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je587agoset09 - Exército

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Então, quando em princípios de<br />

1340, o sultão de Marrocos<br />

intensifica a transferência de<br />

tropas para Granada, Afonso XI<br />

assina, em Sevilha, um tratado de<br />

paz com Portugal e Aragão de<br />

modo a permitir a estabilidade das<br />

fronteiras a oeste e, assim, orientar<br />

o seu esforço militar para a frente<br />

sul, estabelecendo uma liga<br />

ofensiva e defensiva entre os<br />

reinos cristãos contra a aliança<br />

benimerine. Reúne, então, uma<br />

frota com o apoio de Aragão que<br />

destrói a esquadra muçulmana no<br />

Estreito. A par deste sucesso, em<br />

terra as hostes castelhanas dão<br />

combate a uma hoste marroquina,<br />

na região de Librija (celeiro da<br />

Andaluzia) matando, nesta peleja,<br />

Abu Malik. Este facto é o<br />

catalisador específico que<br />

precipita o desembarque de Abu-l-<br />

Hasan’Ali na Península Ibérica.<br />

Abu-l-Hasan envia forças militares<br />

para a Andaluzia e põe cerco a<br />

Tarifa, cuja defesa se encontra,<br />

apenas, nas mãos de uma reduzida<br />

guarnição. Em resposta, Afonso<br />

XI envia a armada conjunta de<br />

Castela e Aragão para controlar o<br />

espaço naval do Estreito de<br />

Gibraltar, porém, frente a uma<br />

armada mais numerosa e com<br />

superioridade táctica, a armada<br />

cristã sofre uma retumbante derrota, em 16 de<br />

Abril de 1340. Com as linhas de comunicação<br />

marítimas desimpedidas, Abu-l-Hasan’Ali<br />

atravessa o estreito e desembarca o seu exército<br />

em Algeciras, onde as forças do rei de Granada se<br />

lhe reúnem.<br />

Com Tarifa sob assédio e o controlo do estreito<br />

ameaçado, Afonso XI solicita o auxílio do sogro,<br />

através da rainha D. Maria. D. Afonso IV, que<br />

até então negara o auxílio ao genro, perante a<br />

reunião de um poderoso exército muçulmano<br />

nas costas da Andaluzia e a provável<br />

incapacidade da aliança castelhano-aragonesa<br />

para lhe fazer frente, reconhece o risco que um<br />

fracasso cristão pode representar para as<br />

fronteiras portuguesas, pelo que, diante dos<br />

rogos da sua filha, acede em se aliar a Afonso<br />

XI. Mas, impõe como condições que o rei<br />

castelhano expulse da corte a amante Leonor de<br />

Guzman, conceda à rainha D. Maria, sua filha, a<br />

Fonte: http://images.google.pt<br />

Afonso XI de Leão e Castela.<br />

dignidade exigível e permita que D. Constança<br />

viaje para Portugal para materializar os esponsais<br />

previstos com o príncipe D. Pedro de Portugal.<br />

Aceites as condições, Portugal e Castela assinam<br />

a paz em 10 de Julho de 1340.<br />

Portanto, a Batalha do Salado decorre das<br />

recorrentes pressões militares fronteiriças contra<br />

Castela efectuadas pelo rei de Granada, Yusûf I,<br />

em 1339, das dificuldades de navegação cristã<br />

no Estreito e na transferência de um<br />

considerável volume de tropas do sultão de<br />

Marrocos, Abu-l-Hassan’Ali, para Granada, em<br />

inícios de 1340. Esta conjuntura fez soar as<br />

“campainhas de alarme” na cristandade pois<br />

estava em curso uma guerra santa muçulmana<br />

com objectivo de reconquistar o espaço<br />

peninsular cristão. Como resposta, o Papa Bento<br />

XII lança a Bula Exultamus in Te, recuperando o<br />

espírito de cruzada na Península Ibérica e<br />

exortando os reinos cristãos à cooperação.<br />

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