revendas cresceu<br />
rapidamente, acompanhando a<br />
expansão da frota de veículos
Atividades de treinamento<br />
e capacitação sempre<br />
foram prioridade<br />
O contato direto do consumidor com<br />
o produto foi uma das inovações das<br />
revendas <strong>Goodyear</strong><br />
1979-1988<br />
Com um atendimento efi ciente, apoiado desde o início por treinamento constante e<br />
materiais promocionais de qualidade, os revendedores <strong>Goodyear</strong> tornaram-se funda-<br />
mentais para levar os pneus da marca a todo o país.<br />
A rede de revendedores evoluiu muito ao longo dos anos. O número de lojas cresceu,<br />
mantendo sempre seu papel central na prestação dos melhores serviços, no fortalecimen-<br />
to da marca, na conquista e fi delização de clientes.<br />
85
86<br />
AutoCentros:<br />
conceito inovador<br />
Alinhada a seu objetivo conceito de oferecer o melhor atendimento, a <strong>Goodyear</strong> ini-<br />
ciou em 1987 a implantação de AutoCentros, mais um conceito novo introduzido no<br />
Brasil pela companhia.<br />
1979-1988<br />
Até então as revendas de pneus tinham mais características de ofi cina do que de loja:<br />
equipamentos e ferramentas estavam na parte da frente, colocando em destaque serviços<br />
como troca e balanceamento de pneus. O padrão defi nido para os AutoCentros priori-<br />
zou o atendimento e o ambiente mais acolhedor para o consumidor, com showroom, sala<br />
de espera, café e outras comodidades. Ao mesmo tempo, exigiu um treinamento exaus-<br />
tivo dos profi ssionais da loja. Assim, ao oferecer uma série de serviços com qualidade e<br />
atendimento diferenciados, o objetivo desses empreendimentos era fazer com que o<br />
cliente associasse a marca com confi ança, garantia e preço. As mulheres,<br />
cada vez mais presentes no mercado de trabalho e ao volante dos auto-<br />
móveis, foram priorizadas como público-alvo, sendo criado um ambiente<br />
convidativo e apropriado a elas, que deu ótimos resultados.<br />
Do primeiro AutoCentro, inaugurado na cidade de Ourinhos (SP) no<br />
início de 1988, ao estabelecimento de uma rede de 40 lojas em todo o<br />
Brasil passaram-se apenas dois anos. A implantação de novos AutoCentros<br />
seguiu em ritmo acelerado nos anos seguintes, tornando-se mais uma<br />
história de sucesso da <strong>Goodyear</strong>, que se mantém viva.<br />
Atendimento personalizado e ambiente mais acolhedor para o cliente<br />
foram estabelecidos como prioridades no projeto dos AutoCentros
O mesmo processo de modernização, ampliação dos<br />
serviços e aperfeiçoamento do atendimento ocorreu nos<br />
Centros de Caminhões, ou Truck Centers, implantados<br />
com o objetivo de facilitar a vida do transportador, que<br />
pode se concentrar no seu negócio. Além da venda de<br />
pneus, esses locais disponibilizam variados serviços asso-<br />
ciados ao produto e muitos deles tornaram-se verdadei-<br />
ros centros de conveniência para caminhoneiros.<br />
A evolução no atendimento foi constante, levando à cria-<br />
ção de modelos que contribuíram para aprimorar ainda mais<br />
a relação do consumidor com a marca <strong>Goodyear</strong>. Foi assim<br />
que surgiram, em 2003, os <strong>Goodyear</strong> Centers, destinados<br />
a atender todos os tipos de consumidores, em especial os usuários de pneus de alta perfor-<br />
mance, com maior valor agregado. Com uma comunicação visual inovadora, algumas lojas<br />
passaram a oferecer diferenciais como o totem multimídia, que permite a interação do clien-<br />
te com a companhia e seus produtos e funciona como terminal de acesso à Internet.<br />
Nessa mesma época, foi ampliado o conceito de revendedor exclusivo, valorizando<br />
a parceria entre a companhia e as empresas que tinham o contato direto com o<br />
consumidor fi nal. Os parceiros da <strong>Goodyear</strong> passaram a ser reconhecidos como<br />
revendedores ofi ciais.<br />
1979-1988<br />
Os Truck Centers foram criados com um amplo leque<br />
de serviços, incluindo a recapagem de pneus, para<br />
atender transportadoras, frotistas e caminhoneiros<br />
autônomos<br />
87
88<br />
1979-1988<br />
O resultado dessas e de muitas outras ações foi o aperfeiçoamento<br />
constante e a ampliação da rede de revendedores ofi ciais. Com pessoal<br />
treinado e qualifi cado, instalações modernas, equipamentos de última<br />
geração e oferecendo produtos e serviços de qualidade a preços com-<br />
petitivos, são centenas de pontos de venda com a marca <strong>Goodyear</strong> em<br />
sua fachada, espalhados por todo o Brasil. Ali, é oferecido aquilo que<br />
existe de melhor em pneus e serviços associados a eles ao usuário<br />
do produto – seja ele o proprietário de um veículo ou uma<br />
empresa que utilize veículos e pneus em suas atividades.<br />
Como fi zeram nos primeiros 90 anos, esses parceiros conti-<br />
nuarão a colaborar na construção da <strong>Goodyear</strong> do futuro.
Os <strong>Goodyear</strong> Centers foram mais um passo na evolução do conceito<br />
de atendimento diferenciado aos clientes, que sempre foi uma marca<br />
da rede de revendedores ofi ciais<br />
89
90<br />
1989-1998
Mundo em transformação<br />
O MUNDO E O BRASIL VIVERAM MUDANÇAS MUITO FORTES NOS ANOS 90. A QUEDA DO MURO DE<br />
BERLIM, EM 1989, PODE SER VISTA COMO UM SÍMBOLO DAS TRANSFORMAÇÕES QUE SE INICIAVAM NO<br />
CAMPO POLÍTICO, NA ECONOMIA E NO COMPORTAMENTO. O MUNDO DEIXAVA DE TER DUAS POTÊN-<br />
CIAS PRINCIPAIS E ANTAGÔNICAS, COM O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO SE<br />
ACENTUAVA, FAZENDO COM QUE AS EMPRESAS ASSUMISSEM NOVAS ESTRATÉGIAS. AS QUESTÕES SOCIAIS E<br />
AMBIENTAIS GANHAVAM IMPORTÂNCIA CRESCENTE NA SOCIEDADE, PASSANDO A SER PARTE ESSENCIAL DO<br />
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E EMPRESARIAL. A INTERNET SE POPULARIZAVA, ALTERANDO PADRÕES<br />
DE COMUNICAÇÃO E COMPORTAMENTO.<br />
No Brasil, as transformações também foram signifi cativas e intensas. A começar pela<br />
abertura econômica ao exterior, decretada pelo presidente Collor em 1990, eliminando<br />
a proteção aos produtos nacionais e liberando as importações. O impacto foi imediato:<br />
muitas empresas – e até mesmo setores inteiros – foram incapazes de se adaptar à nova<br />
realidade, perdendo espaço no mercado ou até mesmo desaparecendo. Enquanto isso,<br />
outras empresas aproveitaram as oportunidades abertas para a modernização de seu<br />
parque industrial e de seus produtos, além de abrir novas frentes de negócios.<br />
O processo de privatização e concessão de empresas e serviços públicos avançou na década de 90,<br />
contribuindo para o aprimoramento das condições de muitas importantes rodovias<br />
91
Foi o início também da redução da presença do Estado na economia, com a privatização<br />
de empresas de diversos segmentos: siderúrgico, energético, de telecomunicações e ou-<br />
tras. Grandes símbolos do poder estatal, como Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica<br />
Nacional, Usiminas e Telebrás, passaram para as mãos da iniciativa privada. Ao mesmo<br />
tempo, no setor de transportes, iniciava-se o processo de concessão de rodovias, ferrovias<br />
e atividades portuárias.<br />
O Plano Real, em 1994, foi mais um importante elemento nesse conjunto de trans-<br />
formações, ao introduzir a estabilidade econômica na vida das empresas e da população.<br />
A infl ação, que durante anos corroera o poder de compra dos brasileiros e difi cultara o<br />
planejamento das empresas, passou a fi car sob controle, dentro de padrões similares aos<br />
dos países mais desenvolvidos.<br />
A entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, deu nova<br />
forma às relações comerciais no país, enquanto a realização da conferência interna-<br />
cional Eco-92, no Rio de Janeiro, colocou o tema ambiental em evidência.<br />
92<br />
1989-1998<br />
A mineração foi um dos diversos<br />
segmentos estimulados pela<br />
modernização da economia
Ao longo dos anos anteriores, a indústria automobilística mantinha certa defasagem tec-<br />
nológica em relação aos países mais desenvolvidos, mesmo porque não podia importar<br />
componentes e, com isso, não havia como incorporar aos veículos inovações como a<br />
chamada eletrônica embarcada. Com a abertura das importações, essa situação mudou<br />
rapidamente. O processo de modernização do setor foi acelerado e os carros brasileiros,<br />
pejorativamente chamados de “carroças” em 1990 pelo presidente Collor, passaram a<br />
ter um padrão elevado, acompanhando o que de mais moderno se fazia no mundo.<br />
Enquanto isso ocorria, a liberação das importações trouxe ao país um grande número de<br />
veículos prontos, das mais diversas marcas. Várias delas consolidaram sua presença no<br />
Brasil nos anos seguintes e, entre elas, algumas decidiram implantar fábricas para produzir<br />
localmente seus veículos, como a Honda, a Renault, a Mercedes-Benz e a Audi. A criação<br />
do Mercosul também repercutiu no setor, possibilitando às montadoras e a seus fornece-<br />
dores defi nir estratégias de atuação regional.<br />
As mudanças no setor automobilístico envolveram ainda o estímulo à produção de<br />
carros populares, a partir da redução de impostos para modelos com motores abaixo de<br />
mil cilindradas. Em pouco tempo, os carros 1.0 lideravam as vendas. Como resultado de<br />
toda essa movimentação, a indústria automobilística superaria em 1997 a marca recorde<br />
de 2 milhões de veículos produzidos.<br />
1989-1998<br />
No transporte de carga, o período consolidou o avanço da profi ssionalização, ao mesmo<br />
tempo em que as montadoras colocavam no mercado uma diversifi cada linha de cami-<br />
nhões com mais tecnologia, maior capacidade e adequados às mais diferentes fi nalidades.<br />
A modernização envolveu também a forma de produzir os veículos, com a inauguração,<br />
em 1996, da primeira fábrica totalmente modular do mundo: a Volkswagen Caminhões,<br />
em Resende (RJ), que introduziu um novo e bem sucedido conceito no segmento.<br />
93
94<br />
Evoluindo em velocidade<br />
Todas essas transformações refl etiram-se nos negócios da <strong>Goodyear</strong>. A orientação para<br />
a inovação e para a qualidade, somadas à tradição, ao conhecimento do mercado e a<br />
uma equipe comprometida e capacitada, foram a base sobre a qual se assentou a veloz<br />
evolução da companhia nos anos 90, acompanhando o ritmo em que o mundo passou a<br />
viver e os novos desafi os que surgiam a cada momento.<br />
Nessa década, a <strong>Goodyear</strong> promoveu fortes mudanças em seus negócios no país, dinami-<br />
zando a sua atuação. Investiu em novas empresas, modernizou e expandiu as fábricas existen-<br />
tes. Ao mesmo tempo desenvolveu programas de qualidade, de segurança e de treinamento,<br />
que consolidaram a força de sua equipe e sua vocação para a liderança tecnológica.
Na fábrica de São Paulo, investiu-se em modernização de equipamentos e processos<br />
e realizou-se uma readequação física da planta, para torná-la mais efi ciente e lucrativa, ao<br />
mesmo tempo em que foram eliminadas linhas de negócios não-rentáveis. Enquanto isso,<br />
avançava o processo de atualização tecnológica e a automatização da produ-<br />
ção em Americana, que permitiam o desenvolvimento e a produção de pneus<br />
cada vez mais avançados. Entre eles, a família EAGLE e o radial AQUATRED, cujo<br />
desenho da banda de rodagem assegurava escoamento mais rápido da água.<br />
Com a evolução tecnológica, produtos testados e aprovados pelos motoristas<br />
deram origem a novos pneus, mais avançados, como o GPS 2 e novos mode-<br />
los do conhecido Papaléguas, continuando trajetórias de décadas de sucesso.<br />
Em 1996, a tecelagem responsável pela fabricação de tecidos e fi os industriais utilizados<br />
na montagem de correias transportadoras e mangueiras, e materiais mais<br />
leves, como a lona utilizada na construção do pneu radial de passeio, foi<br />
transferida do Belenzinho para Americana. Nessa época, a <strong>Goodyear</strong><br />
também adquiriu a Hightech Industrial, de Santo André (SP), que mais<br />
tarde passaria a se chamar Airsprings. Fabricante de molas pneumáticas,<br />
a empresa tinha como clientes principais os fabricantes de ônibus Volvo,<br />
Scania e Mercedes.<br />
1989-1998<br />
95
“Tenham a certeza de que, apesar de os<br />
pneus da <strong>Goodyear</strong> estarem sempre por bai-<br />
xo de nossos aviões, o conceito de vocês es-<br />
tará sempre por cima em nossa parceria”.<br />
(Trecho de carta de Ozires Silva, diretor-<br />
superintendente da Embraer, em 1994)<br />
96<br />
1989-1998<br />
Vitória na concorrência para equipar<br />
os aviões ERJ-145 da Embraer levou<br />
à decisão de retomar a produção de<br />
pneus de avião no Brasil<br />
No início dos anos 90, com o mercado mundial desaquecido, a <strong>Goodyear</strong> decidiu interrom-<br />
per a fabricação de pneus para aviões no Brasil. Passou a importá-los de outras unidades da<br />
companhia no mundo, mantendo a posição de principal fornecedora para a aviação no país.<br />
Mas essa situação não duraria muito, pois a ascensão da Embraer e de seus jatos regionais<br />
no mercado internacional estimulou os negócios novamente. Em 1996, numa concorrência<br />
internacional aberta pela fabricante de aviões para equipar seu modelo ERJ-145, a <strong>Goodyear</strong><br />
do Brasil fez a melhor proposta, fortalecendo-se novamente. Voltar a produzir no país era<br />
uma questão de tempo e, após a concordância da matriz, pneus de avião Flight Leader<br />
made in Brazil voltaram a sair da fábrica do Belenzinho a partir do ano 2000.
Centros de Montagem:<br />
parceria com as montadoras<br />
A aproximação técnica e comercial com as mon-<br />
tadoras de veículos sempre fez parte da estratégia da<br />
<strong>Goodyear</strong>. Uma das formas de evolução desse relacio-<br />
namento foi a criação dos Centros de Montagem no iní-<br />
cio da década de 90. Operados pela companhia, esses<br />
centros passaram a entregar, no sistema Just-in-Time, os<br />
conjuntos completos de pneus e rodas balanceados e calibrados, diretamente à linha<br />
de montagem dos fabricantes de veículos. O processo otimizou tempo, espaço e mão<br />
de obra, reduzindo custos. E contribuiu para a consolidação do conceito de modulari-<br />
dade da produção usado hoje pela indústria automobilística.<br />
Em 1996, foi implantado o primeiro deles, na cidade de Diadema<br />
(SP), atendendo à linha de produção da Ford, em São Caetano do<br />
Sul, e à Scania, em São Bernardo do Campo. Cinco outros foram<br />
abertos posteriormente, sempre próximos às unidades produtivas<br />
dos fabricantes de veículos.<br />
Implantados a partir de 1996, Centros de Montagem como o de<br />
Diadema (acima) proporcionaram redução de custos e aumento<br />
de efi ciência às montadoras. Um exemplo é o da GM, cuja unidade<br />
de Gravataí é mostrada à direita<br />
97
98<br />
Blimp: a marca da <strong>Goodyear</strong> nos céus<br />
Os blimps ou dirigíveis tornaram-se ao longo dos anos um ícone corporativo da <strong>Goodyear</strong>,<br />
que se dedica à sua produção desde o início do século 20.<br />
Em 1998, o Brasil recebeu o seu primeiro blimp, o Spirit of the Americas, usado em ações<br />
institucionais que o transformaram – como os demais blimps da <strong>Goodyear</strong> no mundo –<br />
em um embaixador da marca. Em 2003, ele foi substituído pelo Ventura, um modelo mais<br />
moderno e maior, que trazia como principal inovação a presença de um painel luminoso<br />
utilizado para transmitir mensagens de diversos tipos.<br />
O Ventura foi utilizado até 2006 em atividades promocionais e na prestação de serviços<br />
como a cobertura de eventos sociais, esportivos e publicitários. Presença marcante na paisa-<br />
gem das grandes cidades brasileiras, com destaque para São Paulo, o blimp caiu no gosto do<br />
público, sendo lembrado com carinho e simpatia, fortalecendo a imagem da <strong>Goodyear</strong>.
1989-1998<br />
Presença marcante na paisagem de São Paulo, deslocando-se algumas<br />
vezes para outras grandes metrópoles, os blimps da <strong>Goodyear</strong><br />
começaram a ser usados no Brasil em 1998<br />
99
100<br />
1999-2008
Foco em pneus e na inovação<br />
OS DEZ ANOS SEGUINTES FORAM MARCADOS POR GRANDES TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO, MAN-<br />
TENDO E ACELERANDO O QUE JÁ VINHA OCORRENDO NAS DUAS DÉCADAS ANTERIORES. DA CONSO-<br />
LIDAÇÃO DA COMUNIDADE EUROPEIA, COM A ADOÇÃO DO EURO EM 1999, À CRISE INTERNACIONAL<br />
DO FINAL DE 2008, FORAM MUITOS OS ACONTECIMENTOS QUE FICARÃO GRAVADOS NA HISTÓRIA:<br />
OS ATENTADOS TERRORISTAS DE 11 DE SETEMBRO DE 2001 NOS ESTADOS UNIDOS, A ASCENSÃO DA<br />
CHINA COMO POTÊNCIA, A CONCRETIZAÇÃO DA AMEAÇA REPRESENTADA PELO AQUECIMENTO GLOBAL,<br />
A ELEIÇÃO DE BARACK OBAMA.<br />
Confi rmando a velocidade com a qual passaram a ser introduzidos novos comporta-<br />
mentos e novas tecnologias, nesse período surgiram – ou passaram para o domínio do<br />
grande público – o Google, o You Tube, o Orkut, o Ipod, o Blackberry, o pen drive, o uso<br />
do GPS em carros, os motores Flex e muito mais.<br />
No Brasil, o fi nal dos anos 90 e os primeiros anos do século 21 foram períodos de<br />
instabilidade econômica, provocada muitas vezes por fatores externos, como as crises do<br />
Sudeste Asiático e da Rússia. O país crescia a um ritmo mais lento do que o esperado,<br />
mas um setor começava a despontar como o motor da economia nacional: o agrone-<br />
gócio. A modernização na atividade agropecuária foi muito forte, com a intensifi cação<br />
da mecanização e o uso de tecnologias avançadas, resultando em maior produtividade.<br />
O agronegócio tornou-se o grande motor da economia brasileira na década de 90,<br />
modernizando-se e contribuindo para ótimos resultados na balança comercial<br />
101
102<br />
No campo, a profi ssionalização das<br />
empresas agropecuárias levou a uma<br />
forte onda de prosperidade<br />
1999-2008<br />
Com isso, em 2000/2001, pela primeira vez, o país colheu uma safra de<br />
grãos acima dos 100 milhões de toneladas, batendo sucessivos recordes<br />
de produção nos anos seguintes.<br />
A abertura do Brasil ao mundo se ampliava e os produtos agropecuários<br />
foram também responsáveis por outra das grandes realizações do país na<br />
época: a superação da barreira dos US$ 100 bilhões em exportações.<br />
A partir de 2004, iniciou-se um período de grande prosperidade na eco-<br />
nomia mundial, do qual o Brasil passou a se benefi ciar. Iniciava-se ali um<br />
período de crescimento e de maciços investimentos no país, que só se in-<br />
terrompeu no fi nal de 2008, com a crise internacional.
A indústria automobilística deu um grande salto, ampliando as vendas<br />
no mercado interno e investindo em expansão da produção e em novas<br />
tecnologias. Mesmo com a crise, 2008 terminou como o melhor ano da<br />
história do setor no Brasil: foram produzidos 3,21 milhões de veículos,<br />
superando o ótimo resultado do ano anterior, quando esse número tinha,<br />
pela primeira vez, chegado muito perto dos três milhões.<br />
Frota de veículos do país cresceu muito<br />
nos anos de 2007 e 2008 com recordes<br />
de produção e vendas<br />
103
Pneu é o nosso negócio<br />
104<br />
A <strong>Goodyear</strong> percebeu e reagiu rapidamente às mudanças no mundo e nos segmentos aos<br />
quais fornecia – como o aumento de concorrência de produtos locais e importados, o surgi-<br />
mento de novos canais de vendas e a expansão da radialização de pneus de caminhões. Foi de-<br />
fi nido que a companhia teria um novo foco em sua atuação: o mercado, e não só o produto.<br />
Começava assim uma transformação que culminaria com a decisão de se dedicar exclu-<br />
sivamente aos pneus, vendendo a Divisão de Produtos de Engenharia e retirando-se de<br />
outros negócios – o que ocorreu em 2006.<br />
1999-2008<br />
Ao longo desse período, os investimentos nas fábricas, em novas tecnologias e no de-<br />
senvolvimento e lançamento de produtos foram elevados. A <strong>Goodyear</strong> investiu também<br />
em algo que se tornou um importante diferencial no mercado: a agregação de serviços às
Desenvolvimento de pneus inovadores para as mais diferentes<br />
utilizações (automóveis, camionetas, caminhões e ônibus, aeronáuticos,<br />
agrícolas, OTR ou fora-de-estrada): estratégia permanente<br />
vendas, com o treinamento e o suporte ao desenvolvimento e expansão dos revendedores, a assistên-<br />
cia às frotas e a recauchutagem. A criação do CTVM (Centro de Treinamento de Vendas e Marketing),<br />
junto à fábrica de Americana, estava ligada a essa estratégia, contribuindo para a capacitação e o apri-<br />
moramento de profi ssionais da área comercial da companhia e de seus parceiros de negócios, voltados<br />
para a excelência em serviços aos clientes. Dentro dessa estratégia, toda<br />
a equipe da <strong>Goodyear</strong> passou por constante treinamento e reciclagem,<br />
sendo desenvolvidos programas abrangentes e inovadores como o Visão<br />
& Ação, com o objetivo de preparar a companhia para enfrentar os desa-<br />
fi os e as transformações do mercado.<br />
1999-2008<br />
105
106<br />
No processo de expansão e redefi ni-<br />
ção de seu foco de atuação, os produtos<br />
para recauchutagem, até então impor-<br />
tados, ganharam importância. No ano<br />
2000, a companhia inaugurou em Santa Bárbara D’Oeste, cidade próxima a Americana,<br />
uma nova fábrica, dedicada a essa linha. Com investimentos signifi cativos e tecnologia<br />
de última geração, a unidade passou a produzir no Brasil uma linha completa de bandas<br />
pré-curadas, para vulcanização na carcaça dos pneus, e cordões de borracha, usados para<br />
preencher furos e danos estruturais do pneu que será recapado. A nova linha de produtos<br />
impulsionou a rede de RAGs – Recauchutadores Autorizados <strong>Goodyear</strong>, treinados e certifi -<br />
cados pela companhia para oferecer os melhores serviços.<br />
Outra importante medida foi a transferência da Presidência da <strong>Goodyear</strong> América Latina<br />
para São Paulo. A decisão baseou-se na idéia de que a proximidade dos mercados latino-<br />
americanos facilitaria o desenvolvimento de estratégias regionais, respeitando as culturas<br />
de cada país – o que realmente ocorreu.<br />
1999-2008
Fábrica de Santa Bárbara: alta<br />
tecnologia em produtos para<br />
recauchutagem<br />
Uma breve e bem sucedida experiência dessa época foi a criação de uma nova<br />
empresa, a Seawing, no município de Santana do Parnaíba (SP), para a fabrica-<br />
ção de mangotes para a transferência de petróleo offshore. A expertise da <strong>Goodyear</strong><br />
em produtos de borracha para aplicações industriais foi decisiva para o rápido sucesso<br />
desse empreendimento, vendido posteriormente, quando a companhia passou a se dedicar<br />
exclusivamente ao seu principal produto: o pneu.<br />
1999-2008<br />
107
108<br />
Tecnologias avançadas<br />
As novas estratégias de negócios, a orientação da <strong>Goodyear</strong> para a inovação e a nova<br />
dinâmica do mercado se refl etiram, na primeira década do século 21, num ritmo nunca<br />
antes visto no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Lançamentos inovado-<br />
res sucederam-se, mostrando a capacidade da companhia de se antecipar às demandas<br />
e criar soluções inéditas.<br />
1999-2008<br />
Uma das principais inovações tecnológicas foi a implantação, em 2006,<br />
da exclusiva Tecnologia IMPACT (Integrated Manufacturing Precision As-<br />
sembly Cellular Technology) na fábrica de Americana, que trouxe expressi-<br />
vos benefícios de qualidade e efi ciência no processo produtivo, aprimo-<br />
rando a qualidade e uniformidade dos pneus. O primeiro modelo a ser<br />
produzido com esse processo foi o radial de caminhão 315/80R22,5RHS.<br />
O uso dos mais modernos recursos tecnológicos<br />
permite obter os melhores resultados na produção
A avançada máquina Hot Former, que signifi cou uma<br />
revolução no modo de construir pneus<br />
Um diferencial inédito incorporado à produção nessa época foi o equipa-<br />
mento conhecido como Hot Former, que revolucionou a construção de<br />
pneus de caminhão.<br />
Para caminhões e ônibus, devem ser destacados a Linha G de pneus<br />
radiais e, em 2008, um lançamento que balançou o mercado: os pneus<br />
radiais da Série 600, produzidos com a tecnologia Duralife, que propor-<br />
ciona maior vida útil. Dentro do conjunto de soluções inovadoras e inte-<br />
gradas oferecidas pela Série 600, uma novidade de impacto foi apresen-<br />
tada, sendo usada pela primeira vez no Brasil: o chip eletrônico Tire IQ,<br />
incorporado ao pneu, capaz de armazenar e transmitir informações sobre<br />
ele, permitindo o seu rastreamento.<br />
1999-2008<br />
Num período curto de tempo, uma<br />
enorme gama de novas tecnologias foi<br />
introduzida no mercado pela <strong>Goodyear</strong><br />
109
110<br />
Entre os pneus agrícolas, merece ser lembrado o<br />
modelo de alta fl utuação Superfl ot, que incorporou<br />
atributos como a menor compactação do solo e a<br />
maior resistência a cortes. Outra inovação, de 2005,<br />
foi o lançamento do primeiro pneu radial agrícola do<br />
Brasil, o Optitrac DT 806.<br />
Para veículos de passeio e camionetas, a longa lista começa pelo cres-<br />
cimento de famílias vencedoras como Wrangler e Eagle, que ganharam<br />
novos modelos. Os primeiros pneus assimétricos da companhia no Brasil,<br />
da linha Excellence, foram lançados em 2006, garantindo dirigibilidade e<br />
aderência excepcionais, principalmente nas curvas. Os lançamentos in-<br />
cluem também modelos como o Fortera, que inovou ao absorver melhor<br />
os impactos em pisos irregulares, graças à tecnologia Comfortred. O GPS<br />
Duraplus, herdeiro de uma tradição de três décadas de sucesso, foi outro<br />
destaque, conquistando o mercado a partir de 2007. No ano seguinte, foi<br />
a vez da tecnologia TripleTred TM chegar ao Brasil, sendo aplicada em pneus<br />
Assurance e Fortera, deixando-os adaptados às mais variadas utilizações e<br />
condições de pistas.<br />
1999-2008
A tecnologia Run on Flat, que permite que<br />
um pneu furado e sem pressão rode vazio<br />
por até 80 km, foi mais um avanço, reforçado<br />
pelo desenvolvimento do sistema de moni-<br />
toramento de pressão TPMS.<br />
1999-2008<br />
Tecnologia Run on Flat, associada ao uso do sistema TPMS,<br />
representou mais segurança e comodidade para os usuários<br />
111
112<br />
Campo de Provas:<br />
teste de novos produtos<br />
e soluções tecnológicas<br />
Em 2001, a cidade de Americana foi escolhida para sediar o Campo de<br />
Provas da <strong>Goodyear</strong>, um dos mais modernos do mundo, que funciona<br />
como suporte para todas as unidades da companhia na América Latina.<br />
Fruto de um investimento elevado, conta, numa área de 382 mil m 2 ,<br />
com pistas e circuitos que permitem testar todas as condições às quais<br />
podem ser submetidos pneus para veículos de passeio ou comerciais.<br />
Ali são conduzidos abrangentes programas de testes elaborados pela<br />
Engenharia Automotiva da <strong>Goodyear</strong>, em colaboração com as montado-<br />
ras e, em certos casos, com os fornecedores de freios e amortecedores.<br />
A fi nalidade básica é aprimorar os projetos dos pneus de cada veículo, ava-<br />
liando e aperfeiçoando aspectos como segurança, conforto, dirigibilidade,<br />
durabilidade e nível de ruído.<br />
1999-2008
1999-2008<br />
Suas instalações incluem os mais avançados recursos, como a modernís-<br />
sima pista VDA (Vehicle Dynamics Area) ou Plataforma Dinâmica, para testes<br />
em piso molhado, que possibilita controle total sobre a espessura da lâmina<br />
de água. Na Área de Superfícies Múltiplas, diversos tipos de pisos reprodu-<br />
zem as condições existentes nas vias e estradas. São pistas de asfalto – em<br />
variadas condições: rugoso, muito rugoso, danifi cado e com buracos –, pa-<br />
ralelepípedos e blocos de concreto, que permitem simular tudo o que é<br />
vivenciado por um veículo e seus ocupantes. Outras áreas foram desenvol-<br />
vidas para os mais diversos testes, como as com pisos de cascalho ou terra<br />
batida, completando um amplo leque de opções que cobre as necessidades<br />
de todos os tipos de veículos e utilizações.<br />
Os mais variados tipos de pistas e condições<br />
podem ser testados no Campo de Provas<br />
113
114<br />
O Campo de Provas é estratégico para a companhia, tendo papel central no desen-<br />
volvimento e teste de novos produtos, que são construídos sobre uma base de alta tec-<br />
nologia e precisam estar enquadrados em rígidos padrões de segurança e qualidade. É<br />
fundamental, também, no processo de homologação de pneus para uso como equipa-<br />
mento original.<br />
1999-2008<br />
O mais completo Campo de Provas da América Latina<br />
permite testar os mais variados aspectos dos pneus,<br />
sendo fundamental para o desenvolvimento de novos<br />
produtos pela <strong>Goodyear</strong>
1999-2008<br />
115
Tradição em competições<br />
Além de uma importante ferramenta de marketing para a companhia, as pistas<br />
dos autódromos sempre foram um grande campo para testes e um laboratório<br />
para desenvolvimento de novos pneus.<br />
Por isso, desde 1901, quando pneus <strong>Goodyear</strong> equiparam carros de corrida da<br />
Ford, a companhia mantém forte ligação com as competições automobilísticas.<br />
Naquele ano, iniciava-se também uma longa história de vitórias dos pneus da<br />
marca nas mais diferentes e prestigiadas categorias do automobilismo: das 500<br />
Milhas de Indianápolis à Fórmula 1, passando pelas 24 Horas de Le Mans, Fórmula<br />
Indy, Nascar e muitas outras provas mundo afora.<br />
116<br />
1999-2008
Todos os títulos conquistados por<br />
Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet<br />
e Ayrton Senna na Fórmula 1<br />
tiveram a marca da <strong>Goodyear</strong>: o<br />
pneu mais vencedor da história<br />
da competição<br />
1999-2008<br />
Na Fórmula 1, a <strong>Goodyear</strong> esteve presente nos títulos de Emerson Fit-<br />
tipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, até que, em 1998, depois de 361<br />
vitórias, optou por não mais participar.<br />
No Brasil, a partir da década de 90, a <strong>Goodyear</strong> passou a apoiar de<br />
forma regular as mais variadas competições e categorias, como a Fórmula<br />
Uno, o Rally dos Sertões, a Copa Peugeot, a Copa Troller e o Campeo-<br />
nato Paranaense de Arrancada. Em função desse apoio, em 2005 recebeu<br />
homenagem da CBA, Confederação Brasileira de Automobilismo, como<br />
um das grandes incentivadores do esporte a motor no país, patrocinando<br />
pilotos, equipes e categorias.<br />
117
Em 2008, essa ligação com o automobi-<br />
lismo ganhou novo impulso com a decisão<br />
de patrocinar a Stock Car, tornando-se<br />
também a fornecedora ofi cial dos pneus<br />
para sua categoria principal (Copa Nex-<br />
tel), para a Copa Vicar e o Brasileiro de<br />
Pick-up Racing.<br />
Dos anos 90 em diante, as mais importantes competições automobilísticas no Brasil contaram com<br />
118<br />
o apoio e participação da <strong>Goodyear</strong>, casos da Stock Car (no pé da página), Rally dos Sertões (acima)<br />
e Campeonatos de Arrancada (na página ao lado)<br />
1999-2008
1999-2008<br />
119
Sustentabilidade e imagem renovada<br />
As novas diretrizes da companhia não se restringiam à produção ou às vendas, en-<br />
volvendo diversos outros aspectos. Muito antes da criação e difusão do conceito de<br />
Sustentabilidade a <strong>Goodyear</strong> já desenvolvia programas que geravam benefícios sociais,<br />
ambientais e econômicos nas comunidades onde atuava. A partir das diversas ações de<br />
investimento social da companhia, foi desenvolvido um planejamento para incorporar o<br />
conceito de Sustentabilidade pela <strong>Goodyear</strong>, alinhado à sua decisão de avançar para um<br />
patamar mais alto, inovando, diferenciando-se da concorrência, mantendo sua competi-<br />
tividade e posição de liderança.<br />
Essa estratégia, que está diretamente relacionada à decisão de concentrar a atuação<br />
em pneus, também se refl etiu na comunicação. A partir de 2007, a companhia investiu<br />
na renovação de sua imagem, com uma abordagem inovadora no mercado de pneus. O<br />
novo slogan, “Viva nas asas da <strong>Goodyear</strong>”, e os temas usados em campanhas<br />
passaram a enfatizar aspectos como juventude, liberdade, energia, movimento<br />
e modernidade, que se somavam a atributos já consagrados da marca, como<br />
qualidade, confi abilidade e tecnologia. O conjunto resultante resume aquilo<br />
que orienta o caminho da <strong>Goodyear</strong> no futuro: a tradição, a experiência e a<br />
competência a serviço da inovação e da busca incessante do melhor produto<br />
e serviço ao cliente, sempre tendo a Sustentabilidade como norte. Exatamen-<br />
te o que foi reconhecido, no fi nal de 2008, pela revista Época Negócios, que<br />
deu à companhia o prêmio de melhor empresa do segmento de pneus e<br />
autopeças, graças à liderança em três aspectos: “história e evolução”, “postura<br />
inovadora” e “responsabilidade social e ambiental”.<br />
120<br />
1999-2008
Na mesma época, outra importante comprovação da liderança e qualidade<br />
<strong>Goodyear</strong>: a conquista do primeiro lugar na categoria Pneus na pesquisa anual<br />
“Os eleitos”, da revista Quatro Rodas.<br />
Com esses reconhecimentos e a incorporação de novas estratégias, fechava-se<br />
assim o 90º ano de atuação da <strong>Goodyear</strong> no Brasil. Os anos à frente reservam<br />
muito mais conquistas e inovações, que são marcas indiscutíveis da presença da<br />
companhia no país.<br />
1999-2008<br />
A renovação da imagem da <strong>Goodyear</strong>, com uma campanha inovadora,<br />
foi um dos aspectos que levou à conquista do prêmio de melhor<br />
empresa do setor de pneus e autopeças<br />
121
122<br />
2009-...
2009 e os anos à frente<br />
Sustentabilidade, rumo ao futuro<br />
A GOODYEAR TRABALHA DE FORMA A ANTECIPAR AS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DE SEUS<br />
STAKEHOLDERS, OS MOVIMENTOS DE MERCADO, AS TENDÊNCIAS DE COMPORTAMENTO E A EVOLUÇÃO<br />
TECNOLÓGICA. NESSA BUSCA, FUNCIONÁRIOS, FORNECEDORES, REVENDEDORES, CLIENTES (COMO<br />
FROTISTAS, MONTADORAS DE VEÍCULOS, EMPRESAS DE MINERAÇÃO E CONSTRUÇÃO PESADA) E CONSUMI-<br />
DORES FINAIS TÊM UM PAPEL FUNDAMENTAL, INDICANDO CAMINHOS E COLABORANDO NA CONSTRUÇÃO<br />
DE SOLUÇÕES INOVADORAS QUE ATENDAM A TODAS AS PARTES INTERESSADAS.<br />
Pesquisadores e técnicos da companhia dedicam-se em tempo integral à tarefa de bus-<br />
car caminhos para o futuro sustentável. Neste sentido, já estão sendo pesquisadas novas<br />
alternativas para a utilização de matérias-primas que estejam cada vez mais em harmonia<br />
com o meio ambiente, fontes de geração de energia mais efi cientes e que utilizam como<br />
combustível resíduos provenientes da sociedade.<br />
Outras frentes já em andamento são o Inventário de Carbono (GEE – Gases de Efeito<br />
Estufa), a otimização da utilização de água no processo produtivo, a eliminação de envio<br />
de resíduos industriais para aterros sanitários (conhecido como Zero Waste to Landfi ll).<br />
Pneus que serão lançados futuramente começam a ser desenvolvidos com grande<br />
antecedência, antecipando-se às necessidades do mercado, às novas tendências e<br />
comportamentos, sempre sob o ponto de vista da Sustentabilidade<br />
123
124<br />
Com a aceleração do ritmo das transformações no mundo, a <strong>Goodyear</strong> entende<br />
que é primordial desenvolver uma visão sistêmica e integrar cada vez mais os aspectos<br />
econômico, social e ambiental em todas as suas decisões estratégicas.<br />
Como faz desde a sua fundação em relação à liderança do processo de inovação tec-<br />
nológica, a <strong>Goodyear</strong> também tem a visão de liderar e se tornar referência no tema de<br />
Sustentabilidade, engajando mais parceiros nessa trajetória. Para que isso seja possível,<br />
as pessoas que nela trabalham e com ela se relacionam são fundamentais. São elas que<br />
formam a base sobre a qual a <strong>Goodyear</strong> constrói os alicerces de sua atuação de hoje<br />
e do futuro. Um futuro economicamente viável, ambientalmente equilibrado e social-<br />
mente mais justo.<br />
2009 rumo ao futuro<br />
Desenvolvimento do pneu lunar, em<br />
parceria com a NASA: exemplo de<br />
postura voltada à inovação
A capacitação e o desenvolvimento da equipe de funcionários e da rede de<br />
revendedores são constantes, preparando-os para enfrentar os desafi os<br />
do futuro, de forma sustentável. A esses profi ssionais de alto nível junta-<br />
se uma ampla estrutura de pesquisa e tecnologia de novas soluções, que<br />
inclui os Centros Tecnológicos da <strong>Goodyear</strong> em todo o mundo<br />
125
126<br />
2009 rumo ao futuro<br />
Sete estratégias<br />
para o século 21<br />
DEFINIDAS EM 2007, AS ESTRATÉGIAS DA GOODYEAR PARA O FU-<br />
TURO FORAM RESUMIDAS NUM QUADRO DISTRIBUÍDO A TODOS OS<br />
FUNCIONÁRIOS. CONHECIDO COMO SETE ESTRATÉGIAS, O DOCU-<br />
MENTO ESTÁ EM VIGOR NA GOODYEAR DO BRASIL, ASSIM COMO NAS<br />
UNIDADES DE TODO O MUNDO.<br />
O PRESIDENTE MUNDIAL DA COMPANHIA, BOB KEEGAN, FEZ UM<br />
BREVE COMENTÁRIO SOBRE CADA UM DELES, DESTACANDO QUE SÃO<br />
SETE RAZÕES PARA ACREDITAR NA GOODYEAR.
Liderança - As unidades de negócios reformulam seus times e continuam a avaliar tanto<br />
a estrutura organizacional quanto talentos na administração.<br />
Prioridade para o Fluxo de Caixa - Maior margem de ganhos, mais foco nas despesas<br />
de capital e outras ações têm melhorado a posição do caixa da companhia, o que propor-<br />
ciona fl exibilidade nos negócios.<br />
Baixa Estrutura de Custo - Se uma atividade agrega valor, daremos continuidade a ela.<br />
Se não, buscaremos formas para eliminá-la. Temos optado por decisões difíceis em relação a<br />
custos e continuaremos a fazê-lo.<br />
Impulso à Distribuição - Um foco renovado ao ajudar revendedores a obterem maior<br />
sucesso, credenciar novos revendedores e buscar novas oportunidades de crescimento as-<br />
segura que a <strong>Goodyear</strong> está aproveitando ao máximo as vantagens proporcionadas pela sua<br />
rede de revendedores, que é líder na indústria.<br />
Fortalecimento da Marca - O foco mais intenso no apelo ao consumidor das marcas-<br />
chaves da <strong>Goodyear</strong> leva a um foco mais preciso dos segmentos do mercado: o pneu<br />
certo para o cliente certo, no tempo certo, pelo preço mais adequado.<br />
Liderança do Produto - Os times de tecnologia e marketing têm como responsabilida-<br />
de dar continuidade ao atual impulso crescente de novos produtos, com mais lançamen-<br />
tos de pneus diferenciados, no mais curto espaço de tempo possível.<br />
Cadeia de Suprimentos Otimizada - A otimização no processo de compra, o aperfei-<br />
çoamento da precisão e a renovação da Organização melhoraram o foco do consumidor<br />
e reduziram despesas.<br />
127
O pano de fundo da história da <strong>Goodyear</strong> no Brasil:<br />
um resumo do que aconteceu entre 1919 e 2008<br />
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1919-1938 1919 – Início das operações com a abertura<br />
de escritório de vendas no Rio de Janeiro.<br />
1937 – Início das negociações entre<br />
<strong>Goodyear</strong> dos EUA e governo brasileiro para<br />
instalação de uma fábrica no Brasil.<br />
1938 – <strong>Goodyear</strong> começa a usar o raiom<br />
em lugar do algodão nas lonas dos pneus.<br />
128<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1919 – Implantação da Ford no Brasil.<br />
1920 – Surgem as primeiras revendas de<br />
veículos.<br />
1920 – A frota nacional alcança 30 mil<br />
veículos.<br />
1925 – Inaugurada no Brasil a 1ª linha de<br />
montagem de veículos (GM).<br />
1926 – Inaugurada a linha de montagem<br />
da Ford no Brasil.<br />
1927 – Criação da Varig, 1ª empresa<br />
brasileira de aviação comercial.<br />
1928 – O dirigível Zeppelin sobrevoa a<br />
cidade de São Paulo pela 1ª vez.<br />
1928 – Inaugurada a Rodovia Rio-São<br />
Paulo, com 508 km, oito dos quais pavimentados.<br />
1930 – Revolução de 1930. Posse de Getúlio<br />
Vargas.<br />
1930 – A frota de veículos atinge 250 mil<br />
unidades.<br />
1932 – Revolução Constitucionalista em<br />
São Paulo.<br />
1932 – Mulheres passam a ter direito ao<br />
voto.<br />
1934 – Criada a USP – Universidade de<br />
São Paulo.<br />
1934 – Promulgada a 2ª Constituição<br />
brasileira.<br />
1934 – Estabelecido o limite de 80 km/h<br />
nas estradas de São Paulo.<br />
1937 – Golpe do Estado Novo, iniciando<br />
período autoritário sob o comando de Getúlio<br />
Vargas.<br />
1937 – Criado o DNER – Departamento<br />
Nacional de Estradas de Rodagem.<br />
1922 – Criação da União Soviética.<br />
1922 – Mussolini assume o poder na Itália.<br />
1924 – Ford completa 10 milhões de Ford<br />
Modelo T produzidos.<br />
1924 – Joseph Stalin torna-se líder da<br />
União Soviética.<br />
1927 – Surge o cinema sonoro.<br />
1927 – Primeira travessia aérea do Atlântico,<br />
sem escalas, feita por Charles Lindbergh.<br />
1929 – Quebra da Bolsa de Valores de Nova<br />
York (Crise de 29).<br />
1933 – Hitler assume o poder na Alemanha.<br />
1933 – Franklin Roosevelt assume o poder<br />
nos EUA e lança o New Deal, programa de<br />
reformas econômicas e sociais.<br />
1936 – Volkswagen inicia a produção do<br />
Fusca na Alemanha.<br />
1936 – Início da Guerra Civil Espanhola.
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1939-1948 1939 – Inauguração da fábrica de São<br />
Paulo e início da produção.<br />
1943 – Início da produção de pneus de<br />
avião.<br />
1944 – Iniciam-se as atividades do Departamento<br />
de Produtos Industriais, fabricando<br />
mangueiras e correias.<br />
1946 – Primeiro milhão de pneus fabricados<br />
no Brasil.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1939 – Inaugurado o Autódromo de<br />
Interlagos.<br />
1940 – Início da construção da Via Anhanguera,<br />
ligando São Paulo a Campinas.<br />
1940 – Criado o salário mínimo.<br />
1941 – Fundação da CSN – Companhia<br />
Siderúrgica Nacional.<br />
1942 – O Brasil entra na 2ª Guerra<br />
Mundial.<br />
1943 – Criada a FNM – Fábrica Nacional<br />
de Motores.<br />
1943 – Criada a CLT – Consolidação das<br />
Leis do Trabalho.<br />
1944 – Participação da FEB – Força Expedicionária<br />
Brasileira na 2ª Guerra Mundial.<br />
1945 – Queda de Getúlio Vargas, depois de<br />
15 anos no poder.<br />
1947 – Inaugurada a Via Anchieta.<br />
1948 – Inaugurado o trecho São Paulo-<br />
Jundiaí da Via Anhanguera.<br />
1939 – Início da 2ª Guerra Mundial.<br />
1941 – Japão ataca Pearl Harbor. EUA<br />
entram na Guerra.<br />
1942 – Descoberta da penicilina,<br />
signifi cando enorme avanço no combate a<br />
infecções.<br />
1944 – Criação do FMI – Fundo Monetário<br />
Internacional e do Banco Mundial.<br />
1945 – EUA lançam bombas atômicas no<br />
Japão.<br />
1945 – Fim da 2ª Guerra Mundial.<br />
1945 – Criação da ONU – Organização das<br />
Nações Unidas.<br />
1945-1948 – Países da Europa do Leste<br />
passam para regimes comunistas.<br />
1946 – Criação do primeiro computador.<br />
1947 – Invenção do transistor, lançando as<br />
bases da microeletrônica.<br />
1947 – Início da Guerra Fria (EUA X URSS).<br />
1948 – Criação do Estado de Israel.<br />
1948 – Início do regime racista na África<br />
do Sul.<br />
1948 – Lançado o Plano Marshall, para<br />
a reconstrução da Europa, devastada pela<br />
guerra.<br />
1948 – ONU lança a Declaração Universal<br />
dos Direitos Humanos.<br />
129
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1949-1958 1954 – Lançamento do pneu Papaléguas.<br />
1954 – <strong>Goodyear</strong> começa a plantar seringueiras<br />
no Pará, na Fazenda Marathon.<br />
1957 – Criado o departamento de Equipamento<br />
Original, para atender às montadoras.<br />
1958 – Introduzido o avançado processo de<br />
produção 3-T.<br />
130<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1949 – Frota atinge 300 mil veículos.<br />
1950 – Inauguração do Estádio do Maracanã<br />
no Rio de Janeiro.<br />
1950 – Primeira transmissão de TV.<br />
1950 – Início da montagem de caminhões<br />
Mercedes-Benz no Brasil.<br />
1951 – Inaugurada a Via Dutra.<br />
1952 – Criação do BNDE – Banco Nacional<br />
de Desenvolvimento Econômico.<br />
1953 – Criação da Petrobras.<br />
1953 – Início da construção da rodovia<br />
Belém-Brasília.<br />
1954 – Suicídio de Getúlio Vargas.<br />
1956 – Juscelino Kubitschek assume com<br />
grande incentivo à indústria automobilística.<br />
1956 – Mercedes-Benz lança os primeiros<br />
caminhões fabricados no país.<br />
1956 – Criação da ANFAVEA – Associação<br />
Nacional de Fabricantes de Veículos<br />
Automotores.<br />
1957 – Inaugurada a BR-3 (Rio-Belo<br />
Horizonte).<br />
1957 – Volkswagen inicia sua produção,<br />
lançando a Kombi.<br />
1949 – China torna-se comunista, liderada<br />
por Mao Tsé Tung.<br />
1950 – Início do processo de descolonização<br />
da África, que dura até os anos 70.<br />
1950-1953 – Guerra da Coréia.<br />
1956 – Início do uso da energia nuclear<br />
para geração de eletricidade.<br />
1957 – Lançado o Sputnik, primeiro satélite<br />
artifi cial.<br />
1957 – Criada a Comunidade Econômica<br />
Europeia.
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1959-1968 1959 – Atingida a marca de 8 milhões de<br />
pneus produzidos.<br />
1959 – Aberto escritório comercial e<br />
administrativo no Centro de São Paulo.<br />
1960 – Fim da produção de saltos de<br />
sapatos Wingfoot.<br />
1963 – Início das operações de recauchutagem<br />
de pneus de avião, na fábrica do<br />
Belenzinho.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1959 – Os primeiros fuscas são lançados no<br />
mercado brasileiro.<br />
1960 – Inauguração de Brasília, que passa<br />
a ser a capital do país, no lugar do Rio de<br />
Janeiro.<br />
1960 – Realizado o primeiro Salão do<br />
Automóvel, em São Paulo.<br />
1961 – Jânio Quadros renuncia à Presidência.<br />
Início de período político conturbado.<br />
1961 – Primeira exportação de veículos brasileiros:<br />
ônibus para Argentina e Venezuela.<br />
1962 – Com o Aero-Willys 2600, inicia-se o<br />
design nacional de veículos.<br />
1964 – Movimento militar depõe o<br />
presidente João Goulart. Início de período<br />
autoritário.<br />
1967 – Ford lança seu primeiro carro de<br />
passeio, o Galaxie.<br />
1968 – Início do “milagre econômico”.<br />
1968 – GM lança o Opala, seu primeiro<br />
carro de passeio.<br />
1960 – Criação da OPEP – Organização<br />
dos Países Exportadores de Petróleo.<br />
1960 – Início da ascensão do Japão no<br />
cenário econômico e tecnológico mundial.<br />
1961 – Construção do Muro de Berlim.<br />
1963 – Assassinato de John F. Kennedy,<br />
presidente dos EUA.<br />
1967 – Guerra dos Seis Dias, em que Israel<br />
conquista parte do território dos países<br />
vizinhos.<br />
131
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1969-1978 1971 – Fundada a Nitrifl ex, tendo a <strong>Goodyear</strong><br />
como sócia, para produzir borrachas sintéticas<br />
e resinas. A empresa começaria a produzir em<br />
1975.<br />
1973 – Inaugurada a fábrica de Americana.<br />
1974 – Início das operações da Vitafi lm.<br />
1977 – Lançamento dos primeiros pneus<br />
radiais para automóveis.<br />
1978 – produção dos primeiros pneus<br />
radiais de aço para caminhões e ônibus<br />
(Unisteel).<br />
132<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1969 – Criada a Zona Franca de Manaus.<br />
1969 – Iniciado o projeto da Transamazônica.<br />
1971 – Produção de veículos supera 500 mil<br />
unidades num ano.<br />
1972 – Emerson Fittipaldi ganha seu<br />
primeiro título da Fórmula 1.<br />
1972 – Primeira transmissão de TV em<br />
cores.<br />
1974 – Inaugurado o primeiro trecho do<br />
metrô de São Paulo.<br />
1974 – Inaugurada a Ponte Rio-Niterói.<br />
1974 – Entregue o primeiro trecho da<br />
Rodovia dos Imigrantes.<br />
1975 – Criado o Proálcool.<br />
1975 – Acordo nuclear entre Brasil e<br />
Alemanha.<br />
1976 – Fiat começa a produzir carros no<br />
país.<br />
1977 e 1978 – Anúncio de medidas para<br />
racionamento de combustíveis.<br />
1978 – Inaugurada a Rodovia dos Bandeirantes.<br />
1978 – Começa a abertura política. Congresso<br />
brasileiro altera a Lei de Segurança<br />
Nacional e extingue o AI-5.<br />
1969 – Chegada dos primeiros astronautas<br />
à Lua.<br />
1969 – Criação da Arpanet, que daria<br />
origem, anos depois, à Internet.<br />
1973 – Crise internacional do petróleo, com<br />
aumento de mais de 200% nos preços.<br />
1973 – Guerra do Yom Kippur, entre Egito,<br />
Síria e Israel.<br />
1974 – Escândalo de Watergate leva à renúncia<br />
do presidente dos EUA, Richard Nixon.<br />
1975 – Fim da Guerra do Vietnã.<br />
1976 – Início da ditadura militar na<br />
Argentina.
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1979-1988 1979 – Projeto de conservação de energia<br />
da companhia é considerado modelo.<br />
1980 – Lançado o primeiro pneu radial de<br />
aço para veículos de passeio no Brasil (Grand<br />
Prix S).<br />
1980 – Início do fortalecimento da preocupação<br />
com a qualidade.<br />
1984 – Criação do projeto Somos Todos<br />
Iguais.<br />
1985 – Lançamento do conceito Wrangler.<br />
1987 – Início da implantação de AutoCentros.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1979 – Lançado o primeiro carro a álcool.<br />
1979 – Assinada a Lei de Anistia, ampliando<br />
o processo de redemocratização.<br />
1980 – Volvo começa a produzir caminhões<br />
no país.<br />
1980 – Aprovada a realização de eleições<br />
diretas para governadores.<br />
1981 – Nelson Piquet é campeão da<br />
Fórmula 1.<br />
1982 – Crise da dívida externa junto ao<br />
FMI.<br />
1982 – Inaugurada a usina de Itaipu.<br />
1984 – Campanha Diretas Já.<br />
1985 – Fim do regime militar e eleição de<br />
Tancredo Neves.<br />
1986 – Fim da produção do Fusca.<br />
1986 – Anunciados os Planos Cruzado I<br />
e II.<br />
1987 – Criação da Autolatina, a partir da<br />
união da Volkswagen e Ford.<br />
1987 – Anunciado o Plano Bresser.<br />
1988 – Entra em vigor a nova Constituição.<br />
1988 – Ayrton Senna ganha seu primeiro<br />
título da Fórmula 1.<br />
1979 – Início do período de reformas<br />
liberais na Inglaterra, sob o comando de<br />
Margaret Thatcher.<br />
1980-1988 – Guerra Irã-Iraque.<br />
1981 – Lançamento dos primeiros PCs<br />
(computadores pessoais).<br />
1982 – Guerra das Malvinas.<br />
1982 – Identifi cação do vírus da AIDS.<br />
1985 – Descoberta do buraco na camada<br />
de ozônio.<br />
1985 – Mikhail Gorbachev assume o poder<br />
na URSS.<br />
1985 – Início das reformas políticas<br />
(perestroika) que levariam à desintegração<br />
da União Soviética, em 1991.<br />
1985 – Lançamento do sistema operacional<br />
Windows, transformando o uso da<br />
informática.<br />
1986 – Catástrofe nuclear de Chernobyl,<br />
na Ucrânia.<br />
1988 – Início do processo de implantação<br />
de democracias no Leste Europeu.<br />
133
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1989-1998 1993 – Interrompida a fabricação de pneus<br />
de avião.<br />
1993 – Conquista da certifi cação ISO 9000<br />
pelas fábricas São Paulo e Americana.<br />
1996 – Inauguração do primeiro Centro de<br />
Montagem (Diadema).<br />
1996 – Vitória em concorrência da<br />
Embraer leva à decisão de retomar produção<br />
de pneus de avião.<br />
1996 – Transferência da Tecelagem para<br />
Americana<br />
1997 – Aquisição da Hightech, que passaria<br />
a se chamar Airsprings.<br />
1998 – Início da utilização do dirigível<br />
Spirit of the Americas.<br />
134<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
1989 – Volta das eleições diretas para<br />
presidente e eleição de Fernando Collor de<br />
Mello.<br />
1989 – Anunciado o Plano Verão.<br />
1990 – Legislação passa a favorecer produção<br />
de carros populares, com motor 1.0.<br />
1990 – Anunciado o Plano Collor 1.<br />
1990 – Entra em vigor o Código de Defesa<br />
do Consumidor.<br />
1991 – Anunciado o Plano Collor 2.<br />
1991 – Privatização da Usiminas.<br />
1992 – Impeachment de Fernando Collor<br />
de Mello.<br />
1992 – Realizada a Eco-92 no Rio de<br />
Janeiro.<br />
1994 – Plano Real: início de período de<br />
estabilização econômica e criação de nova<br />
moeda.<br />
1994 – Fernando Henrique Cardoso é eleito<br />
presidente.<br />
1996 – Inauguração da fábrica modular da<br />
Volswagen Caminhões em Resende (RJ).<br />
1997 – Privatização da Vale do Rio Doce.<br />
1997 – Indústria automobilística supera<br />
pela primeira vez a marca de 2 milhões de<br />
veículos produzidos num só ano.<br />
1998 – Reeleição de Fernando Henrique<br />
Cardoso para presidente.<br />
1989 – Derrubada do Muro de Berlim.<br />
1989 – Desenvolvida a World Wide Web<br />
(www).<br />
1990 – Reunifi cação da Alemanha.<br />
1991 – Guerra do Golfo.<br />
1991 – Criado o Mercosul.<br />
1992 – Criação da União Europeia, a partir<br />
da ampliação da Comunidade Econômica<br />
Europeia.<br />
1992-1995 – Guerra da Bósnia.<br />
1994 – Nelson Mandela é eleito o primeiro<br />
presidente negro da África do Sul.<br />
1994 – Criado o NAFTA – Tratado Norte-<br />
Americano de Livre Comércio.<br />
1994 – Crise econômica no México dá início<br />
ao “efeito tequila”, repercutindo em vários<br />
países.<br />
1997 – Hong Kong é devolvida à China.<br />
1997 – Início de grave crise econômica<br />
no Sudeste Asiático, que se refl ete mundialmente.
Período Acontecimentos <strong>Goodyear</strong> Acontecimentos Brasil Acontecimentos mundo<br />
1999-2008 2000 – Inaugurada a Fábrica de Materiais<br />
para Recauchutagem (Santa Bárbara).<br />
2000 – Reinício da produção de pneus de<br />
avião Flight Leader no Brasil.<br />
2001 – Inaugurado o Campo de Provas.<br />
2002 – <strong>Goodyear</strong> passa a apoiar mais<br />
fortemente competições off road no Brasil.<br />
2002 – Certifi cação ISO 14001 para a<br />
Fábrica de São Paulo.<br />
2003 – Chega ao Brasil o blimp Ventura.<br />
2003 – Criado o programa de responsabilidade<br />
social Plante Esta Ideia.<br />
2003 – Abertura dos primeiros <strong>Goodyear</strong><br />
Centers.<br />
2005 – Lançamento do primeiro pneu<br />
radial agrícola: Optitrac DT 806.<br />
2005 – Abertura da Seawing, na área de<br />
Produtos de Engenharia.<br />
2006 – Início da utilização da Tecnologia<br />
IMPACT na fabricação de pneus em<br />
Americana.<br />
2006 – Lançamento dos primeiros pneus<br />
assimétricos da companhia, da Linha<br />
Excellence.<br />
2007 – Redefi nição do foco de atuação da<br />
companhia, com a concentração das atividades<br />
em pneus e a retirada de outros negócios.<br />
2007 – Renovação da imagem e criação do<br />
slogan “Viva nas Asas da <strong>Goodyear</strong>”.<br />
2007 – Lançamento da Série 600 de pneus<br />
para caminhões e ônibus.<br />
2008 – <strong>Goodyear</strong> torna-se patrocinadora<br />
da Stock Car.<br />
2008 – Premiação como a empresa mais<br />
admirada do país no segmento de pneus e<br />
autopeças (Revista Época Negócios).<br />
2008 – Conquista do primeiro lugar em<br />
Pneus na pesquisa “Os eleitos”, da revista<br />
Quatro Rodas.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
2000-2001 – Pela primeira vez, safra de<br />
grãos do país é superior a 100 milhões de<br />
toneladas.<br />
2001 – Racionamento de energia elétrica.<br />
2002 – Luiz Inácio Lula da Silva é eleito<br />
presidente.<br />
2003 – Lançados os primeiros carros Flex.<br />
2004 – Lançamento do Programa Nacional<br />
de Produção e Uso de Biodiesel.<br />
2006 – Reeleição do presidente Lula.<br />
2007 – Indústria automobilística<br />
comemora a marca de 50 milhões de veículos<br />
produzidos no país.<br />
2007-2008 – Anunciadas descobertas de<br />
grandes reservas de petróleo no país.<br />
2008 – Recorde na produção de veículos<br />
no país, que atingiu 3,21 milhões de unidades<br />
no ano.<br />
1999 – Criação do euro, moeda única da<br />
Comunidade Europeia.<br />
2001 – Atentados de 11 de setembro nos<br />
EUA.<br />
2001 – EUA invadem o Afeganistão.<br />
2002 – Invasão do Iraque pelos EUA e<br />
Inglaterra.<br />
2004 – Tsunami na região do Oceano<br />
Índico.<br />
2007 – IPCC – Painel Intergovernamental<br />
sobre Mudanças Climáticas alerta para<br />
graves riscos do aquecimento global.<br />
2008 – Crise econômica internacional.<br />
2008 – Barack Obama é o primeiro negro<br />
a ser eleito presidente dos EUA.<br />
135
136<br />
Bibliografi a<br />
Acervo <strong>Goodyear</strong> do Brasil<br />
Revista Bandeirinha (diversas edições)<br />
Revista <strong>Goodyear</strong> (diversas edições)<br />
Revista Pneus e Cia. (diversas edições)<br />
Revista Produtos e Soluções (diversas edições)<br />
Revista Notícias <strong>Goodyear</strong> (diversas edições)<br />
Jornal Interno Clã (diversas edições)<br />
Relatórios e Perfi s Institucionais (diversas edições)<br />
Folhetos, folders e materiais promocionais diversos<br />
Site corporativo – nacional e internacional<br />
Livros<br />
ANFAVEA. Indústria Automobilística Brasileira – 50 Anos. São Paulo, Autodata Editora,<br />
2006.<br />
BARAT, Josef. Logística, Transporte e Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Editora<br />
CLA, 2007.<br />
CIVITA, Victor (ed.). História do Século 20. São Paulo, Abril Cultural, 1976.<br />
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo, Edusp, Imprensa Ofi cial do Estado,<br />
2002.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
METAL LEVE. A Indústria Brasileira de Autopeças e a Construção de uma Marca Nacional<br />
– Metal Leve. São Paulo, Tempo & Memória, 2000.<br />
O’REILLY, Maurice. The <strong>Goodyear</strong> Story. Elmsford (NY), Benjamin Co., 1983.
PICCAZIO, Cláudia (ed.). São Paulo – 110 anos de industrialização. São Paulo, Três Editorial,<br />
1992.<br />
PRICEWATERHOUSECOOPERS. Noventa anos de economia brasileira – marcos institu-<br />
cionais e de desenvolvimento (1915-2005). São Paulo, Insight, 2005.<br />
RODENGEN, Jeffrey L. The Legend of <strong>Goodyear</strong>. The First 100 Years. Fort Lauderdale,<br />
Write Stuff Syndicate, 1997.<br />
Outras fontes de pesquisa<br />
Revista Autodata (várias edições)<br />
Revista Caminhoneiro (várias edições)<br />
Revista Quatro Rodas (várias edições)<br />
http://www.anip.com.br (ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos)<br />
http://www.ce1.ufjf.br/index.html (Prof. Luiz Cesar Pacheco - Construção de Estradas)<br />
http://mundodasmarcas.blogspot.com (Mundo das Marcas)<br />
http://www.unicamp.br/iel/memoria/base_temporal/Historia/historia.htm (Unicamp)<br />
http://www.daimlerchrysler.com.br/noticias/Novembro/50Anos_Linha_Tempo/popexpande.<br />
htm (Daimler Chrysler)<br />
http://www.gm.com.br/action/sessionAction?func=Static&cntry_cd=BR&lang_cd=pt&website_<br />
cd=GBPBR§ion=SobreAGM&subSection=MaquinaDoTempo (General Motors)<br />
http://www.scania.com.br/Sobre_Scania/scania/scania_brasil/ (Scania)<br />
http://www.dana.com.br/historia/ (Dana)<br />
http://www.vwbr.com.br/VWBrasil/Historia/Default.aspx?idConteudo=33810 (Volkswagen)<br />
https://www.ford.com.br/centenario.asp (Ford)<br />
http://200.245.129.61/ (Mercedes-Benz)<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
137
Índice Remissivo<br />
Principais temas e nomes<br />
Adhemar Pereira de Barros – p.33<br />
Aero-Willys – p. 57<br />
Agronegócio – p. 50, 55, 100, 101, 102<br />
Airsprings – p. 95<br />
Akron – p.12, 16<br />
Álcool combustível – p.65<br />
Angra I – p.79<br />
ANIP – p. 71<br />
Assistência às frotas – p. 105<br />
Audi – p. 93<br />
AutoCentros – p. 86, 87<br />
Automobilismo – p.68, 74, 83, 116, 117, 118, 119<br />
Ayrton Senna – p.83, 117<br />
Bandas pré-curadas – p. 106, 107<br />
Barack Obama – p. 101<br />
Blimps (dirigíveis) – p. 18, 98, 99<br />
Campo de Provas – p. 112, 113, 114, 115<br />
Carros populares – p. 93<br />
Centros de Montagem – p. 97<br />
Charles <strong>Goodyear</strong> – p. 11<br />
Código de Defesa do Consumidor – p. 92<br />
Comunidade Europeia – p. 101<br />
Conservação de energia – p. 71<br />
Correias transportadoras – p. 72<br />
Crise econômica – p. 79, 101, 102<br />
CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – p. 41, 92<br />
CTVM (Centro de Treinamento de Vendas e Marketing) – p.105<br />
Década Perdida – p. 79<br />
Diretas Já – p. 79<br />
DKW – p. 42<br />
Eco-92 – p. 92<br />
Éder Jofre – p. 61<br />
Embraer – p. 96<br />
Emerson Fittipaldi – p. 68, 74, 117<br />
Equipamento original (OEM) – p. 15, 51, 114<br />
Ernesto Geisel – p. 65<br />
Estado Novo – p. 29<br />
Exportação – p. 65, 102<br />
Fábrica de Americana – p. 64, 66, 67, 70, 95, 105, 108<br />
Fábrica de Santa Bárbara D’Oeste – p. 106, 107<br />
Fábrica São Paulo (Belenzinho) – p. 28, 29, 30, 31, 33, 34, 58, 64,<br />
68, 72, 95, 96<br />
Fazenda Marathon – p. 50<br />
Fernando Collor – p. 91, 93<br />
Fiat – p. 65<br />
FNM – p. 41<br />
Ford – p. 29, 56, 57, 97,116<br />
138<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
Fórmula 1 – p. 68, 74, 83, 116, 117<br />
Frank Seiberling – p. 12, 15, 19<br />
Fusca – p. 55<br />
Galaxie – p. 56<br />
GEIA – Grupo Executivo da Indústria Automobilística – p. 42<br />
Getúlio Vargas – p. 26, 29, 32, 33, 41<br />
Globalização – p. 91<br />
General Motors – p. 29, 56, 57<br />
<strong>Goodyear</strong> Center – p. 88<br />
Hermes da Fonseca – p. 23<br />
Honda – p. 93<br />
Importação de veículos – p. 23, 37, 41, 93<br />
Indústria automobilística – p. 23, 29, 38, 41, 42, 48, 51, 55, 56, 63,<br />
65, 74, 82, 93, 97, 103<br />
Industrialização – p. 29, 38, 41, 66<br />
Infraestrutura – p. 38, 41, 51, 72, 91, 92<br />
Inovação tecnológica – p. 4, 52, 58, 67, 72, 74, 77, 82, 93, 94, 104,<br />
105, 108, 114, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 127<br />
Itaipu – p. 79<br />
Jânio Quadros – p. 56<br />
João Goulart – p. 56<br />
José Sarney – p. 79<br />
Juscelino Kubitschek – p. 41, 55<br />
Kombi – p. 42<br />
Laudo Natel – p. 64<br />
Mangueiras para água e ar comprimido – p. 34<br />
Mercedes-Benz – p. 42, 93, 95<br />
Mercosul – p. 93<br />
Milagre Brasileiro – p. 56, 63, 65<br />
Motores Flex – p. 101<br />
Muro de Berlim – p. 91<br />
NASA – p. 124<br />
Nelson Piquet – p. 83, 117<br />
Opala – p. 56<br />
Ozires Silva – p. 96<br />
Paul Litchfi eld – p. 12<br />
Petrobras – p. 41<br />
Plano Cruzado – p. 79<br />
Plano Real – p. 92<br />
Pneus agrícolas – p. 50, 105, 110<br />
Pneus OTR – p. 48, 101, 105<br />
Pneus para automóveis e camionetas – p. 15, 36, 48, 73, 83, 95,<br />
105, 110<br />
Pneus para aviões – p. 18, 34, 68, 96, 105<br />
Pneus para veículos comerciais – p. 37, 44, 45, 46, 48, 72, 82, 105,<br />
108, 109<br />
Pneus radiais – p. 67, 72, 73, 74, 75, 82, 104, 108, 109<br />
Pneus sem câmara – p. 49, 82
Ponte Rio-Niterói – p. 62, 63<br />
Pratini de Morais – p. 64<br />
Preocupação ambiental – p. 4, 70, 91, 92, 120<br />
Primeira Guerra Mundial – p. 18, 23<br />
Privatização – p. 91, 92<br />
Produção de borracha – p. 33, 50<br />
Propaganda e promoção – p. 61, 69, 74, 75, 120, 121, 127<br />
Qualidade – p. 4, 80, 81, 82, 84, 94, 114, 121<br />
RAGs – Recauchutadores Autorizados <strong>Goodyear</strong> – p. 106<br />
Recauchutagem de pneus de avião – p. 58, 68<br />
Recauchutagem/recapagem – p. 46, 82, 105, 106<br />
Reciclanip – p. 71<br />
Renault – p. 93<br />
Responsabilidade social – p. 120<br />
Revendedores, rede de – p. 4, 25, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 105, 127<br />
Rodovias – p. 24, 38, 39, 42, 63, 91, 92<br />
Ronald Golias – p. 61<br />
Romi-Isetta – p. 42<br />
Rural – p. 57<br />
Salão do Automóvel – p. 56<br />
Scania – p. 95, 97<br />
Seawing – p. 107<br />
Segunda Guerra Mundial – p. 29, 33, 34, 35, 37<br />
Segurança – p. 4, 60, 94, 114<br />
Spirafl ex – p. 66<br />
Spirit of the Americas – p. 98<br />
Stock Car – p. 118, 119<br />
Sustentabilidade – p. 5, 120, 123, 124, 125<br />
Tancredo Neves – p. 79<br />
Tecelagem – p. 95<br />
Telebrás – p. 92<br />
Transamazônica – p. 63<br />
Transporte – p. 23, 35, 38, 44, 45, 46, 88, 93<br />
Tratamento de efl uentes – p. 70<br />
Truck Centers – p. 88<br />
Tucuruí – p. 79<br />
Usiminas – p. 92<br />
Vale do Rio Doce – p. 41, 92<br />
Vemag – p. 42, 56<br />
Ventura – p. 98<br />
Visão & Ação – p. 105<br />
Vitafi lm – p. 68<br />
Volkswagen – p. 41, 42, 55, 56, 93<br />
Volvo – p. 95<br />
Vulcanização, processo de – p. 11<br />
Washington Luís – p. 24<br />
Willys – p. 56, 57<br />
Wingfoot (pé alado) – p. 19<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
Pneus e tecnologias da <strong>Goodyear</strong><br />
AKS – p. 37<br />
All-Weather – p. 25, 82<br />
AQR – p. 37<br />
Aquatred – p. 95<br />
Assurance – p. 110.<br />
AWT – p. 36, 37<br />
Balão – p. 25<br />
Bandeirante – p. 48, 53<br />
Bubble Blade progressivo – p. 77<br />
Chip eletrônico Tire IQ – p. 109<br />
Coletivo – p. 37<br />
Conquistador – p. 46, 48, 58<br />
Construção envelope – p. 77<br />
Cord Tire – p. 16<br />
Desenho assimétrico – p. 77<br />
Eagle – p. 83, 95, 110<br />
Excellence – p. 110<br />
Flight Leader – p. 96<br />
Fortera – p. 110<br />
GPS – p. 74, 76, 77, 95, 110<br />
GPS Duraplus – p. 77, 110<br />
Grand Prix – p. 73, 74, 76, 77<br />
Heavy Duty – p. 25<br />
Hot Former – p. 109<br />
Lagarta – p. 37, 51<br />
Lameiro – p. 48, 50, 58<br />
Linha G – p. 109<br />
Optitrac – p. 110<br />
Papaléguas – p. 44, 45, 46, 47, 48, 58, 95<br />
Pneu lunar – p. 124<br />
Processo 3-T – p. 52, 53<br />
Raiado – p. 36<br />
Run on Flat – p. 36<br />
Série 600 – p. 109<br />
Straight Side – p. 15<br />
Suburbano – p. 48<br />
Super Cushion – p. 36, 48, 49, 53<br />
Super Lameiro – p. 50<br />
Superfl ot – p. 110<br />
Tecnologia Comfortred – p. 109, 110<br />
Tecnologia Duralife – p. 109<br />
Tecnologia IMPACT – p. 108<br />
Tecnologia Permablack – p. 77<br />
Tecnologia TripleTred – p. 109, 110<br />
Triple Raiado – p. 50<br />
Unisteel – p. 72, 82<br />
Wrangler – p. 83, 110<br />
139
140<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro
Agradecimentos<br />
Várias pessoas – especialmente funcionários e ex-funcionários da<br />
<strong>Goodyear</strong> – e instituições contribuíram decisivamente para este livro, dan-<br />
do depoimentos e fornecendo informações sobre importantes aspectos da<br />
história da companhia, bem como cedendo materiais iconográfi cos e de<br />
apoio à pesquisa histórica. Fica aqui registrado o nosso agradecimento a<br />
todas elas.<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
141
142<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
Crédito das Ilustrações<br />
Todos os esforços foram feitos para se encontrar a origem e autoria das imagens usadas nesta<br />
publicação. Não foi possível em alguns casos, por isso teremos prazer em creditar os autores<br />
na próxima edição, caso se manifestem.<br />
Acervo Fiat – página 65<br />
Acervo General Motors – página 97 (unidade Gravataí)<br />
Acervo <strong>Goodyear</strong> – páginas 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 24,<br />
25, 27, 28, 29, 31, 32, 33, 34, 36, 37, 38, 39, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53,<br />
56, 58, 59, 60, 61, 66, 67, 68, 69, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 82, 83, 84, 85, 95, 104, 105,<br />
107, 108, 116, 117, 120, 121, 124, 125 e 126<br />
Acervo Volkswagen – página 40<br />
Agência Estado – página 54.<br />
Agência Estado/Edu Garcia – página 117 (Ayrton Senna)<br />
Agência Estado/Rolando Freitas – página 57 (Galaxie)<br />
Cia. da Memória – páginas 22, 24 e 62<br />
Delfi m Martins – páginas 9, 71 (estrada da Univias), 78, 90, 92, 100, 102, 103, 110 (pneus<br />
agrícolas), 112, 113, 114 e 115<br />
Folha Press – página 39<br />
HL Studio – página 119 (prova de arrancada)<br />
Ivson – páginas 70, 71 (reciclagem de pneus), 81, 86 (interna do AutoCentro), 87, 88, 89, 94,<br />
96, 99, 110 (pneu Excellence) e 111 (TPMS)<br />
Joel Gonzalez/SFN – página 86<br />
Luca Bassani – página 118/119 (StockCar)<br />
Murilo Braz – página 118 (rally)<br />
Revista Flap Internacional – página 35<br />
Rogério Reis – página 98<br />
Wagner Avancinni – página 106
Publicação Especial da <strong>Goodyear</strong> do Brasil<br />
Depto. de Assuntos Corporativos<br />
Av. Paulista, 854 – 9º andar<br />
Tel: (11) 3281-4315<br />
Diretor-Presidente: Giano Agostini<br />
Gerente de Assuntos Corporativos: Márcio Borges<br />
Coordenação e Edição Geral: Gisleine Giugliano – Relações Públicas (Conrerp 1748)<br />
Projeto Editorial: Editora CL-A Cultural<br />
Editor Responsável: Fabio Humberg<br />
Pesquisa e Texto-Base: Cristina Tostes<br />
Assessoria Histórica: Flávia Ricca Humberg<br />
Revisão: Alberto Uribe<br />
Projeto Gráfi co e Edição de Arte: Rabiscos e Grafi smos<br />
Editor de Arte: Osires<br />
Edição Fotográfi ca: Zaap<br />
Editor de Fotografi a: Ivson<br />
CTP e Impressão: Pancrom<br />
Abril de 2009<br />
<strong>Goodyear</strong> rumo ao futuro<br />
Grafi a atualizada segundo o Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor<br />
no Brasil em 1º de janeiro de 2009.<br />
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