Fundações Definição Tipos de Fundações

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18.04.2013 Views

Fundações “Todas as estruturas de engenharia têm de ser suportadas, de alguma maneira, pelos materiais que formam a parte superior da crosta terrestre. Existe, portanto, uma conexão inevitável entre as condições geológicas e o projeto de fundações” Lagget, Lagget, 1962 Tipos de fundação Direta e profundas 1 3 5 Definição Fundação é o elemento estrutural que tem por função transmitir a carga da estrutura ao solo sem provocar ruptura do terreno de fundação ou do próprio elemento de ligação e cujos recalques possam ser satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto estrutural. Escolha do tipo de fundação Escolha do tipo de fundação em função da geologia Pesquisa de subsolo adequada (geofísica e sondagem) Fundação inadequada ao tipo de solo e suas conseqüências (cálculo das cargas e recalques) Equipamentos e mão-de-obra disponíveis Custo de execução SUPERFICIAIS Tipos de Fundações ISOLADA SAPATA ASSOCIADA VIGA DE FUNDAÇÃO RADIER RÍGIDA - BLOCOS SEMI-FLEXÍVEIS - SAPATAS 2 4 6

<strong>Fundações</strong><br />

“Todas as estruturas <strong>de</strong> engenharia têm <strong>de</strong> ser<br />

suportadas, <strong>de</strong> alguma maneira, pelos<br />

materiais que formam a parte superior da<br />

crosta terrestre. Existe, portanto, uma conexão<br />

inevitável entre as condições geológicas e o<br />

projeto <strong>de</strong> fundações”<br />

Lagget, Lagget,<br />

1962<br />

<strong>Tipos</strong> <strong>de</strong> fundação<br />

Direta e profundas<br />

1<br />

3<br />

5<br />

<strong>Definição</strong><br />

Fundação é o elemento estrutural que tem<br />

por função transmitir a carga da estrutura ao<br />

solo sem provocar ruptura do terreno <strong>de</strong><br />

fundação ou do próprio elemento <strong>de</strong> ligação<br />

e cujos recalques possam ser<br />

satisfatoriamente absorvidos pelo conjunto<br />

estrutural.<br />

Escolha do tipo <strong>de</strong> fundação<br />

Escolha do tipo <strong>de</strong> fundação em função da geologia<br />

Pesquisa <strong>de</strong> subsolo a<strong>de</strong>quada (geofísica e sondagem)<br />

Fundação ina<strong>de</strong>quada ao tipo <strong>de</strong> solo e suas conseqüências<br />

(cálculo das cargas e recalques)<br />

Equipamentos e mão-<strong>de</strong>-obra disponíveis<br />

Custo <strong>de</strong> execução<br />

SUPERFICIAIS<br />

<strong>Tipos</strong> <strong>de</strong> <strong>Fundações</strong><br />

ISOLADA<br />

SAPATA<br />

ASSOCIADA<br />

VIGA DE<br />

FUNDAÇÃO<br />

RADIER<br />

RÍGIDA - BLOCOS<br />

SEMI-FLEXÍVEIS - SAPATAS<br />

2<br />

4<br />

6


ESTACAS<br />

Sapata e Radier<br />

CRAVADAS<br />

INJETADAS<br />

ESCAVADAS<br />

POR<br />

PERCUSSÃO<br />

POR<br />

VIBRAÇÃO<br />

ESTACA<br />

RAÍZ<br />

À PERCUSSÃO<br />

À ROTAÇÃO<br />

<strong>Tipos</strong> <strong>de</strong> carregamento<br />

PRÉ-<br />

MOLDADAS<br />

MOLDADAS<br />

“IN LOCO”<br />

TIPO<br />

“STRAUSS”<br />

BROCA<br />

HÉLICE<br />

CONTINUA<br />

GRANDES<br />

DIÂMETROS<br />

7<br />

CONCRETO<br />

AÇO<br />

MADEIRA<br />

TIPO<br />

FRANKI<br />

9<br />

11<br />

PROFUNDAS<br />

TUBULÕES<br />

<strong>Tipos</strong> <strong>de</strong> carregamento…<br />

À CÉU ABERTO<br />

À AR<br />

COMPRIMIDO<br />

8<br />

10<br />

12


Distribuição <strong>de</strong> tensões em ambiente<br />

anisotrópico<br />

Fratura 45°<br />

13<br />

15<br />

Rupturas<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos -<br />

SP<br />

Exigências do projeto e execução<br />

Planta <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> cargas da estrutura (prédio)<br />

Visita ao local da obra para levantamento <strong>de</strong> aspectos <strong>de</strong> interesse,<br />

<strong>de</strong>terminação do tipo <strong>de</strong> investigação geológica e documentação<br />

fotográfica<br />

– condições topográficas<br />

– condições geológico geotécnicas (tipo <strong>de</strong> solo, presença <strong>de</strong> água)<br />

– existência <strong>de</strong> construções contíguas<br />

– materiais e equipamentos disponíveis na região<br />

Tipo <strong>de</strong> fundação e embasamento técnico<br />

Elaboração dos cálculos <strong>de</strong> forma organizada<br />

Acompanhamento executivo<br />

Diário <strong>de</strong> obra<br />

17 18<br />

14<br />

16


A<br />

B<br />

C<br />

NLF<br />

Fundação em função da geologia<br />

Regiões com presença <strong>de</strong> matacões<br />

Sapatas no horizonte B<br />

Estaca tubulão atravessando<br />

o horizonte C<br />

Estaca injetada tipo raiz<br />

Sapata<br />

Raiz<br />

Tubulão Tubulão<br />

A<br />

C<br />

NLF<br />

Solo argiloso com areia<br />

e c/ ou s/ matacões<br />

esparsos<br />

Solo arenoso c/ pouca<br />

argila e muitos<br />

matacões<br />

Solos residuais <strong>de</strong> filitos e xistos<br />

Minerais <strong>de</strong> fácil<br />

intemperismo (solo<br />

argiloso e siltoso <strong>de</strong> média<br />

resistência)<br />

Sapatas no horizonte B<br />

Estaca escavada com trado<br />

rotativo<br />

Estaca escavada com A<br />

sonda tipo strauss<br />

C<br />

NLF<br />

A<br />

B<br />

C<br />

NLF<br />

Raiz<br />

Sapata<br />

Estaca Escavada<br />

Estaca Escavada<br />

Tubulão<br />

Solo siltoso ( nos<br />

gnaisses: solo areno-<br />

- siltoso )c/argila<br />

19<br />

Solo arenoso c/<br />

pouca argila e<br />

muitos matacões<br />

21<br />

Solo argiloso c/<br />

silte ( nos gnaisses<br />

ainda com areia )<br />

23<br />

Perfil geológico<br />

típico <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre<br />

Sapatas no horizonte B<br />

Estaca escavada com trado<br />

rotativo até o horizonte C<br />

Estacas cravadas não<br />

conseguem penetrar<br />

<strong>de</strong>vido a alta resistência<br />

do solo residual<br />

A<br />

C<br />

Estaca Escavada<br />

Em zonas <strong>de</strong> falha<br />

Solo arenoso c/<br />

pouca argila e<br />

sem matacões<br />

NLF<br />

A<br />

B<br />

C<br />

Sapata<br />

Zona <strong>de</strong> falha<br />

Solo residual <strong>de</strong> quartzito<br />

Solo <strong>de</strong> difícil alteração<br />

(85 - 100% quartzo)<br />

Sapata sobre a rocha<br />

Estaca injetada com<br />

perfuratriz roto-percussiva<br />

(estaca raiz)<br />

A<br />

C<br />

Sapata<br />

A<br />

C<br />

NLF<br />

NLF<br />

Estaca Escavada<br />

20<br />

Solo argiloso c/<br />

areia<br />

Solo arenoso c/<br />

pouca argila e<br />

sem matacões<br />

NLF<br />

22<br />

24


Solos alternados com camadas<br />

resistentes e não resistentes<br />

Solos alternados com presença <strong>de</strong> quartzito e xistos ou filitos<br />

<strong>Fundações</strong> com sapatas, <strong>de</strong>vendo-se consi<strong>de</strong>rar a resistência das<br />

camadas mais fracas<br />

Estaca tubulão ou estaca injetada tipo raiz, para atravessar as camadas<br />

resistentes<br />

A estaca raiz é mais cara, mas <strong>de</strong> maior produtivida<strong>de</strong><br />

A<br />

C<br />

NLF<br />

Sapata<br />

Quartzitos rochas<br />

Tubulão<br />

Raiz<br />

Solos residuais<br />

<strong>de</strong> xistos ou<br />

filitos<br />

Xistos ou filitos<br />

rochas<br />

Solos residuais <strong>de</strong> basalto, riolitos e<br />

dacitos<br />

Solos das regiões da serra e<br />

planalto<br />

Presença <strong>de</strong> diacláses<br />

(fraturamento intenso) e não<br />

possuem matacões<br />

Estaca escavada com trado<br />

rotativo, por proporcionar<br />

pare<strong>de</strong>s estáveis e nível do<br />

lençol freático profundo<br />

Em regiões sem horizonte C,<br />

<strong>de</strong>ve-se aplicar estaca raiz,<br />

roto-percussiva.<br />

Solo argiloso<br />

Solo siltoso c/<br />

muita argila<br />

BASALTO<br />

Solos residuais <strong>de</strong> argilitos, argilitos,<br />

silititos e<br />

arenitos<br />

Raiz<br />

Estaca Escavada<br />

A<br />

25<br />

Solo argiloso<br />

c/ silte<br />

Solo siltoso c/<br />

pouca argila<br />

RIOLITO OU<br />

DACITO<br />

Solos residuais <strong>de</strong> resistência média e nível do lençol freático profundo nas regiões<br />

mais elevadas<br />

Sapatas direto no horizonte C<br />

Estacas escavadas com trado rotativo, porque os furos tem pare<strong>de</strong>s estáveis<br />

São <strong>de</strong> alta produção e baixo custo<br />

Com horizonte C pouco espesso, po<strong>de</strong>-se empregar sapata sobre a rocha ou estaca<br />

escavada roto-percussiva<br />

Quando o solo apresenta o NSPT abaixo <strong>de</strong> 20, po<strong>de</strong> ser empregada estaca cravada<br />

com pré-moldado ou trilho<br />

Estaca Escavada<br />

A<br />

C<br />

Ou<br />

NLF<br />

R. Sedimentar<br />

A<br />

NLF<br />

NLF<br />

27<br />

29<br />

Solos residuais com presença <strong>de</strong> diques<br />

e veios <strong>de</strong> rochas mais resistentes<br />

Soluções hidrotermais ou infiltração <strong>de</strong> magmas nas falhas das rochas<br />

Po<strong>de</strong>m ser mais resistentes que a rocha encaixante<br />

Po<strong>de</strong> ser empregadas sapatas, consi<strong>de</strong>rando a resistência do solo residual<br />

Estaca escavada com trado rotativo, quando os veios forem <strong>de</strong> pequena<br />

espessura<br />

Estaca tubulão ou raiz, quando os veios forem <strong>de</strong> maior espessura<br />

Sapata<br />

Raiz<br />

Estaca Escavada<br />

Tubulão<br />

Solo residual c/<br />

ou s/ horizonte C<br />

e c/ veios <strong>de</strong><br />

quartzo<br />

Rocha<br />

Solos coluviais e tálus<br />

Forma <strong>de</strong> lente espessa, com presença <strong>de</strong> argila, areia e fragmentos ou pedaços <strong>de</strong><br />

rochas misturados<br />

Sujeito a gran<strong>de</strong>s infiltrações e rastejos<br />

Típico <strong>de</strong> encostas e sopé <strong>de</strong> morros<br />

Deve-se construir sobre tálus após sua estabilização<br />

As estacas <strong>de</strong>vem atravessar o solo coluvial (ou tálus) e ser assentada sobre a<br />

rocha subjacente<br />

Estaca tubulão são as mais recomendas, com estabilização das pare<strong>de</strong>s (se<br />

necessário)<br />

Po<strong>de</strong>-se empregar estaca raiz<br />

Consi<strong>de</strong>rar os esforços laterais sobre a estaca<br />

Raiz<br />

Solos residuais <strong>de</strong> conglomerados<br />

São solos com presença <strong>de</strong><br />

fragmentos <strong>de</strong> rocha (pedregulhos)<br />

Sapatas sobre o solo residual<br />

(horizonte B ou C)<br />

Tubulões no horizonte C, porque<br />

permite a remoção dos fragmentos<br />

Estacas injetada roto-percussiva<br />

po<strong>de</strong>m ser empregadas, mas<br />

apresentam problemas operacionais<br />

<strong>de</strong>vido a quebra da coroa<br />

Tubulão<br />

Tubulão<br />

A<br />

NLF<br />

26<br />

28<br />

B :Solo :<br />

Argiloso (conglomerado c/ seixos <strong>de</strong> basalto )<br />

Argiloso c/ areia (conglom. c/ seixos <strong>de</strong> granito )<br />

Pedregulhoso (conglom. C/ seixos <strong>de</strong> quartzito )<br />

C :Solo pedregulhoso (seixos <strong>de</strong>sagregados )<br />

Conglomerado (seixos rolados cimentados )<br />

NLF<br />

Tubulão Tubulão<br />

A<br />

C<br />

NLF<br />

Conglomerado<br />

30


On<strong>de</strong> o rio não meandrou, são<br />

solos argilosos moles, com NLF<br />

superficial<br />

Solos que po<strong>de</strong>m apresentar<br />

gran<strong>de</strong>s requalques<br />

Estacas cravadas pré-moldadas<br />

ou franki<br />

Estacas escavadas não são<br />

recomendáveis <strong>de</strong>vido a<br />

instabilida<strong>de</strong> das pare<strong>de</strong>s.<br />

Po<strong>de</strong>-se empregar revestimento<br />

ou bentonita<br />

Solos fluviais<br />

Rocha sedimentar c/ ou s/<br />

solos residuais<br />

Cascalheira <strong>de</strong> pé <strong>de</strong> morro<br />

NLF<br />

Lamas moles<br />

Transporte por rolamento <strong>de</strong> pedras e cascalho, com <strong>de</strong>posição diferenciada.<br />

Devido a energia e velocida<strong>de</strong> da água dos rios<br />

Os fragmentos mais pesados são <strong>de</strong>positados primeiro que os mais finos.<br />

Sapata, porque as fundações profundas tem dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atravessar o cascalho<br />

Tubulão com ar comprimido <strong>de</strong>vido ao NLF ser alto, para assentar sobre os leitos<br />

subjacentes mais resistentes<br />

Lentes <strong>de</strong> lama fina e<br />

mole<br />

Po<strong>de</strong> estar coberta ou não<br />

por areia fina ou grossa<br />

Estaca cravada prémoldada<br />

com jato <strong>de</strong> água<br />

ou estaca franki<br />

A<br />

Solos lacustres<br />

NLF<br />

NLF<br />

A<br />

Areias finas eólicas<br />

fofas<br />

Areia fina marinha<br />

compacta<br />

Lente <strong>de</strong> lama<br />

mole<br />

Rio<br />

Rocha sedimentar<br />

Lente <strong>de</strong> lama<br />

mole<br />

NLF<br />

Areias finas<br />

compactas<br />

31<br />

33<br />

35<br />

On<strong>de</strong> o rio meandrou,<br />

Ocorrem lentes <strong>de</strong> areia fina ou grossa e cascalho em uma matriz argilosa.<br />

A matriz argilosa <strong>de</strong>ve ser atravessada pela fundação<br />

Emprego <strong>de</strong> estacas cravadas.<br />

Estaca pré-moldada atravessa as lentes <strong>de</strong> areia, mas não atravessa o cascalho.<br />

Estaca franki não atravessa a lente <strong>de</strong> areia<br />

Deve-se então utilizar tubulão com ar-comprimido <strong>de</strong>vido ao NLF ser alto<br />

NLF<br />

Deposição pelos rios, inicialmente,<br />

os cascalhos, areias grossas e<br />

médias e, <strong>de</strong>pois, as areias finas e<br />

as argilas são <strong>de</strong>positas no fundo<br />

do mar<br />

Em locais on<strong>de</strong> ocorrem lagunas<br />

ocorre a <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> material<br />

argiloso no fundo das mesmas<br />

Ocorrência <strong>de</strong> dunas (solos<br />

eólicos), solos fofos<br />

Em areias compactas, <strong>de</strong>ve-se<br />

empregar estacas cravadas prémoldadas<br />

com auxílio <strong>de</strong> jato <strong>de</strong><br />

água na cravação<br />

Em areias fofas, po<strong>de</strong>-se empregar<br />

estaca franki ou estaca pré-moldada<br />

Sapatas em areias fofas não são<br />

recomendadas <strong>de</strong>vido ao recalque<br />

significativo<br />

(1)<br />

Tubulão<br />

(1)<br />

Lama mole c/<br />

lentes <strong>de</strong> areia (1)<br />

ou <strong>de</strong> cascalho (2)<br />

Planície costeira<br />

Sapata<br />

Próxima Aula:<br />

Obras <strong>de</strong> Contenção<br />

(2)<br />

32<br />

NLF<br />

Areia fina<br />

compacta<br />

Areia fina eólica<br />

pouca compacta<br />

NLF<br />

Areia fina marinha<br />

muito compacta<br />

34<br />

36

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