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LITERATURA BRASILEIRA E LITERATURA AFRO-BRASILEIRA

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eligiões de matriz africana e cultura afro-brasileira. Eles podem, no ambiente de sala de<br />

aula, ser encenados pelos(as) alunos(as) em formato de peças teatrais e ou<br />

performances.<br />

O conto de mestre Didi, “Obaluwaiyê – o dono da peste” (disponível na seção “Textos<br />

literários”), ao contar a história/mito de Obaluaê, convida a comunidade a repensar suas<br />

práticas e seus julgamentos precipitados. O orixá citado na narrativa apresenta-se em<br />

situação de enfermidade e é desprezado por toda comunidade. Depois de ser abençoado<br />

pelo deus Olorum e receber o dom de cura, retorna à comunidade e salva a todos de<br />

uma epidemia. Pode-se também trabalhar a presença das folhas, no ritual de cura,<br />

descrito no conto de mestre Didi, para motivar um trabalho de pesquisa sobre essas<br />

práticas no cotidiano brasileiro e baiano. Afinal, quem nunca tomou um chazinho feito<br />

pela vovó para melhorar um desconforto alimentar ou para relaxar? Ver como a ciência<br />

vem se apropriando desses conhecimentos em seus estudos; destacar a importância das<br />

religiões de matrizes africanas na preservação dessa memória, assim como na tradição<br />

indígena.<br />

O trecho de música “Sou negro d+ para você”, do rapper Thaíde, representa a linguagem<br />

do hip hop, movimento que, atualmente, é um forte aliado da educação brasileira. De<br />

modo geral, escola, professores(as), alunos(as) e comunidade, quando se envolvem em<br />

projetos com o hip hop e seus elementos, conseguem resultados excelentes,<br />

principalmente, por parte da juventude. A escola passa a ser uma galeria de arte, com<br />

seus muros e paredes grafitadas e limpas – professores(as) de arte tomam conta dessa<br />

parte do projeto. Os(As) professores(as) de música, dança e educação física aliam-se<br />

aos b.boys e b. girls na arte do Break e dos DJs. A prática de escrita das letras de música<br />

favorece um melhor domínio da língua e dos recursos estéticos e literários, já que os(as)<br />

envolvidos(as) se dedicam a melhorar suas composições e rimas. O(A) aluno(a) exercita<br />

a escrita com mais prazer, passa a questionar, debater e argumentar sobre os problemas<br />

sociais, entre eles, as questões étnico-raciais, como a discriminação e o racismo.<br />

Para a educação infantil, propomos um trabalho que envolva<br />

muita criatividade, alegria e cor. Conforme leitura dos textos<br />

sugeridos, constatamos que algumas obras deixam brechas,<br />

nas quais os(as) mediadores(as) devem intervir: seja nas<br />

descrição de personagens negras que, por vezes, ganham<br />

traços animalizados, sejam os desenhos e ilustrações nos quais os personagens negros<br />

(embora, na narrativa, tenham sua identidade preservada), são representados como<br />

monstros e aberrações nas imagens, ou, mesmo, uma armadilha bastante discreta e<br />

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