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LITERATURA BRASILEIRA E LITERATURA AFRO-BRASILEIRA

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questionam a não participação dos negros nas narrativas nacionais, seus textos também<br />

expõem à participação do negro na construção do país, entre outros, como: o papel da<br />

literatura afro-brasileira, a abordagem da mídia na representação da população negra, a<br />

desconstrução de alguns estereótipos.<br />

O meta-poema “Outras notícias” de Éle Semog, (ver Unidade I, em Textos Literários), além<br />

de falar sobre o seu fazer poético, crítica o não envolvimento de alguns poetas nos<br />

problemas sociais, os escritores que apresentam uma excessiva preocupação formal. Nessa<br />

linha, encontramos o poema “A um poeta”, de Olavo Bilac - preocupação formal e<br />

necessidade de isolamento para chegar à perfeição artística; já no texto “Emparedado”, de<br />

Cruz e Sousa, o isolamento tem outra perspectiva, vamos descobrir? (consta no texto de<br />

Silvio Oliveira – módulo).<br />

Na perspectiva da literatura comparada, o poema “Ser universal” de Oubi Inaê Kibuko e a<br />

música epígrafe do compositor Chico César, possibilitam um trabalho que dialogue literatura<br />

e música. Quanto ao conteúdo, temos: a relação entre África, Brasil e Minas Gerais, a<br />

discussão do que é ser negro no Brasil. Professores de Geografia, alerta! Milton Santos é<br />

uma excelente sugestão para guiar essas discussões.<br />

Para fomentar debates na escola sobre os modos de construção de personagens negros na<br />

mídia, sugerimos o poema “Efeito Colaterais”, de Jamu Minka. O mito da democracia racial,<br />

mídia e racismo e o objetivo da poesia negra são alguns dos temas a serem trabalhados. É<br />

importante que os(as) estudantes possam evidenciar na prática essas versões, perceber o<br />

cerceamento desses espaços, conseguir flagrar a não equivalência quanto aos lugares<br />

sociais em que os personagens se constituem e são representados nas diferentes etnias.<br />

Outro texto sugerido é a crônica “Maio”, de Lima Barreto, publicada em 04 de Maio de 1911.<br />

Nela, percebemos a forma irônica com que o assunto da libertação dos negros escravizados<br />

no Brasil adquire contornos de crítica. Além da leitura crítica da crônica, podemos mencionar<br />

o nome de figuras significativas no processo da abolição no Brasil como José do Patrocínio,<br />

André Rebouças, Luiz Gama, Francisco de Paula Brito e outros. Todos negros na linha de<br />

frente da intelectualidade escravista. Os intelectuais negros no Brasil, a exemplo de Lima<br />

Barreto, sempre esboçaram preocupações que extrapolaram o texto literário. A militância,<br />

sempre fez parte da vida do escritor como homem de cultura e intelectualmente engajado.<br />

Estimule seus(suas) alunos(as) a conhecer nossos intelectuais negros e negras!<br />

O desafio foi lançado, Professoras(es)!<br />

Usem a criatividade e o conhecimento específico de suas áreas e proponham outras<br />

leituras... Bom trabalho !!!!<br />

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