je587agoset09 - Exército
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Uma das principais missões cometidas a uma FND, no apoio<br />
à Paz, consiste na garantia da segurança de pessoas e bens<br />
explosivos. Chegadas ao local as duas Chaimites,<br />
o pessoal apeou, ficando os veículos a uma<br />
distância de cerca de 50 metros, em cada um dos<br />
extremos da faixa de rodagem, por forma a impedir a<br />
circulação de qualquer veículo, caso fosse<br />
necessário.<br />
As secções foram distribuídas por áreas<br />
distintas, tais como a de detecção e identificação<br />
de viaturas e respectivos ocupantes e uma área de<br />
cobertura e protecção. Na estrada, os<br />
automobilistas depararam com material de<br />
sinalização, designadamente pinos e placas<br />
indicadoras de limite de velocidade. À passagem<br />
das viaturas militares designadas para o efeito,<br />
efectuou-se a sua imobilização, seguindo-se a<br />
revista aos ocupantes e à viatura, um procedimento<br />
que, no teatro de operações, é extremamente<br />
minucioso, com vista a garantir que, por exemplo,<br />
uma arma seja interceptada e que a circulação de<br />
bens e pessoas se faça segundo estritas normas de<br />
segurança. Paralelamente, foi realizado um<br />
patrulhamento apeado à aldeia de Mascarenhas,<br />
por outra secção. O patrulhamento apeado tem<br />
essencialmente os mesmos objectivos do<br />
patrulhamento motorizado, sendo composto por<br />
uma secção de atiradores, dotada de armamento e<br />
equipamento individual e colectivo. A patrulha e o<br />
check point decorreram conforme o previsto, tendo<br />
as populações simpaticamente manifestado a sua<br />
colaboração com os militares, em simples e<br />
significativos gestos como o da oferta de café ou<br />
comida. Entre o real e o fictício, entre a componente<br />
de exercício e o convívio salutar com as populações,<br />
a coluna seguiu a sua marcha, dando continuidade<br />
ao patrulhamento motorizado.<br />
Segurança a itinerários<br />
e controlo de tumultos<br />
Uma das principais missões cometidas a uma<br />
FND, no apoio à Paz, consiste na garantia da<br />
segurança de pessoas e bens, bem como da<br />
mobilidade em territórios potencialmente afectados<br />
pela conflitualidade inter-étnica ou por qualquer tipo<br />
de ameaças à ordem pública e à liberdade de<br />
movimentos. No caso no Kosovo, os conflitos<br />
radicam nas oposições étnicas e religiosas,<br />
designadamente entre as etnias sérvia e albanesa,<br />
com a existência de enclaves sérvios afirmando-se<br />
sobretudo a Norte e a Noroeste.<br />
Uma das acções desenvolvidas no contexto do<br />
Exercício “Pristina 91” foi o acompanhamento de uma<br />
peregrinação religiosa a um mosteiro ortodoxo,<br />
levada a cabo por um grupo de populares sérvios. O<br />
lugar sagrado (no mapa nacional correspondente a<br />
N.ª Sr.ª de Jerusalém do Romeu) onde os sérvios<br />
pretendiam realizar o culto religioso encontrava-se<br />
inserido no território do Kosovo, tornado<br />
independente há um ano atrás, pelo que o<br />
deslocamento dos peregrinos poderia ser perturbado<br />
pela presença de kosovares e a sua eventual<br />
resistência. Para os militares, a missão consistia em<br />
garantir a segurança do itinerário, através de pontos<br />
de controlo de movimentos, acção que, não sendo<br />
embora uma escolta, visava garantir a total protecção<br />
dos civis em deslocamento, evitar os confrontos<br />
directos entre as partes e garantir um clima de paz e<br />
de liberdade religiosa.<br />
A acção envolveu pessoal e meios materiais,<br />
designadamente uma viatura blindada Chaimite, que<br />
seguiu à frente dos peregrinos, e duas Pandur,<br />
estacionadas junto ao santuário, para garantir a<br />
segurança no local, para além de outras viaturas,<br />
seguindo no trajecto da peregrinação, e que tinham<br />
sobretudo por objectivo fornecer informação sobre<br />
o estado do itinerário e assegurar que após a<br />
passagem dos sérvios a segurança estava garantida.<br />
As forças militares deslocaram-se inicialmente à<br />
localidade de Jerusalém do Romeu, no sopé no monte<br />
onde se ergue o santuário de Nossa Senhora com o<br />
mesmo nome. Aí tomaram um primeiro contacto com<br />
os elementos sérvios, que seguiram, ordeiramente e<br />
sempre acompanhados por militares apeados, em<br />
peregrinação rumo ao santuário.<br />
O percurso decorreu sem incidentes durante<br />
algum tempo, cadenciado pelo trote da Chaimite e<br />
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