je587agoset09 - Exército

A par da missão geral que lhe é cometida, o Exército afirmase
hodiernamente como uma instituição vocacionada para
as designadas “outras missões de interesse público”.
de protesto e os distúrbios, junto ao tribunal de Mitrovica,
ao ser hasteada a recente bandeira nacional
do Kosovo, levando a que as Nações Unidas fossem
obrigadas a intervir, prendendo os dissidentes. Na
acção desencadeada durante o Exercício “Pristina
091”, uma das companhias foi deslocada, juntamente
com um núcleo do estado-maior (que estabeleceu a
ligação ao comando multinacional, já que a Força não
fica, nestes casos, sob comando directo da multinacional)
para uma região situada a norte (Torre de D.
Chama), durante dois dias, tendo-se instalado numa
escola secundária, que representava o tribunal, e desenvolvido
a partir dali acções de controlo de tumultos,
controlo de itinerários, patrulhamentos apeados
e montados, etc., em defesa do “tribunal”/escola.
Moral e bem-estar
A manutenção do moral e bem-estar dos
militares em missão é um desígnio que não deve ser
descurado em qualquer missão e teatro de
operações. A assistência religiosa é parte integrante
e significativa da vertente de moral e bem-estar,
com incidência, directa ou indirecta no estado
psicológico das tropas e na manutenção do seu
próprio nível de motivação. Nesta importante área,
o capelão militar do Batalhão, Tenente Silva, exerceu,
ao longo do exercício, uma importante acção, quer
junto dos militares quer das populações. Estando
prevista a celebração da missa dominical no TO do
Kosovo, também em Mirandela se cumpriu o ritual
religioso, com a celebração da eucaristia, na Igreja
dos Salesianos. O capelão militar do Batalhão subiu
ao altar como co-celebrante, enquanto na assembleia
estavam presentes o Major-General Martins Ferreira,
o Tenente-Coronel Teixeira, Comandante do 1.º
Batalhão de Infantaria, e diversos militares do
Batalhão e da Brigada de Intervenção, que assim
tiveram a oportunidade de assistir à missa de Domingo,
num espaço e num tempo de recolhimento e
espiritualidade tão necessários para contrabalançarem
o desgaste rápido das suas acções diárias. Ali
se rezou pelos militares que iam partir em missão e
por todos aqueles que, ao longo dos tempos, deram
a sua vida ao serviço da Pátria e dos seus semelhantes.
No final, diversas pessoas dirigiram-se carinhosamente
aos militares, formulando votos de uma boa
missão e oferecendo a sua oração a esta causa.
O Exército junto
das populações - Acções
de Cooperação Civil-Militar
O Exército Português, modernamente, mantendo
embora a sua missão primordial de garantir a
integridade do território e a soberania do Estado,
encontra-se envolvido em outras missões,
designadamente as que decorrem dos seus
compromissos internacionais - de âmbito ONU,
NATO e União Europeia - no quadro dos quais se
inserem e justificam as missões de apoio à Paz. Por
outro lado, a par da missão geral que lhe é cometida,
o Exército afirma-se igualmente como uma
instituição vocacionada para as designadas “outras
missões de interesse público”, que se materializam
em acções de âmbito civil, direccionadas para
necessidades imediatas das populações. As
chamadas “acções de cooperação civil-militar”
(CIMIC, Civil and Military Cooperation) pressupõem,
conforme o nome indica, a assunção de
compromissos entre a Instituição Militar e a
sociedade civil, com vista ao cumprimento de
objectivos comuns.
A Brigada de Intervenção vem, desde o início,
estabelecendo uma estreita correlação com o meio
civil envolvente, tanto no espaço de inserção do
seu Comando, em Coimbra, como no das unidades
regimentais sob a sua dependência hierárquica. Na
sua fértil experiência como unidade aprontadora de
FND, a Brigada tem procurado ramificar e potenciar
as relações com o meio civil, designadamente ao
integrar, no âmbito do treino operacional
propriamente dito, acções paralelas direccionadas
para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida
das populações. Neste sentido, os exercícios finais
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